Capítulos 50-51: O poder e queda da Babilônia
1.A Babilônia serviu aos propósitos de Deus para
disciplinar Judá e julgar as nações vizinhas. Os ídolos da Babilônia não
fizeram isso, mas foi Deus quem a equipou com poder para executar os juízos
Dele. Judá recebeu a libertação da Babilônia quando os governos Medo e Pérsia
se uniram para invadir e derrotar a Babilônia (50.1-9).
2.A profecia contra a Babilônia é que ficaria
deserta depois dessa invasão. Talvez alguém pense que Babilônia deveria ser
poupada, já que cumpriu a disciplina do Senhor sobre Judá e destruiu as nações
vizinhas. No entanto, Deus cumpre o Seu propósito usando quem Ele quiser. Até
mesmo os demônios e Satanás cumprirão o propósito de juízo de Deus sobre a
terra, mas isto não significa que não chegará o momento deles serem condenados
para sempre no Lago de Fogo. A Assíria devorou o reino do Norte e a Babilônia
desossou o reino do Sul. Todos os que mexeram com o cordeiro de Deus, Israel,
terá que sofrer a consequência do juízo do Supremo Pastor. O perdão virá para
Israel e voltará a habitar a sua terra prometida. A Babilônia serviu de martelo
sobre todas as nações, mas agora o martelo se quebrou (50.10-28).
3.Como todas as quedas, o fator principal é o
orgulho. Antes da queda vem a soberba e, por isso, a Babilônia está sendo
arrasada por Deus. O Redentor de Israel é o próprio Deus e Ele ouviu a causa de
Seu povo. A destruição da Babilônia será definitiva, não haverá nenhum resto de
nação para se levantar novamente. Todas as nações serão informadas da queda da
Babilônia (50.29-46).
4.Israel não ficou viúva, pois o Senhor Deus, Jeová,
é o Esposa de Israel. A Babilônia carrega a culpa e Israel é perdoada. A fuga
de Israel não será dramática, pois, de fato, Judá pegará carona para a Pérsia e
será ali protegida pelos destruidores da Babilônia. A linguagem de cálice ou
taça cheia de vinho que embriaga as nações também é usada em Apocalipse 17 e 18
para descrever a queda da Babilônia espiritual que é todo o sistema falso
religioso usado pelo Anticristo. A queda da Babilônia é irremediável (51.1-10).
5.A Babilônia habita sobre as águas, isto é, os
ricos rios Tigre e Eufrates. A riqueza da Babilônia é universalmente conhecida.
O texto exalta o Deus criador e o Seu poder de fazer a chuva. O texto também
denuncia a estupidez do homem por fazer ídolos e imagens de ouro, mas que não
passam de mentira. Deus volta a mencionar a Babilônia como o martelo Dele. O
instrumento de Deus não precisa ser, necessariamente, um crente, mas pode ser
uma pessoa incrédula, um governo incrédulo, uma nação pagã, um falso profeta e,
até mesmo, Satanás e seus demônios (51.11-26).
6.O profeta diz que os medos, o governo da Média,
invadirá a Babilônia. Ele também fala na primeira pessoa em nome de Sião, a
cidade de Jerusalém. Chegou a vingança de Deus sobre a Babilônia que infligiu
todo tipo de mal a Jerusalém. Foi uma surpresa para todas as nações. Jamais
alguém imaginava a Babilônia cair e cair tão feio. O famoso muro da Babilônia
caiu (51.27-58).
7.O mais notável, talvez, dessa profecia é que foi
numa carta para a Babilônia através do camareiro do rei Zedequias, o Seraías. O
profeta terceirizou sua profecia, pois pediu que Seraías a lesse em voz alta
chegando na Babilônia. Seraías precisaria de muita coragem, pois a Babilônia
estava intacta e jamais daria crédito a essa mensagem. Após lida a mensagem,
Seraías a amarraria numa pedra e a jogaria no rio Eufrates. Isto faz um
paralelo com Apocalipse 18.21. Aqui acabam as profecias de Jeremias. O último
capítulo é um relato encontrado também em Reis e Crônicas (51.59-64).
8.Nesses dois capítulos (50 e 51), há várias metáforas
que nos ensinam sobre o poder de Deus contra a Babilônia e toda a arrogância, e
o Seu cuidado para com o Seu povo.
Metáfora
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Ref.
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Significado
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Ovelhas perdidas
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50.6
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Israel e Judá nos cativeiros
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A mãe das nações
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50.12
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A Babilônia e seu poder mundial
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Cordeiro devorado e desossado
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50.17
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Israel e Judá nos cativeiros
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Martelo de toda a terra
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50.23
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A Babilônia e seu poder de destruição
(também 51.20)
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Padejadores
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51.2
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Os inimigos da Babilônia (Média e Pérsia).
Padejar =revolver com a pá.
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Copo de ouro
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51.7
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A Babilônia que embriagava o mundo com seu
poder. O copo era de Deus. Ele usou a Babilônia.
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Muitas águas, ricas de tesouros
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51.13
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Habitação da Babilônia banhada pelos rios
Tigre e Eufrates, ricos em pedras preciosas.
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Porção de Jacó
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51.19
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Termo para designar o Deus Criador do mundo
e de Israel.
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Monte que destrói
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51.25
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A Babilônia e seu poder destrutivo. Não
sobrarão pedras (51.26)
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Pedra afundada no Eufrates
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51.63
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A Babilônia derrotada para sempre (51.64)
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Fechas, arcos e arqueiros
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50.9
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Média e Pérsia invadindo a Babilônia (50.14,29,42,
51.3,11, 56)
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