49 2 Coríntios

2 Coríntios

Vidro, Garrafa, Óleo, Bem Estar, Flores

Introdução[1]

Segunda carta de Paulo aos Coríntios

1.O autor é Paulo, o apóstolo. As palavras chaves são conforto e ministério. Paulo tinha em mente, enquanto escrevia, a pretensão de defender seu apostolado. Ambas as cartas aos coríntios indicam a existência nesta igreja de um elemento que pretendia desacreditar o ministério e a autoridade de Paulo. Percebe-se tal tendência nos textos: 3:1; 5:12; 7:2; 10:2-3; 11:5-6; 12:11; 13:3.

2.O conteúdo. Esta é uma das cartas mais pessoais de Paulo. Nela ele fala principalmente de seu

próprio ministério. Abre seu coração e revela seus motivos, sua paixão espiritual, e seu entranhável amor pela igreja.


Capítulo 1: Saudação e o Deus das consolações

1.Paulo é apóstolo de Cristo pela vontade de Deus. Timóteo faz parte da Igreja de Cristo, por isso, é “nosso irmão”. Paulo destina a sua carta à igreja de Deus em Corinto. Paulo tem em vista alcançar os demais crentes da Acaia. A graça vem antes da paz e tanto uma como a outra virtude vem de Deus Pai e de Jesus Cristo (v.1-2).

 

2.O motivo é de louvor pela compaixão e conforto de Deus Pai e do Filho. Muitas vezes o nosso Pai teve misericórdia de nós. Qual o crente arrependido que nunca se ajoelhou diante de Deus, chorando por ter mais uma vez desagrado a Ele? Ele sempre chorou conosco, levantou-nos e fez-nos prosseguir, dando mais uma chance para acertarmos nossa vida. É o mesmo Deus de misericórdias que escrevia na areia enquanto os faltos de misericórdia esperavam o apedrejamento. É o mesmo que nos diz “nem eu tampouco te condeno”. Ele também é o nosso Deus de toda a consolação. Os nossos sofrimentos mais secretos são conhecidos Dele e no momento certo Ele nos consolará para não desanimarmos. Mas para haver consolo é necessário passar por sofrimentos. Se não passássemos por sofrimentos não sentiríamos a mão carinhosa de nosso Deus. Ele é o Deus das consolações. O crente passa por sofrimentos e é consolado para consolar outros que passarem por sofrimentos também (v.4). Nenhum crente pode dizer que ficou sem o consolo de Deus em seu sofrimento. Do momento em que um pai pega seu filho que está chorando, no colo, até o momento que o coloca no chão, quando já estiver sorrindo, pode demorar algum tempo, mas em todo aquele tempo a criança estava recebendo o consolo do pai. Pode ser que em nosso sofrimento ainda não tenhamos sentido o consolo completo, mas isto significa que ainda não estamos no chão. Estamos nos braços do Pai Celestial e ele não nos largará até ver-nos completamente sarados. Na vida e, principalmente na vida cristã não vivemos independentes uns dos outros. Por isso, se sofremos não sofremos para nós mesmos, mas para receber consolo e consolar outros. Quando não compartilhamos dos nossos sofrimentos não nos integramos e não podemos ajudar-nos mutuamente. Os sofrimentos de Cristo, bem como o consolo Dele são comunicáveis aos crentes (v.3-5).

 

 

 

 

 

“Um poeta cristão disse: ‘Devemos compartilhar. Se guardamos as coisas boas do alto, deixando de dar, nós deixaremos de tê-las; assim é a lei do amor.’ A palavra do poeta é sem dúvida verdadeira. Se não usamos o que temos, no final perderemos. Novamente, o Senhor deixa os Seus servos atravessarem por circunstâncias difíceis a fim de aprenderem lições valiosas e obterem a graça necessária; e tendo feito isso, fica qualificado de um modo experimental que eles podem se tornar mais eficientes para ajudarem outros.”[2]

 

3.Cristo sofreu e foi perseguido. Nós não somos maiores do que ele, somos seus servos e, por isso, também sofreremos e seremos perseguidos. Isto faz parte da comunhão dos sofrimentos de Cristo. Mas Cristo também foi consolado e nós somos consolados pelo Pai por meio de Cristo. Através das angústias de Paulo, os coríntios receberam conforto e salvação. O consolo que Paulo recebeu produziu perseverança nos coríntios. Na segunda Viagem Missionária, Paulo passou por algumas situações angustiantes.

 

- Em Filipos, um espírito mau o seguia e o perturbava enquanto ele pregava

- Em Filipos, ainda foi preso e açoitado, juntamente com Silas

- Depois, em Tessalônica, teve que se refugiar na casa Jasom

- Em Bereia, teve que fugir por causa das multidões

- Em Atenas, foi zombado porque falava da ressurreição

 

4.Quando chegou em Corinto estava em temor e tremor, mas assim, nesse estado levou até eles a salvação e o consolo. Quase sempre as grandes coisas que fazemos na obra de Deus são debaixo de alguma situação angustiante. As pessoas que mais conseguem confortar os sofredores são as que estão passando por algum sofrimento. A esperança nos coríntios é fortalecida pelos sofrimentos e consolações de Paulo. Quando sofremos juntos somos consolados juntos. Quando não sofremos com os outros não recebemos consolo. O crente piedoso está sempre em sofrimento porque enquanto algum irmão estiver sofrendo em algum lugar, tal sofrimento também faz parte das aflições do crente fiel. Se algum crente diz que faz tempo que não sofre é porque não está olhando para os outros (v.6-7).

 

5.Grande pressão e desespero da própria vida. Na Ásia Paulo foi perseguido, zombado, apedrejado, preso, caluniado, abandonado e toda a angústia que se possa imaginar. A estrutura de Paulo não suportou tanto sofrimento e ele até pensou que fosse o seu fim. Ele faz questão que os coríntios saibam disso. A nossa natureza é tão mesquinha e egoísta que basta começarmos uma conversa sobre o sofrimento de alguém e logo queremos mudar de assunto com medo de não sermos atingidos por “pensamentos negativos”. O crente que ignora o sofrimento alheio será ignorado quando precisar de consolo, exceto se Deus usar de misericórdia. Paulo pensou que fosse morrer. Deus queria que ele confiasse somente no Senhor (v.8-10).

 

6.Enquanto um crente sofre, outros oram e Deus é louvado. Ao orar por alguém que está sofrendo ou que pode estar sofrendo, o crente consegue atingir dois objetivos (v.11).

 

1)O alívio para o sofredor

2)Contribuição para que o nome do Senhor seja glorificado entre outros irmãos por causa do testemunho que o crente sofredor, mas consolado dará aos outros.

 

7.A consciência de Paulo o justifica quanto ao relacionamento com os coríntios. Ele andou em santidade e sinceridade, não com sabedoria humana. O que Paulo escreveu para os coríntios era inteligível, embora eles ainda precisassem de compreensão completa. Paulo queria visitar os coríntios enquanto fosse para a Macedônia, esperando ser enviado pelos coríntios para a Judeia. Paulo é um homem de palavra e não leviano com as coisas de Deus, mas o Senhor Jesus é Deus e é Ele quem confirma a fé. A pregação de Paulo e seus auxiliares sempre foi positiva, não houve meias palavras. A nossa salvação é sempre “sim”, Deus nunca mudou de ideia e sempre nos abençoou, cumprindo tudo o que prometera. Paulo mudou os planos de visitar os coríntios para poupá-los (v.12-24).

 

Capítulo 2: A tristeza de Paulo e dos coríntios. O perdão para o pecador arrependido e a fragrância de Cristo

1.Paulo não quer mais ver os coríntios em tristeza, pois ele depende da alegria deles para se alegrar. Paulo sofreu muito pelos coríntios e queria que eles soubessem o quanto ele os ama. O pecador causou tristeza não só a Paulo, mas aos coríntios. Paulo não quer ser áspero. A punição já foi suficiente para o pecador, agora deve vir o conforto para que a tristeza excessiva não o derrote. A confirmação do amor dos coríntios pelo pecador será a confirmação da obediência deles a Paulo. O perdão deve vir por parte dos coríntios e de Paulo diante de Cristo. Quando não há perdão Satanás se aproveita da situação para tirar vantagem dos crentes (v.1-11).

 

“Que profundo exercício da alma o versículo quatro nos revela! Ele estava muito interessado que escrevesse em muita aflição e agonia de coração, enquanto suas lágrimas corriam livremente. Mas isso não era feito para entristecê-los; o amor por eles era o único motivo.”[3]

 

2.Por um lado Paulo ficou satisfeito, pois havia portas abertas em Trôade, mas por outro Paulo estava preocupado por não ter encontrado Tito, por isso, partiu para Macedônia. Isto mostra os perigos da época e, também, que é lícito cuidarmos uns dos outros neste mundo mal e violento. Paulo louva a Deus que nos conduz em triunfo e que ele nos usa para espalhar a fragrância de seu conhecimento. Somos o aroma de Cristo para Deus entre os salvos e os perdidos. Somos cheiro de morte ou fragrância de vida. Paulo não está mercadejando a Palavra como tantos outros, pelo contrário, seu ministério é sincero e com a aprovação de Deus (v.12-17).

 

Capítulo 3: A carta de recomendação de Paulo e a glória da nova aliança

1.O objetivo deste texto é mostrar a superioridade da graça de Jesus Cristo em comparação ao sistema da Lei dada por Deus, mas que por sua transitoriedade não satisfazia a necessidade de salvação do homem. Sabemos que galardão é a recompensa recebida por algum serviço importante. A Lei oferece alguma recompensa para aquele que se apoia nela, mas essa recompensa se torna em morte para o pecador. O galardão da graça para o pecador é vida e salvação, pois Cristo é o galardoador dos que o buscam. O galardão da Lei é morte para o pecador, pois a Lei dá ao pecador o que este merece, a morte por sua desobediência. O apóstolo Paulo não era bem aceito por muitos porque pregava a graça de Deus. O homem se acostumou a agir por conta própria, ou seja, com os próprios esforços. Paulo sentia os coríntios estavam tão exigentes que até parecia ser necessário uma carta de recomendação, mas eles já eram uma carta que recomendava o ministério de Paulo para todos. A pregação de Paulo mostrava a superioridade da graça de Jesus em comparação à Lei de Moisés (v.1-5).

 

“Deus não escolheu os apóstolos por causa de suas próprias competências nos assuntos tão grande e maravilhosos, pois isso estava infinitamente além da mera competência humana. Mas quando Ele escolhe um vaso, Ele supre a habilidade para desenvolver a obra que Ele confia a esse vaso.”[4]

 

2.Paulo era ministro de um novo pacto e este não consistia em letras da lei, mas do poder do espírito. Portanto, a graça oferece este galardão, que é a vivificação do pecador. É maravilhoso o que a graça faz com o pecador perdido em seus pecados, morto para com Deus. Mediante a fé o pecador tem uma nova vida. Este é um prêmio, é o galardão da graça, a vivificação. Outro galardão oferecido pela graça de Deus é o ministério do Espírito. O próprio Espírito Santo trabalha no coração dos que são alcançados pela graça de Cristo. A glória da Lei era transitória, mas o ministério do Espírito é permanente dentro dos crentes. A graça de Deus oferece outro galardão que é a justiça, pois a graça de Deus é conhecida como o ministério da justiça. O pecador precisava da justiça ao seu lado, mas a justiça que a Lei via era somente a morte eterna, mas a justiça de Deus via na morte de Cristo a possibilidade do pecador ser salvo (v.6-9).

 

3.Muitos foram glorificados na Lei, pois a Lei era gloriosa. Os profetas, o povo de Israel e Moisés brilharam, mas não resplandeceram mais do que Jesus, João Batista e os crentes da atual dispensação. O galardão da graça é uma excelente glória. Só a glória de Cristo é a mais excelente. Os pecadores não podem ficar debaixo de uma luz tão fraca que é a lei, mas devem se expor à luz do evangelho da glória de Cristo. A graça de Cristo oferece um galardão que é a permanência. Nunca perderemos a graça de Cristo, pois é um favor imerecido que recebemos pela fé. É um presente de Deus para o pecador arrependido (v.10-11).

 

4.Paulo era muito ousado em contrastar a Lei e a Graça, pois a esperança dele era firme no Senhor Jesus Cristo. Todo crente que entende a graça de Deus é ousado em suas afirmações. A Lei serviu, pois ela é santa, boa e justa e vem de Deus, mas o propósito era até conduzir o pecador ao Libertador. Além disso, a Lei é morte. Paulo era ousado por causa da liberdade que a graça lhe dava. A graça de Deus oferece um galardão muito precioso para o pecador que é a liberdade. Onde há o Espírito do Senhor há liberdade. Temos o rosto descoberto para Cristo. As pessoas podem ver em nós a glória de Cristo. A nossa transformação é feita de glória em glória por causa da graça de Cristo em nós (v.12-18).

 

Os galardões da graça (2 Co 3.6-18)

1.A vivificação do pecador (v.6)

2.O ministério do Espírito (v.7-8)

3.A justiça (v.9)

4.A excelente glória (v.10)

5.A permanência (v.11)

6.A liberdade (v.12-18)

 

5.A Lei de Moisés, a qual os judeus buscaram para tentar cumprir para receber algum mérito oferece um tipo de galardão que é a morte. A letra mata. Há alguma glória no ministério da morte, que é a Lei. Deus ofereceu as tábuas de pedra gravadas. O povo viu a glória do rosto de Moisés, o brilho por causa da glória da Lei. Este é outro galardão da Lei, a glória transitória. A Lei de Moisés foi gloriosa, mas o seu galardão era a condenação, pois a Lei é conhecida como o ministério da condenação. A Lei só conseguia ver um pecador merecedor da ira justa de Deus. A salvação não era o galardão da Lei para o pecador, mas somente a condenação. Ninguém pode se aproximar de Deus pensando que merece algo, pois a ira de Deus permanece sobre o pecador, condenando-o (v.6-9).

 

6.O galardão da Lei sempre é menor do que o galardão da graça. Pois a Lei tem um galardão de glória menor e o galardão da Lei é transitório. Serviu para levar o pecador desesperado à cruz de Cristo. Paulo tinha liberdade e ousadia de pregar a graça de Cristo, por outro lado a Lei de Moisés tinha um brilho tão forte que o pecador não tinha liberdade de ver no rosto de Moisés essa glória. Os incrédulos ainda mantêm este véu, pois não têm a graça libertadora de Cristo Jesus. Isto só acontece quando se convertem. O galardão da Lei é o véu sobre a face (v.10-18).

 

Os galardões da lei (2 Co 3.6-18)

1.A morte (v.6)

2.A glória transitória (v.7)

3.A condenação (v.9)

4.A glória menor (v.10)

5.A transitoriedade (v.11)

6.O véu sobre a face (v.12-18)

 

7.Depois dessa comparação, vimos que a Graça de Cristo é muito superior à Lei de Moisés. Podemos usar as mesmas listas que já vimos e colocá-las uma ao lado da outra e comparar a Graça e a Lei.

 

A GRAÇA DE CRISTO

A LEI DE MOISÉS

1.Dá vida ao pecador (vivificação)

1.Tira a vida do pecador (morte)

2.Oferece o Espírito Santo para sempre (habitação)

2.Oferece uma glória passageira (transitória)

3.Justifica o pecador (justiça)

3.Condena o pecador (condenação)

4.È uma glória excelente (acima de tudo)

4.Oferece uma glória menor (abaixo da graça de Cristo)

5.É uma glória permanente (permanência)

5.É uma glória transitória (passageira)

6.Coloca o pecador em liberdade

6.Cobre a glória da vista do pecador com um véu

 

Capítulo 4: O ministério de Paulo e sua fidelidade. Tesouros em vasos de barro

1.A misericórdia de Deus renovou o ânimo de Paulo. Esse é um antídoto contra o desânimo, focalizar suas forças no propósito ministerial. Aquilo que precisa ser feito, deve ser feito sem murmuração e com dedicação. O ânimo logo vem quando temos essa atitude na vida cristã. A pureza de conduta no ministério de Paulo é um exemplo para nós. A atitude de Paulo é de transparência no ministério. A essência da Palavra de Deus é sinceridade. As falsificações das virtudes de Cristo logo são desmascaradas. Um obreiro desinformado pode pensar, erroneamente, que não precisa dar satisfação de sua vida aos outros. Paulo não ensinou assim, pelo contrário, incentivou a darmos boa impressão às pessoas, porém, sem negociar a mensagem que é pura. O Evangelho não esteve encoberto no ministério de Paulo. A pregação de Paulo é Jesus Cristo que o iluminou para que iluminasse outros. Satanás tentará encobrir a verdade para que os incrédulos não consigam enxergar a salvação. No entanto, o brilho da Palavra pelo Espírito Santo pode alcançar os perdidos e eles terem a salvação em Cristo Jesus. Por isso, não podemos deixar de anunciar o evangelho. Ele é o poder que vencer as trevas malignas (v.1-6).

 

As belezas do evangelho verdadeiro (2 Co 4.1-6)

1.É belo porque é honesto (v.1-2)

2.É belo porque é o reflexo da luz da glória de Cristo (v.3-4)

3.É belo porque é a pregação do próprio Cristo (v.5-6)

 

2.O tesouro está em jarro de barro para mostrar que a supremacia do poder é de Deus e não de homens. O humanismo está presente em todo o mundo, pois os homens pensam que eles são a supremacia da Criação. Há uma verdade nisso, pois Deus fez o ser humano para dominar a criação, porém, acima do homem há Deus e, infelizmente, nem todos reconhecem. As pressões da vida de Paulo eram acompanhadas de compensações de Paulo (v.7-9).

 

Assim...

...Mas não assim

Atribulados

Angustiados

Perplexos

Desanimados

Perseguidos

Desamparados

Abatidos

Destruídos

 

“É precisamente a fragilidade do cristão que abre a ele a experiência de toda a suficiência da graça de Deus, assim ele será capaz de regozijar-se por causa de sua fraqueza (12.9) – algo que surpreende e confunde o mundo, o qual pensa somente em termos da capacidade humana.”[5]

 

3.Paulo carregava a morte de Jesus em seu corpo para que a vida de Jesus fosse revelada em seu corpo. A esperança de ressurreição em Cristo Jesus é o que dava ânimo para o apóstolo. Paulo pensava sempre no benefício dos crentes e na glória de Deus. Nós entregamos nossa vida para o desgaste. Isso é inevitável. A escolha que cada um deve fazer é para o que se deixará gastar-se. No desgaste exterior que é inevitável, Paulo conseguia uma renovação interior em Jesus. A nossa motivação está entre as coisas temporais e coisas eternas (v.10-18).

 

Capítulo 5: A habitação celestial e o ministério da reconciliação

1.O corpo é vulnerável, mas a ressurreição é certa. Enquanto isso, gememos. O Espírito de Deus é a garantia de nossa ressurreição. Enquanto estamos neste corpo, estamos longe do Senhor. Mesmo mantendo o hábito devocional, por estarmos ainda limitados a este mundo terreno, sentimos que falta muito da intimidade, pois um dia ou um momento estamos em ótima companhia, a do Senhor através de Sua Palavra, mas em outro momento estamos agitados com as questões terrenas. Nosso alvo é agradar a Deus com este corpo ou na ressurreição. Embora na glória teremos uma comunhão ininterrupta, enquanto estamos neste corpo podemos desfrutar dessa intimidade com o Senhor. Precisamos vigiar sobre nosso procedimento, enquanto neste corpo, pois o Tribunal de Cristo será o julgamento das obras boas e más feitas enquanto no corpo (v.1-10).

 

 

 

 

 

 

 

 

“O crente não apenas está bem seguro pela fé de que há outra vida feliz depois desta, mas tem também boa esperança, pela graça, do céu como habitação; um lugar de repouso, um esconderijo. Na casa de nosso Pai, cujo arquiteto e construtor é Ele mesmo, há muitas moradas. A felicidade do estado futuro é o que Deus tem preparado para aqueles que o amam: habitações eternas, não como tabernáculos terrestres, as pobres cabanas de barro em que agora as nossas almas moram, que se apodrecem e deterioram, cujos alicerces estão no pó. O corpo de carne é uma carga pesada, como também as calamidades da vida; por isso, os crentes gemem carregados com um corpo de pecado, e devido às muitas corrupções remanescentes que rugem dentro deles.”[6]

 

A esperança do nosso futuro (2 Co 5.1-10)

1.Está no céu (v.1)

2.Está na ressurreição (revestimento) (v.2)

3.Está na justiça de Cristo (v.3)

4.Está na vida em Cristo (v.4)

5.Está no penhor do Espírito Santo (v.5)

6.Está na fé em Cristo (v.6-9)

7.Está no Tribunal de Cristo (v.10)

 

2.Paulo procura persuadir os homens. Deus já nos conhece. Nós é que precisamos nos conhecer. Os coríntios deviam aceitar Paulo e mostrar aos que vivem pelo que veem quais são as coisas do coração. O problema de viver apenas para as coisas que se veem, ou seja, pelos sentidos naturais, é que não conseguimos ver o que Deus tem preparado para o homem que se achegar a Ele através da fé. Paulo é louco por causa de Deus para beneficiar os coríntios. Evidentemente, Paulo não era louco, mas quem vive para Deus em um mundo consumista, humanista e secularista, sem Deus, sempre será considerado louco. A motivação correta do crente é o amor de Cristo (v.11-15).

 

3.Antes, Paulo via as pessoas que seguiam a Cristo do ponto de vista humano (“da carne”), por isso, maltratava essas pessoas. Quando entendeu que Cristo morreu por todos, passou a não discriminar ninguém. O crente deve conhecer as pessoas com a motivação de Cristo e não com a motivação humana (“da carne”), pois o resultado será discriminação. Como nova criatura que somos, passamos a amar a todos de ponto de vista de Cristo. Assim, os perdidos passam a fazer parte da nossa devoção e cuidado, bem como nossos irmãos. A única maneira de enxergar as pessoas como Cristo é não “conhecer ninguém segundo a carne”, ou seja, segundo os padrões humanos. Quando entendemos que Cristo morreu por todos, todos passam a ter importância para nós. O amor de Cristo é a motivação pela qual devemos nos orientar. A mentalidade de Paulo é espiritual e assim devia ser a de todos os crentes (v.16-17).

 

4.Fomos reconciliados por Deus por meio de Jesus Cristo e temos o ministério da reconciliação para convidar outras pessoas a resolverem o problema de inimizade contra Deus. O crente é embaixador de Cristo. O comportamento de um embaixador não é colecionar inimigos, mas aproximar-se dos estranhos, em terra estranha, para que eles conheçam as belezas do seu país. Nós queremos que as pessoas se aproximem de Deus por meio de Jesus Cristo (v.18-21).

 

 

 

 

Capítulo 6: Cooperadores de Deus. Jugo com incrédulos

1.A graça de Deus é um presente, mas se alguém tentar pagar pelo presente, a doação perde o efeito. É uma ofensa tentar pagar um presente. O resgate de Jesus por nós foi gratuito. A maneira de servir a Deus, hoje, é através de um constrangimento pelo amor de Cristo e não por uma dívida a ser paga. Devemos incentivar nossos irmãos em Cristo a viverem debaixo da graça e não colocar fardos do legalismo sobre eles, pois isso seria um tropeço para os irmãos em Cristo (v.1-3).

 

2.O cooperador de Deus recomenda a si mesmo no ministério com grandes dificuldades (v.4-10).

 

As dificuldades, virtudes e privilégios do cooperador de Deus

 

Muita perseverança, aflições, necessidades, angústias, açoites, prisões, tumultos, trabalhos, vigílias, jejuns, pureza, ciência, longanimidade, bondade, Espírito Santo, amor não fingido, palavra da verdade, poder de Deus, armas da justiça à direita e à esquerda, honra e desonra, má fama e  boa fama; como enganador, porém verdadeiro; como desconhecido, porém bem conhecido; como quem morre, e eis que vive; como castigado, porém não morto; como entristecido, mas sempre se alegrando; como pobre, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo.

 

3.Paulo sempre foi aberto com os coríntios e como uma troca justa eles deviam se abrir com ele. Infelizmente, os coríntios estavam fechados para com Paulo. O relacionamento deveria ser de pai e filhos, porém, sabemos que algumas famílias são desprovidas de diálogo. Isso torna uma família disfuncional. Famílias desse tipo carecem de alegria, cuidado, companheirismo e crescimento (v.11-13).

 

4.Crente com incrédulo é como luz e trevas, justiça e injustiça, Cristo e Belial, templo de Deus e ídolos. Ao mesmo tempo que o crente deve ser amigo dos incrédulos provocando neles simpatia, ele precisa manter uma separação de conduta e mentalidade. O mundo não pode oferecer ao crente, o que o crente deve oferecer ao mundo. Deus exige santidade e exclusividade (v.14-18).

 

“A palavra ligação (sunkatathesis) dá o clímax das quatro palavras precedentes que Paulo usa para expressar a união pecaminosa entre os filhos de Deus e os filhos do diabo. Esta palavra sugere uma ligação simpática de mente e vontade em um plano de acordo mútuo. O templo (naos) é a parte interior do santuário (como em I Co. 3:16, 17; 6:19, 20). Em períodos de apostasia, abominações eram praticadas no lugar santo (cons. II Reis 21:7; 23:6, 7; Ez. 6:3-18.).”[7]

 

Capítulo 7: A verdadeira alegria advinda de um coração arrependido

1.Baseado nas promessas antigas do Senhor para Israel, devemos nos purificar das contaminações e nos aperfeiçoar no temor de Deus. Paulo merece um lugar no coração dos coríntios, pois ele sempre andou de modo irrepreensível entre eles. Paulo se dá pelos coríntios sem reservas. Poderia viver ou morrer com eles. Ele confia neles e tem grande orgulho neles. Paulo não teve descanso em seus sentimentos. Conflitos externos e temores por dentro. O consolo para Paulo veio por intermédio de Tito e dos coríntios (v.1-7).

 

2.A carta anterior de Paulo entristeceu os coríntios por pouco tempo, mas ele achou bom, não porque estivessem tristes, mas porque operou neles o que devia, o arrependimento. A tristeza segundo Deus leva à salvação, mas a tristeza segundo o mundo leva à morte. Os coríntios não valorizaram a tristeza segundo Deus, pois a atitude deles estava sendo de autodefesa, mostrando ingenuidade. O objetivo de Paulo em escrever não era para tomar partido do infrator, mas para estreitar o relacionamento entre os coríntios e Paulo (v.8-12).

 

“O arrependimento que conduz à salvação não é nunca para se lamentar. A tristeza do mundo produz morte (10). Quando os prazeres do mundo falham, como acontece inevitavelmente, o fim é desespero e morte. Por causa do que fez o mal (12); a natureza exata do malfeito não está declarada. Não se tem certeza se foi o mesmo caso narrado em 1Co 5.1. Vossa solicitude a nosso favor (12). O apóstolo continua regozijando-se na ‘desavença, que tanto mais granjeou estima’, tendo isto revelado aos coríntios quanto cuidavam dele. Neste ponto, eles deram um exemplo de justa correspondência ao evangelho, de como a graça de Deus opera na restauração dos laços de amor.”[8]

 

3.Paulo já estava encorajado e Tito foi a razão de um maior encorajamento para ele, pois foi bem tratado pelos coríntios. Quando os crentes buscam a pacificação, os problemas naturais da vida ficam menos pesados. A cooperação mútua e a disposição de manter a paz é bem aceita em quase todos os círculos sociais. Paulo contava com a boa vontade dos coríntios, os quais tinham muitos conflitos internos, mas foram bem solícitos em receber bem Tito. Paulo reforçou a confiança nos coríntios (v.13-16).

 

Capítulo 8: A necessidade de ajudar os outros

1.A liberalidade das igrejas da Macedônia ultrapassou a pobreza de recursos delas. Os crentes macedônios foram insistentes na voluntariedade. Para serem liberais e voluntários, os macedônios se deram primeiramente ao Senhor. Paulo recomendou Tito para ser o intermediário das ofertas. Paulo apela para as virtudes dos coríntios com a finalidade de contribuírem. A generosidade tem mais a ver com atitude do coração do que com o saldo bancário. O obreiro não pode ser insensível e proibir que pessoas, tendo o poder de suas faculdades mentais e independência de suas ações, contribuam sacrificialmente (v.1-7).

 

2.A generosidade dos coríntios seria uma prova do amor verdadeiro pelos outros. Cristo Jesus é o maior exemplo de generosidade de vida, pois se deu a nós para nos enriquecer, ainda que para isto Ele mesmo teve que se tornar pobre. Os coríntios deram sinal dessa generosidade há um ano e Paulo incentiva que completem essa prática. A prática da generosidade é exigida somente dentro dos recursos disponíveis e não além. O objetivo da ajuda mútua não é desequilibrar as economias de ninguém, mas pelo contrário, equalizar, no que se refere aos recursos. Isso difere grandemente de qualquer sistema de governo autoritário, pois não há imposição, mas voluntariedade (v.8-15)

 

3.Tito é o exemplo do crente generoso que entendeu o princípio e, voluntariamente, agiu em favor dos necessitados, incentivando os coríntios a contribuírem. Outro irmão de boa reputação e indicado pelas as igrejas acompanharia Tito. Paulo tomava as devidas precauções para não ser acusado de desonestidade com o dinheiro das igrejas, assim andaria correto diante de Deus e dos homens. Paulo envia mais outro com Tito e o companheiro. Paulo reforça que os três são companheiros em seu ministério e, portanto, homens recomendáveis e que devem ser bem recebidos (v.16-23).

 

“Isso nos leva a um cuidado para com a nossa vida, afim de que o nosso ministério não seja censurado (II Cor.6.3). Isso pode levar até à renúncia de coisas legítimas pelo bem da obra de Deus (II Cor.11.9). Por incrível que pareça, o ministério do servo de Deus precisa de aprovação humana (Rm.14.18). Isso não significa que todos vão aprová-lo. Contudo, se todos o reprovarem, ele será inútil, pois não alcançará ninguém. A relação do ministro com o poder, o dinheiro e o sexo são pontos em destaque dentro do testemunho e das credenciais do ministério.”[9]

 

Capítulo 9: Instruções sobre o procedimento de levantar ofertas

1.Paulo falou sobre dinheiro várias vezes no seu ministério. O dinheiro em si não era a questão mais importante, mas o fruto espiritual nos crentes em consequência do modo como lidavam com o dinheiro. O apóstolo falou do direito do pastor em ter o seu salário através do princípio do boi que debulha o trigo. Falou, também, da responsabilidade dos crentes ajudarem outros crentes através do princípio da colheita abundante e, agora, ele fala da liberalidade em ofertar através do princípio da semeadura. Os coríntios aprenderam a lição. Agora, não precisavam mais exortação, pois se tornaram prontos e sensíveis. Paulo preocupou-se em instruir os crentes coríntios sobre o levantamento de ofertas, mesmo que eles já estavam cientes de todo o procedimento. Os coríntios se prepararam desde o último ano para levantarem as ofertas. Este zelo dos coríntios foi elogiado por Paulo entre os macedônios e o resultado é que muitos outros crentes ficaram estimulados a se prepararem, também (v.1-2).

 

2.Paulo viria para Corinto com alguns irmãos da Macedônia. Ele tomou o cuidado de não envergonhar os coríntios e nem ele mesmo ficar envergonhado. Quando passassem para recolher as ofertas seria bom que realmente tivessem a oferta para os crentes necessitados de Jerusalém. Paulo enviará os três irmãos para certificar-se da prontidão dos coríntios e, desse modo, não haverá constrangimento algum e o elogio continue sendo verdadeiro a respeito da organização dos coríntios. Os irmãos enviados ajudariam a organizar a oferta para que tudo fosse uma bênção e não desse a impressão de avareza (v.3-5).

 

3.É muito constrangedor quando uma igreja não atende às necessidades mais básicas, as quais são as suas próprias necessidades. Mas ainda pior é quando uma igreja precisa fechar as suas atividades por falta de liberalidade dos membros. O princípio da semeadura é claro e lógico. Se alguém quer economizar nas sementes não terá abundância. Quem é liberal na semeadura colherá em abundância. A oferta na igreja não deve ser vista como despesa, mas investimento na obra de Deus. Há uma promessa para o que contribui generosamente (v.6).

 

“Warren Wiersbe comenta: ‘Dar não é algo que fazemos, mas algo que somos. Dar é um modo de vida para o cristão que compreende a graça de Deus.”[10]

 

4.Deus dá liberdade para cada crente. O relatório financeiro de uma igreja é o resultado da proposta de cada coração. Ninguém deveria dar com tristeza. Seria como um semeador que pensa que ao lançar a semente na terra estaria desperdiçando dinheiro. O modo como damos dinheiro na obra de Deus refletirá no modo como Deus nos tratará. Quem contribui deve fazer com propósito no coração. Por isso, é necessário propor para si mesmo o quanto deseja dar. Quem contribui não pode fazer com tristeza. Pode surgir aquele sentimento de perda do próprio dinheiro, achando que fará falta. Mas o crente deve se lembrar do v.6 e uma nova alegria surgirá no coração do contribuinte. Quem contribui não deve ter como motivação única a necessidade daquele que precisa da oferta. Isto podia dar a impressão de que os que receberiam a oferta estavam abandonados, o que não é verdade, pois Deus sempre cuida dos seus. Deus ama ao que dá com alegria. Portanto, contribuir é fazer-se participante de um propósito divino. (v.7).

 

5.Se alguém quer contribuir, mas não tem sementes, Deus tem a solução. Ele fará com que este tenha recursos para participar na obra Dele. A generosidade do crente reverte em toda a sorte de bênçãos e graça para toda a boa obra. Deus espalha e dá ao necessitado. Esta é a justiça Dele. Ele não exige que alguém dê se não tiver o que dar, porém, se alguém não tem para dar, talvez seja porque não está desejando ofertar. Funciona assim: se o meu coração está alegre e desejoso em ofertar Deus providenciará os recursos. O problema é quando alguém recebe para compartilhar e retém para si além do que convém! Quando o crente contribui ele está cumprindo a justiça de Deus (v.8-9).

 

6.Mas será que não sobrará nada para o ofertante? É claro que sim! Deus quer que o boi coma uns bocados, lembra-se? Sobrará para o pastor, sobrará para a Igreja, sobrará para os necessitados e sobrará para os ofertantes. A sementeira aumentará. O desejo de Paulo é que Deus retribua o favor dos coríntios pelos necessitados e que Deus seja glorificado. Ofertar é a maneira de se enriquecer licitamente. É um pouco engraçado, mas no mundo artístico e esportivo eles descobriram que reter toda aquela fortuna é um peso na consciência, por isso, vivem fazendo doações. O crente precisa ofertar, não para abafar a consciência e nem para barganhar com Deus, mas porque a graça de Deus nele o faz imitar Deus, pois sabemos que o prazer de Deus como Pai é dar liberalmente (v.10-11).

 

7.O ofertante atinge dois objetivos com suas ofertas: ajuda a obra em suas necessidades e exalta a Deus com ações de graça. Contribuir tem dois propósitos: ajuda ao necessitado e glorificação do nome de Deus. A liberalidade é a prova de submissão ao evangelho de Cristo. Ao reter o seu dinheiro além do que convém, o crente só está provando que é insubmisso ao evangelho e que é um semeador fracassado. O que pensar de um lavrador que chora a sua miséria na colheita só porque quis economizar sementes? (v.12-13).

 

8.Quando somos liberais nas ofertas, a nossa vida serve de testemunho para os outros e somos lembrados por causa da graça de Deus desenvolvida em nós. Aquele que recebe a oferta ora por aquele que dá a oferta. O apóstolo Paulo, finalmente, louva a Deus por Sua liberalidade e generosidade. Isto mostra que ainda é possível consertar a infidelidade reconhecendo que assim como Deus dá devemos, também, ofertar nossas vidas e nosso dinheiro, que afinal de contas é Dele mesmo. O louvor é todo de Deus por causa da dádiva que ele dá aos crentes (v.14-15).

 

Capítulo 10: A defesa do apostolado de Paulo

1.Paulo era ousado por carta, mas humilde quando estava diante dos coríntios. O apóstolo Paulo prefere não usar de ousadia entre os arrogantes que pensam que ele anda segundo a carne. Não é bom para a autoridade de um líder quando há pessoas que o acham carnal. Paulo anda na carne, isto é, neste mundo, mas não segundo a carne, ou seja, com a mentalidade mundana. As armas de Paulo são espirituais e poderosas para derrubar as forças mundanas e malignas. As armas espirituais destroem os pensamentos arrogantes que vão contra o conhecimento de Deus e os trazem à obediência a Cristo. Quando os coríntios obedecem a Cristo, toda a desobediência é punida pelas armas espirituais. Se os crentes andam em obediência ao Senhor, os pensamentos arrogantes não se sustentam (v.1-6).

 

2.O crente coríntio não deve julgar apenas pela aparência, acreditando no que as pessoas dizem, mas considerar que Paulo é de Cristo. Paulo recebeu do Senhor capacidades das quais ele podia se gloriar porque servem para a edificação dos crentes e não para a destruição, por isso, Paulo não tem de que se envergonhar. O objetivo de Paulo não é intimidar os crentes por carta, mesmo que seja esta a acusação dos inimigos: que Paulo é corajoso quando escreve, mas fraco quando está em pessoa. Paulo deixa bem claro que a ousadia dele será a mesma quando estiver presente (v.7-11).

 

3.Paulo, diferente dos falsos apóstolos, não encomenda a si mesmo e nem se compara consigo mesmo. Isto não é sabedoria. Paulo não quer se gloriar, mas ficar dentro dos limites que Deus deixou para alcançar os coríntios. Os coríntios foram alcançados por Paulo, por isso, ele não precisa forçar entrada entre eles. Enquanto os coríntios crescem, Paulo também cresce entre eles, pois eles são o seu próprio ministério. O método do apóstolo Paulo não era edificar sobre o fundamento de outros, mas alcançar os que nunca foram apresentados a Jesus e nem Jesus a eles. A glória de alguém deve estar no Senhor e não em si mesmo. O Senhor aprova os humildes (v.12-18).

 

“Alguns fatos acerca desses ‘falsos apóstolos’, no entanto, são claros. Eram cristãos judeus (11.22,23), visitantes e, portanto, não coríntios (11.4), que vinham preparados com cartas de recomendação (3.1) reivindicando para si uma autoridade superior à de Paulo (10.7). O seu método de ganhar adeptos era afirmar a sua própria autoridade, sem dúvida com bastante eloquência (10.10, 11.6) e uma boa dose de admiração mútua (10.12), e denegrir a imagem de Paulo diante dos seus convertidos (10.1,2,10, 11,7, etc.).”[11]

 

Capítulo 11: O zelo do apóstolo Paulo

1.Paulo sabe que é considerado louco, mas nessa “loucura” ele quer ganhar os coríntios de volta. O apóstolo Paulo quer apresentar a igreja a Cristo, pura e sem mancha. Este zelo (ciúme) é o reflexo do zelo de Deus. O temor do apóstolo é que os coríntios não sejam tão puros, mas que talvez tenham sido enganados como Eva e que estejam deixando a simplicidade do evangelho. Os coríntios passaram a aceitar pessoas sem autoridade apostólica. Ouvem seus ensinos, os quais são outro evangelho (v.1-4).

 

“Vemos aqui a imagem de um pai amoroso, cuja filha está noiva e prestes a se casar. Sente que é seu privilégio e dever mantê-Ia pura, a fim de poder apresentá-Ia a seu marido com alegria, não com pesar. Paulo vê a igreja local como essa noiva, prestes a se casar com Jesus Cristo (ver Ef 5:22ss e Rm 7:4). Esse casamento só ocorrerá quando Cristo voltar para buscar sua noiva (Ap 19:19). Enquanto isso, a igreja - e isso significa os cristãos como indivíduos - deve manter-se pura e se preparar para o encontro com seu Amado.”[12]

 

Quando foi que nos afastamos da simplicidade de Cristo?

1.Quando deixamos de ler a Bíblia diariamente

2.Quando deixamos de orar pedindo direção de Deus

3.Quando deixamos de amar o convívio dos irmãos

4.Quando deixamos de confiar nas soluções bíblicas para aceitar o padrão da Psicologia, Terapia e pensamentos humanistas

5.Quando deixamos a Bíblia como a última palavra para seguirmos livros de teologia, escritores famosos e pregadores que gostamos

6.Quando deixamos a intimidade com Deus pela amizade com o mundo

7.Quando deixamos de seguir a Cristo em primeiro lugar para dar mais atenção à família, negócios e estudos

8.Quando deixamos os problemas e preocupações da vida substituírem a alegria no Senhor

 

2.Paulo não se sente inferior aos outros apóstolos. O sentimento de inferioridade atrapalha muito o ministério. Quando o obreiro se subestima ele não consegue ajudar ninguém, pois ele mesmo precisa de ajuda. Os coríntios não precisavam conhecer mais o apóstolo Paulo, eles já conheciam o suficiente. Se Paulo se humilhou por algum tempo, não foi porque era inferior, mas para que os coríntios fossem exaltados. Ele não anunciou o evangelho em vão. Paulo serviu aos coríntios com o salário de outras igrejas só para não se tornar pesado aos coríntios, mesmo passando por necessidades entre eles. Quando Paulo estava entre os coríntios, passando por alguma necessidade, Deus supriu através dos irmãos vindo de Macedônia. A certeza de Paulo é que a glória de Cristo nele será a maior motivação para levar o evangelho por toda a Acaia. Deus sabe o quanto o apóstolo Paulo ama os coríntios. Paulo não quer dar ocasião aos seus inimigos, por isso, age de modo particular, até inesperado, por exemplo, não recebendo salário dos coríntios. Os falsos apóstolos são autodenominados apóstolos, não são genuínos e, sim, aproveitadores. O próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Nisto os falsos apóstolos são como Satanás (v.5-15).

 

3.Ninguém deve considerar Paulo um tolo, mas se assim o tratarem ele sabe como agir também. Não é apropriado, mas o próprio apóstolo Paulo poderia se orgulhar de sua posição. Os coríntios, dizendo-se sábios, estavam se tornando tolos. Os coríntios estão dando honra e louvor para pessoas erradas, apóstolos falsos. Paulo repete que não é apropriado para a sua posição de honra, mas se ele fosse baixar o nível de seu ministério, ele também poderia se gloriar diante desses falsos apóstolos (v.16-21).

 

Os falsos apóstolos escravizam os coríntios

Os falsos apóstolos devoram os coríntios

Os falsos apóstolos saqueiam os coríntios

Os falsos apóstolos exaltam a si mesmos usando os coríntios

Os falsos apóstolos ferem o rosto dos coríntios

 

4.Paulo guardava seus sofrimentos para si. Ele mesmo acha que é uma vergonha expor-se desse modo, mas acaba fazendo para mostrar aos coríntios que ele poderia se gloriar muito mais do que os falsos apóstolos. Os falsos apóstolos podem ser hebreus; Paulo também é, podem ser de Israel; Paulo também é e podem ser semente de Abraão; Paulo igualmente o é. Paulo os trata como servos de Cristo apenas para continuar seu testemunho, pois de fato eles são falsos apóstolos e, portanto, não podem ser servos de Cristo. É como se Paulo estivesse louco ao falar estas coisas, conforme ele mesmo diz. A seguir uma lista dos sofrimentos de Paulo, mostrando que a autoridade dele é registrada em sofrimentos e até em marcas no corpo (v.22-27).

 

 

 

 

 

 

 

 

Paulo é servo completo (2 Co 11.23-27)

1.Experiente em trabalhos (fazia tendas para se sustentar entre os coríntios) (v.23)

2.Sofreu açoites por amor a Cristo (v.23)

3.Ficou preso por amor a Cristo (v.23)

4.Muitas vezes correu o perigo da morte (v.23)

5.Recebeu 195 açoites em cinco ocasiões (39 vezes cada) (v.24)

6.Foi açoitado com varas três vezes (v.25)

7.Foi apedrejado uma vez (v.25)

8.Sofreu três naufrágios (v.25)

9.Ficou pelo menos 16 horas boiando no mar (v.25)

10.Viajou muito (v.26)

11.Enfrentou rios perigosos (v.26)

12.Passou por lugares onde tinha bandidos (v.26)

13.Enfrentou risco de vida diante dos próprios compatriotas (v.26)

14.Enfrentou risco de vida entre os gentios (v.26)

15.Enfrentou perigos nas cidades (v.26)

16.Enfrentou perigos no deserto (v.26)

17.Enfrentou perigos no mar (v.26)

18.Enfrentou perigos entre os falsos irmãos (v.26)

19.Experimentou a fadiga por causa dos trabalhos (v.27)

20.Ficou em vigílias (v.27)

21.Passou por fome e sede (v.27)

22.Fez jejuns (v.27)

23.Passou frio por falta de roupas suficientes (v.27)

 

5.Além dessa lista enorme, outro sofrimento de Paulo é a angústia pelas igrejas, a preocupação pelo bem-estar delas. Paulo sente as aflições dos crentes. Quando alguém se enfraquece, ele também se enfraquece; se alguém se escandaliza, ele também se aflige. A glória de Paulo não está nas coisas grandes que ele fez, mas em sua fraqueza. Certa vez Paulo ficou cercado por soldados que queriam prendê-lo e teve que escapar pendurado por um cesto. Isto foi muito humilhante para Paulo, mas ao mesmo tempo neste tipo de situação ele se gloria (v.28-33).

 

Capítulo 12: A experiência extraordinária e comprobatória do ministério de Paulo

1.As visões das quais Paulo passa a relatar fazem parte da glória do Senhor e não dele. Paulo menciona a si mesmo, porém na terceira pessoa, tirando de si toda a glória. A experiência de Paulo aconteceu há quatorze anos. Isto mostra que ele nunca teve pressa em publicar essa experiência, deixando para ocasião em que ele realmente precisasse apelar para isto, como agora. Paulo nem mesmo sabe se estava no corpo ou fora deste quando passou por essa experiência, mostrando assim que não foi ele o responsável pelo o que aconteceu, mas totalmente o Senhor. Deus levou Paulo até o terceiro céu, o que corresponde à presença direta com Ele. Paulo repete as palavras de sua experiência, enfatizando que a glória está toda no Senhor. As palavras ouvidas por Paulo não podem ser proferidas por homem. Paulo admite que um homem que experimentou tudo isso pode se gloriar, mas é como se esse homem não fosse ele, pois quanto ao próprio Paulo, ele se gloria nas fraquezas (v.1-5).

 

 

 

 

“De fato, a ascensão celestial é muito difundida e aparece em muitos contextos religiosos. Em algumas dessas descrições de ascensão, é difícil determinar se houve uma jornada celestial literal ou se foi a descrição de uma visão. Às vezes, não fica claro se um autor está relatando uma revelação específica ou se ele está explicando a geografia das esferas celestiais desconhecidas. Outras questões envolvem esse assunto. É a alma ou o corpo que ascendeu? A ascensão é induzida ou um mensageiro celestial aparece para iniciar a experiência não solicitada? Quando ocorre a jornada? Como essa jornada está ligada à morte? A ascensão começa após a morte ou é uma experiência mística?”[13]

 

2.O desejo de Paulo era se gloriar, mas ele considera tolice fazer isto no estado fraco em que ele se encontra. Deus o presenteou com aquelas revelações, mas foi por pouco tempo e, ainda assim, ele nem sabe se estava no corpo ou não. Paulo não quer exageros sobre a sua pessoa, por isso, ao mesmo tempo que ele relata a sua experiência extraordinária, mostra a sua fraqueza. O próprio Deus providenciou uma maneira de Paulo não ficar arrogante: o espinho na carne, o mensageiro de Satanás. Paulo orou três vezes para que Deus afastasse dele esse incômodo, o espinho na carne. Deus respondeu a Paulo, consolando-o, contudo não foi o desejo de Deus dispensar esse mensageiro, o espinho na carne. Paulo compreendeu que o poder de Cristo repousa sobre ele enquanto ele estiver em fraqueza. A graça de Deus é suficiente. Paulo conseguiu, por casa da graça e do poder de Cristo, sentir prazer nas situações difíceis da vida. A força de Paulo está justamente nas fraquezas (v.6-10).

 

3.Paulo sente que a ordem foi invertida: ele não deveria se gloriar, mas os coríntios que deviam louvá-lo, pois mesmo não sendo nada, Paulo não é inferior aos falsos apóstolos. Os sinais de um apostolado verdadeiro foram marcados entre os coríntios com toda a paciência de Paulo. Os coríntios não eram inferiores às outras igrejas, exceto por não sustentarem Paulo. Isto mostra que Paulo não viveu fazendo tendas em todos os lugares (v.11-13).

 

4.Paulo insiste em dizer que não foi e nem será pesado aos coríntios, financeiramente, e até faz uma comparação entre pai e filho: o filho é quem recebe do pai. Paulo tem um amor não retribuído pelos coríntios, mas apesar disto continuará dedicando sua vida a eles. Este versículo denuncia uma acusação feita pelos falsos apóstolos contra Paulo. Diziam que embora ele não recebesse dinheiro dos coríntios, agia com astúcia, como por exemplo, recolhendo oferta para Jerusalém. Provavelmente, diziam, ele ficava com uma parte para si. Isto não era verdade, tanto é que Paulo fazia questão de ter representantes das igrejas para levar esse dinheiro. As acusações eram falsas. Bastava apenas refletir nas perguntas de Paulo para verem sua honestidade. O temor de Paulo é encontrar os coríntios de um modo que ele não gostaria e, por sua vez, os coríntios encontrarem Paulo de um modo que, também, não gostariam. Paulo tinha ainda mais receios e era de que ao encontrar os coríntios fosse humilhado e tivesse que chorar por causa de seus pecados sexuais, ainda não confessados e purificados (v.14-21).

 

Cinco perguntas desafiadoras para a honestidade de qualquer um (2 Co 12.17-19)

1.Ganhei de vós por aqueles que enviei? (v.17)

2.Tito ganhou alguma coisa de vós? (v.18)

3.Não andamos no mesmo espírito? (v.18)

4.Não andamos nos mesmos passos? (v.18)

5.Pensais que estou me desculpando? (v.19)

 

O estado que nenhum obreiro quer que sua igreja se encontre

 

1.Em debate – Isto enfraquece o corpo, pois existimos para viver em comunhão.

2.Em inveja – Os crentes devem considerar uns aos outros superiores a si mesmos.

3.Em ira – O sábio reprime a sua ira; o tolo é quem a expande.

4.Em porfia – Os crentes não devem competir, mas andar juntos.

5.Em calúnia (detração) – A calúnia é uma apunhalada pelas costas, indefensável para a vítima.

6.Em mexerico – Os boatos arruínam as pessoas antes delas saberem o que está acontecendo.

7.Em orgulho – Aquele que cuida estar em pé veja, não caia!

8.Em tumulto – Na maioria das vezes os assuntos a serem resolvidos são mais simples do que são colocados.

 

Capítulo 13: Paulo luta até às últimas consequências para que os coríntios reconheçam a sua autoridade apostólica

1.Paulo apela para o princípio da Lei de Moisés, o de estabelecer uma verdade com testemunhas.  Esta seria a terceira vez que Paulo visitaria os coríntios. Paulo resolve contra-atacar os seus acusadores e os que estão em pecado. Cristo não é fraco, mas forte e Paulo não irá como um fraco, mas provando que Cristo está nele. Cristo foi crucificado em fraqueza, mas ressuscitado e poder. Da mesma forma Paulo está no momento em fraqueza, porém, viverá com os coríntios no poder de Deus. Paulo, de modo severo, desafia os coríntios a perguntarem a si mesmos se não estão sendo presunçosos. Embora os coríntios estejam reprovados, Paulo espera que eles entendam que ele mesmo não está reprovado. Este é um dos maiores desafios: convencer um presunçoso a admitir que é um e fazê-lo admitir que o outro é quem está certo (v.1-6).

 

2.Paulo não se preocupa em parecer reprovado, desde que os coríntios sejam aprovados. A convicção de Paulo é que contra a verdade ninguém pode lutar. A verdade se estabelece sozinha. Paulo está alegre mesmo sendo considerado fraco, desde que os coríntios sejam fortes, pois o que ele quer é o aperfeiçoamento dos crentes coríntios. Paulo fala estas palavras amenas para que quando estiver com os coríntios não precise de usar palavras duras, pois ele quer edificar e não destruir. O obreiro deve tentar ao máximo lidar com as pessoas com palavras mansas, mas isto não significa que nunca deva recorrer à autoridade dada por Deus, com palavras severas sobre os que se recusam a ouvir o ensino correto (v.7-10).

 

3.Deus estará com os crentes para ajudá-los a cumprir essas recomendações de Paulo e, por outro lado, se os crentes cumprirem essas recomendações, a presença de Deus entre os crentes será, de fato, desfrutada. Os crentes devem saudar uns aos outros. Na cultura da época e local o beijo era a manifestação física de amor, simpatia e cortesia na saudação. Cada cultura deve manifestar-se conforme seu próprio estilo. Os coríntios tinham apreciadores junto com Paulo. Os crentes distantes devem se informar dos outros irmãos. A graça de Jesus, o amor de Deus e a comunhão do Espírito é a bênção simples e de grande efeito que Paulo usava. As igrejas que costumam praticar a bênção nos finais do culto se baseiam no versículo 13. Alguns colocam algumas outras palavras fazendo uma variação na saudação (v.11-14).

 

“Vivei em paz. Como 12:20 deixa claro, havia discórdias e contendas entre os coríntios, uma consequência comum da infiltração do legalismo. Assim, Paulo os exorta a disciplinar os ofensores e a se entender com seus irmãos em Cristo.”[14]

Quatro recomendações de Paulo aos Coríntios (2 Co 13.11)

1a) Sede perfeitos – É o alvo do crente para conduzir sua vida.

2a) Sede consolados – O crente obtém o consolo em comunhão com Deus, com Sua Palavra e com os irmãos.

3a) Sede de um mesmo parecer – Os crentes possuem a mente de Cristo e, por isso, é possível andar em uma só mente.

4a) Vivei em paz – Os maus relacionamentos geram a falta de paz e quebram a comunhão.

 

A unidade dos crentes em 2 Coríntios

1.Somos unidos no conforto que há em Cristo Jesus (1.4)

2.Somos unidos na graça que há em Cristo Jesus (1.12)

3.Somos unidos no selo e penhor do Espírito Santo (1.22)

4.Somos unidos no perdão ao disciplinado arrependido (2.7)

5.Somos unidos na preocupação e cuidado para com os irmãos (2.13)

6.Somos unidos no bom perfume de Cristo (2.15, temos o mesmo cheiro)

7.Somos unidos na suficiência de Deus (3.5)

8.Somos unidos na liberdade do Espírito Santo (3.17)

9.Somos unidos na Palavra de Deus e na boa consciência (4.2)

10.Somos unidos na essência de nosso corpo, vasos de barro (4.7)

11.Somos unidos na renovação do nosso homem interior (4.16)

12.Somos unidos na ressurreição do nosso corpo (5.4)

13.Somos unidos na Pessoa de Cristo (5.17)

14.Somos unidos no ministério da reconciliação (5.20)

15.Somos unidos no bom testemunho (6.3)

16.Somos unidos na tristeza, alegria, pobreza e riqueza (6.10)

17.Somos unidos no coração (6.11-13)

18.Somos unidos no mesmo jugo com Cristo (6.14)

19.Somos unidos na purificação (7.1)

20.Somos unidos na morte e na vida (7.3, não na vida e morte, mas morte e vida, pois o crente primeiro morre e depois experimenta a vida eterna, diferente do incrédulo que vive e morre)

21.Somos unidos no mesmo sentimento (7.7)

22.Somos unidos na generosidade (8.1-5)

23.Somos unidos na igualdade (8.12-15)

24.Somos unidos na assistência aos necessitados (9.12)

25.Somos unidos na luta espiritual (10.2-5)

26.Somos unidos na comparação com Cristo e não conosco mesmos (10.12-18)

27.Somos unidos como noiva de Cristo sendo preparada (11.2)

28.Somos unidos no sofrimento pela igreja e irmãos (11.28-29)

29.Somos unidos na graça do sofrimento (12.9-10)

30.Somos unidos nas mesmas pisadas da honestidade (12.14-18)

31.Somos unidos no mesmo exame de fé (13.5-8)

32.Somos unidos no mesmo parecer e paz (13.11)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2009

 

 

 

Notas

 

1.     Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

2.     2 Corinthians – 2 Co 1.4 - Frank Binford Hole

(https://www.stempublishing.com/authors/hole/NT/2CORINTH.html e também

http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=13 13/09/2019)

3.     Annotated Bible, 2 Co 2.4 - Arno Clemens Gaebelein

(http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=101 13/09/2019)

4.     Comments on the book of 2 Corinthians – 2 Co 3.5 – Leslie M. Grant

(biblecentre.org http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=211

13/09/2019)

5.     Notes on 2 Corinthians – 2 Co 4.7 - Dr. Thomas L. Constable, pg. 45 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

6.     Comentário Bíblico de Matthew Henry – 2 Co 5.1-8 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

7.     Comentário Bíblico Moody – 2 Co 6.16 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

8.     Novo Comentário da Bíblia – 2 Co 7.10-12 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

9.     Segunda Epístola de Paulo aos Coríntio – 2 Co 8.21 - Prof. Anísio Renato de Andrade (SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais sem data)

10.  Outlines by Dr. David Hocking, pg. 58 – At 9.6 (sem publicadora ou data)

11.  Comentário Bíblico NVI, pg. 1951 – 2 Co 10-13 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

12.  Comentário Bíblico Expositivo do NT, pg. 875 – 2 Co 11.1-6 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

13.  The Ascension Motif of 2 Corinthians 12 in Jewish, Christian and Gnostic Texts, pg. 73 - Brad H. Young (Grace Theological Journal, vol. 9 —setembro 1988 - Copyright 1997 by Grace Theological Seminary and Galaxie Software)

14.  Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 581 – 2 Co 13.11 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

 

 



[1] Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

[2] 2 Corinthians – 2 Co 1.4 - Frank Binford Hole (https://www.stempublishing.com/authors/hole/NT/2CORINTH.html e também http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=13 13/09/2019)

[3] Annotated Bible, 2 Co 2.4 - Arno Clemens Gaebelein (http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=101 13/09/2019)

[4] Comments on the book of 2 Corinthians – 2 Co 3.5 – Leslie M. Grant (biblecentre.org

http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=211 13/09/2019)

[5] Notes on 2 Corinthians – 2 Co 4.7 - Dr. Thomas L. Constable, pg. 45 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[6] Comentário Bíblico de Matthew Henry – 2 Co 5.1-8 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

 

[7] Comentário Bíblico Moody – 2 Co 6.16 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[8] Novo Comentário da Bíblia – 2 Co 7.10-12 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

[9] Segunda Epístola de Paulo aos Coríntio – 2 Co 8.21 - Prof. Anísio Renato de Andrade (SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais sem data)

[10] Outlines by Dr. David Hocking, pg. 58 – At 9.6 (sem publicadora ou data)

 

[11] Comentário Bíblico NVI, pg. 1951 – 2 Co 10-13 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[12] Comentário Bíblico Expositivo do NT, pg. 875 – 2 Co 11.1-6 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[13] The Ascension Motif of 2 Corinthians 12 in Jewish, Christian and Gnostic Texts, pg. 73 - Brad H. Young (Grace Theological Journal, vol. 9 —setembro 1988 - Copyright 1997 by Grace Theological Seminary and Galaxie Software)

[14] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 581 – 2 Co 13.11 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

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