21 Salmo 101-150

Salmo 101: A hospitalidade do rei às coisas de Deus e a falta de hospitalidade do rei às coisas do mundo

 

O salmista quer ser honesto em relação aos assuntos de Deus, afastando-se da desonestidade tão comum na vida daqueles que não amam a Deus. Ele faz um plano para os que frequentarão a sua presença no palácio, pois estamos falando de um salmista que também é rei, o rei Davi. Na companhia do rei não devem participar os mentirosos e invejosos, pois transtornam um reino e cegam o juízo de um rei. Sabemos que esse tipo de purificação só é possível por um breve tempo, pois quando se lida com o ser humano há muita inconstância de caráter e propósito. Porém, no reino de Cristo Jesus haverá

estabilidade, justiça e verdade (v.1-8).

 

“Por que Davi tolerava um homem perverso como Joabe? Obviamente, Davi retrocedeu em sua promessa a Deus, tanto em sua vida pessoal quanto em sua escolha de líderes para o governo. No entanto, o compromisso com a santidade é um modelo admirável para todo o povo de Deus. Talvez Davi escreveu este salmo no início de seu reino.”[1]

 

Salmo 101: A hospitalidade do rei às coisas de Deus e a falta de hospitalidade do rei às coisas do mundo

1.A hospitalidade de rei às coisas justas de Deus (v.1-4)

2.A falta de hospitalidade do rei às coisas do mundo (v.5-8)

Salmo 102: As necessidades da humanidade

 

 “Toda a Palavra de Deus é útil para dirigir-nos em oração; porém, aqui, como ocorre em outras partes das Escrituras, o Espírito Santo coloca as palavras em nossa boca. Aqui está uma oração posta nas mãos do aflito; que ele a apresente a Deus. Até os homens bons podem estar quase esmagados pelas aflições. O nosso dever e interesse é orar; é um consolo para um espírito aflito aliviar-se através da humilde apresentação de suas tristezas.”[2]

 

1.Este Salmo é de alguém que estava no cativeiro da Babilônia ou um salmo profético de Davi em relação ao cativeiro. Este salmo mostra quais são as necessidades do aflito e podemos dizer de toda a humanidade, pois a humanidade está aflita procurando respostas às suas necessidades mais gritantes. Somente Deus pode satisfazer as necessidades da humanidade

 

2.Há um momento na vida em que o ser humano se sente tão carente que se ele pudesse clamar a alguém que o ajudasse ele faria. Muitos fazem para os ídolos e outros para os profissionais da saúde e outros para os amigos. O salmista deposita toda a sua aflição ao Deus de Israel (v.1-2).

 

3.A vida se esvai muito rápido. É verdade que alguns dos sintomas de pessoas deprimidas são os pensamentos constantes na brevidade da vida e no quanto os filhos estão crescendo, mas o salmista tem razão em afirmar que os dias são como fumaça. O mal-estar dele chega a ser físico, pois quando a Bíblia menciona ossos secos, e aqui ardendo, refere-se ao físico (v.3).

 

4.Nessa angústia o homem se sente muito solitário e precisa da companhia de um Deus amoroso e que cuide de suas necessidades. Todos já experimentamos aflição e ansiedade que nos tiram o apetite ou que nos fazem comer demais (v.4).

 

5.Novamente a menção de ossos indicando até doença por causa de má alimentação e sofrimento. Algumas pessoas emagrecem por não ter companhia para uma refeição agradável juntos (v.5).

 

6.A solidão do salmista é evidente, pois ele se como alguém no deserto e, pior, se sente como animais solitários no deserto. O pelicano aqui não é aquele bicho que conhecemos que fica nas águas, pois diz o salmista que vive no deserto. No hebraico é “qa’ath” que traduzido é “cormorão”, também conhecido como “biguá”, um pássaro semelhante ao corvo. O mocho é a coruja, uma ave também solitária. O pardal (no hebraico “tsipore”) é conhecido de todos. Ele vive em bandos, mas também solitário nos telhados das casas (v.6-7).

 

7.Quando o salmista não está sozinho tem por companhia os inimigos. A humanidade se sente ameaçada no meio de tanta gente. É comum pessoas se sentirem sozinhas, mesmo tendo muitas outras ao seu redor. A humanidade é composta de uma multidão de pessoas solitárias juntas. Somente Deus pode suprir essa carência da humanidade (v.8).

 

8.O pouco que o salmista come é como se fosse misturado com cinza, como Jó. A bebida dele é como se misturasse com suas lágrimas. É um choro silencioso e solitário. Deus pode cuidar de pessoas carentes assim e somente Ele, pois toda a humanidade está carente (v.9).

 

9.O salmista entende que a mão de Deus está arremessando a sua vida contra o sofrimento. Muito sofrimento é devido ao pecado, mas outras vezes, o sofrimento é o cinzel de Deus nos moldando (v.10).

 

10.A sombra que declina é muito rápida. A erva se seca também muito rápido. O sentimento de solidão e brevidade de vida afligem o salmista. A necessidade da humanidade é companhia de Deus. A solidão pode matar alguém, mas a companhia de Deus renova as forças (v.11).

 

11.Os crentes mostram, com razão, ao mundo a esperança futura de vida eterna, mas as pessoas precisam ter alguma esperança futura neste mundo, também. É por essa razão que as pessoas estudam, economizam dinheiro, compram propriedades, etc. Deus permanece para sempre e, mesmo neste mundo, de geração em geração, mostrando que ele satisfaz a necessidade também neste mundo (v.12).

 

12.O futuro de Sião sempre esteve na agenda de Deus. O salmista diz que chegou o tempo. Algo futuro deve estar nos planos do crente, também. Servir a Deus neste mundo requer planos futuros (v.13).

 

13.O povo de Israel ganhou um novo amor pela sua própria terra. Enquanto os judeus estiveram longe de Jerusalém, perceberam o quanto deveriam prestar atenção às palavras dos profetas. O amor deles agora é tão evidente que têm prazer até nas pedras. Neemias que o diga! Como eles se apegaram às pedras na reconstrução do templo com Esdras e dos muros com Neemias. Até o pó do chão de Jerusalém era um bálsamo para os que vinham do cativeiro (v.14).

 

14.O objetivo do retorno do cativeiro era, dentre outros propósitos, o de congregar as nações em torno de Israel. O mundo tem necessidades futuras e só Deus pode satisfazê-las (v.15).

 

15.Um dia Israel será edificada e a glória do Senhor cobrirá toda a terra como as águas cobrem todo o mar. Os crentes precisam falar mais sobre o futuro de Israel, pois estamos intimamente ligados a esta maravilhosa nação (v.16).

 

16.Assim como Israel tem uma necessidade, nós também. Deus ouve o desamparado. Ninguém perderá tempo reservando tempo para orar, pois Ele nos ouve. Orar pelo futuro é o melhor que fazemos para nos prevenir nos dias maus (v.17).

 

17.A geração futura é do interesse de Deus. Os que têm o pensamento errado de que a nossa mensagem é somente para o futuro celestial precisam mudar, pois nossa mensagem é como se vive bem neste mundo presente. Deus não criou Israel novamente, mas foi como tivesse criado, pois só voltou do cativeiro por causa de Sua boa mão. O desejo de Deus é fazer um grande ajuntamento de louvor por causa de Israel. A humanidade precisa de incentivos para o futuro. Em Cristo Jesus, o Salvador, todos têm um futuro garantido, não apenas no céu, mas neste mundo (v.18-22).

 

18.A necessidade mais desesperadora da humanidade é de vida eterna. O mundo está separado de Deus e precisa ser resgatado. O próprio salmista se sentia abatido e frágil diante de uma vida tão curta (v.23).

 

19.O salmista se lamentava só de pensar em morrer tão cedo. As pessoas normais querem viver. Deus colocou um desejo de sobrevivência nas pessoas. A vida eterna dá um novo incentivo à vida, pois quem vive com uma esperança de vida eterna viverá melhor neste mundo porque a vida terá um propósito (v.24).

 

20.Deus é eterno e tem tudo sobre o Seu controle. A vida se desgasta para a humanidade como uma roupa. A vida eterna renova o crente. Em Cristo temos o poder de viver uma vida abundante (v.25-27).

 

21.A esperança de vida eterna é pronunciada com as palavras “a sua semente ficará firmada perante ti”. Em Cristo somos guardados e nada pode nos afastar do dom precioso da vida eterna. A nossa mensagem transforma vidas e o destino destas. Se uma mensagem não dá esperança de vida eterna, mas apenas princípios morais e filosóficos, ela não tem muito a oferecer, pois a necessidade da humanidade é de vida eterna. Talvez a humanidade conheça quais são os seus desejos, mas não saiba quais são suas verdadeiras necessidades. O homem precisa da companhia de Deus, de segurança para viver neste mundo e de certeza de vida eterna (v.28).

 

Salmo 102: As necessidades da humanidade

1.Companhia divina (v.1-11)

2.Segurança do futuro (v.12-22)

3.Vida eterna (v.23-28)

 

Salmo 103: Os fundamentos do louvor a Deus

Deus é tão bom que não se espera nada menos que o louvor daqueles que receberão seus benefícios. Ele oferece não apenas bens materiais e proteção dos inimigos, mas também o perdão. Deus é justo e vingador contra os pecados e injustiças cometidas pelos homens, mas Ele também é longânimo e demorado em castigar. Ele quer que o pecador se arrependa e viva para Ele (v.1-22).

 

“Através do perdão dos pecados, é retirado o que nos impedia de ter tudo de bom, e somos restaurados ao favor de Deus, que nos concede as boas coisas. Consideremos as provocações e o pecado, que contudo, são perdoados. Deus perdoa porque ainda pecamos, mesmo involuntariamente, e arrependemo-nos.”[3]

 

Salmo 103: Os fundamentos do louvor a Deus

1.Louvamos a Deus porque Ele é misericordioso para com Seus filhos imperfeitos (v.1-14)

2.Louvamos a Deus porque Ele tem domínio sobre tudo (v.15-22)

 

Salmo 104: As glórias da criação de Deus

1.Este Salmo é lindo! Provavelmente foi escrito por Davi. As palavras são poéticas como os demais salmos, porém, a maneira como a natureza é exaltada deixaria qualquer militante do “Green Peace” boquiaberto, mas infelizmente os incrédulos evolucionistas e panteístas estão longe de reconhecer a majestade de Deus sobre a criação. Nós que cremos que Deus formou a terra e que também sustenta, exaltamos o Deus da criação e exaltamos a criação somente no sentido de que ela é linda e foi feita por Deus. A criação nada seria sem Deus, mas Deus sempre viveu antes da criação. A criação de Deus é cheia de glória e majestade

 

2.O crente adora a Deus porque Ele é muito grande e magnífico. A roupa de Deus é a Sua glória e majestade. A Sua criação é o adorno de Deus para os homens. A criação é o embelezamento de Deus (v.1).

 

3.As vestes de Deus é a luz do universo. Quando Ele disse “Haja luz” é como se Ele estivesse mostrando as Suas vestes para que o mundo pela primeira vez visse. Os céus são uma enorme cortina desvendada para nós. Para onde quer que olhemos vemos essa linda cortina, no alto e no horizonte. Não haveria pano suficiente para imitar essa cortina que é o céu. O homem até chamou o universo de infinito. Para nós que estamos na superfície da terra é uma cortina azul porque a luz azul é a que mais dispersa na atmosfera. A luz do sol é branca, porém, ao entrar em contato com a atmosfera, por causa dos gases, principalmente oxigênio e nitrogênio, forma um prisma com sete cores e a azul vence (v.2).

 

4.As vigas das moradas de Deus são as nuvens carregadas de água. É o vapor que se acumula formando cristais de gelo. A temperatura a dez quilômetros acima da terra é de 60o graus negativos. As nuvens mais baixas são vapores e voam formando as figuras que tanto as crianças e adultos gostam de observar. É como se Deus passeasse voando nessas nuvens (v.3).

 

5.Os anjos também são a glória da criação de Deus. São como ventos, podendo se locomover rapidamente e são como o fogo levando juízo onde Deus mandar (v.4).

 

6.O salmista declara a glória da terra como parte da criação de Deus. Os alicerces da terra que a mantém em seu eixo é a força gravitacional. Ela não cai no espaço infinito porque o Senhor Jesus Cristo a sustém com o poder de Sua Palavra (v.5, ver Hb 1.3,10).

 

“Embora possa ser sacudida por terremotos, ela não é removida, nem será até a consumação de todas as coisas, quando esta fugirá diante da face do Juiz e uma nova terra sucederá (Ap 20.11, 21.1)”[4]

 

7.Na criação Deus fez a separação das águas. As águas do abismo e as águas da superfície. O quadro é muito bonito. É como alguém dispondo de uma roupa de uma gaveta e colocando por cima da cama. Assim Deus fez no dilúvio, arrancou águas do abismo e lançou por sobre toda a terra. Deus aconteceu no dilúvio também. Até as montanhas mais altas foram cobertas. Alguns preferem ver aqui uma primeira criação, vindo depois disto a destruição da terra e uma nova criação. Esta maneira de ver chama-se Teoria do Salto, que supostamente seria o intervalo entre Gênesis 1.1 e 1.2. O escritor deste material não defende a ideia da Teoria do Salto (v.6-7).

 

8.Deus fez os vales a partir da separação das águas. Alguns defendem que a terra deveria ser plana e no dilúvio surgiram os montes com a violência das águas. Isto pode ter acontecido na criação também (v.8).

 

9.Tudo indica que os versículos anteriores tratavam do dilúvio, pois este versículo claramente mostra que um dia a terra ficou cheia de água e que Deus pôs limites para que as águas não cubram a terra. Esta é uma lei segura, porém, existe a maremoto que tem causado grandes estragos. Elas começam em algum ponto do mar e vem com violentas ondas ultrapassando o limite das praias e invadindo cidades. O pecado trouxe uma desordem na natureza, mas em situações normais as águas obedecem aos seus limites impostos pelo criador (v.9).

 

10.Deus enviou águas pelos vales, ou melhor, pelos cortes da terra, formando os rios. Essas águas vêm dos mares e vem das montanhas. Essas águas saciam outras glórias da criação de Deus que são os animais e as plantas. Quem nunca viu programas de TV que mostram imagens da África com aquelas manadas sem fim em busca das águas dos rios? (v.10-11).

 

11.Algumas espécies de aves até vivem nas águas praticamente. Como os flamingos, os pelicanos e as garças. Dali tiram o seu principal sustento, os peixes. Das ramagens que crescem à beira dos rios outras aves vivem, como os marrecos e pássaros (v.12).

 

12.As nuvens do céu regam a terra com chuva. Nem sempre foi assim. Do início da criação até o dilúvio a terra era regada através do orvalho. A terra se farta das obras de Deus, ou seja, das árvores e plantas em geral (v.13, ver Gn 2.5-6).

 

13.A glória dos animais depende da glória das plantas. Deus faz crescer a grama para sustentar os animais e as faz crescer as plantas para que o homem trabalhe a terra e daí retire o sustento. A agricultura é parte essencial da história da humanidade de todas as épocas. O mundo não vive sem a agricultura (v.14).

 

14.A terra produz alguns dos alimentos que o homem desfruta desde os tempos mais antigos. A uva, a azeitona e todos os tipos de alimentos (v.15).

 

15.As plantas são gloriosas, mas algumas são mais exuberantes. O cedro é uma árvore enorme. O Líbano ficou conhecido como o lugar dos cedros. É o desenho central da bandeira dessa nação, um cedro viçoso (v.16).

 

16.As aves que são também a glória da criação de Deus fazem ninhos em árvores. As cegonhas, aves bem extravagantes e lendárias, se aninham nos ciprestes. A palavra hebraica para “faia” ou “cipreste” é “berosh” que significa “pinheiro”. Sabemos que o cipreste é um tipo de pinheiro. Em países como a Áustria, as cegonhas se aninham nos telhados das casas (v.17).

 

17.Outros exemplos de animais que são a glória da criação de Deus são as cabras das montanhas e os arganazes, às vezes, traduzido como coelhos. A palavra hebraica é “shafan” que é um tipo de coelho das rochas. O roedor que chega mais perto da descrição é o hirax da Ásia. Esses dois animais vivem nos penhascos, isolados de tudo, seguros e misteriosos (v.18).

 

18.Os corpos celestes são gloriosos e refletem a glória de Deus. A Palavra de Deus, inclusive, trata os anjos como estrelas. A lua sempre foi o marcador de tempo antes do calendário existir. Até hoje os índios marcam o seu tempo por luas. No mês há mudança da lua em quatro fases, portanto, quando alguém diz “uma lua” está dizendo um mês. Entre os índios Karajá o aspecto da lua indica uma semana, pois a lua muda a cada semana. O sol é o esplendor máximo da glória da criação, é o corpo celeste mais brilhante para nós. O sol sabe o horário de se levantar e de se esconder. Ninguém precisa ensinar o sol. O horário de verão é só virtual, pois ninguém pode afetar o sol. Quando ele estiver a pino estará no alto e no centro, você pode chamar isto de meio dia, onze horas, duas horas, não importa. O sol não obedece às regras humanas. O sol sabe até que às vezes ele mudará de posição (equinócio), passando pelo equador. Isto fará com que as horas do dia e da noite sejam as mesmas (v.19).

 

19.O giro da terra em torno de si mesma faz com que uma parte da terra fique escura. Os animais, os quais também são a glória da criação de Deus, ficam mais à vontade para saírem. Tudo obedece uma ordem (v.20).

 

20.Os leõezinhos marcam o seu tempo de ar livre pela ausência do sol e com a vinda deste voltam para os seus covis. Os corpos celestes têm uma influência muito notável na terra. Todos sabemos da influência da lua em suas fases no mar, por exemplo (v.21-22).

 

21.O próprio homem se guia pelo corpo celeste chamado sol. O seu trabalho está condicionado ao horário do sol. Cada vez que a agricultura perde o seu valor entre os homens essa regra vai deixando de ser respeitada, por isso, é que se encontram tantos trabalhadores que trabalham à noite (v.23).

 

22.O salmista se alegra com as obras de Deus. Tudo nos ensina. O céu, a terra, os animais, as plantas, o sol e a lua e, agora, o salmista falará do mar. Há riquezas de Deus neste mundo, basta observá-las (v.24).

 

23.O mar cobre 71% da superfície da terra e sua profundidade média é de 5000 metros. São inumeráveis as espécies que vivem debaixo do mar. O mar sempre foi um mistério para a ciência. O mar já tragou navios e milhares de pessoas. Um dia o mar vomitará os seus mortos para o juízo (v.25).

 

24.Os antigos chamavam grandes peixes de monstros marinhos. O leviatã provavelmente é um tipo de dragão que não existe mais em nossa época. Alguns sugerem que seja o crocodilo, mas não se encaixa na descrição, pois a referência desse salmo é o mar e não os rios (v.26).

 

25.O mar é riquíssimo em alimento, porém, tanto o peixinho, por menor que seja, quanto o assustador tubarão, precisam que Deus os alimente. Isto nos ensina que até o rico precisa do Senhor para o seu sustento (v.27-29).

 

Voltar ao pó da terra é uma linguagem simbólica que indica fim da vida, pois os seres marinhos não têm como voltar ao pó, pois vivem nas águas.

 

26.O versículo 30 não ensina que a criação está sendo refeita. Deus só criou uma vez e deixou que a natureza se reproduzisse, portanto, o Espírito de Deus que aguardava sobre as águas o momento da criação, criou uma única vez, mas a continuação disto está presente em cada novo ser que nasce, prosseguindo a geração das espécies. Os evolucionistas ensinam que novas espécies surgem da evolução, mas nós cremos numa única criação e na preservação das espécies através da reprodução (v.30).

27.Finalmente, a coroa da criação é o homem. Tudo é maravilhoso, mas o ser humano é a obra prima de Deus, por assim dizer. O homem deve louvar a Deus por sua maravilhosa criação, pois Deus não apenas criou, mas continua a cuidar de sua criação. Deus tocou o Sinai e ele fumegou. Deus fez os vulcões, os quais são montanhas fumegantes (v.31-32).

 

28.O homem é o único ser que pode observar toda a criação e louvar a Deus com inteligência. Os hinos devem falar da criação, pois a Bíblia nos ensina a cantar sobre a natureza que Deus criou. Cada hino exaltando a criação de Deus, é uma denúncia contra o Evolucionismo e o Ateísmo (v.33).

29.Deus se alegra quando meditamos em sua criação. Observar a natureza não é prática naturalista, panteísta e idólatra, mas pelo contrário, é exaltação à Pessoa de Deus. Quando olhamos a natureza, devemos exaltar a Deus e não a natureza simplesmente, pois ela não existe por si mesma (v.34).

 

30.Um dia Deus limpará essa criação que foi manchada pelo pecado. Os gemidos da natureza serão mudados para a harmonia da Nova Criação. Os pecadores serão eliminados da terra, mas os mansos herdarão a terra. O homem deve glorificar a Deus. Deus embelezou o mundo com a criação, mas Deus não está interessado em alcançar os animais e sim alcançar o coração do homem, o único ser da Sua gloriosa criação que tem vontade própria. Nenhum quadro existe independente de seu artista. Em cada espécie de animal e plantas, em cada brilho de um corpo celeste, nas águas do imenso mar e na inteligência do homem está a assinatura de Deus. Essas são as glórias da criação de Deus (v.35).

 

Salmo 104: As glórias da criação de Deus

1.A glória do céu e da terra (v.1-9)

2.A glória dos animais e das plantas (v.10-18)

3.A glória dos corpos celestes e do mar (v.19-30)

4.A glória do homem (v.31-35)

 

Salmo 105: As implicações da bondade de Deus

1.O contexto deste salmo está em 1 Crônicas 15.25-16.7, quando a arca de Deus foi trazida da casa de Obede-Edom para o lugar que Davi preparou para a arca. Foi um dia de grande alegria. É um salmo que relata o cuidado de Deus para com o povo de Israel desde o início com Abraão, Isaque e Jacó. A bondade de Deus tem suas implicações em nossas vidas. É a graça de Deus que nos sustenta, mas mesmo a graça de Deus implica em reconhecermos a Pessoa Dele e o seu cuidado. A consequência da graça de Deus alcançando alguém é uma transformação de vida, um caráter mais santo. Não podemos experimentar a bondade de Deus sem mudança de comportamento, pois há implicações da bondade de Deus

 

2.Quem conheceu a bondade de Deus quer fazê-la conhecida ao mundo todo. O desejo é mostrar as maravilhas de Deus e louvá-Lo pelo o que Ele tem feito (v.1-2).

 

3.Ao experimentar a bondade de Deus, o desejo é conhecê-Lo cada vez mais de perto. Quem experimentou que Deus é bom, mas não tem desejo da Sua Presença não está entendendo as implicações da bondade Dele (v.3).

 

4.A comunhão com Deus é o resultado de pessoas que tiveram um encontro verdadeiro com Ele. Sendo que Ele nos escolheu na Pessoa de Cristo Jesus, o Salvador, não podemos esquecer de cultuar a Sua Presença. Uma implicação de se experimentar a bondade de Deus é que devemos buscar a sua Presença diariamente (v.4-7).

 

5.O povo de Israel é o povo escolhido para experimentar a bondade de Deus e fazê-la conhecida a todos os povos. Israel falhou por não obedecer às implicações envolvidas na bondade Dele. Foi um pacto que Deus fez com os patriarcas. Ele seria bom, daria uma terra por herança, mas o povo seria exclusivo Dele (v.8-11).

 

6.O povo de Israel era um povo pequeno, mas distinto. Assim também é com a Igreja. Somos um povo de propriedade exclusiva de Deus. Nós que experimentamos a bondade Dele temos de saber que isto implica em santificação de vida. O povo passou por apuros, mas Deus sempre mostrou a Sua bondade e livramento (v.12-15).

 

“Você sabe que a palavra ‘ungido’ é uma tradução da palavra hebraica ‘Messias’ ou a palavra grega ‘Cristo’. O significado da ‘unção’ simbólica era simplesmente consagração ao ofício pela vontade divina e a capacitação para aquele ofício pelo dom divino. No sistema antigo a unção era empregada, embora não exclusivamente, como meio de designação.”[5]

 

7.Até mesmo a maldade que fizeram para com o seu irmão José, resultou na bondade de Deus, livrando-os da fome. A palavra “talante” (no hebraico, nephesh, alma, desejo) significa “desejo próprio”. Ou seja, José, de acordo com o seu próprio desejo (talante) poderia dar ordens. (v.16-22).

 

8.O povo de Israel se tornou um povo distinto dentro das terras de Cão (Gn 10.6). Ninguém no Egito, África, era como o povo de Israel, ou seja, no meio de tanta idolatria, era o único povo que adorava somente ao Deus verdadeiro. O povo de Israel se tornou um povo grande e forte a ponto do Faraó ter medo de ser subjugado. A bondade de Deus implica em sermos um povo distinto, separado de outros no mundo. Cada crente deve buscar a santificação diante de Deus, se já experimentou a bondade Dele (v.23-24).

 

9.O povo de Israel quase foi destruído por diversas vezes, mas em todas as vezes Deus acudiu o Seu povo. Sabemos que Faraó, movido por inveja e medo, fez de tudo para enfraquecer o povo, mas Moisés foi usado por Deus para libertar o Seu povo. Até o povo do Egito se alegrou com a saída do povo de Israel, pois Deus estava destruindo o Egito por causa de Israel. Deus foi bom e esta bondade deveria fazer o povo obediente. (v.25-38).

 

10.A bondade de Deus foi vista de modo bem claro também no deserto. Ele sustentou o povo, mesmo que este fosse obstinado e murmurador (v.39-41).

 

11.A bondade de Deus era fruto da promessa feita a Abraão. Deus nunca se esquece do Seu povo. Ele concedeu as terras prometidas. O povo poderia confiar na bondade de Deus e conquistar tantas terras quanto desejassem, mas se esqueceram da bondade de Deus (v.42-44).

 

12.Tudo o que Deus fez para o Seu povo era com a finalidade de cumprir as promessas feitas a Abraão e fazer do povo de Israel um povo exclusivo e obediente. Deus está mostrando a Sua bondade para cada crente e quer que cada crente seja obediente a Ele. A bondade de Deus faz parte de Sua graça. Ele não cobra nada pelas bênçãos que nos dá, mas isto não significa que a bondade Dele não tenha implicações diretas em nossa vida. Cada crente abençoado com a bondade de Deus deve ser movido por um sentimento de gratidão e buscar a Sua Presença, deve também santificar-se para Ele e prestar-Lhe obediência irrestrita (v.45).

 

Salmo 105: As implicações da bondade de Deus

1.A bondade de Deus deve nos fazer buscar a Sua Presença (v.1-7)

2.A bondade de Deus deve nos fazer um povo distinto (v.8-24)

3.A bondade de Deus deve nos fazer obedientes (v.25-45)

 

 

Salmo 106: Os lugares importantes na história de Israel depois da libertação do Egito

Não é possível louvar a Deus à altura do merecimento Dele. A história mostra que os feitos Dele são muito maior do que os nossos agradecimentos. No entanto, isso não deve desanimar o crente de prosseguir em exaltar o nome Dele e Suas bênçãos. Em todos os momentos Deus se mostra bom e misericordioso. O salmista reconhece que não é melhor do que os antigos. Eles também foram grandemente abençoados e não eram gratos e obedientes como deveriam. No Egito, se rebelaram diante do Mar Vermelho. No deserto, murmuraram. Nos acampamentos, reclamavam da liderança de Moisés e Arão. Chegaram a oferecer os filhos como sacrifício aos deuses. Quantas vezes o Senhor os livrou, tantas foram as vezes que se rebelaram e foram ingratos. Por isso, devemos louvar ao Senhor por Sua grande misericórdia (v.1-48).

 

“O Salmo 106 está debruçado em palavras de confissão, mostrando a falha em todo o caminho, pecado, esquecimento, cobiça, incredulidade e desobediência. Somente a infinita misericórdia e graça podiam salvar o povo.”[6]

 

Salmo 106: Os lugares importantes na história de Israel depois da libertação do Egito

1.O Egito, no Mar Vermelho = libertação (v.1-12, ver Êx 14:1-31 )

2.Horebe = idolatria (v.13-23, ver Êx 32:1-4)

3.Baal-Peor = idolatria (v.24-31, ver Nm 25:1-3, 7-9)

4.Meribá = rebeldia (v.32-33, ver Nm 20:2-6)

5.Canaã = sincretismo religioso (v.34-42, ver Dt 7:2,16)

6.Todas as nações = dispersão (v.43-48, ver Jz 2:16, Ne 9:27)

 

Salmo 107: Os empreendimentos da bondade de Deus sobre a humanidade

 

 “Israel arcou com a grande lição da tolice do homem e angústia na terra e fora dela, como no mar; clamou a Jeová e foi ouvida em Sua grande misericórdia; no final ficou livre do inimigo e foi reunida dos confins da terra (não apenas uns poucos judeus da Babilônia somente) para se alegrar no reino.”[7]

 

1.Este Salmo exalta a bondade do Senhor para com todos os homens. Deus ama a todos e cuida de todos. Três versículos nos fazem lembrar da bondade Dele. Talvez seja um salmo de Davi, relembrando a história de Israel e profetizando o futuro. Este salmo é atual para nós, pois as pessoas ao nosso redor precisam saber que Deus se importa e cuida delas, mas também que elas precisam se converter de seus maus caminhos e aceitarem o Salvador, Jesus Cristo. Deus é um empreendedor da Sua bondade para com os homens. Um empreendimento é uma empresa arrojada, um negócio de muita importância. Para nós também podemos dizer que é algo difícil. Para Deus nada é difícil, mas isto não significa que não seja importante. Ele investiu a Sua bondade no homem. Ele fez isto com a nação de Israel e hoje faz isto com toda a humanidade e ainda voltará a investir sobre a nação de Israel. Deus investe a Sua bondade no ser humano (v.8, 21 e 31).

 

2.Os remidos de Israel deveriam louvar sempre ao Senhor, pois Ele os livrou da escravidão do Egito e os guiou pelo deserto (v.1-2).

3.Um dia o povo de Israel será congregado dentre todos os cantos do mundo para a sua própria terra (v.3).

 

4.Antes de conquistar a terra de Canaã o povo de Israel andou pelo deserto. É verdade que tinham a provisão de Deus, mas não aquela provisão completa juntamente com conforto e estabilidade, pois se assim fosse, jamais ansiariam pela terra da promessa (v.4-5).

 

5.O povo clamava e o Senhor respondia, mas havia um clamor por algo mais permanente e Deus os provou até que restaram somente os aprovados para entrar na terra de Canaã. Hoje, a humanidade está perdida como num deserto. Alguns clamam por algo imediato, mas outros clamam por salvação eterna. Estes são saciados em Cristo Jesus, mas aqueles que só pensam nos cuidados deste mundo nunca são satisfeitos (v.6-7).

 

6.Este é o empreendimento de Deus sobre a humanidade. Ele despeja a Sua bondade sobre todos para saciá-los de sua sede momentânea, mas está oferecendo a água viva, Cristo Jesus, para nunca mais terem sede (v.8-9).

 

7.O povo de Israel experimentou a bondade de Deus, mas não correspondeu dando-Lhe o louvor merecido. Não obedeceram a Deus, mas se desviaram buscando outros deuses e, por isso, foram lançados ao cativeiro. Ficaram desanimados pelas correntes e trabalhos. Não parecia que Deus empreenderia mais bondade para eles (v.10-12).

 

8.Muitos estão neste mundo desacreditados de que Deus ainda se importa com eles, depois de terem pecado contra a Sua santidade. Deus empreende a Sua bondade sobre a humanidade em pecado. É necessário que o homem clame. Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (v.13).

 

9.Este é o empreendimento da bondade de Deus sobre o homem pecador. Ele despedaça as cadeias de Satanás e o transporta para o reino do Filho do Seu amor. Diante dessa empresa de Deus sobre o homem, este deve louvá-Lo (v.14-16).

 

10.Deus não desiste do homem, mas está numa grande empresa, dando-lhe a oportunidade de salvação. Ele estende os braços ao cansado. O homem é muito louco se não aceitar esta salvação. Ele morreria somente por seu orgulho (v.17-18).

 

11.Mas o pecador que clama ao Senhor está aproveitando a oportunidade que lhe é concedida. O homem só tem uma vida e deve aproveitar esta chance de salvação eterna (v.19).

 

12.O pecador é o alvo principal da bondade de Deus. Ele sara da lepra do pecado e limpa todas as manchas que esta causa. É um fato triste que mesmo salvo o pecador sofrerá as consequências do pecado, mas para com Deus não haverá nenhum impedimento na comunhão. O pecador curado deve louvar a Deus e oferecer a sua vida como sacrifício a Ele (v.20-22).

 

13.A bondade de Deus não está só na terra, mas também no mar, sobre aqueles que precisam do mar para sobreviver. Os alimentos e mercadorias, de modo geral, vêm pelos mares de várias regiões do mundo. Sempre foi assim e continua sendo (v.23).

 

14.Os que andam pelos mares já viram muitas maravilhas. O abismo referido neste versículo é o próprio mar. Em nossos dias as maravilhas aumentaram aos nossos olhos, pois com os submarinos e recursos tecnológicos já sabemos o que acontece no mais profundo dos mares. Espécies que jamais tínhamos ideia que existissem, hoje, podemos ver com iluminação e colorido como se fosse numa piscina! (v.24).

 

15.Através das ondas bravias podemos ver dois atributos de Deus, pelo menos. O Seu poder em levantar ondas enormes e destrutivas e a Sua bondade em acalmar as ondas para os navegantes. Os discípulos de Jesus experimentaram isto no mar (lago) da Galileia (v.25-26).

 

16.Uma embarcação no meio de uma tempestade do mar é como um bêbado nas ruas. Não há timoneiro que possa manter o controle de uma embarcação quando as ondas são muito bravias. Nesta angústia, o marinheiro clama ao seu deus, mas só o Deus, criador do céu, da terra e do mar pode socorrer em Sua bondade e levá-los ao porto seguro. Os marinheiros que tinham Jonas no navio sentiram a fúria do mar e a bondade de Deus. Por causa desse empreendimento de Deus, mostrando a Sua bondade, todos os marinheiros deveriam exaltar ao Deus dos mares (v.27-32).

 

17.Deus investiu no homem com a Sua bondade, pois se Deus agisse conforme os merecimentos do homem, este só veria deserto e angústia. Ele encheu a terra de Sua bondade. A vida frutífera, a chuva, o pasto, os rios e todas as coisas boas deste mundo estão à disposição do homem bom, mas também do homem injusto (v.33-38).

 

18.Os pecados da humanidade trazem consequências trágicas no mundo natural. A mão de Deus pesa sobre os homens, castigando a terra, mas logo a Sua bondade, que é o Seu maior empreendimento sobre os homens prevalece (v.39-41).

 

19.Diante dessa bondade o justo se alegra, mas o ímpio não sabendo explicar, mas ao mesmo tempo não querendo admitir a bondade de Deus, cala-se (v.42).

 

20.Ao observar a insistência de Deus em abençoar a humanidade, devíamos ganhar alguma sabedoria disso. Os homens têm os seus empreendimentos. Alguns são egoístas e outros têm como objetivo ajudar o próximo, mas mesmo assim nunca chegarão perto do empreendimento de Deus. Deus é bom e está insistentemente abençoando a humanidade para que se arrependa de suas maldades. Nós que já entendemos a bondade do Senhor devemos agradecer sempre a Ele por isso e dizer ao mundo que Deus é bom, mas que é o Seu desejo alcançar as pessoas com a Salvação, pois só experimentar da bondade de Deus na natureza não salvará as almas do destino eterno que será o Lago de Fogo (v.43).

 

Salmo 107: Os empreendimentos da bondade de Deus sobre a humanidade

1.Ele conduz o homem neste mundo árido (v.1-9)

2.Ele liberta o homem da escravidão do pecado e de Satanás (v.10-16)

3.Ele preserva o homem dando-lhe a oportunidade de salvação (v.17-22)

4.Ele protege o homem no mundo como a um marinheiro do violento mar (v.23-32)

5.Ele renova a vida quase acabada do homem (v.33-43)

 

 

 

 

 

 

 

Salmo 108: A obra do crente para Deus e a obra de Deus para o crente

 

 “Com a celebração do amor leal de Deus e com o apelo final para que se reconheça a glória de Deus, o salmo dirige a atenção para Deus e alimenta a esperança de que ele vai ajudar.”[8]

 

1.Este Salmo está muito ligado ao orgulho de Edom, pois enquanto o povo de Judá estava sendo invadido pela Babilônia, os edomitas ajudaram a pisar o povo de Deus, entregando-o aos inimigos. O livro do profeta Obadias trata de modo detalhado sobre este assunto. É um salmo profético, pois Davi não participou do cativeiro e, é claro, nem do retorno do povo. Isto aconteceu depois do cativeiro babilônico e ocorrerá novamente, sendo que aguardamos isto com expectativa e alegria, pois será o início do plano redentor para a nação de Israel e, consequentemente, o estabelecimento do reino messiânico na terra.

 

2.O salmo tem duas divisões claras. Uma é o louvor do crente ao Deus cheio de benignidade, encerrando esta primeira parte com um pedido de libertação do povo de Israel do cativeiro. A segunda parte é o triunfo da oração respondida que é a volta do cativeiro e a distribuição das terras. Esta parte também encerra com um clamor, mas com confiança da vitória em Deus. Nesta comunhão entre Deus e o crente há obras do crente e há obras de Deus. A obra do crente é realizada por causa da benignidade de Deus e a obra de Deus é realizada por amor aos Seus filhos. Na comunhão entre Deus e os crentes há obras maravilhosas

 

3.Nenhum trabalho que façamos para Deus seria aceito se não fôssemos aceitos, primeiramente, em Cristo. Com a barreira da inimizade derrubada, por causa da morte de Cristo em nosso favor, temos o privilégio de trabalhar para Deus. Mas, em que consiste a nossa obra. Alguns pensam que Deus exige tantas atividades de nossa parte que não param e se sentem culpados e eternos devedores. Em um certo sentido isto é verdade, pois nunca retribuiremos a Deus pelo o que Ele fez por nós. Mas, por outro lado, o que Deus realmente quer de Seus filhos é ser louvado de todo o coração. Este louvor, evidentemente, se transforma em serviço obediente. O homem foi criado por Deus para louvá-Lo, amá-Lo e servi-Lo de todo o coração e entendimento. O salmista diz que o coração dele está preparado para louvar a Deus com toda a sua glória (“kabode” em hebraico). Davi colocava todo o seu coração, a sua alma e o seu corpo com seus talentos para louvar a Deus (v.1).

 

4.Os talentos musicais de Davi eram privilégio seu. Nem todos temos as mesmas habilidades. A música é muito eficiente no louvor, mas Deus quer a nossa dedicação com ou sem talento musical. O salmista despertava a alva para louvar a Deus. Isto é, antes do sol nascer ele já estava louvando ao Senhor (v.2).

 

5.A obra de louvar a Deus deve ser exercitada entre as pessoas que não amam a Deus. Todas as gentes precisam saber que amamos a Deus e que o homem vive para adorá-Lo e que nós estamos obedecendo e que eles precisam andar pelo caminho do louvor (v.3).

 

Aqui vale uma advertência. Nós louvamos a Deus e testemunhamos ao mundo, mas isto não significa que devemos convidá-los a cantar conosco e adorar a Deus, participando das nossas atividades. Sim, eles podem nos visitar e observar o nosso louvor, mas se desejarem louvar precisam entrar pela porta da salvação, que é Jesus Cristo. Eles só poderão louvar de coração se forem salvos.

 

6.Nunca louvaremos a Deus conforme a sua bondade e a sua verdade. Essas virtudes chegam até os céus e o nosso louvor de toda a nossa vida não se acumula tanto assim. Na eternidade continuaremos o louvor que estamos apenas começando (v.4).

 

7.Nós louvamos a Deus, não apenas porque Ele está assentado sobre um alto e sublime trono no céu, mas porque Ele se importa conosco na terra, derramando a Sua glória. Ele mandou o Seu filho para habitar entre nós porque Ele nos ama. Fica bem ao crente louvar a Deus (v.5).

 

8.Do versículo 6 até o final as palavras são idênticas ao Salmo 60.5-12. O servo de Deus precisa estar livre para louvá-Lo. A escravidão de qualquer tipo inibe a pessoa de se expressar. O crente está livre do pecado, de Satanás e do mundo, por isso, pode louvar a Deus sem impedimento. Este clamor deve ser o nosso clamor. Quando Deus nos livra das coisas que nos escravizam, podemos louvá-Lo com sinceridade (v.6).

 

9.Deus nos ama e por isso nos abençoa. Nós não merecemos. Ele não nos abençoa porque o adoramos, pois adorá-Lo já é em si mesmo uma bênção Dele, pois não saberíamos como fazer isto sem o Espírito Santo.

 

10.Deus é santo e em Sua santidade abençoou o povo de Israel dividindo terras às doze tribos para que conquistassem com a Sua poderosa mão. Da mesma forma, Deus tem nos abençoado distribuindo bênçãos. Siquém e Sucote ficam ao norte da Judeia. Aquela região ficou conhecida como Samaria (v.7).

 

11.Deus é santo e todas as Suas obras são santas. Ele prometeu repartir a cidade de Siquém, que é no monte Efraim. Isto aconteceu pelas mãos de Isbosete, filho de Saul (2 Sm 2.4,9). Outra proeza de Deus a favor de Seu povo foi a conquista do vale de Sucote. Medir é um símbolo para conquistar, tomar posse. O vale de Sucote era perto de Siquém (Js 13.27, Gn 33.17-18) (v.7).

 

12.Gileade era uma região de muitos pastos. Deus abençoa os crentes dando alimento a eles. Manasses e Efraim são retratos perfeitos da bênção de Deus para os mais fracos, fazendo-os fortes. A expressão “defesa da minha cabeça” significa “força” (veja Gn 48.11-20). Todos os termos mencionados foram dados por Deus ao Seu povo, quando entraram em Canaã, mas prometido muito antes para cada tribo de Israel. A tribo de Efraim foi forte e, por isso, chamada de “força da minha cabeça”. De Judá veio um Legislador maior que Moisés, que é o Cristo. É o cetro de Deus (v.8).

 

13.Muitos moabitas se tornaram servos de Israel. A vitória de Davi sobre Moabe os envergonhou. A bacia de lavar era baixa e assim se tornou moabe, ou seja, serviçais. Os gibeonitas, por exemplo, se tornaram lenhadores e buscadores de água. Deus lançou o sapato sobre Edom, que era um símbolo de conquista. Sobre a Filístia, Deus usou de ironia dizendo que ela poderia se alegrar, mas é como Eclesiastes 11.9. Deus subjugou os filisteus, também. Se os filisteus riam do povo de Deus, agora quem sabe achariam motivo de riso... (v.9, veja Sl 2.1,4).

 

14.A cidade forte pode ser Rabá dos amonitas. Alguns dizem ser Tiro, mas bem pode ser a própria Edom. Ninguém poderia chegar até Edom, conhecida hoje com as ruínas de Petra. Os habitantes viviam no alto. A entrada para o penhasco era por fendas desconhecidas para os inimigos. O livro de Obadias descreve muito bem Edom e sua queda. Somente Deus pode saber e conduzir o povo de Israel até lá. O mesmo Deus que uma vez rejeitou é o Deus que acode agora. A obra de Deus é abençoar o Seu povo, mesmo que este povo esteja em débito e precisa honrá-Lo mais (v.10-11).

 

15.O socorro vem de Deus. Na angústia só podemos confiar em Deus. Nunca, jamais, louvaremos o Seu nome como Ele merece. Deus nos ama, apesar de não sermos aquilo que Ele quer que sejamos. Devemos ter em nossa história com Deus nesta terra façanhas da fé, proezas por confiarmos Nele. Nós não pisamos os nossos problemas, mas Deus é Quem nos acode. Porém, temos de confiar no Senhor e fazer proezas. Algo maravilhoso deve acontecer em nossa oração e vitórias devem surgir por causa da vida de fé. Ele está pronto para nos abençoar. O crente deve estar preparado para a sua obra para Deus que é louvá-Lo. Deus está sempre preparado para executar a Sua obra a nosso favor que é nos abençoar (v.12).

 

Salmo 108: A obra do crente para Deus e a obra de Deus para o crente

1.A obra do crente para Deus é louvá-Lo (v.1-6)

2.A obra de Deus para o crente é abençoá-los (v.7-13)

 

Salmo 109: Os inimigos da justiça e a vingança do Senhor

A atitude do salmista era de oração pelos inimigos. É verdade que houve muita oração imprecatória, mas o quanto era possível ter paz, os salmistas sempre preferiram o caminho da pacificação. É digno de apreciação de que nem todo o Velho Testamento mostra vingança e imprecação. Ficaríamos surpresos em ver que há muito mais pacificação, oração e arrependimento do que julgamos. O sofrimento do salmista junto com a libertação trará um testemunho de louvor a Deus que salva (v.1-31).

 

“Os homens continuarão amaldiçoando até que Deus os faça parar; paralelamente, porém, Deus pode vencer qualquer maldição mediante Sua bênção contínua. Quando sua oposição a Deus se tornar evidente, eles serão envergonhados (ver Sal. 25.1; 35.26; 37.19; 69.6; 74.21; 78.66; 83.16 e 86.17). Os v. 28-31 repetem de forma fraca algumas das imprecações contidas na seção mais longa (v. 6-20). O poeta estava cansado de suas vociferações, e assim a sua voz se reduz quase a um sussurro, em comparação com sua fúria anterior. Ele se desgasta em face de sua ira, mas, estando ainda na mesma aflição, não termina o salmo em silêncio.”[9]

 

Salmo 109: Os inimigos da justiça e a vingança do Senhor

1.Os inimigos mentem e odeiam (v.1-15)

2.Os inimigos perseguem e maldizem (v.16-31)

 

Salmo 110: As dádivas do Messias para o Seu povo

 

“Os estudiosos do Antigo Testamento normalmente concordam que o Salmo 110 é um salmo do rei..., mas discordam sobre o cenário histórico para o salmo... Várias propostas têm sido oferecidas, debatidas e rejeitadas a respeito do tempo, autoria, destinatário e situação do salmo.”[10]

 

1.Um dia o Messias terá o seu reino. Quando Ele veio pela primeira vez, o Seu povo, os judeus, rejeitaram-No. Ele voltará para estabelecer o Seu reino. Ele dominará sobre todos os povos. Quando Ele veio pela primeira vez, o povo que dominava era Roma, quando vier pela segunda vez, o império terá o mesmo nome, pois será o Império Romano restaurado pelo Anticristo. Da primeira vez Ele não veio para lutar contra Roma, pois Ele queria conquistar o Seu próprio povo. Na segunda vinda, o Messias destruirá o Império Romano do Anticristo e salvará o Seu povo. Quando o Messias voltará Ele dará dádivas ao Seu povo. Toda a terra será presenteada pelo próprio Deus. Somente os que beijarem o Filho serão agraciados com suas dádivas (Sl 2.12). Receber as dádivas do próprio Deus é o grande privilégio de Seu povo.

 

2.O próprio Deus Pai fala para o Deus Filho. O Messias vence o exército do Anticristo, mas o Pai, por meio de um anjo, reunirá o exército para a grande matança (Ap 19.7). Outra vez, no final do reino messiânico, os inimigos serão ajuntados para outra grande matança (Ap 20.8). O Messias sempre triunfará contra o inimigo do povo de Deus. Essa é uma dádiva, a vitória sobre os inimigos. Os cabeças de muitos países serão atingidos. Enquanto isso, o mundo caminha para uma união de ideias contra Deus (v.1-2, 5-6).

 

3.No caminho da batalha do Armagedom, o Messias beberá um rio de sangue e sairá vitorioso, de cabeça erguida (Ap 14.20, 16.19 e 19.15). As palavras “torre” (migdal) (ldgm) e “ribeiro” (nachal) (lxn) são semelhantes no hebraico, por isso, aparecem essas duas palavras em diferentes versões. Receberemos essa dádiva do Messias. Ele triunfará sobre os inimigos e teremos paz eterna (v.7).

 

4.Quando o Messias triunfar sobre os inimigos, o povo de Deus será agraciado com mais uma bênção. A dádiva será a santificação nacional. Nunca vimos o povo de Israel totalmente voluntário. Vimos o povo dizer a uma voz: “Tudo o que o SENHOR tem falado, faremos” (Êx 19.8), mas logo depois cair em desobediência. A voluntariedade de coração virá quando o coração for transformado. Isto é uma dádiva, a santificação nacional (Jr 31.33). O Messias tem o orvalho da mocidade, ou seja, em Cristo os seus servos destilarão o melhor para Ele. Como a manhã que se inicia assim será a força do Seu povo e como orvalho refrescante, assim serão os frutos dos seus servos. É uma dádiva do Messias para nós que buscamos agradar a Deus. No Seu reino poderemos glorificá-Lo com nossa voluntariedade e santificação (v.3).

 

5.O Messias é o sacerdote eterno. Todos terão acesso a Deus por meio Dele para sempre. Ele nos coloca diretamente na Presença de Deus. O Messias é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. Esse sacerdote foi mencionado em Gn 14.18, mas nunca foi mencionada a sua genealogia (Hb 7.3). Isto faz um paralelo com Cristo que descende do próprio Deus e não de homens. O Messias nos concede ainda outra dádiva, a de nos fazer sacerdotes (1 Pe 2.5,9, Ap 1.6). O Messias restaurará este mundo e estabelecerá o Seu reino. Com isto seremos agraciados com as dádivas do triunfo sobre os inimigos, com a santificação e com o sacerdócio (v.4).

 

Salmo 110: As dádivas do Messias para o Seu povo

1.Triunfo sobre os inimigos (v.1-2, 5-7)

2.Santificação nacional (v.3)

3.Sacerdócio eterno (v.4)

 

Salmo 111: As obras de Deus a favor do crente

1.Podemos dizer que este salmo é o abecê ou melhor, o aleph, beth, gimel, pois cada sentença começa com uma letra do alfabeto hebraico. Gill sugere que tenha sido para que o leitor guardasse na memória.[11] Talvez o escritor tenha sido Davi. O objetivo principal deste salmo é exaltar a Deus, reconhecendo as Suas maravilhosas obras. As obras de Deus são feitas para a Sua própria glória, mas Ele nos ama e sempre quer nos favorecer. Ele trabalha a favor do crente e até mesmo do incrédulo com a finalidade de alcançá-lo para o Seu amor. As obras de Deus são maravilhosas e se estendem por toda a eternidade.

 

2.As obras de Deus devem motivar o crente a louvá-Lo. Nós nos mantemos muito apáticos às maravilhas de Deus. Os judeus buscavam sinais e os gregos sabedoria, mas é possível que nós não busquemos nada, pois o mundo moderno providencia tudo para nós e vemos a vida muito passivamente. A preguiça de refletir nos assuntos espirituais nos levará a uma vida de falta de louvor. O salmista não apenas louva a Deus, mas se compromete a louvá-Lo de todo o coração. Se tivéssemos a mesma intenção de colocar todo o nosso coração no louvor a Deus como investimos nosso coração nas coisas deste mundo, seríamos adoradores muito gratos. O louvor a Deus não pode ser perfeito quando estamos a sós. Precisamos de outros que tenham a mesma fé para louvá-Lo. É claro que louvamos a Deus em nossa meditação, mas porque temos de fazer isto. Deus nunca autorizou um crente a estabelecer uma adoração particular. Todo o povo de Israel tinha de chegar até a tenda da congregação para louvá-Lo. Os primeiros crentes se reuniam de casa em casa para louvar a Deus. Nós não louvamos a Deus com os não salvos. Alguns usam de pretexto a música para alcançar os incrédulos. O louvor é cantado entre os irmãos. Não é proibido os não crentes ouvirem nossos louvores, mas eles não podem tomar parte nele, a menos que se convertam ao Senhor através da Palavra pregada ou lida. É na assembleia dos santos que expressamos o nosso louvor (v.1).

 

3.Que as obras do Senhor são grandes não há nenhuma dúvida. Até aqueles que não se entregaram ao Senhor reconhecem que Deus é grande e muitos desses creem que Deus é o criador do mundo e de tudo o que nele há. Porém, somente os que têm prazer em Deus se interessam por essas maravilhas. A poesia não é uma literatura apreciada por muitos por razões diversas. Muitos veem a Bíblia como poesia, mas isto não é verdade. As obras de Deus são maravilhosas e em reconhecer isto há muito valor prático. Não somos poetas sonhadores. Todos os que se ocupam para pensar nas obras de Deus estão aproveitando com mais prazer a vida que Deus nos deu (v.2).

 

4.As obras de Deus são gloriosas e majestosas. Não existe obra pequena quando é feita por Deus. Até mesmo quando Ele nos desperta para orar por alguém é uma obra maravilhosa e gloriosa. É majestosa porque Ele é o Rei dos reis. Nas obras de Deus não há motivos egoístas, pelo contrário, Ele sempre pensa no homem. Ainda que no final Ele seja glorificado, a intenção de Deus é abençoar o homem. Ele é justo e isto para sempre (v.3).

 

5.As obras de Deus não caem no esquecimento. O crente deve sempre se lembrar que é do Senhor que vêm as bênçãos. As obras de Deus marcam a história. A Bíblia é o relato fidedigno das obras Dele. Quando Ele realiza as Suas obras é sempre com benignidade e misericórdia. Não achamos que seja assim no momento com respeito a muitas de Suas obras, mas no final veremos que Ele foi bom e misericordioso (v.4).

 

6.As obras de Deus são dirigidas ao homem. Ele sustenta os que o temem. Nunca devemos reclamar do sustento Dele para nós. Ele tem a medida exata para nós em cada situação. Ele fez uma aliança com o homem de dar o alimento e cuidar. Ele está fazendo isto. Ele cuida até mesmo daqueles que não O temem por causa de Sua grande misericórdia. As obras de Deus são maravilhosas e são sempre a favor do crente. Até mesmo os incrédulos são beneficiados com o cuidado Dele. Ele é longânimo e faz com que os bons e os maus tenham o sustento e cuidado (v.5).

 

7.Deus não é limitado em Suas obras. Não é porque certas culturas são totalmente entregues a Satanás que Ele não estende as Suas bênçãos até eles. Ao Seu povo as obras são conhecidas e até esperadas. O povo de Israel ganhou de Deus a terra dos cananeus idólatras, mas isto não impediu de Raabe ser salva. O povo de Israel tem a primazia da terra chamada Palestina, mas os palestinos de origem árabe, também podem receber a bênção de Deus aceitando Jesus Cristo como o Messias de Israel (v.6).

 

8.Muitas promessas neste mundo são mentirosas. Acordos de paz são quebrados e relacionamentos são traídos, mas as obras de Deus são verdadeiras, justas e completas. A Palavra de Deus é fiel. As obras de Deus e a Sua Palavra são estáveis, isto é, não oscilam como os acordos humanos. Não significa que Ele completa a Sua obra sobre alguma pessoa ou assunto de uma vez só. Ele completa a obra, mas esta é progressiva. Ele não completará toda a Sua obra em nós até estarmos com Ele. Até mesmo com Ele na eternidade teremos o que aprender (v.7-8).

 

9.O povo de Israel foi guiado não apenas para o mar vermelho ou para o deserto e nem mesmo à Terra Prometida, mas o povo foi guiado a redenção. Deus está apenas começando a obra que tem para cada um de nós. As obras Dele por nós se estendem por toda a eternidade. Ele é santo e até estremecemos diante das Suas obras (v.9).

 

10.É possível trocarmos as maravilhosas obras de Deus por pratos de lentilhas. Sem o temor a Deus nada disso tem importância para nós. Até as mais lindas obras de Deus, e todas são, se tornam comuns e rotineiras. A verdadeira sabedoria está em Deus e só é obtida mediante o temor. Lidar com as coisas espirituais como meras antiguidades fere o caráter de Deus e como consequência a pessoa deixa de ser sábia. Nunca seremos tão sérios quanto aos interesses de Deus. Seremos prudentes em praticar o temor a Deus. O louvor a Deus deve ser para sempre e não apenas quando estamos “inspirados” para cantar ou contentes por algum acontecimento. Até na aflição o louvor a Deus cai bem. Para sempre não é apenas muito tempo, mas é atemporal. Deus está nos dando a oportunidade de louvá-Lo neste mundo limitado pelo espaço e tempo. Um dia louvaremos a Deus sem impedimento de horário e outras responsabilidades. A nossa motivação será perfeita, mas devíamos buscar a melhor motivação, hoje. Este é um salmo de louvor e adoração. O louvor a Deus deve ser praticado por todos, porém, somente os crentes podem compreender o valor do louvor e só estes estão habilitados por causa de Jesus Cristo a louvarem a Deus. As obras de Deus são inumeráveis, portanto, sempre haverá motivo para louvar a Deus. As obras de Deus se estendem por toda a eternidade, por isso, devíamos nos dedicar mais as coisas da eternidade, pois são estas que duram (v.10).

 

Salmo 111: As obras de Deus a favor do crente

1.As obras de Deus a favor do crente são maravilhosas (v.1-5)

2.As obras de Deus a favor do crente se estendem por toda a eternidade (v.6-10)

 

Salmo 112: As demonstrações de uma pessoa fiel no Velho Testamento

Deus abençoa todos os que O amam e O obedecem. Este é o princípio do Antigo Testamento. Quando este padrão não é imediatamente visto, deve-se a algum propósito específico de Deus, como foi o caso de Jó e de Davi. Às vezes, as más notícias desanimam o crente e até o fazem desviar dos planos de Deus, mas aqui nós vemos que isso não precisa acontecer, pois nosso Deus está dirigindo todos os nossos caminhos. Os homens maus, os que duvidam da bondade de Deus são destruídos pela raiva. Eles não conseguem ver a generosidade de Deus pelos que O amam (v.1-10).

 

“Não seria surpresa encontrar uma conexão entre sabedoria e bens materiais e os salmos, pois pontos de conexão entre hinos e sabedoria podem ser encontrados por todo o Oriente Médio antigo, como ilustrado na comparação entre [os dois homens]... no Salmo 1.”[12]

 

Salmo 112: As demonstrações de uma pessoa fiel no Velho Testamento

1.Um fiel demonstrava através de sua descendência sua fidelidade a Deus (v.1-2)

2.Um fiel demonstrava através de prosperidade material sua fidelidade a Deus (v.3-7)

3.Um fiel demonstrava através de sua vitória sobre os inimigos a sua fidelidade a Deus (v.8-10)

 

Salmo 113: Os traços marcantes da Pessoa de Deus

O louvor a Deus não é uma prática semanal ou esporádica. Não é simplesmente porque recebemos uma bênção ou porque estamos contentes. O louvor a Deus é um tributo, é como se fosse um imposto, o qual devemos pagar frequentemente ou se não estaremos endividados. Do momento em que acordamos até quando vamos nos deitar, o Senhor é louvado. Deus não está apenas no céu aguardando os louvores devidos a Ele, mas Ele se inclina para ver os necessitados e cuidar deles (v.1-9).

 

“Uma razão para a pobreza espiritual de alguns crentes é sua ignorância ou falha em refletir sobre quem Deus é. Por causa disso, eles privam a si mesmos de uma fonte vital de ajuda e encorajamento. Não há melhor solução para esse problema do que um cuidadoso estudo do Salmo 113.”[13]

 

Salmo 113: Os traços marcantes da Pessoa de Deus

1.Ele é Único e Excelso (v.1-6)

2.Ele é Compassivo para com os sofredores (v.7-9)

 

Salmo 114: Os acontecimentos que sucederam à nação de Israel após a saída do Egito

 

“Usando uma bela linguagem poética, este salmo descreve o êxodo de Israel do Egito, a provisão do Senhor na jornada do povo pelo deserto, sua entrada na Terra Prometida e a conquista de seus inimigos. O salmista usa metáforas poéticas intensas para ensinar história e teologia, uma abordagem que estimula a imaginação e que toca o coração. Quando as famílias judias cantam este salmo na Páscoa, deve ter um significado profundo para elas. É um salmo sobre Deus e revela seu relacionamento cheio de graça para com seu povo escolhido.”[14]

 

1.É um Salmo de exultação a Deus pelo Seu grande poder. Pela libertação do Egito. De modo poético e cheio de hipérbole este salmo registra os acontecimentos após a saída do Egito (v.1). Judá se tornou o santuário, onde Deus habitaria. Israel, como nação foi o domínio de Deus, como é será efetivamente um dia. Os acontecimentos que sucederam à nação de Israel, após a saída do Egito, nos ensinam algo sobre a nossa posição em Cristo. A saída do Egito foi repleta de acontecimentos que ilustram a nossa posição em Cristo (v.1-2).

 

2.Deus é o dono do mar. O mar aqui é personificado para mostrar a ação deste diante do poder de Deus. Trata-se do mar vermelho que deu passagem para o povo de Israel passar (Hb 11.29). Jesus fez o mar se acalmar. O mar da Galileia também recuou com a ordem de Jesus (Mt 8.24-28). A passagem do mar vermelho marcou a libertação do povo de Israel do Egito. A cruz marcou a nossa libertação do mundo e da morte eterna. Assim como o mar vermelho viu o poder de Deus e fugiu, assim a morte viu a cruz e fugiu. Cristo venceu a morte (Hb 2.14) (v.3,5).

 

3.Depois de liberto, o povo de Israel teve outro obstáculo, agora para entrar na terra de Canaã, o rio Jordão. Deus também fez essas águas recuarem (Js 3.14-17). A passagem do rio Jordão marcou a conquista da terra prometida. Eles precisaram molhar os pés, crendo que Deus afastaria as águas. A fé em Cristo Jesus nos faz triunfar, mas é preciso ousadia em começar a enfrentar os obstáculos, crendo que o Senhor está à frente abrindo o caminho para nós (2 Co 2.14) (v.3,5).

 

4.As montanhas maiores e os montes (outeiros) menores tremeram quando Deus mandou Moisés subir o Monte Sinai para receber a Lei (Êx 19.16-18). Na morte e ressurreição de Cristo houve terremoto e todos os presentes temeram (Mt 27.54, 28.2). Diante do Senhor toda a terra treme, mas muitos rebeldes não temem o Senhor terrível. Um dia, porém, a terra tremerá e todos temerão (Ap 11.13) (v.4, 6-7).

 

5.Com a saída do Egito este acontecimento também se deu. O povo estava sedento e Deus providenciou água no deserto da rocha. Isto aconteceu duas vezes (Êx 17.6, Nm 20.11). Em 1 Co 10.4 sabemos que o povo de Israel levou algum fragmento daquela rocha durante a viagem e que a rocha era Cristo. Cristo Jesus é a rocha que não confunde, mas salva. Ele é a água viva também (Rm 9.33, Jo 4.10). Este salmo nos ensina sobre a Pessoa de Cristo nos acontecimentos que sucederam após a saída do povo de Israel do Egito. São exemplos para nós para nos firmar mais no Senhor que abre o mar, o rio e faz brotar água da rocha (v.8).

 

Salmo 114: Os acontecimentos que sucederam à nação de Israel após a saída do Egito

1.O mar fugiu (v.3,5)

2.O Jordão recuou (v.3,5)

3.Os montes e a terra tremeram (v.4,6,7)

4.As rochas se transformaram em água (v.8)

 

Salmo 115: O equívoco da idolatria e a certeza da confiança no Deus verdadeiro

Os povos cometem um grande engano ao duvidarem da grandeza e bondade de Deus. Eles fazem para si deuses que não passam de ídolos sem vida, sem sentimento e sem ação. É um salmo de reavivamento. Israel precisa voltar a confiar em Deus. Jamais ninguém ficaria decepcionado ao colocar sua vida nas mãos de Deus. Ele é o Senhor de toda a terra (v.1-18).

 

 

 

 

 

“Os ídolos são feitos de prata e ouro e, portanto, seu valor é determinado pelas condições do mercado. Manufaturados por homens, são inferiores aos seus adoradores. Têm boca, mas não são capazes de ensinar, nem de prever o futuro. Têm olhos, mas não veem os problemas do povo. Têm ouvidos, mas não podem ouvir orações. Têm nariz, mas não cheiram o incenso oferecido a eles. Têm mãos, mas não são capazes de sentir. Têm pés, mas não saem de seus pedestais. Nem sequer podem emitir um som com a garganta.”[15]

 

Salmo 115: O equívoco da idolatria e a certeza da confiança no Deus verdadeiro

1.A idolatria é um grande equívoco, pois o objeto da adoração não passa de um mero objeto (v.1-8)

2.A confiança no Deus verdadeiro é totalmente certa, pois Ele tem se lembrado de Seus filhos (v.9-18)

 

Salmo 116: Os agradecimentos do salvo ao Senhor

1.Este fato não muda: Deus sempre ouve aos Seus filhos. Se alguma vez perdemos a esperança e a confiança Nele, esse fato não muda. Ele sempre esteve disposto a nos ouvir e a nos socorrer. Em época de atividade excessiva, tecnologia avançada e falta de compromisso, nós nos confundimos com a superficialidade do mundo. Deus não muda, porém, Ele exige que esperemos. Enquanto isso, nossa fé é fortalecida (v.1-19).

 

2.O v. 15 tem causado algum problema de entendimento devido às diferentes versões. “Preciosa” em algumas versões e “pesar” em outras. Em uma versão parece que Deus vê a morte dos crentes como algo precioso e em outra versão parece que Deus vê a morte dos crentes com pesar. De modo prático, seguindo o que cremos, a morte dos crentes é preciosa, pois nós nos encontraremos com o Senhor e assim é para Ele também, pois seremos redimidos, deixaremos nossa limitação na adoração, devido ao pecado. Por que seria um peso para Deus ou para nós a morte nesse aspecto de encontro pessoal com Deus? O que a acontece é que a palavra hebraica “yaqar” significa, segundo a Concordância Strong[16], “ser pesado”, mas que figuradamente significa “valioso, precioso”. Portanto, a melhor tradução é “Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos.”

 

Salmo 116: Os agradecimentos do salvo ao Senhor

1.O salvo agradece ao Senhor pela Salvação (v.1-9)

2.O salvo agradece ao Senhor porque Ele o ouve na angústia (v.10-19)

 

Salmo 117: A extensão e o motivo do louvor a Deus

 

“Tem sido colocado em dúvida se esse salmo excessivamente curto pode ter sido uma composição separada ou uma conclusão do Salmo 116.1-19 ou, ainda, uma introdução ao Salmo 118.1-29. Nos manuscritos hebraicos, frequentemente, é anexado a um ou ao outro desses dois salmos; porém, nas versões e nos melhores [ou alguns] manuscritos aparece sempre separado.”[17]

 

1.Um dia todas as nações conhecerão ao Senhor Jesus Cristo, o Messias de Israel. Até que isto aconteça o evangelho deve ser pregado a todos os lugares. A Igreja deve anunciar a Sua Palavra a todas as tribos da terra. Alguns lugares são difíceis para se chegar; outros são impossíveis de entrar sem a permissão do governo. Mas a Igreja de Jesus Cristo deve avançar, investindo seus membros e recursos para se alcançar todos os povos. O louvor é estendido a todos os povos e o motivo é duplo

 

2.Se é bom para o crente louvar a Deus, isto deve ser bom para todos os povos. Nunca deveríamos ter a mentalidade que somos uma categoria de pessoas felizes e que só nós merecemos o Senhor. Ninguém merece a salvação, nem mesmo nós os salvos. Deus amou o mundo todo, deseja que o mundo todo seja salvo e deu o Seu Filho para morrer por todos (Jo 3.16, 1 Tm 2.4 e 1 Jo 2.2). É verdade que nem todos serão salvos. De fato, o caminho é estreito e poucos são salvos em comparação à população mundial, mas isto não é motivo para não buscarmos os perdidos. Um dia o louvor será universal. No reino estabelecido pelo Messias sob a regência de Davi. O conhecimento do Senhor será como a água que cobre todo o mar (v.1).

 

3.O mundo todo tem motivo para louvar a Deus, pois Ele é bom e verdadeiro não só para com os salvos, mas também para com os perdidos. A bondade de Deus se vê no fato de ter feito o mundo e o ser humano. O milagre da vida é demonstração da bondade de Deus. A verdade eterna de Deus se vê no fato de ter enviado Jesus Cristo ao mundo. Ele é a verdade. A verdade liberta o homem. Nós crentes conhecemos tanto a bondade quanto a verdade de Deus. Se essas virtudes de Deus são boas para nós também devem ser boas para os perdidos. Quando conversamos com incrédulos, mesmo não conhecendo a história da redenção, eles admitem que Deus é bom e tem feito o bem a eles. Reconhecem que Ele é verdadeiro e que não mente. Mas falta-lhes o motivo verdadeiro para louvarem a Deus que é a redenção de suas almas. Até onde deve ir o evangelho e por quê? São duas perguntas fáceis de responder baseado no Salmo 117. O evangelho não deve ter fronteiras. O mundo todo deveria conhecer Jesus Cristo como Salvador. Por que anunciar o evangelho a povos tão distantes de nós? Para que conheçam a mesma benignidade que nos alcançou e para que tenham a mesma verdade eterna que temos (v.2).

 

Salmo 117: A extensão e o motivo do louvor a Deus

1.A extensão do louvor: Todos os povos devem louvar a Deus (v.1)

2.Os motivos do louvor: Por causa da grande benignidade e da verdade eterna (v.2)

 

Salmo 118: As novas (que não são novas) que todo salvo deve saber

É melhor confiar em Deus do que confiar nos homens. Nossos projetos normalmente são baseados no compromisso com pessoas e essas falham, por isso, nos frustramos. Para que isso não aconteça, precisamos confiar mais em Deus. O salmo também nos alerta a respeito de pessoas importantes. Mesmo que não confiemos nas pessoas com frequência, em algumas situações somos atraídos às pessoas importantes ou de alguma influência que achamos que precisamos. Nessas situações, a palavra continua valendo: precisamos confiar em Deus e não nas pessoas. Este salmo nos lembra a Pessoa de Jesus Cristo, pois Ele é a Pedra rejeitada pelos construtores (v.1-29).

 

 

 

 

 

“Jesus Cristo é a pedra testada, eleita e preciosa a qual Deus mesmo apontou. Enquanto os judeus não podiam ver a excelência Nela sobre a qual deveriam construir, ao ressuscitar dos mortos Deus fez dessa Pedra a principal pedra de esquina, a fundação da igreja. Para aquele que a rejeitou Ele é agora uma pedra de tropeço. Na segunda vinda, Ele será a pedra cortada sem o auxílio de mãos a qual cairá sobre o que a rejeitou e esmagará as nações incrédulas.”[18]

 

Salmo 118: As novas (que não são novas) que todo salvo deve saber

1.Melhor é confiar no Senhor do que no homem (v.1-9)

2.O salvo sofre, porém, tem o livramento do Senhor (v.10-18)

3.O louvor é todo para a Pedra, que é Cristo (v.19-29)

 

Salmo 119: As defesas do crente à luz do Salmo 119

1.Não há nada mais emocionante para um descobridor quando ele encontra aquilo que ele tanto almejou. “Terra à vista” diziam os grandes conquistadores. Descobrir aquilo que tanto se fala, mas poucos conseguem atingir quanto a Palavra de Deus é uma aventura. Todos sabemos que é preciso conhecer e manejar bem a Palavra de Deus. Mas quantos conseguem?

 

2.O crente encontra tantas situações adversas na vida que muitas vezes fica desguarnecido. Sabemos que Deus está no controle de todas as situações, mas infelizmente muitos crentes não sabem como Deus deseja agir para suas defesas. De fato, não sabemos tudo sobre Deus e como Ele nos defenderá, pois somos seus servos e Ele é o nosso Senhor. Porém, Ele não age sem a Sua Santa Palavra. Tudo o que Ele faz é baseado na Palavra Fiel Dele, a Bíblia. O capítulo da Bíblia conhecido como o capítulo da Palavra de Deus é o Salmo 119. O Salmo 119 oferece defesas para o crente. No estudo deste salmo, aparecerão várias palavras hebraicas e sua tradução. Essas pesquisas foram extraídas da Concordância de Strong.[19]

 

1) Bem-aventurados os retos (v.1-8)

3.Não podemos manejar bem a Palavra de Deus somente para exaltação própria, mas para a glória de Deus. A obediência é o final do estudo da Palavra de Deus. Quem estuda mais tem a possibilidade de conhecer mais a vontade de Deus e mais condições de obedecer e desobedecer. Mas Deus quer nossa obediência. Nos v.1-5, lemos palavras incisivas para obedecermos. Andar (v.1), Guardar (v.2), não praticar iniquidade (v.3), Observar diligentemente (v.4), Observar (v.5).

 

4.Andar na lei do Senhor é a única forma de alguém andar retamente e andar desse modo é uma fonte de contentamento. Ninguém pode andar retamente, como Deus deseja, sem meditar na Palavra. A palavra hebraica para buscar é “darash”. É uma insistência em procurar por uma resposta. O v.2 enfatiza que essa busca deve ser realizada de todo o coração (v.2). Hebraico (me’ode). Com toda a força, excessivamente. Nunca vamos exagerar em ser diligente, esforçado para observar a Palavra de Deus. O manejo de qualquer instrumento exige a diligência. Ninguém fica bom em nada se não houver esforço e até sacrifício. Estudar a Palavra de Deus exige muito esforço e paciência. A Bíblia interpreta a própria Bíblia, mas ela não se interpreta sozinha. É necessário ler, meditar, estudar, esforçar-se para adquirir conhecimento. Aquele que pratica a iniquidade não pode suportar a Palavra de Deus, pois como alguém disse: “Ou este livro me afasta do pecado ou o pecado me afasta deste livro”. O pecado nos afasta de Deus e Sua Palavra. Alguns gastam muito tempo estudando livros que tentam explicar a Bíblia, mas gastam pouco tempo estudando a própria Bíblia (v.1-4).

 

5.No v.5 mostra um desejo com a expressão “Quem dera”. No hebraico (achaley). “Quisera Deus”. Temos tantos suspiros na vida por desejarmos ardentemente algo. Se alguém quer manejar bem a Palavra de Deus precisa fazer essa descoberta, o desejo ardente de ser conduzido pela Palavra de Deus. A defesa do crente quando está confuso (buwsh, envergonhado, confuso, desapontado) é a Palavra de Deus Simplesmente ler a Bíblia e refletir nos versículos nos dá coragem para enfrentar a situação constrangedora, seja ela qual for. O verdadeiro louvor vem de uma compreensão da Palavra. Muitos que tentam louvar a Deus, mas não amam a Sua Palavra, são apenas cantores, mas sem louvor. Nem todos conhecem a situação de desamparo, mas novamente só a Palavra de Deus pode amparar alguém que está passando por desprezo. Deus também sabe desamparar quando precisamos aprender algo de Sua Pessoa maravilhosa. Para buscar o Senhor precisamos buscar a Sua Palavra. É a nossa defesa contra o desamparo (v.5-8).

 

2) Com que purificará o jovem o seu caminho (v.9-16)

6.O desamparo e a impureza não são para os que obedecem à Palavra de Deus. Esta é uma grande descoberta. O jovem crente é muito atacado. O inimigo oferece para ele várias opções para pecar na área moral. Nada pode defender o jovem, senão a Palavra de Deus. Se estamos empenhados em fazer descobertas em como manejar bem a Palavra de Deus, devemos nos esforçar em buscar (darash) com todo o nosso ser o Senhor em Sua Palavra. O pecado parece uma situação bem conhecida para nós, mas não é. Cada pecado é uma experiência desastrosa. É como se tivéssemos comido do fruto proibido. É como se nunca tivéssemos pecado. Cada experiência é única quanto ao pecado. Ele fere a santidade de Deus e nos deixa arrasados. A única forma preventiva contra o pecado é esconder (tsaphan, esconder em lugares secretos, estimar) a Palavra de Deus em nosso coração. Deus é digno de adoração. Ele é bendito. Deus deseja nos ensinar a Sua Palavra, mas devemos pedir que Ele nos ilumine para compreendermos além das letras (v.9-12).

 

7.Para muitos, testemunhar é uma experiência inédita. É maravilhoso dizer para uma pessoa, em palavras simples, que Deus a ama e que ela precisa voltar para Deus a fim de encontrar misericórdia no Seu Filho Jesus Cristo. Para muitos crentes não é tão fácil testemunhar. Não há curso de evangelismo que ensine a testemunhar. A motivação não está nem na prática, mas no estudo da Palavra de Deus. A vergonha é o grande inimigo para testemunhar e a defesa para isto é meditar na Palavra de Deus. A Palavra de Deus nos deixa tão aliviados e descansados que a sensação é como alguém com muitas riquezas sem ter preocupações com suas finanças. Meditar (siyach) significa ponderar, contemplar. Não se domina o conhecimento de nada se não contemplar, não ponderar, não pensar seriamente. A Palavra de Deus precisa ser mais contemplada pelo crente. No hebraico (sha’a’). Diversão, v.16 A recreação é necessária para todo o corpo. Caminhar, exercitar, brincar. Mas a Palavra de Deus deve ser uma recreação para quem quer manejar bem a Bíblia. Temos a tendência de buscar nossas recreações. Se a Palavra de Deus não for nossa recreação, nunca a procuraremos. Ninguém esquece de se divertir, mas se esquece de meditar na Palavra (v.13-16)

 

3) Faze bem ao teu servo (v.17-24)

8.Até as bênçãos de Deus tem o propósito de nos preservar para o estudo e a obediência à Palavra. Se Deus não nos der entendimento espiritual, apenas leremos a Bíblia, mas não desfrutaremos do crescimento que ela tem poder de dar aos que são iluminados pelo Senhor. Um peregrino tem muitas necessidades e passa por muitas privações, mas principalmente de amigos. A Palavra de Deus é o consolo e a direção para o peregrino. O quebrantamento é uma experiência inigualável para quem já passou por um algum dia. O quebrantamento parece um inimigo e queremos logo nos defender, mas não devemos ver assim. O grande inimigo para o quebrantamento é o orgulho. A defesa contra o orgulho é a contrição e a confissão. Quem passa por quebrantamento desejará ardentemente a Palavra de Deus. Ela enxuga as lágrimas amargas e faz brotar lágrimas de perdão, de alegria e consolo (1 Jo 1.9, Pv 28.13). Como lidar com a repreensão do Senhor? Novamente não temos que nos defender quando o Senhor pesa a mão. Nem teríamos chance alguma de defesa. A nossa segurança está em não sermos arrogantes e voltarmos à Palavra de Deus (v.17-21).

 

9.Quando passamos vergonha, o nosso desejo como defesa seria nos esconder dentro de um buraco no chão. Mas o nosso refúgio está na Palavra de Deus. Se observássemos mais as Escrituras passaríamos menos vergonha, pois grande parte das nossas situações constrangedoras é porque não respeitamos o próximo ao zombar de alguém e o “troco” vem de modo constrangedor. Deus está nos ensinando a humildade. Pessoas falando contra nós sempre haverá, vez por outra, mas devemos decidir o que fazer a respeito. Alguns vão querer “tirar satisfações”; outros preferirão ignorar. Nenhuma e nem outra prática são aconselháveis. O crente deve voltar para a Palavra de Deus, pois vários versículos, como no livro de Provérbios, nos darão sabedoria para viver de modo maduro sem ser muito afetado com as acusações falsas. Note que aqui não se trata de qualquer pessoa caluniando, mas príncipes. Isto significa que nem mesmo pessoas que jamais pensávamos que nos caluniariam poderiam ser maiores do que a Palavra de Deus. Não fica bem um nobre caluniar o próximo, mas acontece. Não existe defesa conhecida para a calúnia a não ser a Palavra de Deus. A meditação em si na Palavra de Deus não fará com que o caluniador se arrependa e muito menos que se apaguem as calúnias, mas a Bíblia nos dá força para suportar os dias maus da calúnia. O nosso mundo busca o prazer. Somos uma sociedade hedonista. A Palavra de Deus deve se tornar o nosso prazer. No hebraico é (sha’shua’) que é o objeto de deleite (v.22-24).

 

4) A minha alma está apega ao pó (v.25-32)

10.O estado no qual Deus pode consolar o crente é quando a sua vida está “colada ao pó”. Quando precisamos de nova vida, então amamos a Palavra de Deus e somos consolados. É uma experiência marcante. É o dia do crescimento espiritual e é o dia em que as máscaras do orgulho caem. Deus já nos conhece, mas Ele se agrada em ouvir os nossos pedidos, a nossa história, os nossos planos. Devemos ser íntimos de Deus para que Ele nos conte os Seus segredos também, os quais estão na Sua Palavra. Alguém só pode falar das maravilhas que conhece. A maneira de conhecermos as maravilhas de Deus é conhecer a Sua Palavra. Sem o conhecimento da vontade de Deus para a vida do crente, ele estará totalmente desguarnecido nesta vida, a Palavra de Deus é a sua defesa contra o fatalismo dos incrédulos e da falta de esperança no futuro. Precisamos urgente de nos defender da tristeza. A tristeza mina as forças espirituais, emocionais e físicas. Não há remédio de depressão que ajude, somente a Palavra de Deus. Um pouco de caminhada, meditando na Bíblia é um ótimo remédio contra a tristeza. Quando a tristeza é por causa de algum pecado, o único remédio é a confissão segundo 1 João 1.9 (v.25-28).

 

11.O crente deve clamar ao Senhor para que Ele o afaste da falsidade, pois as situações adversas da vida nos arrastam para sermos falsos. O mundo está cheio de pessoas falsas. Novamente a Palavra de Deus é a nossa defesa contra a falsidade, pois a Palavra de Deus é verdadeira. Dependendo das escolhas que o crente faz na vida ele será abençoado ou enfrentará problemas com o pecado. A melhor escolha, a qual também é a sua defesa, é seguir a Palavra de Deus. O crente está seguro enquanto se apega à Palavra de Deus. É como alguém pendurado em uma corda. Enquanto está segurando está seguro. Se por algum motivo ficar confuso e largar a corda, a queda é certa. Com a Palavra de Deus também é assim, porém, temos o consolo de saber que o Senhor está nos sustentando mesmo se largarmos a Palavra (a corda). É verdade que teremos repreensão por isto. Às vezes o coração fica esticado por causa de tantas aflições que passamos. Nestes momentos devemos correr para a Palavra de Deus (v.29-32).

 

5) Ensina-me, ó Senhor (v.33-40)

12.Devemos orar para que Deus nos dê entendimento na Palavra, mas sempre lembrando que o objetivo deve ser o nosso desejo de obedecer melhor a Deus (v.33-35). Quem maneja bem a Palavra de Deus encontra um caminho de prazer (v.35). No hebraico (chaphets) que significa “agradar”. É agradável andar nos caminhos da Palavra de Deus. Não é possível manejar bem a Palavra de Deus sem compreendê-la. É necessário entendimento (biyn), uma capacidade para perceber (perspicácia) aquilo que Deus quer, de fato, falar. A cobiça é uma inclinação forte. Somos atacados pelo desejo intenso de possuir aquilo que não temos e desprezar aquilo que temos. O sucesso de outras pessoas nos deixa irritados e a cobiça se torna uma alternativa diabólica. Somente a Palavra de Deus, sendo o nosso tesouro, pode nos libertar disso. A vaidade é irmã gêmea da cobiça, pois o desejo de ser alguma coisa a mais do que realmente somos nos leva a cobiça coisas que não temos. A defesa contra a vaidade é a Palavra de Deus que nos ensina a considerarmos os nossos caminhos e a confiar no Senhor somente (v.33-37).

 

13.O medo normalmente é um sentimento que é vencido com a prática de enfrentá-lo. Mas não deve ser assim com respeito ao temor ao Senhor. Quanto mais nos dedicamos à Palavra de Deus, mas O tememos. Temor (yir'ah) envolve o medo e não apenas a reverência. Devíamos ter medo de desobedecer a Deus. As pessoas, por medo, passam a vida se defendendo da vergonha quando deveriam gastar suas energias em estudar a Palavra de Deus e praticá-la. Então saberíamos como nos conduzir na sociedade. Alguém disse: “Quando estiver com medo de entrar numa sala cheia de pessoas, achando que estão olhando para você, não se preocupe, todas estão pensando o mesmo de si mesmas”. Temos muito medo de nossa imagem ser de alguma forma manchado e passarmos vergonha. O servo de Deus fortalece a sua personalidade e caráter com a Palavra de Deus. Ela é o nosso espelho. No v.40 a palavra é “ma`abuwc” que significa anelar, ambicionar. Temos várias ambições na vida, mas conhecer a Palavra de Deus deveria ser a maior de todas (v.38-40).

 

6) Venham sobre mim as tuas misericórdias (v.41-48)

14.O crente precisa clamar para que as misericórdias de Deus o alcancem, pois ele não conseguirá enfrentar tantos sofrimentos sem o auxílio do Senhor e a direção de Sua Palavra. Quem já foi afrontado alguma vez sabe como fere os sentimentos. A Palavra de Deus é o nosso escudo de defesa contra as afrontas que surgem no dia a dia. Quantos oram para que Deus os proteja da mentira? Talvez poucos, mas quantos oram para que Deus os proteja de serem mentirosos? Talvez menos ainda. A Palavra de Deus é a verdade que nos defende da mentira dos outros e da nossa própria mentira. A obediência a Deus não se dá apenas em determinadas situações, mas deve fazer parte do estilo de vida do crente. Não é difícil ver pessoas que começam com planos de leitura da Bíblia em tempo estipulado; o difícil é encontrar pessoas que perseveram, que estão de contínuo (tamiyd, sempre, eternamente) meditando na Palavra de Deus. Liberdade é um tema sempre enfatizado. Todos querem a liberdade, mas poucos descobriram que ela está na Palavra de Deus. Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (v.41-45, Jo 8.32).

 

15.v.46 ver v.13. Novamente a palavra “sha’a’” que tem o sentido de diversão (v.47). Quando amamos uma diversão aquilo se torna até um vício. A Palavra de Deus não tem chegado a se tornar uma necessidade para os crentes de modo geral. (46-48, v.15).

7) Lembra-te da palavra dada ao teu servo (v.49-56)

16.Devemos relembrar Deus, como se Ele não soubesse. É claro que Ele sabe e se lembra de todas as coisas. Seria heresia pensar de outra forma. Mas Deus quer que clamemos a Ele por socorro. Enquanto isso, o crente deve esperar meditando na Palavra de Deus. Não há explicação suficientemente boa para o problema do sofrimento. Mas há consolação que é o que mais importa no momento de aflição. A Palavra de Deus é a defesa para a aflição. A soberba está ligada à zombaria. Os seres humanos são todos iguais, pecadores e limitados. Se alguém quiser ser maior do que o outro só terá o recurso sujo da zombaria, pois o homem não consegue se elevar, o máximo que consegue é tentar reduzir o outro. A Palavra de Deus é a defesa contra todo tipo de soberba e zombaria (v.49-51).

 

17.Há pessoas que se esquecem fácil das coisas antigas. A Palavra de Deus tem conceitos antigos, mas verdadeiros para hoje. O crente deve se lembrar (zakar), ou seja, chamar à mente. Para isto é necessário a leitura constante da Bíblia. Ficamos indignados por várias ofensas contra nós mesmos. Mas a convicção pela Palavra de Deus deveria deixar o estudante da Bíblia indignado contra o que fazem com ela. A Palavra de Deus quando toma conta da vida do crente passa a ser a sua alegria constante e a sua defesa neste mundo em que ele é um peregrino. À noite as pessoas se lembram de muitas coisas, alegres e tristes. Lembram-se dos fatos do dia. Uma grande descoberta é trazer à mente (zakar) durante a noite a Palavra de Deus. Os medos e dúvidas são vãos. A noite é assustadora, pensativa, angustiosa e longa. A Palavra de Deus é a nossa defesa contra os terrores noturnos. Quem não obedece a Palavra de Deus é porque está longe Dele, não se lembra Dele. Ainda que seja noite, devemos nos lembrar de Deus e Sua Palavra para obedecermos (v.52-56).

 

8) O Senhor é a minha porção (v.57-64)

18.v.57 ver ponto anterior. A Palavra de Deus nos dá base para clamar ao Senhor em momentos de angústia. Deus quer isto mesmo, que dependamos totalmente Dele. O salmista considerou (chashab). Esta palavra pode ser calcular, pensar. O estudo da Palavra de Deus é feito calculando em todas as implicações para obedecê-la. Afinal, a Bíblia não exige pouco. Buscar às vezes significa voltar (shuwb). Para voltar é preciso humildade. Para manejar bem a Palavra de Deus, o crente deve se humilhar, reconhecer os seus caminhos e se arrepender de sua negligência diante do estudo da Bíblia. Há uma certa urgência em estudar a Palavra de Deus obedecê-la. A falta de pressa nos assuntos mostra o desinteresse. Depois de um assalto a vítima se esquece de tudo e precisa da piedade dos que estão próximos. Mas o salmista fala de algo que ele não se esqueceu quando foi despojado pelos ímpios. Foi a Palavra de Deus (v.57-61).

 

19.A Palavra de Deus é tão maravilhosa que temos vontade de deixar as coisas mais importantes para lembrar dela. Não há horário para meditar na Palavra de Deus. Josué deveria meditar noite e dia (Js 1.8). O bom manejo da Palavra deve nos fazer obedientes e a escolher melhor as amizades. O estudo da Palavra de Deus está ligado ao temor (yare') a Deus. A escolha das companhias deve se basear no temor a Deus e no estudo de Sua Palavra. Um dia a terra ficará cheia da glória de Deus, como as águas cobrem todo o mar. Mas enquanto o reino de Cristo não é estabelecido na terra, o crente deve meditar na Palavra de Deus, aguardando este tempo de modo obediente (v.62-64).

 

9) Fizeste bem ao teu servo (v.65-72)

20.Deus é sempre bom para com o crente assim como diz em Sua Palavra. Sabemos o quanto Deus é bom não à medida que vivemos, mas à medida que estudamos a Sua Palavra. Nem tudo sabemos, mas cremos no que diz respeito à Palavra de Deus. Por causa da confiança, Deus nos presenteia com ciência (da`ath, discernimento). Deus tem uma forma toda especial de fazer com que o crente leia a Sua Palavra. É o sofrimento. É a forma de nos chamar a atenção para aquilo que realmente é importante. Deus nos aflige algumas vezes para nos chamar a atenção a Sua Palavra. Assim obedecemos melhor. O sofrimento tem como objetivo nos colocar nos caminhos de Deus, caso estejamos um pouco afastados (v.65-68).

 

21.As críticas e perseguições não devem nos desanimar em conhecer a Palavra e obedecer a Deus. A soberba também está ligada à mentira, pois sendo os homens todos iguais, se alguém quiser ser maior do que o outro tentará diminuir o próximo, mentindo contra ele. A defesa do crente continua sendo a Palavra de Deus é a verdade. Os soberbos mentem contra o servo de Deus, mas ele se recreia, se diverte na Palavra. Até em meio às maiores dificuldades a Bíblia se torna uma diversão. As riquezas são a verdadeira razão da vida de muitas pessoas. Mesmo os crentes acabam entrando no mundo do consumismo e desejando cada vez mais. O convite da Palavra de Deus é que nos voltemos ao que realmente importa, a meditação na Palavra e o conhecimento da Pessoa de Deus, de Seu Filho e do Espírito Santo (v.69-72).

 

10) As tuas mãos me fizeram e me formaram (v.73-80)

22.Existem graus de inteligência entre os seres humanos. Deus habilita alguns com mais inteligência do que outros, mas para entender a Bíblia é necessário a inteligência (biyn, entendimento) de Deus. Queremos ser motivo de alegria para as pessoas. Exemplo de pessoa estudiosa na Palavra e no temor (yare’) a Deus. Deus continua sendo bom. Não é porque Ele nos aflige, nos coloca em sofrimento que não nos ame. A Palavra de Deus ensina que justos também sofrem. O aperfeiçoamento será inevitável, desde que aceitemos a vontade do nosso bom Deus. A Palavra de Deus é o nosso consolo. Se clamamos a Deus por uma resposta devemos aguardar lendo e meditando na Bíblia, pois dali mesmo é que tiraremos forças para a nossa vida (v.73-76).

 

23.No v.77 o salmista sente que a lei é o objeto de seu prazer (sha’shua’). É uma delícia estudar a Palavra de Deus. É difícil refletir com barulho. Mas a Palavra de Deus nos convida a meditarmos Nela, mesmo quando estamos tensos, estressados, perseguidos (siyach). No mundo há muitas pessoas confusas, pois não conhecem o Senhor e não meditam em Sua Palavra, mas também existem crentes confusos, pois não são dedicados ao estudo e meditação da Bíblia (v.78). Quando os soberbos tentarem nos prejudicar, devemos orar que Deus os confunda para que se voltem arrependidos ao Senhor. Quanto a nós não devemos ficar com a mente muito presa no mal que nos fizeram, mas meditar na Palavra de Deus. Manejar bem a Palavra é descobrir que as amizades devem ser selecionadas para que as más companhias não prejudiquem no estudo da Bíblia e para que não nos afastemos do temor (yare’) de Deus. Aqueles que conhecem mesmo (yada`), os que têm percepção para as verdades espirituais, são os que manejam bem a Palavra de Deus. Não existe outra defesa para a confusão. Somente a Palavra de Deus dá segurança emocional para esses momentos (v.77-80).

 

11) Desfalece a minha alma pela tua salvação (v.81-88)

24.A esperança demorada abate o crente, mas ele obtém conforto na Palavra de Deus, até que chegue a resposta completa do Senhor. Algumas respostas veremos apenas na eternidade, mas a Palavra de Deus está ao nosso alcance hoje mesmo. O desfalecimento é comum em seres fracos como nós. A Palavra de Deus muitas vezes nos desfalece, por exemplo, quando nos aponta o pecado. Além de estudar a Bíblia o crente deve clamar a Deus. Chega um momento da vida que as forças vão embora. Essa exaustão pode ser física, emocional ou espiritual. A Palavra de Deus é o nosso oásis para um deserto tão árido. Um odre na fumaça é uma figurada bastante sugestiva. O odre é feito de pele de animal. Ao ficar na fumaça, defumado, ele se enruga todo. O cansaço se assemelha a este estado. Deus tem um refrigério para o cansado na Sua Palavra. Quantos dias viveremos? Só o Senhor é quem tem os nossos dias contados. A justiça de Deus é certa e o tempo também é certo. Enquanto isso, devemos aprender a justiça de Sua Palavra (v.81-84).

 

25.Os soberbos sempre tentarão prejudicar o próximo. O que eles fazem está contra a Palavra de Deus. A nossa defesa somente o Senhor e a Sua Palavra. Há perseguição contra o evangelho em vários lugares. Muitos irmãos estão sofrendo. Alguns foram mortos e outros serão mortos, separados de seus filhos e cônjuges. A Palavra de Deus é conforto para esses e será para nós se estivermos na mesma situação (v.85-87, 95, 157, 161). A calúnia e a perseguição estão ligadas à mentira. Mesmo assim o crente deve se defender com a Palavra de Deus. Os perseguidores querem nos derrotar, mas a perseverança na Palavra nos ajuda a vencer a todos. Esquecer aqui é destituir, recusar (`azab). Outra descoberta sobre o manejo da Palavra de Deus é que Ele quer o nosso compromisso. A razão de estudarmos a Bíblia é conhecer a Pessoa de Deus e Seu Filho e praticarmos os Seus ensinos com compromisso de obedecer (shamar, guardar observar) (v.85-88).

 

12) Para sempre, ó Senhor (v.89-96)

26.A Palavra de Deus tem relatos passados e profecias para o futuro, mas a essência de Sua Pessoa sempre será a Sua Palavra. Por isso, devemos amar a Palavra de Deus, pois a teremos por toda a eternidade. Os atributos de Deus também são eternos. É necessário que o crente tenha um escape para suas aflições. A Bíblia é este escape. É agradável (sha’shua’). A única defesa que o crente pode ter no sofrimento é a Palavra de Deus. Junto com a meditação da Palavra, o crente deve clamar ao Senhor. Esquecer-se (shakach) da Palavra de Deus é o mesmo que esquecer de viver, pois ela vivifica o homem. O clamor está ligado à busca (darash). Quantas vezes o crente se debruça diante da Bíblia, clamando e buscando a Deus no lugar certo, que é a Palavra de Deus. Algumas pessoas cheguem ao limite de sua perfeição em algumas habilidades dos esportes, música, literatura, etc. Mas a Palavra de Deus é a obra prima de tudo o que se já viu e daquilo que ainda não foi visto (v.89-96).

 

13) Oh! quanto amo a tua lei! (v.97-104)

27.Um dos maiores desafios para manejar bem a Palavra de Deus é meditar (siyach) Nela todos os dias. A melhor defesa contra os inimigos do evangelho é o conhecimento da Palavra de Deus. O mundo vive em confusão espiritual. Por isso, todo crente que meditar na Bíblia estará mais capacitado para entender e testemunhar do Deus vivo. Todo aluno pode ultrapassar o seu mestre quando se dedica mais. Aqui há uma advertência ao professor para ser estudioso e um desafio para o aluno ultrapassar o seu professor através da meditação (siyach, v.99). É um mito pensar que os mais velhos são mais obedientes à Palavra de Deus. Alguns já se cansaram de caminhar pela fé. Os jovens podem fazer a grande descoberta de suas vidas. Estudar e obedecer a Palavra de Deus (v.97-102).

 

28.A Palavra de Deus deveria causar um bem-estar àquele que nela medita. O Senhor nos presenteia com a doçura da comunhão com a Palavra. A vida de muitos crentes é amarga, pois não meditam na Palavra de Deus. O crente não deve odiar pessoas. Mas há um ódio que deve ser desenvolvido, uma aversão por tudo aquilo que não produz santidade. A falsidade é um desses caminhos que nos afasta de Deus a quem devemos amar. A defesa é a Palavra de Deus. Ela mesma nos motivará a aborrecermos, a odiarmos o falso caminho. Só é possível alcançar entendimento (biyn) mediante a Palavra de Deus. A “boa psicologia” é um caminho falso, o qual devemos aborrecer. A Palavra somente dá entendimento nos assuntos de Deus. O estudioso da Bíblia encontrará a defesa contra a falsidade a ponto de aborrecê-la (v.103-104).

14) Lâmpada para os meus pés é a tua palavra (v.105-112)

29.Ninguém deve ser pretensioso a ponto de achar que pode compreender a Palavra de Deus por si mesmo ou com a ajuda de livros, concordâncias, línguas originais, etc. O homem só pode entender a Palavra de Deus com a iluminação do Espírito Santo. A própria Bíblia já é luz, pois é a Palavra de Deus. Fazemos muitas promessas inúteis, mas poucos se comprometeram em obedecer à Palavra. Uma grande necessidade para muitos crentes é ser aceito por Deus. Em Cristo já somos aceitos. Ele já aceitou a oferta perfeita, que foi a morte de Cristo Jesus na cruz por nós. Conforme esta verdade, devemos pedir que Ele nos ensine a Sua Palavra para termos boa defesa contra a incredulidade (v.105-108).

 

30.Nem quando alguém está perto da morte deve se esquecer (shakach) da Palavra de Deus. E é exatamente no vale da sombra da morte que a Palavra pode dar novo ânimo e forças ao homem. Quando mais estamos frágeis e indefesos, devemos nos apegar à Palavra Deus. Todos os crentes possuem uma rica herança, que é a Palavra de Deus. Infelizmente nem todos têm se apropriado dessa herança e continuam pobres espiritualmente. Perpetuamente (`owlam), este é o tempo que devemos perseverar na Palavra de Deus. Quando o coração se inclina para a Palavra, nos tornamos pessoas mais firmes e equilibradas. Todos ter certas tendências ou inclinações para os mais diversos assuntos da vida. Algumas inclinações são boas, mas muitas são más. O nosso coração deveria se inclinar para a obediência à Palavra de Deus (v.109-112).

 

15) Odeio os pensamentos vãos (v.113-120)

31.O salmista diz que odeia os pensamentos vãos ou no original hebraico “ce`eph” que são os pensamentos ambivalentes, divididos. A duplicidade é coisa odiosa. A língua dobre é a duplicidade de caráter. Viver para Deus e para o mundo também é duplicidade. A fofoca é duplicidade. São práticas odiosas. A Palavra de Deus é a nossa defesa contra tais “falsidades ideológicas”. A defesa do crente, sem dúvida alguma, é a Palavra de Deus. É o nosso refúgio para onde podemos fugir e é o nosso escudo atrás do qual estamos guarnecidos contra os ataques do inimigos e dos falsos mestres. A Palavra de Deus não permite a comunhão com os malfeitores. Por causa dessa defesa, além de nos sentirmos protegidos, intimidamos quaisquer hereges. Quem se identificou com a Palavra de Deus não dá as boas-vindas aos falsos mestres e seus ensinos (v.113-115).

 

32.Podemos esperar no Senhor e na Sua Palavra que não seremos envergonhados. Esta é a nossa defesa segura diante de qualquer situação nova que nos apresente. O crente precisa clamar a Deus por sustento e proteção. A meditação na Palavra de Deus deve ser contínua. Poucas coisas fazemos de contínuo por toda a vida. Algumas são comer, dormir e trabalhar. Para o crente inclui ler a Bíblia e meditar também. Esta ocupação nunca deixaremos de ter. Deus não abençoa os que se desviam da Sua Palavra. Os caminhos dos que não observam a Bíblia são confusos e enganosos. Um dia Deus julgará todos os pecadores. Deus limpará a terra dos pecadores para estabelecer o Seu reino de paz e justiça sem fim. Este é um motivo para amar a Palavra de Deus. O v.120 usa a palavra “pachad” para a palavra temor, que é exatamente terror. O crente deveria se arrepiar terrificado diante da possibilidade de desagradar a Deus (v.116-119).

 

16) Fiz juízo e justiça (v.121-128)

33.Quando praticamos o bem que a Palavra de Deus nos ensina, podemos esperar a justiça de Deus. Diante da opressão dos soberbos, o crente deve clamar que o Senhor fique como intermediário. O versículo não fala da Palavra de Deus, mas enquanto o crente espera, evidentemente, medita na Palavra de Deus que é a sua defesa. O crente sofre pela falta de justiça, mas Deus o recompensará. O crente também deseja a salvação, que no caso, é o livramento de situações difíceis como a perseguição e as injustiças. Dependemos da defesa do Senhor pela Sua bondade. O desejo do crente é sempre aprender dessa bondade na Palavra de Deus. Deus não distribui entendimento (biyn) para todos, mas somente para os que são servos de Deus. É tempo de clamarmos a Deus, pois existem muitas pessoas, e até crentes, desobedientes. O crente deve almejar a Palavra de Deus mais do que as riquezas (v.121-128).

 

17) Maravilhosos são os teus testemunhos (v.129-136)

34.Além das ordens que temos de obedecer, outra grande descoberta do bom manejo da Palavra de Deus é que ela é maravilhosa. A entrada é o princípio. O livro de Gênesis é a entrada das palavras de Deus. Essas palavras são mais entendidas (biyn, entendimento) do que a Teoria da Evolução, que é chamada erroneamente de ciência. No v.131 não apenas o desejo como prazer, mas uma necessidade, assim como é uma necessidade essencial respirar. É um desejo intenso (ya'ab). A melhor defesa do crente nos momentos de angústia, juntamente com a meditação da Palavra de Deus é o clamor, confiando nas misericórdias Dele pelos que O amam. O crente deve desejar que o Senhor o guie nos passos de Sua Palavra. Para isso é preciso meditar na Palavra de Deus. O pecado, aqui a iniquidade, tem o poder de afastar o crente da Palavra de Deus. Se o problema para meditar na Palavra de Deus são os opressores, devemos orar para que tenhamos uma trégua para nos fortalecer na Palavra. Lendo e meditando na Palavra de Deus receberemos a glória de Deus. Ele está glorioso em Sua Palavra. O crente chora por muitos assuntos, mas deveria chorar por ver que pessoas não obedecem à Palavra de Deus. Os desobedientes são os incrédulos que não aceitam a salvação, mas também alguns crentes que se recusam a estudar diligentemente a Bíblia para o seu crescimento. Este é o tipo de aflição que Deus permite. Ló agiu por fé, pois ele se afligia diante de uma geração perversa (v.134-136).

 

18) Justo és, ó Senhor (v.137-144)

35.A justiça do Senhor é aprendida pelo crente na leitura constante da Sua Palavra. A Palavra é verdadeira; Deus é verdadeiro. A Palavra é reta; Deus é reto. A Palavra é o próprio Deus. Os que se esquecem (shakach) da Palavra de Deus são os inimigos de Deus e de seus servos. Isto é causa para a aflição do justo, não somente por ser perseguido, mas por ver pessoas desprezando a Palavra de Deus. A Palavra de Deus em Si mesma é pura. Dela sai pureza para a vida do crente. Não precisa ser forte para servir a Deus, só não pode esquecer (shakach) a Palavra de Deus. Meditar na Palavra de Deus não garante a cessação do sofrimento, mas a nossa fidelidade é medida exatamente quando estamos sofrendo, se amamos a Palavra de Deus ou não. Não podemos viver sem o entendimento (biyn) de Deus. O manejo da Palavra de Deus é a nossa razão de viver. Quando fazemos esta descoberta, um novo mundo se abre para nós (v.137-144).

 

19) Clamei de todo o meu coração (v.145-152)

36.Os que têm a experiência de orar, clamar e receber as respostas, têm um compromisso de preservar (natsar) a Palavra. Preserva-se muitas coisas inúteis, mas a Palavra de Deus é o tesouro mais precioso que se deve preservar. Antes do sol se levantar, o estudioso da Palavra de Deus já procurava a voz do Senhor. A meditação (siyach) é feita a qualquer hora. Aqui o salmista se encontrou, antecipou, ficou diante (qadam) da vigília da noite, meditando. Muitas descobertas têm sido feitas noite adentro. As madrugadas têm ensinado muitos servos de Deus a descobrirem as verdades da Palavra de Deus. A Palavra de Deus é vivificadora para o crente. Deus ouve e responde. Para o crente achar a resposta do Senhor precisa meditar na Palavra de Deus (v.145-149).

 

37.Quanto mais alguém se aproxima do pecado, mais se afastará da Palavra de Deus. Os malfeitores se aproximam do crente, mas a Presença de Deus é tão real que o crente não precisa se preocupar. A Palavra de Deus é a verdade que defenderá o crente dos maus. A Palavra de Deus é eterna. Portanto, não se separa a Palavra de Deus do próprio Deus. São a mesma verdade. Se estamos seguros na Sua Palavra, estamos seguros Nele mesmo (v.150-152).

 

20) Olha para a minha aflição (153-160)

38.O crente deve clamar enquanto estiver aflito. Nesses momentos de angústia, Deus observará os que não se esquecem (shakach) da Sua Palavra. O clamor e a meditação na Palavra são irmãos gêmeos. O crente precisa ser vivificado para andar neste mundo animado, apesar das dificuldades. Os incrédulos zombam da Palavra de Deus e nós devemos falar para os zombadores que eles estão longe de Deus e que não é por pouco que encontrarão a Deus, mas só com arrependimento. Alguns até chegam a provocar-nos com as palavras: Quando eu quiser eu vou para a sua religião”, como se fosse fácil. Não devemos negociar, a Bíblia não abre mão da busca (darash), é o único caminho da salvação. Deus busca e o perdido busca também, senão não haverá salvação (v.153-157).

 

39.Não sofremos apenas por nós mesmos, mas ao observar pessoas se distanciando de Deus e Sua Palavra, devemos sofrer também, ou seja, a vida do crente é de sofrimento constante e diário. Sempre haverá crentes longe do Senhor e almas de incrédulos indo para o inferno. Isto deve nos afligir. Não é de hoje que a Palavra de Deus é defesa para os crentes, mas desde o princípio e continuará sendo verdadeira por toda a eternidade (v.158-160).

 

21) Príncipes me perseguiram sem causa (v.161-168)

40.Quando pessoas querem nos tirar do caminho do estudo da Palavra de Deus, devemos ficar horrorizados, apavorados e cheios de terror (pachad). Príncipes podem nos perseguir, mas o nosso pavor é maior em desobedecer a Deus. A Palavra de Deus pode ser comparada a um grande despojo. Para conseguir riquezas de um despojo é necessário procurar com muito interesse. O crente deve aborrecer a mentira, que é falsidade. A mentira é um hábito de quem não medita na Palavra de Deus, pois a Bíblia é um espelho que nos acusa quando mentimos. A verdade da Palavra de Deus é uma luz muito forte para os olhos do mentiroso. É a defesa contra as mentiras que proferem contra nós (v.161-163).

 

41.O salmista não se cansa de louvar a Deus pela Sua Palavra. Talvez ele não fizesse sete vezes ou talvez fizesse até mais, porém, ele louvava a Deus com todo o seu ser, completamente. O crente passa por dificuldades, mas não tropeçará enquanto estiver meditando e enquanto amar a Palavra de Deus. A atitude correta do crente, enquanto espera o livramento de Deus para a sua vida, é estudar a Palavra de Deus e andar em obediência àquilo que está aprendendo (v.164-168).

 

22) Chegue a ti o meu clamor (v.169-176)

42.O entendimento (biyn) de Deus não descarta o clamor. Estudamos a Palavra para obter entendimento, mas ao mesmo tempo clamamos pela misericórdia do Senhor, pois somos totalmente dependentes Dele. O resultado de ser defendido pela Palavra de Deus deve sempre ser o louvor a Deus e o testemunho verdadeiro. A escolha acertada é pela Palavra de Deus. Quem faz essa escolha pode clamar e esperar pelo livramento do Senhor. Grande esforço do crente seria desejar (ta'ab) a Palavra, pois com isto ele saberia manejar. Gastamos muita energia em outros empreendimentos. Até mesmo em comprar livros evangélicos e ler autores que só ferem de leve os princípios bíblicos. Devíamos ambicionar conhecer a própria fonte, a Bíblia (v.169-174).

 

43.Alguns crentes até clamam a Deus e outros gostam de orar, mas a oração, o clamor e a meditação na Palavra de Deus andam juntos e não podemos separar. É, inclusive, perfeitamente possível orar enquanto se lê a palavra de Deus, meditando nos versículos; enquanto ao orar somente podemos cair no erro das muitas repetições por falta de argumentos do próprio Deus. O que nos anima a buscar (darash) a Deus em Sua Palavra é que Ele também está a nossa busca ou procura (baqash, procura), enquanto estudamos a Bíblia. Algumas vezes, o servo falha, mas a lembrança, o fato de não se esquecer (shakach) da Palavra de Deus apressa a sua recuperação. Manejar bem a Palavra de Deus não é para qualquer um, mas somente para os que desejam ardentemente conhecer a vontade de Deus, a Sua Palavra e obedecer com todas as suas forças. Aquele que medita na Palavra de Deus nunca está desprotegido. As defesas do crente são seguras, mas ele deve manter seus olhos na Palavra e não nas circunstâncias adversas (v.175-176).

 

Salmo 119: As defesas do crente à luz do Salmo 119

1.Bem-aventurados os retos (v.1-8)

2.Com que purificará o jovem o seu caminho (v.9-16)

3.Faze bem ao teu servo (v.17-24)

4.A minha alma está apega ao pó (v.25-32)

5.Ensina-me, ó Senhor (v.33-40)

6.Venham sobre mim as tuas misericórdias (v.41-48)

7.Lembra-te da palavra dada ao teu servo (v.49-56)

8.O Senhor é a minha porção (v.57-64)

9.Fizeste bem ao teu servo (v.65-72)

10.As tuas mãos me fizeram e me formaram (v.73-80)

11.Desfalece a minha alma pela tua salvação (v.81-88)

12.Para sempre, ó Senhor (v.89-96)

13.Oh! quanto amo a tua lei! (v.97-104)

14.Lâmpada para os meus pés é a tua palavra (v.105-112)

15.Odeio os pensamentos vãos (v.113-120)

16.Fiz juízo e justiça (v.121-128)

17.Maravilhosos são os teus testemunhos (v.129-136)

18.Justo és, ó Senhor (v.137-144)

19.Clamei de todo o meu coração (v.145-152)

20.Olha para a minha aflição (153-160)

21.Príncipes me perseguiram sem causa (v.161-168)

22.Chegue a ti o meu clamor (v.169-176)

 

Salmo 120: As limitações do crente neste mundo

 

“Cântico dos degraus. Literalmente, ‘de ascensões’. Talvez cantado pelo povo enquanto subiam a Jerusalém para as festas. Veja, por exemplo, Sl 112.1-2.”[20]

 

1.Este é um salmo que o povo cantava enquanto subia as escadas para a casa do Senhor, por isso, é chamado cântico dos degraus. O salmista enfrenta dificuldades na vida mesmo quando quer fazer o bem. Nós também sofremos dificuldades neste mundo. Porém, ao pensar o que seria se não tivéssemos limitações, provavelmente, seríamos orgulhosos e pensaríamos que nada pode nos impedir. Todas as pessoas precisam de limites. Por exemplo, quando o poder é centralizado em uma só pessoa ela se torna arrogante e pode exceder os limites do poder humano. O crente pode supor que ninguém o detém em tudo o que ele faz, então, pode sucumbir à tentação de não depender de Deus. O crente não apenas tem limitações neste mundo como precisa dessas limitações para se lembrar que depende do grande Deus libertador.

 

2.Se o crente não sofresse nenhum tipo de limitação, talvez, ele não clamaria ao Senhor por socorro, pois não haveria razão para isto. Só a angústia da alma faz alguém pedir ajuda. Chega um momento da vida que precisamos reconhecer diante do Senhor a nossa fragilidade. Isto acontece logo para alguns, mas, para outros, demora mais por causa do orgulho e incredulidade. Se Deus nos ouve, peçamos que Ele nos socorra em nossas limitações (v.1).

 

3.Algumas vezes o crente é caluniado. A calúnia é como uma faca pelas costas, pois não há como se defender. A calúnia é sempre pecado, mas Deus pode usar a calúnia para repreender o crente orgulho. Outras vezes, Ele usa a calúnia para serve para nos lembrarmos que não estamos acima dos outros seres humanos e, muito menos, estamos acima do Senhor Jesus Cristo. A calúnia nos alerta para o fato de que não somos melhores do que pensamos a respeito de nós mesmos. A calúnia pode ser útil para refletirmos se não existe alguma verdade sobre aquilo que nos acusam ou para pensarmos se não poderia ser verdade. Ao mesmo tempo em que pedimos que o Senhor nos justifique, devemos pedir que nos purifique de toda maldade que poderia ser um alvo de acusações. A calúnia é uma excelente limitação para o crente neste mundo (v.2).

 

4.Para o caluniador nada será acrescentado, ou seja, ele não vai ganhar nada nos caluniando, pois no tempo certo o Senhor esclarecerá toda a verdade, porém, aquele que é caluniado pode ganhar muito com essa limitação. Primeiro, ganharemos se não nos defendermos e, segundo, ganharemos ao nos lembrar que não somos imunes ou invulneráveis aos ataques contra nós, por isso, precisamos orar sempre “não nos deixes cair em tentação” (v.3).

 

5.Deus combate a calúnia contra os Seus servos atirando Suas flechas agudas e certeiras como as do guerreiro valente. As brasas ou o carvão do zimbro duram bastante tempo. Da mesma forma, o julgamento de Deus pode durar muito até que o caluniador se arrependa. Da planta chamada zimbro é que se faz a bebida chamada gim. Até o caluniador tem suas limitações, pois é Deus Quem impõe os limites como aconteceu no caso de Satanás tentando Jó. O crente é barrado pelas limitações da calúnia. A calúnia limita o crente, mas não é de todo ruim, pois todos nós precisamos parar um pouco para não corrermos tanto a ponto de ultrapassar os planos de Deus para as nossas vidas. A humildade, algumas vezes, vem das limitações e humilhações que a calúnia nos impõe (v.4).

 

6.Meseque foi um dos filhos de Jefé. Provavelmente dele se originaram os moscovitas que se tornaram os russos. O salmista se sente como um peregrino em terra muito distante. Um peregrino sofre as limitações impostas por sua própria situação. Sem conhecer ninguém, solitário e sem moradia, ele depende da hospitalidade de estranhos. O crente também precisa algumas vezes de outros. Quase todos nós somos orgulhosos e não aceitamos nenhum tipo de limitação. Por exemplo, quantos dizem que preferem morrer de uma vez a dar trabalho para outros. Às vezes precisamos aprender a lição de Jesus quando lavou os pés dos discípulos. Temos de ter o coração prontos a servir, mas também não sermos orgulhosos a ponto de não aceitarmos ajuda (v.5, ver Gn 10.2).

 

7.Quedar era um dos filhos de Ismael. De Quedar se originou os povos árabes os quais viviam em tendas perto da Babilônia. Aqui serve o mesmo princípio da primeira parte do versículo. O crente, às vezes, se sente limitado precisando das tendas de estranhos hospitaleiros. Para um pastor, entrar na “cabana” de alguém é ajudar, aconselhar, repreender ou ter comunhão. Porém, nem sempre é fácil para um pastor entrar numa “cabana” amiga para receber ajuda de seus “ferimentos”. Todos somos limitados e essas limitações nos deixam humildes. Paulo e seu espinho na carne são uma grande lição disto (v.5, ver Gn 25.13).

 

8.O salmista vivia perto de pessoas odiosas. Não é fácil viver em tempos de guerra, mas as mais lindas histórias de solidariedade e coragem vêm desses tempos. Os tempos de conflitos são duros e limitam muito o crente, mas eles nos ensinam muito a não sermos egoístas e covardes. Se estamos clamando e reclamando daqueles que só nos causam conflitos, lembremos de aprender algo nessas situações (v.6).

 

9.Não é fácil viver entre pessoas que não são pacíficas. Algumas pessoas são predispostas a conflitos e brigas. O crente, por sua vez, deve ser manso, procurando ter paz com todos. A palavra de Deus diz em Provérbios que a palavra dura suscita a ira, mas a palavra branda desvia o furor. Tiago diz que devemos ser tardios para nos irar e sempre prontos a ouvir. As limitações dos conflitos treinam o nosso caráter. Só se conhece um soldado na guerra e em situações de pressão e conflitos. Ninguém se sente à vontade diante das limitações, mas são as limitações que nos ensinam a paciência e a humildade. As limitações servem para não pensarmos que estamos acima dos outros seres humanos. As limitações podem ser as calúnias os conflitos ou ainda as limitações físicas e financeiras. Durante as nossas limitações é um bom tempo para refletirmos sobre nossa comunhão com Deus, nosso caráter que refletem humildade ou orgulho, paciência ou irritabilidade, mansidão ou agressividade (v.7).

 

Salmo 120: As limitações do crente neste mundo

1.A calúnia limita o crente (v.1-4)

2.Os conflitos (guerras) limitam o crente (v.5-7)

 

Salmo 121: As buscas por um Deus protetor

1.Este é um salmo que o povo cantava enquanto subia as escadas para a casa do Senhor, por isso, é chamado cântico dos degraus. É um salmo que exalta ao Senhor como o protetor nos momentos de dificuldades e guerra. O indefeso busca por um protetor que o guarde

 

2.Somos tão indefesos que precisamos buscar proteção em Alguém que pode, de fato, nos proteger. Nessa busca, às vezes, encontramos falsos protetores e só percebemos quando estamos em perigo e enganados. O salmista no meio de uma guerra buscava salvação nos montes. Talvez um exército poderia socorrer descendo a montanha. No monte Sião estava a casa de Deus e ali o salmista buscava pela fé a vitória (v.1).

 

3.O socorro não virá das montanhas. O exército dos homens não é suficiente para nos livrar dos perigos da alma, mas acima das montanhas existe o Criador do céu e da terra. Ele é o protetor certo para o indefeso. O mundo não consegue ver além dos montes. O seu socorro está em algo mais alto do que se pode ver, mas ainda assim, o seu socorro está na terra. Os montes são altos, mas ainda fazem parte da terra. O dinheiro é um monte alto, mas é só terreno. O poder é uma grande montanha, mas é um poder limitado a este mundo (v.2).

 

4.A busca pelo Deus verdadeiro é a busca acertada. Nossos pés que vacilam diante do perigo são firmados Naquele que nunca cochila. Qualquer soldado, por mais vigilante que esteja, pode cochilar, pois é limitado (v.3).

 

5.O nosso Deus é o guarda de Israel. Sabemos que, hoje, a nação de Israel tem um exército muito eficiente, mas não se compara com o Deus verdadeiro. Deus não dorme. A busca nos lugares altos pode ser cansativa e frustrante. O socorro vem somente do Senhor. Isto serve para a criancinha que não consegue dormir porque está com medo, para o comerciante que tem muitas contas para pagar e seus devedores não pagam, serve também para a mãe desesperada ao lado do filhinho doente de madrugada. O socorro do Senhor é para o pai de família que está desempregado e para o jovem que está se preparando para o vestibular. Deus é o nosso socorro. Ele não cochila e nem dorme (v.4).

 

6.Quem já esteve numa rua, assustado com o perigo, se tranquiliza quando vê um guarda. Porém, muitas vezes, quando alguém busca um guarda este não está presente. Deus é o nosso guarda que está sempre presente. O salmista poderia estar no ardor de uma batalha com inimigos por todo o lado, mas Ele poderia confiar que Deus, o guarda de Israel, seria também o seu guarda particular. A sombra é a defesa. Um guarda-costas é como uma sombra. Se ele é um bom guarda-costas, ele não deve deixar o seu dono desprotegido em nenhum momento. Deus é a nossa sombra. A Palavra de Deus se refere ao tabernáculo como a sombra que protege os crentes (v.5, ver Is 4.6 e Ap 7.15).

 

7.Esta sombra é proteção para a nossa cabeça castigada pelo sol. Na busca por um guarda, precisamos, também de um guarda-sol. Nas angústias precisamos de um protetor e um consolador. Alguns entendem que quanto à lua, esta não nos deixará gelados à noite. Junto com a noite, no deserto, vem o frio. Um exército precisa proteção do sol de dia e agasalhos à noite. O nosso Deus nos protege e nos aquece (v.6).

8.De tudo que precisamos guardar, a nossa alma, ou seja, o nosso coração, precisa de um cuidado especial. O nosso Deus colocará uma guarda em nossas mentes e corações para não pecarmos contra Ele (v.7).

 

9.Numa batalha o exército precisa de guardas na entrada e na saída. Ao chegar, os soldados devem se preparar para atacar. Ao sair, os soldados devem ficar atentos se não sobrou nenhum inimigo dentre os feridos. A saída é muito traiçoeira, pois pensamos que a vitória foi completa, quando somos surpreendidos pela falta de vigilância nas costas. O nosso guarda estará conosco para sempre. Ele nunca nos abandonará (ver Mt 28.20). A busca pelo guarda só é bem-sucedida se buscarmos o guarda verdadeiro, que é o Deus verdadeiro. As pessoas estão buscando proteção em si mesmas, em filosofias vãs, no dinheiro e em outras pessoas. Nós, os crentes, já achamos a verdadeira proteção contra o mal. A nossa busca está além dos montes. Em Cristo Jesus achamos o guarda que nos mantém debaixo de Sua sombra salvadora (v.8).

 

“Quando saímos pela manhã para trabalhar e voltamos à noite para descansar, Jeová nos guarda. Quando saímos na juventude para o início da vida e voltamos no fim para morrer, nós experimentamos o mesmo cuidado. Nossas saídas e nossas entradas são sob uma proteção.”[21]

 

Salmo 121: As buscas por um Deus protetor

1.A busca nos montes (v.1-4)

2.A busca por um guarda (v.5-8)

 

Salmo 122: O sentimento e a prática em relação a Jerusalém

1.Este é outro cântico dos degraus. O povo vinha em procissão e subia as escadas cantando estes salmos. Eles faziam isto nas festas três vezes ao ano. Este salmo é um louvor pela Casa de Deus e por Jerusalém. É um salmo de Davi. Ele foi o fundador da capital de Judá, Jerusalém. Sendo que no reino de Cristo a Igreja participará da adoração, temos de nutrir sentimento de alegria por essa cidade e praticarmos a oração. Afinal, visitaremos Jerusalém a cada ano. A cidade de Jerusalém está ligada a todos os crentes, por isso, devemos desenvolver um sentimento e uma prática em relação a Jerusalém

2.O salmista tem grande alegria quando pessoas apenas mencionam que desejam ir à casa de Deus. A casa de Deus já foi tabernáculo, outra vez um lugar separado para a arca, o templo e, agora, consideramos a casa de Deus o lugar onde os crentes se reúnem. Quase sempre este versículo não é uma realidade para os crentes ocidentais. Basta olhar as igrejas e ver quanto espaço há para ser preenchido. Muitos estão se alegrando mais nos programas de TV ou no preenchimento de agendas com negócios e encontros familiares ou qualquer outro tipo de diversão (v.1).

 

3.Aqueles que vinham em procissão paravam às portas da cidade, emocionados e gratos por Deus dar novamente esta oportunidade de adorarem ao Senhor na cidade santa. Nunca alguém valorizou tanto a comunhão entre os irmãos quando retornou de uma vida de pecado e destruição. Nós que estamos frequentando a igreja devemos continuar não como algo sem importância, mas como pessoas muito privilegiadas. Antigamente, os crentes chegavam na igreja, sentavam-se quietos no banco e, baixando a cabeça, agradeciam por estarem naquele lugar santo (v.2).

 

4.Quando Davi fundou Jerusalém como a capital de Judá a cidade era compacta, ou seja, planejada. As ruas eram simétricas, as casas eram contíguas e não espalhadas[22] (v.3).

 

5.As doze tribos de Israel deveriam adorar em Jerusalém três vezes ao ano, na Páscoa, no Pentecoste e nos Tabernáculos. No reino de Cristo na terra os povos virão adorar em Jerusalém uma vez ao ano. Se temos a promessa de um lugar universal de adoração onde nós, Igreja também adoraremos, devíamos nutrir um sentimento de alegria por esta cidade. Por enquanto o nosso lugar de adoração é onde estiverem reunidos duas ou três pessoas. Pode ser numa casa, num edifício construído, alugado ou emprestado, seja este simples ou luxuoso. Acima de tudo a nossa adoração é em espírito e em verdade. Um dia adoraremos com o rei Davi e todos os povos em Jerusalém. Quem nunca visitou Jerusalém, hoje, não precisa ficar triste, pois visitaremos muitas vezes no Reino do Messias (v.4-5, Zc 14.16-17).

 

6.O sentimento é de alegria, mas deveríamos praticar mais a oração por Jerusalém. Quando amamos um lugar ou uma pessoa nós nos interessamos por saber notícias do lugar ou da pessoa. Jerusalém é a cidade eterna. Já teria sido destruída ou tomada por outros povos, mas Deus está preservando para o reino de Cristo e de Davi. Deus nunca mandou orar pela paz mundial, mas mandou orar pela paz em Jerusalém. Os que amam esta cidade serão abençoados. É a mesma promessa feita para Abraão em Gn 12. Os crentes devem orar pelas autoridades para terem vida tranquila. Todo conflito mundial está relacionado com Jerusalém. O Islamismo quer fazer de Jerusalém a sua capital religiosa. O Catolicismo quer fazer de Jerusalém a segunda capital religiosa, mas por direito perpétuo Jerusalém é a capital do Messias de Israel (v.6, 1 Tm 2.2).

 

7.Se hoje Jerusalém não está em paz devemos orar, pois um dia será a cidade mundial da paz. Ali estarão os tronos de Cristo e de Davi (v.7).

 

8.O apóstolo Paulo orava pelos seus amigos e irmãos, os seus compatriotas. Devemos orar pelos judeus. Muitos já estão conhecendo Jesus Cristo como Messias. Outros conhecerão em meio à Grande Tribulação. A paz verdadeira para Jerusalém só virá com a vinda de Cristo para julgar as nações (v.8).

 

9.O salmista não separava a adoração da Casa de Deus. Sem Jerusalém não há adoração. O povo não adorava no cativeiro. Hoje, podemos adorar a Deus sem um edifício, mas no reino de Cristo, o Milênio, a adoração na casa de Deus em Jerusalém voltará. Uma forma de buscar o bem de Jerusalém é orar por ela. Enquanto isso, devemos orar por nossas igrejas locais. Há muitos motivos de oração. Quem ama, ora. O sentimento em relação a Jerusalém deve ser de alegria. O mundo religioso tem interesse em Jerusalém para fazer dela o seu lugar de adoração, mas a nossa alegria está somente no Senhor. Somente Cristo e Davi poderão estabelecer seus tronos naquela cidade. A prática do crente em relação a Jerusalém é orar por paz, porém, não nos enganemos sobre isto: a verdadeira paz virá com a vinda do Messias (v.9).

 

Salmo 122: O sentimento e a prática em relação a Jerusalém

1.O sentimento de alegria por Jerusalém (v.1-5)

2.A prática da oração por Jerusalém (v.6-9)

 

Salmo 123: Os efeitos positivos que o desprezo pode causar na vida de alguém

1.Normalmente não vemos nada de positivo no desprezo. Somente quem já sentiu alguma forma de desprezo, rejeição ou discriminação sabe como é uma experiência dolorosa. Mas, conforme o Salmo 123 há dois efeitos positivos em ser desprezado. Este é um salmo que o povo cantava enquanto subia as escadas para a casa do Senhor, por isso, é chamado cântico dos degraus. Não foi escrito por Davi, mas talvez por alguém vindo do cativeiro babilônico. O desprezo machuca, mas pode ter efeitos positivos

 

2.Alguém que se sente desprezado normalmente não consegue levantar os olhos. Muitas crianças maltratadas não conseguem olhar nos olhos dos outros, nem mesmo conseguem cumprimentar, muitas vezes. Os escravos de qualquer região do mundo não olhavam para o seu senhor. Os seus descendentes adquiriram o mesmo hábito de não olhar direto nos olhos. Muitos pobres não conseguem olhar nos olhos de uma pessoa rica. Enfim, qualquer pessoa em uma situação em que se sinta oprimida tem receio de olhar para aqueles que acham que são seus opressores. O salmista se sente oprimido e desprezado, mas consegue levantar os olhos para a única pessoa que pode salvá-lo. Deus não é o nosso opressor, por isso, não precisamos temer, mas olhar para Ele. Este é um efeito positivo que o desprezo pode causar na vida de alguém. Como não há para quem olhar, o desprezado olha para o Senhor. O único que está acima de todos é Deus. Ele habita os céus (v.1).

 

3.Assim como um escravo que olha para o seu senhor para atender-lhe em algum trabalho, nós olhamos a Deus para servi-Lo, mas também, para clamar-Lhe por socorro. Enquanto um senhor humano não atenta para o olhar do escravo que pede clemência, Deus está atento ao nosso triste olhar de desprezados. O desprezo tem este efeito positivo, o de sentir necessidade de olhar para Deus. Alguém que não se sente desprezado, quase nunca olha para o Senhor, pois não há porque pedir socorro, se está numa situação confortável. Se nos sentimos desprezados, rejeitados, discriminados, olhemos para o Senhor (v.2).

 

4.Clamar por piedade é uma ação mais ativa do que simplesmente olhar. Nós olhamos para o Senhor porque sabemos que é o único que nos dá essa oportunidade. Mas nos clamamos por piedade porque sabemos que só Ele pode nos ajudar. O desprezado se sente um pouco melhor quando alguém lhe dá atenção, mas a solução para o seu desprezo se dá somente quando existe alguém que pode exaltá-lo. A pessoa que está sendo desprezado tem um limite. Nem sempre ela mesma sabe, mas chega um momento que o desprezo pode se transformar em contra-ataque e, então, se torna perigoso. As rebeliões e motins acontecem porque o limite do desprezo e da vergonha chegou ao fim. O salmista está clamando pela misericórdia de Deus, pois o limite para ele está no final. A vingança com as próprias mãos nunca é boa, pois tem resultados desastrosos. Somente Deus pode nos atender em nosso desprezo (v.3).

 

“É revelador que o desprezo seja destacado para ser mencionado. Outras coisas podem machucar, mas este é ferro cortante. Penetra mais profundamente no espírito do que qualquer outra forma de rejeição; no Sermão da Montanha é considerado mais assassino do que a ira (Mt 5:22). Fere especialmente quando é fortuito ou inconsciente; se, porém, é merecido e irreversível, é uma das dores do inferno (Dn 12:2); cf. a citação de C. S. Lewis no comentário sobre 14:4-6.”[23]

 

5.O crente sofre muito desprezo. Alguns sofrem mais do que os outros. Somos desprezados pela vizinhança, pelos colegas de trabalho e de escola, pela mídia e por todos os que não amam ao Senhor. Somos zombados e ridicularizados. Temos de clamar para que Deus tenha piedade de nós. Apesar disso, não ser nada fácil, é um momento especial pois tem o efeito positivo de nos fazer clamar pela piedade do Senhor. Se não somos desprezados nem sempre temos motivação para clamar pela misericórdia de Deus e, por isso, ficamos sem a bênção de receber auxílio em tempo oportuno. “Os que estão à vontade” é a tradução da palavra “sha’anan” que significa “calmo, quieto, fácil e seguro”. Os que nos desprezam se sentem seguros em sua posição de arrogância. Para eles é fácil desprezar, pois o mundo dá todo o apoio para eles. Esta é a mentalidade do mundo, desprezar todos os que vivem para Deus. Nós temos de aproveitar os momentos que somos desprezados para chegar mais perto do Senhor. Ele nunca deixará de ouvir o nosso clamor, pois será uma oportunidade de reconhecer a nossa dependência Dele e nossas fraquezas e pecados (v.4).

 

Salmo 123: Os efeitos positivos que o desprezo pode causar na vida de alguém

1.O desprezo nos faz olhar para Deus (v.1-2)

2.O desprezo nos faz clamar por piedade (v.3-4)

 

Salmo 124: As derrotas que o povo de Israel sofreria se não fosse o livramento do Senhor

1.Quantas vezes o Senhor já livrou os crentes de caírem nas mãos dos inimigos e do maior Inimigo, Satanás? Deus livra os crentes de caírem em suas tentações. Se não fosse o Senhor já teríamos sucumbido. Este salmo pode ser aplicado em qualquer época do povo de Deus, pois Ele sempre livrou o povo de Israel. Até mesmo quando o povo foi levado para o cativeiro Deus teve misericórdia e não deixou que os inimigos triunfassem totalmente sobre a nação. Os cânticos dos degraus, como sabemos, eram cantados em procissão em direção à casa do Senhor. Não sabemos quem escreveu este salmo. O povo contava com a ajuda do Senhor nos momentos difíceis. Não fosse o livramento do Senhor povo de Israel sofreria muitas derrotas.

 

2.Em várias épocas o povo de Israel esteve em situação em que ficaram livres graças à intervenção de Deus. Muitas vezes os homens se levantaram contra Israel. Da mesma forma, se não fosse o Senhor para nos auxiliar em momentos tão difíceis não conseguiríamos atravessá-los (v.1-2).

 

3.Quantas vezes Israel quase foi engolido vivo! Na escravidão do Egito, Deus levantou Moisés. Na abertura do Mar Vermelho, Deus segurou as águas, senão estas teriam engolido Israel como engoliram o exército de Faraó. O rei da Pérsia teria apagado Israel da terra se não fosse o Senhor levantar a rainha Ester. Na Segunda Guerra, os judeus teriam sido exterminados se não fosse o Senhor levantar pessoas para protegê-los. Morreram quase 6 milhões de judeus, mas não foram devastados da terra (v.3-5).

 

4.Deus protege o Seu povo. Ele está nos protegendo de muitas formas. Satanás já teria acabado com todos os crentes, mas o Senhor está poupando muitos para testemunho nesta terra. Roma tentou acabar com os primeiros cristãos, mas o Senhor protegeu muitos e mesmo os que morreram serviram de testemunho e incentivo aos demais. As águas não nos submergirão, pois o Senhor está conosco. Como diz o cântico infantil: “Com Cristo no barco tudo vai muito bem e passa o temporal”.

 

5.O povo de Israel não ficou à mercê exclusiva dos inimigos, pois Deus sempre interveio no momento certo. A Babilônia prendeu Israel, mas não continuou com a nação, pois o governo Medo-Persa conquistou a Babilônia e, assim, Israel passou de uma mão para outra. Israel não ficou nos “dentes do leão da Babilônia” (v.6).

 

6.A corda se quebrou antes de prender a nação de Israel. Já estivemos muito perto da destruição e de nos afastar da fé, mas o Senhor quebrou tudo o que nos prendia. As armadilhas são muito variadas, pois cada animal tem o seus hábitos e preferências. As iscas e ceva são diferentes para os diversos animais. Algumas armadilhas são para pegar o animal vivo e sem ferimentos, outras são para matá-los e feri-los. Existem as arapucas para pássaros, há as redes e laços, há covas camufladas com folhas, com ou sem estacas embaixo, existem os currais para rebanhos com trancas quando entram, existem as gaiolas em forma de funil para quando entram desarmam a tranca e a porta se fecha, as ratoeiras são feitas com muita pressão e com garras para machucarem e matarem. Para moscas existem os pega-moscas, papéis grudentos e até luzes em que os insetos atraídos são eletrocutados (v.7).

 

7.Os próprios animais têm suas armadilhas naturais, por exemplo, o tamanduá que atrai as formigas com sua língua pegajosa. Ao grudarem em sua língua comprida, as formigas passam a ser o seu alimento. As aranhas são ótimo exemplo também de armadilhas. As suas teias são proteínas fibrosas revestidas de fluidos. Os insetos ficam grudados e se decompõem para o alimento das aranhas.

 

8.O socorro do crente está na confiança no Senhor que é o criador do céu e da terra. Ele que fez todas as coisas também as controla. Ninguém teria poder algum de nos prender se o Senhor não permitisse. Nós só não nos tornamos presa de Satanás porque Deus é o nosso protetor. Se não fosse o livramento do Senhor o povo de Israel teria sido derrotado. Se não fosse o cuidado diário do Senhor por nossas vidas há muito teríamos nos afogado nas águas dessa vida e nos laços do Inimigo. Por isso, todo o louvor ao Senhor que nos livra (v.8).

 

“Certamente, nós pereceríamos se a terra apenas acabasse conosco. Mas o grande Criador que se assenta no trono da onipotência coloca o Seu poder em nossa defesa. Esse poder é uma fortaleza. Sejamos gratos a Ele, vamos louvá-Lo e adorá-Lo.”[24]

 

Salmo 124: As derrotas que o povo de Israel sofreria se não fosse o livramento do Senhor

1.O povo seria engolido pelas águas (v.1-5)

2.O povo serviria de presa aos inimigos (v.6-8)

 

Salmo 125: Os aspectos da segurança no Senhor

1.Este salmo nos ensina sobre a segurança que o crente tem no Senhor. A confiança em Deus nos guarda de todos os perigos e nos enche de bênçãos do céu. Há alguns aspectos dessa segurança. Todos eles nos apontam para o Senhor, pois é Ele Quem nos confere a segurança e todos os aspectos envolvidos nessa segurança.

 

2.A fé do crente por vezes sofre provas. O objetivo de Deus permitir essas provas é para nos firmar na Sua Palavra cada vez mais e não para sermos abalados. Há muitos prédios atualmente que sofrem abalos por falta de uma boa estrutura. Alguns prédios foram planejados somente para a época que foram construídos. Com o decorrer dos anos, o aumento de carros e caminhões passando pelas ruas fez com que as estruturas não suportassem tantos abalos. O resultado são rachaduras e, em alguns casos, até a demolição. Outros tiveram estrutura abalada por negligência de engenheiros que economizaram materiais, colocando em risco os moradores (v.1-2).

 

3.O servo de Deus tem segurança contra abalos, pois Deus já planejou a nossa estrutura para suportarmos as provações. Ele também investiu os melhores “materiais” em nossas vidas. Aquele que confia no Senhor e não em si mesmo pode permanecer firme até em meio às tempestades da vida. O Monte de Sião fica ao redor de Jerusalém. Lá está ele, magnífico e inabalável até os dias atuais. O crente também permanece apesar do tempo decorrido, dos terremotos em sua vida e das tempestades suportadas (v.1-2).

 

4.Temos de cuidar da nossa saúde, pois esta se abala e pode afetar o nosso estado emocional e até espiritual. Dormir bem, alimentar-se bem, guardar tempo para meditação e lazer, desenvolver a amizade no lar, saber responder não para atividades que nos sufocarão e promover intervalos entre os compromissos. Apesar de todo estresse causado pelo dia a dia, em Cristo temos segurança contra os abalos. Temos sempre de nos lembrar que assim com os montes estão ao redor de Jerusalém, o Senhor está ao nosso redor. Ele se acampa ao redor dos que O buscam e dos que O temem. O monte das Oliveiras, o Monte Sião e outros montes circulam a cidade de Jerusalém. Temos ao nosso redor a segurança da igreja, dos irmãos, da Palavra de Deus e da oração. Todos esses “montes” nos dão segurança e não se abalam.

 

“Duas peculiaridades de sua posição topográfica são tomadas aqui como símbolos de realidades espirituais, pois a singularidade da situação da cidade é que esta fica sobre uma montanha e está cingida por outras montanhas... Semelhantemente, o salmista diz, firme sobre uma montanha e cercada por uma proteção, assim como fortalezas de montanhas eternas. Assim são aqueles que confiam no Senhor. Fé, então, dá uma estabilidade interior e fé garante uma defesa ao redor.”[25]

 

5.O pecado é a única razão da derrota do crente. Nós temos segurança contra o pecado através da confissão. O sangue de Jesus Cristo já nos purificou dos pecados passados, daqueles que cometemos agora e, ainda, dos pecados que ainda cometeremos. A confissão é a segurança para mantermos e restaurarmos a comunhão quebrada. A cetro é a vara que castiga, mas o cetro também é a vara do governante que rege um povo. Nós não precisamos ser oprimidos pelos infiéis e não precisamos servir ao pecado como se este fosse nosso rei. A nossa obediência é somente para Cristo Jesus, o nosso novo Senhor. Quem serve ao pecado está sem segurança, mas quem repousa no perdão de Jesus tem segurança. O Espírito Santo nos convence do pecado para confessarmos e termos a comunhão restaurada (v.3-4).

 

6.Nosso Deus fará o bem para os retos de coração. Este é um aspecto da segurança. Quando estamos em comunhão com Deus temos o sentimento de segurança, mas não apenas o sentimento, pois é a realidade do crente obediente. Estando em pecado não confessado, o sentimento é de perigo iminente. Não devemos abusar da longanimidade do Senhor (v.3-4).

 

7.A segurança do crente é contra os abalos da fé e contra o pecado. Há um aspecto da segurança é que eterno. Não temos como deixar de receber o amor de Deus. Ele nos garante vida eterna, enquanto os ímpios sofrerão o terror eterno. Não devemos nos sentir melhores do que os perdidos, mas orar por eles e pregar-lhes o evangelho para experimentarem a mesma segurança. Deus promete paz para a nação de Israel. Apesar dos conflitos e perigos pelos quais a nação passa, sempre haverá um remanescente. Os judeus se converterão a Cristo Jesus e um reino de paz será estabelecido na terra. Todos os crentes, de Israel, da Igreja e da Tribulação estarão seguros para sempre. A segurança do crente tem três aspectos: a segurança contra os abalos da fé, contra o pecado e, finalmente, é uma segurança eterna revestida da paz de Deus (v.5).

 

Salmo 125: Os aspectos da segurança no Senhor

1.Segurança contra abalos da fé (v.1-2)

2.Segurança contra o pecado (v.3-4)

3.Segurança eterna (v.5)

 

Salmo 126: As generosidades do Senhor para com Seus servos

Talvez alguns dos cativos nunca pensaram que um dia fossem retornar à própria terra. Era como um sonho. O cativeiro foi um grande testemunho às nações, mas o retorno também foi um grande testemunho, pois confirmou as promessas do Senhor e o cuidado para com o Seu povo. Às margens do rio na Babilônia estavam tristes, não queriam cantar. Agora, no retorno, estamos muito felizes. Ainda é um momento de lágrimas, mas agora são lágrimas de felicidade. Voltarão a colher os frutos. Dessa vez, tudo será diferente, pois os reis opressores não existirão mais (v.1-6).

 

“Thomson diz: ‘Eu nunca vi pessoas semeando em lágrimas exatamente, mas eu tenho visto fazerem isso em temor e angústias suficientes... Em épocas de grande escassez, o pobre camponês parte em angústia com cada medida da preciosa semente lançada no solo. É como tirar o pão da boca de seus filhos e em tais épocas muitas lágrimas são, de fato, derramadas’.”[26]

 

Salmo 126: As generosidades do Senhor para com Seus servos

1.O Senhor é generoso ao fazer grandes coisas por nós (v.1-3)

2.O Senhor é generoso ao nos conceder alegria (v.4-6)

 

Salmo 127: As ideias erradas adquiridas no mundo comparadas à Palavra de Deus

1.Davi escreveu este salmo pensando em Salomão. O filho de Davi foi agraciado com sabedoria e com a responsabilidade que Davi tanto almejava, a construção do Templo. Este salmo combate algumas ideias erradas que adquirimos no mundo. A mentalidade do mundo não corresponde com a Palavra de Deus. Comparadas com a Palavra de Deus, o mundo desenvolve ideias erradas

 

2.Davi adquiriu uma ideia errada sobre a edificação do Templo para o Senhor. Deus corrige a ideia errada de Davi e Natã. Davi tinha a ideia de que poderia comparar a sua casa a habitação de Deus, como se Deus estivesse triste por não ter uma casa tão bonita para colocar a Sua arca (1 Cr 17.1). Natã também adquiriu uma ideia errada quando pensou que Deus estivesse apoiando todo o pensamento de Davi (1 Cr 17.2). Deus mostra para Natã e para Davi que eles estavam errados em suas ideias e que tudo deve ser feito com a motivação correta. Deus ordenou a construção do Templo, mas conforme a Sua própria vontade (1 Cr 17.3-15). Jamais podemos edificar nada, planejar nada sem a direção do Senhor. Seria um trabalho perdido (v.1).

 

3.Outra ideia errada é sobre a segurança. O próprio Davi adquiriu a ideia errada de que estava seguro por causa de seu exército (1 Cr 21.1-8). Por causa da onda de violência que assola o mundo e o nosso país, podemos adquirir a ideia errada de que investindo mais em segurança estaremos protegidos. O Senhor deve ser o nosso escudo, senão estaremos em grande perigo por mais que invistamos nos últimos recursos e tecnologia para a segurança (v.1).

 

4.Por causa da boa formação que muitos de nós tivemos, ganhamos a ideia inocente, porém, muitas vezes errada que se trabalharmos honestamente ficaremos ricos. O dinheiro e a prosperidade nos negócios nem sempre estão relacionados ao trabalho honesto. Há muitos trabalhadores que levantam de madrugada e deitam tarde para, duramente, ganhar o pão para tentar sustentar a família, mas nem sempre conseguem dar aos seus queridos uma segurança financeira. Deus é o dono da prata e do ouro. Ele dá para alguns e não para outros. Ele sabe o porquê. Outras vezes, pessoas desonestas se tornam ricas e prósperas sem que Deus as repreenda. Um dia, na eternidade, tudo será esclarecido e cada um receberá sua recompensa. Deus supre as necessidades de seus amados enquanto eles dormem. Isto é totalmente contrário à ideia do mundo. Precisamos mostrar serviço para prosperar. Deus deu segurança para Davi enquanto este dormia. Absalão queria matá-lo, mas Deus dava o repouso para Davi diante de milhares de homens à sua procura (Sl 3.5-6). O mundo nos oferece ideias erradas. Muitas vezes são ideias lógicas, porém, desprovidas de fé (v.2).

 

5.Davi pecou contra Urias e Bate-Seba, porém, Deus reverteu aquela situação para o bem. É verdade que o seu filhinho morreu e que Absalão foi uma desonra para Davi, mas Salomão se tornou a concretização dos planos de Davi quanto à construção da casa do Senhor. Adquirimos a ideia errada do mundo, especificamente do mundo moderno, que os filhos são empecilhos. Em alguns países, como a China, não se podia ter mais do que um filho. A mentalidade do mundo fez com que os filhos se tornassem para o casal um impedimento para a faculdade dos pais, para o passeio dos pais e para as finanças dos pais. Com o divórcio, os filhos são os mais prejudicados. No entanto, são os filhos que ainda mantêm muitos casamentos. Isto é bênção de Deus, embora alguns casais preferem dizer que os filhos estão atrapalhando numa separação que seria a solução (v.3-5).

 

6.Os filhos são herança do Senhor, diz a Palavra de Deus. Assim como um flecheiro está seguro com a sua aljava cheia, os pais deveriam se alegrar por ter a casa cheia de filhos. Dizem que uma aljava tinha lugar para doze flechas. Se assim for, Jacó encheu a sua aljava com as doze tribos de Israel. Outra ideia errada que adquirimos do mundo é sobre a reputação. É verdade que alguns filhos mancham a reputação dos pais, mas há muitos casos em que os filhos defendem os pais dos inimigos. Na verdade, os filhos fazem calar os inimigos quando o seu comportamento é exemplar. No caso do Salmo 127, os filhos se tornaram juízes e defendem a causa dos pais à porta da cidade, onde eram julgadas as causas (v.3-5).

 

7.Os filhos não são barreiras, mas são bênção. Eles não mancham a reputação, mas nos justificam diante da sociedade. É evidente que a maneira como os vemos fará diferença. Se aceitarmos as ideias erradas adquiridas no mundo ou admitirmos a verdade da Palavra de Deus. O mundo tenta inculcar em nossas mentes a sua filosofia, mas Deus sempre esteve certo. Quando comparamos a Palavra de Deus, com seus ensinos, à mentalidade do mundo, com suas filosofias, temos de admitir que há muita tolice no mundo, mas que a Palavra de Deus vive para sempre. Só podemos edificar bem sob a direção de Deus. Só temos segurança atrás do escudo que é o Senhor. O nosso trabalho não é vão no Senhor e o nosso sustento vem Dele. Os filhos são presentes de Deus para nós e melhoram a nossa reputação diante da sociedade.

 

“O melhor lar será um fracasso a menos que Deus o coroe com Seu favor. Ele tem que nos guardar para mantermos nossos olhos Nele em todos os afazeres familiares, assim evitaremos cuidado excessivo. Ele deve nos ajudar a reconhecer que nossos filhos são herança Dele e teremos mais honra e conforto se formos dedicados a Ele.”[27]

 

Salmo 127: As ideias erradas adquiridas no mundo comparadas à Palavra de Deus

1.Ideias erradas sobre edificação e segurança (v.1)

2.Ideias erradas sobre trabalho e sustento (v.2)

3.Ideias erradas sobre filhos e reputação (v.3-5)

 

                  Plenitude do lar (Salmo 127)
1) Edificação plena (v.1, Pv 14.1, Mt 7.24)
2) Trabalho pleno (v.1, 2 Ts 3.10)
3) Segurança plena (v.1, Mt 10.28)
4) Sustento pleno (v.2, Hb 13.5-6)
5) Descanso pleno (v.2, Mc 6.31)
6) Herança plena (v.3, Pv 20.7)
7) Direcionamento pleno (v.4, Pv 22.6)

8) Recomendação plena (v.5, Pv 17.25, 27.11)


Salmo 128: As afirmações de Deus para os que O temem

1.As afirmações de Deus soam como promessa, pois se Ele afirma não há dúvida que acontecerá. Porém, algumas afirmações de Deus estão condicionadas ao nosso comportamento. No Salmo 128, um Salmo para a família e para uma nação, há pelos menos duas afirmações de Deus, mas para que as bênçãos aconteçam é preciso que os homens O temam. Temer a Deus e andar em seus caminhos é o mesmo. As afirmações de Deus equivalem a bênçãos para os crentes (v.1).

 

2.Depois da queda, o trabalho nunca mais foi com facilidade. Todos os trabalhadores enfrentam os “ossos do ofício”. A terra continua produzindo pragas, o sol continua castigando o pescoço do lavrador e o frio continua a congelar os pés do agricultor. Mas Deus afirma que aquele que O teme comerá do seu trabalho. O povo de Israel teria as dificuldades de todo o trabalho da terra, contudo, os frutos vingariam e a colheita seria certa. A chuva, na medida certa, também. Ele iria bem. Nos nossos dias, Deus não está prometendo riquezas para o trabalhador, mas trabalho honesto e sustento. Aquele que teme ao Senhor nunca será abandonado por Ele. Não nos jogamos de um lado que diz que a vida do crente não pode ter dificuldades, mas também não nos afundamos na teologia da miséria que diz que Deus não se importa com o mantimento de Seus filhos e que para ser crente fiel precisa passar necessidade (v.2).

 

3.A fertilidade da mulher era a maior honra entre os judeus. A estéril era desprezada. Deus operou de modo maravilhoso em algumas estéreis (Gn 25.21, Êx 23.26, Dt 7.14, Jz 13.3, 1 Sm 2.5, Sl 113.9, Is 54.1, Lc 1.36). As mulheres plantavam pequenas vinhas no quintal da casa e colhiam de seus frutos. É uma bênção ter os filhos ao redor da casa correndo e brincando. É a melhor colheita de um casal. Não faltava azeitona na refeição do povo de Israel. É o fruto da oliveira. Novamente, há grande alegria na família que pode ter filhos ao redor da mesa, às refeições. Isto faz parte da bênção de Deus. Ninguém deve, hoje, amaldiçoar a estéril, mas ninguém pode negar que a mulher fértil não tenha recebido uma bênção especial de Deus. É possível temer ao Senhor e não ter filhos; como é possível ter filhos e nem ser crente. Devemos aproveitar as bênçãos do Senhor. Ele dá o que quiser a quem Ele desejar. O importante é andar nos Seus caminhos (v.3).

 

“Para alcançar a plenitude da felicidade terrena um homem não deve estar sozinho. Uma ajudadora era necessário no Paraíso e, certamente, não é menos necessário fora dele. Aquele que encontra uma esposa alcança uma bênção. Não é cada homem que teme ao Senhor que tem uma esposa; mas se ele tiver, ela compartilhará a bênção crescente.”[28]

 

4.Há bênção, não apenas como família, mas individualmente. Quem teme ao Senhor será abençoado. Todo o crescimento espiritual, respostas de oração e alegria interior são bênçãos para o crente e não podem ser transferidas, mas testemunhadas. Há bênçãos nacionais para Israel. Isto ainda acontecerá quando o povo crer no Messias, Jesus Cristo. Isto deve acontecer no final da Tribulação. Enquanto isso, não podemos citar nenhuma nação no mundo que é um exemplo de temor a Deus. Mas um dia a glória do Senhor encherá toda a terra (Hb 2.14). As afirmações do Senhor são bênção para aquele que anda nos Seus caminhos. Ele tem muitas bênçãos para nós, mas devemos buscar a Sua justiça em primeiro lugar (v.4-6).

 

Salmo 128: As afirmações de Deus para os que O temem

1.Prosperarão nos seus afazeres (v.2)

2.Serão abençoados como família, como indivíduo e como nação (v.3-6)

 

Salmo 129: As anulações dos efeitos do sofrimento e da maldição

1.Este Salmo, talvez, tenha sido escrito depois do cativeiro de Israel (Judá). Alguns dizem que, talvez, Esdras tenha escrito. A linguagem é de sofrimento pelas lutas que a nação passou na Babilônia[29]. Algumas pessoas, atualmente, estão muito preocupadas com os efeitos que uma maldição pode ter sobre elas e sua família. Alguns atribuem o sofrimento aos atos do passado. Mas, será que o crente deve se torturar com pensamentos destrutivos. Até quando os pecados da vida de incrédulo ou pecados confessados podem ter efeito sobre os crentes? Há alguma forma de anular esses efeitos, se é que existem? A palavra de Deus diz que os pecados dos pais não pesam sobre os filhos, pois cada um é responsável diante de Deus por seus atos (ver Jeremias 18). A palavra de Deus diz que os nossos pecados jamais serão lembrados (ver Miqueias 7.19). Os que enfatizam a maldição hereditária até a quarta geração se esquecem das misericórdias até milhares de gerações (ver Êxodo 20.5-6).

2.É verdade que as consequências do pecado nem sempre são facilmente resolvidas. O pecado afeta não apenas a pessoa que cometeu, mas os outros envolvidos. Às vezes, as consequências são sociais (álcool), familiares (incesto e adultério) e até nacionais (idolatria). Deus pode anular alguns efeitos do sofrimento na vida do crente e pode anular os efeitos da maledicência ou maldições. O povo de Israel experimentou sofrimentos e maldições, mas Deus, por causa de sua misericórdia, anulou os efeitos maus sobre a nação. Isto pode acontecer com cada crente, também.

 

3.A nação de Israel sofreu desde a sua juventude. Deus profetizou sofrimentos para Abraão. A escravidão no Egito, as peregrinações no deserto, as opressões na época dos juízes, os cativeiros, a invasão no ano 70 a.D., a destruição no ano 142 d.C., o Holocausto em 1943-45 e o terrorismo atual na Palestina são alguns exemplos do sofrimento desta nação. Só um judeu sabe do antissemitismo que sofre, pois, evidentemente, só há antissemitismo contra judeus. Talvez algum crente passe por sofrimentos por vários anos desde sua mocidade. Isto não significa que Deus não o ame, mas simplesmente que ele pode desfrutar mais do consolo do Senhor. Os que sofrem por amor a Cristo receberão a coroa da justiça (v.1).

 

4.A nação de Israel sofreu durante toda a sua história, mas jamais foi abandonado por Deus. Qualquer crente que passar por sofrimentos jamais poderá acusar Deus de abandono. As chamas do sofrimento servem como purificação (v.2).

 

5.Israel e Judá foram levados cativos. Os seus opressores colocavam jugos sobre seus pescoços e faziam sulcos nas costas com as chicotadas, assim como o arado faz sulcos na terra. O peso do sofrimento pode ser pesado, mas o Senhor não deixará que o sofrimento separe o crente do Seu Senhor. O arado era puxado por cordas e o Senhor corta as cordas. A nação de Israel sofreu, mas sempre teve o livramento do Senhor. O crente pode sofrer, mas sempre terá o livramento no tempo que Deus desejar. O sofrimento causa efeitos traumáticos, mas Deus pode anular esses efeitos. Uma jovem estuprada pode sentir-se pura novamente com a graça de Deus. Um alcoólico pode ficar sóbrio, bem como um órfão pode sentir-se amparo pelo Pai celeste. Muitos judeus, hoje, são ateus. Os sofrimentos pelos quais passaram ou viram os seus antepassados padecer, fizeram deles pessoas desacreditadas da bondade de Deus. Os cristãos para muitos deles não passam de assassinos. São marcas profundas em seu povo. Perdoar para eles é sinal de traição. Porém, eles esses efeitos podem ser anulados através do Messias de Israel, Jesus Cristo (v.3-4).

 

6.Os povos que amaldiçoaram Israel sofreram as consequências. Enquanto o amaldiçoador sofreu, o amaldiçoado teve os efeitos da maldição anulados. Lembre-se da história de Balaque e Balaão em Números 22. Nenhuma maldição pode ter efeito sobre o povo de Deus. A maledicência é uma espada afiada contra o próprio maldizente. Sião é o mesmo que Jerusalém (v.5).

 

7.Os telhados das casas em Israel eram planos e de material fraco e poroso como gesso e madeira. Era um ambiente propício a fungos e ervas daninhas. Dizem que em alguns países nórdicos algumas casas com telhados assim servem para horta e até para alimentar animais em época de seca. O fato é que essas plantas crescem, mas logo secam por causa do sol. Assim são os efeitos da maldição, secam antes de fazer algum mal (v.6).

 

8.Os matinhos do telhado não são suficientes para juntar em feixes, pois não atingem grandes alturas. Assim como existe o ditado “o que vem debaixo não me atinge”, podemos dizer que “o que vem dos telhados não me atinge”. A calúnia pode causar grandes estragos quando o injustiçado fica ansioso, mas na verdade Deus é o juiz e não passam de grama rasteira dos telhados. Os que mais sofrem com as maldições das palavras são aqueles que dão muito valor a elas. Israel não foi destruída com a maldição dos inimigos, mas pelo contrário, os seus opressores foram destruídos (v.7).

 

9.Era costume entre os povos antigos que os que passassem numa plantação abençoassem os lavradores e estes respondiam (veja Rute 2.4). Os que não bendizem Israel sofrem as consequências de não serem abençoados por Deus e pela nação (veja Gênesis 12.1-3). Aquele que amaldiçoa com a língua não pode abençoar, por isso, temos de prestar muita atenção com nossas palavras para que os efeitos anulados em nossas vidas não sejam as bênçãos que poderíamos receber, mas não recebemos por causa da calúnia (v.8).

 

10.Deus também anula as maldições. Não procuremos nos vingar ou buscar satisfações dos que nos maldizem. O Senhor é o juiz e o vingador. Deus pode anular os efeitos maléficos sobre as nossas vidas por causa dos sofrimentos e das maldições sem causa. O povo de Deus está debaixo da bênção do Senhor.

 

Salmo 129: As anulações dos efeitos do sofrimento e da maldição

1.A anulação dos efeitos do sofrimento (v.1-4)

2.A anulação dos efeitos de uma maldição (v.5-8)

 

Salmo 130: As preocupações que um salvo não precisa ter

É comum em nossas vidas, em alguma altura da nossa jornada cristã, queremos alistar em quais práticas devemos andar e quais práticas devemos evitar. Porém, essa lista de boas ações ou uma lista de pecados é um trabalho inútil e cansativo. Deus não está pedindo para fazermos isso. Ele mesmo não faz uma lista dos nossos pecados, pois, se assim fosse, nenhum de nós escaparia do juízo Dele. Deus nos perdoa e nós O tememos e assim é que devemos prosseguir na prática da comunhão com Ele. A nossa confiança deve ser colocada Nele. É nisso que temos que investir nossa vida e não em contar pecados e acumular uma lista de boas ações (v.1-8).

 

“Tu és capaz e estás pronto para perdoar os pecadores arrependidos. Temor. Não com temor de escravo, mas com temor infantil. A Tua misericórdia é o fundamento de toda a religião, sem a qual os homens procederiam desesperadamente em seu curso ímpio.”[30]

Salmo 130: As preocupações que um salvo não precisa ter

1.A preocupação de não ter perdão para ele (v.1-4)

2.A preocupação de não ter livramento para ele (v.5-8)

 

Salmo 131: As virtudes aprendidas de uma criança

Parece que leva um tempo considerável de vida para aprendermos o óbvio, ou seja, que não devemos olhar para as coisas grandes demais. A arrogância só encontra um caminho pela frente e este é a queda. É como subir uma montanha íngreme. Por mais que nos esforcemos e até coloquemos como alvo principal de nossa vida, basta olharmos em perspectiva que ao chegarmos lá em cima, só resta a descida. O alvo principal e único de uma criança de peito é alimentar-se de sua mãe. Após ser alimentada, ela dorme. Nosso relacionamento com Deus deve ser assim também. Ele passa a ser a nossa motivação e não os projetos em si (v.1-3).

 

“De alguma maneira, está envolvida a autonegação, em uma forma de renovação e santa obediência. A mudança de nosso coração envolve o aprendizado de amar coisas as quais não amamos naturalmente, desaprender a amar o mundo; mas envolve, é claro, uma frustração de nossos desejos naturais. Ser justo e obediente implica domínio próprio...”[31]

 

Salmo 131: As virtudes aprendidas de uma criança

1.Humildade (v.1, Mt 18.1-5, Fp 2.5-8)

2.Sossego (v.2, Jo 14.1)

3.Confiança (v.3, Fp 4.6, Hb 4.16)

 

Salmo 132: As glórias do Templo terreal de Deus e as glórias do Seu reino eterno

Davi foi um rei muito dedicado. Ele estava cansado de fugir, de ser incompreendido e de ter que provar que era o escolhido de Deus para a nação de Israel. No entanto, apesar de todas as essas lutas, ele tinha como prioridade fazer com que a arca de Deus, a arca da aliança descansasse em lugar seguro. A Arca da Aliança não deveria andar de nação em nação, entre os pagãos, mas deveria cumprir o objetivo dela, o de ser uma arca do testemunho, o testemunho da presença de Deus, da desobediência do povo e da misericórdia com que eram tratados por Deus (v.1-18).

 

“Todas essas preciosas promessas, orações e louvores, encontrarão fácil explicação ao se relacionarem bem como outras porções da Palavra divina, as quais vêm em nosso auxílio, para ilustrarem e serem aplicadas ao Senhor Jesus e a Ele somente.”[32]

 

Salmo 132: As glórias do Templo terreal de Deus e as glórias do Seu reino eterno

1.Davi desejava um Templo glorioso na terra para adorar a Deus (v.1-10)

2.Deus prometeu não apenas um Templo, mas um reino glorioso e eterno em uma nova terra (v.11-18)

 

Salmo 133: As ilustrações da comunhão entre os irmãos

1.Viver em comunhão com os irmãos é bom e agradável. Deus se agrada disso e a Igreja deve promover essa unidade. Não somos chamados para criar comunhão, pois esta já existe em Cristo Jesus, mas devemos preservar, promover e incentivar. Não se consegue unidade entre os irmãos separadamente. Precisamos nos encontrar. Há muitos irmãos espalhados por esse mundo. Quanto mais a nossa sociedade se estreita através da globalização e dos meios de comunicações e transportes, mais fácil fica para conhecer novas pessoas, inclusive irmãos em Cristo (v.1, Ef 4.3).

 

2.Não é possível manter contato com todos os irmãos que conhecemos, porém, aqueles que estão dentro do nosso círculo geográfico merecem nos ver frequentemente. As reuniões da Igreja não servem apenas para adorarmos a Deus ou estudar a Palavra Dele, mas serve ao propósito da comunhão. Não precisamos pretexto para entrar na casa de Deus e rever os irmãos, pois é uma ordem, conforme Hb 10.25. Antigamente os crentes se reuniam em casas, mas atualmente em quase todos os lugares, as igrejas têm seus prédios reservados para esses encontros. Para ir à casa de alguém quase sempre é necessário um pretexto, um contato prévio e assunto. Para ir à casa de Deus é só obedecer a ordem do Senhor. O salmista Davi recorre a duas ilustrações para mostrar a importância da comunhão entre os irmãos (v.1).

 

3.O óleo era derramado na cabeça dos sacerdotes e com o óleo vários utensílios eram santificados. Não se poderia ungir outra carne, ou seja, outro que não fosse sacerdote e, também não poderia misturar ou inventar outra composição para este óleo (Êx 30.23-33). Alguns acham que os reis eram exceção, pois eram ungidos, porém, alguns acham que os reis usavam óleo comum, embora, Salomão pegou do tabernáculo.[33] Quanto ao uso exclusivo para os sacerdotes, Deus queria que o povo respeitasse a autoridade deles, pois cuidam do rebanho. Um pastor tem uma autoridade especial, porém, responderá pelos seus atos, também de modo especial (ver 1 Rs 1.9 e 1 Pe 5.1-3). O óleo escorria pelos cabelos e a barba de Arão e chegava até a boca ou extremidade (peh) das vestes. Não se usava tanto óleo e a barba era grande e despontada. A gola não poderia ser de renda. Molhava só um pouco e não chegava a entrar para o peito do sacerdote[34] (ver Êx 28.32, 39.23) (v.2).

 

4.Quanto à comunhão aprendemos com esta ilustração que é preciso uma autoridade sacerdotal. Jesus Cristo é a cabeça que recebe a unção da autoridade e essa comunhão escorre para nós sob forma de proteção. Estamos seguros e unidos debaixo do sumo sacerdote, Jesus Cristo. Outro ensino importante é que não ninguém poderia preparar outra substância. A nossa comunhão é especial por causa de Cristo. Não há outra forma de comunhão que não seja por causa do sangue de Cristo. Os crentes podem se reunir com pessoas de outras crenças por vários motivos, mas jamais estarão reunidos louvando a Deus e tendo comunhão porque não há comunhão entre a luz e as trevas (ver 2 Co 6.14-18). Em João 12.1-8 há um lindo ensino sobre a unção de Maria sobre os pés de Jesus, o único que merece a unção, indicando Sua autoridade (v.2).

 

5.Hermom e Sião são muitos distantes um do outro, uns 100 km, mas no texto diz que o orvalho do Hermom desce sobre os montes de Sião. A bênção da comunhão começa no monte mais alto e desce sobre os vários montes de Sião em Jerusalém. Em Cristo há fonte de comunhão e os crentes espalhados se encontram em Sua Pessoa. Um viajante acampou ao pé do monte Hermom e disse que a sua barraca ficou molhada pela manhã como se tivesse chovido toda a noite[35].O orvalho é visto aqui como bênção. Deus usou o orvalho para regar a terra muito antes de surgir a primeira chuva que foi o dilúvio (Gn 2.5-6) (v.3).

 

6.A palavra orvalho aparece várias vezes na Bíblia (Gn 2.5-6, 27.28,39, Êx 16.13-14, Nm 11.9, Dt 32.2, 33.13,28, Jz 6.37-40, 2 Sm 1.21, 17.12, 1 Rs 17.1, Jó 29.19, 38.28, Sl 110.3, 133.3, Pv 3.20, 19.12, Ct 5.2, Is 18.4, 26.19, Dn 4.15,23,25,33, 5.21, Os 6.4, 13.3, 14.5, Mq 5.7, Ag 1.10, Zc 8.12).

 

7.Deus está ordenando a bênção aos crentes. Nós não ordenamos nenhuma bênção ou maldição como alguns ensinam. A autoridade é de Deus. Não merecemos as bênçãos Dele, mas Ele nos ama tanto que nos abençoa ricamente como o orvalho descendo do monte Hermom. Essas são as duas ilustrações da comunhão entre os crentes. As duas ilustrações têm em comum algo escorrendo, o óleo e o orvalho. A comunhão nunca começa em nós, mas em algo mais alto e sublime. O óleo vem dos sacerdotes e o orvalho do alto monte Hermom. A comunhão também vem de Cristo e passa para todos os crentes. O óleo desce da cabeça e vai para o corpo, assim a comunhão vem do cabeça que é Cristo e desce para o corpo que é a Igreja. O orvalho desce do alto e sublime monte Hermom e desce para a relva, assim como a nossa comunhão vem do Alto Monte, Jesus Cristo e desce para a planície onde estão os crentes reunidos como a relva aguardando o orvalho (v.3).

 

Salmo 133: As ilustrações da comunhão entre os irmãos

1.É como óleo sobre a cabeça, escorrendo para a barba de Arão e descendo para a gola de suas vestes (v.2)

2.É como o orvalho do Hermom que desce sobre os montes de Sião (v.3)

 

Salmo 134: Os debates levantados no Salmo 134 para os dias atuais

1.Este salmo minúsculo é o último dos cânticos dos degraus. Os cânticos dos degraus eram cantados em procissão em direção à casa do Senhor. O salmo é bem pequeno, mas levanta grandes questões atuais sobre os procedimentos nos cultos públicos e práticas bem conhecidas atualmente nos vários segmentos dos evangélicos. Um salmo de três mil anos pode nos ensinar hoje. São levantados alguns debates no Salmo 134 para os dias atuais.

 

1.O crente foi resgatado das mãos de Satanás e, por isso, tem o dever de louvar ao Senhor. O crente tem o desejo de louvar a Deus voluntariamente, pois este amor voluntário de Deus, através da morte de Jesus Cristo, nos deixa à vontade, mas ao mesmo tempo, constrangidos a adorá-Lo. Para alguns crentes o desejo de adorar a Deus é tão intenso que se pudessem fariam isso em todos os momentos do dia, mas é claro que Deus sabe que temos outras atividades a cumprir. Ele mesmo manda que não sejamos preguiçosos. O servo de Deus tem de trabalhar para se sustentar. É verdade que podemos adorar a Deus até em nosso trabalho, silenciosamente, mas reservar um tempo só para isso, também é uma necessidade e responsabilidade de todo o crente. Além disso, devemos louvar a Deus junto com outros irmãos e não apenas sozinhos (v.1).

 

2.Alguns servos de Deus se levantavam durante a noite para adorar ao Senhor. Outros até moravam no Templo, como os sacerdotes e levitas que tinham suas câmaras. Nos dias de Davi não havia Templo, mas a Arca da Aliança estava guardada atrás das cortinas num lugar separado, por isso, a prática era a mesma. Ana foi uma mulher que estava sempre à porta do Templo (Lc 2.37). É bem provável que outras mulheres piedosas que não tinham marido e família para cuidar se dedicavam ao Senhor totalmente em Sua casa, adorando-O (v.1).

 

3.Portanto, o debate que as igrejas locais precisam ter cultos e reuniões todas as noites não pode ter fundamento neste salmo. Nós somos o Templo do Espírito Santo e temos acesso diário e ininterrupto ao trono da graça de Deus. Devemos adorar a Deus, independente de local. Mas, é importante nos reunirmos uma vez por semana e os que podem também devem se reunir com outros irmãos em outros dias. É importante que a igreja tenha reuniões regulares, pois estas nos disciplinam aos compromissos na obra de Deus (v.1).

 

4.Em nossos dias essa prática se tornou muito comum em algumas igrejas que basta começar um cântico os adoradores já levantam as mãos. Como se tornou muito comum, diríamos até obrigatório, a presença de um dirigente de louvor, vemos que o próprio dirigente é quem orienta quando deve levantar as mãos, quando bater palmas, quando cumprimentar os irmãos e quando fechar os olhos enquanto canta. Para o povo de Israel, o ato de levantar as mãos na oração e na adoração era muito comum e voluntário. O apóstolo Paulo, mostrando que levantar as mãos era normal, enfatizou muito mais do que um ato costumeiro, mas que as mãos deveriam ser apresentadas santas, sem ira e sem contenda (1 Tm 2.8) (v.2).

 

5.Não devemos repreender pessoas que levantam as mãos para louvar a Deus ou orar, mas cada um deve medir a sua própria motivação, se é um ato voluntário e sincero ou uma influência ou imitação e, pior, se é algum tipo de farisaísmo em que a aparência é mais importante do que o coração. Normalmente, os grupos de crentes se dividem entre os que levantam as mãos e os que não levantam. Parece que quando alguém que levanta as mãos está no meio de outros que não levantam as mãos ele fica constrangido e deixa as mãos para baixo. Os costumes nos cultos em parte são influenciados por grupos maiores. Por isso, não podemos nos entregar a modismos, pois alguns levantam as mãos e se balançam de um lado para o outro, mas nos shows de rock também fazem isso e não estão louvando a Deus (v.2).

 

6.Este é um debate que atualmente ficamos mais à vontade em discutir. Neste dia março de 2004 as excursões para Israel são quase inexistentes devido ao terrorismo, mas há alguns anos atrás os evangélicos e outros grupos viajavam muito para a Terra Santa. Muitos voltavam radiantes por terem pisado onde Jesus andou. A bênção vem de Sião? O Senhor Jesus disse para a mulher samaritana que a salvação vem dos judeus, mas disse também que um dia haveria adoradores que O adorariam em espírito e em verdade. Deve ser um privilégio ir para Israel e ver os lugares onde ocorreram os maiores acontecimentos da História, mas quando se pensa que há uma bênção especial ao visitar um local, isso começa a se parecer com idolatria (v.3).

 

7.Trazer folhas de oliveiras, água do rio Jordão, areia das praias do Mar da Galileia e coisas do gênero, já não se trata de souvenir, mas de relíquias, as quais supostamente trariam alguma bênção para o possuidor. Os crentes precisam de orientação, pois senão ainda vão pensar que a Ceia do Senhor, por exemplo, tem um poder místico de transmitir bênçãos àquele que participa. É claro que ficamos abençoados ao participar do memorial da morte de Cristo, mas não temos alguma proteção especial por algum ritual que participamos. Quem pode visitar a Terra Santa, ótimo, visite, mas a bênção do crente está na comunhão íntima com Deus através da leitura da Bíblia, a oração e à obediência diária. Quem não pode, não fique triste, pois todos visitaremos a Terra Santa, Jerusalém, no tempo em que o Rei estiver governando o mundo todo com vara de ferro (v.3).

8.Um salmo pequeno, mas nos levanta essas três questões bem atuais. As igrejas devem ter cultos regulares, mas todas as noites, só para os que podem e às madrugadas é quase impossível. Quanto a cantar com as mãos levantadas, devemos cuidar com as imitações dos shows, da aparência exterior e quanto às caravanas para Israel não podemos confundir com as procissões aos lugares sagrados para se obter alguma bênção especial.

 

“A resposta no versículo 3 é a bênção dos sacerdotes que invocam a bênção divina sobre o povo de forma individual. Observe quatro aspectos dessa bênção: 1) Abençoador: o Senhor, Jeová, o Deus que guarda a aliança com seu povo. 2) Sua grandeza: é o criador do céu e da terra. 3) O abençoado: que o Senhor te abençoe (note que o pronome está no singular). 4) O lugar da bênção: Sião, onde se localizava o santuário.”[36]

 

Salmo 134: Os debates levantados no Salmo 134 para os dias atuais

1.O crente deve estar todas as noites na casa do Senhor? (v.1)

2.O crente deve levantar as mãos para adorar ao Senhor? (v.2)

3.O crente deve ir para Jerusalém para ser abençoado pelo Senhor? (v.3)

 

Salmo 135: As notícias que os povos devem ter do Senhor

Alguns nunca compreenderam que Deus, de fato, escolheu a nação de Israel para abençoar e mostrar nela tudo o que a humanidade precisa saber sobre Deus. Ele cria, multiplica, enriquece, abençoa, prova, castiga, perdoa, providencia a Sua Palavra, providencia o Libertador, o Messias, usa a nação como canal para outros povos obterem a salvação, separa, deixa a nação caída, reergue, salva, restaura e estabelece o Seu reino através da nação. Tudo isso não depende da nação, mas dos propósitos de Deus. Se a Igreja, hoje, é abençoada, deve à nação pela herança, pela queda e, um dia, se alegrará com o reerguimento. À semelhança do Salmo 115, o salmista denuncia os falsos deuses, sua inutilidade e falta de vida (v.1-21).

 

“O êxodo de Israel do Egito é um fato histórico, e a fé de Israel é edificada sobre a revelação de Deus na história, não sobre fantasias de deuses da mitologia. A fé cristã também é fundamentada em fatos históricos inabaláveis (1 Co 15:1-8; 1 Jo 1:1-4).”[37]

 

Salmo 135: As notícias que os povos devem ter do Senhor

1.Os povos devem ser notificados do poder do Senhor registrados nas histórias bíblicas (v.1-12)

2.Os povos devem ser notificados que o nome do Senhor é único e eterno (v.13-21)

 

Salmo 136: As comemorações ao Deus bondoso

Este salmo é bastante repetitivo, mas isso não quer dizer que seja cansativo. As repetições são sobre as misericórdias do Senhor que duram para sempre. Não podemos nos cansar de louvar a Deus desse modo, pois seria o mesmo que alguém dizer que precisa inspirar e expirar o ar repetidas vezes e que já está cansado disso! Nós precisamos das misericórdias de Deus assim como precisamos do ar para viver. A cada manhã as misericórdias do Senhor são renovadas e estamos felizes por isso (v.1-26).

 

 

“Somente o Poder Supremo tem sabedoria para efetuar a criação que vemos com nossos olhos todos os dias. Quanto mais a ciência examina a criação (e todos os aspectos da ciência examinam um ou outro lado da criação), mais impressionados ficamos com a grandeza e o desígnio nela contido, Eis a razão pela qual os filósofos e os teólogos têm-se ocupado em inventar provas racionais e experimentais da existência de Deus baseadas na existência e nas maravilhas da natureza.”[38]

 

Salmo 136: As comemorações ao Deus bondoso

1.Graças ao Deus único Criador (v.1-9)

2.Graças ao Deus que guia o Seu povo (v.10-22)

3.Graças ao Deus que sustenta (v.23-26)

 

Salmo 137: Os choros, as saudades e as vinganças de um povo em cativeiro

1.Choro, saudade e vingança são três temas que aparecem neste salmo. Nem todos aceitam a mensagem deste salmo facilmente, por causa da oração imprecatória. Não se fala quase nada sobre os cativos na Babilônia, portanto, este salmo é uma raridade. O que povo fazia e como vivia enquanto estava no cativeiro é um enigma para nós. O que sabemos está neste salmo e ele nos dá um relato de como o povo deveria estar triste longe de sua terra. Pode ser um salmo de Davi ou de Jeremias. Tanto um como o outro, se escreveu, foi por meio de profecia. Embora Jeremias estivesse mais perto da época do cativeiro que Davi, da mesma forma não foi para a Babilônia. Quem sabe alguém que estivesse lá naquela época tivesse escrito o salmo. Deus não se limita ao tempo ou a testemunha ocular. É para isto que Ele levantava profetas. O povo tem muitos sentimentos e conflitos. Este salmo é a demonstração de sentimentos profundos e esperanças frustradas. O povo em cativeiro desenvolve profundos sentimentos.

 

2.Há muitas razões pelas quais as pessoas choram. A morte tem sido a razão principal do choro, pois ela arranca lágrimas até de quem não é acostumado a chorar. O povo de Judá chorava um choro solitário. Uma mistura de saudades, frustrações, luto, raiva e arrependimento. Aqueles ribeiros, canais do Tigre e Eufrates, se tornaram a fonte de lamentação do povo. Os salgueiros, por ironia, conhecidos como chorões, eram prateleiras de harpas. A cena era triste, pois talvez até levassem os instrumentos para à beira dos rios, mas perdiam a vontade de tocar, tamanha a tristeza. Os novos amigos, antes invasores e inimigos, tentavam “quebrar o gelo” pedindo aos judeus expressarem sua cultura e alegria através da música (v.1-3).

 

3.Os judeus não separavam música de louvor. Para eles, a música era a expressão de louvor a Deus, mas agora há uma razão para não cantar. O lugar de adoração é o Templo e este está longe e destruído. O objeto da adoração é Deus e o povo está em pecado e sofrendo o juízo. É tempo de chorar e não de cantar. É tempo de arrependimento e não de música. A música pode obscurecer a confissão, pois ela é a expressão de alegria e pode distrair o pecador. O momento é de reflexão. O choro é apropriado para pessoas presas aos seus sentimentos de solidão. O pecado deveria fazer o pecador chorar e este choro deveria ser de arrependimento. Jesus disse às mulheres que choravam na via dolorosa que deveriam chorar por elas mesmas e por seus filhos. Paulo se alegrava com a tristeza dos coríntios, pois era uma tristeza de arrependimento que levava à vida (v.4).

 

4.Nunca uma cidade foi tão importante. O valor de Jerusalém foi aumentado nos corações dos israelitas. Deveriam ter ouvido aos profetas, mas agora é tarde. Quem foi para a Babilônia com 20 anos de idade só voltaria aos 90, se estivesse vivo. O salmista profetiza um sentimento de muito saudosismo. Era mais fácil o judeu ficar paralítico de um braço do que esquecer Jerusalém. O povo no cativeiro não tinha outra alegria senão Jerusalém. Era melhor ficar mudo do que esquecer Jerusalém. A saudade é um sentimento doloroso, pois é o desejo daquilo que já se foi. Temos de valorizar muito aquilo que temos, pois pode ser tarde. Os nossos relacionamentos devem ser cultivar com amor, pois as pessoas fazem falta depois que partem. Os casais devem cultivar um bom relacionamento, pois as pessoas se vão e deixam saudades. O nosso amor ao Senhor deve ser desenvolvido. A Igreja de Éfeso deveria sentir saudades de seu primeiro amor. O crente deve sentir saudades do tempo em que era dedicado ao Senhor e retornar a isto, antes que seja tarde e nossa vida tome outros rumos (v.5-6).

 

5.Muitos liberais não aceitam este salmo como a Palavra de Deus por causa desse tema tão forte, a vingança. Aqueles que não conhecem o caráter de Deus revelado nas Escrituras não admitem um Deus vingativo. Alguns até criaram um conceito errado sobre isto. Acham que o Deus do Velho Testamento é bravo, severo, punitivo, mas o Deus do Novo Testamento é gracioso e amoroso. Isto é total desconhecimento do caráter e da Palavra de Deus. O Deus é o mesmo e, aliás, não é no Velho Testamento que Deus mais executa pessoas em juízo. Basta ler o Apocalipse (Novo Testamento) para ver que Deus destruirá em Sua ira e juízo plantas, animais e pessoas muito mais que em qualquer época.

 

6.É possível se irar sem pecar. Nós não temos estrutura para guardar ira dentro do nosso coração por mais de um dia. Antes do sol se pôr devemos resolver a nossa ira. Toda a injustiça causa ira sobre os justos, mas as injustiças não são resolvidas logo na maioria das vezes. Por isso, devemos entregar a Deus para que Ele resolva a situação no tempo Dele. A Ele pertence a vingança. Portanto, existe vingança, mas não nossa, é de Deus. Israel estava debaixo da aliança abraâmica. Os inimigos de Israel seriam amaldiçoados. Hoje, a Igreja tem a ordem de pagar o mal com o bem. Não devemos desejar o mal às pessoas, mas quando a obra de Deus está sendo ameaçada devemos rogar a Deus que o Seu nome triunfe derrubando os adversários, mas principalmente que estes se convertam.

 

7.Os Edomitas foram cruéis, pois se entregam a Babilônia como se fosse sua filha e fomentou ódio contra Judá, entregando-a aos caldeus. O desejo do povo é que Deus executasse justiça contra Edom, o que de fato Deus fez, é só lermos o livro de Obadias (v.7-8).

 

8.Os invasores de Judá matavam os filhos do povo de Deus na frente dos pais. Edom se divertia com isso, mas acabaria acontecendo o mesmo com os edomitas. O juízo de Deus existe. Se parece demorado é somente por causa de Sua misericórdia. A Igreja devemos orar pelos inimigos do povo de Deus para que se arrependam e vivam e deixar a vingança com o Senhor. Quando inimigos cruéis e obstinados não se arrependem Deus executa a Sua vingança (v.9).

 

9.Um povo sofredor, em cativeiro, chora, sente saudades e deseja justiça ou vingança. Devemos chorar pelos nossos pecados. Este choro de arrependimento transforma atitudes. Devemos sentir saudades da vida dedicada que tínhamos ao Senhor. Se ainda somos dedicados, glória a Deus, permaneçamos assim. Devemos deixar a vingança com o Senhor. Ele julgará todas as injustiças.

 

 “Pede-se a Deus que ajuste a balança da justiça castigando os colaboradores. Uma culpa maior ainda era atribuída a Babilônia, aqui personificada. O princípio divino do ‘olho por olho’ (Êx 21.23, Dt 19.21) é invocado. A guerra nos tempos antigos continuava de forma cruel contra a geração seguinte por meio da destruição de bebês (Os 10.14, 13.16), e à luz do v. 8 essa acaba de ser a experiência de Judá. ‘A imprecação levanta um espelho diante das atrocidades dos babilônios contra Jerusalém e mostra em flashes essa cena aos perpetradores como sua recompensa vindoura’ (Eaton). Talvez o salmista esteja citando propositadamente as profecias (Is 13.16, Jr 51.56). Sua explosão de ira transcende a vingança, pois seus sentimentos humanos estão inextricavelmente combinados com a paixão pela honra e pela justiça de Deus.”[39]

 

Salmo 137: Os choros, as saudades e as vinganças de um povo em cativeiro

1.Os choros (v.1-4)

2.As saudades (v.5-6)

3.As vinganças (v.7-9)

 

Salmo 138: As responsabilidades do rei

1.Davi está prestes a ser colocado no trono que é seu por direito divino. Ele tem certas responsabilidades no seu reinado. Todas elas se referem ao louvor a Deus. Todos nós somos rei de alguma forma. Como chefes do lar, de uma seção numa firma, numa escola, como professores de Escola Dominical, como pai, mãe, etc. Qualquer pessoa colocada em algum lugar para funcionar como líder é rei e deve prestar contas ao seu superior pelo seu reinado. O rei tem responsabilidades.

 

“Esta obra literária começa como um hino de ação de graças, mas mais tarde se transforma em um cântico de fé. Embora o orador esteja no meio de problemas, ele não começa com um lamento, mas com grato reconhecimento das bênçãos divinas.”[40]

 

2.A Palavra de Deus usa o termo “deuses” para três categorias. Pode se tratar de ídolos ou demônios; pode se tratar de anjos ou pode ainda se tratar de homens na função de juízes. O rei deve ser um testemunho diante de todos. Ele louva a Deus de todo o coração diante das autoridades, mostrando que um rei deve reconhecer que ele não é Deus, mas simplesmente é investido de autoridade de Deus (v.1).

 

3.O rei Davi não poderia se inclinar para o Templo de Jerusalém, pois este ainda não existia, porém, havia o tabernáculo de Moisés. A arca era o objeto de respeito. Hoje a Igreja não possui templos no sentido de centralidade da religião, mas isto não significa que não respeitemos os lugares onde nos reunimos. Alguns querem quebrar o mito do Templo, mas na verdade a Igreja não possui mitos. Um lugar escolhido para se reunir, seja, uma cabana ou um edifício deve ser consagrado para o Senhor. Deus engrandece a Sua Palavra acima de tudo e até jura pelo Seu próprio nome. Não se separa a Palavra do nome do Senhor, ambos estão acima de tudo. A Palavra de Deus é cheia de benignidade e verdade (v.2).

 

4.O rei tem a responsabilidade de clamar a Deus pelo povo e por si mesmo. A resposta ao clamor servirá de louvor e testemunho aos outros. Um pai tem de clamar a Deus por seus filhos. Um pastor deve clamar a Deus por suas ovelhas. Um patrão deve clamar a Deus por seus empregados, para poder pagá-los fielmente e para poder recompensá-los honestamente pelo seu bom desempenho (v.3).

 

5.Outros reis precisam ouvir as palavras de Deus. O rei Davi anunciaria o bom testemunho às nações à medida que estas fossem atraídas para a nação de Israel. Hoje, a Igreja atrai e busca os perdidos, testemunhando a eles da glória de Deus. O nosso lar deve ser modelo para a sociedade. Outras famílias cantarão a glória de Deus através do nosso testemunho (v.4-5).

 

6.O rei está acima no seu reino, porém, Deus está acima de todos os reinos. A humildade eleva o rei a um governo justo. Deus recompensa o humilde e o arrogante. Deus livra os reis bons, ou seja, livra aqueles que reconhecem o Seu poder excelso. Até os inimigos são detidos quando Deus quer ajudar aquele que Nele confia. Tudo o que o rei fizer, ou tocar, será abençoado por Deus. Há bondade sem fim no Senhor. As obras são do Senhor e não das nossas próprias mãos. A responsabilidade de todo o líder, seja uma mãe, a rainha do lar, ou do pai, o chefe de família é de se submeter ao Rei dos reis. “Vida longa ao rei”. O Rei dos reis merece todo o louvor. Os reis da terra simplesmente O reconhecem para que nos seus reinados sejam abençoados. Como reis devemos louvar, respeitar, clamar, anunciar e humilhar-nos (v.6-8).

 

Salmo 138: As responsabilidades do rei

1.Louvar a Deus na presença dos deuses (v.1)

2.Respeitar o Templo, louvando a Deus pela Sua bondade e Sua Palavra (v.2)

3.Clamar a Deus e louvá-Lo por receber força (v.3)

4.Anunciar a glória de Deus aos outros reis (v.4-5)

5.Humilhar-se perante Deus para receber o livramento e amparo (v.6-8)

 

Salmo 139: Os atributos de Deus no Salmo 139

Deus é Onisciente. Ele sabe tudo o que pensamos. Nada foge de Deus. Ele conhece nosso trabalho duro, nosso lazer, nosso descanso, nossa preguiça, nossa fuga do trabalho. Ele é Onipresente. Ele está em todos os lugares em que estamos e onde não estamos ou gostaríamos de estar. Ele não precisa se deslocar até um lugar. Ele não precisa selecionar prioridades de locais onde ir, pois lá Ele já está. Ele é Onipotente. Ele pode todas as coisas. Ele pode nos ajudar, tirar-nos de situações difíceis, colocar-nos em lugares seguros. Ele faz cada tecido do nosso corpo e toda a formação dos ossos. A gestação é controlada e guardada por Ele. Se em algum momento Ele permitir que o processo gestacional deixe de receber algum nutriente e interrompa alguma etapa do desenvolvimento do feto, este ficará defeituoso. Ele é imutável. Ele não muda o seu amor para com a humanidade. Ele nos encontra em pecado e sonda os nossos corações e nos dá condições de mudarmos através da salvação que Ele mesmo providencia (v.1-24).

 

“Os versículos 9 e 10, aliás, são bastante apropriados para nossa época de transporte a jato. Jamais me esquecerei de como o Senhor falou ao meu coração por meio dessa promessa preciosa quando estava prestes a começar uma longa viagem ministerial em 1969. Os vários aviões nos quais viajei eram como as asas da alvorada, levando-me literalmente para os confins da terra. Todavia, não obstante a velocidade e a distância, a presença do Senhor era sempre perceptível. Aproprie-se dessa promessa e compartilhe-a com amigos cristãos que fazem viagens aéreas.”[41]

 

 

 

 

 

 

Salmo 139: Os atributos de Deus no Salmo 139

1.Deus é Onisciente (v.1-6)

2.Deus é Onipresente (v.7-12)

3.Deus é Onipotente (v.13-18)

4.Deus é Vingador, porém, Perdoador (v.19-24)

 

Salmo 140: Os temas preferidos dos caluniadores

 

 “Ao que parece, as circunstâncias que serviram de pano de fundo para este salmo deram-se durante os anos em que Davi era parte da corte de Saul, quando a paranoia e a inveja de Saul ainda estavam se desenvolvendo. Em sua tentativa de agradar o rei, alguns oficiais de Saul espalharam mentiras sobre o jovem Davi e prepararam armadilhas para acabar com sua reputação. O povo de Deus enfrenta situações parecidas hoje, pois Satanás é homicida (Jo 8:44), caluniador, acusador (Ap 12:10) e enganador (2 Co 11 :3).”[42]

 

1.Alguns dizem que este Salmo foi escrito por Davi antes dele se tornar rei. Antes mesmo de ser rei Davi já era caluniado. A calúnia é uma forma de violência, pois ela pega a vítima por trás e esta não tem chance de se defender. A calúnia fere tanto à vítima quanto o ofensor em longo prazo. O caluniador se torna sujo para ele próprio.

2.Não importa o que o caluniador pretende com sua calúnia, o método será sempre colocar armadilhas para que o outro caia. Ele armará laços para que alguém o ouça e ao mesmo tempo armará laços contra a pessoa de quem falará mal. O salmista pedia a proteção de Deus contra os caluniadores. Eles são violentos e é impossível se proteger contra aquilo que não vemos. Quando alguém fala contra nós pelas costas não temos como nos defender (v.1).

 

3.Os caluniadores ficam maquinando o mal. Talvez, as pessoas com tempo de sobra tenham mais facilidade de caluniar, pois a armadilha não se faz sem pensar. As calúnias, que também são contendas são forjadas. Não se forja uma espada com fogo baixo, mas com muito ardor e muitas pancadas (v.2)

 

4.Assim como uma espada é afiada para penetrar a vítima, a calúnia é bem sutil para que ninguém desconfie, mas que penetre a vítima mortalmente. A serpente é silenciosa, mas a sua boca é venenosa. A calúnia dificilmente é bradada em alta voz, mas aos cochichos (v.3).

 

5.O tema preferido dos caluniadores é desviar os passos das pessoas, armar laços, fazer com que caiam. O caluniador faz cair a vítima e faz cair também aquele que empresta os ouvidos à calúnia. Ninguém fica isento dos males da calúnia (v.4).

 

6.A calúnia é como armadilha. Ninguém coloca armadilha em lugares onde não passaria presa alguma, mas a armadilha é coloca em lugares onde há possibilidade real de se pegar algo. A calúnia é uma enorme possibilidade de derrubar alguém, pois sempre há ouvidos ruins ouvindo calúnias (v.5).

 

7.O clamor é um tema que se repete constantemente nos salmos. Contra a calúnia só temos uma arma e esta é a oração, o clamor a Deus. Deus conhece o que as pessoas conversam sobre nós, Ele é o nosso juiz. As armadilhas são um tema preferido dos caluniadores. Não há nenhum objetivo sadio na calúnia, senão o de prender alguém num laço para benefício próprio. Devemos lembrar que caem nesse laço os que armam e os que ouvem e os inocentes ficam livres (v.6).

 

8.Outro tema preferido dos caluniadores são os maus propósitos. Qual é o propósito da calúnia, senão o prejuízo alheio a favor de interesses mesquinhos? Novamente, o único recurso que o inocente tem é clamar a Deus para que a calúnia não vingue e que os maus propósitos da calúnia não o atinjam. Se isto acontecer sabemos que Deus está por cima de toda situação (v.8).

 

9.Os caluniadores sempre são altivos. Ninguém pode falar mal de outro com humildade. Para falar mal de alguém é necessário que se coloque como juiz e que fique acima do outro. O salmista roga a Deus que o mal que os seus caluniadores desejam caia sobre eles próprios (v.9).

 

10.O crente não deseja o mal das pessoas, mas ao mesmo tempo, o crente deseja que a justiça de Deus seja executada. Satanás, o grande caluniador será lançado no fogo e todos os caluniadores não arrependidos seguem o mesmo caminho de morte. Não fica bem a um crente seguir esse caminho (v.10).

 

11.A justiça de Deus exige que o caluniador sempre seja prejudicado. Falar mal dos outros é um hábito que, com o decorrer do tempo vicia e agrada, mas a condenação e vergonha são certas. Ninguém pode se estabelecer com a calúnia (v.11).

 

12.Enquanto a calúnia não se mantém, a justiça fica firme, ainda que o justo seja um pobre e oprimido. Nossos lábios escorregam muito. Sempre que nos afastamos do Senhor os nossos temas preferidos começam a ser as armadilhas e propósitos maus, mas não deve ser assim. Temos que purificar nossos lábios com as brasas vivas do altar de Deus (v.12).

 

13.O Senhor se alegra com os retos de coração e puros de lábios. Ele tem prazer neles e estes habitarão com o Senhor. Há outros temas para que os nossos lábios desenvolvam. Os caluniadores desenvolvem os temas armadilhas e maus propósitos, mas contra eles próprios as armadilhas são montadas e os maus propósitos caem sobre eles mesmos (v.13).

 

Salmo 140: Os temas preferidos dos caluniadores

1.Armadilhas (v.1-7)

2.Maus propósitos (v.8-13)

 

Salmo 141: Os objetos da oração de Davi em momentos difíceis de perseguição

1.Davi estava fugindo de Saul e precisando urgentemente do livramento de Deus. A nação de Israel estará assim na Tribulação. Hoje mesmo está precisando urgentemente da intervenção de Deus. Nós somos colocados em situações de desespero e precisamos do livramento de Deus. Diariamente Satanás quer nos destruir e, por isso, Jesus ensinou os Seus discípulos a orarem assim: “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”. Davi era muito objetivo. Ele tinha em suas orações objetos claros em sua mente. Muito embora a sua vida estivesse conturbada, Deus dava a Davi clareza de pensamentos na oração. O crente deve ter claro em sua mente quais são os objetos da sua oração.

 

2.Durante a perseguição, calúnia e críticas, o crente deve ter em mente dois objetos em sua oração. O primeiro deve ser a Pessoa de Deus. Não quer dizer que vemos Deus como qualquer objeto, mas objeto no sentido de objetivo. Deus deve ser o maior objetivo na oração do crente em dificuldades. Queremos ver Deus em todas as situações. O crente clama a Deus, pois é o único que pode nos acudir. Ninguém há no céu e na terra que pode nos atender. No céu, os anjos não são objetos da nossa oração e na terra o homem não é o nosso auxílio e nem objeto de nosso clamor. Nos salmos aparecem a palavra clamar 7 vezes, clamei 13, clamo 7 e clamou 2, um total de 29 vezes (v.1).

 

3.O incenso era oferecido pela manhã como um símbolo das orações dos crentes. Em Apocalipse vemos que o símbolo permanece. Deus quer ouvir as orações dos crentes. O incenso tem como objetivo o alto, pois é para o alto que a fumaça vai por ser mais leve do que o ar. O objetivo de nossas orações deve ser o alto, a Pessoa de Deus. Se nossas orações forem pesadas, isto é, sem a leveza da confiança em Deus, elas não chegarão a Ele, mas ficarão na terra em busca de auxílio humano e inútil (v.2, ver Ap 5.8 e 8.3-4).

 

4.À tarde se oferecia o sacrifício a Deus. Davi quer ser aceito por Deus. O Senhor passa a ser o objeto da sua oração em momentos difíceis de perseguição. Em Cristo, o sacrifício perfeito, temos comunhão com Deus e podemos chegar até Ele com ousadia. Davi levantava a mão em súplicas a Deus e esperava que aquele ato fosse como um sacrifício que ele ofereceria se estivesse perto do altar do Senhor (v.2).

 

5.Enquanto o crente ora é possível duvidar e murmurar pela “demora” de Deus. Davi sabia disso, ele conhecia o seu próprio coração e, por isso, clama a Deus que vigie a sua boca para não proferir nenhuma blasfêmia, pois não condiz à vida do crente orar a Deus e ao mesmo tempo discordar de Seus planos (v.3).

 

“Os pecados da língua certamente são teimosos e universais em sua prática. Os salmos dizem muito sobre o uso apropriado da linguagem.”[43]

 

6.Se Davi agisse como um incrédulo estaria agindo como os seus perseguidores. Ele sabe que é possível acontecer isto. As perseguições podem nos aproximar de Deus, mas podem nos afastar Dele e fazer com que busquemos aliança com homens corruptos. Davi passava fome durante aquelas perseguições, mas não poderia trocar a adoração e confiança ao Seu Deus por um “prato de lentilhas” (v.4, ver 2 Sm 17.27-29 uma das vezes que Davi fugia, aqui de Absalão).

 

7.O objeto da nossa oração nunca deve mudar. Deus é o único objeto de nossa confiança. Quando oramos a Deus, mas esperamos dos homens, é como se o incenso fosse um pó pesado que não sobe para o ar ou como um animal aleijado oferecido como sacrifício. Deus não pode aceitar, pois Ele é Santo.

 

8.Outro objeto de nossa atenção e oração em momentos difíceis de perseguição devem ser os nossos perseguidores. Entenda-se objeto de nossa oração, o motivo de nossa oração, pois como já vimos, nós oramos e confiamos somente em Deus. Não clamamos aos perversos por auxílio, pois eles são enganadores. Davi aceitava sem reservas a correção de um justo, pois as feridas daquele que ama são remédio e são fiéis. Davi tem como objeto de suas orações a Pessoa de Deus a respeito de seus perseguidores malvados (v.5, ver Pv 27.6).

 

9.Os inimigos veriam a justiça de Davi e suas doces palavras. Embora os nossos adversários são objetos de nossa oração e podemos, inclusive, pedir que Deus pese a mão sobre aqueles que não querem se arrepender, devemos ter palavras doces e nunca agir com vingança própria. Deus é Quem julga (v.6).

 

10.Quando um corpo fica sem sepultura a terra cobre os ossos superficialmente, mas vindo alguém lavrar a terra, logo se descobre os ossos. Um corpo não sepultado era inconcebível para os judeus, como o é para a maioria das sociedades. Mas, ainda que acontecesse isto com Davi, a sua confiança estaria depositada totalmente no Senhor. Ele tinha a garantia de ter a sua alma segura em Deus. O homem só pode chegar a fazer mal ao nosso corpo, mas nunca à nossa alma (v.7-8 ver Mt 10.28).

 

11.As pessoas más preparam armadilhas para aqueles que confiam no Senhor, por isso, o crente não sabe todos os perigos nos quais está envolvido. Devemos confiar no Senhor. Ele pode fazer com que os nossos inimigos caiam em suas próprias redes, enquanto saímos ilesos. Os amigos de Daniel não sofreram nenhum tipo de queimadura, mas os homens maus foram queimados (v.9-10, ver Dn 3.22).

 

12.Os inimigos são objetos da nossa oração. Não devemos ignorar os ardis de Satanás, por isso, temos de admitir que estamos numa batalha e clamar por proteção e justiça de Deus. Quando o crente está em situação difícil de perseguição deve ter como objeto de sua oração a Pessoa de Deus e também orar pelos perseguidores para que Deus proteja o crente e pese a mão sobre os inimigos.

Salmo 141: Os objetos da oração de Davi em momentos difíceis de perseguição

1.Deus (v.1-4)

2.Os perseguidores (v.5-10)

 

Salmo 142: As verdades escondidas na caverna

 

 “A oração muda as coisas, a começar pela pessoa que ora. O salmista vai da depressão e frustração para o estágio da esperança ativa e da confiança saudável em Deus.”[44]

 

1.O salmista Davi estava fugindo de Saul e foi parar numa caverna. Excelente esconderijo, mas onde se escondem perigos e solidão (1 Sm 22.1). Este Salmo é um “Masquil” que tem o sentido de instrução. Há 13 Salmos com o título “Masquil” (Salmos 32, 42, 44, 45, 52, 53, 54, 55, 74, 78, 88, 89 e 142). Em nossa vida também nos encontramos algumas vezes dentro de uma caverna escura e solitária. Fora há armadilhas e dentro há desespero e solidão. Mas são nesses momentos que o Senhor quer nos ensinar a dependência Nele, pois há verdades escondidas na caverna.

 

2.O mais difícil no dia-a-dia é levantar a voz em oração com sinceridade. Nossas palavras são muito padronizadas e, às vezes, copiadas de outras situações. O sentido verdadeiro da oração é suplicar a Deus com nossa própria voz e não com a voz, ou seja, as palavras de outros ou de outros tempos (v.1).

 

3.O salmista derrama diante de Deus a sua queixa. Não é possível que não tenhamos nenhuma queixa. Não somos perfeitos e observamos as injustiças feitas contra nós. As pessoas também não são perfeitas e nos ofendem. Quem não derrama suas queixas a Deus acabará por fazer contra as pessoas e, quase sempre, contra as pessoas inocentes as quais amamos (Shafak, derramar) (v.2).

4.O salmista além de estar dentro de uma caverna, uma caverna está dentro dele. Dentro dele há um espírito sombrio, triste e esmorecido. Deus conhece a caverna em que estamos e a caverna que está dentro de nós. Ele sabe quais são os nossos caminhos. Fora da caverna há armadilhas. Essas armadilhas da nossa vida, às vezes, são colocadas por pessoas que não amam a Deus, outras vezes por Satanás, e às vezes por nós mesmos por causa de nossa simplicidade e falta de astúcia em alguns assuntos da vida. De qualquer maneira, são armadilhas e Deus precisa desarmá-las para nós (v.3).

 

5.Há uma sinceridade em nossa oração quando estamos na caverna e quando a caverna está em nós. Há um desespero, mas ao mesmo tempo um sentimento de dependência total no Senhor.

 

6.Não importa onde estejamos, se estivermos com Deus ali haverá um banquete, mesmo no meio de clamores de aflição. O salmista chama a atenção para o seu lado mais forte, a sua direita. Não há ninguém que lhe dê refúgio. Todos o abandonaram e ninguém se interessa por ele. Há momentos em que Deus quer nos achar na caverna, pois ali clamaremos com sinceridade e Ele terá prazer em ser o nosso refúgio (v.4).

 

7.O nosso pedaço de terra, a nossa herança é o Senhor. Nele há muito o que ser explorado. É uma terra vasta de bênçãos. Nós nos lembramos dessa verdade quando estamos em um lugar apertado sem ver o céu, ou seja, numa caverna. O sofrimento, o abandono e a vergonha nos faz lembrar das bênçãos em Cristo e o desejo de encontrá-Lo (v.5).

 

8.A fraqueza do salmista era física, pois precisou fugir e correr. Teve fome, pois não estava em seu palácio ou com o seu exército bem suprido. A fraqueza era emocional, pois a sensação de abandono era real. Certamente ele se sentiu incapaz e inferior. A fraqueza era espiritual, pois estava longe do lugar de adoração. A caverna passou a ser o altar de adoração e súplica. Da fraqueza ele encontrou forças no Senhor para clamar (v.6).

 

9.A caverna era o cárcere do rei Davi. Dali ele não poderia escapar. Não havia grades e nem porta. Era o seu refúgio e ao mesmo tempo a sua prisão. Em nosso sofrimento descobrimos que a mesma situação de prisão é a nossa libertação. No meio da tristeza encontraremos a alegria do Senhor. A libertação do salmista serviria para ação de graças e testemunho diante dos justos. Deus quer abençoar outros através de nosso bom testemunho durante as aflições da vida. Se ninguém mais souber que estivemos na caverna, Deus sempre soube e sempre cuidou. A nossa vitória está Nele, não importa se a céu aberto ou na caverna. Nas cavernas do sofrimento estão escondidos os valorosos servos do Senhor. Não estão nos shows e na publicidade. A grande lição de vida não está nas bem estruturadas universidades, mas nas escuras cavernas. Ali há testemunho, clamor e refúgio. (v.7).

 

Salmo 142: As verdades escondidas na caverna

1.Na caverna há sinceridade na oração (v.1-3)

2.Na caverna com Deus há um lugar de refúgio (v.4-7)

 

Salmo 143: As oposições que o servo de Deus enfrenta

Às vezes, encontramos nos salmos palavras de justificativas, tais como “eu sou inocente”. Sempre nos parece que são palavras equivocadas, pois ninguém é inocente diante de Deus. O salmista aqui parte para esse argumento. Ele não é inocente, mas aguarda a misericórdia de Deus para lidar com os inimigos. O rei Davi se rende. Ele está desesperado e necessitado de Deus. É esse clamor que funciona. Quando não temos mais nada em nós mesmos para oferecer, nenhuma resistência para mostrar (v.1-12).

 

“Em orações rápidas, o salmista expressa a urgência de sua necessidade de ajuda. Ele busca uma resposta imediata, uma expressão da bondade de Deus, orientação para sua vida, livramento dos seus perseguidores, instrução quanto à vontade de Deus e a destruição dos seus inimigos. Como servo penitente, ele sente que a desforra é certa.”[45]

 

Salmo 143: As oposições que o servo de Deus enfrenta

1.A oposição dos próprios sentimentos diante das situações da vida (v.1-6)

2.A oposição dos inimigos que desejam destruir o servo de Deus (v.7-12)

 

Salmo 144: Os estímulos dados por Deus para a ação de graças

1.Deus sabe que o homem precisa de estímulos para fazer muitas coisas. Quando alguém não está estimulado dificilmente pode fazer algo bem feito. Para a aprendizagem, além de uma inteligência razoável é necessário o estímulo.

 

2.Quando o crente tem estímulos ele pode agradecer a Deus até em meio aos sofrimentos, mas algo precisa estimulá-lo. Quando Deus nos protege de perigos e nos abençoa com bens isto nos estimula à gratidão. Porém, de modo algum devemos nos sentir estimulados somente com as coisas que chamamos de “coisas boas”. As dificuldades e a privação também podem ser estímulos para um andar mais perto de Deus. O escritor aos Hebreus disse que devemos nos estimular ao amor e às boas obras e devemos nos estimular à comunhão uns com os outros, ou seja, a nos reunirmos (Hb 10.24). Deus estimula o crente a prestar ação de graças a Ele. Vemos a seguir os estímulos dados por Deus para a ação de graças.

 

3.Uma gratidão a Deus é porque ele é a nossa rocha. A palavra rocha aparece 83 vezes na Bíblia, sendo 21 vezes em Salmos. Deus ensinou Davi a guerrear, assim como hoje Ele nos ensina a lutar com a Sua armadura. A luta espiritual é um estímulo à força (v.1).

 

4.Davi teve o povo Israel submisso a ele graças ao Senhor que foi para ele uma fortaleza e um libertador. Nenhum rei consegue o apoio do povo todo sem que tenha sempre uns rebeldes querendo usurpar o seu trono. Davi teve usurpadores, mas Deus sempre o protegeu. É um grande estímulo confiar no Senhor. Saber que ele está nos protegendo e nos colocando num alto refúgio (v.2).

 

5.O humanismo e o psicologismo não concordam que sentir-se fraco possa ser um estímulo, mas o salmista entende que o homem nada é diante do Senhor. Este entendimento faz que o crente dependa do Senhor totalmente como a sua proteção. É um estímulo à dependência em Deus (v.3-4).

 

“O contraste entre a grandeza de Deus e a insignificância do homem impressiona o salmista. Usando as conhecidas palavras do Salmo 8, ele confessa a sua falta de merecimento antes de apresentar o seu pedido de auxílio.”[46]

 

6.Temer ao Senhor é um estímulo à santidade. Novamente, a psicologia não diria que temor estimula alguém. Quando o crente conhece a Deus e o Seu poder, ele O teme, mas sabe que está protegido debaixo desse Deus que estreme os montes e desbarata os homens (v.5-6).

 

7.A perseguição é um estímulo a buscar a segurança que há no Senhor. A falsidade pode nos prejudicar, precisamos da proteção de Deus. Ele nos protege, mas precisamos passar por calúnias e perseguições para nos estimularmos a buscá-Lo. A proteção de Deus, portanto, é um estímulo à luta, à confiança no Senhor, à dependência em Deus, à santidade e a buscar a Pessoa de Deus. Tudo isto produz ação de graças (v.7-8).

 

8.Não apenas a proteção de Deus é um estímulo à ação de graças, mas as bênçãos recebidas. As bênçãos de Deus, Sua proteção e salvação produzem em nossos corações e lábios hinos e cânticos espirituais. Deus tem muitas formas de nos abençoar. Primeiramente com a salvação, pois este é o começo de todas as bênçãos, é uma fonte aberta para nos encher de riquezas espirituais (v.9-11).

 

9.O salmista é estimulado a louvar a Deus pelos filhos. Assim como alguém que acompanha o crescimento de uma planta e se alegra, os pais muito se alegram com o crescimento físico e espiritual dos seus filhos. É um estímulo à fé e à gratidão. As filhas bonitas são bênção do Senhor. As pedras angulares do palácio eram reconhecidamente bonitas e bem trabalhadas. A palavra hebraica para filhos é “bem” e vem da raiz “banah” que significa “construção”. Os nossos filhos são nossas construções. Numa construção estamos sempre atentos para o progresso, para os materiais e para os construtores. Da mesma forma queremos acompanhar os nossos filhos no seu progresso intelectual, emocional e espiritual, conhecer os seus amigos e saber como estão encarando a vida. A construção não é um fim em si mesmo, mas serve para abençoar pessoas e se destacar na vizinhança. Queremos que os nossos filhos se destaquem, mas também que sejam bênção para os outros (v.12).

 

10.Outro estímulo dado por Deus aos Seus filhos para que O glorifiquem são as dispensas cheias. Os povos clamam aos seus deuses para que eles encham suas dispensas através de uma boa colheita. O povo de Israel seria grandemente abençoado se andasse nos caminhos do Senhor. Hoje, Deus nos estimula com dificuldades. Até diminui nossa dispensa para que o busquemos, mas ainda hoje Deus estimula dando-nos suas bênçãos através de bens e alimentos. Mas devemos nos lembrar de agradecer. O nosso deus não é o ventre, mas o único Deus verdadeiro, Invisível e Eterno, por isso O adoramos em “espírito” (v.13).

 

11.Deus estimula os Seus filhos através da força dos bois. O que adiantaria ter bois, mas estes não serem fortes para o trabalho. Deus nos dá trabalho e forças para realizá-lo. Deus também dá segurança. Nos dias atuais, com tanta violência, precisamos nos estimular a buscar o Senhor (v.14).

 

12.Só um povo foi escolhido por Deus para ser o portador da mensagem divina, o povo de Israel. Deus não desistiu desse povo. A Igreja não substituiu este povo, mas a Igreja também é o povo eleito por Deus para anunciar as virtudes do Senhor Jesus. As bênçãos de Deus são para nos estimular à ação de graças. As dificuldades com a proteção de Deus também têm a mesma finalidade. O crente vive para o louvor da glória de Deus. O crente não deve fazer das bênçãos e dos livramentos de Deus um fim em si mesmo, pois fazendo isto adorará as bênçãos de Deus e não o próprio Deus, o único digno de nossa adoração (v.15, 1 Pe 2.9).

 

Salmo 144: Os estímulos dados por Deus para a ação de graças

1.Sua proteção (v.1-8)

2.Suas bênçãos (v.9-15)

 

Salmo 145: A unidade em torno da Pessoa de Deus

1.Davi escreveu este salmo em ordem alfabética. Cada versículo, ou seja, cada parágrafo começa com uma letra diferente, com exceção de uma letra, a letra “Nun”. Neste salmo lemos sobre a grandiosidade das obras de Deus, bem como o cuidado que Ele tem para com todos. Portanto, as obras de Deus se unem numa só para formar a sua grandeza e todos os filhos de Deus se unem para formar um só grupo de adoradores. A unidade não pode ser criada por homens, pois a verdadeira unidade vem de Deus.

 

2.O louvor a Deus por causa de Suas obras começa por todos aqueles que reconhecem que a Sua mão é que dirige as situações do dia a dia. A grandeza do Senhor e Sua dignidade é vista em Suas obras, as quais não podemos sondar e entender completamente. Todas as obras de Deus se unem numa só virtude que é a grandeza de Deus. Todas as gerações juntarão todas as obras de Deus e terão o mesmo motivo de louvor. As proezas de Deus em tempos em tempos são despejadas sobre diferentes pessoas e diferentes épocas, mas todas as obras têm algo em comum, que é a mão de Deus. Portanto, as obras de Deus estão unidas numa só. O louvor que um crente faz hoje pelas obras maravilhosas de Deus é o mesmo louvor feito por Davi há três mil anos atrás. As obras de Deus se unem em torno de Sua própria Pessoa e para Ele vai todo o louvor. Em todos os tempos crentes falarão das obras de Deus e de Sua grandeza (v.1-6).

 

3.Dentre as obras de Deus o salmista menciona duas, as quais são a Sua grandeza e a Sua justiça. A justiça e a grandeza também estão unidas, pois Deus é grande sendo justo. Muitos grandes para chegarem ao topo só conseguiram através da injustiça. As obras de Deus carregam um lado que parece frágil para nós, mas o próprio Deus nos mostra que são virtudes que se unem em torno da Sua Pessoa. Deus é piedoso e benigno. Ele também é sofredor e misericordioso. Deus sofre, pois espera o nosso arrependimento quando pecamos. O Espírito Santo geme dentro do crente. Pacientemente Deus nos espera para confessarmos os nossos pecados. Todas as obras de Deus se unem em todos os homens, pois não há ser humano que não tenha experimentado um pouco das obras maravilhosas de Deus. Tanto os crentes como os incrédulos recebem as obras de Deus acompanhadas de Suas misericórdias. Através das obras de Deus vemos a unidade em torno de Sua Pessoa. Todas as obras de Deus convergem para o mesmo ponto, que é a Sua Pessoa maravilhosa. As obras das mãos de Deus são testemunho de Sua Pessoa (v.7-9).

 

4.Há uma ênfase exagerada e, pior de tudo, errônea sobre a união das pessoas com suas várias crenças. Pessoas estão lutando para que seja possível vários credos louvarem a Deus juntos. Isto é chamado Ecumenismo que vem da palavra grega “oikomenes” (habitantes de toda a terra). Infelizmente isto é uma prática aceitável para muitas igrejas, onde se diz pregar a Palavra de Deus. Todos os que são de Deus se unirão em torno de Sua Pessoa, mas não significa que todos são de Deus, pois os movimentos de união das religiões não buscam um só Deus verdadeiro, mas cada um com seus deuses e ídolos querem juntar-se com outras crenças para serem abençoados por suas divindades preferidas (v.10).

 

5.Todos os que conhecem a Deus se unirão no Seu reino e exaltarão as suas obras. As obras de Deus têm como objetivo unir todos os Seus filhos diante de Sua Pessoa. No reino de Cristo Jesus na terra, todos os povos se unirão numa só adoração. Todos os que confiam no Senhor caem, mas são levantados pelo próprio Senhor. Estamos unidos até nisso, ou seja, mesmo pecadores podemos louvar a Deus. Dependemos de Deus para o nosso sustento, é para Ele que olhamos quando estamos em necessidade. Juntos, os filhos de Deus se voltam para o Senhor. Note a palavra “todos” se repetindo. Todos devem ser atraídos para a Pessoa de Deus (v.11-16).

 

“Também é grande em sua provisão. Todas as criaturas olham para ele em atitude de dependência e expectativa. Ele fornece o alimento conforme necessário, coordenando de modo maravilhoso sua produção, preparo e distribuição.”[47]

 

6.As obras todas e todos os caminhos de Deus são santos, mas somente reconhecem os filhos Dele. Todos os que invocam ao Senhor são unidos, mas os que invocam outros deuses estão separados dessa comunhão. Esse louvor sairá da boca de todos os filhos de Deus diretamente para Deus. Neste salmo a unidade das obras de Deus e a unidade dos filhos de Deus são uma realidade e podem ser vistas nas vezes que aparecem as expressões “todas e todos”, as quais totalizam quinze vezes. Todas as coisas devem convergir para Aquele que é o Criador e também para Aquele que é o Salvador (v.17-20).

 

Salmo 145: A unidade em torno da Pessoa de Deus

1.A unidade das obras de Deus (v.1-9)

2.A unidade dos filhos de Deus (v.10-21)

 

Salmo 146: As angústias de quem não louva a Deus

Mais um salmo do grupo de Corá e mais um salmo com este importante tema e exortação, o de não confiarmos em pessoas importantes. Nosso louvor só pode ser eficiente quando é para Deus e não para homens. Confiar no Senhor é o grande desafio de cada crente. Nossa tendência é confiar nas promessas humanas, pois, aparentemente, são mais rápidas do que as promessas divinas. O homem não pode manter suas palavras, simplesmente pelo fato de ser mortal. Quando ele morre, todas as promessas vão junto com ele. Além disso, o homem é fraco de caráter. Ele não pode manter sua palavra porque não tem constância para isso. O homem também é deficiente nas suas promessas por falta de recursos para mantê-las. Um dia, o homem é próspero, mas no outro dia pode perder tudo. Os órfãos, viúvas e oprimidos precisam confiar somente em Deus (v.1-10).

 

“O louvor congregacional é a adoração total que procede do coração individual. Longe de ser um observador da adoração que os outros apresentam, o poeta está decidido a compartilhar pessoalmente do louvor. Tal é a apreciação do salmista por Deus que a sua reação adequada é o louvor por toda a vida.”[48]

 

Salmo 146: As angústias de quem não louva a Deus

1.Quem não louva a Deus confia nos homens e em si mesmo, achando que jamais morrerá (v.1-4)

2.Quem não louva a Deus confia na justiça do reino deste mundo e se esquece do criador (v.5-10)

 

 

Salmo 147: Os domínios de Deus

 

“O derramamento da gratidão, como neste salmo, sempre tem sido parte vital do culto de Israel. Este é verdadeiramente um hino de louvor do começo ao fim sem uma palavra de queixa ou simples pedido que seja.”[49]

 

1.Deus domina sobre tudo. Não há nada que Ele não possa sujeitar. Até o próprio Satanás, o grande inimigo de Deus, apenas cumpre um período de aparente liberdade por causa dos propósitos do próprio Deus. O domínio de Deus abrange os céus e a terra, as coisas visíveis e invisíveis, os homens e os animais.

 

2.É bom louvar a Deus e cantar, pois Ele tem domínio sobre aqueles dispersos de Israel que voltaram da Babilônia, bem feridos emocionalmente, mas cheios de esperança no Deus da nação. Deus tem o poder de sarar as feridas dos quebrantados. Ele tem domínio sobre os feridos. Quando ninguém mais vê a nossa dor, Ele vê e cuida (v.1-3).

 

3.Os astrônomos identificam 88 constelações. Apenas na nossa galáxia (Via-Láctea) existem 100 bilhões de estrelas. Os astrônomos identificam 10 milhões de outras galáxias. Portanto, há bilhões e bilhões de estrelas. É muito provável que esses números nem cheguem perto da verdade, mas a Bíblia diz que Deus conta o número das estrelas e ainda as chama pelo nome. Os astrônomos deram nome para as estrelas mais brilhantes, as que se destacam mais e para algumas constelações. O entendimento de Deus é infinito, pois Ele tem domínio sobre o firmamento, o qual para Ele tem extremidades, enquanto para os cientistas é infinito. Apesar do firmamento ser tão alto e o homem tão baixo, Deus eleva os humildes acima das estrelas, a sua própria presença. Há motivos para cantarmos ao Senhor. Como Ele tem domínio sobre o firmamento, Ele domina também as chuvas e controla a viagem das nuvens pela terra a fim de regá-la (v.4-8).

 

4.O mundo animal é indomável para o homem, mas Deus tem todo o domínio sobre cada criatura da terra, do ar e do mar e debaixo da terra. Deus sustentou os animais com ervas até vir o pecado sobre a humanidade e sobre o reino animal. Depois, com o governo humano depois do dilúvio, Deus permitiu a lei da sobrevivência entre os animais. E assim os animais se alimentam, hoje. Isto será assim até a redenção da criação que no momento geme (Rm 8.19-22). Deus domina sobre os animais e sobre os homens, por isso, a força deles nada é diante do poder majestoso de Deus (v.9-10).

 

5.Pelo fato de Deus ter o domínio absoluto sobre toda a criação, devemos esperar por Sua misericórdia. Assim como Israel, a Igreja deve o louvor ao Deus dominador. Deus protege a cidade de Jerusalém, que é a cidade de Seus filhos. Jerusalém e os seus termos estão sob o domínio do Deus de Israel. Além de proteção, Deus dá alimento para a nação. Da mesma forma a Igreja está sob o domínio de Jesus Cristo e o maligno não pode avançar os seus termos. Além da proteção, o Senhor Jesus Cristo alimenta a Sua Igreja. Outro termo que está sob o domínio de Deus é toda a terra. Ele enviar a Sua Palavra por toda a terra e ninguém pode impedir. A Palavra de Deus e o evangelho correm velozmente (v.11-15).

 

6.Se existe algo engraçado no jornalismo é a previsão do tempo. Apesar de toda a tecnologia o homem não tem domínio sobre a informação do que, de fato, acontecerá com o tempo. Em 2002 houve racionamento de energia elétrica, pois as represas de algumas regiões da região Sudeste do Brasil estavam com baixo nível de água. Falava-se que não se espera chuvas satisfatórias até determinada época. Que engano! Como choveu e como as represas se encheram! Deus tem o domínio sobre a climatologia. Deus pode espalhar a neve e a geada em abundância e deixar tudo branquinho. Deus pode fazer com que icebergs se derretam e que montanhas de gelo causem avalanches. E quanto ao frio, quem pode resistir? Algumas regiões atingem a marca absurda de 70o graus centígrados abaixo de zero! Deus domina toda a climatologia. O domínio de Deus está também sobre a nação exclusiva, Israel. A Igreja é propriedade exclusiva de Deus. Portanto, Deus tem domínio sobre nós. Não temos direito sobre nós mesmos, mas vivemos para agradar Aquele que domina sobre todas as coisas (v.16-20).

 

Salmo 147: Os domínios de Deus

1.Sobre os feridos (v.1-3)

2.Sobre o firmamento (v.4-8)

3.Sobre os animais (v.9-10)

4.Sobre os termos de Seus filhos (v.11-15)

5.Sobre a climatologia (v.16-20)

 

Salmo 148: As testemunhas da glória de Deus

1.John Gill oferece uma sugestão que este Salmo tenha sido escrito pelo mesmo autor do Salmo 147 em tempos de paz.[50] Sugere que seja o rei Davi, quando em descanso de seus inimigos que foram muitos. Vemos o seu clamor em muitos salmos, mas agora um coro de aleluias tanto no céu como na terra. Estes corais de aleluias são testemunhas da glória de Deus. Tanto os seres espirituais, como os anjos, os seres humanos e, até os seres inanimados revelam a glória de Deus, a perfeição da criação. Se não houvesse um homem sequer ou anjo, ainda assim a criação de Deus testemunha de Sua glória. Mas é necessário que pessoas contemplem a glória de Deus, senão para quem seriam testemunhas? A criação de Deus, anjos, homens e natureza testemunham a Sua glória.

 

2.O homem não está nas alturas e, portanto, não pode louvar do alto, a não ser os crentes que dormiram no Senhor e já estão com Ele. Estes podem adorar do alto dos céus. Além deles, os anjos e os seres viventes de Apocalipse (v.1).

 

3.Os anjos foram criados para adorar a Deus, para amar a Deus e para servir a Deus. Os anjos que seguiram Lúcifer não podem mais louvar a Deus, mas os que permaneceram obedientes podem e nunca se desviarão. Foram confirmados por Ele. Os anjos continuam inumeráveis. Eles não se multiplicam e nem morrem (v.2).

 

4.O Sol, A Lua e as estrelas não são pessoas, contudo, mostram a glória de Deus. Todos os que podem ver esses elementos e sentir o calor do Sol estão recebendo um testemunho da glória de Deus, por isso, são testemunhas de Sua glória e poder como diz o Salmo 19 (v.3).

 

5.Há três céus. O primeiro é visível para nós, pois vemos os elementos já mencionados. No segundo céu fica a habitação das potestades do ar, Satanás e os demônios. Este lugar é invisível para nós e um dia todos, inclusive os demônios se prostrarão diante de Deus conforme Filipenses 2.10. O terceiro céu é a habitação de Deus. Lá os anjos, os crentes de todas as épocas O louvam (v.4).

6.As águas que estão acima do firmamento ou sobre os céus um dia foram bolsões de água que Deus fez e os reservou para o Dilúvio conforme Gênesis 1.7. Essas comportas foram abertas inundando a terra no Dilúvio, portanto, já não existem hoje. Essas águas, hoje, simplesmente são as nuvens carregadas de chuvas (v.4).

 

7.Toda a Criação surgiu com a ordem clara de Deus. A natureza exalta a glória de Deus e se torna a nossa testemunha de que existe um Criador que nos ama, pois tudo o que Ele fez é agradável aos nossos olhos e fazem bem para a nossa existência (v.5).

 

8.Deus colocou limites na Sua criação e a natureza não ultrapassa a ordem de Deus. Os anjos que seguiram Lúcifer desobedeceram a Deus e, por isso, foram expulsos do céu. O seu limite são as regiões celestiais e a terra e, até mesmo o céu, com a permissão de Deus, porém, um dia, estarão encerrados por toda a eternidade no Lago de Fogo. Os anjos bons não ultrapassarão o limite da santidade e, portanto, nunca mais haverá uma rebelião no céu. A natureza foi criada perfeita, mas o pecado fez com que o mundo entrasse em desordem. Há uma certa ordem na criação de Deus, mas com a entrada e presença do pecado no mundo, a natureza geme pela redenção dos crentes conforme Romanos 8.20-23 (v.6).

9.No céu há testemunhas da glória de Deus, os anjos e os crentes que já estão com o Senhor. No espaço sideral há testemunhas da glória de Deus, o Sol, a Lua, as estrelas e planetas.

 

“O decreto divino estabeleceu a natureza inanimada (vss. 3-5), pelo que Ele tem domínio sobre essas coisas, e elas, personificadas, Lhe devem louvores. Não vale a pena ser adorado, pois o adorador é somente um servo de Yahweh, como o são os homens ou os anjos. A criação é imperecivelmente fiel a Deus, e assim deveriam ser todos os seres vivos. Esse decreto não pode ser ultrapassado, pois ‘ele estabeleceu uma lei que não pode passar’ (William R. Taylor, in loc.). Alguns estudiosos fazem o decreto retroceder até o vs. 5, na declaração incluindo os anjos e os céus. Cf. Jer. 31.35,36 e 33.25. Ver também Isa. 14.27; 25.1 e 41.10.”[51]

 

10.Os chamados monstros marinhos são os grandes peixes. Como exemplar mais conhecido está a baleia. O abismo é o mar, misterioso e profundo. Todos os seres que conhecemos, hoje, através das pesquisas submarinas são testemunhas da glória de Deus. Seria tão bom que os cientistas também reconhecessem a glória de Deus, visto que eles conhecem muito mais do que nós das maravilhas do criador (v.7).

 

11.Todos os fenômenos da natureza obedecem não simplesmente a uma ordem natural, mas obedecem à própria voz de Deus, o Criador. O fogo e a saraiva devastadores, o vapor que se transformará em chuva e os ventos abundantes que assustam, todos esses fenômenos são obedientes à ordem de Deus. São testemunhas de que Alguém os controla (v.8).

 

12.Os montes e outeiros com sua altura, as árvores com seus frutos e os cedros majestosos são exemplos da bondade e poder de Deus (v.9).

 

13.As feras são imponentes, os gados são serviçais, os répteis são assustadores e os voláteis são graciosos por causa de seu voo. Todos exaltam um Deus criativo e soberano (v.10).

 

14.A natureza, os fenômenos da natureza e os animais louvam a Deus e são testemunhas de Sua glória. O homem é relutante em glorificar a Deus voluntariamente, mas ainda assim o homem é testemunha de que existe um Deus inteligente e governador. Todos são convidados a louvar a Deus (v.11).

 

15.A força dos rapazes e a beleza e delicadeza das moças testemunham o amor e poder de Deus. Os velhos e as crianças nos mostram o cuidado de Deus para com as pessoas de todas as épocas (v.12).

 

16.Não há ninguém como Deus. A natureza obediente, apesar de inanimada obedece a Deus e serve como testemunha para nós. O homem deve ser obediente e reconhecer a Sua glória. Nós os crentes somos duas vezes mais testemunhas da glória de Deus. Uma porque somos criaturas de Deus e outra porque somos resgatados pelo Senhor Jesus Cristo. No céu e na terra há testemunhas da glória de Deus. Ninguém pode ocultar a Sua glória. O homem que se desvia dessa verdade acabará adorando a criatura em lugar do Criador. Louvemos ao Senhor Criador (v.13-14).

 

Salmo 148: As testemunhas da glória de Deus

1.As testemunhas da glória de Deus no céu (v.1-6)

2.As testemunhas da glória de Deus na terra (v.7-14)

 

Salmo 149: As satisfações do povo de Deus

1.O povo de Deus é chamado para glorificá-Lo. Aquilo que o agrada deve nos agradar também. Ele quer ver um povo contento e satisfeito quando O louva. O louvor a Deus implica em aceitarmos o Seu plano eterno. No momento somos incentivados a expressarmos o nosso louvor a Deus, porém, enquanto estamos neste mundo temos conflitos de sentimentos. Damos tanta ênfase em sermos mansos e não vingativos, e isto está correto, mas nunca podemos nos esquecer que debaixo da mão julgadora de Deus há perfeição e louvor e é esta a mensagem deste salmo. Temos de nos satisfazer plenamente na execução do plano de Deus. Ele dá oportunidade para os povos, mas um dia julgará aqueles que não se submetem a Ele.

 

2.Talvez este salmo tenha sido escrito depois do retorno do povo do cativeiro da Babilônia. Os caldeus já tinham sido julgados neste mundo e o povo de Judá exaltava a Deus por Seu juízo. O que agrada a Deus deve nos agradar também. Agrada a Deus que os seus filhos cantem louvores e que desejem a Sua justiça. Estas deveriam ser as satisfações do povo de Deus.

 

3.Aleluia está em todas as línguas, pois foi transliterado do hebraico. Significa “louvai ao Senhor”. Sempre temos um cântico novo, não no repertório de músicas, mas no motivo de louvor. As misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã. Portanto, mesmo que cantarmos as mesmas músicas o nosso louvor é novo, pois Deus nos renova. O crente não pode esquecer que embora possa louvar a Deus particularmente, não deve abandonar a congregação, pois somos unidos pelo mesmo sangue redentor. Isto deve nos satisfazer (Hb 10.25). É impossível louvar a Deus se não crermos que Ele é o nosso Criador. As falsas teorias, falsamente chamadas ciência, devem ser rejeitadas. Deus é o Criador e em Cristo está toda a Plenitude. Ele reinará e seremos para sempre os Seus súditos. Isto nos satisfaz (v.1-2).

 

4.Os instrumentos musicais são para o louvor de Deus. Ele dá inteligência para as pessoas apreenderem tocar para louvar a Deus. Os instrumentos são um meio para embelezar a música para Deus e não o fim em si mesmo. Os salmos são os cânticos em louvor a Deus. O povo mantinha os salmos e cantavam repetidamente. As velhas e boas músicas não podem nos enfadar, mas nos satisfazer. Deus ouve todos os louvores com prazer. Os adufes eram pequenos instrumentos de percussão (tophe em hebraico). A palavra “machowl” significa “dança” e não flauta. O povo de Israel adorava a Deus com gestos tão comuns em sua cultura. Não havia separação entre alegria e danças. Em nossa sociedade a dança é algo específico associado a eventos, shows e bailes. Não é natural para o povo de Deus na igreja, por isso, não reflete algo comum. Se começarmos a praticar a dança porque está na Bíblia, devíamos usar túnicas, barba, ósculo, véu e ramos, por exemplo (v.3).

 

5.Deus se satisfaz em nós e nós devemos nos satisfazer em louvar a Deus. Talvez estejamos atrasados no louvor a Deus. Muitos não se congregam com os crentes e podemos concluir que não estão cantando e louvando a Deus no dia a dia. Nós temos a glória do Pai por causa de Jesus Cristo. Fomos revestidos de sua justiça e glória. Se o louvor não habitar a vida do crente é porque ele está em pecado. Nem o sofrimento é motivo para não exaltarmos ao Senhor. Aliás, o sofrimento enriquece o louvor a Deus. O crente adora a Deus em seu leito. Quando se deita para dormir. Quando acorda e até na doença e morte. A satisfação do crente deve estar em louvá-Lo (v.4-5).

6.Enquanto muitos concordariam facilmente com a primeira satisfação, muitos discordariam em se satisfazerem com a execução da justiça e vingança de Deus. Nas mãos de Deus, não em nossas mãos, está a espada afiada de dois lados. O mundo não ficará com está para sempre. Tudo será julgado. A vingança pertence somente a Deus. Temos de deixar em Suas mãos o acerto de contas de tudo aquilo que acontece no mundo. Tanto as injustiças contra nós como aquelas contra os nossos semelhantes. As injustiças em nível mundial, também, pertencem a Deus. Os governos deveriam julgar antes de Deus, mas se isto não acontecer de modo justo, Ele consertará tudo no tempo Dele (v.6-7).

 

“Pode-se observar uma mudança abrupta no meio do versículo 6. Desse ponto em diante, Israel exerce o papel de juiz. Pode se tratar de uma referência à destruição de seus inimigos na volta do Messias. O julgamento será executado pelo Senhor, mas a nação participará de modo figurado. Contudo, a meu ver, trata-se de uma referência ao papel de cabeça das nações no milênio. Nesse período, o Senhor Jesus reinará com cetro de ferro (Ap 2:27).”[52]

 

7.Os caldeus exerceram o juízo de Deus sobre Judá, ou seja, foram usados por Deus para aplicarem a disciplina que precisavam. Porém, chegou a vez de Deus exercer o juízo sobre a Babilônia. O povo de Deus deve exaltar o nome do Senhor porque Ele levanta reinos e os derruba, não por capricho, mas sempre que levanta é para cumprir um propósito e quando destrói é para o castigo por causa dos maus caminhos das nações (v.8).

 

8.O versículo 9 precisa ser bem observado, principalmente, por aqueles que acham que a paz mundial deve ser alcançada por todos os meios. Deus nunca abriu mão da justiça para dar paz aos povos. O Seu reino será estabelecido, mas antes virá o julgamento das nações. Isto está escrito e esta sentença é honra para os crentes, pois comprova a justiça de Deus. Em outras palavras, não seremos mentirosos quando as nações virem o juízo de Deus, pois é isto que pregamos. De outra maneira, ninguém precisaria se arrepender de nada (v.9).

 

9.Desejar a justiça de Deus satisfaz aos crentes, pois é a demonstração do poder de Deus e de Sua Palavra que não mente. As satisfações do povo de Deus são ver a manifestação de Sua glória entre nós. Ele é o Criador e deve ser louvado. Ele é o vingador e por essa razão, também, deve ser exaltado. A mim pertence a vingança diz o Senhor. O crente não deve nunca se satisfazer na vingança pessoal, feita com as próprias mãos.

 

Salmo 149: As satisfações do povo de Deus

1.Cantar louvores a Deus (v.1-5)

2.Desejar a justiça de Deus (v.6-9)

 

Salmo 150: As abordagens do louvor a Deus

 

“Ao ler e estudar os salmos, nos deparamos com alegrias e tristezas, com lágrimas e tribulações, com dores e prazeres, mas o Livro de Salmos termina com o mais excelso louvor! Assim como o Livro de Apocalipse, que encerra o Novo Testamento, este último salmo diz ao povo de Deus: ‘não se preocupem - é assim que a história vai terminar. Estaremos todos louvando ao Senhor!’ O verbo ‘louvar’ é usado treze vezes neste salmo, e em dez dessas ocasiões é de caráter imperativo: ‘Louvai’. Cada um dos quatro Livros anteriores de Salmos termina com uma bênção (41:13; 72:18, 19; 89:52; 106:48), mas este último Livro termina com um salmo inteiro dedicado ao louvor. Seguindo a mesma linha do Salmo 149, ele apresenta um resumo dos elementos essenciais da verdadeira adoração.”[53]

 

1.Este Salmo é muito apropriado para ser o último salmo, pois é a conclusão da principal ênfase dos 150 salmos, o louvor a Deus e a alegria da música. A expressão “louvai” se repete por doze vezes, talvez sugerindo que o louvor deve estar entre as doze tribos de Israel. Os levitas eram responsáveis pelos instrumentos de música, mas não só eles devem louvar ao Senhor, mas todos, e não apenas judeus, mas também os gentios. Nós vamos estudar as abordagens do louvor a Deus. Abordar é chegar até a borda de uma embarcação. Não entendemos tudo sobre o louvor, mas podemos abordar, chegar até a beira do assunto.

 

2.”Aleluia” significa “louvor” (Halel) e “Ia” significa Jeová. O crente pode louvar a Deus em qualquer lugar, mas Deus reservou o Templo de Israel como o lugar especial de adoração, assim como o céu é o lugar mais especial de sua habitação e louvor. O céu é referido aqui como o firmamento do Seu poder (v.1).

 

3.As obras do Senhor são o motivo do nosso louvor. Desde a Criação até hoje, Deus opera maravilhas neste mundo e em nossas vidas. Nunca conseguiremos louvar a Deus conforme a grandeza Dele, pois o nosso louvor é muito imperfeito diante de Sua perfeição; é muito pequeno diante de Sua grandiosidade. O louvor não é um show realizado em qualquer lugar e por qualquer motivo, mas a fonte é Deus e o alvo é o próprio Deus (v.2).

 

3.As expressões de louvor são: vozes, instrumentos e danças. As músicas em louvor a Deus devem se sujeitar exclusivamente ao louvor a Ele. As expressões de alegria com gestos eram comum entre o povo de Deus. Hoje, dificilmente conseguiríamos dançar sem associar a dança com sensualidade. Os instrumentos mencionados no v.3 são os de sopro e os de corda. O saltério são os louvores cantados (v.3).

 

4.Os adufes são instrumentos de sopro da família da flauta. O órgão, evidentemente, não é o instrumento que conhecemos com esse nome, pois foi inventado muito depois disso. O címbalo é o “tselatsal” ou literalmente “zumbido de locusta”. Hoje se conhece o címbalo como um instrumento que se toca com pequenas hastes batendo em laminas alinhadas de diversos tamanhos que se produzem sons distintos uns dos outros. É maravilhoso que vários instrumentos produzam sons agradáveis para o louvor de Deus. Uma orquestra para o louvor de Deus. Alguns acham que à medida que os instrumentos eram mencionados eram tocados formando uma orquestração final (v.4-5).

 

5.Os que respiram devem louvar ao Senhor. Estão incluídos os animais, porém, eles não podem louvar a Deus com entendimento. A sua própria existência já serve de louvor ao Senhor. Somente o homem pode louvar a Deus com entendimento e, ainda assim, somente os salvos. Portanto, a exigência para o louvor a Deus não é a afinação musical, mas a existência. A música profissional exige qualificação. O louvor a Deus exige uma qualificação maior, um coração reto. Só resta dizer: Louve ao Senhor! (v.6).

 

Salmo 150: As abordagens do louvor a Deus

1.O louvor a Deus é prestado em um lugar e com um motivo (v.1-2)

2.O louvor a Deus é prestado com música (v.2-5)

3.O louvor a Deus é prestado por todos os seres (v.6)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2003

 

Esboços para cada assunto do Livro dos Salmos

Instrução

Penitência

Aspiração

Romagem

1,14 (53 é o mesmo),15,19,37, 39,50,82,145

6,32,38,51,77,102,143

42,63,80,84

120-134

Messiânico

Louvor

Confiança

Sabedoria

2,8,16,22-24, 34,35,40,41,45,68,

69,72,78,89,97,102,

109,110,118

21,29,33,47,66,87,

93,95-98,100,

146-150

3,11,17,18,20,23,

27,31,43,46,48,

56,62,76,86,91,

144

49,73,81,101,112,

119,139

 

História

Gratidão

Lamento

Imprecatório

99,104-106,108,135

30,65,67,75,92,103,

107,111,113-117,138

3-5,12-13,25-28,

38,44,54,57,

60-61,64,

70-71,74,83,85, 88,90,140-142 

7,9-10,52,55,

58-59,79,94,137

 

A voz da instrução (Salmos de Instrução)

1.A voz de Deus nos instrui a nos separarmos dos perversos (1.1)

2.A voz de Deus nos instrui a buscarmos prazer em Sua Palavra (1.2)

3.A voz de Deus nos instrui a observarmos os ateus e sua conduta (14.1-2)

4.A voz de Deus nos instrui a sermos santos na prática (15.1-5)

5.A voz de Deus nos instrui a admirarmos Sua Criação (19.1-6)

6.A voz de Deus nos instrui a exaltarmos a Sua Palavra (19.7-14)

7.A voz de Deus nos instruiu a não nos indignarmos, mas a esperamos Nele (37.1-8,34)

8.A voz de Deus nos instrui a reconhecermos nossa limitação (39.4-7)

9.A voz de Deus nos instrui a valorizarmos a obediência mais do que a religiosidade (50.7-23)

10.A voz de Deus nos instrui a julgarmos bem se estamos em posição de julgar (82.1-8)

11.A voz de Deus nos instrui a conhecermos o caráter Dele (145.17-21)

 

A fronteira entre a penitência e o autossofrimento

(Salmos de Penitência)

1.A penitência é um clamor por aquele que pode ajudar (6.3)

2.A penitência é um choro constante diante de Deus (6.5)

3.A penitência é uma confissão de pecados a Deus (32.5)

4.A penitência é uma oração na angústia (32.6)

5.A penitência é o peso de Deus e não auto infligido (38.2-3)

6.A penitência é um desejo de cura (51.2,7-8)

7.A penitência é um reconhecimento do próprio pecado (51.3-5)

8.A penitência é um desejo de sentir alegria e não dor (51.12)

9.A penitência não é autossacrifício (51.16-17)

10.A penitência não dá descanso (77.3-4,6-7)

11.A penitência não é agradável, mas é necessária (102.3-7)

12.A penitência não é autoflagelo (102.9-10)

13.A penitência é o limite da contrição (143.3-5,7)

14.A penitência é cheia de esperança (143.11)

 

A aspiração do crente (Salmos de Aspiração)

1.O crente deseja estar na presença de Deus (42.1-2)

2.O crente sofre desejando intimidade com Deus (42.3-7,11)

3.O crente se sente árido (seco) sem Deus (63.1)

4.O crente deseja o amor de Deus mais do que a vida (63.3)

5.O crente deseja a Deus como sua necessidade básica (63.5-6)

6.O crente sente a distância de Deus (80.14-15,18)

7.O crente deseja estar na casa de Deus (84.1-12)

 

A mistura de temas na peregrinação do crente

(Salmos de Romagem ou Cânticos dos Degraus)

1.Mentira (120.2-3)

2.Paz (120.6-7)

3.Socorro (121.1-8)

4.Casa de Deus e comunhão (122.1,8-9)

5.Compaixão e misericórdia (123.2-3)

6.Livramento (124.1-8)

7.Segurança (125.1-5)

8.Alegria (126.1-6)

9.Família (127.1-5, 128.1-4)

10.Justiça (129.1-8)

11.Perdão (130.1-4,7-8)

12.Humildade e arrogância (131.1-3)

13.Arca da aliança (132.3-8)

14.União entre os crentes (133.1-3)

15.Louvor (134.1-3)

 

 

Jesus nos Salmos (Salmos Messiânicos)[54] [55]

1.Ele é o Filho de Deus, o Messias (2.7, Mt 3.17)

2.Ele colocará tudo debaixo de Seus pés (8.6, Hb 2.8)

3.Ele ressuscitará (16.10, Mc 16.6-7)

4.Ele será abandonado pelo Pai (22.1, Mt 27.46)

5.Ele será zombado e insultado (22.7-8, Lc 23.35)

6.Ele terá as mãos e pés perfurados (22.16, Jo 20.25,27)

7.Ele terá suas vestes sorteadas (22.18, Mt 27.35-36)

8.Ele ressuscitará e converterá a muitos (22.26-31, Mt 28)

9.Ele é o Bom Pastor (23.1, Jo 10.11)

10.Ele entrará glorioso em Jerusalém (24.7-10, Mt 21.9)

12.Ele não terá nenhum osso quebrado (34.20, Jo 19.32-33,36)

12.Ele será acusado por testemunhas iníquas (35.11, Mc 14.57)

13.Ele será odiado sem motivo (35.19, Jo 15.25)

14.Ele virá para fazer a vontade de Deus (40.7-8, Hb 10.7)

15.Ele será traído por um amigo (41.9, Lc 22.47)

16.Ele terá um trono eterno (45.6, Hb 1.8)

17.Ele se assentará à destra de Deus (68.18, Mc 16.19)

18.Ele será consumido pelo zelo da casa de Deus (69.9, Jo 2.17)

19.Ele receberá fel e vinagre para beber (69.21, Mt 27.34)

20.Ele terá um reino eterno (72.1-5, 17, Lc 1.32-33)

21.Ele terá um reino mundial (72.8-11, 19, Jo 1.5-9; At 13.47-48)

22.Ele julgará com justiça e equidade (72.2-4, Lc 4.17-19)

23.Ele falará em parábolas (78.2, Mt 13.34)

24.Ele é o Primogênito mais elevado dos reis da terra (89.27, Ap 1.5)

25.Ele será maltratado (102.5,8-11, Mt 27.42)

26.Ele orará a favor dos seus inimigos (109.4, Lc 23.34)

27.Ele terá um traidor entre seus discípulos (109.8, At 1.20)

28.Ele verá seus inimigos colocados debaixo dos seus pés (110.1, Mt 22.44)

29.Ele será um sacerdote semelhante a Melquisideque (110.4, Hb 5.6)

30.Ele será uma pedra angular (118.22, Mt 21.42)

31.Ele virá em nome do Senhor (118.26, Mt 21.9)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A expressão de louvor a Deus (Salmos de Louvor)

1.Expressamos a força do Senhor (21.1,13)

2.Expressamos a glória do Senhor (29.1-3,9)

3.Expressamos a Criação de Deus (33.6-9)

4.Expressamos o louvor através da música (47.1,5-7)

5.Expressamos os feitos do Senhor (66.3-9)

6.Expressamos a escolha que Ele fez por Jerusalém (87.1-7)

7.Expressamos o poder de Deus (93.1,4)

8.Expressamos a majestade do Senhor (95.1-4)

9.Expressamos a grandeza de Deus (96.1-5)

10.Expressamos a Unicidade de Deus (97.7,9)

11.Expressamos o Pastoreio do nosso Deus (100.3)

12.Expressamos o cuidado de Deus (146.7-9)

13.Expressamos as bênçãos do ciclo da natureza (147.8-10,14-18, 148.1-12)

14.Expressamos o domínio de Deus sobre os poderosos (149.6-9)

15.Expressamos o louvor com nosso fôlego (150.1-6)

 

Os sinais da confiança em Deus (Salmos de Confiança)

1.Mostramos confiança quando descansamos (3.5-6)

2.Mostramos confiança quando aceitamos as provações (11.5)

3.Mostramos confiança quando clamamos (17.1,6,8,13)

4.Mostramos confiança quando reconhecemos nossa fraqueza (18.6,17-18,27-29)

5.Mostramos confiança quando não confiamos em recursos humanos (20.7-9)

6.Mostramos confiança quando reconhecemos que somos ovelhas (23.1-6)

7.Mostramos confiança quando Deus se torna maior que o medo (27.1-5)

8.Mostramos confiança quando reconhecemos o nome de Deus (31.1-6,14)

9.Mostramos confiança quando nossa alegria é Deus (43.4-5)

10.Mostramos confiança quando ficamos quietos (46.1-3,10-11, 48.1-5)

11.Mostramos confiança quando nos lembramos que Deus não é mortal (56.3-4,11,13)

12.Mostramos confiança quando nossa dependência é unicamente Nele (62.1,5,7-8)

13.Mostramos confiança quando tememos a Deus (76.4-9)

14.Mostramos confiança quando aguardamos a resposta de Deus (86.1-7)

15.Mostramos confiança quando não nos preocupamos com a visão periférica (91.1-7)

16.Mostramos confiança quando vemos Deus como a Rocha (144.1-4)

 

A sabedoria de Deus vista em tudo (Salmos de Sabedoria)

1.Nas parábolas (49.1-4, da riqueza (v.10), das propriedades (v.11), dos animais (v.12,14,17,20)

2.Na prosperidade dos ímpios (73.1-5,16-17)

3.Na desobediência de Israel (81.8-16)

4.Na perfeição e pureza de Deus (101.2-4,6-8)

5.Na obediência aos mandamentos (112.1-10)

6.Na Palavra de Deus (119.9,11,33,42,50,64,67,71-72,89-90,96-97,99,105,160,165,169,176)

7.Na onipresença e onisciência de Deus (139.1-12)

8.Na onipotência de Deus (139.13-15)

9.Na presciência de Deus (139.16-18,23-24)

10.Na justiça de Deus (139.19-22)

 

 

 

A ação de Deus na fluência da História (Salmos da História)

1.Deus agiu nos ministérios de Moisés, Arão e Samuel (99.6)

2.Deus acompanhou o povo com a nuvem (99.7)

3.Deus organizou toda a Criação (104.1-34)

4.Deus manteve a aliança com os descendentes de Abraão (105.6-16)

5.Deus usou José para salvar Israel (105.17-24)

6.Deus levantou Moisés como libertador da nação (105.25-45)

7.Deus libertou o povo do Egito (135.8-9)

8.Deus destruiu as nações fronteiriças à Canaã (135.10-13)

 

Sugestão de temas para agradecer a Deus (Salmos de Gratidão)

1.Pela cura que Ele nos oferece (30.2)

2.Por Ele enxugar nossas lágrimas (30.5,11-12)

3.Por estarmos na casa Dele (65.4)

4.Pela chuva com que Ele rega a terra (65.9-10)

5.Pelo sustento diário que Ele nos dá (65.11-13, 67.6)

6.Pela justiça que Ele executa (75.1-2,7)

7.Pela alegria que Ele coloca em nosso coração (92.1-5)

8.Pelo vigor que Ele ainda dá na velhice (92.14-15)

9.Pelo perdão que Ele nos concede (103.1-3,10-12)

10.Pela renovação de forças que Ele nos dá (103.5)

11.Pelo cuidado que Ele tem pelos oprimidos (103.6)

12.Pelo livramento com que Ele nos socorre em várias tribulações (107.6,13)

13.Pela bondade com que Ele nos trata (107.8,15,31)

14.Pela redenção com que Ele nos comprou (111.9-10)

15.Pelo milagre que Ele opera em algumas mulheres (113.9)

16.Pela libertação que Ele providenciou ao povo de Israel (114.1-2,8)

17.Por Ele ter nos libertado da idolatria (115.1-9)

18.Pelas respostas de oração com que Ele nos favorece (116.1-6)

19.Pela grande misericórdia Dele por nós (117.1-2)

20.Por Ele exaltar os humildes (138.6-8)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em que o lamento ajuda o crente (Salmos de Lamento)

1.A reconhecer que Deus é quem nos dá descanso (3.1,5-6, 4.1,8)

2.A aprender a esperar em Deus (5.1-3)

3.A pensar nos oprimidos (12.1,5)

4.A aprender a orar de madrugada (13.1-3)

5.A valorizar o perdão de Deus (25.1,7,16-18)

6.A pensar profundamente em como andar diante do Senhor (26.1-6)

7.A buscar mais a intimidade com Deus (27.4-10,14)

8.A comparar o povo de Deus com os ímpios (28.1-3)

9.A levar a mais profunda dor a Deus (38.1,3-9,17-18,21-22)

10.A não se esquecer de Deus (44.9-26)

11.A valorizar a vida (54.1-4)

12.A se proteger em Deus nos grandes perigos (57.1,4,6)

13.A buscar o socorro de Deus (60.1,10-12)

14.A subir até a Rocha que é Deus (61.1-3,8)

15.A vencer a maledicência (64.1-3,8)

16.A consolar-se dos que fazem mal contra o crente (70.1-3,5)

17.A fortalecer-se na velhice e no abandono (71.1-2,9,11-12,17-18)

18.A acalmar-se nos tumultos (74.1,4,7-8,10-11,18,23)

19.A saber que Deus age (83.1,13-18)

20.A ser restaurado por Deus (85.1,4,6,13)

21.A encontrar uma saída para situações impossíveis (88.1-8,13-15)

22.A confessar pecados (90.7-13)

23.A se desviar dos perversos (140.1,4,8,12-13)

24.A evitar o pecado (141.1,3-5,8-10)

25.A fortalecer-se (142.1-3,6)

 

A indignação dos maltratados (Salmos de Imprecação ou imprecatórios)

1.Indignação por causa dos perseguidores (7.1,5-6)

2.Indignação por causa dos que afligem (9.12,17-20)

3.Indignação por causa dos arrogantes (10.1-4,15,17-18)

4.Indignação por causa dos poderosos (52.1-9)

5.Indignação por causa dos traidores (55.1-3,9,12-15,21-23)

6.Indignação por causa dos juízes corruptos (58.1-11)

7.Indignação por causa dos sanguinários (59.1-17)

8.Indignação por causa dos invasores caldeus (79.1-13)

9.Indignação por causa dos perversos (94.1-23)

10.Indignação por causa dos edomitas delatores (137.1-9)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2003

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Notas

 

1.     Introdução

 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wierse

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

2.Dr. Peter Pett's Commentary – Sl 1.3 - Commentary Series on the Bible - Copyright 2013 (extraído de e-sword versão 11.0.6 – 2016)

3.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 2 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

4.Dr. Peter Pett's Commentary – Sl 2.12 - Commentary Series on the Bible - Copyright 2013 (extraído de e-sword versão 11.0.6 – 2016)

5.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 3 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

6.The Pulpit Commentary, Sl 3 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

7.The Pulpit Commentary, Sl 4.3 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

8.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 5 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

9.Summarized Bible Complete Summary of the Bible, Sl 5.3 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

10.Summarized Bible Complete Summary of the Bible, Sl 6.6 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

11.Sermon Bible Commentary, Sl 7.8 - Edited by the Rev. W. Robertson Nicoll, Published in 1888-1893; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

12.Sermon Bible Commentary, Sl 8.3 - Edited by the Rev. W. Robertson Nicoll, Published in 1888-1893; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

13.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 9 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

14.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 9.14 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

15.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 9.16 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

16.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 10.11 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

17.John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible, Sl 11.6 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014

18.John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible, Sl 12.4 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014

19.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 13 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

20.David Guzik's Enduring Word Commentary – Sl 14.1 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

21.David Guzik's Enduring Word Commentary – Sl 15.1 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

22.Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Sl 16.4 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

23.Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Sl 17.15 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

24.Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Sl 18.29-50 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

25.Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Sl 19.1 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

26.Jamieson, Fausset and Brown Commentary – Sl 20 - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments - Rev. Robert Jamieson - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

27.Jamieson, Fausset and Brown Commentary – Sl 21.4-6 - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments - Rev. Robert Jamieson - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

28.Keil & Delitzsch – Sl 22.1 - Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament (Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) – extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016

29.Keil & Delitzsch – Sl 23.4 - Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament (Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) – extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016

30.Nova Enciclopédia Barsa digital 1999

31.Expositions of Holy Scripture: Psalms - Sl 24.7-10 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

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33.Through the Bible Day by Day – A Devotional Commentary by F. B. Meyer, B.A. – Sl 26.6-7 - Published in 1914; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

34.Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Sl 27  (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

35.Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Sl 28.6-7  (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

36.The Preacher's Complete Homiletical Commentary – Sl 29.10-11 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell - Published in 1892; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

37.The Preacher's Complete Homiletical Commentary – Sl 30.9 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell - Published in 1892; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

38.Albert Barnes' Notes on the Bible – Sl 31.10 - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

39.Albert Barnes' Notes on the Bible – Sl 32.5 - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

40.The Biblical Illustrator – Sl 33.12 - By Joseph S. Exell, M.A. - Published in 1900; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

41.The Biblical Illustrator – Sl 34.19 - By Joseph S. Exell, M.A. - Published in 1900; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

42.The Cambridge Bible for Schools and Colleges – Sl 35.19-28 - By Cambridge University Press (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

43.The Cambridge Bible for Schools and Colleges – Sl 36.4 - By Cambridge University Press (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

44.Adam Clarke's Commentary on the Bible, Sl 37.1 - (1715-1832) - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

45.Adam Clarke's Commentary on the Bible, Sl 38.22 - (1715-1832) - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

46.The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes – Sl 39.12 - Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

47.The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes – Sl 40.1-3 - Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

48.John Darby´s Synopsis of the Bible – Sl 41.12 - Published in 1857-1862; public domain. (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

49.John Darby´s Synopsis of the Bible – Sl 42 - Published in 1857-1862; public domain. (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

50.Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Sl 43.4-5 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

51.Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Sl 44.25-26 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

52.Expositor's Bible Commentary – Sl 45.1 - Prof. Marcus Dods (Editado pelo Rev. W. Robertson Nicoll – publicado em 1887-1896; domínio público – extraído de e-sword versão 11.0.6 - 2016)

53.Expositor's Bible Commentary – Sl 46.1 - Prof. Marcus Dods (Editado pelo Rev. W. Robertson Nicoll – publicado em 1887-1896; domínio público – extraído de e-sword versão 11.0.6 - 2016)

54.Geneva Bible Translation Notes – Sl 47.7 - 1599 Geneva Bible Translation Notes (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

55.Geneva Bible Translation Notes – Sl 48.1 - 1599 Geneva Bible Translation Notes (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

56.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 49.8 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

57.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 49.11 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

58.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 50.8 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

59.Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – pg. 813 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

60.Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – pg. 815 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

61.O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, pg. 2221 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

62.O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, pg. 2223 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

63.Introdução e Comentário – Salmos 1-72 – pg. 221 – Sl 55.5 - Derek Kidner – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova e Mundo Cristão – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1980)

64.Introdução e Comentário – Salmos 1-72 – pg. 222 – Sl 56.8 - Derek Kidner – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova e Mundo Cristão – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1980)

65.Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 191 – Sl 57.1 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

66.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 58.4 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

67.Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 193 – Sl 58.10 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

68.Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 59.3 – pg. 430 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

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74.Expositions of Holy Scripture: Psalms, Sl 65.3, pg. 228 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

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76.Comentário Bíblico de Matthew Henry – Sl 68.2, pg. 101 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

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79.Comentário Bíblico Moody – Sl 70, pg. 76 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

80.Comentário Bíblico Moody – Sl 71.4-13, pg. 76 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

81.Novo Comentário da Bíblia, Sl 72.8-14, pg. 157 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

82.Novo Comentário da Bíblia, Sl 73.16-17, pg. 160 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

83.The Pulpit Commentary, Sl 74.22 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

84.Summarized Bible Complete Summary of the Bible, Sl 75.3 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

85.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 76.12 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

86.John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible, Sl 77.10 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014

87.Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Sl 78.4 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

88.Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Sl 79.13 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

89.Jamieson, Fausset and Brown Commentary – Sl 80 - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments - Rev. Robert Jamieson - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

90.Keil & Delitzsch – Sl 81 - Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament (Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) – extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016

91.Through the Bible Day by Day – A Devotional Commentary by F. B. Meyer, B.A. – Sl 82.6 - Published in 1914; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

92.Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Sl 83.5  (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

93.The Preacher's Complete Homiletical Commentary – Sl 84.10 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell - Published in 1892; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

94.Albert Barnes' Notes on the Bible – Sl 85.2 - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

95.The Biblical Illustrator – Sl 34.19 - By Joseph S. Exell, M.A. - Published in 1900; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

96.The Companion Bible (E. W. Bullinger) – Sl 87.4 - Published in 1909-1922; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

97.The Cambridge Bible for Schools and Colleges – Sl 88.6 - By Cambridge University Press (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

98.Adam Clarke's Commentary on the Bible, Sl 89.4 - (1715-1832) - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

99.The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes – Sl 90 - Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

100.John Darby´s Synopsis of the Bible – Sl 91.16 - Published in 1857-1862; public domain. (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

101.Comentarios de la Biblia del Diario Vivir – Sl 92.12-13 - Compilado por  Maqui,  (a)  Rabí Gamaliel, 1997 EDITORIAL CARIBE - Una división de Thomas Nelson - P.O. Box 14100 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

102.Expositor's Bible Commentary – Sl 93.1 - Prof. Marcus Dods (Editado pelo Rev. W. Robertson Nicoll – publicado em 1887-1896; domínio público – extraído de e-sword versão 11.0.6 - 2016)

103.Geneva Bible Translation Notes – Sl 94.5 - 1599 Geneva Bible Translation Notes (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

104.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 95.6 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

105.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 96.1 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

106.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 96 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

107.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 96.2 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

108.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 96.3 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

109.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 96.3 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

110.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 97.1 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

111.Introdução e Comentário – Salmos 73-150 – pg. 372 – Sl 98 - Derek Kidner – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova e Mundo Cristão – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1980)

112.Psalms – Henry Law - Sl 99.4-5 – 1878 (http://www.gracegems.org/LAW/psalm_99.htm (1 of 2) [05/05/2006 01:57:12 p.m.])

113.Devocional Nosso Pão Diário (Ministérios Pão Diário - 25 de novembro de 2004 - Curitiba)

114.The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes – Sl 101.7-8, pg. 192 - Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

115.Comentário Bíblico de Matthew Henry – Sl 102, pg. 147 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

116.Comentário Bíblico de Matthew Henry – Sl 103.1-5, pg. 148 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

117.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 104.5 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

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121.Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Sl 108, pg. 872 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

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123.Psalm 110:1 and the New Testament - Herbert W. Bateman IV, pg. 439 (Bibliotheca Sacra / October-December 1992 - Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

124.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 111 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

125.Psalms 1 and 112 as a paradigm for the comparison of wisdom motifs in the psalms - Marlin E. Thomas (Copyright 1997 by The Evangelical Theological Society and Galaxie Software - JETS 29/1 - March 1986)

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128.Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 115.4-7 – pg. 492 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

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131.Summarized Bible Complete Summary of the Bible, Sl 118.22 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

132.Strong's Hebrew and Greek Dictionaries – Sl 119 - Dictionaries of Hebrew and Greek Words taken from Strong's Exhaustive Concordance by James Strong, S.T.D., LL.D. - Published in 1890; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

133.Scofield Reference Notes - by Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921) (1917 Edition - extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

134.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 121.8 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

135.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 122.3 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

136.Introdução e Comentário – Salmos 73-150 – pg. 447 – Sl 123.3-4 - Derek Kidner – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova e Mundo Cristão – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1980)

137.Psalms – Henry Law - Sl 124.8 – 1878 (http://www.gracegems.org/LAW/psalm_124.htm (1 of 2) [05/05/2006 01:59:06 p.m.])

138.Expositions of Holy Scripture: Psalms - Sl 125.1-2, pg. 353 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

139.The Pulpit Commentary, Sl 126.5 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

140.Summarized Bible Complete Summary of the Bible, Sl 127 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

141.The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 128.3 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

142.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 129 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

143.John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible, Sl 130.3 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014

144.Sermon Bible Commentary, Sl 131.2 - Edited by the Rev. W. Robertson Nicoll, Published in 1888-1893; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

145.Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Sl 132.8-18 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

146.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 133.2 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

147.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 133.2 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

148.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 133.3 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

149.Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 134.3 – pg. 514 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

150.Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 338 – Sl 135.5-12 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

151.O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, Sl 136.5 pg. 2486 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

152.Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Sl 137.7-9, pg. 893 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

153.Comentário Bíblico Moody – Sl 138, pg. 143 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

154.Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 139.9-10 – pg. 519 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

155.Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 345 – Sl 140 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

156.O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, Sl 141.3, pg. 2501 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

157.Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Sl 142, pg. 897 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

158.Comentário Bíblico Moody – Sl 143.7-12, pg. 149 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

159.Comentário Bíblico Moody – Sl 144.1-4, pg. 149 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

160.Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 145.15-16 – pg. 524 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

161.Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Sl 146.1-2, pg. 900 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

162.Comentário Bíblico Moody – Sl 147, pg. 152 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

163.John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 148 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

164.O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, Sl 148.6, pg. 2518 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

165.Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 149.6b-8 – pg. 527 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

166.Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 360 – Sl 150 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

167.24 Salmos “messiânicas” http://ultimato.com.br/sites/timcarriker/2007/10/27/24-salmos-messianicas/ 24/05/2019

168.Jesus Cristo nos Salmos https://ejesus.com.br/jesus-cristo-nos-salmos/ dia 24/05/2019

 

 

 



[1] The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes – Sl 101.7-8, pg. 192 - Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[2] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Sl 102, pg. 147 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

[3] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Sl 103.1-5, pg. 148 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

[4] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 104.5 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[5] Expositions of Holy Scripture: Psalms - Sl 105.15, pg. 297 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

[6] The book of Psalms – Arno Clemens Gaebelein – Sl 106 (The Annotated Bible - Biblecenter.og http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=87 em 28/03/19)

[7] Psalms 107 - 150 (Fifth book) - William Kelly – Sl 107 (Biblecenter.org

 http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=237 em 28/03/19)

[8] Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Sl 108, pg. 872 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[9] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, Sl 109. 28, pg. 2411 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[10] Psalm 110:1 and the New Testament - Herbert W. Bateman IV, pg. 439 (Bibliotheca Sacra / October-December 1992 - Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

[11] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 111 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[12] Psalms 1 and 112 as a paradigm for the comparison of wisdom motifs in the psalms - Marlin E. Thomas (Copyright 1997 by The Evangelical Theological Society and Galaxie Software - JETS 29/1 - March 1986)

[13] Grandeur and grace: God's transcendence and immanence in psalm 113 - George J. Zemek (The Master Seminary Journal Spring 1990 pp. 129-148 – Los Angeles, CA)

[14] Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 282 – Sl 114 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[15] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 115.4-7 – pg. 492 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[16] Strong's Hebrew and Greek Dictionaries – Sl 115.15 - Dictionaries of Hebrew and Greek Words taken from Strong's Exhaustive Concordance by James Strong, S.T.D., LL.D. - Published in 1890; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[17] The Pulpit Commentary, Sl 117 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[18] Summarized Bible Complete Summary of the Bible, Sl 118.22 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[19] Strong's Hebrew and Greek Dictionaries – Sl 119 - Dictionaries of Hebrew and Greek Words taken from Strong's Exhaustive Concordance by James Strong, S.T.D., LL.D. - Published in 1890; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[20] Scofield Reference Notes - by Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921) (1917 Edition - extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[21] The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 121.8 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[22] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 122.3 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[23] Introdução e Comentário – Salmos 73-150 – pg. 447 – Sl 123.3-4 - Derek Kidner – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova e Mundo Cristão – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1980)

[24] Psalms – Henry Law - Sl 124.8 – 1878 (http://www.gracegems.org/LAW/psalm_124.htm (1 of 2) [05/05/2006 01:59:06 p.m.])

[25] Expositions of Holy Scripture: Psalms - Sl 125.1-2, pg. 353 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

[26] The Pulpit Commentary, Sl 126.5 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[27] Summarized Bible Complete Summary of the Bible, Sl 127 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[28] The Treasury of David - by Charles Haddon Spurgeon, Sl 128.3 - Published in 1869-1885; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[29] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 129 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[30] John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible, Sl 130.3 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014

[31] Sermon Bible Commentary, Sl 131.2 - Edited by the Rev. W. Robertson Nicoll, Published in 1888-1893; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[32] Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Sl 132.8-18 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[33] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 133.2 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[34] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 133.2 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[35] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 133.3 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[36] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 134.3 – pg. 514 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[37] Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 338 – Sl 135.5-12 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[38] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, Sl 136.5 pg. 2486 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[39] Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Sl 137.7-9, pg. 893 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[40] Comentário Bíblico Moody – Sl 138, pg. 143 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[41] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 139.9-10 – pg. 519 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[42] Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 345 – Sl 140 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[43] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, Sl 141.3, pg. 2501 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[44] Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Sl 142, pg. 897 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[45] Comentário Bíblico Moody – Sl 143.7-12, pg. 149 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[46] Comentário Bíblico Moody – Sl 144.1-4, pg. 149 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[47] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 145.15-16 – pg. 524 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[48] Comentário Bíblico NVI – F.F. Bruce – Sl 146.1-2, pg. 900 (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[49] Comentário Bíblico Moody – Sl 147, pg. 152 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[50] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Sl 148 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[51] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, Sl 148.6, pg. 2518 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[52] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – Sl 149.6b-8 – pg. 527 - William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[53] Comentário Bíblico Expositivo do VT – vol. 3 – pg. 360 – Sl 150 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[55] Jesus Cristo nos Salmos https://ejesus.com.br/jesus-cristo-nos-salmos/ dia 24/05/2019

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