04 Números

Números

 Tabernáculo, Bíblia, Moisés, Êxodo, Ermo

Introdução[1]

1.O livro leva esse nome por causa dos dois censos feitos sobre os homens de guerra nos capítulos 1-4 e 26-27. O primeiro foi feito dois anos após a nação ter deixado o Egito, e o segundo foi feito trinta e oito anos após isso, quando a nova geração estava para entrar em Canaã. Esses números não eram da nação inteira, mas somente dos homens aptos para a guerra. O primeiro censo revelou que 603.550 homens eram aptos; o segundo, 601.730.  O título original hebraico é “bemidbãr” = “no deserto de” (1.1). Alguns dizem que outro nome apropriado para este livro seria “O Livro das Jornadas”, pois relata a viagem da

nação de Israel desde o Monte Sinai até Canaã.

 

2.Moisés é o autor. Alguns tentam provar que Moisés não podia ter sido o escrito, pois se fosse mostra sua arrogância e autoconceito (veja Nm 12.3). Outros tentam explicar que essas palavras seriam adições editoriais. No entanto, sabemos que Moisés, inspirado por Deus, escreveu sobre sua mansidão, mas também sobre seu pecado de ferir a rocha, em vez de falar com ela.

 

3.O livro foi escrito em 1450-1410 a.C. Cobre um período de mais de trinta e oito anos, que é o tempo da jornada no deserto, enquanto Êxodo e Levítico cobrem um período de apenas quatorze meses.

 

4.Números é o livro do “deserto”. É descrita a queda da nação em Cades-Barneia e suas peregrinações pelo deserto até a velha geração dos incrédulos morrer. Alguém descreveu essa peregrinação pelo deserto como “a mais longa marcha fúnebre da História”. Somente Calebe e Josué dos mais velhos da geração foram permitidos entrar em Canaã, porque eles confiaram em Deus e se opuseram à decisão da nação de voltar a Cades-Barneia. Mesmo Moisés foi proibido de entrar na Terra Prometida por causa de seu pecado quando feriu a rocha ao invés de falar com ela.

 

5.As lições espirituais:

1) Números tem uma lição muito especial para os crentes, hoje, como é referida em Hb 3-4 e 1 Co 10.1-15.

 

2) Deus honra a fé e pune a incredulidade. A raiz de todos os pecados de Israel no deserto foi a incredulidade: não confiaram na Palavra de Deus.

 

3) Em Cades-Barneia duvidaram da Palavra de Deus e falharam ao entrar em sua herança.

 

4) Muitos crentes hoje estão “no meio do caminho” em suas vidas espirituais: foram libertos do Egito pelo sangue do Cordeiro, mas ainda não entraram em sua herança em Cristo.

 

5) Canaã não é um quadro do céu; antes, é uma ilustração de nossa herança espiritual em Cristo (Ef 1.3), herdada pela fé. Canaã foi uma terra de batalhas e bênçãos, como é a vida do crente neste mundo, porém, no céu não haverá lutas.

 

6) Muitos crentes caem no local da decisão (Cades-Barneia); ao invés de serem conquistadores (como descrito em Josué), tornam-se peregrinos (como descrito em Números). São salvos, mas falham em cumprir o propósito de Deus para suas vidas. Não querem confiar em Deus para superar os gigantes, derrubar as muralhas e entrar na Terra da Promessa. Não atravessaram o Jordão (que ilustra a morte de si mesmo).

 

7) A nação não cresceu durante sua peregrinação no deserto; de fato, o segundo censo mostrou 1.820 homens de guerra a menos.

 

8) A nação passou aflições desnecessárias por trinta e oito anos; assim acontece com crentes que não andam por fé e não confiam em Sua Palavra.

 

6.A passagem pelo deserto era uma bênção de Deus para Israel, para prová-los, porém, os anos de peregrinação (trinta e oito anos) não eram necessários, pois a passagem pelo deserto está repleta de bênçãos, como por exemplo:

 

  1) Passagem pelo Mar Vermelho - separação do Egito (mundo) (Êx 14.22).

  2) Mara - Deus transformando os aborrecimentos em bênçãos (Êx 15.23).

  3) Elim - Descanso e refrigério no caminho (Êx 15.27).

  4) Sinai - A santidade de Deus e Sua Lei (Êx 19.18).

 

Observe que até aqui (dois anos de caminhada) não podemos dizer que foi uma peregrinação, nem que estavam andando sem rumo, pois Deus estava guiando e criando oportunidades para a maturidade do povo. Porém, a partir de Cades-Barnea, a mão de Deus pesa em castigo e não mais em bênçãos e isto foi por trinta e oito anos. O texto bíblico que registra essa peregrinação desnecessária, por causa da incredulidade, está em Deuteronômio 2.14. Um caminho mais perto seria possível, mas Deus queria protegê-los (Êx 13.17).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7.Os dois censos

 

Tribos

Cap.1

Cap.26

Aumento

Diminuição

Rúbem

 46.500  (7º)

 43.730  (9º)

 

  2.770  (4º)

Simeão

 59.300  (3º)

 22.200 (12º)

 

37.100  (1º)

Gade

 45.650  (8º)

 40.500 (10º)

 

  5.150  (3º)

Judá

 74.600  (1º)

 76.500  (1º)

  1.900  (6º)

 

Issacar

 54.400  (5º)

 64.300  (3º)

  9.900  (4º)

 

Zebulom

 57.400  (4º)

 60.500  (4º)

  3.100  (5º)

 

Efraim

 40.500 (10º)

 32.500 (11º)

 

  8.000  (2º)

Manassés

 32.200 (12º)

 52.700  (6º)

20.500  (1º)

 

Benjamim

 35.400 (11º)

 45.600  (7º)

10.200  (3º)

 

Dan

 62.700  (2º)

 64.400  (2º)

  1.700  (7º)

 

Aser

 41.500  (9º)

 53.400  (5º)

11.900  (2º)

 

Neftali

 53.400  (6º)

 45.400  (8º)

 

  8.000  (2º)

TOTAL

603.550

601.730

59.200

61.020

                                  t o t a l  de  d i m i n u i ç ã o                      1.820

 

Observe os resultados da primeira coluna em relação à segunda. Veja que Judá continuou em 1º lugar no censo. Procure relacionar a classificação obtida com a atitude dessas tribos em relação a Deus, e terá respostas, como, por exemplo, porque a tribo de Simeão, de 3ª colocada no 1º censo, vai para em último lugar no 2º censo. Da mesma forma, Manassés de 12ª colocada, vai para a 6ª colocação, e, ainda, obtém o 1º lugar na coluna de aumento. Também, existe uma razão para o empate na diminuição de Efraim e Naftali. Note, também, que a tribo de Levi nem é mencionada. Todas essas variações servem de advertência para nós hoje (Nm 26.54).                

 

8.Dos capítulos 11-21 estão as 7 murmurações do povo de Israel durante a peregrinação no deserto. Deus mesmo se angustiou com este povo (Sl 95.8-11):

 

Murmuração

Referência

Motivo

Primeira

11.1-3

de sua sorte (talvez fadiga ver 10.33)

Segunda

11.4-35

contra a falta de carne

Terceira

cap.12

contra Moisés (por causa da inveja)

Quarta

13-15

contra os planos de ir para Canaã (por causa do medo)

Quinta

16-19

contra a liderança

Sexta

cap.20

contra a falta de água

Sétima

cap.21

contra o maná

 

9.O Livro das Guerras do Senhor. Números 21.14 - Este livro é desconhecido e, provavelmente, continha o registro das guerras das quais Israel travou para conquistar a terra de Canaã.


Capítulos 1-4: O censo

1.Os levitas não eram contados no senso, pois não eram soldados, mas servidores da casa de Deus. Não é menos digno cuidar dos utensílios do tabernáculo do que é cuidar dos escudos e lanças para a guerra. Um comandante de guerra, com suas ordens, incentivos e estratégias, serve igual ao levita que junta um grupo em sua casa ou ao redor do tabernáculo para ensinar os decretos de Deus. Quando o povo se mudava de lugar, eram os levitas que desmontavam e montavam o acampamento. Os levitas moravam ao redor do tabernáculo (v.1-54).

 “Há relativamente pouca narrativa em Levítico; predominam os regulamentos legais. Em Números a situação é inversa: a história é o mais importante, e as leis aparecem em menor número, geralmente discutindo problemas que foram suscitados no deserto. Esses dez capítulos iniciais mostram como os princípios de santidade de Levítico foram colocados em prática na organização da nação. Aqui o simbolismo é muito importante. No centro do acampamento ficava o tabernáculo, onde Deus estava entronizado acima da arca, no santo dos santos. Ao redor do tabernáculo acampavam os sacerdotes e levitas, guardando-o, para impedir que qualquer israelita entrasse nele sem a cuidadosa preparação necessária. Além dos levitas, acampavam as tribos seculares, alinhadas em ordem de batalha, como cabe ao povo de Deus. Fora do acampamento viviam os impuros, os que sofriam de doenças da pele ou hemorragias diversas... ineptos para a presença de Deus. Tanto armado quanto em movimento o acampamento era organizado para expressar simbolicamente a presença e a realeza do Senhor.”[2]

 

Os levitas (Nm 1)

1.Não são soldados (v.47-49)

2.São cuidadores do serviço do tabernáculo (v.50)

3.São montadores e desmontadores do tabernáculo (v.51)

4.Residem ao redor do tabernáculo (v.52-54)

 

2.O acampamento era muito organizado ao redor do Tabernáculo. Não sabemos quais são as insígnias, os símbolos dos estandartes de cada tribo, mas têm relação com a bênção de Jacó a cada filho em Gênesis 49. Os levitas são mencionados no censo de modo detalhado devido sua importância com as coisas santas (capítulos 2-4).

 

Capítulo 5: A purificação do acampamento

1.Deus requer a purificação do acampamento, pois é dali que Ele se apresentará. O Tabernáculo no centro e as barracas ao redor. Ao redor do acampamento, fora do arraial, deviam ficar os cerimonialmente impuros. Talvez não seja uma decisão fácil para os sacerdotes lançarem fora seus familiares e amigos, mas era o correto a fazer. Para um convívio social agradável e suportável, Deus também exigia, não apenas a confissão dos pecados contra Ele, mas também o ressarcimento aos prejudicados. Cada pessoa deve ser responsável pelos seus atos e saber que precisa responder por estes, inclusive com restituição financeira (v.1-10).

 

2.Alguns pecados ficam escondidos, o que leva uma comunidade a suspeitar de algumas pessoas com atos não explicados. Por isso, Deus instituiu para o povo do acampamento no deserto uma maneira de revelação de pecado de adultério. Quando o marido suspeitava da mulher, era realizado um cerimonial com sacrifício, água e pó da terra. Uma mistura era feita com água e colocada numa vasilha de barro. Aquela água amargosa teria o poder revelador da situação. Ao beber, o ventre da mulher culpada incharia e ela teria dificuldade para andar, pois a coxa se deslocaria. No caso da mulher inocente, nada aconteceria. Isto é tão específico que seria inútil e ultrajante líderes trazerem este costume para as igrejas. Temos o Espírito Santo, a consciência, a observação e as situações esclarecedoras que servem como nossa bússola sobre assuntos dessa natureza (v.11-31).

 

 

 

 

“Esse processo indicava não apenas certos aspectos do caráter da esposa, mas também do marido. Se o marido amava a esposa e estava profundamente aflito com sua possível infidelidade, por que iria querer expor a mulher publicamente? Mas se ele não a amava e só queria magoá-la, poderia acabar sendo envergonhado se a prova mostrasse que ele estava errado. Um homem sábio pensaria muito bem antes de levar a esposa a julgamento dessa forma.”[3]

 

Capítulo 6: O voto de narizerado. A bênção sacerdotal.

1.O voto do nazireado (6.1-21) era uma prática comum, regulamentado em Números. O nazireu era consagrado voluntariamente a Deus para alguma tarefa específica (os pais podiam fazer isso com os filhos). Havia três obrigações para o nazireu: 1ª Evitar o uso de produtos da videira, 2ª Deixar os cabelos crescerem, como sinal público de seu voto e 3ª Abster-se do contato com qualquer cadáver. O voto tinha um tempo determinado e terminava com um ritual público. Nazireu significa “separado”. Qualquer imitação atuação do nazireado seria uma forma de legalismo, visto que não precisamos de atos exteriores para buscar ao Senhor e consagrar-lhe nossa vida. Devemos nos apresentar a Ele como sacrifício vivo. O Espírito Santo nos incentivará às ações corretas. As chamadas promessas não cabem ao crente, pois estamos firmados nas promessas de Deus e não Deus confiando em nossas promessas (v.1-21).

 

2.Deus deixou uma bênção tríplice para os sacerdotes impetrarem (solicitarem) ao povo. A bênção carrega três aspectos: A proteção, a misericórdia e a paz. Os líderes hoje não deveriam abusar, colocando-se como conferidores de bênçãos, pois é Deus quem abençoa cada crente por meio da misericórdia dele por cada um. Se tomarmos muito a sério a posição de abençoar pessoas, logo as pessoas acharão que precisam de nós para serem abençoadas e até aguardarão que algum ato conferido por nós sobre elas trará alguma bênção especial. Os sacerdotes eram representantes de Deus para um povo que dependia da voz de Deus através desses sacerdotes. Hoje, cada crente tem o Espírito Santo e devemos sempre enfatizar que Jesus Cristo é o nosso sumo sacerdote, dando a cada crente a ousadia de entrarem na presença de Deus para achar socorro em ocasião oportuna (v.22-27, veja Hb 4.16).

 

“Há um filho da raça necessitada de Adão que deseja bênçãos do céu? Aproxime-se Dele. Há um caminho aberto. Não há nenhuma espada flamejante impedindo. Não – uma mão graciosa está sempre acenando – e um chamado gracioso convidando. Apresse-se a Cristo. Ele está na casa das bênçãos.”[4]

 

Capítulo 7: A dedicação do Tabernáculo

Ao terminar a construção do tabernáculo, o povo dedicou o local com ofertas e sacrifícios. Os príncipes são líderes do povo e, por isso, tinham que dar o exemplo iniciando as ofertas. Por terem mais posses, evidentemente, ofereciam mais. Tudo foi registrado e especificado totalizando um montante surpreendente para um povo que estava no deserto. Em vez de uma atitude de ansiedade pelo que viriam, o povo foi voluntário. Assim deve acontecer com nossa vida, hoje. Deus tem nos abençoado. Ele habita não apenas conosco, mas dentro de nós, através do Espírito Santo. Nada é demais ao oferecer a Ele toda a nossa existência, força, inteligência, capacidade e recursos dados por Ele mesmo (v.1-89).

 

“O propósito desta seção da narrativa é mostrar que assim como o povo fora generoso em dar para a construção do tabernáculo (Êx 35.4-29), agora eles mostravam a mesma generosidade em sua dedicação”.[5]

 

Capítulo 8: Consagração dos sacerdotes

1.As lâmpadas do Tabernáculo sempre foram muito bem mantidas, pois a luz deveria aspergir no ambiente interior mostrando que Deus é a luz do povo e com o Senhor por guia jamais ficariam sem direção. Jesus é a luz do mundo. O pecador, em seu estado de miséria e escuridão, tem um farol que o leva para o porto seguro da alma, Ele mesmo (v.1-4).

 

2.Os sacerdotes serviam ao tabernáculo, mas antes precisam ser consagrados. Assim fizeram, segundo as instruções que Moisés recebera do próprio Deus. Nós também que trabalhamos diretamente em algum serviço na obra de Deus, principalmente, na condução de um rebanho, precisamos nos consagrar a Ele, mantendo um procedimento diário exemplar. Os sacerdotes tinham um tempo de atuação que era dos vinte e cinco até cinquenta anos. Eles se aposentavam, mas não precisavam ficar sem atividade, pois serviriam de incentivo e auxílio aos mais jovens. A faixa etária de vida ativa, em nossa sociedade, subiu bastante. No entanto, isso não significa que os crentes estejam mais produtivos na obra de Deus, uma vez que cuidar do bem-estar da família, negócios financeiros, lazer e outras atividades têm tomado bastante tempo de todos nós (v.5-26).

 

“Todos os que esperam participar dos privilégios do tabernáculo, devem estar decididos a fazer o seu serviço. Se por um lado, nenhuma das criaturas de Deus é necessariamente seu servo ou sua serva, Ele não precisa do serviço de nenhuma delas. Por outro lado, ninguém é servo honorário, que nada faz. Deus emprega todos os que lhe pertencem; até mesmo os anjos têm os seus deveres.”[6]

 

Capítulo 9: A celebração da Páscoa e a segunda chamada para os que perderam a primeira

1.A saída do Egito nunca mais será esquecida. Até mesmo no Apocalipse vemos de antemão o cântico de Moisés e a passagem pelo Mar de Vidro. Jesus é o Cordeiro Pascal. Tudo nos leva de volta à libertação que temos em Cristo Jesus. Para o povo do deserto, tudo apontava para Cristo que tiraria o pecado do mundo (v.1-5).

 

2.Quem tem compromisso no deserto que não pôde participar da Páscoa, uma vez por ano? Eles tinham outras coisas para fazer, além de morar ao redor do Tabernáculo? Sim, tinham bastante coisa, pois a manutenção, higiene, proteção, etc., era por conta do povo. No entanto, não era isso um impedimento à adoração e celebração da Páscoa. O dia do descanso era sagrado, portanto, as atividades tinham que ser interrompidas. O que acontecia era a proibição de participar da Páscoa devido a alguma impureza, tornando o membro do povo incapaz. O caso bem comum era a contaminação por parente que morreu. Participar de um funeral faria com que o participante ficasse imundo. Moisés não tinha uma resposta pronta para a situação, por isso, perguntou ao Senhor. A resposta, não tinha como não ser sábia, pois veio do próprio Deus onisciente. A pessoa em tal situação, ainda assim, podia celebrar a Páscoa, mas não na celebração vigente, pois não há exceção para a impureza. Ele poderia aguardar a segunda chamada, ou seja, depois da Páscoa havia a oportunidade para os que não puderam participar por motivo de contaminação, exatamente um mês depois. Não era uma permissão para os que poderiam participar no primeiro mês, mas apenas para os que foram impedidos. Isso mostra a misericórdia de Deus, as dificuldades diárias da vida, a consideração para com pessoas que querem servir a Deus, mas são impedidas e, especialmente, que quando não temos uma resposta para um problema, não precisamos inventar, mas consultar ao Senhor, pois Ele sempre tem o melhor para nós, seu povo (v.6-14).

 

3.A edificação do tabernáculo foi muito especial para o povo, pois era Deus falando com eles. Ele confirmou a construção e dedicação tornando visível sua manifestação. A aparência era de fogo. A coluna era indicador de mudança de acampamento, assim como, hoje, temos o Espírito Santo para nos conduzir em direção à vontade Dele (v.15-23).

 

“Moisés foi instruído pelo Senhor a que desse essa permissão com a condição de que todos os que fossem comemorar a Páscoa com atraso de um mês, tivessem motivos legítimos. Deus ainda advertiu severamente que qualquer um que negligenciasse a guarda da Páscoa no devido tempo seria eliminado do meio do povo. No segundo dia desta segunda Páscoa, a nuvem começou a levantar-se de cima do Tabernáculo e o povo começou a se preparar para a viagem (10:11).”[7]

 

Instruções de bom senso para lembrarmos durante toda a vida (Nm 7-9)

1.Quando Deus nos abençoa, nós nos dedicamos a Ele através dos bens (7.1-6)

2.Os líderes devem ser o exemplo de dedicação ao povo (7.10-11)

3.A obra do Senhor, que é uma forma de adoração, deve ser feita sob a luz de Deus (8.1-4)

4.As pessoas que servem a Deus precisam consagrar suas vidas e se purificarem (8.5-6, 20-22)

5.Os aposentados não são inúteis, mas bênção, se quiserem ser (8.23-26).

6.A nossa libertação da escravidão pelo Cordeiro sempre será tema de nossa existência (9.1-5)

7.Quando não temos resposta não devemos inventar uma, mas consultar o Senhor (9.6-8)

8.As dificuldades da vida, às vezes, se tornam impedimentos para servirmos a Deus, em dado momento, mas Ele sempre nos dá um escape ou provisão (9.9-12)

9.Deus conhece nossa situação e intenção, por isso, não devemos tentar enganá-Lo (9.13-14)

10.O crente deve sempre seguir o direcionamento do Pai Celestial (9.15-23)

 

Capítulo 10: As trombetas de prata

1.Havia as trombetas de chifres de carneiros (sophar), porém, essas eram as trombetas de prata. As trombetas tinham como objetivo convocar o povo ou a liderança em frente à porta da entrada do Tabernáculo também chamada porta da tenda da congregação. Quando duas trombetas tocassem juntas, o povo todo se reunia. Se apenas uma trombeta tocasse, então, a liderança somente se reunia. Há assuntos que interessam a toda a congregação, porém, há assuntos que precisam ser tratados somente entre líderes. Os toques de alerta ou toque a rebate significam coisas distintas conforme os toques. O apóstolo Paulo mencionou isso em 1 Co 14.7-8. O toque precisa significar algo. Deus livraria o povo conforme o toque das cornetas. Havia toque para festas e toque para batalhas. Toque para ataque e toque para retirada. Precisamos ouvir o toque correto na vida cristã para fazer a vontade de Deus (v.1-10).

 

2.Pela primeira vez o povo de Israel levantou acampamento para mudança. No total, o acampamento foi montado e desmontado 41 vezes. As coisas sagradas iam atrás a fim de que quando chegassem ao lugar designado para o novo acampamento, o tabernáculo já estaria montado. É necessário que tudo esteja em ordem para se receber as coisas espirituais. O crente precisa colocar a vida em ordem para fazer a vontade de Deus. O coração do incrédulo precisa ser preparado para receber a semente da Palavra de Deus (11-28).

3.O cunhado de Moisés foi convidado para seguir junto com o povo de Israel, mas ele não quis. Moisés insistiu prometendo repartir todas as coisas boas que o Senhor desse ao povo. A Bíblia não relata se o cunhado de Moisés o seguiu ou não. O conhecimento do cunhado de Moisés sobre o deserto daria uma segurança a Moisés e ao povo. No entanto, o servo de Deus precisa confiar somente no Senhor, pois, a nuvem jamais os abandonava. A nuvem os guiava. A arca representava a presença de Deus com o povo. Quando ela se erguia ou parava, Moisés tinha as palavras certas a proferir tanto para que o Senhor abrisse caminho como para o Senhor ficar com o povo. Sem a presença de Deus não podemos caminhar a jornada da fé. Ele precisa abrir o caminho para nós e precisa ficar conosco para não nos perdermos em nossos próprios planos e projetos (v.29-36).

 

“Se bem que não haja qualquer texto explícito, é muito provável que aceitasse o convite de Moisés, pois encontramos os seus [de Hobabe, cunhado de Moisés] descendentes mais tarde em Canaã (Jz 1.16; 4.11).”[8]

 

Os avisos de Deus (Nm 10)

1.As trombetas avisam sobre nossa reunião para partirmos em frente (v.1-3, 7 ver 1 Co 14.8)

2.As trombetas avisam que os líderes precisam se reunir (v.4)

3.As trombetas são tocadas por alguns escolhidos para os assuntos espirituais (v.8)

4.A trombeta da oração deve ser tocada para Deus nos livrar (v.9)

5.As trombetas nos avisam que devemos adorar ao Senhor (v.10)

6.A nuvem também é um aviso seguro para a primeira mudança e para as demais (v.11-13)

7.As coisas espirituais precisam encontrar um lugar em ordem (v.21, 28)

8.Se temos as trombetas e a nuvem, não precisamos de homens e suas habilidades (v.29-31)

9.A arca que é a presença de Deus abre caminho e fica conosco (v.32-35)

10.A trombeta da igreja: ressurreição e arrebatamento (1 Co 15.52, 1 Ts 4.16)

 

Capítulo 11: As murmurações, a abundância de carne e o juízo de Deus

1.As reclamações do povo diante do cuidado de Deus mostravam sua ingratidão. Por isso, Deus queimou as extremidades do acampamento. Moisés orou ao Senhor, a pedido do povo, para que Ele tivesse misericórdia. Deus ouviu e extinguiu o fogo. Isso não significa que o povo parou de reclamar. O populacho que era a mistura dos egípcios com o povo de Israel começou outra reclamação. A gula por coisas que não possuíam fez com que se lembrassem das comidas do Egito. O povo de Israel nunca experimentou aquela liberdade que tanto falava e nem mesmo a alimentação em abundância e variada. Aquilo era mentira. Uma reclamação é por si própria irracional quando é movida por ingratidão. O grande vilão para eles era o maná, pois o acharam vil. Temos a tendência de reclamar das coisas boas quando se tornam rotineiras. A ira do Senhor se acendeu novamente. Moisés não achou bom aquilo, pois ele acabara de pedir misericórdia a Deus e, agora, o povo estava repetindo as reclamações (v.1-10).

 

2.Moisés começou a ficar desanimado, pois estava sentindo o peso das reclamações do povo. Ele chegou a pensar que Deus estava se vingando de Moisés fazendo-o líder de um povo tão ingrato e murmurador. Moisés usa de sarcasmo contra Deus. Moisés não gerou o povo, mas tem que cuidar do povo. Para Moisés, só faltava Deus pedir que carregasse o povo nos braços pelo deserto como se fosse um bebê. Às vezes, os líderes se tornam amargos quando o povo é ingrato. O escritor aos Hebreus diz que devemos obedecer aos nossos líderes para que eles façam o trabalho de cuidar de nós sem gemerem. Moisés era incapaz de suprir carne para dois milhões e meio de pessoas. A responsabilidade de conduzir o povo era muito grande para ele. O estado depressivo de Moisés o fez desejar a própria morte. Deus aliviaria as cargas de Moisés instituindo setenta homens para ajudá-lo. No passado, o sogro dele já tinha sugerido isso, mas não parece que na época era o momento certo. Agora, Deus quer auxiliares para Moisés. Ninguém pode servir a Deus se não for capacitado com o Espírito Santo. Por isso, Deus os capacitaria com o Espírito. Deus concordou em dar carne para os reclamões, mas isso fazia parte de um plano de juízo. Comeriam carne por 30 dias até se empanturrarem. Se tivéssemos tudo o que os nossos desejos exigissem, nem assim estaríamos satisfeitos, pois somos insaciáveis. Moisés duvidou a princípio quanto a ter carne para todo o povo por trinta dias. Os líderes auxiliares de Moisés profetizaram. Talvez tivessem profetizado sobre a abundância de carne para os próximos dias. Dois jovens que não estavam com os demais líderes profetizaram sozinhos no acampamento. Josué não gostou daquilo, mas Moisés não se sentia ameaçado e nem era possessivo quanto à sua autoridade. A carne sobrevoou a menos de um metro do chão por um caminho de um dia, uns quarenta quilômetros. A gula os matou, pois comeram tanto e o Senhor os feriu. Foi uma grande demonstração da ira de Deus contra os murmuradores (v.11-35).

 

“O fim do capítulo mostra a abundante provisão de Deus ao enviar carne que eles desejavam. Mas a ira do Senhor foi incitada contra eles e, enquanto estavam comendo, uma grande praga caiu sobre eles. Não houve arrependimento. Avidamente atacaram o que Deus tinha suprido a eles. Era apenas para satisfazer sua gula; não viram o doador atrás da dádiva. O coração rebelde e não arrependido estava ali, fazendo uso daquilo que Deus tinha dado para eles para a sua própria destruição. Daí o severo juízo. As codornizes tipificam Cristo. A cristandade fala de Cristo, mas não há arrependimento, nenhum autojulgamento, apenas uma forma de piedade, mas o poder é negado. O juízo de Deus deve cair sobre os tais. Quibrote-Hataavá significa ‘sepulcros da cobiça.’”[9]

 

Quando liderar é semelhante a cuidar de bebês (Nm 11.11-15)

1.A responsabilidade é grande (v.11,14)

2.Precisa carregar nos braços (v.12)

3.Precisa alimentar sob choros intensos (v.13)

4.Às vezes, parece que não vamos suportar e até falamos coisas inconvenientes (v.15)

 

Liderança, rebeldia e humilhação (Nm 11.16-35)

1.Um grupo de líderes alivia o ministério (v.16-17)

2.Apesar da rebeldia, Deus supre as necessidades e desejos (v.18-20)

3.Um grupo de líderes não pode resolver todos os problemas, mas Deus pode (v.21-23)

4.Um grupo de líderes precisa agir no poder do Espírito Santo (v.24-25)

5.Um grupo de líderes pode ser alvo de inveja e ciúmes para alguns (v.26-29)

6.Um grupo de líderes não pode evitar a disciplina e humilhação sobre os rebeldes (v.30-35)

 

Capítulo 12: Rebeldia contra a liderança devido à inveja entre irmãos

1.Com certeza Miriã e Arão tinham razão em não concordar com Moisés tomar uma esposa estrangeira (cuxita era do Egito), além da que ele já possuía. Porém, o modo como lidaram com a questão os fez culpados de rebelião. Às vezes, pessoas cobertas de razão erram pela maneira grotesca como tratam os assuntos, fazendo-as perder os argumentos. Eles não estavam tão preocupados em submeter-se a Deus e a Moisés quanto estavam querendo uma posição de liderança sobre o povo. É comum pessoas desejosas de poder sobre outros justificarem-se nos erros das pessoas acusadas. Acontece que os irmãos estavam com inveja e lutando contra o próprio Deus. Moisés tinha um coração paciente e certamente perdoador, por isso, ele não levaria o assunto adiante. Porém, Deus levaria o assunto adiante e convocou os três irmãos diante Dele. O Senhor deixou bem claro que Moisés era o escolhido por Deus para representá-Lo diante do povo. Deus só falava intimamente com Moisés. Deus considera Moisés um homem fiel, não perfeito. Era muita ousadia Miriã e Arão confrontarem a autoridade de Moisés (v.1-8).

 

2.Deus derramou sua ira sobre os irmãos rebeldes. Parece que Miriã encabeçou a rebeldia. Note que o capítulo começa com o nome dela. Somente ela ficou leprosa. Em movimentos de rebeldia sempre há um cabeça. Moisés teve compaixão da irmã, mas ele próprio sentia-se culpado por aquela situação. Miriã ficou desfigurada com a pele leprosa. Moisés rogou a Deus que a curasse. Entre os irmãos de sangue ou de fé não deve haver rancor e vingança, mas perdão. Deus mandou que ela ficasse reclusa, fora do arraial, por sete dias. Ele poderia curá-la e restaurá-la à comunhão imediatamente, mas deu um tempo para ela refletir na loucura da rebelião contra a liderança instituída por Deus. Esse incidente atrasou o povo de sair para outra região. A rebelião atrasa a obra de Deus e afeta a todos. Aprendemos também que embora alguém seja grandemente usado por Deus, como foi Miriã, protegendo Moisés quando era um bebê, a mesma pessoa pode escorregar em seu caráter corrompido. Para esses deslizes há sempre o perdão, por isso, é necessário o reconhecimento humilde (v.9-16).

 

“Assim, lembramos que Deus, ao mostrar misericórdia, não ignora o governo instituído. Se Ele faz assim, deveríamos aprender a julgar corretamente nossas ações pecaminosas e nos exercitar a fim de evitar repetir os mesmos erros.”[10]

 

Os paradoxos da rebeldia (Nm 12)

1.A rebeldia está coberta de razão, mas só piora as coisas por motivos egoístas (v.1-2)

2.A rebeldia é impaciente, mas quase sempre encontra um oposto (v.3)

3.A rebeldia quer tirar satisfação, mas nunca conversar com Deus (v.4-5)

4.A rebeldia quer ser melhor, mas não se qualifica com fidelidade para isso (v.6-8)

5.A rebeldia quer prejudicar o líder, mas acaba sendo prejudicada (v.9-10)

6.A rebeldia não tem piedade, mas depende do perdão do líder (v.11-13)

7.A rebeldia tem pressa, mas acaba atrasando toda a obra (v.14-16)

 

Capítulo 13: Os espias da Terra Prometida

1.Deus quis dar um vislumbre ao povo sobre a Terra Prometida. Seria uma garantia da verdade e da qualidade da terra. Israel toda estaria representada através de um espia de cada tribo. Esses representantes eram líderes em suas tribos. Desses líderes, dois saltam da nossa memória, são eles, Josué e Calebe, devido à fé que exerceram, confiando que Deus lhes daria vitória. Lembrando que o nome de Josué era, de fato, Oseias, mas Moisés o chamava de Josué (v.1-16).

 

2.Os espias não foram pelo caminho que a nação entraria anos mais tarde, mas foram por dentro do território, sem através o rio Jordão. Eles tinham que informar sobre a quantidade e força do povo de Canaã. Sobre as cidades, se eram fortificadas e boas de morar. Eles observariam a flora, fauna, agricultura, tudo! É claro, que deveriam trazer alguns exemplares da terra a fim de motivar todo o povo. Na época, havia muitas uvas. Devido aos cachos enormes produzidos ali, o vale foi chamado vale de Escol (Escol = cacho). Essa incursão durou quarenta dias. O relatório foi verdadeiro por parte de todos os espias, no entanto, a maioria enfatizou os perigos (v.17-29).

 

3.Josué conseguia ver a vitória que teriam ao entrar na terra. Isso mostra que duas pessoas, com motivações distintas, podem discordar uma da outra. A grande estatura dos moradores foi um motivo de medo e desânimo. Os gigantes ficaram conhecidos como nefilim, pois é o termo usado. O medo deles fez com que pensassem que os moradores de Canaã não tinham medo dos israelitas. Às vezes, nosso medo começa a responder pelos outros (v.30-33).

 

“A fé dos israelitas, se é que havia alguma, não podia ver as coisas para além das dificuldades óbvias. Julgavam as coisas pelo que viam, mas não com fé, o comum modus operandi das pessoas que não possuem a espiritualidade especial que só Deus pode dar.”[11]

 

Esperança e ânimo que Deus oferece às pessoas através de seus servos (Nm 13)

1.Pessoas escolhidas por sua posição e respeito (v.1-3)

2.Pessoas honestas em sua avaliação das situações (v.17-19, 25-27)

3.Pessoas animadas que podem animar outros (v.20)

4.Pessoas que não inventam histórias, mas provam em sua própria experiência (v.21-24)

5.Pessoas podem desanimar ou dar esperança aos outros dependendo de suas ênfases (v.28-33)

 

Capítulo 14: A morte dos espias incrédulos e a condenação para a geração incrédula

1.Os dez espias incrédulos conseguiram causar medo no povo. O povo ficou com medo, pois achava que Deus não os amava e usaria os líderes para destruí-los. Pensaram até mesmo em eleger líderes para si e voltarem para o Egito, ou seja, uma marcha retroativa. Josué e Calebe, os dois espias crentes tentaram animar o povo com a esperança no Senhor. Eles conseguiram ver não apenas a qualidade da terra da promessa, mas também a provisão de Deus em conduzi-los até ela. Eles viam como um ato de rebeldia não entrar na terra. Às vezes, os crentes negligentes para com as coisas espirituais julgam que é uma opção dada aos crentes crer ou não, obedecer ou não, andar debaixo das bênçãos de Deus ou não. O fato é que se não experimentamos a intimidade e bênção do Senhor em nossas vidas não podemos prosseguir em vitória na vida cristã (v.1-9).

 

2.O povo planejava apedrejar Josué e Calebe, mas Deus interviu. A ofensa deles era contra o próprio Deus que estava libertando o povo do Egito, conduzindo-os em cuidado pelo deserto e levando-os em segurança até a terra da promessa. Deus chegou a propor a Moisés uma destruição massiva e começar tudo de novo em Moisés e, claro, implícito, com todos os que creram. Porém, Moisés era tão compassivo para com o povo que tentou argumentar com Deus que os egípcios dirão que Deus não é poderoso o suficiente para levar o povo à terra e, por isso, preferiu matá-los no deserto. Quem é de Deus ora pelos incrédulos, mesmo sabendo que o juízo virá sobre os que não creem. Precisamos interceder pelos perdidos (v.10-19).

 

3.O perdão de Deus para o povo foi não destruí-los, porém, a geração, por continuar incrédula, certamente, não entraria na terra prometida. Calebe, e com certeza Josué, tiveram atitude diferente, por isso, esses teriam o privilégio de verem a promessa. O povo desobedeceu por dez vezes. Necessariamente, não precisamos contar os incidentes. Dez vezes significa completamente. O povo não desobedeceu a Deus uma só vez, mas o suficiente para mostrar que é obstinado. Se quiserem voltar, voltem, mas de qualquer maneira se prosseguirem acabarão morrendo (v.20-25).

 

4.O povo desejou morreu no Egito ou no deserto. Deus satisfaria o desejo deles. Eles morreriam no deserto. Todos os murmuradores daquela geração que sairam do Egito não entrariam na terra da promessa. A preocupação deles era para com os filhos, pois não confiavam que Deus cuidaria deles. Deus promete que os filhos entrarão em segurança, mas os pais, não. Os pais se preocupam com o bem-estar dos filhos e, às vezes, exageram, até mesmo escolhendo o pior para os filhos. Por exemplo, alguns não dariam os filhos para a obra missionária, pois não querem vê-los perdendo oportunidades na vida acadêmica e profissional. No entanto, Deus tem honrado filhos de missionários, dando-lhes grandes oportunidades nessas áreas, sem todo o desgaste, até espiritual, que outros têm. Outras vezes, os próprios filhos se tornam missionários e se sentem grandemente realizados em servir ao Senhor em primeiro lugar em vez de a si próprios. O número de anos do deserto foi calculado com base nos dias da investigação da terra, quarenta dias, portanto, quarenta anos de peregrinação (26-35).

 

5.Os dez espias morreram de praga que Deus fez cair sobre eles. Eram homens importantes para suas tribos, pois eram príncipes. Foi um dia de grande tristeza, mas também de aprendizado. Deus honrou Josué e Calebe porque creram nas palavras do Senhor. A transgressão da lei do Senhor não traz prosperidade espiritual. Deus disse que não estava mais com eles e, por isso, não deveriam tentar entrar na terra prometida. Mesmo assim, tentaram ir sem a presença de Deus, sem a arca, mas os amalequitas e cananeus os destruíram. A promessa do Senhor só funciona para os obedientes. A obra do Senhor deve ser realizada da maneira Dele e não conforme os nossos próprios pensamentos (v.36-45).

 

“Visto que se passaram 38 anos desde Cades-Barneia até a extinção daquela geração (cf. Dt 2.14), é evidente que os 40 foram contados desde o êxodo. Os 40 anos correspondem aos 40 dias que os espiões usaram para a missão de reconhecimento da terra (v.34). ‘O período de 40 anos no AT é o período em que um homem participa da vida da comunidade com toda a energia e com todos os direitos. Após os 40 anos de peregrinação, a comunidade terá sido completamente alterada’ (M. Noth).”[12]

 

A desobediência e a obediência às palavras de Deus (Nm 14.1-19)

1.A desobediência na forma de choro (v.1)

2.A desobediência na forma de reclamação e desespero (v.2)

3.A desobediência na forma de inconformidade com os planos de Deus (v.3)

4.A desobediência na forma de insubmissão à liderança de Deus (v.4)

5.A obediência na forma de clamor (v.5)

6.A obediência na forma de indignação (v.6)

7.A obediência na forma do ânimo contagiante (v.7)

8.A obediência na forma de confiança (v.8-9)

9.A desobediência na forma de raiva (v.10)

10.A obediência na forma de compaixão intercessora (v.11-19)

 

A frustração dos planos como consequência da desobediência (Nm 14.20-45)

1.A frustração de não entrar na terra da promessa (v.20-25)

2.A frustração de morrer antes de ver seus planos realizados (v.26-30)

3.A frustração de não ver a felicidade dos filhos (v.31-35)                                    

4.A frustração de terminar a vida em vergonha e de modo indigno (v.36-39)

4.A frustração de não ter a bênção do Senhor sobre os seus planos (v.40-45)

 

 

 

Capítulo 15: Dedicação e obediência

1.Deus instruiu o povo sobre a maneira correta de oferecer sacrifícios. Isso servia para o povo de Israel e para o estrangeiro que estivesse junto com eles. Não basta oferecer-se ao Senhor, mas precisa ser feito da maneira correta. As pessoas que estão em nosso meio precisam saber que servimos ao Deus verdadeiro. Não devemos nos conformar aos costumes deles. Quantos crentes precisam “educar” os seus parentes não crentes que a comunhão com os irmãos é tão importante que não podemos dar atenção frequente a eles nos períodos nos quais nos reunimos. Quantos parentes e amigos não crentes já descobriram os horários do povo de Deus e, assim, acabam se adaptando aos nossos horários quase inegociáveis. Isso passa a ser um testemunho (v.1-16).

 

“Não sabemos quanto tempo se passou entre os capítulos 14 e 15, mas observe o contraste entre as frases ‘nenhum deles verá a terra’ (14:23) e ‘quando entrares na terra’ (15:2). Embora adiados por causa do pecado, os propósitos de Deus nunca são frustrados. O Senhor prometeu entregar Canaã aos descendentes de Abraão. Por isso, mesmo se uma geração fosse muito infiel para recebê-la, Deus favoreceria a próxima.”[13]

 

2.O crente é dedicado ao Senhor e dedica os seus bens e o seu trabalho a Ele. Quando o povo pecar, não cumprindo os desejos de Deus, então, é necessário a oferta pelo pecado. Quando o pecado é deliberado, ou seja, provocando o Senhor, então, o pecador era eliminado do convívio dos demais. A purificação de vida só é obtida pela submissão à Palavra Dele (v.17-31).

 

3.Um incidente marcou o povo quanto à obediência. O sábado devia ser guardado, pois era uma ordem dada pelo Senhor no Décalogo para o povo de Israel. Sabemos que não há para a igreja uma ordenança sobre qualquer dia da semana, assim como não temos uma dieta rigorosa para seguir. O povo no deserto não tinha certeza sobre o que fazer, por isso, prenderam o homem e aguardaram a resposta do Senhor. Não temos resposta para tudo, mas temos os princípios da Palavra de Deus juntamente com o conselho de irmãos fiéis. A decisão foi apedrejá-lo, não porque Deus pensou e julgou aquele homem em particular, mas porque Ele já havia determinado em sua Lei. Os sabatistas atuais, para serem fiéis ao princípio que dizem ainda vigorar hoje, deveriam apedrejar os “desobedientes”, mas ainda bem que não o fazem. Isso mostra, no mínimo, que não podem defender seu ponto de vista sem algum tipo de conflito. As franjas também eram detalhes obrigatórios para as roupas (v.32-41).

 

Capítulo 16: O bando de Corá, Datã e Abirão

1.Novamente rebeldes se levantaram contra a autoridade de Deus. Moisés e Arão eram os líderes instituídos por Deus e não precisavam se levantar outra vez contra este fato, pois no caso de Miriã viram e tremeram diante do poder e ira de Deus. Desta vez foram, o levita Corá juntou consigo Datã, Abirão e mais 250 rebeldes, todos já líderes, eleitos pelo povo. Isso mostra que o poder não tem limite e também que nem sempre sabemos o que acontecerá com líderes sobre os quais colocamos nossa confiança. A reivindicação deles é que o povo sendo santo e Deus estando no meio do povo, por que Moisés e Arão precisam ter todo o destaque acima de todo o povo? A diluição de líderes é uma tendência de uma sociedade onde a obediência não é praticada. Assim sendo, o pai não é mais o líder do lar, pois ele precisa dividir com a mãe, porém, por que só os dois como líderes? Os filhos também precisam dividir a liderança do lar. O resultado não é divisão de tarefas e nem mesmo uma liderança comum, mas uma diluição da liderança no lar. Quando todos lideram, ninguém lidera. Como se diz: “Cachorro com muitos donos, morre de fome” (v.1-3).

 

2.Assim como no caso de rebeldia de Miriã, Moisés se prostrou diante do Senhor, ele faz o mesmo aqui. A nossa dependência do Senhor não deve mudar dependendo dos acusadores ou das situações. Sempre devemos nos colocar diante do Senhor, esperando a resposta Dele. O teste do incensário era excelente, pois a reivindicação era sobre santidade e autoridade. O incenso sobe até Deus e Ele responderá a questão. Nossas discussões não geram o poder de Deus, só palavras. Os levitas que estavam reclamando já tinham muito trabalho a fazer, mas estavam se desviando da obra de Deus para perderem-se em jogos de poder (v.4-11).

 

3.A turma de Datã e Abirão nem quis saber o que Deus tinha para falar em resposta às reivindicações. Eles consideravam o Egito como terra que mana leite e mel. Acusavam Moisés de querer ser príncipe sobre eles e que não estavam cumprindo a promessa de levar-lhes à boa terra. O homem mais manso da terra irou-se contra eles. Moisés apelou para sua fidelidade diante de Deus. A resposta de Deus veio, mas separou os fiéis para que não fossem destruídos. Moisés e Arão, novamente, mostrando compaixão rogaram pelo povo. A justa indignação, ira como o texto mostra, não é desculpa para a vingança. Deus rejeitara todo o bando e não queria que o povo se contaminasse chegando perto das tendas deles. Separação total dos rebeldes (v.12-27).

 

4.Assim como Jesus, mais tarde, mostrou ao povo que Ele era enviado por Deus, pois fazia as obras que Deus mandara, Moisés também sujeitou-se a um teste de autoridade no qual ele mesmo sugeriu algo espantoso, ou seja, a terra se abrir e engolir os acusadores. Foi isso o que aconteceu. O povo, que já conhecia a autoridade de Moisés, não quis tentar a Deus outra vez. O fogo de Deus consumiu os rebeldes. Os incensários deles foram utilizados para a confecção de lâminas para o altar. Assim, toda vez que vissem a cobertura do altar, o povo poderia se lembrar do pecado da rebeldia e o perigo que isso representava (v.28-40).

 

5.A comunidade de Israel que a princípio temia, ganhou coragem maligna e se rebelou contra a disciplina do Senhor. De novo, Deus planejou destruir o povo e, mais uma vez, a compaixão de Moisés ficou evidente. Moisés pediu para Arão se apressar e fazer expiação pelo povo a fim de salvá-lo. Conseguiram salvar o povo, mas quase 15 mil morreram de praga (v.41-50).

 

“A história registra momentos em que, com juízos instantâneos, Deus demonstra sua repulsa por certos pecados: Sodoma e Gomorra (Gn 19:24-25); Nadabe e Abiú (Lv 10:1-2); Miriã (Nm 12:10); Corá, Datã e Abirão, além de 250 príncipes (Nm 16:23-25); Ananias e Safira (At 5:5-10). O Senhor não emprega esse método com frequência, porém, interfere diretamente em determinadas ocasiões a fim de exortar as gerações futuras.”[14]

 

 

 

 

 

 

 

 

Abandono (Nm 16)

1.Abandonamos a Deus quando nos juntamos aos rebeldes (v.1)

2.Líderes eleitos pelo povo de Deus também abandonam a Deus (v.2)

3.Abandonamos a Deus quando não aceitamos a liderança instituída por Ele (v.3)

4.Quando abandonamos a Deus, pessoas precisam orar por nós (v.4)

5.Deus não abandona o seu povo, mas está pronto para esclarecer (v.5)

6.Deus não abandona seus instrumentos santos (v.6-7 hoje é a Palavra, a pregação, liderança, etc.)

7.Um líder não deve abandonar seu trabalho por ter sido acusado. Somente se Deus o tirar (v.8)

8.Por vaidade, às vezes, líderes querem abandonar seu posto por algo “maior” (v.9-11)

9.Quando abandonamos uma discussão saudável, perdemos a razão (v.12)

10.Abandonamos a Deus quando desprezamos sua grande libertação do Egito (v.13)

11.Abandonamos a Deus quando não cremos mais em sua promessa (v.14)

12.O verdadeiro líder abandona todo tipo de avareza e aproveitamento financeiro (v.15)

13.O líder não deve abandonar a oportunidade de trazer os rebeldes à sensatez (v.16-18)

14.A glória de Deus ainda não havia abandonado o povo (v.19)

15.Chega um momento em que temos que abandonar os que não querem se arrepender (v.20-21, 23-27)

16.O líder não pode abandonar a doutrina de que Deus é Autor e Conservador da Vida (v.22)

17.O líder deve abandonar o que vem de si mesmo (v.28-29)

18.Quando abandonamos a Deus, a disciplina pode vir pesado (v.30-35)

19.Quando abandonamos a Deus e sofremos por causa disso, não devemos esquecer mais (v.36-40)

20.Quando abandonamos a Deus uma vez, não é impossível abandonarmos de novo (v.41-44)

21.O líder não pode abandonar o povo e deixá-lo sem ajuda (v.45-50)

 

Capítulo 17: A vara da verdade

1.Deus já deu as instruções sobre sacerdócio e liderança, mas o povo levantou-se desconfiado da justiça disso. Deus poderia fazer com todos o que fez com Corá e seu bando, mas a paciência de Deus parece não ter limite. Por isso, fez um teste de liderança genuína. Todas as tribos de Israel participariam colocando os respectivos nomes nos bordões. Entalhando o nome de cada tribo nos bordões, todo o povo teria condições iguais de “competição”. É claro que para Deus não se trata de nenhuma competição, pois Ele já escolhera desde o início, para o ofício da adoração da nação, a família de Arão. A porta da tenda da congregação foi escolhida para ser o lugar onde Deus se encontraria com o povo, dando-lhes respostas que buscavam. A escolha da tribo ou família escolhida para ser a líder na adoração seria revelada através do afloramento dos bordões. Aliás, apenas um bordão floresceria. A tribo de Levi seria representada pelo nome Arão (v.1-5).

 

2.Moisés seria o moderador dessa eleição. Vale lembrar que o próprio Deus é quem faria a escolha e não Moisés e Arão. Dessa maneira, ninguém poderia acusá-los de usurpar a autoridade do povo. Eles estavam, supostamente, contra Moisés e Arão e não contra Deus. Eles aceitariam a resposta de Deus, mas não a imposição de Moisés e Arão. No entanto, aceitariam a intermediação de Moisés nessa eleição divina. Quando Moisés foi verificar o resultado, pois somente ele poderia entrar na tenda, ele constatou não apenas o afloramento do bordão da tribo de Levi (representado por Arão), mas notou que das flores brotavam botões e destes já surgiam amêndoas. Não ficava dúvida alguma. Moisés não trouxe para fora da tenda apenas o resultado da eleição, mas as varas para provar o florescimento da vara vencedora. Não tinha como fraudar. Não era urna eletrônica, mas era a eleição de “mata a cobra e mostra a vara!” (v.6-9).

3.Aquele evento foi tão importante que Deus mandou guardar a vara de Arão florida para a posteridade. Aquele objeto, divinamente preservado, sem secar as flores e frutos, seria uma constatação permanente para o povo não confrontar a autoridade de Deus. O povo, de fato, entendeu a mensagem e o medo tomou conta de todos, pois estavam confrontando o próprio Deus. Eles sabiam que mereciam a morte, mas mesmo assim dependiam das misericórdias do Senhor (v.10-12).

 

“A vara florida é um tipo de Cristo, que em Sua ressurreição recebeu de Deus o Sumo Sacerdócio. Todos os outros autores de religiões morreram. Cristo somente é exaltado como Sumo Sacerdote.”[15]

 

A intervenção de Deus para as decisões da vida (Nm 17)

1.Deus poderia não considerar ninguém, mas considera a todos (v.1-2)

2.Deus poderia dar a resposta na hora, mas dá ao homem a oportunidade de participar (v.3)

3.Deus poderia não ter contato pessoal, mas quer se comunicar com o homem (v.4)

4.Deus poderia decidir sem explicações, mas permite ao homem ver os frutos do Seu plano (v.5-8)

5.Deus poderia mostrar apenas o resultado, mas mostra como chegou à decisão (v.9)

6.Deus poderia esquecer de nossa independência Dele, mas está sempre nos lembrando (v.10)

7.Deus poderia destruir o homem, mas aguarda com paciência o seu reconhecimento de incapacidade de controlar a própria vida e tomar as próprias decisões (v.11-13)

 

Capítulo 18: Os ministros da Casa de Deus

1.Arão teria responsabilidade pelos erros cometidos no santuário, por isso, era uma enorme tarefa. Arão não poderia fugir da responsabilidade. Assim acontece com um responsável por uma empresa. Ele é responsável pelo que acontece ali. Ele não pode se esconder atrás da desculpa “eu não sabia”. Arão era responsável em juntar os ministros do Tabernáculo e fazê-los trabalhar. Arão também era responsável em explicar-lhes sobre suas tarefas e impor-lhes limites. O estranho não tinha parte naquele ministério. Nem o estrangeiro e nem alguém de Israel que não fosse da tribo de Levi. Deus está confirmando o sacerdócio de Arão, pois, anteriormente, houve rebeldia e dúvidas. Apesar da responsabilidade grande e rotina árdua, o sacerdócio era um presente de Deus a tribo de Levi. Há muitas coisas que fazemos hoje que são enormes responsabilidades, mas também são presente de Deus e devemos fazer com alegria e gratidão (v.1-7).

 

2.A família de Arão receberia as partes dos sacrifícios que não eram queimadas. Era um presente de Deus também. Não apenas porque era o alimento físico para eles, mas porque eram coisas santíssimas. O evangelho proporciona, para quem vive dele, o sustento, mas ao mesmo tempo é um privilégio, pois tem um peso espiritual incalculável (v.8-19).

 

3.Apesar dos ministros do Tabernáculo e, eventualmente, da Casa do Senhor e do Templo, viverem das ofertas, o objetivo não era ficarem ricos, mas não passarem necessidade. Eles não trabalhavam como os demais em suas lavouras e comércio, pois serviam ao Templo. Por exemplo, não deviam ajuntar terras, pois a porção deles é Senhor. As pessoas do povo ofereciam o dízimo para o sustento da Casa do Senhor e dos ministros da adoração (dos holocaustos), porém, os próprios levitas davam os dízimos do que recebiam. Aqueles que vivem de ofertas dos irmãos, devem também contribuir e dar ofertas para a obra (v.20-32).

 

“Aqueles que assistem à devoção dos outros, devem se certificar de pagar suas próprias ofertas santas.”[16]

 

A mecânica da adoração e do serviço a Deus (Nm 18)

1.Responsabilidade dos líderes pelos erros (v.1)

2.Pluralidade de liderança (v.2)

3.Limites de serviço (v.3)

4.Presunção proibida (v.4)

5.O zelo de Deus (v.5)

6.Ajudantes (v.6)

7.Chamado especial (v.7)

8.Os que vivem do serviço sagrado (v.8-19)

9.A suficiência do sagrado ministério (v.20-24)

10.Suprido por Deus e suprindo também (v.25-32)

 

Capítulo 19: A novilha vermelha e a purificação do pecado

1.A novilha vermelha pela oferta pelo pecado representa Jesus Cristo morto na cruz derramando o Seu próprio sangue. Alguém morreu em nosso lugar, mas não qualquer um, foi o próprio Deus. Aquele que nos oferece um jugo suave e leve. Ele nunca carregou o jugo do pecado, a não ser o nosso próprio fardo com os nossos pecados. Ele não é apenas sem defeito, mas é Santo. Ele foi totalmente consumido. Uma oferta completa. Até o sacerdote ficava imundo até à tarde, pois ofereceu sacrifício pelo pecado. Até mesmo a cinza recolhida representava o pecado e, por isso, quem a recolhia ficava imundo até à tarde. O pecado não é apenas uma má escolha, mas é contaminado e contaminador (v.1-10).

 

“A novilha vermelha: tipo do sacrifício de Cristo como a base da purificação do crente do impureza contraída em sua peregrinação neste mundo e serve de ilustração do método de sua purificação.”[17]

 

2.As leis da contaminação eram bem rígidas e era impossível ficar limpo perto de um cadáver, pois este representa a morte e a consequência do pecado. Um simples vaso sem tampa ou sem esta estar lacrado ficava imundo. Até mesmo tocar em ossos de alguém que já morreu há muito tempo, a pessoa ficava imunda. O pecado não respeita limites territoriais, raças, e nem mesmo o tempo. O pecado contamina sempre. Entrar no santuário sem a devida purificação faz com que o santuário fique imundo e quem o poluiu deve ser eliminado da congregação (v.11-22).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A medida da purificação (Nm 19)

1.Nossa purificação é medida pelo sangue do nosso substituto, Jesus (v.1-2)

2.Nossa purificação é medida pelo substituto perfeito e sem defeito (v.2)

3.Nossa purificação é medida pelo substituto que jamais carregou o jugo do pecado próprio (v.2)

4.Nossa purificação é medida pelo substituto que morreu fora das portas de Jerusalém (v.3)

5.Nossa purificação é medida pelo sangue do substituto aspergido sobre os que creem crentes (v.4)

6.Nossa purificação é medida pelo sacrifício completo do substituto (v.5-6)

7.Nossa purificação é medida pela Palavra purificadora de todos os nossos pecados (v.7-10)

8.Nossa purificação é medida pelo afastamento de todo o elemento contaminador (v.11-22)

 

Capítulo 20: A desobediência de Moisés ao ferir a rocha

1.Cades Barnea é o lugar mais dramático da história da jornada no deserto por razões que veremos. Ali morre Miriã, a irmã de Moisés. A situação que surgiu não foi diferente daquelas que Moisés já havia enfrentado. É importante cuidarmos com nossas atitudes, mesmo em situações repetidas e mesmo que já tenhamos acumulado vitórias do passado. Na vida cristã, tudo deve ser encarado como uma nova situação na qual precisamos confiar no Senhor. A água faltou e o povo se voltou contra Moisés, blasfemando. Nenhuma novidade, pois é assim que agem as pessoas ingratas. Outra ação repetida foi Moisés e Arão clamarem ao Senhor diante dessas reclamações do povo. O Senhor mais uma vez promete socorrer Moisés, Arão e o povo. O Senhor sempre nos dará alívio e escape. Moisés se colocou debaixo do Senhor como já fizera inúmeras vezes e falou ao povo. Até aí nenhuma novidade, mas algo inédito estava para acontecer. A paciência de Moisés se esgotara. Parece que ele não aguentava mais o povo com suas demandas. As pessoas que estão lidando com situações rotineiras, no lar, no trabalho, na escola, na igreja ou em algum ministério, precisam renovar-se diariamente no amor àquilo que faz, pois um dia poderão chegar ao limite e explodir em ira contra as pessoas. Deus quer que tratemos bem as pessoas sempre, até mesmo quando tivermos que ser severos ou executar algum tipo de disciplina. Moisés explodiu. Deus mandou que ele falasse à rocha, mas ele bateu na rocha duas vezes. Não importa que no passado Deus mandara ferir a rocha, desta vez ele deveria apenas falar à rocha. A presunção em achar que podemos decidir qual será o método agora pode, com certeza, nos afastar dos propósitos de Deus. Para os que descansam no pragmatismo, ou seja, “se deu certo é o que importa”, ficarão surpresos. Se o objetivo era sair água da rocha, deu certo. Porém, não basta realizar a obra de Deus, é necessário executá-la da maneira certa. Para o povo, o resultado foi água, mas para Moisés o resultado foi desobediência e disciplina (v.1-11).

 

2.Não temos dúvida que Arão estava com Moisés na mesma desobediência. Isso mostra que não estamos seguros quando erramos coletivamente. Moisés e Arão acabaram perdendo o privilégio de conduzir o povo para dentro da terra da promessa. Eles deveriam separar o povo para o Senhor, mas o que aconteceu é que afastaram ainda mais o povo do Senhor, faltando a eles um bom testemunho. Sem contar que Moisés e Arão também se afastaram do Senhor. Podemos afastar pessoas do Senhor e com isso também nos afastamos Dele. Ali houve contenda, não apenas do povo, mas de Moisés e Arão contra Deus. Ao bater na rocha, desprezaram Cristo que é a Rocha (v.12-13).

 

“Ele então feriu a rocha duas vezes com a vara, ‘como se dependesse do esforço humano e não do poder de Deus somente,’ ou como se a promessa de Deus ‘não tivesse sido cumprida sem toda a força de sua parte’ (Knobel).”[18]

 

O que o incidente da rocha ferida nos ensina? (Nm 20)

1.Há dias que podem ser dramáticos e decisivos para nós (v.1)

2.Há situações semelhantes que podem ter um desfecho diferente (v.2-5, Moisés já passou por isso)

3.Há vitórias do passado que não garantem o sucesso no presente (v.6-8, antes foi só ferir a rocha)

4.Há, na vida cristã, a necessidade de encarar cada situação repetida como se fosse nova, na qual precisamos confiar no Senhor (v.9)

5.Há situações da rotina (lar, trabalho, escola, igreja) que podem nos estressar (v.10)

6.Há necessidade de renovarmos nosso amor diariamente para não nos tornamos agressivos (v.10)

7.Há uma ordem para tratarmos todos bem, mesmo quando tivermos que ser severos (v.10)

8.Há necessidade de fazer o certo da maneira certa (v.11)

9.Não há segurança nos erros só porque são coletivos (v.12)

10.Há perda de privilégio quando agimos com raiva (v.12-13)

 

3.O próximo evento também foi um desastre. Jacó e Esaú foram inimigos por uns 14 anos no passado, mas depois reataram o amor através do perdão e humildade. No entanto, os descendentes ainda estavam com problemas de relacionamento. Israel e Edom se estranharam devido à falta de gentileza dos edomitas. A nação pediu passagem pela terra de Edom, tomando o cuidado para não se aproveitarem da permissão, varrendo dos frutos da terra de Edom. No entanto, os edomitas não estavam dispostos a dar passagem aos seus irmãos israelitas. Nem as lutas que Israel passara e nem o testemunho da vitória que o Senhor lhes concedeu, sensibilizou o rei de Edom. Ele não quis dar passagem. Os israelitas ofereceram o pagamento de pedágio, caso algum animal bebesse da água dos edomitas. Edom não quis conversa com Israel, antes, se Israel não se desviasse haveria derramamento de sangue (v.14-21).

 

4.O monte Hor foi uma despedida de Moisés e Arão, ambos desobedientes no incidente da rocha em Meribá. Arão deveria aceitar a derrota e entregar as roupas sacerdotais para o seu sucessor, Eleazar. Todo o povo saberia dessa sucessão. Moisés obedeceu ao Senhor bem como Arão e assim foi feita a sucessão. Arão morreu e sua morte sensibilizou todo Israel que chorou por um mês. Quanto a Moisés, Deus ainda tinha planos para ele conduzir o povo até a entrada da terra (v.22-29).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tempos difíceis na jornada (Nm 20)

1.Tempo de trabalho (v.14)

2.Tempo de maus tratos (v.15)

3.Tempo de clamor (v.16)

4.Tempo de passagens rápidas (v.17)

5.Tempo de intrigas (v.18)

6.Tempo de tentativa de acordos (v.19)

7.Tempo de incompreensão (v.20)

8.Tempo de desviar-se de caminhos de confusão e briga (v.21-23)

9.Tempo de colher disciplina pela desobediência (v.24)

10.Tempo de sucessão e morte (v.25-29)

 

Capítulo 21: A serpente de bronze

1.A nação de Israel estava sendo treinada para as guerras que viriam quando entrassem em Canaã. O mesmo acontece conosco. Quando pensamos que o Senhor está nos abandonando ou permitindo que passemos por lutas, não devemos nos desanimar, pois Ele está nos treinando para vitórias futuras. A nação de Israel fez um voto ao Senhor prometendo fidelidade completa. Sabemos que votos e promessas saindo da boca do homem são muito instáveis, pois o homem não tem capacidades de levar a termo suas promessas feitas a Deus. No entanto, o plano de Deus era muito maior do que as promessas da nação. O que vale são as promessas de Deus em dar vitória ao povo e não as promessas da nação em ser fiel (v.1-3).

 

2.O incidente a seguir tem muito a ver com a situação do pecador. Por causa desse incidente, os autores escreveram em seus hinos “Terás vida em olhar pra Jesus” e “Oh! Olhai, pois, e vivei”. O pecador no deserto, picado por cobra, precisava olhar para a serpente de bronze sendo levantada na haste. O próprio Jesus usou o incidente para apontar para Si próprio sendo levantado na cruz. O povo de Israel devia atravessar o deserto para encontrar a Canaã, terra maravilhosa e de descanso. O pecador atravessa um deserto espiritual, onde ganha muitas experiências até encontrar o Senhor face a face. Seja este pecador um crente que se afastou do Senhor ou um incrédulo que ainda precisa de salvação. Este caminho é cheio de desertos para a alma. O pecador fica rodeando sem saber como encontrar o Seu Libertador. É um caminho cheio de angústia, pois nada satisfaz o pecador e tudo parece sem sabor. As bênçãos que Deus dá não satisfazem o pecador ingrato. Ele se esquece facilmente das águas da rocha e o pão diário lhe causa náuseas. O caminho de pecado é trilhado com muita angústia. A arrogância, a sede e fome de Deus são ignoradas (v.4-5).

 

3.Todo pecador precisa atravessar o caminho do sofrimento para encontrar o seu Libertador. “Antes de ser afligido andava errado” (Sl 119.67). O caminho do sofrimento é pesado, doloroso e, às vezes, mortal. O povo de Israel teve de enfrentar a mão de Deus em forma de serpentes que picavam mortalmente. Nada do que Deus fez foi injusto. Nenhum pecador que enfrenta a bondade de Deus tem o direito de acusá-lo de crueldade ou injustiça. O sofrimento é o caminho pelo qual o pecador passa para se arrepender. Quer dizer que o pecador sofre antes de ser condenado definitivamente? Todos sofrem por causa do pecado que entrou no mundo. É necessário entender que o homem já nasceu condenado e a vida dele passa a ser o castigo da primeira queda no Éden. Portanto, todos já estão sofrendo o castigo do pecado, nascendo com uma natureza caída. Essa permissão de Deus na humanidade acaba sendo um caminho abençoado, pois sem passar por Ele não vemos necessidade de um Libertador (v.6).

 

4.O caminho seguinte ao sofrimento pode ser a morte ou o arrependimento. Quando há arrependimento, há também o clamor. O reconhecimento da ofensa contra a pessoa de Deus é claro. O desejo de orar é intenso. Paulo disse que se alegrou pela tristeza dos coríntios porque era uma tristeza para o arrependimento (2 Co 7.9-10). A diferença entre o arrependimento e o remorso é que o remorso é um caminho sem saída e o arrependimento é uma estrada transitável (v.7).

 

5.Falta pouco para encontrar o Libertador quando se passa pela estrada do arrependimento. Chegou o momento de passar pelo caminho da libertação. É o caminho decisivo para a mudança de vida. Quando Deus vê o nosso arrependimento, Ele providencia a libertação. O povo de Israel teve a bênção da provisão da serpente de bronze; enquanto nós tivemos a bênção da cruz de Cristo. O caminho da libertação ainda depende de fé. Quem não quisesse olhar para a provisão de Deus morreria. Todo aquele que não aceitar a provisão dele não andará no caminho da salvação. O pecador passa por caminhos difíceis, mas através do arrependimento e da aceitação da provisão de Deus ele receberá a libertação e se encontrará com o Libertador e viverá uma vida de abundância (v.8-9).

 

Os caminhos pelos quais o pecador atravessa até se encontrar o Libertador (Nm 21.4-9)

1.Pecado (v.4-5)

2.Sofrimento (v.6)

3.Arrependimento (v.7)

4.Libertação (v.8-9)

 

6.A seguir, o povo passou por diversos lugares, sempre protegido pelo Senhor. Eles tiveram água, pois Deus não os deixou sem provisão em nenhum momento. O povo também pediu permissão para passar pelas terras do rei Seom, as terras dos amorreus. Da mesma maneira que os edomitas, o rei Seom não permitiu e atacou Israel, mas o Senhor esteve com o Seu povo e destruiu e ainda permitiu que Israel ficasse com as terras daqueles povos. As vitórias de Israel apenas começaram. A promessa do Senhor não falhou e o povo entraria na terra da promessa (v.10-35).

 

“… Confiando em Deus, e obedecendo aos seus mandamentos, seremos mais do que vencedores sobre cada inimigo.[19]

 

Capítulo 22: Balaão – parte 1

 

A polêmica em torno do profeta Balaão (Nm 22-25)

Três problemas estão envolvidos sobre esse profeta:

               1) O conhecimento que Balaão tinha do Deus verdadeiro 

               2) O caráter de Balaão 

               3) As profecias de Balaão

 

 

 

O conhecimento que Balaão tinha do Deus verdadeiro

1.Balaão era de Petor (22.5); Petor era na Mesopotâmia (Dt 23.4). O próprio Balaão fala que é de lá (Nm 23.7). O conhecimento de Deus vinha de Naor, Abrão, Betuel e Labão (Gn 11-12, 24.50, 31.49). Sem dúvida a idolatria prevalecia naquele lugar (Gn 31.19, 35.2, Jos 24.2).

 

2.Séculos se passaram desde os dias de Labão e durante esse tempo o povo desenvolveu a idolatria praticada por seus pais, até obscurecerem totalmente a adoração verdadeira do Deus verdadeiro que, ainda, existia naquele lugar.

 

3.Balaão, tendo herdado uma fé monoteísta de seus pais e, provavelmente, o cargo de profeta, contudo, misturado com a falsa religião. Portanto, este é o conhecimento que Balaão tinha do Deus verdadeiro. Se ele era, de fato, salvo, não sabemos.

 

O caráter de Balaão

1.Balaão é um profeta verdadeiro e aos mesmo tempo um falso profeta (se isso é possível!).

 

2.Ele é um profeta verdadeiro no que diz respeito ao conhecimento do Deus verdadeiro, como visto acima. Porém, era um falso profeta também, pois usava das artes mágicas e adivinhações (Jos 13.22). As profecias dele eram baseadas em prostituições. Balaão, portanto, é um homem dividido entre o Deus verdadeiro e as superstições e falsa religião, confuso com o sincretismo religioso, amante das riquezas materiais.

 

3.O caráter de Balaão, se é que era salvo, era de um profeta desobediente a Deus; e se não era salvo era um falso profeta, que misturava suas adivinhações com o conhecimento do Deus de seus pais.

 

                                                            As profecias de Balaão

1.Em  Nm 23.5 diz que “O SENHOR colocou uma palavra na boca de Balaão” (ver também Nm 23.16 e 24.2).

 

2.Mas como pode o Espírito Santo vir sobre um homem como Balaão? A resposta para alguns não é tão fácil. O fato é que a Inspiração da Palavra de Deus não é nem um pouco prejudicada, ainda que Balaão não fosse sequer salvo (o que não sabemos com certeza).

 

3.O Espírito de Jeová vem sobre Balaão, não porque este é um veículo digno, mas apesar dele, e seu desejo secreto de amaldiçoar Israel, acaba por bendizer.

 

4.Nisto vemos a Soberania de Deus, o qual não é intimidado por ninguém e que pode mudar o rumo de qualquer situação (conforme Rom 8.28).

 

5.Balaão mesmo acabou vendo que seria inútil lutar contra o povo de Deus (Nm 24.1).

 

6.No Novo Testamento há três referências a Balaão: Em 2 Pe 2.15, Jd 11 e Ap 2.14. O erro de Balaão se resume em três: a ideia secreta de amaldiçoar o povo de Deus, seduzir o povo de Deus através da imoralidade (Nm 31.15-16) e a ganância pelo dinheiro.

 

1.Balaque era o rei de Moabe e estava com medo do arrastão israelita, pois por onde passavam acumulavam vitórias, sendo que o Senhor pelejava por Israel. De alguma maneira, Balaão já era bem conhecido e foi solicitado para amaldiçoar Israel. Parece que Balaão vivia disso. Os mais desavisados chegam a pensar que ele era obediente ao Senhor, pois não deu uma resposta imediata, mas mandou que os mensageiros esperassem enquanto ele consultava a Deus. Mas será que isso só fazia parte do espetáculo, uma supervalorização de si próprio como “profeta de Deus”? (v.1-8).

 

2.Deus respondeu a Balaão, perguntando somente para dar a oportunidade de Balaão pensar bem no que ele estava fazendo e onde estava se metendo, pois Deus sabe tudo e já sabia as intenções de Balaque. A resposta de Deus foi para Balaão não se envolver nesse assunto de maldição sobre o povo de Deus, pois era um povo abençoado. Balaão deu a resposta que Deus mandou dar. Evidentemente, tornou-se um profeta difícil e se quisessem levá-lo teriam que desembolsar muito mais dinheiro. Foi exatamente isso que aconteceu. Balaque enviou uma solicitação mais bem representada oferecendo maiores lucros para Balaão. Dizem que todo homem tem seu preço. Balaão entendia bem desse negócio e, por isso, valorizou-se mais ainda, fazendo-os esperar. Desta vez, Deus mandou Balaão ir, pois o nome de Deus seria glorificado naquela situação (v.9-20).

 

3.O texto deixa bem claro para o leitor que Balaão tinha intenções impuras. Deus realmente falou com ele, mas o coração de Balaão não era reto diante de Deus. Às vezes, é muito difícil detectar engano nos falsos profetas, pois parece, às vezes, que Deus está abençoando a obra deles. Não se engane, eles seguem a dois senhores, Deus e o dinheiro. Porém, não se engane novamente. Eles seguem a Deus somente por causa do dinheiro. No final das contas, eles trabalham apenas para o seu próprio ventre, o seu próprio sustento e ganância. A ira do Senhor não se acendeu contra Balaão depois de toda a empreitada, mas logo no início, pois logo ali estavam as intenções gananciosas de Balaão. A jumenta viu o Anjo do Senhor, mas Balaão demorou para ver. Balaão foi machucado pela jumenta e também machucou-a três vezes. A jumenta falar foi espantoso; Balaão responder foi mais ainda (v.21-30).

 

4.A lição da jumenta não foi suficiente para Balaão. Deus se apresentou a ele, abrindo-lhe os olhos. Deus fala conosco de muitas maneiras, mas nem sempre valorizamos os instrumentos que Deus usa. A jumenta se desviou do Anjo do Senhor três vezes, por isso, o Senhor não matou Balaão. A jumenta que ele espantou foi, na verdade, a sua proteção. Quando um jumento passa a ser a proteção do profeta desobediente, isso mostra o estado espiritual em que ele se encontra, ou seja, menos sábio que um animal. Balaão estava apavorado e disposto a retornar de seu caminho ganancioso, porém, o Senhor quis que ele continuasse, não para ser ganancioso, mas para servir de testemunho a Balaque a respeito do Deus de Israel. O sacrifício de animais oferecido por Balaque nada tem a ver com a adoração ao verdadeiro Deus, mas uma mistura de sua crença com a confiança em Balaão. Que comece o show! (v.31-41).

 

“Balaão tem sido um problema para os estudantes da Bíblia. Por um lado, parece que ele foi um pagão, mas por outro lado há indicações de que ele pode ter sido um crente. Alguns comentaristas acreditam que ele era um falso profeta adorador de ídolos a quem Deus compeliu contra sua própria vontade para abençoar Israel. Outros defendem que ele foi um profeta verdadeiro de Iavé que simplesmente caiu diante das tentações da ambição e do dinheiro. ‘Como personagem bíblico... Balaão não parece ser nem peixe nem ave.’... ‘Ele era pecador ou santo?’ Os capítulos 22-24 não se preocupam em se pronunciar sobre o assunto. A figura de Balaão é um incidente para a história... ‘Como um velho ditado diz: ‘O Senhor pode desferir um poderoso golpe com uma vara torta...’[20]

 

O caminho de Balaão – parte 1 (Nm 22)

1.Conhecido por seus serviços religiosos remunerados (v.1-7)

2.Supervalorizador de seus serviços (v.8, 13, 18,19)

3.Difícil de detectar, à primeira vista, se é profeta de Deus ou charlatão (v.9-12, 20)

4.Bastante solicitado (v.14-17)

5.Perverso e ganancioso, mesmo que não pareça à primeira vista (v.21-34)

6.Usado por Deus, não por ser fiel, mas por ser infiel (v.35-41, Deus já usou até demônios para confundir reis)

7.Balaão no NT: 2 Pe 2.15, Jd 11 e Ap 2.14

 

Capítulo 23: Balaão – parte 2

1.Balaão não perdeu a metodologia de trabalho dos profetas, levantar altares para adorar ao Senhor e ouvir sua ordem. É claro que tudo é muito incoerente, pois como pedir a Deus que ajude a amaldiçoar o Seu povo amado? Há vários assuntos que não precisamos nem mesmo orar, pois são contrários à vontade de Deus, registrada em Sua Palavra. Por exemplo, a Bíblia diz que não podemos mentir e nem roubar. Portanto, não precisamos pedir para irmãos orarem para Deus abençoar um negócio que fecharemos nos próximos dias, se secretamente já sabemos que o negócio se estabelecerá sob um roubo ou mentira! Balaão está em um caminho de mentira e ilusão que até ele mesmo acredita (v.1-4).

 

2.Deus não ficou sem responder a Balaão, pois o Senhor já determinou destruir Balaão e Moabe. Tudo o que acontecer daqui para frente é um juízo contra eles. A formalidade toda demonstrou que não ficaria nenhuma dúvida de que Deus estava no controle. Os altares foram feitos para invocá-Lo e a resposta não foi de outro deus, mas do Deus de Israel. Balaão não conseguia amaldiçoar o povo porque Deus não permitiu. Israel é uma nação exclusiva e não deveria se misturar com as nações pagãs (v.5-10).

 

3.O rei de Moabe, Balaque, sentiu-se ludibriado, enganado. Ele estava pagando Balaão para amaldiçoar o povo, porém, com todas as belas palavras que Deus colocou na boca dele, estava abençoando e reconhecendo a mão de Deus sobre Israel. Seria como um vendedor contratado de uma loja fazendo propaganda para os clientes comprarem na loja concorrente! (v.11-12).

 

4.Balaque tentou outro lugar com outros altares. A preocupação de não ver o povo todo, talvez fosse uma estratégia para não se amedrontar com a quantidade enorme de pessoas. A quantidade de altares foi a mesma e os animais oferecidos também, por isso, Balaque pensava que a maldição aconteceria. Engano de Balaque. Balaão abençoou o povo com outras lindas palavras sobre a imutabilidade de Deus bem como Sua proteção e libertação sobre o Seu povo amado (v.13-24).

 

5.Novamente Balaque se sentiu traído pelo seu profeta contratado e tentou mais uma rodada de maldição, em outro lugar, mas repetindo o processo de edificação de altares e sacrifícios (v.25-30).

 

“Primeiro (Nm 23.25), Balaque, irritado, desejou parar Balaão, mas depois ele pensou que seria mais sábio tentar outra vez mudar a mente de Deus; como um pagão, ele ainda pensava que poderia mudar a mente de Deus por força da oportunidade e renovação de sacrifícios.”[21]

O caminho de Balaão – parte 2 (Nm 23)

1.O falso profeta busca a Deus de modo ritualístico e falso (v.1-4)

2.O falso profeta é usado por Deus para juízo contra si próprio e seus seguidores (v.5-12)

3.O falso profeta vive em mudança, mas sempre com o mesmo propósito (v.13-30)

 

Capítulo 24: Balaão – parte 3

1.Balaão buscou sinais para amaldiçoar Israel, mas não teve sucesso. Agora, ele não procura sinais, mas olha para o acampamento de Israel e mais uma vez tenta amaldiçoar o povo. Porém, ele tinha os olhos abertos para saber que Deus está no controle abençoando o povo. Os olhos abertos jamais significaram que ele tinha o coração aberto. Ele estava no caminho da ganância, da imoralidade e da idolatria. Muitos falsos profetas têm os olhos abertos para saber que estão andando por outro caminho que não é a Palavra de Deus, porém, o coração deles está fechado para se converterem (v.1-4).

 

2.Balaão viu coisas lindas sobre Deus, mas o seu coração estava fechado, por isso, eram apenas palavras. De qualquer maneira, não eram palavras vazias, pois vinham diretamente de Deus como testemunho contra Balaão, Balaque e toda a nação de Moabe. As palavras de Balaão falavam da morada de Israel. No entanto, Israel ainda está no deserto, porém, era uma antecipação e vislumbre da terra da promessa. Portanto, Israel teve um profeta falando coisas gloriosas financiado pelo seu inimigo, Balaque, o rei de Moabe (v.5-9).

 

3.Balaque não conseguia se conformar com a situação. Ele pagou Balaão para amaldiçoar Israel, mas pela terceira vez abençoa a nação. Balaque se vê no direito de não pagar Balaão, pois o serviço não foi completo e nem chegou perto do combinado. No entanto, para defesa de Balaão, ele advertira sobre a possibilidade das palavras de Deus serem bênção e não maldição. Para completar as visões de Deus, Balaão prenunciou a derrota de Moabe. Ele anunciou a vitória do Messias, Jesus Cristo, a estrela. Ele é o único que é a estrela e que tem o cetro. Ele será o rei sobre toda a terra. As profecias de Balaão não se limitaram a Moabe, mas também a respeito das nações vizinhas (v.10-25).

 

4.Balaão, não sendo justo profeta diante de Deus e do povo de Moabe e Israel, foi condenado e morto, porém, levou Israel a pecar. Satanás também já está derrotado, mas a sua influência tem feito muitos tropeçarem. Para outras referências do VT sobre Balaão veja Nm 25.1, 31.16, Js 13.22, Dt 23.4-5, Js 24.9-10, Ne 13.2, Mq 6.5.

 

“Finalmente, o infeliz Balaão, cujo coração estava ligado à iniquidade, vendo que não pôde amaldiçoar pelo poder de Satanás, procura frustrar as bênçãos de Deus guiando o povo ao pecado e idolatria… [como se vê no próximo capítulo]”[22]

 

O caminho de Balaão – parte 3 (Nm 24)

1.Olhos abertos por Deus, mas coração fechado por Satanás (v.1-4)

2.Profeta que fala coisas gloriosas de Israel, financiado pelo inimigo Balaque, o rei de Moabe (v.5-9)

3.Brigas internas dos que servem Satanás (v.10-14)

4.O Messias triunfante sobre as nações (v.15-25)

5.Para outras referências do VT sobre Balaão veja Nm 25.1-2 (imoralidade, idolatria e castigo), 31.16, Js 13.22, Dt 23.4-5, Js 24.9-10, Ne 13.2, Mq 6.5

Capítulo 25: A imoralidade e idolatria entraram em Israel pelos casamentos mistos

Não temos todos os detalhes de como aconteceu essa sedução, mas sendo que os textos vistos no estudo do capítulo anterior denunciam Balaão de idolatria e imoralidade, de alguma maneira, ele deve ter voltado e aceitado o dinheiro para destruir o povo de Israel com outra estratégia. Isso mostra que algumas vezes o crente, mesmo gozando de toda a proteção do Senhor acaba caindo por não cuidar de sua vida pessoal e moral. A imoralidade levou naturalmente à idolatria, pois as mulheres moabitas eram idólatras. Deus disciplinou o povo a começar pelos líderes. Cada tribo tinha que se responsabilizar em fazer a limpeza necessária para que o povo voltasse ao Senhor. É muito dramático o exemplo da disciplina do Senhor, mas mostra o quão terrível é o pecado e o mal que acarreta andar por esse caminho. Vinte e quatro mil pessoas morreram por desobediência a Deus. É fácil se prender no assunto da matança e esquecer que outros não morreram porque Fineias foi obediente, cumprindo a disciplina do Senhor e, por isso, foi abençoado por Deus (v.1-18).

 

“Não é necessário, hoje, matar um ofensor a fim de condenar enfaticamente o seu crime. As circunstâncias modernas diferem daquelas que estamos discutindo. Sobre Israel, no tempo dessa tragédia, nenhuma impressão podia ter sido mais profunda e rápida para a ocasião do que pelo ato de Fineias. Mas para um ofensor na mesma posição, hoje, há uma punição tão severa como a morte e na mente popular isso produz um efeito maior para o público e a reprovação de todos os que amam seu próximo e a Deus. O ato de Fineias não foi um assassinato; um ato similar, hoje, seria visto como um crime. A punição hoje é infligida por uma acusação pública, a qual resulta num tribunal público e numa condenação pública. Do tempo dessa narrativa até hoje, as condições sociais passaram por muitas fases. Ocasionalmente, há circunstâncias nas quais o julgamento rápido da justiça é justificável, embora pareça com assassinato.”[23]

 

Separação espiritual (Nm 25)

1.Separação, hoje, não tem a ver com povos, mas com fé (v.1, é diferente de xenofobia)

2.Separação, hoje, tem a ver com práticas de adoração (v.2)

3.Separação, hoje, continua a ser vontade de Deus (v.3)

4.Separação, hoje, exige cortar relações, embora não exija morte (v.4)

5.Separação, hoje, tem a ver com liderança doméstica (v.5)

6.Separação, hoje, traz lágrimas também (v.6)

7.Separação, hoje, tem que ser ato decisivo (v.7-8)

8.Separação, hoje, se for praticada, afetará a muitos (v.9)

9.Separação, hoje, protege o povo de Deus (v.10-11)

10.Separação, hoje, precisa ser encabeçada por bons líderes (v.12-13)

11.Separação, hoje, é uma realidade com pessoas perto de nós (v.14-18)

 

Capítulo 26: O censo dos militares em potencial

Este capítulo justifica o título do livro, Números. É um censo dos militares em potencial. Deus pode vencer qualquer batalha com quantas pessoas Ele quiser e, até mesmo, sem ninguém. No entanto, Ele dá o privilégio de Seu povo participar de Suas batalhas (v.1-65).

 

 

 

“[Após a praga] relatada no capítulo anterior; não é claro quanto tempo depois, mas talvez antes da Guerra com Midiã, mencionada adiante e narrada em Nm 31.1… O Senhor normalmente falava a Moisés e Arão, mas agora Arão estava morto e Eleazar, seu filho, sucedeu-o no sacerdócio e está com Moisés. A ordem foi dada a ambos.”[24]

 

Capítulo 27: As cinco mulheres. A sucessão de Moisés para Josué

1.As cinco mulheres solitárias ficariam sem amparo não fosse a bondade do Senhor através da compreensão e bom senso de Moisés. Elas ficaram numa situação difícil. O pai delas morreu sem deixar filho homem. Elas fizeram questão de enfatizar que ele não fazia parte do bando de rebeldes do deserto, mas morreu como morrem todos os humanos devido a terem nascido num mundo entregue ao pecado. Elas precisavam de um futuro confortável e para isso precisavam da benevolência de seus tios. Isso mostra a falta de direitos de propriedade das mulheres. No entanto, isso acaba de ser mudado com os termos da Lei de Deus para aquelas mulheres (v.1-11).

 

“O caso desta família era singular e, sem dúvida, foi dirigido por Deus. Mas deu ocasião para manifestar a fé e piedade daquelas cinco irmãs; pois é muito evidente que elas criam nas promessas de Deus, que Canaã seria dividida a Israel e elas tinham a graça de desejar uma herança entre o povo de Deus. Enquanto o leitor observa a conduta das filhas de Zelofeade, eu chamo a atenção também para outra instrução surgida dessa circunstância. Moisés teve que numerar o povo… e Deus prometeu que aqueles que foram numerados deviam possuir Canaã (Nm 26.53). Mas as filhas de Zelofeade não foram numeradas e, consequentemente, não tinham direito à promessa. Vemos na sequência, entretanto, que a vontade do Senhor foi conceder a elas o direito; embora não sendo arroladas, elas não tinham pretensões nesta terra.[25]

 

A visão futura (Nm 27)

1.Uma visão do futuro se baseia na história para detectar problemas (v.1-3)

2.Uma visão do futuro reivindica dias melhores para a família e sociedade (v.4)

3.Uma visão do futuro precisa se basear na direção do Senhor (v.5-6)

4.Uma visão do futuro precisa se basear no que é justo (v.7)

5.Uma visão do futuro precisa beneficiar outros, além de si mesmo (v.8-11)

 

2.Moisés vislumbraria a terra ao longe, mas não entraria nela devido à rebeldia com Arão contra o Senhor, batendo na rocha quando devia somente falar. Moisés não quis argumentar com Deus, mas estava preocupado com sua sucessão. Um líder sempre se preocupa que o seu trabalho continue através de outro servo fiel. É claro que Deus está muito mais atento à obra do que o servo mais fiel desta terra. O Senhor já providenciara Josué. Moisés passaria a sua autoridade para Josué. Paulo ordenou Timóteo a ensinar outros homens fiéis também. Precisamos pensar em sucessores fiéis para continuarem a obra do Senhor. Eleazar faria todo o ritual para a entrega do cargo a Josué (v.12-23).

 

 

 

 

 

 

 

A graça de Deus operando em meio à rebeldia (Nm 27)

1.A graça de Deus permite vitória parcial na terra (v.12)

2.A graça de Deus permite a bênção eterna (v.13)

3.A graça de Deus permite a um rebelde o perdão eterno (v.14)

4.A graça de Deus permite o homem ouvir a voz de Deus (v.15)

5.A graça de Deus permite outros nos substituírem (v.16)

6.A graça de Deus permite a obra avançar sem a nossa presença (v.17)

7.A graça de Deus permite prepararmos outros para a obra de Deus (v.18)

8.A graça de Deus permite ainda termos um resto de autoridade (v.19-20)

9.A graça de Deus permite alegrar-nos com a bênção dos sucessores (v.21)

10.A graça de Deus permite obedecermos a Ele mais uma vez depois da rebeldia (v.22-23)

 

Capítulos 28-29: Obediência aos sacrifícios instituídos por Deus

Deus mantém o povo de Israel ciente de suas obrigações na adoração a Ele. Os sacrifícios precisam ser feitos exatamente como Ele ordenou. Eles já tinham exemplos suficientes da consequência que era não obedecer ao Senhor. O próprio Moisés que acabara de passar a autoridade a Josué falhou em um desses detalhes e perdeu a oportunidade de entrar com o povo na terra da promessa. Assim, devíamos nós também observar a Palavra do Senhor no que diz respeito à adoração do Senhor Jesus que nos resgatou com Sua maravilhosa graça. Ele é o nosso sacrifício perfeito. A nossa Páscoa. O cordeiro aceitável a Deus (v.1-30).

 

Capítulo 30: Os votos

 

“Esta seção esclarece o importante princípio de que alguém não deveria considerar obrigações autoimpostas mais importantes do que as tarefas dadas por Deus. Às vezes, uma criança piedosa fará um voto insensato a Deus. Mais tarde, na vida, ele ou ela podem reconhecer que o voto está prejudicando essa pessoa de obedecer ao Senhor. Nesses casos, ... não deve manter o voto.”[26]

 

“Sob a Lei era permitido às pessoas fazerem votos quanto ao que pudessem fazer no futuro, enquanto estava sob teste debaixo da lei. Mas este tempo de teste para Israel (que é um exemplo de toda a humanidade) tem provado que a humanidade não é digna de confiança com respeito a manter suas promessas. Por isso, Jesus, em Mateus 5.33-37 [falou sobre votos e juramentos]... Portanto, votos não têm lugar no Cristianismo. Há apenas Um que guardou perfeitamente os Seus votos, como o Senhor Jesus diz em Sl 116.18: ‘Cumprirei os meus votos ao SENHOR, na presença de todo o seu povo.’ O Senhor pagou os Seus votos no Calvário e nós descansamos na absoluta verdade de Sua palavra que não pode falhar em vez de descansarmos em nossa própria confiabilidade.”[27]

 

1.Não devemos nos perder em promessas vazias, pois sabemos que não somos capazes de manter nossa palavra. Por exemplo, podemos manter um programa de leitura da Bíblia toda, mas não precisamos nos martirizar por não conseguir manter em dia os “10 capítulos”. Homens sugeriram a leitura sistemática, não Deus. Outro exemplo são os votos de casamento. É claro que não desmerecemos a cerimônia, mas sabemos que aqueles votos deveriam ser encarados como um pedido de misericórdia ao Senhor para nos ajudar a confiar Nele para manter aquele casamento, pois somente a graça Dele em nossos lar pode fazer isso possível e não nossas promessas no altar. Não precisamos criar fardos para tentarmos carregar, pois em algum momento da jornada precisaremos pedir que a graça do Senhor nos alivie de nós mesmos. As promessas de nos tornarmos pessoas melhores com um corpo caído pelo pecado é inútil. Quando formos transformados de nosso corpo mortal à imortalidade, então, não precisaremos fazer nenhum voto, pois será um prazer obedecer ao Senhor completamente. Resumindo: hoje não tenho condições de fazer promessas e cumpri-las. Na glória, não precisarei fazer promessas.

 

2.O texto fala da validade dos votos do homem, da mulher solteira e casada, do pai da moça e dos votos da viúva e da divorciada (v.1-16).

 

Os votos[28] (Nm 30)

1.Voto é compromisso, consagração, entrega, devoção

2.Voto é autoimposição, auto sacrifício e autodisciplina com o fim de melhorar o caráter e devoção

3.Voto pode ser uma barganha onde prometo algo e Deus me dá por causa de minha justiça

4.Voto de nazireado se repete hoje quando mães não cortam cabelo do filho

5.Votos insensatos não eram levados em conta no VT. Exemplos: De Saul (não comer mel) e de Jefté (matar (?) o primeiro que passasse pela porta. Obs: Ver comentários em Juízes 11)

6.Voto, alguns dizem, é o que eu prometo fazer e juramento é aquilo que eu prometo não fazer

7.Votos podiam ser precipitados (Ec 5.5-6 e Pv 20.25)

8.Votos podiam ser invalidados através de uma oração (koi nidre) no dia da expiação (invenção dos judeus e não ordem de Deus)

9.Voto perverso era o voto de Corbã (Mt 15.3-9. Não cuidar dos pais para dar o dinheiro a Deus)

10.Votos são muito fracos comparados à dedicação cristã (Mt 22.37-38)

11.Votos na Lei provaram que humanidade não é digna de confiança com respeito a manter suas promessas

12.Votos foram mencionados por Jesus e a Ele devemos ouvir, hoje (Mt 5.33-37)

13.Votos não têm lugar no Cristianismo (Leslie M. Grant)

14.Votos cumpridos, somente Jesus guardou perfeitamente em Sl 116.18 (Leslie M. Grant)

15.Votos de valor foram cumpridos no Calvário e nós descansamos na absoluta verdade de Sua palavra que não pode falhar em vez de descansarmos em nossa própria confiabilidade (Leslie M. Grant)

16.Votos de Plano de Leitura Bíblica podem se tornar um fardo que Deus não colocou sobre nós, mas nós mesmos seguindo sugestões dos homens

17.Votos de casamento deveriam ser encarados como um pedido de misericórdia ao Senhor para nos ajudar a confiar Nele para manter aquele casamento, pois somente a graça Dele em nossos lar pode fazer isso possível e não nossas promessas no altar

18.Votos, hoje, não são aconselháveis, pois não tenho condições de fazer promessas e cumpri-las

19.Votos na glória, não serão necessários, pois não precisarei fazer promessas

20.Votos humanos são falhos e desnecessários. Não confie nas promessas que você faz para Deus. Confie nas promessas que Ele faz, pois Ele as cumpre para o nosso bem.

 

Capítulo 31: Vitória sobre os midianitas com despojos proibidos

1.O último trabalho de Moisés para o povo era batalhar contra os midianitas para que o povo entrasse na reta final da viagem para Canaã. Tudo foi preparado, não apenas os instrumentos de guerra, mas as trombetas e os utensílios sagrados, os quais não deixavam de ser instrumentos de guerra, visto que a luta era do Senhor. As armas de nossa milícia são espirituais em Cristo. Nesta investida contra os midianitas mataram também Balaão. Isso mostra que ele não se envolveu apenas com os moabitas, mas também com os midianitas. Israel saiu vitoriosa e trouxe muitos despojos. Na vida cristã isso tem um paralelo. As vitórias do Senhor para nós trazem junto todas as bênçãos. Por exemplo, o sofrimento e lutas na área da santificação produzem as virtudes de Cristo no crente (v.1-12).

 

2.Os líderes receberam o povo que voltava com os despojos. Porém, Moisés se indignou que trouxeram as mulheres midianitas como despojos. As mulheres foram o instrumento de sedução usado por Balaão para fazer o povo de Israel pecar contra o Senhor em Baal Peor (Nm 25). Moisés ordenou ao povo que se purificasse de seus pecados (v.13-24).

 

3.Moisés mandou o povo fazer a contagem e dividir os despojos em duas partes, uma para os que foram à guerra e outra para toda a congregação que ficou. Os guerreiros deveriam separar uma parte para o Senhor, pois Ele é quem lhes deu a vitória e também para o sacerdote e levitas, pois viviam das ofertas da congregação. As pessoas também foram contadas como despojos, pois algumas serviriam como servas e fariam serviços gerais no tabernáculo e Casa do Senhor (v.25-54, note o v. 40).

 

“O que suportasse o fogo deveria passar pelo fogo, e o que não suportasse deveria ser lavado com água. Essas coisas tinham sido usadas pelos midianitas e, agora em posse dos israelitas, deviam ser santificadas para o serviço de toda a nação e para a honra do santo Deus. Para nós, cada coisa é santificada pela palavra e oração, se somos santificados pelo Espírito, o qual é comparado ao fogo e à agua.”[29]

 

Famílias cristãs e suas lutas (Nm 31)

1.Famílias devem isolar o que as fazem miseráveis (v.1-2)

2.Famílias devem treinar os seus membros para a luta (v.3)

3.Famílias precisam se unir contra os destruidores (v.4)

4.Famílias precisam se armar (v.5)

5.Famílias devem usar armas espirituais em Cristo (v.6)

6.Famílias devem obedecer ao Senhor nessa luta (v.7)

7.Famílias devem ser corajosas e audaciosas na luta (v.8)

8.Famílias não devem preservar o que pode ser destruição (v.9-10)

9.Famílias devem tirar proveito das lutas e sofrimentos da vida (v.11-12)

10.Famílias podem fazer quase tudo certo, mas podem falhar em coisas básicas (v.13-16)

11.Famílias devem se purificar para o Senhor (v.17-20)

12.Famílias devem se submeter ao Espírito Santo, simbolizado na Bíblia por fogo e água purificadores (v.21-24)

13.Famílias devem aprender a dividir e reconhecerem o esforço alheio (v.25-28)

14.Famílias devem contribuir para a obra do Senhor e para os obreiros (v.29-31)

15.Famílias devem guardar memórias de suas lutas no Senhor (v.32-54)

 

Capítulo 32: A cobiça das duas tribos e meia por um “lugar melhor”

1.A saída do Egito representa a nossa redenção do mundo, a nossa salvação em Cristo Jesus. Sabemos que a geração antiga não creu como Josué e Calebe e, por isso, não entrou na terra. Isto não significa que não eram salvos, pois senão Moisés também não seria salvo, visto que não entrou na terra por causa da desobediência a Deus batendo na rocha em vez de falar com ela. Da mesma forma, lamentamos o fato de que há muitos crentes que não vivem uma vida vitoriosa em Cristo Jesus, pois é isto que representa Canaã. Aquele descanso que só Ele pode dar está disponível a todos os salvos, mas nem todos entram nesse descanso por amarem mais outras coisas que não são a Palavra de Deus e a Sua vontade. Exemplo disso, foram os gaditas, rubenitas e metade dos manassenitas. O motivo de não quererem entrar na terra do descanso foi a cobiça por um lugar melhor. Não há melhor lugar do que a terra prometida por Deus. Ninguém deveria trocar Canaã por nenhum lugar na Transjordânia por mais verde que fossem os pastos. Ló teve a mesma escolha egoísta diante de Abraão. Os nossos desejos e planos devem ser submetidos a Deus, pois Ele conhece o que é melhor para nós (v.1-5).

 

2.Apesar do motivo errado, do egoísmo e avareza, Moisés foi paciente com essas duas tribos e meia. Ele poderia ser bem mais duro com eles, mas dirigido por Deus mostrou que não era justo fazerem essa escolha e relembrou-os dos incrédulos que morreram no deserto por não quererem entrar em Canaã. Todos os crentes devem ser advertidos do perigo de não amadurecerem na vida cristã. A vida cristã vitoriosa não deve ser privilégio de alguns crentes mais fortes, mas um dever de todos em submissão a Deus (v.6-15).

 

3.A insistência das duas tribos e meia mostra o quanto o crente que não está andando em vitória é irracional. A proposta deles para Moisés é, no mínimo, inconsequente, pois deixar mulheres e crianças e sairem para guerra seroa o mesmo que deixar a família desprotegida. O lugar em si não era estratégico por não haver limites naturais como do outro lado do Jordão que é protegido pelo Mar Grande a Oeste e pelo Rio Jordão a Leste. Seguindo uma exigência de Moisés, as duas tribos e meia iriam guerrear para depois voltarem. Isto nos adverte quanto à nossa atitude hipócrita de querer fazer um pouco da obra de Deus, por motivo de consciência, para depois voltarmos às cobiças desenfreadas do mundo. Moisés, seguindo a permissão de Deus, conta com as duas tribos e meia para desapossar os cananitas (v.16-27).

 

4.Moisés concedeu a permissão para as duas tribos e meia fazerem como estavam prometendo. É claro que Moisés já deixara claro que ele, e certamente Deus, não queriam que agissem assim, mas Deus permite que cada um faça sua escolha, mesmo que não seja boa. Quando algo der errado, e dará, não poderão acusar a Deus. O Senhor não quer que o crente se machuque, mas está com cada um obedecer ou não e as consequências dessa decisão virão. Deus será misericordioso mesmo com o crente desobediente, porém, há muito sofrimento desnecessário. A Palavra de Deus não nos deixa sem o final dessa história. Em Deuteronômio 3.12-20 há uma repetição do pedido e da permissão. Em Josué 22.1-9 lemos a volta das duas tribos e meia para sua terra depois das guerras. Note que foram abençoados por Josué. Deus não retira as bênçãos que promete, mesmo que o crente ainda volte para uma vida inferior àquela que deseja para ele. Em Josué 22.10-34 os problemas começaram a surgir e uma nova maneira de adorar ao Senhor foi inventada pelas duas tribos e meia. Quando o crente está fora da vontade de Deus começa a formar sua própria doutrina mesmo que se chame “altar do Testemunho”. Em 1 Crônicas 5.18-26 lamentavelmente, mas também de modo previsível, as duas tribos e meia se prostituíram com deuses falsos e foram os primeiros a serem levados ao cativeiro da Assíria. Da mesma forma o crente cobiçoso das coisas do mundo viverá por um tempo servindo a Deus precariamente, mas chegará o tempo que acabará por se desviar completamente do Senhor e do descanso que Ele tem para cada crente. As informações que se seguem (v.33-42) são registros das cidades da Transjordânia que ficaram para as duas tribos e meia (v.28-42).

 

 

“… Embora Moisés fizera uma concessão ao permitir que essas duas tribos e meia tivessem sua porção ao Leste do Jordão, há ainda uma lição muito séria para aprendermos em toda esta história. Eles foram fortemente influenciados pelo desejo dos olhos e, finalmente, habitaram do lado errado do Jordão. É um quadro dos crentes que estão satisfeitos, mas sem o exercício espiritual de aprender a verdade da morte com Cristo (como nos ensina a travessia do Jordão) e, portanto, não têm prazer na verdade de serem ‘abençoado[s] com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo’. Quantos estão nesta condição hoje![30]

 

Obediência parcial a Deus por motivos egoístas (Nm 32)

1.Obediência parcial se dá pelo desejo dos olhos (v.1)

2.Obediência parcial se dá por motivos egoístas (v.2-4)

3.Obediência parcial se dá por falta de interesse no que Deus oferece (v.5)

4.Obediência parcial se dá por falta de senso comunitário e coletivo (v.6)

5.Obediência parcial se dá por falta de alegria no Senhor (v.7)

6.Obediência parcial se dá por não se libertar dos costumes herdados dos pais (v.8)

7.Obediência parcial contagia até os que desejam obedecer totalmente ao Senhor (v.9)

8.Obediência parcial desagrada a Deus (v.10-13)

9.Obediência parcial pode trazer duras consequências (v.14-15)

10.Obediência parcial coloca as pessoas queridas em risco por causa da obstinação (v.16-19)

11.Obediência parcial pode ser permitida por Deus, mas ainda assim é parcial (v.20-24)

12.Obediência parcial facilmente pode ser confundida com fidelidade (v.25-32)

 

Capítulo 33: Acampamentos do povo de Israel

1.Deus poderia, se quisesse, tirar Israel do Egito e fazê-lo caminhar por um caminho rápido e em poucos dias entrarem em Canaã. Porém, Deus sabia que quando vissem os filisteus e outros inimigos, desanimariam. Havia inimigos em Canaã, mas Deus diminuiria aos poucos esses povos, até mesmo através de vespas. Se a terra ficasse vazia, as feras tomariam conta do lugar, por isso, aquelas nações morando ali deixariam a terra preparada para a entrada do povo de Israel (veja Êxodo 13.17-18, 23.27-30).

 

2.O povo partiu do Egito e foi parando em estações que Deus mandava. O tabernáculo passou por muitos acampamentos. A primeira mudança, depois de levantado o tabernáculo aconteceu depois de um ano e um mês (veja Êx 40.17 e compare com Nm 10.11-12). Lendo Números 33, contamos 41 acampamentos do povo de Israel, sempre sob a proteção do Deus único e verdadeiro. O povo acampou em 12 lugares até chegar ao Sinai onde Deus mandou construir o tabernáculo (Nm 33.15). Portanto, o tabernáculo teve que ser montado e desmontado 29 vezes (v.1-56).

 

Capítulo 34: Os limites estabelecidos por Deus

O mesmo Deus que levou Abraão para aquela terra, o qual tirou a família de Jacó dali para o Egito, está para colocar o povo, muito maior, na mesma terra. A fidelidade de Deus é indiscutível. Os limites estabelecidos por Ele são prova de Seu amor por Israel. O objetivo Dele foi que todo o povo morasse além do Jordão, porém, duas tribos e meia resolveram morar na transjordânia. Podemos dizer que temos recebido tudo do Senhor. Há liberdade para todos os crentes no descanso de Deus. O que Ele prometeu em Cristo Jesus, Ele nos deu e continuamos a experimentar das bênçãos da comunhão com Ele (v.1-29).

 

 

Capítulo 35: As cidades de refúgio

Cristo abriga o pecador em segurança, assim como as seis cidades de refúgio. As cidades eram dispostas dos dois lados do rio ao norte, ao sul e no centro, possibilitando a fuga e segurança de qualquer pessoa que estivesse em algum ponto de Canaã. Essas cidades serviriam como proteção àqueles que acidentalmente matavam. Podia ser em um trabalho, um ferro do machado escapando do cabo, por exemplo. O homicida poderia correr para uma cidade de refúgio mais próxima e ali receberia proteção. A salvação em Cristo deveria estar à disposição em todos os cantos da terra. A Igreja deve abrigar os pecadores, conduzindo-os a Cristo (v.1-34).

 

Capítulo 36: O fim das jornadas no deserto. A solução do problema das filhas de Zelofeade.

Vimos o problema levantado no capítulo 27 e aqui, no último capítulo, a solução do problema definitivamente, quando as filhas de Zelofeade se casaram com seus parentes. O texto diz: “Macla, Tirza, Hogla, Milca e Noa, filhas de Zelofeade, se casaram com os filhos de seus tios paternos. Casaram-se nas famílias dos filhos de Manassés, filho de José, e a herança delas permaneceu na tribo da família de seu pai.” (Nm 36.11-12) (v.1-13).

 

“Assim termina o livro do deserto, um livro maravilhoso, como qualquer outra porção da Palavra do santo Deus. Que nos lembremos no estudo deste livro... que ‘...tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos’ (1 Co 10.11). Que passemos o tempo de nossa jornada aqui com temor, reconhecendo nossa separação para Deus, o serviço sacerdotal e levita o qual pertence a nós até alcançarmos nossa herança eterna.”[31]


Pércio Coutinho Pereira, 2020, 1ª ed. 2016

 

Notas

 

1.     Introdução

1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

3.Manual Bíblico - H.H.Halley

4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

7.O livro dos livros - H.I.Hester

8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wierse

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

2.     Números – Introdução e comentário, pg. 59-60 – Gordon J. Wenhan (Edições Vida Nova e Editora Mundo Cristão – São Paulo SP – 1ª ed. 1985)

3.     Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco - Números – pg. 419 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

4.     The Gospel in Numbers, pg. 2 – Threefold Blessing - Henry Law (1885, http://www.gracegems.org/Law2/n04.htm (2 of 6) [05/05/2006 01:38:50 p.m.]

5.     Notes on Numbers Dr. Thomas L. Constable, pg. 24 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

6.     Comentário Bíblico de Matthew Henry pg.11 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

7.     Comentário Bíblico Moody – Números pg. 31 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

8.     Novo Comentário da Bíblia – Números, pg.34 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

9.     The book of Numbers The Annotated Bible – Arno Clement Gaebelein (biblecentre.org)

10.  Comments on the book of Numbers – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

11.  O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg.652 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

12.  Comentário Bíblico NVI pg.322 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

13.  Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 122 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

14.  Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 123 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

15.  Complete Summary of the Bible - Keith L. Brooks (1919 extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

16.  John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible (extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

17.  Scofield Reference Notes (1917 Edition) - Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921) (extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

18.  Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament - Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) (extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

19.  Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Nm 21.21-35 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

20.  The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes). Numbers 22.1-20. Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

21.  The Pulpit Commentary - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

22.  Synopsis of the Old and New Testaments - John Nelson Darby (1800 - 1882) (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

23.  Expositor's Bible Commentary - Edited by the Rev. W. Robertson Nicoll, M.A., LL.D., 1887-88 (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

24.  John Gill's Exposition of the Entire Bible - Dr. John Gill (1690-1771) (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

25.  Poor Man's Commentary - Robert Hawker - Published in 1805; public domain (domínio público) (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

26.  Notes on Numbers Dr. Thomas L. Constable, pg. 96 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

27.  Comments on the book of Numbers – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

28.  Algumas notas são da Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia (6 volumes), vol. 6, pg. 689-690 – Russell Norman Champlin e Pastor João Marques Bentes – 1991 – 4a edição 1997 – Editora e Distribuidora Candeia

29.  Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

30.  Comments on the book of Numbers – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

31.  Annotated Bible – Arno Clement Gaebelein 1919 (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

 

 

 



[1]  1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

[2] Números – Introdução e comentário, pg. 59-60 – Gordon J. Wenhan (Edições Vida Nova e Editora Mundo Cristão – São Paulo SP – 1ª ed. 1985)

[3] Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco - Números – pg. 419 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[4] The Gospel in Numbers, pg. 2 – Threefold Blessing - Henry Law (1885, http://www.gracegems.org/Law2/n04.htm (2 of 6) [05/05/2006 01:38:50 p.m.]

[5] Notes on Numbers Dr. Thomas L. Constable, pg. 24 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[6] Comentário Bíblico de Matthew Henry pg.11 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

[7] Comentário Bíblico Moody – Números pg. 31 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[8] Novo Comentário da Bíblia – Números, pg.34 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

[9] The book of Numbers The Annotated Bible – Arno Clement Gaebelein (biblecentre.org)

[10] Comments on the book of Numbers – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

[11] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg.652 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[12] Comentário Bíblico NVI pg.322 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[13] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 122 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[14] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 123 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[15] Complete Summary of the Bible - Keith L. Brooks (1919 extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

[16] John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible (extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

[17] Scofield Reference Notes (1917 Edition) - Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921) (extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

 

[18] Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament - Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) (extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

 

[19] Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Nm 21.21-35 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[20] The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes). Numbers 22.1-20. Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[21] The Pulpit Commentary - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

 

[22] Synopsis of the Old and New Testaments - John Nelson Darby (1800 - 1882) (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

 

[23] Expositor's Bible Commentary - Edited by the Rev. W. Robertson Nicoll, M.A., LL.D., 1887-88 (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[24] John Gill's Exposition of the Entire Bible - Dr. John Gill (1690-1771) (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[25]Poor Man's Commentary - Robert Hawker - Published in 1805; public domain (domínio público) (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[26] Notes on Numbers Dr. Thomas L. Constable, pg. 96 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[27] Comments on the book of Numbers – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

[28] Algumas notas são da Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia (6 volumes), vol. 6, pg. 689-690 – Russell Norman Champlin e Pastor João Marques Bentes – 1991 – 4a edição 1997 – Editora e Distribuidora Candeia

[29] Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[30] Comments on the book of Numbers – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

[31] Annotated Bible – Arno Clement Gaebelein 1919 (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

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