05 Deuteronômio

Deuteronômio


Introdução[1]

1.Deuteronômio significa “segunda Lei”, no grego da LXX. Este nome vem de 17.18 pelo fato de que nesse livro Moisés está repetindo a lei à nação. Esse livro não contém uma nova lei, mas uma segunda condição da Lei. O título original hebraico é “elleh haddebãrim” = “estas são as palavras” (1.1). Outro nome apropriado para o livro seria “O Livro da Recapitulação”. Devemos notar que quando Deus repete algo de Seus ensinos (e é muito comum Ele fazer isso nas Escrituras) devemos prestar muita atenção, pois são

princípios que necessitamos nos firmar.

 

2.O autor foi Moisés. Evidentemente, sobre sua morte, outro escreveu. Os judeus aceitam que tenha sido Josué, seu sucessor. E a data, 1450-1410 a.C. O livro cobre um período de dois meses, inclusive 30 dias de luto por Moisés. Porém, a narrativa é dos 40 anos no deserto. Alguns estudiosos negam que teria sido Moisés o escritor, pois Deuteronômio só teria sido escrito nos dias da reforma do rei Josias (620 a.C.). Mas seria difícil isso ser verdade, pois no capítulo 13 há pena de morte para qualquer membro da nação que fizer algum pacto com outros deuses e se alguma cidade aceitar tal pacto deveria ser totalmente destruída sem misericórdia, não poupando sequer os animais. Também, no capítulo 12, a ordem era que qualquer homem ou mulher que adorasse outros deuses deveria ser apedrejado sem misericórdia. É impossível imaginar que tais leis fossem editadas numa época em que toda a nação estava inclinada para esses pecados e que, pouquíssimos estavam isentos de tais idolatrias.

 

3.Há várias razões porque Moisés está recapitulando a Lei antes de entrar em Canaã:

 

1) Uma nova geração - A velha geração (exceto Calebe, Josué e, evidentemente, Moisés, até o momento) morrera no deserto. A nova geração precisava ouvir a Lei novamente. Essa geração tinha 20 anos de idade, quando a nação fracassou em Cades-Barneia. É importante que conheçam a Palavra de Deus e obedeçam, o que não ocorreu com seus pais.

 

2) Um novo desafio - Até agora foram peregrinos, mas a partir de agora estão para entrar na Terra Prometida e tornarem-se uma nação habitada. Haveria batalhas e, por isso, deviam-se preparar. A melhor maneira de se preparar para o futuro é entender o passado. “Os que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo.” (filósofo espanhol George Santayana (1863-1952).

3)Um novo líder - Moisés morreria e Josué seria o novo líder da nação. Moisés sabia que o sucesso da nação dependia do povo obedecer a Deus. Se a nação crescesse na Palavra e no amor ao Senhor, então, seguiria Josué e venceria.

 

4)Novas tentações - O povo na terra de Canaã enfrentaria diferentes problemas dos peregrinos no deserto. Moisés queria que possuíssem a terra e permanecessem nela. Assim, ele os advertiu dos perigos e deu-lhes a chave do sucesso.

 

Muitos crentes, hoje, são como Israel (1.1-3). Eles são redimidos do Egito, mas ainda não entraram na herança espiritual do descanso. Estão “deste lado do Jordão“. Precisam ouvir a Palavra de Deus novamente e caminhar pela fé em Cristo Jesus.

 

4.Palavras chaves: Terra (153); Herança (36); Possuir (65); Ouvir (44); Escutar (27); Coração (46); Amor (20). Essas palavras repetidas mostram a ênfase do livro: Israel entrará e possuirá a terra se ouvir a Palavra de Deus, amá-Lo e ouvi-Lo (obedecê-Lo). Se amamos a Deus, nós O obedeceremos; e se obedecermos, Ele abençoará.

 

5.Encontramos a palavra “amor“ muitas vezes nesse livro, ainda que não se encontre em Gênesis até Números. “Amor a Deus e amor de Deus pelo povo” (4.37, 6.4-6, 7.6-13, 10.12, 11.1, 30.6,16,20).  A palavra “coração” (46 vezes em Deuteronômio) é importante; a Palavra deve estar nos corações (5.29, 6.6); pecados começam no coração (7.17ss, 8.11-20); devemos amar a Deus de coração (10.12). Em outras palavras, Moisés deixa claro que bênçãos provém quando o coração está reto. Se estão para possuir a terra, seus corações devem estar cheios do amor de Deus e de Sua Palavra.

 

6.Êxodo, Levítico e Números são “livros técnicos” que se referem especialmente aos sacerdotes e levitas, mas Deuteronômio é um livro escrito para todo homem. Enquanto este repete muitas das leis encontradas nos outros livros, dá um novo e profundo significado dessas leis e mostra o que significam na vida diária do povo. Todos devemos ler Deuteronômio várias vezes. Lembre-se que Jesus, na tentação, citou quatro passagens e todas desse livro.

 

7.Quem escreveu Deuteronômio 34.5-12? Alguns judeus estudiosos, como Philo, o alexandrino e Josefo, o historiador, sugerem que o próprio Moisés foi quem escreveu esses versos através da divina antecipação profética. Porém, no Talmude encontra-se a opinião que Josué, o sucessor de Moisés, foi quem escreveu.

 

8.Moisés viu a terra prometida, contudo, não lhe foi permitido entrar nela (32.51). Mas Moisés entraria futuramente nessa terra de maneira gloriosa (Mt 17.3). É bem provável que o último capítulo (34) tenha sido escrito por Josué.

 

9.Esboço simples

 

   I.Histórico: Moisés olha para trás (1-4)

  II.Prático: Moisés olha para dentro (5-26)

 III.Profético: Moisés olha para frente (27-30)

 IV.Pessoal: Moisés olha para cima (31-34)


 

 

 

Capítulo 1: Os espias

Moisés relembra a história para a nova geração. Dos auxiliares (Êx 18.13-17), dos espias (Nm 13.1-33), do castigo por causa da incredulidade (Nm 14.20-45).

 

Capítulo 2: Os territórios no caminho

O povo passou por territórios, não para residirem, mas somente para atravessarem para o objetivo principal, Canaã. Foram 38 anos rodeando Cades (v.1-15). Israel foi ganhando fama ao passar por esses territórios (v.16-25). Nem sempre Israel conseguiu passar sem destruir os inimigos (v.26-37, Nm 21.21-30).

 

Capítulo 3: A oração de Moisés

Moisés venceu reis (v.1-11, Nm 21.31-35) e permitiu que duas tribos e meia residisse do lado “errado” do Jordão (v.12-22, Nm 32.33-42). Moisés pediu a Deus para mudar a decisão de não deixá-lo entrar em Canaã, mas Deus não atendeu ao pedido (v.23-29, Nm 27.12-23).

 

Capítulo 4: A obediência à Palavra

1.O amor à palavra de Deus surge de um coração que compreende o que Deus fez e como Ele continua cuidando do Seu povo. Essa Palavra deve ser ensinada à nova geração, pois ela é a única força para viver neste mundo contaminado. Somente a Palavra de Deus fará o pecador acertar o alvo que Deus tem para o homem. A Palavra purificará o idólatra de seu terrível desvio (v.1-40).

 

Incentivo ao estudo e obediência à Palavra de Deus (Dt 4)

1.Ouvir a Palavra (v.1)

2.Aceitar a Palavra integralmente (v.2)

3.Observar o que acontece quando se desobedece a Palavra (v.3)

4.Fidelidade à Palavra (v.4)

5.Ensino da Palavra (v.5)

6.Sabedoria obtida na Palavra (v.6)

7.O Deus da Palavra (v.7)

8.Justiça da Palavra (v.8)

9.Ensino aos filhos (v.9)

10.Lembrar quando ouvimos a Palavra no passado (v.10)

11.Temor à Palavra (v.11)

12.O Deus invisível da Palavra (v.12)

13.Código de conduta da Palavra (v.13)

14.Valor da Palavra para o dia a dia (v.14)

15.Afastar-se da idolatria pela clareza da Palavra (v.15-19,23)

16.Santificação pela Palavra (v.20)

17.Disciplina da Palavra (v.21)

18.Desafio da Palavra (v.22)

19.Zelo da Palavra (v.24-28)

20.Misericórdia de Deus na Palavra (v.29-31)

21.A unicidade da Palavra (v.32-36)

22.Palavra de amor e poder (v.37-40)


2.Moisés relembra o povo das cidades de refúgio (v.41-43, Nm 35.9-15, Dt 19.1-3). O Décalogo é ensinado à nova geração (v.44-49).

 

 

Capítulo 5: Os Dez Mandamentos

O código de conduta mais claro já existente. É uma carta contra nós mesmos. Ninguém jamais conseguiu cumprir o que está escrito na Lei de Deus. Quem tenta chegar até Deus através da obediência à Lei, algum dia se deparará, frustrado, com a impossibilidade de ser aceito por Ele. Somente a graça de Deus nos reconciliando consigo mesmo através de Jesus Cristo pode nos fazer participantes da comunhão com o Pai (ver também Êx 20.1-21).

 

Capítulo 6: Novamente a Palavra como fonte de toda a bênção

O ensino gera muitos benefícios. Quando nos referimos ao estudo sério e correto das Escrituras, então, os benefícios são espirituais e eternos. As virtudes que desejamos para nos relacionar e para nos conduzir neste mundo não são encontradas com pensamento positivo ou por esforço próprio, mas pelo estudo da Palavra de Deus que nos transforma à medida que lemos e deixamos que dirija a nossa vida. A maneira certa de pensar e crer é produzida pela Palavra (v.1-25).

 

“Este grande livro prossegue agora para dar expressão ao que era o coração da confissão israelita, ou seja, que Javé não era um panteão de deuses, mas Único. Devia, portanto, ser o objeto único da fé e obediência de Israel. A nação não deveria esquecer Javé nem dividir sua lealdade entre outros deuses nos dias de prosperidade. Além do mais, deveria assegurar a continuidade de tal lealdade e da fé revelada na aliança através do ensino diligente às crianças.”[2]

 

Bênçãos geradas pelo ensino da Palavra (Dt 6)

1.Ensino gera obediência (v.1)

2.Ensino gera temor (v.2)

3.Ensino gera sucesso (v.3)

4.Ensino gera monoteísmo (v.4)

5.Ensino gera integralidade (v.5)

6.Ensino gera permanência (v.6)

7.Ensino gera hábitos (v.7)

8.Ensino gera recapitulação (v.8)

9.Ensino gera registros (v.9)

10.Ensino gera humildade (v.10-12)

11.Ensino gera serviço (v.13)

12.Ensino gera fidelidade (v.14-16)

13.Ensino gera retidão (v.17)

14.Ensino gera vitória (v.18-19)

15.Ensino gera boa tradição e conteúdo (v.20-23)

16.Ensino gera bom futuro (v.24-25)

 

Capítulo 7: Bênçãos pela fidelidade

Deus escolheu Israel dentre todas as nações porque Ele amou e queria que todos O conhecessem através de um só povo. Israel nem existia, mas foi formada pelo próprio Deus (v.1-10 e Êx 34.10-17). As bênçãos foram garantidas, mas o povo deveria ser fiel ao Senhor. Mesmo quando o povo ficasse com medo das nações fortes, Deus tranquilizava Israel, fazendo-os lembrar da vitória no Egito (v.11-26 e Lv 26.3-13, Dt 28.1-14).

 

 

 

Capítulo 8: O sustento físico, emocional e espiritual

Nunca faltou nada para a nação. O sustento de Deus garantiu ao povo o bem-estar físico, emocional e espiritual, assim como Ele tem feito conosco, hoje. Até as humilhações e as privações foram uma forma de extrair do coração do homem as reclamações, ingratidão, orgulho e independência. O melhor e o pior surgem das situações adversas (v.1-20).

 

“Parece que o conceito da autoridade e prioridade de Deus serve como um denominador comum e fornece uma chave para a compreensão dos pensamentos apresentados.”[3]

 

O sustento físico, emocional e espiritual (Dt 8)

1.O sustento recebido deve nos levar à obediência (v.1)

2.O sustento insuficiente prova o nosso coração (v.2)

3.O sustento físico não é tudo o que precisamos (v.3)

4.O sustento espiritual incluiu a disciplina (v.4-5)

5.O sustento físico deve nos levar a louvar a Deus (v.6-10)

6.O sustento de Deus pode revelar o nosso orgulho (v.11-17)

7.O sustento de Deus deve nos fazer reconhecer a força que Ele nos dá (v.18-20)

 

Capítulo 9: A infidelidade do povo e a intercessão de Moisés

1.Israel é o povo rebelde e o Deus verdadeiro (Jeová) é misericordioso. Nós nos parecemos muito com a nação de Israel. Houve várias advertências antes de entrarem em Canaã. Lá encontrariam povos mais fortes e cidades intransponíveis. Veriam homens altos e assustadores, os homens de Enaque. No entanto, a confiança em Deus deveria ser mais forte do que o medo dos adversários. Não era por causa da justiça de Israel que a vitória viria, mas porque Deus estava julgando as nações devido a maldade delas. Aliás, o povo de Israel não merecia a vitória, pois era rebelde. Nenhum de nós merece nada do Senhor, pois nossa tendência é se afastar Dele (v.1-6).

 

Zombaria contra Deus (Dt 9)

1.Zombadores pensam que são maiores do que Deus (v.1, Gn 11.1-9)

2.Zombadores pensam que são mais fortes do que Deus (v.2, Sl 18.2, 21.1, 22.19, 27.1, 28.7, 29.11, 59.9,16, 68.35, 71.18, 84.5)

3.Zombadores pensam que jamais serão julgados por Deus (v.3, Ob 13-15)

4.Zombadores pensam que são justos diante de Deus (v.4-5, Lc 18.9-14)

5.Zombadores pensam que Deus não se lembra da rebeldia deles (v.6-7, Nm 12.2-10)

 

2.A rebeldia do povo foi constante do Egito até o momento, pois houve só murmura­ção. Em Horebe (Sinai), Moisés recebeu a notícia de Deus a respeito da idolatria do povo. O conceito de Deus a respeito do povo não surge de observação, pois Ele já conhece o povo antes mesmo de se rebelarem contra Ele. Deus é justo. Não seria cruel em destruir o povo. Não quebraria a aliança com Abraão. Há crentes num precipício espiri­tual igual ao povo de Israel (v.7-14, 1 Co 11.30).

 

3.Moisés viu o que ouvira de Deus. O monte fervia em fogo; Moisés fervia em indignação. O líder deve ser misericordioso, mas não complacente. Moisés quebrou as tábuas da Lei. A lei já havia sido quebrada nos corações. A Bíblia e a oração só têm valor quando obedecemos, senão só para con­fissão (v.15-17).

 

4.Moisés intercedeu pelo povo. Deus fez uma proposta para ele. Ele preferia a morte própria à morte do povo (Ex 32.32). Moisés conhecia a mão pesada do Senhor. O Senhor ouviu Moisés. Não destruiu o povo. Não destruiu Arão. Moisés destruiu aquilo que estava fazendo separação entre o povo e Deus. É uma ilustração sobre o que deve­mos fazer com os nossos “deuses”. O perdão é absoluto. Houve outras rebeliões, mas Deus sempre foi paciente para com o povo além da medida. Aprendemos bastante com este incidente. Aprendemos que nós não merecemos o Senhor e que devemos honrar nossos líderes. Quanto aos líderes também há ensino. Os líderes devem ser firmes, justos e miseri­cordiosos, pois a misericórdia do Senhor dura para sempre, mas Ele tem o Seu próprio relógio para o fim da longanimidade (v.18-29, Mq 7.18-19).

 

“Quando nos esquecemos da graça de Deus, tornamo-nos orgulhosos e começamos a pensar que merecemos tudo o que Deus fez por nós; assim, Deus precisa nos lembrar de sua bondade e de nossa pecaminosidade, e tal lembrete pode ser doloroso. Esse é o tema da... mensagem de Moisés.”[4]

 

A história de infidelidade de Israel e a misericórdia de Deus (Dt 9)

1.A justiça de Deus (v.1-6)

2.A rebeldia do povo (v.7-12)

3.A indignação de Deus (v.13-14)

4.A indignação de Moisés (v.15-17)

5.A misericórdia de Deus e de Moisés (v.18-29)

 

Capítulo 10: A Lei. A família de Levi. Obediência

1.O povo pecou contra Deus fazendo o bezerro de ouro. Moisés, ao ver aquilo, indignou-se e quebrou as tábuas que, praticamente, ainda nem tinham sido apresentadas ao povo. Novas tábuas foram escritas. Moisés fez uma arca como Deus mandou e colocou as tábuas ali. Aquilo seria um testemunho contra o povo. A Palavra de Deus é um reforço constante contra nossa consciência, pois nela estão os códigos de conduta para a nossa vida (v.1-5).

 

2.Arão morreu e Eleazar, seu filho, ficou no lugar dele. A tribo de Levi ficou encarregada de carregar a arca e cuidar dos assuntos da adoração a Deus. A tribo de Levi não precisa de terras, propriedades e nada que a faça ficar ligada aos negócios deste mundo. Deus é a própria herança da tribo de Levi. O Senhor promete sustentá-los. Aqueles que trabalham para o Senhor não precisam se preocupar com o sustento, pois o Senhor dará a eles. A misericórdia do Senhor era constante sobre o povo. A tribo de Levi deveria ir adiante do povo e dando exemplo para todos possuírem a terra (v.6-11).

 

3.Para seguir a Deus, o homem não pode fazer da maneira que desejar, mas obedecer ao Senhor em tudo o que Ele diz em Sua Palavra. Não uma obediência subserviente apenas, mas um amor intenso e integral. Tudo isso é para o bem do povo. A vontade de Deus não é o nosso último recurso quando as coisas que pretendemos fazer com nossas forças dão errado, mas a vontade de Deus é o nosso primeiro desejo que nos enche de alegria e bênçãos. Tudo é do Senhor e temos a garantia do criador para fazer a vontade Dele. O povo de Israel foi escolhido para ser o portador das bênçãos de Deus para toda a terra. A circuncisão nada é se não houver obediência, por isso, Deus manda circuncidar o coração e não endurecer a cerviz (o pescoço). O Senhor diz ao povo para amar os fragilizados (órfãos, viúvas e estrangeiros). Deus cuidou da pequena família de setenta pessoas e agora conduz o mesmo povo aumentado em dois milhões e meio de pessoas. É o cuidado de Deus de geração a geração (v.12-22).

 

“Devemos temer ao Senhor, amá-lo e deleitarmo-nos em nossa comunhão com Ele. Devemos andar pelos caminhos que Ele preparou para que andássemos, servi-lo com todo o nosso coração e alma. Tudo o que fizermos em seu serviço, deveremos fazê-lo com gozo e boa vontade. Existe verdadeira honra e prazer na obediência. Devemos honrá-lo e unir-nos a Ele como alguém a quem amamos, em quem nos deleitamos e confiamos, e em quem temos uma grande esperança.”[5]

 

Malícia do homem com relação aos assuntos de Deus (Dt 10)

1.O homem quebra a lei de Deus (v.1-5)

2.O homem precisa ser conduzido na adoração (v.6-11)

3.O homem está dividido em sua fidelidade a Deus (v.12-13)

4.O homem não valoriza o grande Deus que possui (v.14-15)

5.O homem endurece o coração contra o Deus que o ama (v.16)

6.O homem despreza os seus semelhantes fragilizados (v.17-19)

7.O homem não valoriza o passado de bênção e proteção (v.20-22)

 

Capítulo 11: A nova terra e os antigos princípios

1.A terra que o povo está para entrar é uma nova realidade. No entanto, os princípios são antigos, pois são os mesmos que Deus quis para o seu povo e o mesmo que deseja para nós, hoje. Ele quer obediência, mas motivada pelo amor. Ainda que alguns não conheceram os eventos do Egito, agora eles têm, através de Moisés, Josué e Calebe o relato verdadeiro das grandezas de Deus libertando os seus pais, disciplinando os rebeldes fazendo com que a terra os engolisse (v.1-7).

 

2.A obediência fará com que o povo agrade o coração de Deus e isso fará as conquistas serem fáceis. Não há dúvida que a terra é boa e inesgotável, mas a permanência do povo na terra dependeria da obediência. As qualidades da terra são invejáveis. As chuvas serão abundantes e, por isso, os alimentos também. No Egito tinham que regar a terra, mas em Canaã, Deus regará a terra com chuvas. O cuidado que deveriam tomar é com a idolatria, pois as chuvas poderiam ficar escassas por falta de fidelidade a Deus. Os filhos deveriam tomar ciência dessas palavras e as próximas gerações só alargariam os limites territoriais (v.8-25).

 

3.A escolha do homem sempre permaneceu, não acabou com a queda de Adão e Eva. Isso não diminuiu em nada a soberania de Deus. Ele não deixa de ser poderoso e o homem não passa a ser o dominador de Deus e do futuro. Dentro da escolha do homem, há responsabilidades e consequências as quais desfrutará ou sofrerá, dependendo das escolhas que faça. Deus queria deixar bem claro que as escolhas trariam resultados, por isso, mandou pronunciar as bênçãos e as maldições em montanhas distintas. O cuidado de Deus estaria sobre o povo, mas as pessoas precisariam também tomar o cuidado de obedecerem às palavras Dele (v.26-32).

 

 

 

 

 

Quando começaria o declínio da nação (Dt 11.1-7)

1.Quando deixasse de amar o Senhor (v.1)

2.Quando deixasse de considerar a grandeza do Senhor (v.2)

3.Quando deixasse de considerar os sinais do Senhor no Egito (v.3-4)

4.Quando deixasse de considerar o cuidado do Senhor no deserto (v.5)

5.Quando deixasse de aprender com a disciplina do Senhor (v.6-7)

 

 

 

 

 

 

 

Os termos das bênçãos de Deus para o povo de Israel e possíveis aplicações para nós na vida cristã (Dt 11.8-32)

1.Se obedecerem, possuirão a terra (v.8).

Nós: alegria, ousadia e influência positiva sobre a vida de outros

2.Se obedecerem, permanecerão na terra (v.9)

Nós: Respostas de oração e firmeza nas lutas

3.Se obedecerem, Deus regará a terra com chuvas (v.10-17)

Nós: Privilégio de ajudar outros e gratidão em nossos corações

4.Se ensinarem os filhos, os dias serão multiplicados na terra (v.18-21)

Nós: Semente plantada para o futuro e isenção de culpa por não ensinar

5.Se obedecerem, vencerão todos os inimigos (v.22-25)

Nós: Convicções mais firmes e aceitação pelo bom testemunho

6.Se obedecerem, serão abençoados sempre (v.26-32)

Nós: Segurança da presença de Deus e certeza de que valeu a pena

 

Os reparos na porta e no portão da casa do lar do crente[6]

 Dt 11.18-20

1.A marca de uma família cristã está nestes versos (Dt 11.18-20). Começa com a Palavra de Deus sendo fixada nos corações e mentes daqueles que se unem em casamento. A família cristã começa com um relacionamento individual com Deus através de Jesus Cristo. Davi disse que escondia as palavras de Deus em seu coração (SI 119.11). Estas palavras fundamentam o caráter daqueles que serão canais através dos quais os filhos virão ao conhecimento do amor de Deus e da salvação através de Jesus Cristo. A Palavra de Deus escondida (guardada) no coração é o ingrediente e ativo no estilo de vida dos pais crentes. A Palavra de Deus influencia diretamente a vida e a atitude dos pais. A metáfora “símbolos em suas mãos” indica que as ações dos pais devem ser dirigidas pela Palavra de Deus. A Palavra de Deus produz as atitudes e valores da vida. “Amarrar a Palavra de Deus à testa” mostra a perspectiva da visão do mundo sob a realidade de Deus, ou seja, ver o mundo como Deus vê. Os pais ensinam os filhos a ver com os olhos de Deus. A maior barreira para os filhos aprenderem a Palavra de Deus é levantada pela discrepância entre o que os pais fazem e o que dizem. Por isso, Deuteronômio enfatiza a prática pessoal em primeiro lugar e depois o ensino aos filhos. A direção para os pais é muito clara: “Ensina-os”. A Palavra de Deus deve ser uma parte da conversa diária e não uma experiência isolada e limitada aos domingos ou reservada para os “cultos domésticos”. A Palavra de Deus é para ser parte da conversação dentro e fora do lar. Pais, frequentemente, classificam sua conversa com os filhos entre “assuntos espirituais” e “não espirituais” e os filhos aprendem a ser “bilíngues”. Aprendem a falar a língua do mundo e a língua da Bíblia. Tiago (3.9-12) nos adverte sobre a tendência da língua para gerar louvor a Deus e ao mesmo tempo amaldiçoar. Quando a Palavra de Deus não é uma parte integrante de nossa comunicação tanto em casa como “ao longo do caminho”, nossos filhos aprendem a guardar a Palavra de Deus separada de suas vidas ao invés de tornar-se parte de sua própria vida. A Palavra de Deus é também um “estoque” para cada dia. Se a criança é exposta à Bíblia e oração no início e fim de cada dia (“ao levantar e ao deitar”), o tempo de intervalo terá menos impacto de minar seus efeitos. O aspecto final desta “fórmula” relata a natureza da experiência espiritual no lar e a imagem da família fora, no mundo (v.18).

 

2.”Umbrais” representam a atmosfera interior e a experiência da vida familiar e “portas” representam a imagem pública da família do lado de fora, no mundo. Tanto o lado de dentro quanto o lado de fora reflete a marca da Palavra de Deus. Frequentemente, famílias aplicam seus recursos apenas em um ou outro lado. Muito esforço é desprendido para fazer a família parecer uma família fiel aos olhos dos outros. Às vezes, não é possível diferenciar uma família de crentes de outra. Quando o lado de fora parece normal, mas o lado de dentro não é, o resultado é como uma fachada bonita, apenas. Quando a imagem do lado de fora não reflete a realidade interior, crianças perdem sua identidade de “crentes” quando saem para o mundo. Assim, perde-se também a utilidade da família e o testemunho é prejudicado. Portanto, o processo de tornar-se uma família cristã normal é “velar às portas e umbrais” para que a identidade de família cristã normal seja congruente do lado de dentro e de fora (Pv 8.34). Os resultados serão filhos que crescerão com a Palavra de Deus fixada em seus corações e mentes.

 

Capítulo 12: A adoração

1.Deus não aceita a falta de integridade do homem. Para adorar a Deus é necessário interromper o estilo de vida descomprometido. Não se pode seguir a Deus sem deixar para trás algumas práticas. Porém, aqui é preciso muito cuidado para que os homens não nos encham de regras deles próprios. Confundir a voz de Deus com a voz dos homens resultará em desastre espiritual. O povo de Israel deveria pensar agora na terra de Canaã e não mais no deserto. Os ídolos que encontrariam pelo caminho deveriam ser destruídos. A adoração não seria realizada sob a própria escolha, como foi o caso de Caim, mas conforme todos os detalhes que Deus mandasse. Uma nova alegria seria conhecida daqueles que vivessem na terra prometida. A maneira de ser de cada um influencia na conduta de um grupo, mas não era assim que deveria acontecer. As atividades de uma vida errante pelo deserto seriam trocadas por um novo estilo de vida. A visão humanista não teria lugar. As práticas dos homens estariam sob a ordem de Deus (v.1-14).

 

2.As preferências pessoais são respeitadas, porém, há os mínimos redutíveis na adoração e prática do povo de Israel na terra de Canaã. Um exemplo, é a comida com sangue. Se fosse alguma privação para alguns, que pagassem o preço, pois Deus não permitiria a prática pagã de banquetes regados a sangue. O laço com o mundo da época os levaria para longe de Deus, por isso, não se tratava de nacionalismo que destrói tudo que não seja nacional, mas um afastamento dos casamentos que trariam a idolatria para dentro da nação. As opiniões próprias não deveriam guiar o povo, mas a Palavra de Deus (v.15-32).

 

“Israel não devia pagar nenhum tributo sacrificial a outros deuses, pois tal tentativa impossível de servir a dois senhores seria rebeldia contra o grande mandamento da aliança de Deus. Na terra prometida, a lei do altar central envolveria tanto a centralização dos festivais de sacrifícios especiais... quanto a descentralização das festas familiares comuns...”[7]

 

 

 

 

O que é necessário interromper para seguir e adorar a Deus (Dt 12)

1.Interromper a vida no deserto (v.1)

2.Interromper os altares de ídolos (v.2-4)

3.Interromper a escolha própria (v.5-6,11)

4.Interromper a alegria das coisas do mundo (v.7,12)

5.Interromper a maneira própria arrogante de ser (v.8)

6.Interromper as atividades errantes pelo deserto (v.9-10)

7.Interromper a visão humanista (v.13-14)

8.Interromper as preferências pessoais quando entram em conflito com a vontade de Deus (v.23)

9.Interromper o laço com o mundo (v.29-31)

10.Interromper as opiniões próprias pela Palavra de Deus (v.32)

 

Capítulo 13: Os falsos profetas

1.Os falsos profetas apresentam novidades para o povo de Deus, oferecendo sinais milagrosos para seduzir-nos a um tipo de adoração diferente daquilo que o Senhor nos mandou. De fato, os falsos profetas são rebeldes contra Deus, pois querem se firmar com poder humano para subjugar os seus semelhantes. Tudo tem a ver com poder. Se não fosse errado não haveria segredo, mas os convites são secretos, até mesmo pelos familiares, próximos aos crentes. A destruição deles está bem perto. As cartas de Pedro e Judas são bem ilustrativas quanto ao final dos falsos profetas. Não precisamos cair com eles (v.1-18).

 

“Medidas tão rigorosas eram, por certo, indispensáveis naquela altura. Úteis no tempo de Moisés, dificilmente se compreenderiam num período posterior, quando se fez sentir a influência dos profetas. A frase é repetida juntamente com outros pecados odiosos em 17.7,12; 19.13,19; 21.9,21; 22.22,24; 24.7.”[8]

 

Os convites dos falsos profetas (Dt 13)

1.Eles convidam a acreditar em sinais (v.1, Mt 24.24)

2.Eles convidam a outro tipo de adoração (v.2-4, 2 Tm 3.1-9)

3.Eles convidam a rebeldia (v.5, Tt 1.10-16)

4.Eles convidam em segredo (v.6-11, Pv 1.10-19)

5.Eles convidam para a própria destruição deles (v.12-18, Fp 3.17-21)

 

Capítulo 14: Luto, animais e dízimos

1.Deus não permite o auto flagelo como forma de luto. Ele permitiu o rasgar das vestes, a vestimenta de saco e jogar cinza e pó sobre a cabeça. Eram formas não agressivas de lamento. Isso mostra que até mesmo na aflição é possível equilíbrio. Isso distingue o povo de Deus que recebe o consolo Dele e o povo incrédulo que não tem esperança (v.1-2).

 

2.Todas as regras a respeito de animais puros e impuros foram canceladas diante de Pedro em Atos 10. Não nos conduzimos com regras de alimentos. Os que tentam pressionar as pessoas, enchendo-as de regras são os que seguem os ensinos dos demônios, conforme Paulo em 1 Tm 4. Deus colocou o povo debaixo de teste de obediência. É inútil tentar razões para aquela dieta que não fosse simplesmente o teste de obediência (v.3-21).

 

 

3.Os dízimos e ofertas eram a forma de controle social, pois através dessas ofertas não haveria pobre em Israel. Aqueles que trabalhavam integralmente para Deus conduzindo o povo à adoração, também eram sustentados pelos dízimos. Hoje temos um padrão muito maior ensinado por Deus através do apóstolo Paulo em 1 Co 9 e 2 Co 8-9. Damos voluntariedade com alegria e não nos limitamos a uma porcentagem. Deus não nos deixará passar por necessidade ao contribuir dessa maneira. Não estamos contando as moedinhas, mas dando liberalmente. Muitos, até sem perceberem acabam dando mais do que o dízimo (v.22-29).

 

“Se crentes debaixo da Lei podiam dar 10% de seus rendimentos, isto certamente é uma boa base para os crentes que vivem debaixo da Nova Aliança começarem a dar. Entretanto, não deveríamos parar nos 10%, mas deveríamos dar sistematicamente à medida que o Senhor nos faz prosperar (1 Co 16.1-2).”[9]

 

Capítulos 15-26: A consistência das leis de Deus para Israel

Muitos assuntos são repetidos dos outros livros do Pentateuco, pois, afinal, Deuteronômio é a repetição da Lei. Impressiona como os juízos do Senhor são verdadeiros e como são consistentes. Há muitas aplicações para nós, mas devemos lembrar também que estamos debaixo da graça de Jesus e somos justificados mediante a fé e não por cumprir as obras dadas como teste para o povo de Israel. A seguir, uma seleção de versículos mostrando a consistência da Palavra de Deus em situações cotidianas para o povo de Israel.

 

“Em contraste à ideia de que o livro de Deuteronômio é um refinamento legalista dos regulamentos mosaicos, a estrutura de Deuteronômio sugere que este livro é designado para elucidar a moralidade mais ampla atrás de cada um dos Dez Mandamentos. O livro, então, é uma exposição do espírito dos Mandamentos. As implicações radicais do decálogo obrigam o indivíduo a um estilo de vida de conduta moral mais amplo que a ‘letra da lei’ sugere. Deuteronômio lida com quatro assuntos principais (autoridade, dignidade, compromisso e direitos e privilégios), cada qual focaliza dois ou mais mandamentos. Sob cada um dos quatro assuntos, um mandamento lida com a conduta diante de Deus e um ou mais com a conduta diante do homem. Quando essa estrutura é estudada, torna-se claro que Moisés reuniu casos legais ao redor dos temas comuns a fim de trazer uma maior compreensão dos requerimentos de Deus ao serem refletidos em cada mandamento do decálogo. Assim, há um tema moral atrás de cada mandamento o qual cria parâmetros para todas as épocas para a conduta ética.”[10]

 

A consistência das leis de Deus para Israel (Dt 15-26)

1.O perdão a cada sete anos contribuia para o equilíbrio social (15.2)

2.A intenção secreta e má do coração é vista por Deus (15.9)

3.O servo da orelha furada ilustra nosso amor a Deus (15.16-17)

4.O animal defeituoso não serve para o sacrifício (15.21)

5.A exigência de autoridades justas e incorruptíveis (16.19)

6.O interesse idólatra do homem em monumentos (16.21-22)

7.A limitação de sabedoria que todos temos (17.8)

8.A confiança e o descanso nas decisões de líderes (17.9)

9.As sete diretrizes para um rei (17.14-20)

10.A diferenciação do povo de Deus e os demais quanto ao futuro (18.14)

11.O prenúncio de Jesus Cristo (18.18-19)

12.O teste de um profeta (18.22)

13.A misericórdia de Deus para o homicídio culposo (sem a intenção de matar, 19.4-5)

14.A justiça de Deus para o homicídio doloso (com intenção de matar, 19.11-12)

15.A exigência da pluralidade de testemunhas em qualquer acusação (19.15)

16.O direito dos recém-casados não irem para a guerra (20.7, 24.5)

17.A prevenção contra os que desanimam os soldados do Senhor (20.8)

18.A sustentabilidade do lugar onde moramos (20.19-20)

19.O princípio da lei do mais próximo poder ser culpado (21.1-9)

20.O direito do filho mais velho, mesmo sendo da mulher preterida (21.15-17)

21.O filho irremediável (21.20-21)

22.Um prenúncio da crucificação de Jesus Cristo (21.23)

23.A prevenção e a responsabilidade pelos acidentes (22.8)

24.O impressionante motivo para deixar as mágoas para trás (23.7-8)

25.O conceito antigo e bíblico para o saneamento básico (23.13)

26.A tolerância para a fuga de escravos (23.15-16)

27.A prostituição e o homossexualismo condenados (23.17-18)

28.A falta de necessidade de votos (23.22)

29.O princípio do “pega o que te basta” (23.24-25)

30.O respeito à privacidade de um lar (24.10-11)

31.O direito sagrado do salário do trabalhador (24.15)

32.A responsabilidade individual nos pecados (24.16)

33.O princípio do “isto não te fará falta e será uma bênção a outros” (24.19-22)

34.Disciplina física para adultos com limites judiciais (25.1-3)

35.A lei do levirato não era imoral; era necessária (25.5-6)

36.A obediência integral (26.16-19)

 

As sete diretrizes para um rei (Dt 17.14-20)

1.Deve ser da escolha de Deus (v.14-15)

2.Deve ser do povo de Israel (v.15)

3.Não deve multiplicar cavalos para si e nem negociar com o Egito (v.16)

4.Não deve se casar com várias mulheres (v.17)

5.Não deve ajuntar para si riquezas (v.17)

6.Deve ter uma cópia da Lei de Deus para si (v.18)

7.Deve ler a Lei de Deus todos os dias da sua vida (v.19-20)

 

Capítulo 27: As maldições sobre Israel

1.O capítulo 28 de Deuteronômio é um dos capítulos mais simples de se entender na Bíblia, na minha opinião. São duas palavras simples: bênção e maldição. É dirigida a um povo, o povo de Israel. Se obedecessem ao Senhor seriam abençoados, se desobedecessem aos mandamentos de Deus seriam castigados. No capítulo 27 existem apenas maldições. Alguns se aproveitaram desses capítulos para assustar os menos entendidos para proveito próprio, arrancando-lhes dinheiro e dominando suas mentes, como se Deus estivesse dizendo que alguém deve se manter fiel a um grupo explorador da fé. Certamente este capítulo pode ser aplicado aos crentes, mas se temos de ser fiéis a alguém, deve ser a Deus. Somos guardados em Cristo, já não há maldição sobre o povo de Deus, porém, é certo que se não obedecermos ao Senhor, seremos disciplinados. Sabemos que a chuva cai para os maus e os bons, por isso, não temos de medir as pessoas pelas posses e prosperidade. Senão, cairemos no erro grotesco de dizer que um perverso rico é abençoado por Deus por sua fidelidade. Isto seria uma blasfêmia contra Deus. Da mesma forma, um crente fiel, mas pobre, diríamos que é um amaldiçoado porque não crê nas promessas de Deus. Deve existir uma maneira melhor de olhar para estes dois capítulos. Em primeiro lugar, a nação de Israel deve estar em foco. Se sobrar algumas aplicações para nós, ótimo, vamos aproveitá-las! Estes capítulos não deixam de ser uma profecia precisa do que iria acontecer com Israel, antes mesmo de entrar na terra prometida.

 

“Há três profecias de seu desterro, todas foram cumpridas. Há três profecias de sua restauração, duas foram cumpridas. O terceiro retorno de Israel à terra ainda é futuro... há doze maldições pronunciadas, mas há somente seis bênçãos.”[11]

 

2.É claro que a nação tem mais bênçãos, como o próprio McGee diz, elas estão no Sermão do Monte. As 12 maldições no capítulo 27 são concebidas pelo povo com “amém”. Há 12 améns. As bênçãos e maldições são condicionais, ou seja, conforme a obediência ou desobediência do povo haveria bênçãos ou maldições. As bênçãos seriam pronunciadas no monte Gerizim por seis tribos: Simeão, Levi, Judá, Issacar, José e Benjamim. As maldições seriam pronunciadas no monte Ebal por outras seis tribos: Rúben, Gade, Aser, Zebulom, Dã e Naftali (Dt 27.12-13). Aqui vamos estudar as maldições. As bênçãos estão em outro estudo do capítulo 28 de Deuteronômio intitulado “As bênçãos e as maldições sobre Israel” (v.1-14).

 

3.Deus ama, mas também odeia. Ele tem ódio da idolatria de qualquer tipo. Aqui, especificamente, a idolatria propriamente dita, de ídolos feitos por artífices. Colocar num lugar escondido ou oculto significa colocar num altar separado para receber aquele ídolo. Qualquer pessoa que não aceita a idolatria será abençoada. Algumas pessoas não aceitaram Jesus como Salvador ainda, mas não aceitam a idolatria. Elas não são salvas, mas têm a vantagem de não estarem cegas com tão grande obstáculo. Todos precisam ser salvos, mas sem dúvida a idolatria dificulta muito a pregação da Palavra de Deus (v.15).

 

4.Os pais devem ser honrados pelos filhos. O contrário disso é uma quebra de confiança. Os pais deram tudo para os filhos e não honrá-los é desprezar o que é mais confiável nesta vida. Outra quebra da confiança é desrespeitar os limites do próximo. O roubo de propriedades é tão antigo quanto as terras e heranças. Mover o limite de uma cerca ou adulterar uma escritura é uma quebra de confiança daquele que mora perto de nós. Um cego precisa de alguém de confiança. Ensinar o caminho errado para um cego é grande falta de respeito e quebra de confiança. Alguém que faz isto está chamando para si a maldição. Algumas pessoas de baixa renda precisam confiar em outros que lhe deem algumas “migalhas” para sobreviverem. Eles tinham alguns direitos na Lei de Moisés os quais eram sua esperança de uma vida menos difícil. Por exemplo, podiam andar por uma plantação e pegar o que caia no chão. Na igreja, as viúvas desamparadas são sustentadas, conforme a ordem do apóstolo Paulo. Se alguém se aproveitar desses menos favorecidos, a confiança é quebrada e a maldição sobre o infrator é certa. Os fariseus pervertiam os dinheiros das viúvas, roubando-lhes dinheiro e justificando com extensas orações (v.16-19).

 

5.Os pecados sexuais são muito secretos, por isso, nem sempre são descobertos. Cada um deve andar em pureza diante de Deus. Nesses versículos são condenados os pecados de incesto e de bestialidade. Satanás derruba muitos servos de Deus através dos escândalos sexuais. Vivemos numa sociedade doente. Não há limite sexual por causa do bombardeio de todas as formas possíveis. A oferta é muito grande. Quanto mais longe de Deus estivermos mais propensos estaremos para a queda. A bênção é a castidade, sendo que cada um pode ter seu cônjuge em amor ou viver debaixo da graça de Deus que controla os impulsos sexuais (v.20-23).

6.Se a quebra de confiança conduz à maldição, a falsidade nos relacionamentos levará o hipócrita a quebrar a confiança. O assassinato é uma forma de agressão muito dramática. A maioria das pessoas não mataria ninguém, mas através de uma falsa acusação é possível cometer uma espécie de assassinato. Os relacionamentos quebrados são muito difíceis de serem reparados. O irmão ofendido é como uma cidade fortificada. Devemos preservar os nossos relacionamentos. Até mesmo quando nos separamos por alguma razão, devemos deixar as portas abertas. A falsidade não justifica nenhum argumento. Jamais devemos enganar o próximo, pois senão ficaremos sujeitos à falta de bênçãos e até às maldições. Finalmente, a maldição número doze resume todas as demais. Aquele que não concorda com estas palavras receberá o juízo de Deus, pois são Palavras Dele e todos devem obedecer (v.24-26).

 

As maldições sobre os pecados (Dt 27)

1.As maldições sobre os pecados de idolatria e falsa religião (v.15)

2.As maldições sobre os pecados da quebra de confiança (v.16-19)

3.As maldições sobre os pecados sexuais (v.20-23)

4.As maldições sobre os pecados de falsidade nos relacionamentos (v.24-26)

 

Capítulo 28: Bênçãos

O povo de Israel tinha apenas que obedecer a Deus e receber as bênçãos. Não era um fardo pesado obedecer a um Deus amororoso, cuidadoso, atencioso, justo, protetor, generoso, sábio e todas as qualidades criativas não encontradas em nenhum outro ser. Mesmo não sendo de Israel, hoje, nós como Igreja somos abençoados com toda a sorte de bênçãos espirituais em Cristo Jesus nas regiões celestiais. As bênçãos do Senhor não trazem nenhum tipo de perturbação. Se nos sentimos privados ou negligenciados podemos ter a absoluta certeza que é porque não estamos desfrutando da rica fonte de bênção da nossa vida, o próprio Deus. Até quando não temos o que foi mencionado neste texto, como filhos, por exemplo, o Senhor nos enche de alegria e nunca haverá falta de crianças e adolescentes para discipularmos e sermos bênção para eles. O contrário das bênçãos se daria apenas por desobediência, como hoje, a indiferença e negligência para com os princípios claros da Palavra de Deus trarão erros e consequências para o nosso dia a dia (v.1-68).

 

“Embora a herança de Israel e as contínuas promessas não eram um assunto de mérito legal, havia uma conexão entre a piedade da nação e sua prosperidade. Para o Antigo Testamento, o reino teocrático prefigurava o reino de Deus consumado, no qual a justiça e a glória estariam unidas.”[12]

 

Bênçãos (Dt 28)

1.Posição e honra (v.1,10,13)

2.Bênçãos gerais (v.2-3,6)

3.Fertilidade (v.4,11)

4.Alimentação (v.5)

5.Proteção (v.7)

6.Bens provenientes dos negócios (v.8,12)

7.Comunhão com Deus (v.9,14)

 

 

 

 

Capítulo 29: A nova geração

Uma nova geração sempre tem um compromisso maior de agarrar as verdades, pois tem mais tempo de história e tradição. No entanto, acontece muitas vezes da nova geração se desviar dos bons princípios, seja por rejeitar as verdades antigas ou por ignorá-las. Quando o caso é de ignorância, a responsabilidade cai sobre aqueles que deveriam ensinar, passar adiante suas convicções. Vivemos época em que o ensino é essencial, como em todas as épocas. Moisés e Josué foram fiéis, mas isto não era garantia da obediência do povo. Da mesma forma, hoje, os professores da Bíblia, os pastores e líderes e os pais precisam ensinar a nova geração. Se eles não andarem no caminho do Senhor que seja a triste decisão deles, mas que não sejamos acusados de não passar adiante os princípios vivos da Palavra de Deus (v.1-29).

 

“Este não era um novo concerto, em adição àquele feito no Sinai, mas simplesmente uma renovação e reafirmação daquele concerto. No Sinai, o concerto foi, de fato, feito; sacrifícios foram oferecidos e as pessoas foram aspergidas com o sangue sacrificial, pelo o qual o concerto foi ratificado... mas na ocasião aqui referida, nenhum sacrifício foi oferecido, por isso, foi meramente o reconhecimento do concerto antigamente feito como ainda subsistindo.”[13]

 

A nova geração e sua responsabilidade (Dt 29)

1.Antiga Palavra novamente (v.1,12)

2.Testamento antigo (v.2)

3.Provas antigas (v.3)

4.Entendimento novo (v.4, talvez uma pergunta)

5.Preservação antiga (v.5)

6.Sustento antigo (v.6, nunca assaram o próprio pão e só beberam água da rocha)

7.Proteção nova (v.7)

8.Posse nova (v.8)

9.Obediência nova (v.9)

10.Geração nova (v.10-11)

11.Relacionamento novo motivado pelos antigos (v.13)

12.Geração futura (v.14-15)

13.Escravidão antiga e a liberdade atual (v.16)

14.Perigo da idolatria (v.17-18,26)

15.Presunção e bebedice (v.19, acrescentando pecado ao pecado)

16.Disciplina divina (v.20-21, 27-28)

17.Prejuízo para a geração futura (v.22-23)

18.Testemunho manchado (v.24-25)

19.Responsabilidade da geração atual (v.29)


Capítulo 30: O futuro de Israel

Infelizmente, o povo de Deus, atualmente, está dividido em sua Escatologia, ou seja, a doutrina das últimas coisas. Alguns grupos e suas igrejas locais entendem que a Igreja substituiu Israel e, portanto, os planos de Deus para o futuro se referem apenas à Igreja. Outros grupos e suas igrejas locais entendem que os planos de Deus continuam para a nação de Israel e um dia serão cumpridos, pois fazem parte de cinco Concertos que Ele fez com a nação e manterá a Sua Palavra dada a Abraão, Isaque e Jacó. Portanto, para estes, a Igreja não deve ser confundida com Israel, embora ambos sejam salvos pelo sangue do Cordeiro, Jesus Cristo. Os judeus que se convertem, hoje, fazem parte da Igreja, mas os judeus crentes antes de Cristo e os que serão salvos na Tribulação, fazem parte da nação de Israel (v.1-20).

 

“Israel nunca tomou a terra sob o concerto incondicional abraâmico, nem mesmo possuiu toda a terra prometida (Gn 15.18, Nm 34.1-12). O concerto aguarda a vinda do Rei para o seu cumprimento.”[14]

 

O futuro de Israel (Dt 30.1-10, Concerto Palestiniano)

1.Dispersão (v.1)

2.Conversão nacional (v.2)

3.Ajuntamento (v.3-4)

4.Devolução da terra (v.5)

5.Obediência nacional (v.6,8)

6.Destruição dos inimigos (v.7)

7.Prosperidade (v.9-10)

 

Acessibilidade à mensagem de Deus (Dt 30.11-20)

1.A mensagem não é difícil (v.11)

2.A mensagem não está longe (v.11-14)

3.A mensagem não é forçada (v.15)

4.A mensagem oferece recompensa (v.16)

5.A mensagem permite escolha própria (v.17-18)

6.A mensagem convida a fazer a escolha certa (v.19-20)

 

Capítulo 31: Últimas palavras

As últimas palavras de uma pessoa são muito importantes. É verdade que muitas pessoas se prendem às palavras chantagistas e sentimentais, fazendo promessas para quem está no leito de morte, as quais são praticamente impossíveis de se praticar. Isso traz para algumas pessoas amarras escravizadoras difíceis de escapar. Jesus nos chamou para liberdade e não para vivermos assombrados e debaixo de promessas feitas aos moribundos. Porém, algumas palavras são dignas de seguir, pois não expressam caprichos humanos e, sim, a Palavra de Deus, principalmente, para a ajuda de outros que continuarão vivos neste mundo. Exemplos bíblicos são os melhores. Destacamos a Grande Comissão, ocasião em que Jesus deixou a todos nós a promessa de que nunca nos abandonará e a tarefa de pregarmos ao mundo todo o evangelho. Aqui, Moisés deixa conselhos preciosos para a nação de Israel, os quais envolvem o testemunho da Palavra, obediência, coragem e vitória (v.1-30).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Últimas palavras (Dt 31)

1.Fim de carreira (v.1-2)

2.Início de carreira (v.3)

3.Vitórias continuadas (v.4)

4.Obediência (v.5)

5.Coragem (v.6-8)

6.Leitura da palavra (v.9-13)

7.Transição de autoridade (v.14)

8.Desvio (v.15-16)

9.Disciplina divina (v.17-18)

10.Cântico motivacional divino (v.19-23)

11.Testemunho escrito, a Palavra (v.24-26)

12.Testemunho humano, os líderes (v.27-30)

 

Capítulo 32: Cântico de Moisés

1.Todos sabemos a diferença entre um solo rochoso e um solo arenoso. O solo arenoso traz insegurança para construir sua casa (Mt 7.24-27). Até que se estude bem o solo não se deve pensar em nenhum projeto custoso. Depois que se sabe que o solo é rochoso o investimento pode ser alto, mas nunca será perdido. Há uma garantia de Rocha firme, que é a Pessoa de Jesus Cristo. Embora haja firmeza na Rocha, há também perigo ao enfrentá-la. A Obra dessa Rocha é perfeita. Tudo o que Deus fez é perfeito. Toda a Sua criação funciona como Ele quer. O modo como os planetas giram em torno do sol, como as estações mudam e como as estrelas brilham, fala da perfeição das obras de Deus. Os caminhos dessa Rocha são justos. Não há injustiça da parte de Deus. Os homens podem agir com injustiça, mas Deus, nunca. O problema é que o ser humano nem sempre concorda com a justiça de Deus, mas, apesar disto, Ele continua sendo a Rocha, firme e justo em Suas obras. É a Rocha verdadeira. Deus nunca mente. Aquilo que Ele diz em Sua Palavra, a Bíblia Ele cumpre. Os homens mentem uns para os outros. Os homens quebram contratos, mas Deus é sempre verdadeiro. Por isso, você deve confiar no que Ele diz, pois é garantido como uma Rocha (v.4).

 

2.O nome Jesurum soa um pouco estranho para nós, mas é um nome poético para a nação de Israel, o povo amado de Deus. Jesurum quer dizer “o amado”. Deus cuidou do Seu povo, Israel, como um povo amado. Este povo engordou, isto é, ficou satisfeito com as bênçãos de Deus, mas infelizmente, começou a dar coices na Rocha. Chutar uma Rocha é muito perigoso para o pé. Da mesma forma, desprezar a Rocha, que é o Deus verdadeiro, é um perigo para a vida. Não se deve desprezar a Pessoa de Deus, pois se assim fizer haverá consequências terríveis e eternas. Israel continuou dando coices na Rocha, rejeitando a Deus e a Seu Filho, Jesus Cristo (v.15, 1 Pe 2.6-8).

 

3.Nosso Deus sabe desprezar também. Ele nos ama e cuida de todos nós, porém, Ele é um Deus que exige toda a adoração para Si somente. Deus não divide a Sua glória com nenhum outro ser ou deuses, os quais, porventura, surjam na mente das pessoas. Só há um Deus e Ele é a Rocha eterna. Ele abate os arrogantes (Tg 4.6). Ninguém que lutou contra Deus conseguiu vencer. Ninguém que se esquece de Deus pode viver sem ser esquecido por Ele. Não ler a Bíblia é uma forma de não se lembrar de Deus. Devemos ler a Bíblia e quando necessário procurar alguém que realmente possa ajudar a entendê-la melhor. Muitas pessoas possuem várias Bíblias, mas não as leem. Alguns até deixam a Bíblia na sala, aberta, mas não se lembram que a Bíblia não tem apenas uma página, mas em torno de 1400 páginas. O homem não pode se esquecer da Rocha para que ela não se esqueça dele (v.18-20).

4.O povo de Deus se esqueceu da Rocha e perdeu a sua firmeza. A Bíblia diz que um homem poderia fazer com que outros mil fugissem e somente dois homens colocariam dez mil inimigos para correr. Mas, sem obediência tudo isto é apenas sonho. Se não obedecemos a Rocha, o Deus verdadeiro, a nossa vida está alicerçada na areia e não na Rocha e como ficar firme na areia? A Rocha de Israel acabou entregando o seu povo aos inimigos. Há grandes benefícios em se obedecer a Deus, mas há enorme perigo em desobedecê-Lo. A Bíblia é o único livro que dirá para alguém o que Deus realmente quer e o que Ele exige (v.30).

 

5.Os próprios inimigos julgam assim. Na história do povo de Israel todos os seus inimigos foram derrotados. Da mesma forma todos os que estão seguros na Rocha, Cristo Jesus, são vitoriosos. O poder da nossa Rocha, o Deus verdadeiro, é mais forte que os demais ídolos e deuses falsos. Após atestar a firmeza da Rocha, o certo é continuar firmado nela. Você conhece esta Rocha ou ainda está patinando na areia e não consegue sair do lugar? Lembre-se: Não há engano na Rocha verdadeira. Mas é possível desprezar a Rocha. Só que ao esquecermos da rocha, Ela se esquece de nós. A Rocha pode fazer muito para os que são obedientes a Ela. Não há outra Rocha, senão o Nosso Deus que é o mesmo Deus de Israel, o único a quem todos deverão prestar contas um dia. Não deixe de conhecer hoje essa Rocha. Leia a Bíblia (v.31,36-37).

 

“Ó céus, Ó terra – criaturas sem vida e sem sentido, as quais ele chama para acusar a estupidez de Israel que foi mais tola para ouvir do que elas: são testemunhas da verdade de suas palavras e da justiça das acusações de Deus contra eles.”[15]

 

Os benefícios e os perigos de se conhecer a Rocha que é Cristo (Dt 32)

1.Não há engano nessa Rocha (v.4)

2.É possível desprezar a Rocha (v.15)

3.Esquecendo-se da Rocha, esta pode esquecer-se também (v.18-20)

4.A Rocha faria muito mais se houvesse obediência (v.30)

5.A nossa Rocha é mais firme que a rocha dos inimigos (v.31,36-37)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Conteúdo do cântico de Moisés (Dt 32)

1.A Palavra de Deus sai da boca de Dele (v.1)

2.A Palavra de Deus desce como chuva (v.2)

3.O nome de Deus é grande (v.3)

4.Deus é Rocha de justiça (v.4)

5.O pecador é deformado e corrupto (v.5)

6.O pecador é louco e filho rebelde (v.6)

7.Os antigos devem ser consultados (v.7)

8.Deus distribui as terras com justiça (v.8)

9.Deus ama o seu povo (v.9)

10.Deus cuida do seu povo (v.10-11)

11.Deus guia o seu povo (v.12)

12.Deus sustenta o seu povo (v.13-14)

13.O pecador despreza a Rocha (v.15)

14.O pecador irrita a Deus (v.16-17)

15.O pecador se esquece (olvida) da Rocha (v.18)

16.Deus também sabe desprezar (v.19)

17.Deus também sabe se esconder (v.20)

18.Deus também sabe provocar ciúmes (v.21)

19.Deus também sabe arremessar flechas (v.22-25)

20.O motivo de Deus não destruir o seu povo (v.26-27)

21.O pecador não aceita os conselhos de Deus (v.28-29)

22.Os inimigos de Deus são venenosos (v.30-33)

23.A vingança pertence ao Senhor (v.34-36)

24.Os deuses são inúteis; Deus é único (v.37-43)

25.Conclusão do cântico e da vida de Moisés (v.44-52)


Capítulo 33: Bênção e gratidão

Moisés se despede do povo com palavras de esperança. Sempre enfatizando a Palavra de Deus e o amor com que Ele cuidou do povo, Moisés pediu que o povo andasse nos caminhos do Senhor, a fonte de todas as bênçãos materiais e espirituais. Deus não deixaria o povo, mas continuaria através de Josué a dar vitórias ao povo. Nunca ficariam sem uma habitação e nem se tornariam um povo derrotado, mas sempre juntos alegrando-se com as bênçãos de Deus. Porém, tudo isso estaria aliado e condicionado à obediência à Palavra de Deus (v.1-29).

 

“Assim é Cristo para o seu povo, que habita secretamente Nele desde a eternidade, sendo escolhido Nele e dado a Ele... onde habitam como em uma fortaleza, seguros, tranquilos, confortáveis e agradavelmente.”[16]

 

 

 

 

 

 

 

 

Motivos de bênção e gratidão vistos na bênção de Moisés a Israel (Dt 33)

1.Despedida (v.1)

2.Palavra de Deus (v.2, Lei)

3.Amor de Deus a todos os povos (v.3)

4.Palavra de Deus escrita (v.4)

5.Rei (v.5)

6.Família grande (v.6)

7.Ajuda (v.7)

8.Direção divina (v.8)

9.Obediência (v.9)

10.Ensino (v.10)

11.Poder (v.11)

12.Segurança (v.12)

13.Terra (v.13)

14.Produtos da terra (v.14-16)

15.Força (v.17,22 imponência)

16.Alegria (v.18)

17.Prosperidade nos negócios (v.19)

18.Vitória ampla (v.20-21)

19.Favor de Deus (v.23)

20.Comunhão com os irmãos (v.24)

21.Paz (v.25)

22.Deus incomparável (v.26)

23.Cuidado (v.27)

24.Habitação (v.28)

25.Salvação (v.29)

 

Capítulo 34: Fim de carreira

Que momento cheio de sentimentos misturados! Moisés terminou bem a carreira ou não? É certo que ele não entraria por causa da desobediência, porém, a reação dele diante da disciplina do Senhor não foi de rebeldia, mas continuou a realizar a obra do Senhor até quando foi levado para junto do Senhor. Moisés morreu, não podemos duvidar disso, como se algo místico tivesse acontecido com o corpo dele. Simplesmente, o Senhor escondeu o corpo de Moisés, mas ele terminou sua carreira, saindo deste mundo através da morte. Ele vislumbrou o futuro, recordou o passado e marcou muitas pessoas com sua obediência a Deus que foi marcante em sua vida. Josué substituiu na função, mas ninguém pode substituir outra pessoa na essência, pois o plano de Deus para cada pessoa é único. Que sejamos servos que marquem a vida de outros para se aproximarem de Deus, assim como foi a vida de Moisés (v.1-12).

 

“Aqui chegamos ao fim de tudo em Moisés. Ele sentiu aquela sentença que passa sobre todos os homens porque todos pecaram... Mas, Leitor! Observe o seu caráter. Ele disse que foi servo de Jeová, o santo de Deus. E nós sabemos pela autoridade do Espírito Santo que preciosa é aos olhos do Senhor a morte de seus santos.”[17]

 

 

Fim de carreira (Dt 34)

1.Vislumbre do futuro (v.1-3)

2.Recordação do passado (v.4)

3.Morte (v.5)

4.Sepultamento (v.6)

5.Longevidade (v.7)

6.Vidas marcadas pelo servo de Deus (v.8)

7.Transição (v.9)

8.Transição versus exclusividade e ser insubstituível (v.10)

9.Histórico (v.11)

10.Visibilidade enquanto vivo (v.12)


Pércio Coutinho Pereira, 2020, 1ª ed. 2016

 

Notas

 

1.     Introdução

1) Explore the book - J.Sidlow Baxter

2) Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

3) Manual Bíblico - H.H.Halley

4) Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

5) Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

6) Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

7) O livro dos livros - H.I.Hester

8) Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

9) A História de Israel - Samuel J.Schultz

10) Através da Bíblia - Myer Pearlman

11) Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12) De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13) O Novo Dicionário da Bíblia

14) Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15) Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wierse

16) A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17) Comentários da Bíblia Vida Nova

 

  1. Deuteronômio – Introdução e comentário, 117 – J.A. Thompson (Ed. Vida Nova – São Paulo – SP – 1ª ed.1982, reimpr. 2006)
  2. Deuteronomy: An Exposition of the Spirit of the Law - John H. Walton (Grace Theological Seminary and Galaxie Software – 1997 – vol. 8, nr. 213)
  3. Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 522 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)
  4. Comentário Bíblico de Matthew Henry – Deuteronômio, pg. 19 (CPAD, 3ª ed. 2003)
  5.  Minding your doors & gates - James P.Trotzer (Grace & Truth - Fev. 1990)
  6. Comentário Bíblico Moody - Deuteronômio, pg.40 – editado por Charles F. Pfeiffer (Impressa Batista Regular São Paulo – SP – 4ª impr. 2001)
  7. O Novo Comentário da Bíblia - Deuteronômio, pg. 49 - Editado pelo Prof. F. Davidson, MA, DD – editora em português pelo Rev. D. Russell P. Shedd, MA, BD, PhD (ed. Vida Nova – São Paulo – SP – reimpr. 2000)
  8. Notes on Deuteronomy - Dr. Thomas L. Constable, pg. 65 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
  9. Deuteronomy: An Exposition of the Spirit of the Law, pg. 213 - John H. Walton (Grace Theological Seminary and Galaxie Software - V8 #2—Fall, outono, 1987)
  10. Thru the Bible, Deuteronomy – J. Vernon McGee
  11. The Wycliffe Bible Commentary, Electronic Database. Copyright (c) 1962 by Moody Press http://207.44.232.113/~bible/comment/ot/wbc/deu/deu53.html (14/08/2004)
  12. The Pulpit Commentary - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A - Published in 1880-1897; public domain (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)
  13. Summarized Bible - Complete Summary of the Bible - KEITH L. BROOKS Copyright 1919 (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)
  14. John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)
  15. John Gill's Exposition of the Entire Bible - Dr. John Gill (1690-1771) (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)
  16. Poor Man's Commentary - Robert Hawker - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

 



[1]  1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

[2] Deuteronômio – Introdução e comentário, 117 – J.A. Thompson (Ed. Vida Nova – São Paulo – SP – 1ª ed.1982, reimpr. 2006)

[3] Deuteronomy: An Exposition of the Spirit of the Law - John H. Walton (Grace Theological Seminary and Galaxie Software – 1997 – vol. 8, nr. 213)

[4] Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 522 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[5] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Deuteronômio, pg. 19 (CPAD, 3ª ed. 2003)

[6] Minding your doors & gates - James P.Trotzer (Grace & Truth - Fev. 1990)

[7]Comentário Bíblico Moody - Deuteronômio, pg.40 – editado por Charles F. Pfeiffer (Impressa Batista Regular São Paulo – SP – 4ª impr. 2001)

[8]O Novo Comentário da Bíblia - Deuteronômio, pg. 49 - Editado pelo Prof. F. Davidson, MA, DD – editora em português pelo Rev. D. Russell P. Shedd, MA, BD, PhD (ed. Vida Nova – São Paulo – SP – reimpr. 2000)

[9] Notes on Deuteronomy - Dr. Thomas L. Constable, pg. 65 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[10] Deuteronomy: An Exposition of the Spirit of the Law, pg. 213 - John H. Walton (Grace Theological Seminary and Galaxie Software - V8 #2—Fall, outono, 1987)

 

[11] Thru the Bible, Deuteronomy – J. Vernon McGee

[12] The Wycliffe Bible Commentary, Electronic Database. Copyright (c) 1962 by Moody Press http://207.44.232.113/~bible/comment/ot/wbc/deu/deu53.html (14/08/2004)

[13] The Pulpit Commentary - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A - Published in 1880-1897; public domain (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[14] Summarized Bible - Complete Summary of the Bible - KEITH L. BROOKS Copyright 1919 (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[15] John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

 

[16] John Gill's Exposition of the Entire Bible - Dr. John Gill (1690-1771) (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

 

[17] Poor Man's Commentary - Robert Hawker - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

 

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