03 Levítico

Levítico

 

Introdução[1]

1.Levítico significa “pertencente ou concernente aos levitas”. O título original hebraico é “wayyiqra” = “Ele chamou” (1.1). Os levitas eram pessoas responsáveis pelo serviço do tabernáculo (Nm 3.1-13). Este livro contém as instruções divina para os sacerdotes, concernentes aos vários sacrifícios, às festas e às leis de separação (limpos e imundos). Levítico é o livro que mais contém palavras diretas de Deus. Um sacerdote era de família levita, mas um levita, necessariamente, não era um sacerdote.

 

2.Moisés foi o escritor. Em mais de 50 pontos dos 27 capítulos, há referências de Deus dirigindo-se a

Moisés. O livro foi escrito em 1450-1410 a.C. O livro abrange o período de apenas um ano, que foi a jornada de Israel no Sinai.

 

3.Os temas abordados no livro:

1) Gênesis explana o pecado e a condenação do homem; Êxodo enfatiza a redenção e Levítico trata da separação e comunhão.

 

2) A nação foi tirada do Egito e levada ao Sinai em Êxodo, mas em Levítico o Senhor fala do tabernáculo (Lv 1.1) e mostra como o pecador pode andar em comunhão com Deus.

 

3) As palavras “santo” e “santidade” aparecem mais de 80 vezes nesse livro.

 

4) A primeira seção do livro trata dos sacrifícios, pois nenhum homem pode se aproximar de Deus sem derramamento de sangue. De fato, a palavra “sangue” é encontrada 87 vezes em Levítico.

 

5) A segunda metade do livro cobre as leis de purificação, mostrando como as pessoas devem viver vidas separadas para agradarem ao Seu Senhor.

 

6) Deus redimiu a nação da escravidão; agora Ele quer ver a nação andar em santidade e pureza para Sua glória.

 

7) Esse princípio aplica-se ao crente, hoje. Se fomos salvos pelo sangue do Cordeiro e libertos da escravidão do mundo, devemos andar em comunhão com nosso Senhor (1 Jo 1.5-10). Necessitamos do sangue de Cristo, O Perfeito Sacrifício para limpar-nos do pecado; necessitamos obedecer a Palavra e andar em pureza e santidade neste presente mundo mau. Tudo isso é visto em tipos e símbolos em Levítico.

 

4.Levítico é um livro de sacrifício e sangue, temas repulsivos para as mentes modernas. A humanidade hoje quer uma “religião sem sangue”, moralidade sem sacrifício, e isso é impossível. Levítico 16 é o capítulo chave do livro; Levítico 17 mostra claramente que é o derramamento de sangue que perdoa o pecado (17.11). A palavra “expiação” significa “cobrir”; é usada 45 vezes no livro.

 

5.O sangue do VT não pode remover pecados (Hb 10.1-18); isto foi cumprido de uma vez por todas com o sacrifício de Cristo na Cruz. O sangue dos sacrifícios do VT podia apenas cobrir o pecado e apontar adiante, para o Salvador que morreria, completando assim, a obra da Redenção. Os sacrifícios não podiam salvar a alma; isso acontecia mediante a fé na Palavra de Deus, pois esta é a fé que salva a alma.

 

6.Davi sabia que os sacrifícios não eram suficientes para levar embora os seus pecados (Sl 51.16-17); os profetas, também, deixavam isso bem claro às pessoas negligentes (Is 1.11-24). Mas quando o pecador se apresentava com um coração contrito, colocando a fé na Palavra de Deus, então, seu sacrifício era aceitável a Deus (Gn 4.1-5).

 

7.Levítico é cheio de tipos e símbolos de Cristo e Sua obra de Redenção na Cruz. Os cinco sacrifícios ilustram vários aspectos de Sua Pessoa e Obra, e o Dia da Expiação pinta de maneira bela Sua morte na Cruz. Não devemos forçar cada detalhe de cada tipo. Algumas das ilustrações para os sacrifícios, por exemplo, tinham propósitos práticos e higiênicos, apenas, e, necessariamente, não têm nenhuma lição espiritual específica.

 

8.Nós não devemos praticar sacrifícios levíticos hoje, mas este livro ainda traz lições práticas para ponderarmos:

 

1) A terribilidade do pecado - Somente o derramamento de sangue expia o pecado. Pecado não é algo leve e sem importância; é odioso aos olhos de Deus. Pecado é prejudicial; cada sacrifício era uma despesa financeira para o adorador hebreu.

 

2) A santidade de Deus - Deus faz uma distinção neste livro entre o limpo e o imundo e adverte Seu povo a “ser santo porque eu sou santo”.

 

3) A misericórdia de Deus - Ele providenciou um caminho de perdão e restauração. Esse caminho é Cristo, “o novo e vivo caminho” (Hb 10.19ss).

 

9.Além das lições que vimos no ponto anterior, outro escritor aponta o valor deste livro para nós, hoje:

 

1) Revela o caráter de Deus (Sua Santidade e intolerância ao pecado, bem como Sua misericórdia).

 

2) As condições fundamentais da verdadeira religião (mostrando a necessidade de um mediador e do sangue derramado por este, além de sua total perfeição de vida e caráter, ou seja, apenas Deus pode preencher as condições).

 

3) Os princípios que devem reger as legislações humanas (quanto ao governo civil e religioso, trabalho, higiene, males sociais, questão das terras, etc.).

 

4) A Obra de Cristo (Seu sacrifício e Seu sacerdócio).

 

5) Os tipos (através destes regozijamos com o cumprimento em Cristo)

 

 

 

10.Ofertas

 

Oferta

Significado

Holocausto

Total consagração

Pacífica

Comunhão com Deus

Manjares ou de cereais

Reconhecimento da bondade de Deus

Pelo pecado

Arrependimento e desejo de perdão e purificação

Pela culpa

Ofensas que exigiam restituição

 

 11.Os seis tipos de sacrifícios de sangue (Mapa de Gleason L.Archer, Jr  no livro “Merece confiança o Antigo Testamento?”)   

 

Nome

Propósito

Vítima

Porção de Deus

Porção do Sacerdote

Porção do Ofertante

Holocausto (‘õlah)

Propiciar pelo pecado em ge-ral, pecado ori-ginal; maneira pela qual o povo ímpio se aproximava do Deus Santo.

Macho sem defeito: boi/carneiro/

cabrito/pomba (segundo as posses).

Animal inteiro “kãlil”=“oferta inteiramente queimada”.

 

 

 

NADA

 

 

 

NADA

 

Oferta pelo pecado (hatta’t)

Propiciar por transgressões específicas quando não fosse possível uma restituição.

Boi (no caso de sacerdote ou congregação). Cabrito (se fosse príncipe).

Cabra (se fosse qualquer um do povo).

Porções gordurosas (gordura das entranhas).

O restante (tinha que ser comido no pátio do Tabernáculo)

 

 

NADA

Sacrifício pelo sacrilégio (‘ãshãm)

Propiciar por transgressões específicas  quando fosse possível a restituição, os danos sendo calculados em seis quintos pagáveis de antemão Satisfação legal.

 

 

 

 

 

Carneiro (somente)

 

 

 

 

 

Conforme acima

 

 

 

 

 

Conforme acima

 

 

 

 

 

NADA

Ofertas Pacíficas (Shelãmim)

 

 

1.Oferta de Ações de Graça (Tõwdah)

Comunhão com Deus, uma refeição de comunhão. Por bênçãos inesperadas ou uma libertação, já recebidas.

Macho ou fê-mea sem defeito: boi/carneiro/ cabrito.

 

 

 

Partes gordurosas

 

 

 

 

1.Oferta movida, peito para sumo sacerdote.

 

 

 

 

Restante (comer no pátio, no mesmo dia).

2.Oferta Votiva (neder)

Uma bênção ou libertação já obtida, quando um voto tinha sido feito em prol da petição.

Conforme acima

Conforme acima

2.Oferta alçada, perna dianteira direita para sa-cerdote (comer em qualquer lugar limpo).

Restante (comer no pátio, 1º ou 2º dia).

3.Oferta Voluntária (nedãbãh)

Exprime a gra- tidão e o amor para com Deus, de maneira geral, não diz respeito a bên-çãos específi-cas.

Macho ou fêmea: boi/carneiro/

cabrito (pequenas imperfeições permitidas).

Conforme acima

Conforme acima

Restante (comer no pátio, 1º ou 2º dia

 

12.São 7 as principais festas judaicas, instituídas pelo Senhor.

 

Festa

Referência

Data

Nosso

Calend.

Significado

Páscoa

23.5

14 de Nissan

mar-abr

Cristo, nosso Redentor

Pães asmos

23.6-8

15 de Nissan

mar-abr

Comunhão com Cristo

Primícias

23.10-14

16 de Nissan

mar-abr

Ressurreição de Cristo e a nossa ressurreição

Pentecoste

23.15-22

50 dias após as Primícias

maio-jun

Descida do Espírito Santo

Trombetas

23.23-25

1º de Tishri

set-out

Futuro reajuntamento de Israel

Dia da Expiação

23.26-32

10 de Tishri

set-out

Arrependimento de Israel

Tabernáculos

23.34-44

15 de Tishri

set-out

Memorial do livramento de Deus ao Seu povo

 

13.Os antigos padrões da santidade de Deus ainda têm aplicações para os nossos dias.

1) Padrão de adoração

2) Padrão sexual

3) Padrão de separação do mundo 

 

14.Aplicações práticas:

1) Deus é santo e merece a adoração sem contaminação (Lv 1.3)

 

2) O homem sempre achará maneiras de contaminar o relacionamento com Deus na religião, sexualidade e filosofia (maneira de pensar) (Lv 4.2)

 

3) Satanás sempre será o motivador de ideias de rebelião contra a santidade de Deus (Lv 6.2)

 

4) O crente deve sempre buscar a santidade em Cristo (Lv 8.11)

 

5) O crente não deve se conformar com a nova moralidade e com a antiga mente do mundo (Lv 10.1)

 

6) A sociedade sempre racionalizará seu comportamento e se protegerá contra a Palavra de Deus e os seus seguidores (Lv 17.2-5)

 

7) Nossa oração deve ser por nós mesmos, para nos mantermos puros como Ló num mundo perverso, e também devemos orar pelos que estão nos nossos relacionamentos, para que se mantenham limpos na adoração, sexualidade e separação do mundo (Lv 18.3)

 

15.Esboço simples

 

  I.A provisão de Deus para o pecado (1-10)                  

 II.Os preceitos de Deus para a separação (11-24)                 

III.A promessa de Deus para a prosperidade e sucesso (25-27)


Capítulo 1: Holocausto

Holocausto significa “oferta queimada”. O holocausto é uma oferta que indica total consagração do ofertante a Deus. Ele é aceito pelo Senhor por causa da oferta. Deve ser um animal sem defeito, assim como o Senhor Jesus foi o cordeiro sem pecado. O pecador ao oferecer o holocausto, colocava a mão sobre o animal, transferindo sua culpa a ele e, assim, sendo aceito por Deus. Todas as partes eram colocadas em ordem, as entranhas eram lavadas e, finalmente, tudo era queimado ao Senhor. Não devemos enfatizar tanto a consagração de áreas específicas de nossa vida. Quando tudo deixarmos no altar, então, aí se dará a nossa total consagração (v.1-17).

 

Capítulo 2: Oferta de manjares (cereais)

A oferta de manjares ou de cereais indica o reconhecimento da bondade de Deus. O Senhor nos dá o melhor, por isso, a farinha tinha que ser a melhor (a flor de farinha). O azeite e o incenso dariam à oferta um cheiro agradável. Nossa vida deve ser de um cheiro agradável a Deus. O fermento não podia acompanhar a farinha, assim como as intenções malignas não devem acompanhar nosso culto a Deus. O mel também era proibido nesse tipo de oferta. O mel simboliza a malícia. A doçura do pecado pode nos seduzir e levar-nos para longe do Senhor. O mel e fermento podiam ser levados como oferta das primícias (primeiros frutos), mas não para serem queimados como oferta de manjares. O sal devia ser usado em todas as ofertas de manjares. O sal era um produto muito precioso, assim como nossa adoração ao Senhor é preciosa. Não temos em nós mesmos o melhor para Deus. Somos temperados com Sua misericórdia que nos assiste. As espigas de trigo também eram oferecidas, verdes, esmagadas e tostadas. Nosso culto é nossa vida toda a Ele (v.1-16).

 

Capítulo 3: Sacrifícios pacíficos

Os sacrifícios pacíficos indicam comunhão com Deus. A paz de Deus que excede a todo o entendimento é que guarda o nosso coração. A comunhão com Deus tem o poder de trazer paz à nossa alma. O sangue e a gordura interna do animal não podiam ser comidos, pois eram do Senhor. Não pertencem ao homem a salvação e a comunhão, mas são atos de Deus para beneficiar o homem. A salvação é pela graça, assim como a possibilidade de comunhão com Ele (v.1-17).

 

Capítulo 4: Sacrifícios pelos pecados por ignorância

Todo pecado mostra a fraqueza humana e é passivo de julgamento por Deus. Há pecados que as pessoas cometem, mas que não têm entendimento de que são pecados. Embora, na maioria das vezes, a consciência funcione para denunciar os pecados próprios, a sociedade tem maneiras de enganar a própria consciência. Pecado é pecado, não importa se o indivíduo saiba ou não. Paulo amaldiçoou o sumo sacerdote, mas disse que não sabia que era o sumo sacerdote. No entanto, a Lei dizia que não era para amaldiçoar o líder, por isso, considerou-se culpado. Os líderes são responsáveis em obedecer a Deus, assim como todo o povo. Alguns têm mais responsabilidades do que outros, mas todos são responsáveis diante de Deus por seus atos (v.1-35).

 

Capítulo 5: Sacrifício pelos pecados ocultos

Há diferença entre o pecado por ignorância e o pecado oculto. Uma coisa é não saber que algum ato é pecado, outra coisa é saber que é pecado e, mesmo assim, ocultar e esconder esse pecado ou tentar esconder de Deus e das pessoas. A omissão é esse tipo de pecado. A única maneira de lidar com isso era confessando e oferecendo o sacrifício de sangue. Até quem não tinha dinheiro para comprar um animal recebia a misericórdia de Deus, pois ao oferecer um punhado de farinha esta era colocada sobre um sacrifício de sangue e Deus aceitava como se fosse um sacrifício de sangue, pois pegou “carona” sobre outro sacrifício. A graça de Deus é sobre todos os que confessam (v.1-19).

 

Capítulo 6: Sacrifício pelos pecados deliberados (premeditados, voluntários)

O pecado voluntário é diferente do pecado por ignorância e do pecado oculto. O pecado voluntário agride de forma violenta uma lei já conhecida. O pecado voluntário esconde uma malignidade de intenção. Neste tipo de pecado, haveria restituição de valores roubados, por exemplo. Moisés recebeu instrução de Deus sobre os holocaustos que deveriam queimar até às cinzas. O fogo jamais deveria ser apagado. As ofertas só podiam ser comidas pelos descendentes de Arão. Deus também instruiu Moisés sobre a consagração de sacerdotes. Os sacrifícios de oferta pelo pecado tornavam santo tudo o que tocasse. Se a veste do sacerdote fosse respingada com o sangue desse tipo de sacrifício, ele deveria lavar as vestes em lugar sagrado. Vasilhas de barro eram quebradas e se fossem de bronze eram enxaguadas. “Há poder no sangue de Jesus” dizia o antigo hino. O Senhor nos tocou e nos tornamos santos. Esses sacrifícios mostravam o perdão que viria em Cristo Jesus. Não importa o quanto nosso pecado sujou nossa vida, Jesus nos torna limpos pelo seu sangue derramado na cruz (v.1-30).

 

Capítulo 7: Várias normas técnicas dos sacrifícios

Os sacerdotes precisavam saber todos os detalhes de como oferecer os sacrifícios. Para quem pensa que os sacrifícios eram realizados em clima de tristeza e lamento por causa dos pecados, engana-se, pois havia ofertas de gratidão, mas com a morte do inocente. Isso nos adverte para o fato de que até mesmo nossa ação de graças é por causa da morte de Jesus na cruz. Havia também as ofertas dos votos e de comunhão (v.1-38).

 

Capítulo 8: Os primeiros sacerdotes (Arão e os filhos)

Moisés deu início ao ofício dos sacerdotes consagrando Arão e os filhos. Cada detalhe foi observado, pois tratava-se de uma função sagrada na qual os sacerdotes conduziam o povo na adoração e confissão dos pecados através dos sacrifícios. Na obra de Deus, os líderes têm uma grande responsabilidade e, por isso, são reconhecidos publicamente como homens de caráter irrepreensível. Diferente daquela época, os líderes da igreja não são escolhidos com base na família de onde vêm, mas conforme as qualificações de 1 Tm 3 e Tito 1.6-9. Cada vez que descermos o padrão de qualificação que Deus deixou para a igreja, teremos crentes mais fracos e com padrões mais baixo ainda (v.1-36).

 

Capítulo 9: O início do ministério sacerdotal de Arão e seus filhos

Antes de oferecer animais em sacrifício pelo povo, os novos sacerdotes ofereceram ofertas por si mesmos. Somente Jesus não precisou oferecer ofertas por si mesmo, pois Ele não é pecador. A confirmação do ofício sacerdotal de Arão e os filhos veio do próprio Deus. O fogo saiu da presença do Senhor e consumiu o holocausto no altar. A confirmação do ministério dos líderes da igreja virá com a bênção do Senhor e o reconhecimento do povo de Deus (v.1-24).

 

Capítulo 10: Nadabe e Abiú e o fogo estranho

O sacerdócio foi confirmado e tudo seria alegria, mas logo o homem pecador contaminou a adoração santa ao Senhor. Os filhos de Arão, Nabade e Abiú, fizeram algo sem a autorização. Isso mostra que os líderes têm limites a serem obedecidos na obra de Deus. Semelhante ao que aconteceria nos primeiros dias da igreja com Ananias e Safira, o Senhor consumiu Nadabe e Abiú. Deus não permitiu que Arão e seus outros filhos chorassem a morte de Nadabe e Abiú, contudo o povo podia. Não sabemos exatamente o que aconteceu para que a ira de Deus se acendesse contra os filhos de Arão. Alguns pensam que eles estavam bêbados devido à advertência que vem a seguir sobre o uso do vinho e bebidas fermentadas. Isso é apenas uma hipótese (v.1-20).

 

Algumas explicações são bem coerentes[2]

1) O sumo sacerdote é quem deveria oferecer incenso ao Senhor

2) O incensório a ser usado deveria ser o do sumo sacerdote e não o deles

3) Somente no Dia da Expiação é que deveria o incenso ser levado para dentro do Santo dos Santos

4) Não pediram permissão para Moisés

5) O fogo deveria ser tirado das brasas do altar de bronze

6) Estavam sob efeito do álcool

 

O certo é que não consideraram o sacrifício com seriedade. Na obra de Deus não podemos agir de modo leviano. Tudo é importante e santo na obra de Deus e devemos ser reverentes. Outros filhos de Arão cometeram algum erro na ministração dos sacrifícios não comendo parte do sacrifício pelo pecado. Queimaram sem comer nenhuma parte. Arão explicou a Moisés que, embora fosse proibido lamentar pelos filhos, talvez fosse razoável fazer jejum. Moisés se contentou com o argumento.

 

Capítulo 11: Animais limpos e animais impuros

O Senhor deixou normas bem claras sobre o que era puro e o que era impuro. O modo de lidar com objetos e a dieta a ser obedecida por todo o povo. Tudo o que Deus criou é bom e nada é rejeitado. Este conceito veio depois com a explicação do apóstolo Paulo para a igreja, composto de judeus e gentios. Antes de Paulo, Pedro se deparou com alimento proibido aos judeus, mas Deus estava mudando a dieta. Isto nos mostra que a Lei com todos os detalhes teve um objetivo específico para uma época específica. A obediência ou desobediência rotularia a pessoa como justa ou perversa. Todos sabemos que o homem não conseguiu obedecer com exatidão aos mandamentos de Deus. Isto foi bom, pois não resta dúvida alguma de que o homem é pecador. Ele desobedece às ordens mais simples de Deus (v.1-47).

 

Capítulo 12: O puerpério[3]

A mulher que dava à luz a um menino ficava sete dias impura. Não se trata de impureza moral ou física. Era um ritual no qual Deus mostrava mais uma vez, de modo visual, a separação do certo e do errado, do puro e imundo, da obediência e desobediência. No oitavo dia, o menino era circuncidado e, então, a mãe aguardava mais trinta e três dias até receber a permissão de voltar ao convívio com outras pessoas. Nesse tempo, a mãe e o filho, debilitados e frágeis, estavam longe do perigo de infecção ou doenças. Os fluidos corporais e sangue que saem da mulher faziam dela impura, mas, novamente, é bom lembrar que não havia nenhum pecado em ter tido relação sexual e gerado a criança. Eram leis que faziam parte de um conjunto de rituais. Não sabemos porque, no caso de nascer uma menina, o tempo era dobrado. A oferta pelo pecado, tanto do nascimento de menino quanto de menina, pode fazer os pais se lembrarem que o pecado já nasce com os filhos. Davi disse que em pecado ele foi concebido e é um lembrete a todos que todos são pecadores desde o nascimento (v.1-8).

 

Capítulo 13: Lepra

A lepra é, sem dúvida, uma das melhores comparações ao pecado, a pior doença do ser humano. Na suspeita de lepra, a pessoa era levada ao sacerdote. Não para ser curada, pois o sacerdote não era médico ou algum tipo de curandeiro, mas para atestar a doença e a subsequente separação do arraial. O pecado traz separação entre o homem e Deus. Às vezes, não era lepra, mas uma simples erupção de pele. Mesmo assim, nesse caso, a pessoa ficava em observação por sete dias. O sacerdote é quem declarava a pessoa pura ou imunda. Da mesma maneira, não é o pecador quem julga suas ações, mas o Senhor que é Santo. O doente de lepra vivia esfarrapado e denunciava sua presença gritando: “Imundo!”. Não adianta o pecador ser culto, limpo e bem arrumado. Diante de Deus ele está separado. Deus conhece o homem em seu íntimo. Os objetos mofados também eram analisados. Se tivessem mofo que se espalhasse, então, eram destruídos e queimados. O pecador, sem a cura da salvação, será lançado na condenação eterna, onde o fogo arde infinitamente (v.1-59).

 

Capítulo 14: Rituais de purificação da lepra

As pessoas diagnosticadas com lepra ficavam separadas do arraial, longe de todos. Na suspeita de cura, não eram aceitas imediatamente, mas somente com a aprovação do sacerdote. Mesmo o sacerdote, não as liberava imediatamente, mas cumpria o período de sete dias para que o leproso voltasse para garantir que fora curado mesmo. O sangue está em todo o ritual, através da morte das aves e o pano vermelho. Só Cristo pode curar o pecador de seu pecado através de sua morte na cruz.  O leproso também era purificado através do banho. A Palavra de Deus é nossa água regeneradora. No ritual de purificação, o sacerdote molhava com sangue a orelha, o polegar e o dedo do pé daquele que precisava de purificação. O pecador precisa purificar seu ouvido para ouvir a Deus, sua mão para agir do modo como Deus quer e o pé para andar no caminho reto do Senhor. Até aquele que não tem condições ou animais caros para sua oferta pelo pecado, pode oferecer pombinhos. O perdão de Deus é oferecido a todos os pecadores, sem exceção. Os rituais para a limpeza da casa mofada seguem o mesmo princípio, inclusive com a morte de animais inocentes. O pecado afeta toda a vida do pecador. A casa simboliza a vida de alguém, pois é ali que ela vive. Quando se diz “a casa caiu”, isto mostra que a vida entrou em tragédia (v.1-57).

 

Capítulo 15: A impureza íntima

As próximas instruções são por demais íntimas, mas mesmo assim são tratadas, pois se ilustram nossos pecados, estes têm origem em nosso mais íntimo, em nossa alma. As emissões de sêmen ou menstruação são fluxos normais, porém, constrangedores, os quais são tratados com o mais absoluto decoro. O objetivo não é considerar as partes genitais do ser humano como fontes do pecado, mas assim como os demais assuntos tratados em Levítico, é para que fique bem delineado o caráter santo de Deus e o caráter impuro do pecador. Tudo o que é impuro tem o poder de tornar impuro aquilo que tocar. O pecado se alastrou na humanidade contaminando tudo e todos. A purificação se dá também com a lavagem com água e o sacrifício de animais inocentes. A Palavra e a morte de Cristo na cruz são os nossos instrumentos de purificação espiritual e eterna providenciados por Deus e eficazes para todo o que crê (v.1-33).

 

O pecado ilustrado na lepra, no mofo e nos fluxos corporais

Capítulo 13

1.O pecado aparece na vida do pecador (13.1-2)

2.O pecador não pode se avaliar. Não é ele quem julga se é puro ou impuro (13.3)

3.O pecado faz separação entre o homem e Deus e entre o homem e seus semelhantes (13.4)

4.Só Deus, representado pelo sacerdote, pode declarar o homem puro (13.6)

5.O pecado se apresenta de diversas formas e pode nos enganar (13.7)

6.O pecado é crônico e não tem maneira fácil de lidar com ele (13.11)

7.O pecado afeta todas as áreas da vida e não apenas um aspecto (13.12)

8.O pecado não pode ser confundido com as marcas da vida (13.23 e 13.40-44. Exemplos: sofrimento, pobreza, doença física, defeito físico, lar desestruturado, etc.)

9.O pecador está separado de Deus e imundo. Qualquer tentativa de melhorar o exterior não resolve (13.45-46. Exemplos: estudo, educação, beleza, riqueza, inteligência, trabalho, religiosidade, etc.)

10.O pecado não é tratável. Só o fogo eterno elimina o pecado (13.47-52, 57) ou...

Capítulo 14

11.O pecado não é tratável. Somente o sangue de Cristo purifica o pecador (14.1-7. Note o pano vermelho)

12.A água purificadora da Palavra de Deus purifica o pecador (14.8-9)

13.O pecador precisa de purificação total (14.14-18 - orelha, polegar e dedo do pé – ouvidos à Palavra, obras de suas mãos e andar digno. Óleo representa o Espírito Santo)

14.A salvação é oferecida a todos. O pecador não tem recursos próprios (14.30-32)

15.O pecador está todo contaminado (14.33-57. Casa representa a vida, pois é ali que vivemos. Quando se diz que a casa caiu, significa que a vida se tornou uma tragédia)

Capítulo 15

16.O pecado é íntimo (15.1-2)

17.O pecado é constrangedor (15.3-4)

18.O pecado é contagioso (15.5-6)

19.O pecado é destruidor (15.12)

20.O pecado só é purificado com a morte de Cristo e a Palavra – sangue e água – (15.13-14)

21.O pecado atinge aos homens e mulheres (15.19-20)

22.A presença de Deus não admite o pecado, por isso, o crente deve se separar (15.31)

 

 

Capítulo 16: O Dia da Expiação

1.A morte dos filhos de Arão trouxe preocupações e medo. Deus orienta a não usar o Santo dos Santos como uma sala de estar. É o lugar onde Deus apareceria sobre a tampa da arca, o propiciatório, uma vez por ano. O sumo sacerdote deveria entrar provido de sangue, banhado e com roupas limpas e santas. A nudez deveria ser coberta com vestes interiores. A cabeça também deveria ser coberta com turbante. Deus não quer nada do homem, antes, provê vestes de justiça Dele próprio. Nesse dia, dois bodes deveriam ser apresentados. Um para ser sacrificado e o outro para ser lançado ao deserto. Isto representa os dois aspectos da morte de Cristo. Ele morreu por nossos pecados e os levou para longe (Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de vós as vossas transgressões). O bode emissário, porque é enviado para uma missão, é chamado Azazel. O sentido é duvidoso. Uma das seitas conhecidas interpreta como Satanás (Azazel, segundo eles, seria um dos nomes de Satanás). Com essa interpretação, concluem, hereticamente, que Jesus é o Salvador e Satanás o corredentor, carregando os pecados (v.1-14).

 

2.O sangue aspergido sobre o propiciatório, a tampa da arca, faria a propiciação por todos os pecados, não importando quais tenham sido os pecados. Propiciação vem da palavra “propício”, ou seja, favorável. Somos aceitos por Deus através da morte de Cristo Jesus. Não importa quais pecados temos cometido, o perdão é absoluto. Isto não isenta o pecador das consequências sociais. A propiciação feita pela expiação (kaphar = cobertura) tornava o pecador aceito por Deus. Porém, o pecador só pode ser aceito completamente em Cristo Jesus. A expiação era apenas uma cobertura. Deus passava por cima dos pecados. O Dia da Expiação deveria ser repetido todos os anos. O sumo sacerdote faria expiação por si mesmo e pela família e só depois faria expiação pelo povo. Cristo Jesus não precisou fazer expiação por si próprio, pois é Santo (v.15-19).

 

3.O sumo sacerdote colocava as mãos sobre a cabeça do bode emissário e confessava as transgressões de todo o povo e o enviava ao deserto por mãos de alguém designado para isso. Dessa forma, os pecados do povo eram transferidos para o bode que levava os pecados para longe. Eventualmente, esse bode morreria no deserto de fome ou comido por feras, mas o povo nem ficava sabendo. Os nossos pecados são levados embora para nunca mais tomarmos ciência deles. Os que participavam desse ofício, o sumo sacerdote e a pessoa designada para levar embora o bode, lavavam suas vestes e se banhavam. Isso mostra que o pecado sujo ficou para longe do pecador. O Dia da Expiação é uma data importante até hoje para os judeus, mas as obras e méritos próprios são enfatizados e não a graça de Deus em Cristo Jesus[4] (v.20-34).

 

O Dia da Expiação e o perdão definitivo de Cristo oferecido ao pecador (Lv 16)

1.O pecador não podia se achegar a Deus se não fosse aceito por Ele (v.1). Somos aceitos em Cristo

2.O pecador não podia se achegar a Deus a toda hora (v.2). Somos aceitos em todo o momento

3.O pecador era aceito por meio de um sumo sacerdote (v.3). Somos aceitos por Cristo, nosso sumo sacerdote

4.O sumo sacerdote deveria ter roupas especiais e lavadas (v.4). Cristo é a nossa veste de justiça

5.O sumo sacerdote deveria oferecer sacrifício por si mesmo e por sua família (v.5-6). Cristo não precisou oferecer sacrifício por si mesmo

6.O povo precisava de dois animais para a Expiação (v.7-10). Cristo, um só, morreu por nós e levou os nossos pecados para longe

7.O sacerdote entrava no Santo dos Santos com sangue para aspergir sobre a tampa da arca (v.11-14). Cristo mesmo foi o sacrifício que abriu o véu para entrarmos na presença de Deus

8.Aquela Expiação resolvia todos os pecados por aquele ano (v.15-19). Cristo perdoou todos os nossos pecados de uma só vez (pecados passados, presentes e futuros)

9.O sumo sacerdote colocava as mãos sobre o bode emissário para representar os pecados de todo o povo (v.20-28). Ao colocarmos nossa confiança em Cristo, todos os nossos pecados são afastados para sempre

10.O Dia da Expiação era realizado uma vez por ano (v.29-34). Cristo morreu uma única vez. Somos livres para sempre. Vivemos para Ele e não precisamos mais esforços. Só precisamos descansar Nele.

 

Capítulo 17: As leis do sacrifício

1.Alguém poderia tentar oferecer um sacrifício a seu próprio modo, como Caim tentou fazer, mas seria rejeitado, assim como Caim foi. Não é apenas o derramamento de sangue de um animal inocente, mas deveria ser oferecido como o Senhor ordenou. Não basta acreditar na crucificação de Cristo e acrescentar nossas obras para sermos salvos. Ele é o único e suficiente Salvador, ou seja, nada mais é necessário para ser salvo. Nem obras de caridade, nem perseverança, nem bom comportamento, nem austeridade contra o corpo, tais como flagelo, penitência, jejuns ou qualquer ascetismo. Isso é produzido pelo orgulho e não resulta em piedade. O pecador deveria se apresentar ao sacerdote à porta da congregação. O sacerdote imolava o animal, aspergia o sangue sobre o altar, queimava a gordura e tudo a céu aberto e não em lugar fechado. O sacrifício era oferecido ao único Deus e não aos outros deuses, os quais nada mais são do que demônios. Até os estrangeiros que desejassem adorar o Deus de Israel deveriam se submeter aos procedimentos ordenados por Deus. O sangue não podia ser comido ou bebido. A vida está no sangue. Isto nada tem a ver com transfusão de sangue, pois é exatamente porque a vida está no sangue que existe transfusão. Os pagãos gregos acreditavam na transmigração da alma, assim como alguns acreditam que o sangue de uma pessoa nas veias de outra faria com que a alma passasse para outra vida. Absurda ideia! A proibição também foi dada de comer um animal que morreu por causas naturais e animal morto por outro animal. Como já temos visto, e podemos dizer o mesmo sobre este caso, não significa que a carne ficaria envenenada, mas que estaria desobedecendo uma ordem direta de Deus. Ele podia ordenar o que quisesse, pois é Deus e é o dono de nossa vida. Ele promulgava leis para desafiar a obediência do homem. Este podia obedecer, pois não estava além de sua capacidade mental de compreender, mas acabava desobedecendo, pois sua tendência à desobediência e rebeldia prevaleciam por diversas vezes. A discussão sobre chouriço deve ficar longe dos princípios bíblicos. Não somos regidos pelo comer ou deixar de comer (v.1-16).

 

A maneira de Deus e a maneira do homem (Lv 17)

1.Sacrifício certo, lugar errado (v.1-3)

2.Fora dos padrões de Deus (v.4)

3.Dentro dos padrões de Deus (v.5)

4.A oferta é para Deus e não para o homem (v.6)

5.Os demônios querem ter parte na adoração de Deus (v.7)

6.O estrangeiro deve se adaptar à maneira de Deus (v.8-9)

7.A exaltação do tema sangue para enfatizar a morte de Cristo (v.10-14)

8.A morte cruenta, e não por causas naturais, lembra o sacrifício voluntário e consciente de Jesus (v.15-16)

 

 

Capítulo 18: A santidade do sexo

1.As perversões sexuais existem desde que o pecado entrou no mundo. Por serem nossos sentidos gritantes pelo prazer, e pelo sexo ser o maior prazer carnal competindo com o ato de alimentar-se, não é de se admirar que a humanidade tenha um desequilíbrio na alimentação e no sexo. Deus estava preparando o povo para entrar em Canaã. No Egito, havia perversidade sexual também, mas parece que Canaã, com sua mistura de povos, era, incomparavelmente, mais pervertida. A garantia de vida física estava em não se desregrarem nos costumes pagãos. De certa forma, e talvez de modo mais intenso, vivemos em época de sexo compulsivo e crescimento exponencial de vendas de artigos eróticos, muito embora haja uma resistência da população brasileira diante de lojas de sexo comparado com outros países. Talvez pelo fato da média da população brasileira não ter condição financeira para objetos tão dispendiosos (v.1-5).

 

“Os vitorianos faziam de conta que o sexo não existia; os modernos fazem de conta que nada mais existe”.[5]

 

2.A lista dos pecados sexuais, neste capítulo, inclui 17 relacionamentos proibidos. A expressão “descobrir a nudez” ou “ver a nudez” significa simplesmente ter relação sexual, mas evidentemente, não é necessária a consumação do ato sexual para que haja pecado. Porém, não significa que pessoas que veem nudez, por razões médicas e cuidados de doentes, estejam em pecado. Os relacionamentos sexuais mencionados são considerados incestos, mas temos bases em outros textos, inclusive no Novo Testamento (1 Ts 4.6, Hb 13.4) para afirmar que Deus não se agrada de qualquer outro relacionamento fora do casamento, seja entre amigos, namorados e casados com parceiros que não sejam o seu próprio. No texto que estamos estudando fala da mulher do próximo que não é parente. O relacionamento sexual com a mulher menstruada era proibido para fins de pureza cerimonial. No meio das advertências sobre a pureza sexual, há uma advertência contra a idolatria. Moloque seria um laço para o povo de Israel, mas Deus já avisara. A idolatria de Moloque estava ligada às perversões sexuais. Ainda há a advertência contra a homossexualidade e bestialidade. A necrofilia não é mencionada, mas sabemos que a perversão sexual não respeita limites e há os que se relacionam sexualmente com mortos. Outro pecado não mencionado é a pedofilia. Deus está pronto para destruir os povos de Canaã e Israel não deve perpetuar essas perversões. Tudo isso causou vômito na terra que Deus criou (v.6-30).

 

Algumas estatísticas sobre as perversões estudadas

1.Há estatísticas que afirmam que a procura por objetos em sex shop (lojas de sexo) nos EUA aumentou 7,5% após o lançamento dos livros, o qual se tornou filme, 50 tons de cinza (não se preocupem, eu não li nem assisti!). Foram 70 milhões de cópias vendidas[6]

 

2.Apenas 10% dos casos de incesto são revelados no Brasil. 70% são cometidos por pais biológicos, menos de 30% por padrastos e apenas 0,6% por pais adotivos[7].

 

3.O adultério deixou de ser crime a partir de 28 de março de 2005 pela lei 11.106. A calúnia, difamação e injúria são crimes (artigos 138,139 e 140 do Cód.Penal) e, portanto, denunciar um adúltero pode ser perigoso!

 

4.De acordo com a pesquisa Estatísticas de Registro Civil 2013... foram realizados no ano passado 3.701 casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo no país... O IBGE não contabiliza registros de união estável.[8]

 

5. 76% dos dinamarqueses são a favor da nova lei que proíbe a bestialidade. Há bordéis de animais, inclusive. Os países vizinhos, Noruega, Suécia e Alemanha, já proibiram a prática. A bestialidade é ilegal na Inglaterra desde 1290, de acordo com uma lei aprovada durante o reinado de Eduardo I, mas na maioria dos países europeus a prática só foi proibida nos últimos dez anos. Em 2012, uma lei apresentada pelo governo de Angela Merkel proibiu a bestialidade na Alemanha, porém, há muitos protestos contra a lei. Na Suécia, a prática foi apenas banida em abril deste mesmo ano, com o apoio do ministro dos Assuntos Rurais, Eskil Erlandsoon. “Não deve existir dúvidas de que a bestialidade é inaceitável”, disse na altura. Mas em países como a Finlândia, a Hungria e a Romênia, a zoofilia é ainda legal.[9]. O profeta de uma das grandes religiões do mundo praticava o incesto e bestialidade.

 

A zoofilia é considerada crime em diversos países. No Brasil, a Câmara analisa o Projeto de Lei 3141/12, do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que eleva a punição imposta a quem pratica maus-tratos contra animais quando forem constatados atos sexuais[10]. Porém, note que a preocupação é sobre os maus-tratos contra os animais e não a decência humana e muito menos a proibição bíblica.

 

Impurezas sexuais (Lv 18)

1.Estar no mundo não significa participar de suas perversões (v.1-3)

2.Viver na Palavra significa que é possível controlar as paixões perversas (v.4-5)

3.Pecados de incesto e adultério (v.6-20)

4.Pecado da idolatria ligado às perversões sexuais (v.21)

5.Pecado do homossexualismo (v.22)

6.Pecado da bestialidade (v.23)

7.Pecados que fizeram a terra vomitar (v.24-30)

 

Capítulo 19: Várias ordenanças

1.Após um capítulo bem específico, sobre pecados sexuais, Deus lembra o povo que Ele é santo e quer que os seus servos também sejam santos. As ordenanças são dirigidas ao povo em relação ao cotidiano e incluem a honra aos pais, a guarda do sábado, a fuga da idolatria e o modo correto de oferecer os sacrifícios (v.1-7).

 

2.Deus fez provisão aos pobres através das sobras dos que tinham condições de ter lavouras fartas. Não era para existir pobres entre os israelitas. Colher as sobras das lavouras era permitido aos estrangeiros também, pois o povo foi estrangeiro no Egito e Deus cuidou dele. Nos relacionamentos interpessoais Deus advertiu os israelitas sobre a mentira, roubo e falsos testemunhos. O sistema de pagamento de funcionários era diário. Aos deficientes físicos, Deus mandou tratá-los com dignidade. Por exemplo, falar mal de um surdo seria uma covardia e, por isso, não era para fazer esse mal. Colocar um obstáculo para o cego tropeçar também é pecado. Às vezes, divertimo-nos às custas das fraquezas das pessoas. Para Deus, isso não é diversão. Podemos dizer que o bullying é algo bem antigo, pois brota de coração perverso. Sobre os julgamentos, Deus mandou executar a justiça. Normalmente, pensamos que os pobres precisam ser favorecidos. Não é isso que Deus ensina, mas que a justiça deve prevalecer independente da classe social (8-15).

3.A calúnia é uma faca pelas costas, pois a vítima não tem como se defender, pois não é algo que se faz na frente dela. A amargura afeta a todos e, por isso, se alguém tem queixa contra o outro deve repreendê-lo em amor. A amargura se transforma facilmente em vingança. Algumas leis foram estabelecidas para cumprir rituais e não possuíam um valor moral, mas serviria como medidor de obediência. Exemplos: (mistura de animais de espécies ou tamanhos diferentes no mesmo jugo[11], plantações misturadas e tecidos misturados). O comércio de escravos era lícito, mas tinha leis de respeito envolvidas. Deus ofereceu o perdão para os pecados do dia a dia mediante a oferta de animal inocente. Deus mantinha o crescimento das árvores frutíferas ordenando que o plantador obedecesse aos primeiros três anos sem colheita. No quarto ano dessas árvores, os frutos eram do Senhor e somente no quinto ano o homem poderia saboreá-las. Tudo isso era um passo de fé. O homem deveria confiar que nada lhe faltaria, pois Deus forneceria o suprimento de diversas maneiras (v.16-25).

 

4.Sobre o sangue, já foi mencionado que Deus o santificou. O Senhor Jesus derramou o seu sangue e isso deveria ser bem preparado na mente das pessoas com antecedência. A adivinhação é colocada no mesmo nível que a feitiçaria e, por isso, ambas são pecado. Deus queria deixar bem longe dos israelitas as práticas pagãs. Os egípcios tinham hábitos que não deveriam ser repetidos, tais como cortes de cabelo e barba, automutilação e tatuagens. A filha deveria ser preservada para o marido e jamais ser entregue à prostituição. A casa do Senhor deveria ser reverenciada (v.26-30).

 

5.Deus proibiu a consulta aos médiuns, os que dizem falar com os mortos. Quem fizer isso será contaminado. Não tem como associar-se com essa prática sem ter a vida transtornada de alguma maneira. O povo de Israel deveria aprender com o Senhor sobre a honra aos mais velhos. A honra aos mais velhos envolvia o levantar-se quando eles passassem. Lembrem-se que Jó estava triste porque nem os jovens se levantavam mais diante de sua presença. O Senhor lembrou-lhes que os estrangeiros devem se sentir em casa, como se fosse natural da terra. Portanto, a xenofobia[12] é pecado. Deus faz o povo lembrar que foram estrangeiros no Egito. Enquanto escrevo essas linhas, ministros europeus pedem uma reunião de urgência para tratar sobre crise de refugiados. Na Áustria, foi encontrado um caminhão com 50 imigrantes mortos.[13] As medidas e pesos também fazem parte das ordenanças, ou seja, o vendedor deve ser honesto e exato. Evidentemente, se beneficiar o comprador, ele pode dar a mais (v.31-37).

 

Diversas ordenanças para o cotidiano (Lv 19)

(Algumas ordenanças são gerais e servem para todas as épocas e outras são específicas para Israel antes de Cristo)

1.Honra aos pais (v.1-3)

2.Guarda do sábado (específico para a nação de Israel antes de Cristo) (v.3)

3.Proibição da idolatria (v.4)

4.Sacrifício da maneira correta (v.5-8)

5.Limitação de colheita (específico para a nação de Israel antes de Cristo, embora seria um recurso de ajuda social hoje em dia) (v.9-10)

6.Não roubar (v.11)

7.Falar a verdade (v.11)

8.Não jurar pelo nome de Deus (v.12)

9.Pagar o salário do empregado (v.13)

10.Não prejudicar os deficientes físicos (v.14)

11.Não julgar baseado na classe social (v.15)

12.Não caluniar ou fofocar (v.16)

13.Não nutrir amargura ou ódio (v.17)

14.Não praticar a vingança (v.18)

15.Não misturar animais diferentes em espécie e tamanho no mesmo jugo, sementes e tecidos (específico para a nação de Israel antes de Cristo) (v.19).

16.Respeitar a escrava casada (específico para a nação de Israel antes de Cristo, provavelmente com aplicações para os dias de escravidão) (v.20)

17.Levar o sacrifício à porta da tenda da congregação (específico para a nação de Israel antes de Cristo) (v.21-22)

18.Respeitar os primeiros quatro anos do cultivo de árvores para comer de seu fruto (v.23-25)

19.Não comer sangue (v.26)

20.Não praticar adivinhação (v.26)

21.Não imitar os cortes de cabelo e barba dos egípcios (v.27)

22.Não praticar a automutilação (v.28)

23.Não fazer marcas no corpo (v.28)

24.Não entregar a filha à prostituição (v.29)

25.Reverenciar o santuário (específico para a nação de Israel quando se reunia no Templo antes de Cristo) (v.30)

26.Não buscar os que falam com mortos e fazem adivinhações (v.31)

27.Respeitar os mais velhos levantando-se em sua presença (v.32)

28.Não oprimir o estrangeiro (v.33-34)

29.Ser honesto nos pesos e medidas e tribunais (v.35-36)

30.Guardar tudo o que Deus mandar (v.37)

 

Capítulo 20: As proibições impostas pela santidade de Deus ao Seu povo

1.A Lei de Moisés proibia que o povo praticasse os pecados que os vizinhos praticavam. Os princípios continuam os mesmos para o povo de Deus na igreja. Deus é santo e o Seu povo deve ser santo também. Existem proibições impostas pela santidade de Deus ao Seu povo. A idolatria é uma dessas proibições. Moloque era um deus amonita. Oco por dentro, colocavam fogo por baixo para ferver e com os braços abertos recebia as crianças como sacrifício. A idolatria sempre é repugnante, pois é uma afronta contra o Deus verdadeiro, criador de todas as coisas. Não há diferença entre um adorador de Moloque e um adorador de qualquer outro ídolo, como princípio da idolatria. Todos levam à morte. Embora o sacrifício humano tem consequências muito mais sérias na sociedade. Deus considera a idolatria como uma prostituição (v.1-5).

 

2.A adivinhação é condenada por Deus. Não importa os métodos usados, todos desafiam a soberania de Deus. Sejam esses métodos por entranhas de animais, por cartas, tarô, pedrinhas, peças de roupas, etc. O espiritismo ou necromancia é a suposta comunicação com os mortos. De fato, falam com demônios. Não havia espaço na sociedade para eles, no governo de Deus. Hoje, eles são respeitados e procurados sem qualquer censura. Estão no meio artístico, nos esportes e nos governos. Deus é santo e não admite que o seu povo tenha contado com espiritualistas, adivinhos e com signos do zodíaco (v.6-8 e v.27).

 

3.A rebeldia contra os pais é proibida. Os pais devem ser honrados. A santidade de Deus proíbe que um filho xingue seus pais, pois é o mesmo que amaldiçoar. Não há rebelde na sociedade que não tenha primeiro se rebelado contra os seus pais, por isso, protegê-los é ir contra o governo de Deus e Sua santidade (v.9).

 

4.Deus proíbe o adultério e os vícios sexuais. As leis do nosso país aprovaram que o adultério seja retirado da lista de crimes. Portanto, adultério não é mais crime aos olhos da nossa sociedade. Mas no governo de Deus, o adúltero terá que se ver com o Juiz supremo. O adultério destrói caráter, família e a santidade do lar. O incesto precisa ser denunciado antes que não seja mais crime. A pedofilia foi bem aceita entre os gregos e pode ser que logo seja admitida em nossa sociedade. O homossexualismo já é aceito em nossa sociedade. Chamam isto de opção sexual ou orientação sexual. Mas no governo de Deus isto é abominação. A bestialidade é uma prática comum entre muitos. É horrível, mas não há denúncia. O ser humano desceu ao nível de um animal. “O famoso relatório de Kinsey... afirma que entre quarenta e cinquenta por cento dos varões... que residem em áreas rurais, têm contatos sexuais... com animais das fazendas... Nas cidades ... cai para quatro por cento. Tal prática é proibida por lei em 49 dos 50 estados norte-americanos...”[14]. Todos os pecados sexuais podem se tornar comuns. Os nossos escrúpulos não devem impedir de falarmos nessas coisas. Há pecadores silenciosos e, talvez, alguns vistos como homens santos. Os vícios sexuais são a deformação da santidade do sexo, oferecido por Deus com tanto carinho. Como o sangue devia ser respeitado por ser objeto cerimonial, o ato sexual durante a menstruação era uma ofensa contra o sangue. A santidade de Deus exige a nossa santidade. A nossa sociedade não gosta de proibições (v.10-27).

 

As proibições impostas pela santidade de Deus ao Seu povo (Lv 20)

1.Idolatria (v.1-5)

2.Adivinhação e espiritismo (v.6-8, 27)

3.Rebeldia contra os pais (v.9)

4.Adultério e vícios sexuais (v.10-22)

 

Capítulo 21: As leis para o sacerdócio

Sendo um líder espiritual na sociedade, Deus exigiu que os sacerdotes tivessem uma vida irrepreensível. Desde a sua aparência pessoal até à maneira como conduzissem sua família. As ordenanças para os sacerdotes são bem claras e não significa que Deus exigia esses requerimentos a todos os homens da nação. Por exemplo, o sacerdote não podia ter defeito físico. Isto é algo que foge ao controle pessoal, mas mesmo assim Deus manda selecionar homens para o sacerdócio. Evidentemente, só podia ser da família de Arão. Até certo ponto, podemos afirmar que Deus também exige qualificações dos líderes espirituais de hoje e estas se encontram em 1 Timóteo 3 e Tito 1.6-9. Quando a Igreja abaixa o padrão das qualificações dos líderes por conta própria, sofre a repetição dos escândalos e a progressiva banalização do ministério. Que o Senhor ajude os líderes a ensinarem outros líderes, em potencial, a manterem o caráter no alto padrão bíblico para não incorrermos na condenação do diabo que, devido à soberba, foi lançado fora da presença de Deus (conforme 1 Tm 3.6) (v.1-24).

 

 

 

 

Capítulo 22: Mais ordenanças aos sacerdotes e sobre os sacrifícios

Mais repetições a respeito das ordenanças específicas aos sacerdotes. Toda impureza pode ser cerimonialmente limpa, durante o dia, e ao pôr do sol o sacerdote já estaria pronto novamente para os ofícios sacerdotais. Os alimentos sagrados, reservados ao sacerdote, eram só para ele. Caso o sacerdote tivesse em sua casa um visitante estrangeiro ou um empregado (diarista), estes não poderiam comer do alimento sagrado. Apenas se fosse um escravo comprado ou um filho. O capítulo também adverte sobre homens defeituosos os quais não podiam ser sacerdotes. Fala também da qualidade dos animais para o sacrifício. O profeta Malaquias denunciou o povo pós-cativeiro exatamente sobre os sacrifícios defeituosos. Deus é santo e quer que tudo seja feito com perfeição (v.1-33).

 

Obediência às regras dos sacerdotes (Lv 21-22)

1.Não se contaminar com mortos (exceto parentes imediatos) (21.1-6, 10-12)

2.Não se contaminar com casamentos proibidos (21.7-8, 13-15)

3.Não se contaminar com filhos escandalosos (21.9)

4.Perfeição física (21.16-24)

5.Pureza cerimonial (22.1-9 lepra, fluxo e animais imundos)

6.Não compartilhar do alimento sagrado com estrangeiros (22.10-16)

7.Animais do sacrifício sem defeito (22.17-33)

 

Capítulo 23: As festas

1.São 7 as principais festas judaicas, instituídas pelo Senhor (v.1-44).

 

Festa

Referência

Data

Nosso

Calend.

Significado

Páscoa

23.5, 1 Co 5.6-8

14 de Nissan

mar-abr

Cristo, nosso Redentor

Pães asmos

23.6-8, 1 Co 5.6-8

15 de Nissan

mar-abr

Comunhão com Cristo

Primícias

23.10-14, 1 Co 15.20-23, 35-38, 42-33

16 de Nissan

mar-abr

Ressurreição de Cristo e a nossa ressurreição

Pentecoste

23.15-22, At 2

50 dias após as Primícias

maio-jun

Descida do Espírito Santo

Trombetas

23.23-25, 1 Co 15.51-52

1º de Tishri

set-out

Futuro reajuntamento de Israel

Dia da Expiação

23.26-32

10 de Tishri

set-out

Arrependimento de Israel

Tabernáculos

23.34-44

15 de Tishri

Set-out

Memorial do livramento de Deus ao Seu povo

 

2.É importante lembrar que os judeus passaram a celebrar a festa de Purim (sortes) para exaltar a libertação que Deus deu ao povo através de Mordecai e Ester. Não é uma festa instituída por Deus, mas adicionada pelo povo.

 

3.Cada festa representa um aspecto da obra de Cristo Jesus. Assim como outros assuntos, é muito fácil atentarmos ao símbolo e esquecermos da verdade principal. Cristo é maior do que as festas. O Senhor Jesus Cristo é o cumprimento dos simbolismos. Ele é maior do que os rituais. Quando não observamos a excelência de Cristo acima dos rituais, tornamo-nos mortos mesmo estando vivos. Tornamo-nos uma igreja de aparência (forma), mas sem a essência.

 

 

 

Capítulo 24: Azeite, pães e blasfêmia

1.A luz do candelabro não deveria jamais se apagar e para isso era necessário a manutenção constante das lâmpadas e o azeite. O nosso Senhor Jesus é a nossa luz que jamais se apaga, porém, nós que somos suas lâmpadas precisamos nos conservar em comunhão com o Espírito Santo, deixando-O atuar através de nós. No Estado Eterno, não haverá necessidade da luz do sol e nem do candelabro, pois não haverá Templo. O Senhor será a nossa luz e o nosso santuário (v.1-4 veja Ap 21.22-23).

 

2.O pão da mesa da proposição também deveria ser cuidado. A cada semana os pães eram renovados sobre a mesa. O sacerdote e os filhos comiam dos pães no lugar santo.  O nosso Senhor Jesus é o nosso pão da vida. Devemos levar esse alimento aos povos para que sejam alimentados com o pão do céu, Jesus, o Salvador. No Estado Eterno também seremos alimentados com os frutos da árvore da vida e estes jamais faltarão (v.5-9 veja Ap 22.2).

 

3.Tudo o que vimos em Levítico aponta para a santidade de Deus. Portanto, o seu nome é santo e não pode ser proferido para xingar ou blasfemar. Algumas coisas podem ser evitadas quando obedecemos ao Senhor desde o princípio dos assuntos. Neste caso, o problema da blasfêmia veio como resultado de uma briga e quando atentamos melhor para o assunto, claramente se vê que o filho não temia ao Senhor. Indo mais profundo no assunto vemos outro problema, o casamento misto. O filho poderia ter o exemplo da mãe israelita, porém, o pai era egípcio. O resultado foi prisão e morte. Moisés enfatizou que a Lei seria aplicada tanto para o natural como para o estrangeiro. Devemos orientar nossos filhos a se casarem com pessoas salvas por Jesus e que andem com o Senhor (v.10-23).

 

Recordando de Jesus visualmente (Lv 24)

1.O candelabro - Jesus é a luz (v.1-4 veja Ap 21.22-23)

2.O pão da mesa – Jesus é o alimento (v.5-9 veja Ap 22.2)

 

Mudança de comportamento para evitar o pior (Lv 24)

1.Mudando o comportamento em relação às uniões de casamento (v.10, israelita com egípcio)

2.Mudando o comportamento em relação às contendas e brigas (v.10)

3.Mudando o comportamento em relação ao desrespeito para com o nome de Deus (v.11-16)

4.Mudando o comportamento em relação ao desrespeito para com a vida do próximo (v.17)

5.Mudando o comportamento em relação à irresponsabilidade (v.18)

6.Mudando o comportamento em relação à prática do mal contra o próximo (v.19-23)


Capítulo 25: O Ano do Jubileu

1.Deus distribuiu as terras para os israelitas de modo que poderiam semear por seis anos a terra, mas ao sétimo não deveriam trabalhar nela. Era uma medida que favoreceria aos pobres e estrangeiros, os quais não tinham terras ou condições de trabalho. O pregador em Eclesiastes disse que há tempo para tudo debaixo do sol. Há tempo para semear, mas também há tempo para descansar a terra que Deus mandou. Ninguém precisava discordar da ordem do Senhor, mas somente obedecê-la (v.1-7).

 

2.Depois de quarenta e nove anos haveria mais um descanso da terra, mas não só isso, o 50º ano era o Ano do Jubileu. Várias negociações têm leis para o Ano do Jubileu. A compra das terras era baseada nos produtos que nela continham. Faltando pouco tempo para o Ano do Jubileu o preço era menor, faltando muitos anos, então, o preço era valorizado. Não deveria haver exploração imobiliária. Alguém que se preocupasse sobre não plantar no sétimo ano, deveria confiar no Senhor, pois Ele daria abundância para os três anos seguintes. Se apenas no nono ano é que a terra produziria, o lavrador poderia ficar tranquilo, pois no sexto ano a colheita seria enorme. Não existe proprietário de terra, pois a terra é de Deus. A terra vendida devido ao empobrecimento sempre seria resgatada por algum parente. Se alguém não puder resgatar a terra que vendeu, também não precisaria ficar preocupado, pois o comprador deveria devolver a terrar no Ano do Jubileu. Portanto, não havia exploração e enriquecimento ilícito. Essas eram as leis para propriedades em zona rural. Para as casas em cidades muradas, se não houvesse resgate em um ano, então, a casa continuava com o proprietário atual. As casas dos levitas eram deles por direito perpétuo. Eles não eram comerciantes de imóveis. Casas dos levitas nas cidades sempre voltavam para eles no ano do Jubileu. As casas de campo dos levitas não podiam ser comercializadas. Tudo isso era para proteger as propriedades de cada um. Era necessário honestidade, obediência e fé (v.8-34).

 

3.Havia pobres em Israel por tempo determinado, ou seja, um empobrecimento por alguma situação que fugiu do controle de alguém. Neste caso, a comunidade devia tratá-lo com respeito e dignidade. Ninguém deveria se aproveitar de sua situação, mas ajudá-lo. Enriquecimentos devido à miséria do próximo era, terminantemente, proibido em Israel (v.35-38).

 

4.O povo de Israel não deveria fazer de seus compatriotas escravos, mesmo que devessem. Neste caso, eles poderiam ser empregados trabalhando até sua dívida ser paga. Após o pagamento, estavam liberados. Nenhum tipo de tirania haveria entre o povo de Deus. Os escravos eram permitidos somente no caso de estrangeiros. No caso de um estrangeiro se tornar rico nas terras do povo de Israel e comprar israelitas empobrecidos, o próprio povo de Israel deveria resgatar o compatriota da mão do estrangeiro a preço justo de um trabalhador. O estrangeiro em terras de Israel devia respeitar o Ano do Jubileu e libertar o israelita, caso ninguém o tivesse resgatado. O povo de Israel deveria ser servo apenas do Senhor. Isto nos ensina sobre o nosso resgatador Jesus Cristo. Ele deu de Si mesmo para nos resgatar das mãos do estrangeiro a nós, Satanás (v.39-55).

 

Abandono de seus “direitos” e “lucros” para ganhar algo melhor de Deus (Lv 25)

1.Deixando a terra descansar (v.1-12)

2.Devolvendo a terra ao antigo proprietário (v.13-17)

3.Deixando de trabalhar na terra (v.18-24)

4.Perdoando o pagamento da dívida (v.25-28)

5.Devolvendo a casa ao proprietário (v.29-34)

6.Abrindo mão de lucros sobre o endividado (v.35-38)

7.Alforriando antes mesmo de obter o escravo (v.39-46)

8.Pagando a dívida do irmão (v.47-55)

 

Perdendo para ganhar (aplicação de Levítico 25 na carta aos Filipenses)

1.Perdendo a liberdade para outros ganharem coragem para pregar o evangelho (Fp 1.14)

2.Perdendo a vida para ganhar a Cristo (Fp 1.21)

3.Perdendo o céu imediato para que os irmãos ganhem maturidade (Fp 1.22-26)

4.Perdendo a primazia para que os irmãos ganhem superioridade (Fp 2.3-4)

5.Perdendo a glória e a vida para resgatar os perdidos (Fp 2.5-8)

6.Perdendo seus interesses pelos interesses dos irmãos (Fp 2.19-22, Timóteo pensava nos filipenses)

7.Perdendo a saúde para auxiliar os obreiros (Fp 2.25-30 e 4.18, Epafrodito adoeceu para levar oferta a Paulo)

8.Perdendo o lucro deste mundo para ganhar Cristo (Fp 3.7-8)

9.Perdendo a perspectiva mundana para ganhar a perfeição em Cristo (Fp 3.12-16 veja quem perde Cristo para ganhar o mundo: Fp 3.18-21)

10.Perdendo dinheiro para aprender a viver contente (Fp 4.11-13)

 

Capítulo 26: As bênçãos e as maldições

1.O povo de Israel só tinha a ganhar obedecendo ao Senhor e se afastando dos costumes idólatras dos vizinhos que em breve ganhariam. A promessa da colheita incessante, além, é claro, de no sexto ano a terra produzir para três anos. Deus faria até mesmo um controle ambiental para que os animais não invadissem os seus arraiais. Quanto ao poder militar, o povo não precisaria um grande exército para destruir os inimigos, pois Deus pelejaria por eles. A escravidão seria coisa do passado. Eles não precisariam mais se preocupar com ninguém oprimindo suas famílias (v.1-13).

 

2.Se por um lado há alegria em consequência da obediência a Deus, o desobediente curtirá muito sofrimento físico. É muito fácil o leitor concluir que Deus fica bravo por não cumprirem o que Ele quer e, por isso, infringe sofrimentos físicos e vergonha sobre o pecador. Porém, quando se conhece o caráter de Deus, sabemos que o objetivo das maldições é didático. Ele quer ensinar àquele que se desviou do caminho certo a encontrar novamente a bondade do Senhor. Não se trata, portanto, de vingança, mas de um Deus chamando a atenção do homem. Sendo que somos sensíveis às doenças e perda de bens, então, é assim que Deus nos chama a atenção. Quando se diz castigar mais sete vezes, não precisamos fazer as contas, mas o texto simplesmente quer transmitir a ideia de castigar completamente, o quanto for necessário para trazer o pecador de volta ao Senhor. A colheita falharia, as chuvas não viriam. O céu se tornaria como ferro e a terra bronze. Uma figura para indicar que água não sairia das nuvens e a terra não absorveria a chuva, pois não haveria chuva. As feras matariam o gado. Os inimigos invadiriam as terras e levariam os frutos que lhes restassem. O preço do pão será proibitivo, muito caro e raro. O cativeiro os deixará sem pátria. Os anos dos jubileus roubados serão recuperados por Deus, descansando a terra. Isso aconteceu no cativeiro babilônico por setenta anos. O medo e a ansiedade serão comuns a todos (v.14-39).

 

“A fome leva as pessoas fazerem coisas desumanas, como matar e comer os próprios filhos (ver 2 Rs 6.29, Jr 19.9, Lm 4.10).”[15]

 

3.Os próximos versículos mostram que todo o sofrimento e maldições são o método de Deus para disciplinar o povo e trazê-lo ao arrependimento. Deus ama muito ao seu povo. Ele mantém a promessa feita aos patriarcas do povo de Israel. Todas essas advertências foram proferidas no Monte Sinai (v.40-46).

 

Situações agradáveis e dolorosas com propósito divino (Lv 26)

1.Sucesso pela obediência a Deus (v.1-11)

2.Fracasso pela desobediência a Deus (v.12-39)

3.Propósito didático de Deus (v.40-46)

 

 

 

Capítulo 27: Os votos ao Senhor[16]

1.O livro termina com instruções sobre devoção a Deus de pessoas, animais, propriedades e frutos da terra. Não deveríamos banalizar este assunto de votos. Eles são totalmente voluntários e nada têm a ver com barganhas, ou seja, não fazemos votos para conseguir de Deus a realização de desejos pessoais. Não se trata de ganhar, mas oferecer. Não se trata de conseguir bênçãos, mas de dar louvores. O crente do Antigo Testamento, no meio do povo de Israel, vivia em um contexto de ordenanças e numa prática bem definida de Ano do Jubileu, resgates e dedicação. Portanto, é inútil confundir uma aplicação moderna e confusa de votos como moeda de troca para adquirir bênçãos terrenas. A instrução começa com a dedicação de pessoas. Alguém poderia se entregar para o serviço do santuário, das coisas sagradas da adoração comunitária. Alguém podia dedicar uma outra pessoa também. No entanto, já havia muita gente a serviço do santuário, os levitas. Sendo assim, a parte de devoção pessoal poderia ser demonstrada através de ofertas em dinheiro.  O siclo equivalia a um mês de trabalho. O valor diferia conforme o que se esperava de trabalho de uma pessoa. Criança, mulher, homem e idoso tinham seu preço de dedicação distintos (v.1-8).

 

2.Os animais eram consagrados ao Senhor. Nem todo animal era para sacrifício. Havia cargas para serem carregadas, por isso, a oferta de animais era bem-vinda. Na troca de animais, o ofertante arcava com a despesa adicional de 20% (v.9-13).

 

3.Casas e propriedades também eram dedicadas ao serviço do Senhor. Na hora de remir uma propriedade, ou seja, tomá-la de volta, também acrescentava-se 20%. Se alguém vendesse uma casa, enquanto esta estivesse ao serviço de Deus, ao chegar o Ano do Jubileu, o proprietário perdia a casa. Esta ficava definitivamente para os sacerdotes. Aquilo que consagramos ao Senhor não deveria ter volta. (v.14-25).

 

5.Algumas coisas não tinham direito à remissão. Os primogênitos dos animais, as coisas que Deus tomou para si e as dízimas não podiam ser resgatados, tomados de volta, pois pertenciam ao Senhor. Os primogênitos dos animais passaram a ser do Senhor na Páscoa a qual se iniciou na libertação do povo do Egito. Quando Deus decidia tomar uma cidade ou alguma coisa para si próprio, então, era um caminho sem volta, o homem não teria nenhum direito sobre aquilo. Uma pessoa sentenciada à morte não poderia ser resgatada, seria morta. Acã e o rei dos amalequitas, por um exemplo. O dízimo dos frutos era do Senhor. Se alguém quisesse pegar algum fruto de volta deveria pagar pelo dobro do valor, a quinta parte, ou 20%. O compromisso ao Senhor é mostrado neste capítulo e vemos a seriedade com que devemos tratar esse assunto. Do Senhor é a terra e toda a sua plenitude. Ananias e Safira lidaram com o assunto de dedicação de bens de modo hipócrita. Não precisavam dar nada, mas ao se comprometerem a isso, não deveriam mentir sobre o valor. Nem todos precisam se dedicar ao serviço do Senhor em tempo integral, mas se o fizermos precisamos saber que nem sempre é um caminho com retorno (v.26-34, ver At 5.1-11).

 

Dedicação a Deus (Lv 27)

1.Avalie sua dedicação voluntária (v.1-8)

2.Entregue ao Senhor sem pensar no retorno (v.9-25)

3.Saiba que você não pode tomar para si aquilo que já é do Senhor (v.26-34)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 - 1ª ed. 2015

 

Notas

1.     Muitas informações dessa introdução foram tiradas do livro Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wierse

2.     Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 346 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

  1. Segundo o dicionário Houaiss é o período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação.

4.     Para quem quiser ouvir uma mensagem de sinagoga sobre o Yom Kuppur (Dia da Expiação) com o rabino David Weitman acesse

https://www.youtube.com/watch?v=4a86ZcQ3fhk (15/08/2015). Fica bem claro que eles creem que as boas obras os fazem aceitos por Deus.

5.     Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 367 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

6.     http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/02/150212_brinquedos_50_tons_rm (23/08/2015)

7.     http://amaivos.uol.com.br/amaivos2015/?pg=noticias&cod_canal=53&cod_noticia=7348 (23/08/2015)

8.     http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141209_ibge_casamento_gay_lgb (23/08/2015)

9.     http://observador.pt/2014/10/16/sexo-com-animais-vai-ser-proibido-na-dinamarca/ (23/08/2015)

10.  http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITO-E-JUSTICA/410256-PROJETO-AUMENTA-PENA-PARA-CASOS-DE-ZOOFILIA.html (23/08/2015)

11.  Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 370 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

12.  O dicionário Houaiss define assim xenofobia ou xenofobismo: desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do país. É sinônimo de preconceito.

13.  http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-08-30/ministros-europeus-pedem-reuniao-de-urgencia-sobre-crise-de-refugiados.html

14.  O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 514-515– Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

15.  Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 399 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

16.  Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 400-402 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

 



[1] Muitas informações dessa introdução foram tiradas do livro Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

[2] Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 346 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[3] Segundo o dicionário Houaiss é o período que decorre desde o parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação.

 

[4] Para quem quiser ouvir uma mensagem de sinagoga sobre o Yom Kuppur (Dia da Expiação) com o rabino David Weitman acesse https://www.youtube.com/watch?v=4a86ZcQ3fhk (15/08/2015). Fica bem claro que eles creem que as boas obras os fazem aceitos por Deus.

[5] Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 367 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[11] Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 370 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[12] O dicionário Houaiss define assim xenofobia ou xenofobismo: desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do país. É sinônimo de preconceito.

[13] http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-08-30/ministros-europeus-pedem-reuniao-de-urgencia-sobre-crise-de-refugiados.html

[14] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 514-515– Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[15] Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 399 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[16] Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 1 Pentateuco – pg. 400-402 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Powered By Blogger