1 Reis
Introdução[1]
1.Os livros dos Reis eram um só livro. São chamados os Livros dos Reis porque registram os principais acontecimentos dos reinados dos reis de Judá e Israel desde a morte de Davi, até o final do reino de Judá e a queda de Jerusalém. O livro de 1 Reis fala do reinado de Salomão, dando pormenores da construção do Templo; fala, também, do ministério de Elias e o reinado de Acabe. Em hebraico o título é simplesmente “melãkhim” = reis. O motivo de terem dois livros na LXX é simples: no original hebraico não era necessário escrever as vogais; já o grego exige isso e ocupa o dobro de espaço, sendo necessários dois
rolos.
2.O autor é desconhecido. Supõe-se que tenha sido escrito enquanto ainda havia o primeiro Templo (8.8), por isso, presume-se que Jeremias tenha escrito, usando dados de Natã e Gade e outros escritores. O período abrangente é da morte de Davi até Acabe e Jeosafá, cobrindo um período de 120 mais ou menos. Foi escrito por volta de 550 a.C.
3.Salomão teve grande culpa na divisão do reino de Israel, pois, além de trazer vários deuses para o reino, por causa de suas 7 centenas de esposas e 3 centenas de concubinas, teve que cobrar altos impostos para manter o seu reinado luxuoso. Para completar, Roboão seu filho “mudou os marcos antigos” não ouvindo os mais velhos (caps.11-12).
4.Uma comparação dos reis de Judá e os reis de Israel
REIS DE JUDÁ |
REIS DE ISRAEL |
19 reis de uma só dinastia: Davi (345 anos) |
19 reis e 9 dinastias (210 anos), 8 reis foram assassinados ou cometeram suicídio. |
Judá teve frequentes reavivamentos |
Israel não teve nenhum reavivamento |
5.A comparação dos reis era feita tomando como exemplos Davi (o rei bom) e Jeroboão (o rei mau). A maioria dos reis “andou nos caminhos Jeroboão, filho de Nebate”, com exceção de alguns reis de Judá, como Asa (1 Rs 15), Josafá (1 Rs 22), Ezequias (2 Rs 18-20) e Josias (2 Rs 22-23), e mesmo esses tiveram alguns defeitos.
6.Alguns estudiosos hebreus admitem que existem alguns erros quanto às datas. Uma das explicações é que cometeram o erro de contar uma parte de um ano como se fosse um ano inteiro e outra explicação são as complicações decorrentes das corregências, quando um filho reinava com o pai durante algum tempo e, às vezes, por erro dos copistas. Contudo a cronologia abaixo é aproximada e aceita pelos estudiosos.
A Monarquia Unida
Reis |
Profetas |
Saul (1020-1000 a.C.) |
Samuel |
Davi (1000-961 a.C.) |
Natã |
Salomão (961-922 a.C.) |
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A Monarquia Dividida (Note que estão marcados os períodos que tiveram profetas)
ISRAEL (reino do Norte) |
JUDÁ (reino do Sul) |
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NOME DO REI/Profeta |
REINADO |
NOME DO REI/Profeta |
REINADO |
Jeroboão |
931-909 |
Roboão |
931-913 |
Nadabe |
910-908 |
Abias |
913-911 |
Baasa |
909-886 |
Asa |
911-870 |
Elá |
885-885 |
Josafá |
870-848 |
Zinri |
885- - |
Jorão |
848-841 |
Onri |
885-874 |
Acazias |
841- - |
Acabe (Elias) |
874-853 |
Atalia |
841-835 |
Acazias (Elias) |
853-852 |
Joás |
835-796 |
Jorão (Eliseu) |
852-841 |
Amazias |
796-767 |
Jeú (Eliseu) |
841-814 |
Uzias |
767-740 |
Jeoacaz (Eliseu) |
814-798 |
Jotão (Isaías e Miqueias) |
740-732 |
Jeoás (Eliseu) |
798-782 |
Acaz (Isaías e Miqueias) |
732-716 |
Jeroboão II (Amós, Oseias) |
782-753 |
Ezequias (Isaías, Miqueias) |
716-687 |
Zacarias (Oseias) |
753-752 |
Manassés |
686-642 |
Salum (Oseias) |
752- - |
Amom |
642-640 |
Menaém (Oseias) |
752-742 |
Josias (Jeremias, Sofonias, Naum) |
640-609 |
Pecaías (Oseias) |
742-740 |
Jeoacaz (Jeremias) |
609- - |
Peca |
740-732 |
Jeoaquim (Jeremias, Habacuque) |
609-597 |
Oseias |
732-723 722 – Queda de Samaria |
Joaquim (Jeremias) |
597- - |
|
|
Zedequias (Jeremias, Ezequiel) |
597-587 587 – Queda de Jerusalém |
7.Esboço simples
I.O estabelecimento do reino (1-2) II.A glória do reino (3-10) III.A divisão e o declínio do reino (11-22) |
Capítulo 1: A tentativa de usurpação e o reino por direito a Salomão
1.Davi morreu com 70 anos, o limite que ele anunciou em um dos seus salmos. Foi uma vida dura e cansativa, muito abalada pela tragédia com Absalão. Podemos dizer que morreu “jovem” em comparação a outros que viviam muito mais tempo. A jovem era sua “enfermeira”, mas também uma terapia para sua impotência sexual, uma vez que era muito importante para os povos daquela época ter um rei sexualmente ativo, saudável e de boa mente. Era o orgulho nacional. Parece que a jovem bonita não resolveu a inatividade sexual do rei. Davi tinha o direito legal como rei de ter qualquer mulher em sua cama, mas isto não era o ideal de Deus para os homens. Na velhice, Davi poderia ter uma mulher com ele, confidenciando e ajudando-o em decisões difíceis. Bate-Seba acabou sendo essa mulher, mas não sem constrangimento. A decisão de ter uma mulher consigo trouxe problemas e mais um assassinato na família que já vinha sofrendo tragédias. Os filhos têm vontade própria forte. Eles pensam primeiro em si mesmos e não nos pais. Os homens de guerra de Adonias sugerem prontidão para o combate. O reino ficou divido entre os que estavam com Adonias e os que estavam com Salomão. Davi não era muito firme com os filhos e Adonias foi outro grande problema para ele. Joabe tomou partido contra Davi, mas Natã e outros ficaram fiéis a ele. Adonias fez uma festa, mas não convidou os partidários de Davi (v.1-10).
“O fato de Davi não ter relação sexual com a bela jovem (v.4) é significativo porque mostra que sua força física já tinha ido embora. Davi era sexualmente ativo, mas agora sua energia sexual acabara. Isto mostra que era tempo para um homem mais enérgico para reinar.”[2]
As decisões na família (1 Rs 1.1-10)1.As decisões de um marido (v.1-4) 2.As decisões de um pai (v.5-6) 3.As decisões de um filho (v.7-10) |
2.O texto em 1 Reis fala de um reino e ações dentro desse reino. Nós temos nossos “reinos”, seja igreja, família, trabalho, ministério. Toda vez que nos omitimos de ações corretas, prejudicamos a instituição na qual estamos envolvidos. Os papéis do profeta Natã, da esposa predileta de Davi, a Bate-Seba e do próprio rei Davi foram decisivos. Porque eles agiram algo aconteceu. A usurpação foi debelada. A união de ações corretas salvou o reino de um colapso. Natã foi um excelente conselheiro para Bate-Seba. Ela, por sua vez, usou muito bem a sua influência para com Davi e este foi humilde e sábio para reconhecer a situação (v.11-31)
As ações decisivas em um reino (1 Rs 1.11-31)1.A ação do profeta Natã (v.11-14) 2.A ação de Bate-Seba, esposa do rei Davi (v.15-27) 3.A ação do rei Davi (v.28-31) |
3.O rei Davi, velho, mas ainda sábio, manteve a promessa feita sobre o seu filho Salomão, de que ele reinaria em seu lugar. O chifre era usado para colocar óleo que devia correr pela cabeça daquele que estava recebendo a autoridade de Deus. Não era qualquer chifre e qualquer óleo, mas eram utensílios do tabernáculo, mostrando assim que era uma cerimônia abençoada pelo Senhor. Havia uma festa paralela à esta, mas não era dirigida por Deus, pois era uma usurpação de Adonias. Jônatas, (não o amigo de Davi, filho de Saul) filho do sacerdote, explicou para Adonias tudo o que estava acontecendo em relação a Salomão. A medida extrema de Adonias e seu bando foi fugir. Adonias se agarrou às pontas do altar, assim como Joabe faria mais tarde. O rei Salomão não se rebaixou ao nível de Adonias, mas perdoou Adonias e deixou com Deus a vingança, caso ele merecesse (v.32-53).
As medidas tomadas por três reis (1 Rs 1.32-53) 1.As medidas tomadas por Davi, o velho sábio (v.32-40) 2.As medidas tomadas por Adonias, o jovem tolo (v.41-50) 3.As medidas tomadas por Salomão, o rei perdoador (v.51-53) |
A frieza do legalismo (1 Rs 1.50-53) 1.O legalismo teme o prejuízo próprio e não a justiça (v.50) 2.O legalismo agarra-se na religiosidade e rituais (v.50) 3.O legalismo se coloca como servo quando, de fato, quer ser senhor (v.51) 4.O legalismo sofre as consequências do seu comportamento (v.52) 5.O legalismo precisa ser destronado, descer do altar (v.53) 6.O legalismo só se prostra diante do rei Jesus (v.53) 7.O legalismo precisa ir embora (v.53) |
Capítulo 2: A morte de Davi. Salomão e seus inimigos
1.Davi, experiente e temente ao Senhor, conduziu Salomão com os melhores conselhos. Não precisamos complicar e filosofar as instruções aos jovens, mas incentivá-los à obediência a Deus, mostrando o valor em obedecer e os perigos da desobediência. Davi era um homem manso, mas praticava com rigor a justiça de Deus quando necessário. Ele adverte o filho com respeito a Joabe que se mostrou um homem falso e interesseiro. Da mesma forma, os bons precisam ser recompensados. As instruções de Davi nos lembram que os filhos precisam de nossos sábios conselhos e aquilo que pensamos ser óbvio se reveste da maior importância (v.1-12).
“Os conselhos referentes a Joabe e Simei, para que fossem mortos, não foram por ira ou motivos pessoais, mas pela segurança do trono de Salomão, que representava a causa de Deus e de Israel. É evidente que Joabe não se arrependeu dos assassinatos que cometera, e imediatamente os repetiria para alcançar qualquer propósito pessoal. Ainda que fosse tolerado por muito tempo, ao final, deveria prestar contas. O tempo não apaga a culpa de qualquer pecado, em particular o assassinato.”[3]
A despedida pode ser bonita (1 Rs 2.1-12) 1.Quando se coloca em a vida em ordem (v.1) 2.Quando o desespero é substituído pela sobriedade (v.2) 3.Quando a obediência ainda é valorizada (v.3) 4.Quando as promessas de Deus são lembradas (v.4) 5.Quando a segurança da família é priorizada (v.5-6, 8-9) 6.Quando a gratidão não é esquecida (v.7) 7.Quando a vida foi marcada por perseverança (v.10-12) |
2.Adonias talvez com um pouco ousado ainda pede por Abisague como esposa. Bate-Seba não quer complicar as coisas, mas tentar resolver os assuntos do reino da melhor maneira que é a pacífica. Abisague era a moça que cuidou de Davi em sua velhice para esquentá-lo nas noites frias. Salomão não viu o pedido de Adonias como algo inocente. Ele usou de ironia, dizendo que poderia dar até mesmo todo o reino. Salomão já havia sido orientado pelo pai sobre as pessoas astutas ao redor dele. Isso o motivou a matar Adonias para resolver o problema e dar aviso aos outros aproveitadores. Adonias, se casando com Abisague, o colocaria, em tese, como alguém com direito ao trono ou, pelo menos, mais perto da administração do reino, visto que foi uma moça útil para o rei Davi. Salomão deu uma chance para Abiatar, o sacerdote, pelo que ele representou para o pai. Joabe, no entanto, fugiu temendo o novo rei. Joabe não conseguiu isenção de culpa, mesmo segurando no altar, pensando em proteção. Na lei de Moisés, era possível agarrar no altar para proteção, mas se fosse culpado de assassinato poderia ser tirado do altar e morto (Êx 21.14). Salomão também deu uma chance para Simei, mas por descuido ele quebrou o trato e foi morto. Assim Salomão resolveu o resquício de perigo em seu reino. Às vezes, nos descuidamos também com as coisas de Deus e sofremos consequências. Aproveitemos as oportunidades que temos para consertar aquilo que está errado para termos a bênção do rei (v.13-46).
Ganhando e perdendo espaço (1 Rs 2.13-46) 1.Pessoas astutas tentam ganhar espaço com a inocência do outro (v.13-18) 2.Pessoas sábias não dão espaço para os aproveitadores (v.19-27) 3.Pessoas más perdem espaço entre os nobres (v.28-35) 4.Pessoas tolas não aproveitam seu espaço limitado (v.36-46) |
Capítulo 3: A sabedoria de Deus oferecida a Salomão
1.Salomão começou as perigosas alianças. Ao se casar com a filha de Faraó, certamente trará para Israel um pouco da idolatria do Egito. Salomão trabalhou para construir o Templo, as muralhas e o palácio. Ele não precisava se preocupar com guerras, pois Davi, seu pai, deixou um reinado de paz para Salomão. Sacrificar nos altos, nesta altura da história, ainda não se tratava de idolatria, mas uma prática necessária, pois ainda não havia o Templo. Os sacrifícios eram para o Deus verdadeiro. Mesmo que Salomão não tivesse o coração totalmente entregue ao Senhor, pois as alianças mostravam que aos poucos se afastava Dele, Deus o abençoou dando a Salomão a oportunidade de escolher o que quisesse para si próprio. Salomão reconheceu a bondade de Deus em dar-lhe tudo, o reino, a paz e o legado de Davi. O pedido de Salomão foi por sabedoria para conduzir o povo de Israel. Deus ficou satisfeito com o pedido de Salomão, pois não estava cheio de interesse próprio como normalmente acontece com as pessoas. A sabedoria que ele pediu não era para ser vaidoso, mas para conduzir o povo. Quando pedimos algo para favorecer outros, Deus se alegra. Tudo isso foi em um sonho e Salomão compreendeu a voz de Deus. Ele adorou ao Senhor diante das autoridades (v.1-15).
“[3.1] O sentimento popular devia ser contra uma rainha pagã morando no lugar da habitação da arca. O casamento de Salomão foi um golpe político. Esta pequena seção deve estar um tanto fora da ordem cronológica.”[4]
Problemas a serem resolvidos (1 Rs 3.1-15) 1.Casamento errado (v.1) 2.Sacrifícios regionais (v.2-4) 3.Decisão sobre ofertas (bênçãos) a receber (v.5) 4.Sentimento de incapacidade (v.6-9) 5.Recebimento de bênçãos (v.10-13) 6.Peso do legado (v.14) 7.Ação após a compreensão (v.15) |
2.Este teste pelo qual o rei Salomão passou é tão conhecido que tem sido usado por palestrantes de autoajuda e muitos outros que nem acreditam na Bíblia como Palavra de Deus. De fato, marcou a vida de Salomão com autoridade. Além disso, exalta a Deus que disse que daria sabedoria a ele. É inacreditável que uma mãe, por acidente, mataria o filho durante o sono? Não, isso acontece, infelizmente, com certa frequência. Em Belo Horizonte (em 2012) houve três casos[5]. Calcula-se que 15 bebês morrem no Brasil pela Síndrome da Morte Súbita Infantil devido à asfixia por cobertores, refluxo e outras situações[6]. Em muitos casos, a mãe estava bêbada e outras apenas no sono REM (fase do sono pesado). As duas mulheres eram prostitutas, portanto, não podemos descartar embriaguez, mas isso não importa tanto para o nosso estudo. Porém, a mãe com todos os atributos maternos estava pronta a deixar o seu filho para a outra a fim de evitar que fosse morto pelo rei. Não podemos duvidar que o rei, de fato, mataria o bebê, mas felizmente não aconteceu. O bom senso quase sempre superará o orgulho de posse (v.16-28).
A descida vertiginosa do caráter e comportamento humano (1 Rs 3.16-28) 1.Prostitutas diante do rei (v.16) 2.Vida familiar desestruturada (v.17-18) 3.Falta de instrução materna (v.19) 4.Trapaças (v.20) 5.Discussões e litígios (v.21-22) 6.Propostas de soluções extremadas (v.23-25) 7.Sentimento doentio de posse (v.26-28) |
Capítulo 4: O reino de Salomão e sua riqueza de bens e de recursos humanos
1.O reino de Salomão, assim como qualquer outro e até mesmo nossa casa, igreja, empresa e escola, era organizado. Pessoas com capacidades diversas ajudam a manter e estabelecer instituições. Deus tem nos dado capacidades para serem usadas. Podemos tocar a vida das pessoas ao nosso redor quando usamos nossas capacidades de modo a beneficiar outros e não apenas a nós mesmos. Quem trabalha em agência missionária sabe perfeitamente como todas as profissões são bem-vindas, pois a obra é muito extensa (v.1-7).
“Para fins administrativos e particularmente para a recolha dos impostos, Salomão dividiu o núcleo israelita do seu império em doze distritos. Em contraste com obras mais antigas, certo comentário afirma, com justeza, que só em casos especiais essas divisões se afastavam muito das que eram definidas pelas velhas fronteiras tribais. O fato de dois dos funcionários mencionados serem genros de Salomão (11,15) não deixa dúvidas quanto à sua alta categoria. Certa versão chama-lhes ‘prefeitos’.”[7]
Necessidades da obra de Deus com aplicação à Missão Transcultural (1 Rs 4.1-7) 1) Liderança – Pastoreio, estratégia e burocracia (v.1-2) 2) Secretaria – Ingresso, férias, contato com igrejas e documentos governamentais (v.3) 3) Literatura – Cartilhas, dicion./gramáticas, tradução e biografias (v.3) 4) Batalhadores – Desbravadores, pioneiros, contato, perseverança nas lutas (v.4) 5) Intercessores (sacerdotes) – Revista, boletins, oração (v.4) 6) Intendentes (administradores) – Conselhos, colocação, substituição, contingência (v.5) 7) Amigos – Igrejas, profissionais (contador, advogado, dentista, médico), programa de férias (v.5) 8) Apoiadores (mordomos) – Compradores, informática, Tecnologia (v.6) 9) Trabalhadores braçais – Construção, manutenção, reformas, grama, motores (v.6) 10) Suprimentos – Viagens, barcos, carros, projetos, poço (v.7) |
2.Os v. 8-19 nomeiam os 12 administradores de Salomão. Ele dividiu em 12 partes para melhor atender toda a nação e suas 12 tribos (v.8-19).
3.Tudo corria perfeitamente bem. Um povo bem assistido por seus líderes vive melhor. Até mesmo os impostos são pagos com alegria, pois o retorno em benefícios justifica. A extensão do reino de Salomão era grande. Um dia, o Messias, o Rei dos reis, Jesus Cristo, governará naquela extensão com reflexo para todo o mundo. Pela primeira vez o mundo conhece um reino de justiça e paz universais. A sabedoria de Salomão não podia ser medida. Ela vinha do próprio Deus. Ele sabia de todos os assuntos. Os soberanos de outras nações vinham aprender com Ele. Salomão é a sombra de Jesus Cristo em seu reino messiânico que será estabelecido sobre esta terra (v.20-34).
A saúde de um povo só pode ser encontrada em Jesus (1 Rs 4.20-34) 1.A saúde de um povo depende de grande número de pessoas vivendo bem (v.20) 2.A saúde de um povo depende de um lugar confortável para habitar (v.21a) 3.A saúde de um povo depende de impostos que voltam em forma de benefícios (v.21b) 4.A saúde de um povo depende de uma liderança justa e permanente (v.21c) 5.A saúde de um povo depende de paz por todos os lados (v.22-24) 6.A saúde de um povo depende de liberdade para usufruir daquilo que produz (v.25) 7.A saúde de um povo depende de um departamento de segurança bem estruturado (v.26-28) 8.A saúde de um povo depende de um líder sábio (v.29-34) |
Capítulo 5: Preparação para a construção do Templo
Salomão não desprezou as amizades do pai, antes usou essas amizades para o benefício do reino. Hirão era um homem capaz e Salomão confiou a ele o fornecimento de madeiras para a construção do Templo. Davi não construiu o Templo por estar muito envolvido com guerras, mas Salomão usufruía de um templo maravilhoso de paz e, por isso, empenhou-se na construção do Templo. Salomão tinha um reino próspero, mas ainda assim, reconhecia que não havia homens talentosos com madeira bruta como Hirão. Isso nos ensina que a sabedoria anda junto com a humildade. É muito útil aprendermos com essa negociação, pois houve um acordo de trabalho e de alimentação. O bom comerciante, ou qualquer outro profissional, deve deixar bem claro o que oferece e o que exige. É muito irritante quando alguém combina o trabalho de um profissional e quando chega no preço ele simplesmente diz: “Depois a gente vê. Vai ficar baratinho!” (v.1-18).
“Salomão recrutou três vezes o número de trabalhadores necessários para o projeto do templo e logo arrumou seus horários para que não tivessem que estar longe de sua casa por grandes períodos. Isto mostrou sua preocupação pelo bem-estar de seus trabalhadores e a importância que lhe dava à vida familiar. A força de uma nação está em proporção direta com a força de suas famílias. Salomão reconheceu sabiamente que a família deveria ser sempre uma prioridade muito alta. Quando planejar seu próprio trabalho ou arrume os horários de outros, revise o impacto de seus planos sobre as famílias.”[8]
A forma correta de se realizar a obra de Deus (1 Rs 5) 1.Fazendo amigos (v.1) 2.Esperando o tempo certo (v.2-3) 3.Aproveitando os tempos de paz (v.4) 4.Atentando para as Escrituras (v.5) 5.Reconhecendo capacidades nos outros (v.6) 6.Reconhecendo a sabedoria dos líderes (v.7) 7.Combinando os detalhes com justiça (v.8-12) 8.Respeitando os limites da família (v.13-14) 9.Trabalhando duro (v.15-18) |
Capítulo 6: A construção do Templo
Os detalhes da construção do Templo estão neste capítulo. O povo de Israel teve o seu primeiro templo somente após 480 anos. Isso mostra que a adoração a Deus não está ligada a um edifício ou construção. Em honra e respeito a Deus e Sua casa, não deveria haver bagunça e barulho nem mesmo na construção, por isso, as pedras eram trabalhadas fora daquele lugar e somente trazidas prontas para montar. Se Salomão vivesse de maneira correta, Deus estaria à disposição a todo o povo naquela construção. Mais uma vez, não é a construção que é abençoada, mas a vida frutífera dos crentes. Foram sete anos para terminar a construção do Templo (v.1-38).
“O templo estava localizado na eira de Araúna, comprada por Davi (2 Sm 24.24), em vez de ter sido erigido sobre um santuário de origem jebusita. A área é atualmente marcada pelo Domo da Rocha (ou do Rochedo; Haram ash-Sharif) em Jerusalém. A planta segue basicamente o desenho do tabernáculo, mas com o dobro do tamanho (Êx 26.15-25; 36.34).”[9]
A origem do Templo de Salomão e seus ensinos (1 Rs 6) 1.Não é necessário um edifício para adorar a Deus (v.1, 480 anos sem Templo) 2.A honra e respeito na obra de Deus (v.7) 3.A vida frutífera do crente e não a estrutura física é o interesse de Deus (v.12-13) 4.O projeto de uma obra para Deus pode demorar (v.14,38) |
Capítulo 7: O palácio de Salomão e as mobílias do Templo
Enquanto Salomão levou 7 anos para construir o Templo, ele gastou 13 anos para construir o seu palácio. De fato, ele construiu esse palácio para a esposa, filha do rei do Egito. Ele separou uma sala para julgar as questões, dando um aspecto especial ao seu trabalho como rei que era o de julgar. Mais uma vez vemos a humildade de Salomão buscando um estrangeiro para trabalhar com bronze. Ele buscava pessoas capazes por sua capacidade e não por parentesco ou nacionalismo. No mesmo capítulo há uma lista detalhada das mobílias do Templo. Salomão não se esqueceu de colocar os objetos valiosos de Davi. O que é do Tesouro da nação deve ser conservado no lugar apropriado. No momento que escrevo este material, leio uma notícia de que o ex-presidente do Brasil carregou 21 objetos que ganhou durante o exercício do seu mandato. O que não é pessoal faz parte do patrimônio na nação e um presidente não pode se apossar disso, pois não pertence a ele[10] (v.1-51).
Deus está edificando um edifício através de sua vida (1 Rs 7.1-14) 1.Pode levar um tempo (v.1) 2.Terá colunas nobres (v.2 cedros do Líbano) 3.Terá abertura para o mundo (v.4) 4.Haverá espaço para o julgamento de suas obras e conduta (v.7) 5.Você não deveria trazer o Egito para esse edifício (v.8) 6.Essa obra tem muito valor (v.9) 7.O fundamento é Cristo (v.10) 8.Deus providenciará recursos necessários para essa obra (v.14, 51) |
Capítulo 8: A consagração do Templo e a oração de Salomão pelo povo
1.O objeto tão aguardado para o Templo teve um cortejo especial. A arca da aliança foi levada pelos líderes da nação do lugar onde estava em Jerusalém até o Templo. Juntou esse evento com a Festa dos Tabernáculos. Sacrifícios incontáveis foram oferecidos diante da arca. Podiam-se ver os cabos da arca, mas não a arca que representava a presença de Deus. Dentro da arca não havia mais o pote de maná e a varão de Arão, mesmo assim a confirmação de Deus surgiu assim que colocaram a arca no devido lugar. Semelhante ao final da construção do Tabernáculo, a finalização da construção do Templo foi marcada com a nuvem da presença de Deus. O culto foi interrompido pela própria presença de Deus. Isso mostra que a presença de Deus é mais importante que o nosso culto a Ele (v.1-11).
A seriedade da presença de Deus simbolizada pela arca da aliança (1 Rs 8.1-11) 1.A presença de Deus é tão séria que todos os líderes da nação precisam testemunhar (v.1) 2.A presença de Deus é tão séria que todo o país viria testemunhar (v.2) 3.A presença de Deus é tão séria que merece mais do que podemos dar (v.3-5) 4.A presença de Deus é tão séria que é considerada Santíssima (v.6) 5.A presença de Deus é tão séria que não pode ser experimentada pelos que são de fora (v.7-8) 6.A presença de Deus é tão séria que ela é mais importante do que o nosso culto (v.9-11) |
2.Salomão exalta a Deus, o criador do sol, mas que habita em nuvens escuras (ou escuridão ou densas nuvens). Ele está se referindo à nuvem da glória do tabernáculo e agora no Templo. Salomão pensava no povo, por isso, ora publicamente entregando aquela Casa ao Senhor para cuidar do povo de Israel. A responsabilidade é grande, pois além de conduzir o povo, Salomão tem que andar nos caminhos do seu pai, Davi, um homem extremamente zeloso para com o trabalho de Deus (v.12-21).
O descanso celestial (1 Rs 8.12-21) 1.Deus descansa na Sua glória (v.12-13) 2.O crente precisa descansar na bênção de Deus (v.14) 3.O crente precisa descansar nas promessas de Deus (v.15-16) 4.O crente precisa descansar nos propósitos e tempo de Deus (v.17-20) 5.O crente precisa descansar na Palavra de Deus (v.21) |
3.O conteúdo da oração de Salomão é um espelho para o nosso relacionamento com Deus. Temos muitos motivos de adoração a Deus. As músicas compostas por muitos irmãos em Cristo no passado e no presente são um desafio para nós ao exaltarem a Pessoa de Deus e ao incentivar-nos a permanecer em comunhão com Ele. Assim também essa exaltação de Salomão ao Deus de Israel. Ele começa reconhecendo que não há Deus igual em nenhum lugar. Ele reconhece o poder de Deus ao cumprir suas promessas. Salomão também reconhece que o Templo é insignificante diante da grandeza de Deus. Salomão pede que o Senhor ouça todo o povo que orar virado para o Templo. Lembramos de Daniel que orava virado para Jerusalém. O rei Salomão também pede para que Deus perdoe os pecados dos crentes que orarem a Ele. A oração também envolve a justiça de Deus manifestada no Templo. A vitória ou derrota do povo também estaria ligada ao Templo. Olhando para o Templo em época de seca, o povo pode receber a bênção de Deus. Da mesma maneira, olhando para o Templo e orando a Deus, Salomão pede que o Senhor os ajude em época de praga na plantação. Salomão sabe que a oração pode ser feita, mas Deus responderá conforme Ele quiser, pois Ele conhece as intenções do coração de cada um. Isso elimina qualquer possibilidade de legalismo. A oração deve ser acompanhada de sinceridade. Salomão, o rei de Israel, não se esqueceu de incluir em sua oração, o pedido para Deus ouvir o estrangeiro que orar virado para o Templo. O homem oraria ao Senhor, não porque não tem pecado, mas exatamente porque é pecador arrependido e precisa de Deus. Salomão apela para o amor que Deus teve para com Moisés e seu povo. Assim como o Senhor cuidou do povo que saiu do Egito, cuidaria do povo agora (v.22-53).
4.Salomão termina a oração, invocando a bênção do Senhor ao povo e ajuda para que obedeçam a Deus. Salomão sabe que a bênção de Deus sobre Israel atrairia o mundo para a salvação que há no Deus único. Assim foi a dedicação do Templo. O altar ficou pequeno para a quantidade de sacrifícios e ofertas ao Senhor, por isso, Salomão usou o pátio do Templo. O povo veio de todo o país, ficou ali sete dias e saiu feliz por tudo o que Deus fez (v.54-66).
“A oração de dedicação de Salomão revela que ele não tinha uma visão primitiva de Deus (v.27). É pagã a noção de que Deus habita em uma casa. O Templo se torna o centro de adoração. O mundo deveria ir ao Templo para adoração. Israel no cativeiro devia se virar para o Templo para orar.”[11]
O conteúdo da oração de Salomão (1 Reis 8.22-61) 1.Unicidade de Deus (v.22-23) 2.Poder de Deus (v.24) 3.Promessa de Deus (v.25-26) 4.Grandeza de Deus (v.27) 5.Clamor a Deus (v.28-29, 51-53) 6.Perdão de Deus (v.30, 46-50) 7.Juízo de Deus (v.31-32) 8.Vitória (v.33-34 e 44-45) 9.Chuva (v.35-36) 10.Alimento (v.37-40) 11.Testemunho (v.41-43) 12.Bênção de Deus (v.54-61) |
Capítulo 9: Deus relembra Salomão sobre a obediência
1.O que mais faltava? Salomão já havia construído o templo, consagrado esse templo, desafiado as pessoas a confiarem no Senhor. Salomão orou e agora ele mesmo receberia do Senhor mais algumas instruções. Essas instruções eram claras, simples e repetidas. Deus lembraria novamente a Salomão sobre a obediência. Deus queria dizer a Salomão que ouviu a oração e agora, diante daquela nova responsabilidade, depois da festa, Salomão tinha também compromissos. Muitas vezes, nós nos esquecemos da obediência e que podemos nos alegrar e nos reunir, mas a razão de estarmos fazendo isto é só o Senhor. Tudo é a respeito do Senhor. Tudo é para Glória Dele e não para nós. O Senhor novamente lembra a Salomão de que ele deve andar nos caminhos do pai dele o Rei Davi. Por outro lado, caso Salomão e o povo não obedeçam a Deus, a punição também viria. Deus mostra que os povos zombariam de Israel. Se Israel falhasse, então, o Templo seria destruído e as pessoas perguntariam o que aconteceu e a resposta seria simples: Esqueceram o Senhor. Com isso, então, nós percebemos que até os incrédulos são testemunhas da nossa fidelidade ou infidelidade (v.1-9).
“No contexto do Antigo Testamento (incluindo este capítulo), todo o sucesso condicionava-se à obediência à lei mosaica, um tema que se repete por várias e várias vezes. 1 Reis 8.43-61 enfatiza fortemente o mesmo tema, e agora nós o encontramos de novo. Em nossa mentalidade neotestamentária, sentimos a ausência do Espírito em boa parte da instrução legalista, mas não devemos esquecer que, afinal, a lei era o que tornava Israel um povo distinto. Quanto a esse tema, ver Dt 4.4-8. A lei era tida como doadora de vida, bem como de todas as bênçãos nela contidas (ver Dt 4.1; 5.33; Ez 20.11).”[12]
O ardor do coração (1 Rs 9.1-9) 1.Arde o coração concluir uma obra (v.1) 2.Arde o coração encontrar-nos com Deus (v.2) 3.Arde o coração ser acompanhado por Deus (v.3) 4.Arde o coração ser recompensado pela obediência (v.4-5) 5.Arde o coração ser desqualificado por causa da desobediência (v.6-7) 6.Arde o coração ser despejado de sua terra (v.8) 7.Arde o coração ser julgado pelos incrédulos (v.9) |
2.Salomão também construiu cidades e assentou o povo nelas. Edificou cidades-depósito e fortificações. Salomão não matou os descendentes dos antigos habitantes de Canaã, mas poupou os que restavam dando a eles trabalhos mais pesados. Salomão não escravizou o povo judeu. Salomão tinha consciência de que as mulheres com as quais ele casou não eram dignas de ficar nos lugares onde a arca passara, por isso, construiu casa para a filha de Faraó e tirou-a da Cidade de Davi. Salomão obedeceu a Davi e estabeleceu os turnos dos levitas e sacerdotes. Salomão recebeu de Hirão, navios e marinheiros que sabiam navegar (v.10-28).
Capítulo 10: A sabedoria e riquezas de Salomão dadas por Deus
1.Salomão é colocado à prova novamente. Desta vez, não em sua capacidade de juiz, mas de intelectual. A rainha de Sabá era a governante de algum país do norte da arábia. Como era comum com os soberanos da época, e até hoje, essas visitas diplomáticas eram acompanhadas com presentes como forma de gentileza e ostentação. A rainha devia ter perguntas prontas, dela mesma ou de outros de seu país. Salomão não ficou em apuros em nenhum momento. Ele conseguiu responder a todas as perguntas. Deus cumpriu o desejo de Salomão dando-lhe sabedoria. A rainha não apenas ficou impressionada com a sabedoria de Salomão, mas também com a sua riqueza. Salomão não era apenas sábio e rico, mas organizado. Talvez a rainha de Sabá tivesse uma esperança de que Salomão não fosse tão grande como ela, pois afinal a vaidade está impregnada no coração dos reis e rainhas. Um superior se torna uma ameaça. A rainha via a sabedoria de um rei como algo que beneficiaria a todos os súditos. A promessa de Deus a Israel se cumpre, pois a admiração dos povos fará com que Deus seja manifestado entre eles. O texto abre um parêntese para falar da madeira de sândalo que Hirão trouxe para Israel com a qual foram feitos os corrimãos do Templo e Palácio e também instrumentos musicais. Salomão também presenteou a rainha (v.1-13).
O mundo continua a ser o que sempre foi (1 Rs 10.1-13) 1.Continua a fazer perguntas difíceis para satisfação da curiosidade (v.1-3) 2.Continua a se impressionar com a aparência exterior (v.4-5) 3.Continua a se preocupar (invejar) com o crescimento do outro (v.6-8) 4.Continua a ser atraído a Deus pelas bênçãos Dele (v.9) 5.Continua a trocar presentes por interesses variados (v.10,13) |
2.Salomão foi abençoado com sabedoria e riquezas. Ele poderia se orgulhar disso ou dar glórias a Deus. Isso acontece conosco também. Os povos se tornaram tributários de Salomão e a boa administração fazia com que o seu reino só crescesse e se enriquecesse mais. Salomão customizou escudos para enfeites. O trono de Salomão era imponente devido ao tamanho e aos materiais usados, ouro e marfim. A ostentação das mobílias e utensílios domésticos deixariam o palácio real de Buckingham com inveja. Salomão também colecionava animais silvestres, tais como macacos e pavões. O comércio de Salomão foi extenso, inclusive com o Egito, o qual Deus proibia (v.14-29).
“Na realidade, este retrato do poder e glória de Salomão seria seguido por uma indicação de suas tolices e a razão para a queda total de seu reino. Podemos comparar o que temos visto sobre Salomão neste capítulo com as palavras de Paulo em 2 Co 4.18: ‘não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas.”. Foi esta lição que aprendemos de Eliseu (2 Rs 6.17).”[13]
Capítulo 11: A aliança com os ídolos e a divisão do reino
1.Salomão com toda sua tendência global de negócios fez muitas alianças e casou-se com muitas mulheres de outras nações e, claro, nações idólatras. Enquanto o assunto eram negócios e bens ainda poderíamos entender que estava em nível comercial, apenas. Porém, as alianças começaram a ficar mais sérias quando Salomão se casa com essas nações através de matrimônios com mulheres desses países. O sábio Salomão ficou tolo com o poder de persuasão dessas mulheres. Ele desagradou a Deus e se afastou Dele. Só para citar dois deuses que Salomão abraçou, são Astarote e Moloque. A deusa Astarote de Sidom era deusa da guerra e da fertilidade. Os seus adoradores praticavam orgias sexuais em adoração a ela. Os gregos a chamavam de Afrodite e os egípcios de Isís. O deus Moloque de Amom era deus-rei com cabeça de boi ou leão. Os seus adoradores praticavam orgias sexuais enquanto ofereciam seus bebês como sacrifício ao som de tambores para abafar os gritos do bebê. Além desses, é citado Quemos de Moabe que se saciava com o sacrifício humano. O povo se desviou por causa da licenciosidade de Salomão (v.1-8).
“Os filhos oferecidos a Moloque eram crianças de incesto ou adultério; e nós somos lembrados que Amom era filho de incesto. Deve-se lembrar, portanto, que não há registro de crianças judias lançadas ao fogo a Moleque antes do tempo de Acaz [No entanto, prevalece o registro bíblico aqui nesse texto].[14]
A aliança com ídolos (1 Rs 11.1-8) 1.Os ídolos vêm com rostos bonitos (v.1) 2.Os ídolos vêm contra a vontade de Deus (v.2) 3.Os ídolos vêm em grande quantidade (v.3) 4.Os ídolos vêm para nos afastar de Deus (v.3) 5.Os ídolos vêm mesmo para os velhos (v.4) 6.Os ídolos vêm desrespeitando o que aprendemos dos pais piedosos (v.4) 7.Os ídolos vêm com licenciosidade prometendo colheita e purificação (v.5 Astarote, fertilidade; Moloque, incesto) 8.Os ídolos vêm para nos fazer pecar contra Deus (v.6) 9.Os ídolos vêm desejando um lugar de destaque (v.7) 10.Os ídolos vêm através das beatas (v.8) |
2.Deus aparece a Salomão pela terceira vez, porém, agora, para pronunciar o juízo sobre o seu reino. No entanto, por amor a Davi e por causa da promessa que Deus fez, isso aconteceria após a morte de Salomão. A tribo de Judá seria poupada para ser a cidade perpétua de Davi com as bênçãos de Deus. O inimigo de Salomão foi Hadade que era um povo inimigo antigo, Edom. Hadade guardou ódio e desejo de vingança contra a família e reino de Davi desde criança. O plano de Hadade estava dando certo para ele, pois Deus queria disciplinar a nação de Israel. Hadade fez alianças antes impossíveis. Rezom, rei da Síria, também se voltou contra Salomão. Além desses estrangeiros, Jeroboão de Efraim se tornou inimigo de Salomão. O profeta Aías profetizou a divisão do reino. Jeroboão teve uma enorme oportunidade, a de receber as bênçãos das promessas feitas a Salomão, a herança de Davi. Como veremos, ele não aproveitou a oportunidade. A história dos reis era baseada nos reis bons como Davi e os reis maus como Jeroboão. Dois caminhos, duas atitudes diante de Deus (Davi e Jeroboão). Salomão teve o mesmo tempo de reinado que o pai, porém, não aproveitou a plenitude das bênçãos de Deus. Temos apenas uma vida para viver. Como a viveremos dependerá de nós mesmos, se desejamos andar nos caminhos de Deus ou em nossos próprios caminhos pecaminosos (v.9-43).
Quando acaba o refrigério do Senhor (1 Rs 11.9-43) 1.Ele aparece com disciplina (v.9-11) 2.Ele tira o refrigério aos poucos (v.12-13) 3.Ele levanta instrumentos para a disciplina (v.14-25) 4.Ele usa até pessoas de confiança para disciplinar (v.26-36) 5.Ele pode transferir nossos privilégios para outros (v.37-43) |
Capítulo 12: Roboão e Jeroboão
1.Roboão é aclamado pelo povo para ser rei. A esperança do povo é sempre ter um governo que facilite as coisas, diminuindo impostos, dando mais liberdade no livre comércio e facilitando a convivência pacífica no reino. O povo sentia que Salomão havia maltratado o povo com cargas de trabalho e tributo. É fácil acreditar nisso, pois para manter todas as construções e luxo do reino, Salomão usou muitos súditos. Samuel já havia profetizado isso quando o povo escolhera um rei para si. Roboão buscou conselho dos mais velhos para dar uma resposta ao povo. Os mais experientes disseram que Roboão deveria aliviar as cargas para ganhar a simpatia do povo. Porém, os conselheiros mais jovens disseram que Roboão deveria ser muito mais pesado do que fora o seu pai. Roboão preferiu ouvir aos menos experientes. Aquilo fazia parte do juízo de Deus profetizado pelo profeta Aías (1 Rs 11.31) a Jeroboão quando rasgou o tecido, simbolizando a divisão do reino (v.1-15)
“Tomar conselhos de homens não espirituais sempre incorre em palavras erradas e uma resposta rude sempre causa divisão. Se fazemos Deus nossa fonte de conselho (Tg 3.15), evitaremos toda a tolice.”[15]
A chegada de uma nova ordem governamental (1 Rs 12.1-15) 1.As pessoas querem mudanças (v.1) 2.Governantes querem aproveitar as oportunidades (v.2) 3.As pessoas querem uma vida mais confortável (v.3-4) 4.Governantes querem dar respostas trabalhadas (v.5-6) 5.As pessoas querem um governo segundo suas preferências: mais liberal ou mais duro (v.7-11) 6.Governantes governam para alguns e prejudicam outros (v.12-15) |
2.Sendo que Roboão não pensou no povo, este não quis mais seguir Roboão. O rei Roboão até tentou mudar a mente do povo, mas tornou-se perigoso, pois não queriam conversa com o rei e até mataram o seu mensageiro. Assim, o reino foi dividido (Norte que é Israel e Sul que é Judá). O fugitivo Jeroboão se tornou o rei de Israel. Roboão tentou ser rei sobre as 12 tribos à força, mas o profeta Semaías, usado por Deus, pacificou o que seria uma guerra civil (v.16-24).
3.Um problema estratégico surgiu na mente de Jeroboão. Sendo que a adoração era feita no Templo de Salomão, se o povo fosse para lá, Roboão poderia conquistar o povo e, finalmente, Jeroboão seria morto. Foi assim que Jeroboão fez dois touros de ouro e estabeleceu a adoração ao povo com esses novos deuses iguais aos do Egito. Os sacerdotes, evidentemente, não eram os levitas fiéis e nem mesmo da tribo de Levi. Jeroboão criou datas especiais para festejar os touros de ouro. A idolatria estava além dos domínios de Salomão e seu filho Roboão (v.25-33).
Triste espetáculo (1 Rs 12.16-33) 1.Ver irmãos se separarem (v.16) 2.Ver um grupo pequeno de tentando irmãos ser fiel (v.17) 3.Ver irmãos se agredirem (v.18-19) 4.Ver irmãos tramando contra a unidade (v.20) 5.Ver irmãos tentando resolver os conflitos com mais conflitos (v.21-24) 6.Ver irmãos se desviando da Palavra de Deus (v.25-33) |
Capítulo 13: Os dois profetas
1.O medo de Jeroboão pela possível perda de popularidade fez com que ele construísse um altar idólatra para manter uma união baseada na falsidade. O Senhor enviou um profeta para repreender Jeroboão. A profecia da vinda do Josias foi totalmente cumprida adiante. Jeroboão quis anular o profeta, mas teve o braço paralisado. Jeroboão, assustado, pediu misericórdia, a qual o Senhor concedeu. Jeroboão quis agradar ao profeta como forma de gratidão ou talvez de manipulação, mas o profeta, obediente, não aceitou a hospitalidade do rei (v.1-10).
Aprendizado de última hora (1 Rs 13.1-10) 1.No momento do pecado (v.1) 2.Com palavras duras (v.2) 3.Com prejuízo próprio (v.3) 4.Debaixo de resistência (v.4) 5.Com efeitos imediatos (v.5) 6.Com pedido de socorro (v.6) 7.Com gratidão (ou manipulação) (v.7) 8.Com obediência incondicional (v.8-10) |
2.O profeta fora obediente até o momento, mas ele não sabia o que lhe aguardava quanto à tentação do inimigo que usa até mesmo servos de Deus, os quais não estão em harmonia perfeita com os planos de Deus. Foi o triste caso do homem de Deus ser convencido pelo profeta velho. O homem de Deus explicou que não podia aceitar a gentil hospedagem do profeta velho, pois tinha que obedecer a Deus. O profeta velho argumentou com algo espiritual, ou seja, que um anjo havia falado a ele que o homem de Deus devia ser recebido em sua casa. Isso nos levanta uma questão moral muito intensa. Devia o homem de Deus ser castigado por desobediência se um anjo falou com o profeta velho? O apóstolo Paulo nos alerta em Gálatas que não devemos ouvir outro evangelho, mesmo que um anjo venha do céu nos ensinar. Devemos sempre ficar com a primeira ordem, pois a recebemos na luz. Quando vierem as trevas ou em dúvida já estaremos totalmente protegidos pelo que recebemos na luz. Sabemos, pelo próprio texto, que o profeta velho estava mentindo. O crente é responsável até mesmo quando é enganado, pois deve ficar com aquilo que aprendeu na Palavra de Deus. Após o homem de Deus ser morto pelo leão, o profeta velho compadecido, concedeu uma sepultura e quis ser sepultado com o homem de Deus também quando morresse. Deus permitiu que o profeta velho ainda confirmasse a profecia do homem de Deus (v.11-34).
“‘Um anjo falou comigo’: Talvez fosse verdade e talvez tenha sido um anjo enganador. Satanás e seus mensageiros podem aparecer como anjo de luz (2 Co 11.14-15).”[16]
As armadilhas para pegar o homem de Deus (1 Rs 13.11-34) 1.Sempre há pessoas observando o homem de Deus (v.11) 2.Sempre há pessoas cuidando do homem de Deus (v.12-15) 3.Sempre há o Espírito Santo lembrando o homem de Deus de suas responsabilidades (v.16-17) 4.Sempre há o Inimigo usando pessoas para enganar o homem de Deus (v.18) 5.Sempre há um banquete esperando o homem de Deus a fim de comprá-lo (v.19) 6.Sempre há consequência quando o homem de Deus desobedece (v.20-24) 7.Sempre há pessoas para chorar inutilmente pelo homem de Deus (v.25-30) 8.Sempre há resultados da obra do homem de Deus em seu momento de obediência (v.31-34) |
Capítulo 14: O julgamento dos dois reis, Jeroboão e Roboão
1.Jeroboão pecou muito contra o Senhor e com toda a certeza, a doença do filho era uma punição de Deus. Ele mandou que a esposa fosse até o profeta, disfarçada. Como era muito comum naquela época não ir de mãos vazias, ele preparou um lanchinho para o profeta. Jeroboão queria saber o que aconteceria com o filho dele. O profeta Aías que havia profetizado a respeito de seu reinado, já estava cego. Porém, Deus já havia alertado Aías sobre a mulher de Jeroboão. Sendo assim, Aías já sabia da chegada da esposa de Jeroboão. O profeta a denunciou dizendo que ela não precisava fingir e ele já sabia sobre a doença do filho (v.1-6).
2.É muito comum no Antigo Testamento alguém receber uma repreensão com uma introdução a respeito do cuidado de Deus para com aquela pessoa ou para com o povo. Assim, o profeta falou para Jeroboão a respeito dos pecados dele, dizendo que ele rejeitou a Deus, tornando-se idólatra e levando o povo a adorar ídolos. Deus já havia profetizado ou prometido que os descendentes homens de Jeroboão seriam varridos da terra. Os cadáveres desses descendentes ficariam insepultos e comidos por cães e aves de rapina. A mulher teria que levar essa notícia para Jeroboão, mas assim que ela entrasse na cidade o filho já morreria. O filho de Jeroboão seria o único descendente que receberia um sepultamento. Jeroboão terminou a sua vida. A partir dele, todos os reis maus levam o seu nome como referência. Nós vemos nessa triste história como é perigoso lutar contra Deus (v.7-20).
“Que interessante visão nos é dada aqui do servo do Senhor e ainda infinitamente mais da graça Dele. Leitor! Quão abençoados são aqueles que ao falharem seus corpos, ainda têm uma visão pela fé e se agradam das visões do poderoso! E quão duplamente abençoados quando Jesus docemente visitá-los e manifestar-se a eles...”[17]
O homem não pode se esconder de Deus (1 Rs 14.1-20) 1.O homem tenta esconder de Deus sua real identidade (v.1-2) 2.O homem tenta se esconder de Deus através de presentes (v.3) 3.O homem não pode se esconder de Deus, pois Ele o conhece (v.4-6) 4.O homem não pode se esconder dos planos de Deus (v.7-8) 5.O homem não pode esconder suas más ações (v.9) 6.O homem não pode se esconder da disciplina e juízo de Deus (v.10-18) |
3.Não foi apenas Jeroboão quem fez a nação pecar, mas Roboão também fez Judá pecar. Roboão era de uma descendência não permitida por Deus para ocupar uma posição sagrada, ou seja, amonita. É muito triste quando num relacionamento um parceiro causa ciúmes proposital no outro. Foi exatamente isso que Judá fez com Deus, provocando-O ao ciúme, adorando ídolos e afastando-se Dele para outros amantes, os vários ídolos. A sodomização era uma prática envolvida com a idolatria também. A prostituição acompanha a rebelião contra Deus. Muitos grupos religiosos apoiam os pecados sodomitas. Muitos dos chamados pais de santo e guias espirituais são sodomitas. A sodomização da nossa sociedade está aumentando cada vez mais, sem que pessoas possam tecer nenhum comentário crítico a respeito com o risco de serem processadas por discriminação. Prefeituras Municipais financiam com o dinheiro público passeatas em favor da sodomização. Em 2017, por exemplo, custou aos cofres públicos mais de um milhão de reais[18]. A nossa sociedade está comprometida com a sodomização. A primeira edição da Parada do Orgulho Gay em 1997 teve 2 mil pessoas, a última, 21ª edição, em 2017, teve 3 milhões de pessoas.[19] (v.21-24).
4.Como forma de juízo, Deus enviou o rei do Egito para invadir e roubar os pertences da Casa do Senhor em Judá. Os escudos tão famosos e conhecidos, customizados, foram substituídos por escudos de material inferior, bronze. Mesmo assim, esses escudos de bronze eram usados apenas em ocasião especial, quando o rei entrava na Casa do Senhor. As brigas entre Jeroboão e Roboão foram uma constante no reinado de ambos (v.25-31).
A superficialidade espiritual de Roboão (1 Rs 14.21-31) 1.Era filho de uma idólatra (v.21) 2.Era provocador de Deus (v.22) 3.Era idólatra (v.23) 4.Era patrocinador dos sodomitas (v.24) 5.Era alvo do juízo de Deus (v.25-26) 6.Era hipócrita (v.27-28) 7.Era um fracasso (v.29-31) |
Capítulo 15: Os reis Abias, Asa, Nadabe e Baasa
1.Uma vela que se queima totalmente tem o poder de iluminar um ambiente enquanto está acessa somente. Para que a luz continue esta vela precisa acender outra, a qual acenderá outra e assim por diante. A nação de Judá e Israel sempre tiveram lâmpadas, mas graças à misericórdia de Deus que acendeu a primeira vela que foi o rei Davi. Depois dele vieram outros reis, os quais foram pais e a lâmpada sempre ficou acessa por amor a Davi (1 Rs 11.36). Nebate acendeu uma lâmpada que em vez de iluminar queimou o reinou de Israel, pois Jeroboão levou o povo à idolatria. Há pais que acendem velas que iluminam o mundo, mas alguns acendem velas que trazem estrago ao mundo. Feliz é o pai que gera um filho que é transformado pelo Senhor Jesus Cristo e que é uma bênção para os outros (v.1)
2.Roboão que dividiu o reino de Davi acendeu uma vela, Abias. A vida de Abias não agradou a Deus, pois imitou Roboão em seus pecados. Não foi perfeito como o pai de todos os reis, Davi. Há lâmpadas que podem mudar a história, mas acabam quebrando ou tombando. Saul não correspondeu às expectativas de um rei submisso a Deus, embora tivesse agradado muitas pessoas do povo de Israel. Deus prometeu que em Judá sempre haveria uma lâmpada acessa, pois é a lâmpada de Davi (1 Rs 11.36). De fato, Judá teve 9 reis bons, enquanto Israel não teve nenhum rei bom. Jesus Cristo é a luz deste mundo em trevas. Ele iluminará a todos no Estado Eterno e nem precisará da luz do sol. A lâmpada de Israel, em Judá, sempre ficará acessa por amor a Davi (v.1-5).
“Quão doce é observar como o Espírito Santo agora e sempre guia a igreja no meio de uma história de reis e disputas até um deslumbre de Jesus através do qual a lâmpada da família de Davi está queimando.”[20]
3.Como pais estamos acendendo outras velas. Devemos ensinar os nossos filhos a andar nos caminhos do Senhor para que iluminem este mundo em trevas. Uma lâmpada só tem valor enquanto brilha. Se outra lâmpada não for acessa tudo será perdido. Como crentes devemos produzir outras vidas que brilharão para a glória de Deus. O final da vida de Abias e o que aconteceu enquanto ele reinou está nos versículos 6-8 (v.6-8).
O reinado de Abias e o que ele fez (1 Rs 15.1-8, 2 Cr 13) 1.Abias não teve um coração perfeito como Davi (1 Rs 15.1-3) 2.Abias teve um filho que honrou, em parte, o rei Davi (1 Rs 15.4-8) 3.Abias enfrentou e venceu Jeroboão com sábias palavras e com guerra também (2 Cr 13) |
4.Asa foi reto e agradou ao Senhor. Ele limpou a idolatria do meio do povo de Judá. É importante saber que há diferença entre os postes-ídolos e todo o tipo de adoração aos deuses falsos com os lugares altos. Os lugares altos eram os altares, antes de haver Templo. Os reis ficavam em dúvida se deveriam destruí-los ou não, mas esses altares não eram idólatras. Ele teve a coragem de destituir a mãe dele do título de rainha-mãe. Ele entregou os objetos de valor da Casa do Senhor para Ben-Hadade, rei da Síria a fim de fazer uma aliança contra o Egito. Em Crônicas, vemos que o profeta Hanani o repreendeu, mas Asa não aceitou a repreensão e mandou prender o profeta. Asa edificou cidades para estabelecer Judá. Ele adoeceu dos pés, mas não buscou ao Senhor e morreu (v.9-24).
O reinado de Asa e o que ele fez (1 Rs 15.9-24, 2 Cr 14-16) 1.Asa foi reto no início (1 Rs 15.9-11) 2.Asa limpou a idolatria do meio de Judá (1 Rs 15.12) 3.Asa destituiu a própria mãe (1 Rs 15.13, 2 Cr 15.16) 4.Asa deixou os altos, altares em louvor a Deus, mas aboliu os cultos nesses altos (1 Rs 15.14, 2 Cr 14.5) 6.Asa ordenou que o povo obedecesse a Deus (2 Cr 14.4) 7.Asa fez aliança com a Síria dando os objetos de valor da Casa do Senhor (1 Rs 15.15-22, 2 Cr 16.1-6) 8.Asa venceu batalhas contra Baasa e contra Zerá, o etíope (1 Rs 15.16-17, 2 Cr 14.9-15) 9.Asa edificou cidades em Judá oferecendo proteção ao povo (1 Rs 15.22-23,2 Cr 14.6-8) 10.Asa fez reformas religiosas em Judá (2 Cr 15) 11.Asa foi repreendido pelo profeta Hanani por causa da aliança com a Síria, mas não aceitou e prendeu o profeta (2 Cr 16.7-10) 12.Asa ficou doente dos pés, mas não buscou ao Senhor (2 Cr 16.11-14) |
5.Nababe, filho de Jeroboão, também foi um rei idólatra. Ele foi morto por Baasa. Este também foi um rei que andou no caminho do pecado. Baasa matou a família de Jeroboão, cumprindo a profecia de Aías (v.25-34).
O reinado de Nadabe e o que ele fez (1 Rs 15.25-32) 1.Nadabe pecou igual ao seu pai Jeroboão (v.25-26) 2.Nadabe foi morto por Baasa (v.27-28) |
O reinado de Baasa e o que ele fez (1 Rs 15.27-34, 16.1-7) 1.Baasa matou Nadabe (v.27-28) 2.Baasa matou toda a família de Jeroboão (v.29-32) 3.Baasa andou no caminho pecaminoso de Jeroboão (v.33-24) 4.Baasa recebeu o juízo de Deus (1 Rs 16.1-7) |
Capítulo 16: Os reis Elá, Zinri, Onri e Acabe
1.Os reis entraram em um ciclo de medo, vingança, consolidação do reino e derrota. Assim acontece na história humana e seus governos. Sempre será um sobe e desce, poder e perda, honra e desonra, exaltação e humilhação. O que se fala de Elá é apenas que se embriagou, que foi morto por Zinri e que praticou pecados de idolatria. O relato que temos de Zinri é que, além de matar Elá, ele exterminou os descendentes de Baasa e que ao ser sitiado pelo rei Onri, entrou no castelo e colocou fogo ficando ali para morrer. O que temos relatado de Onri é que venceu seu oponente, Tibni e que colocou o nome na cidade de Semer, Samaria. Onri foi pior do que os reis que vieram antes dele (v.8-28).
2.O reinado de Acabe é uma história peculiar, por isso, Deus permitiu que fossem escritos mais detalhes do reinado dele. O profeta que acompanhou o reinado de Acabe e sua esposa, Jezabel, foi Elias. Acabe se tornou um rei pior do que os que vieram antes dele. Há, nessa época, o cumprimento de uma profecia encontrada em Josué 6.26, de alguém que tentou reconstruir Jericó. Ótimas lições tiramos para nossa vida dos próximos capítulos (v.29-34).
Capítulo 17: Elias e a viúva
1.Elias era um homem como nós, sujeito às mesmas paixões, porém, Elias confiava em Deus e em Sua Palavra. Nós também podemos ser como Elias, confiantes no Senhor e em sua Palavra. Elias, confiando no Deus vivo, enfrentou Acabe profetizando uma seca. Assim que deu o recado para o rei Acabe, Elias foi, por ordem de Deus, para o ribeiro de Querite. Deus mesmo sustentaria Elias com a água do ribeiro e com pão e carne trazidos pelos corvos duas vezes ao dia. Porém, sendo que Elias profetizou seca, ele mesmo foi afetado com a seca (v.1-7).
2.O profeta Elias teve que exercitar fé em todo o seu ministério, mas assim deve ser conosco também. Precisamos que “corvos” nos alimentem e, como se não bastasse isso, Elias tinha que ser alimentado por uma viúva pobre. A viúva precisa exercitar sua fé, assim como Elias. Deus honrou a fé da viúva e de Elias, dando a eles alimento interminável (v.8-16).
3.Um impacto da fé de Elias e da viúva não ficou apenas na alimentação, mas na vida e morte do filho da viúva. Elias até se sentiu culpado em trazer maldição para a casa da viúva. Assim ele pensava, mas Deus via de outro modo, pois o nome de Deus se fortaleceria muito mais naquela casa. Elias ressuscitou o menino (v.17-24).
“Não importava que a fé de Elias tivesse conservado a vida dela durante meses; não importava que a farinha e o óleo fossem reabastecidos milagrosamente dia após dia. Numa hora de crise, a lógica pode dar lugar ao desespero... Em lugar de pedir-lhe um novo milagre, [a viúva] afastou-se dele e culpou-o pela morte do filho.”[21]
A fé que não enfraquece (1 Rs 17) 1.A fé não enfraquece quando se apoia no Deus vivo (v.1) 2.A fé não se enfraquece quando se apoia na Palavra de Deus (v.2-5) 3.A fé não se enfraquece quando se apoia na provisão de Deus (v.6-7) 4.A fé não se enfraquece quando se apoia nos recursos do Senhor (v.8-16) 5.A fé não se enfraquece quando se apoia no poder de Deus (v.17-24) |
Capítulo 18: Elias e os profetas de Baal
1.Talvez fosse mais fácil para Elias anunciar a Acabe que agora choveria, pois era uma boa notícia. Porém, antes de Elias dar a notícia para o rei Acabe, este enviou o mordomo Obadias para andar pelas fontes à procura de mato para os animais. No caminho, Obadias encontrou Elias. O profeta Elias colocou Obadias em uma situação difícil, avisar a Acabe que ele estava por ali. O que Acabe diria ao receber uma notícia dessa de Obadias, mas Elias não vir acompanhando Obadias? Tudo o que Acabe queria era matar Elias. De fato, Obadias vivia perigosamente, pois esteve alimentando 100 profetas com o pão do palácio, sem que ninguém soubesse. Elias prometeu a Obadias que não iria para lugar nenhum, mas que se apresentaria a Acabe. Aconteceu como Elias disse, ele estava à espera do rei Acabe que já chegou provocando Elias. Um combate foi marcado entre Elias e os profetas de Baal, ou melhor, entre o Deus verdadeiro e os deuses falsos (v.1-19).
“[18.3] Embora ele [Obadias] não seguiu o curso tomado pelos levitas e a maioria dos israelitas piedosos no tempo da emigração a Judá (2 Cr 11.13-16), ele era um adorador sincero e secreto. Provavelmente, ele considerou o caráter violento do governo e seu poder de fazer algo bom para o povo de Deus perseguido como uma desculpa suficiente para não ir adorar em Jerusalém.”[22]
Lições tiradas de um mordomo e de um profeta (1 Rs 18.1-19) 1.Sair do conforto (v.1-2) 2.Temer ao Senhor (v.3) 3.Proteger os servos de Deus (v.4) 4.Trabalhar para o mundo, mas não se associar ao mundanismo (v.5-6) 5.Reconhecer o valor dos servos de Deus (v.7) 6.Reconhecer a própria fraqueza e medo (v.8-14) 7.Manter a palavra (v.15-16) 8.Confrontar quando necessário (v.17-19) |
2.Acabe aceitou o desafio e reuniu os adoradores de Baal e todo o povo. Elias aproveitou para exortar ao povo sobre não ficarem entre os deuses falsos e o Deus verdadeiro de Israel. Elias se considerava o único profeta restante, o que mais tarde ele ouviria de Deus que não era assim. O desafio era simples, o deus que conseguisse queimar o sacrifício era o Deus verdadeiro. Evidentemente, Baal não respondia e Elias zombava. Quando chegou a vez de Elias, ele testemunhou às doze tribos sobre o compromisso com Deus. Ele encharcou o lugar do altar e a resposta de Deus veio queimando todo o sacrifício e muito mais. O povo se arrependeu, reconhecendo novamente o Deus de Israel. Os profetas de Baal foram executados. Elias deu o recado a Acabe que a chuva viria. Elias também ajudou o seu servo que não tinha fé na obra de Deus (v.20-46).
Os ajuntamentos (1 Rs 18.20-46) 1.Juntos para testemunhar (v.20) 2.Juntos para decidir (v.21-22) 3.Juntos para desafiar (v.23-24) 4.Juntos para envergonhar-se (v.25-29) 5.Juntos para confiar (v.30-37) 6.Juntos para louvar (v.38-40) 7.Juntos para confirmar (v.41-46) |
Capítulo 19: Elias atacado pelo desânimo. Eliseu deixando tudo para servir a Deus
1.Elias venceu Baal e agora precisa encarar Jezabel. Talvez tenhamos situações difíceis para enfrentar também. Porém, Elias, desta vez, estava olhando para Jezabel e não para o Senhor. Temos que olhar para Jesus quando estivermos em dificuldade. A oração de Elias não fazia sentido, pois se ele quisesse morrer era só ficar ali diante de Jezabel e não fugir. Às vezes, ficamos confusos em nossos pedidos de oração, pois não sabemos orar como convém. É muito difícil, às vezes, explicar o que sentimos quando estamos fadigados. No caso de Elias, envolvia a incredulidade, mas também o cansaço físico e a euforia passada no Carmelo. Quando você está mal fisicamente, é quase certo que estará mal espiritualmente. Outras vezes, há falsas esperanças. O monte Carmelo não resolve tudo. Um novo emprego, conversão do cônjuge, um novo pastor ou uma nova igreja não resolvem tudo. Pode acontecer se termos alguma desilusão com o povo de Deus. Elias disse: “Eu fiquei só”. Quando a sua confiança depende das pessoas, é fácil entrar em depressão. Você está cuidando bem de sua saúde física? Nem sempre, mas, às vezes, comer e dormir tem a prioridade à oração. Elias estava no alto, no monte, mas enterrado na caverna. Às vezes, pessoas estão no alto, no auge, mas enterradas na tristeza. Qual é a caverna em que você está escondido? Depois de descansado e fortalecido, é necessário voltar ao movimento para Deus. É o serviço muscular ao serviço do povo de Deus. É verdade que não são tantos servos de Deus fiéis, mas é mais do que Elias pensava. O que faz você pensar que não há mais servos de Deus fiéis? (v.1-18).
“[Eu fiquei só] Nessas palavras não havia apenas o maior desespero expressado quanto à condição existente, mas também um zelo carnal que alegremente teria invocado a vingança do Todo-Poderoso sobre todos os idólatras.”[23]
As semelhanças do profeta Elias conosco (19.1-18) 1.Elias teve vitórias completas com Deus (v.1). “Somos mais do que vencedores”. 2.Elias foi ameaçado (v.2). “O diabo anda ao nosso redor”. 3.Elias fugiu (v.3). “Fugi das paixões da mocidade”. 4.Elias se desesperou da vida (v.4). “Paulo se desesperou da própria vida em Éfeso”. 5.Elias ficou debilitado fisicamente (v.5-7). “O espinho na carne de Paulo”. 6.Elias foi fortalecido (v.8). “Fortifica-te na graça de Cristo”. 7.Elias se sentiu só (v.9-10). “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”. 8.Elias recebeu ordem bem específica de Deus de modo sobrenatural (v.11-18). “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura” e “Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo”. |
O fracasso do servo e o auxílio do Senhor (1 Rs 19.1-18) 1.Medo por não confiar em Deus (v.1-3) 2.Oração sem sentido (v.4) 3.Atenção ao físico (v.5-8) 4.Escondendo-se das situações (v.9-14) 5.Hora de trabalhar (v.15-18) |
2.Eliseu deixou tudo para seguir Elias. Eliseu não estava ocioso, mas trabalhando. É assim que os servos de Deus serão encontrados nas igrejas para a obra de Deus, trabalhando. Eliseu não foi apenas um voluntário para seguir Elias, mas chamado diretamente por Deus para uma tarefa tão especial, pois, afinal, ele substituiria Elias, eventualmente. Eliseu, honrando pai e mãe, despede-se deles. Isso é diferente daqueles filhos que são impedidos de fazer a obra por imposição dos pais. Eliseu também se desprendeu daquilo que poderia ser um laço para ele. Deus quer pessoas comprometidas que deixam tudo para servi-Lo (v.19-21).
A quem Deus usa (1 Rs 19.19-21) 1.Quem está trabalhando (v.19) 2.Quem recebe um chamado (v.19) 3.Quem honra pai e mãe (v.20) 4.Quem se desprende de coisas (v.21) |
Capítulo 20: Acabe vitorioso pela misericórdia de Deus
Acabe começa a sentir a pesada mão do juízo de Deus sobre ele e Israel que abandonou ao Senhor. Deus usa profetas que amam, mas se o rei não ouve, Deus usa como instrumentos nações também idólatras. A exigência era grande. O rei Ben-Hadade da Síria exige a entrega de bens, mulheres e filhos do rei Acabe e este, de modo subserviente aceita. É interessante como nós, algumas vezes, não aceitamos a ordem benéfica de Deus sobre nossa vida, mas aceitamos as propostas destruidoras do mundo. Porém, da segunda vez, com exigências maiores, os conselheiros de Acabe disseram para ele resistir. Foi o que ele fez com a força e misericórdia do Senhor, dando-lhe uma nova chance. Deus usou um profeta para animar Acabe, mas alertou-o que a Síria atacaria novamente depois de um ano. Como Deus é maravilhoso nos ajudando até mesmo quando somos incrédulos! Precisamos agarrar essas oportunidades para nos apegarmos a Deus e não para ficarmos arrogantes achando que a nossa força que nos dá vitória. Do outro lado, Ben-Hadade achava que Israel ganhou porque o Deus deles é Deus das montanhas e não de lugares planos. Deus mostrou para ele que Deus é Deus e, portanto, venceu-o nos lugares planos também. Acabe poupou Ben-Hadade e Deus mostrou que ele fez errado. Novamente, Acabe ficou com raiva dos profetas e de Deus (v.1-43).
“A insolente demanda de Ben-Hadade indicou quão profundo Israel mergulhou. A adoração dos deuses de Jezabel forjou a degeneração moral. Jamais esqueçamos essa lição. Quando a religião nacional falha e nossas igrejas ficam vazias; quando a Bíblia perde espaço na educação, e a oração em família cessa do lar, putrefação e degradação corroem a força do coração da nação.”[24]
O mundo copia Satanás (1 Rs 20.1-12) 1.Satanás e o mundo rodeiam as pessoas (v.1) 2.Satanás e o mundo enviam mensageiros (v.2) 3.Satanás e o mundo exigem tudo do homem (v.3) 4.Satanás e o mundo obtém êxito dos homens (v.4) 5.Satanás e o mundo exigem cada vez mais (v.5-6) 6.Satanás e o mundo encontram alguma resistência, às vezes (v.7-9) 7.Satanás e o mundo não se intimidam com o homem e seus planos (v.10-12) |
Velhos hábitos, bons e maus (1 Rs 20.13-25) 1.Lembrar que Deus é o Senhor (v.13) 2.Trabalhar em equipe (v.14-15) 3.Embriagar-se (v.16) 4.Espionagem (v.17) 5.Raiva incontida (v.18) 6.Perseguição e fuga (v.19-21) 7.Planejamento a curto, médio e longo prazo (v.22) 8.Dar desculpas para a derrota (v.23) 9.Substituir o poder político pelo poder militar (v.24-25) |
O equilíbrio de poder (1 Rs 20.26-34) 1.Os poderosos são medidos pelas armas e número (v.26-27) 2.Os poderosos agem por meio de ofensas e humilhações (v.28) 3.Os poderosos deste mundo não conhecem o poder de Deus (v.29-30) 4.Os poderosos tentam equilibrar o poder com artimanhas e acordos (v.31-32) 5.Os poderosos agem na base do engano (v.33-34) |
A porta de entrada da desobediência ilustrada em três disfarces (1 Rs 20.35-43) (2 Sm 12.1-7, 2 Sm 14.2-20, 1 Rs 20.35-43) 1.A porta da falsa indignação (2 Sm 12.1-7) 2.A porta do falso cuidado (2 Sm 14.2-20) 3.A porta da falsa compaixão (1 Rs 20.35-43) |
Capítulo 21: A vinha de Nabote
1.Acabe desejava a vinha de Nabote com a intenção de fazer um jardim para o palácio dele, uma vez que a vinha era ao lado do palácio. A questão era que Nabote não queria vender a vinha, pois era herança da família. Acabe não estava confiscando a vinha de Nabote, mas propondo um preço justo por ela. Porém, como vemos pela tristeza de Acabe, ele não apenas queria comprar uma propriedade com uma finalidade lícita. Ele estava quebrando o mandamento que diz: “Não cobiçarás”. No Israel antigo, as heranças deveriam ser respeitadas e deixadas na própria família. A percepção de Jezabel pela tristeza de Acabe direcionou-o a agir de modo errado, injusto e violento. Jezabel tinha uma liderança sobre Acabe, sem dúvida. Ela articulou uma situação em que Nabote foi acusado falsamente como um rebelde contra a lei de Deus. Nabote foi morto e Acabe ficou com a propriedade que ele tanto queria (v.1-16).
“De acordo com as leis hebreias, os terrenos não deviam vender-se, porque eram patrimônio familiar. Cf. Nm 27.7-11; 36.1-12; Dt 19.14; Rt 4.1-11; Jr 32.6-9.”[25]
A vida humana dividida em três atos (1 Rs 21.1-16) 1.1º Ato: Desejo e cobiça (v.1-2) 2.2º Ato: Tristeza (v.3-7) 3.3º Ato: Tragédia (v.8-16) |
2.As oportunidades que Acabe teve foram desperdiçadas, em parte porque ouviu Jezabel, sua esposa idólatra e, claro, por responsabilidade própria. Quando não temos o coração correto diante dos planos de Deus, as pessoas se amontoarão para nos ajudar a desviarmos do Senhor. Não faltarão oportunidades para nos afastarmos de Deus. A família de Acabe, por causa de seus pecados pessoais, morreria violentamente e seria comida por cães e aves de rapina. Deus lembrou Acabe dos dois reis que tiveram suas famílias destruídas, Jeroboão e Baasa. Por pior que tenha sido Acabe, a Palavra de Deus o impactou e ele se humilhou. Deus permitiu, por causa da contrição, que Acabe fosse poupado em vida de ver as calamidades sobre a família (v.17-29).
A luz de Deus ainda brilha sobre os perversos (1 Rs 21.17-29) 1.A luz do encontro com o profeta Elias (v.17-18) 2.A luz da exortação de Deus (v.19-24) 3.A luz da experiência de arrependimento de Acabe (v.25-29) |
Capítulo 22: A morte de Acabe
1.O encontro de Josafá com Acabe trouxe um assunto político, ou seja, a Síria tem autoridade de ficar com uma cidade de Judá? Acabe estava disposto a recuperar a cidade junto com Josafá. Os dois reis eram aparentados. Josafá e Acabe entraram num acordo para tomarem a cidade de volta. Tiveram a feliz ideia de consultar a Deus antes de qualquer ataque. Os profetas consultados foram favoráveis ao ataque. Josafá queria a garantia de mais um profeta. Isso indica algo muito significativo. Acabe sempre esteve longe do Senhor, então, o rei Josafá teria mesmo que duvidar dos profetas ao redor dele. O texto a seguir mostrará que os profetas estavam mentindo. Acabe não confiava em Micaías, mas Josafá achava que tinham que ouvi-lo. Enquanto Micaías não chegava o profeta Zedequias profetizou vitória para Acabe e Josafá contra os sírios. Sabemos que os espíritos maus, enviados por Deus, ou seja, com a permissão de Deus, mentiram aos profetas e os engaram. Isso aconteceu porque Acabe estava longe de Deus. O Senhor jamais enviará espíritos maus para enganar o servo de Deus fiel (v.1-12).
“Um simples profeta falando dos oráculos de Deus é mais digno do que quatrocentos profetas de Baal. A verdade não pode ser medida pelo voto. Não é o número, mas o peso, que deve ser levado em conta em um concílio de profetas. Uma verdade sólida em uma boca é luz mais preponderante do que uma falsidade na boca de mil.”[26]
2.Micaías profetizou vitória, igual aos profetas mentirosos, porém, Micaías não era um falso profeta. Segundo comentaristas, tais como John Gill e Warren Wiersbe, Micaías estava falando com ironia ou sarcarmos. Micaías foi preso, Zedequias ficou bravo contra Micaías, pois se considerava melhor do que Micaías, pois era apoiado pelo rei, enquanto Micaías era desprezado. Não devemos seguir a maioria, mas somente seguir a direção de Deus (v.13-28).
3.Mediante a profecia de Micaías de que Acabe não voltaria, o rei Acabe tentou se disfarçar para que ninguém soubesse que ele era o rei de Israel. O rei da Síria só queria matar Acabe. Nem mesmo o rei Josafá mataram, pois conforme 2 Crônicas 18.31, Deus protegeu Josafá. Acabe se tornou um alvo, mas por acaso, isto é, um soldado atirou uma flecha a esmo, para qualquer lugar. Ao cair, a flecha acertou Acabe. O homem pode se esconder de Deus, mas Deus o achará. A flecha acertou um lugar improvável que o melhor atirador não conseguiria acertar, um vão da armadura. Os cães lamberam o sangue de Acabe conforme a profecia. O filho de Acabe, Acazias, reinou em seu lugar (v.29-40).
4.Josafá foi um rei bom e serviu ao Senhor fielmente como o pai dele, Asa. Acazias, o filho e sucessor de Acabe foi mal igual ao pai provocando a ira de Deus (v.41-54).
Batalha difícil de digerir (1 Rs 22) 1.Difícil digerir que um rei bom tivesse aliança com um rei perverso (v.1-12, veja 2 Cr 18.1) 2.Difícil digerir que Deus usou espíritos mentirosos para enganar os profetas (v.13-28, a desobediência obstinada faz com que Deus entregue o pecador ao pecado que ele tanto quer, Rm 1.26-27) 3.Difícil digerir que Acabe morreu por acaso (v.29-53, Deus acha o pecador onde ele estiver, Sl 139.7) |
Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2018
Notas
- Introdução
1.Explore the book - J.Sidlow Baxter
2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr
3.Manual Bíblico - H.H.Halley
4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears
5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray
6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray
7.O livro dos livros - H.I.Hester
8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira
9.A História de Israel - Samuel J.Schultz
10.Através da Bíblia - Myer Pearlman
11.Introdução ao Velho Testamento - H.E.Alexander
12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs
13.O Novo Dicionário da Bíblia
14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield
15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wierse
16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders
17.Comentários da Bíblia Vida Nova
- Notes on 1 Kings Dr. Thomas L. Constable, pg. 14 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
- Comentário Bíblico de Matthew Henry 1 Reis, pg.3 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)
- Comentário Bíblico Moody – 1 Rs 3, pg. 15 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)
- https://brasil.babycenter.com/thread/63711/morte-de-bebes-q-estavam-dormindo-c-a-m%C3%A3e-na-cama 17/02/18
- http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Saude/noticia/2014/12/55-dos-bebes-ainda-dormem-em-situacoes-que-favorecem-morte-subita.html 17/02/18
- Novo Comentário da Bíblia, 1 Reis, pg.16 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
- Comentarios de la Biblia del Diario Vivir – 1 Rs 5.13-14 - Compilado por Maqui, Rabí Gamaliel (Editorial Caribe – Nashville, Tennesse, 1997 – extraído de e-Sword Version 11.0.6 - 2000-2016)
- Introdução e Comentário – 1 Reis, pg. 93 – Donald J. Wiseman (Série Cultura Bíblica – edições Vida Nova – SP - 2006
- http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/moro-confisca-21-bens-de-cofre-de-lula-e-manda-devolver-a-presidencia/ no dia 28 de fevereiro de 2018
- Notes & Outlines - 1 & 2 KINGS – 1 Reis 8 - J. Vernon McGee (Thru the Bible Radio Network Pasadena, CA sem data de publicação)
- O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 2, pg.1393 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)
- Commentary Series on the Bible – 1 Rs 10.29 - Dr. Peter Pett (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)
- The Pulpit Commentary, 1 Rs 11.5 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- Summarized Bible Complete Summary of the Bible, 1 Rs 12.1-15 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- David Guzik's Enduring Word Commentary – 1 Reis 13.15 – Copyright 2014 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – 1 Reis 14.4-5 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- http://www.otempo.com.br/capa/brasil/minist%C3%A9rio-da-cultura-aprova-libera%C3%A7%C3%A3o-de-verba-para-parada-gay-1.1534554 em 15 de abril de 2018
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Parada_do_orgulho_LGBT_de_S%C3%A3o_Paulo em 15 de abril de 2018
- Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – 1 Reis 15.4-5 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- Elias um homem nas mãos de Deus – William J. Petersen, pg.65 (Ed. Vida Nova – São Paulo – 1ª ed. 1983)
- Jamieson, Fausset and Brown Commentary - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments – 1 Rs 18.3 - Rev. Robert Jamieson, D.D., Saint Paul's, Glasgow; Rev. A. R. Fausset, A.M., Saint Cuthbert's, York; Rev. David Brown, D.D., Professor of Theology, Aberdeen. Published in 1871; public domain. (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament – 1 Rs 19.10 - Johann Carl Friedrich Keil (1807-1888) Franz Delitzsch (1813-1890) Published in 1866-1891; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- Through the Bible Day by Day - F. B. Meyer - A Devotional Commentary by F. B. Meyer – 1 Rs 20.1-15 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – 1 Rs 21.3 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
- The Preacher's Complete Homiletical Commentary – 1 Rs 22.7-8 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[1] 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter
2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr
3.Manual Bíblico - H.H.Halley
4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears
5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray
6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray
7.O livro dos livros - H.I.Hester
8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira
9.A História de Israel - Samuel J.Schultz
10.Através da Bíblia - Myer Pearlman
11.Introdução ao Velho Testamento - H.E.Alexander
12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs
13.O Novo Dicionário da Bíblia
14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield
15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe
16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders
17.Comentários da Bíblia Vida Nova
[2] Notes on 1 Kings Dr. Thomas L. Constable, pg. 14 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
[3] Comentário Bíblico de Matthew Henry 1 Reis, pg.3 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)
[4] Comentário Bíblico Moody – 1 Rs 3, pg. 15 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)
[5] https://brasil.babycenter.com/thread/63711/morte-de-bebes-q-estavam-dormindo-c-a-m%C3%A3e-na-cama 17/02/18
[6] http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Saude/noticia/2014/12/55-dos-bebes-ainda-dormem-em-situacoes-que-favorecem-morte-subita.html 17/02/18
[7] Novo Comentário da Bíblia, 1 Reis, pg.16 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
[8] Comentarios de la Biblia del Diario Vivir – 1 Rs 5.13-14 - Compilado por Maqui, Rabí Gamaliel (Editorial Caribe – Nashville, Tennesse, 1997 – extraído de e-Sword Version 11.0.6 - 2000-2016)
[9] Introdução e Comentário – 1 Reis, pg. 93 – Donald J. Wiseman (Série Cultura Bíblica – edições Vida Nova – SP - 2006
[10] http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/moro-confisca-21-bens-de-cofre-de-lula-e-manda-devolver-a-presidencia/ no dia 28 de fevereiro de 2018
[11] Notes & Outlines - 1 & 2 KINGS – 1 Reis 8 - J. Vernon McGee (Thru the Bible Radio Network Pasadena, CA sem data de publicação)
[12] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 2, pg.1393 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)
[13] Commentary Series on the Bible – 1 Rs 10.29 - Dr. Peter Pett (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)
[14] The Pulpit Commentary, 1 Rs 11.5 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[15] Summarized Bible Complete Summary of the Bible, 1 Rs 12.1-15 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[16] David Guzik's Enduring Word Commentary – 1 Reis 13.15 – Copyright 2014 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[17] Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – 1 Reis 14.4-5 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[18] http://www.otempo.com.br/capa/brasil/minist%C3%A9rio-da-cultura-aprova-libera%C3%A7%C3%A3o-de-verba-para-parada-gay-1.1534554 em 15 de abril de 2018
[19] https://pt.wikipedia.org/wiki/Parada_do_orgulho_LGBT_de_S%C3%A3o_Paulo em 15 de abril de 2018
[20] Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – 1 Reis 15.4-5 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[21] Elias um homem nas mãos de Deus – William J. Petersen, pg.65 (Ed. Vida Nova – São Paulo – 1ª ed. 1983)
[22] Jamieson, Fausset and Brown Commentary - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments – 1 Rs 18.3 - Rev. Robert Jamieson, D.D., Saint Paul's, Glasgow; Rev. A. R. Fausset, A.M., Saint Cuthbert's, York; Rev. David Brown, D.D., Professor of Theology, Aberdeen. Published in 1871; public domain. (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[23] Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament – 1 Rs 19.10 - Johann Carl Friedrich Keil (1807-1888) Franz Delitzsch (1813-1890) Published in 1866-1891; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[24] Through the Bible Day by Day - F. B. Meyer - A Devotional Commentary by F. B. Meyer – 1 Rs 20.1-15 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[25] Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – 1 Rs 21.3 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[26] The Preacher's Complete Homiletical Commentary – 1 Rs 22.7-8 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
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