Ester
Introdução[1]
1.Os eventos registrados em Ester encontram-se no período entre caps. 6 e 7 de Esdras. O livro de Ester em lugar nenhum menciona o nome de Deus, enquanto o nome do rei é mencionado 28 vezes. Os rabinos encontraram o nome Jeová "escondido" em cinco versos no original hebraico, através de acrósticos, isto é, ora pegando a primeira letra de cada palavra, ora a última letra das palavras, formando o nome JHVH = Jeová (pronuncia-se "Yavé", e o significado é "Eu sou o que sou", 1.20, 5.4,13, 7.5 e 7.7).
Ester significa "estrela" na língua persa; o nome judaico era Hadassah, que significa "murta" (2.7).
2.Alguns judeus diziam que o autor era Mordecai (9.20,32); outros diziam que era Esdras e outros ainda, Neemias. Não sabemos ao certo; o fato é que o escritor tinha tanto conhecimento da cultura e costumes persas que é muito provável que tenha morado na Pérsia. Foi escrito após a morte de Assuero (1.1), portanto depois de 465 a.C..
3.Assuero é Xerxes I (1.3), rei da Pérsia (485-465 a.C). "Assuero" era outro nome de Xerxes I. O sucessor dele foi Artaxerxes I. Quando, no livro de Ester é mencionado Artaxerxes, refere-se realmente a Xerxes (ou Assuero). A explicação é a seguinte: O nome persa é Khshayarsha, que traduzido para o grego é Xerxes e quando traduzido para o hebraico é Akhashverosh, que é em Português Assuero.
4.Mordecai (ou Mardoqueu) era um judeu que criou sua prima órfã (2.7, "filha de seu tio"). Ele salvou a vida do rei (6.1-3). Nas crônicas oficiais, Mardoqueu ficou registrado como quem salvara a vida do rei.
5.O grande Xerxes (Assuero), rei da Pérsia, ofereceu uma grande festa como preparação para a famosa expedição contra a Grécia (480 a.C.). Lá a derrota foi grande. Nessa festa a rainha Vasti recusou-se a satisfazer o desejo do rei e foi substituída por Ester, uma judia. Alguns dizem que ele se casou com Ester antes da expedição; outros afirmam que foi depois, quando para consolar-se da grande derrota casou-se com Ester.
6.O livro de Ester fala como a nação judaica foi salva de extinguir-se. Mostra a origem de uma das festas mais comemoradas da nação, a Festa de Purim. A palavra "Purim" significa "sortes" e refere-se ao lançamento de sortes por Hamam para determinar o dia da matança dos judeus (9.26-31, 3.7). Purim, no calendário judaico, fica nos dias 14 e 15 do último mês (fevereiro ou março). Normalmente precede por um jejum no dia 13 em memória do jejum de Ester (4.16). A tarde os judeus vão para a sinagoga, onde o livro de Ester é lido publicamente. Cada vez que o nome de Hamam é lido, os judeus pisam o chão, vaiam e gritam "Apague seu nome!" No dia seguinte, novamente na sinagoga, oram e leem a Lei; e o resto do dia e o próximo festejam e dão presentes uns aos outros. Deus não instituiu essa festa no VT, mas os judeus têm observado isto fielmente durante séculos. Apesar da maravilhosa libertação que Deus operou, a nação de Israel exaltou Ester e Mardoqueu mais do que o próprio Deus. Chegou-se a tal ponto que na Idade Média o livro de Ester era mais considerado que os Profetas e a própria Lei. Maimonides, o maior erudito judeu na Idade Média declarou que quando o Messias chegasse, apenas dois livros ficariam: Ester e a Lei (Torá).
7.Lições espirituais
1.Em Ester, vemos novamente o ódio de Satanás pelos judeus.
2.Hamam planejou que os judeus deviam ser exterminados! Mas no concerto de Abraão já havia a promessa de que qualquer homem ou nação que se levantasse contra Israel seria amaldiçoado (Gn 12.1-3).
3.Desde Gn 3.15, Satanás e sua semente luta contra Cristo e Sua semente: Caim matou Abel; Faraó tentou exterminar os judeus; Hamam tentou destruir Israel; Herodes tentou matar o menino Jesus. Ainda nos dias mais atuais Satanás odeia os judeus (Ex. Hitler).
8.Esboço simples
I.Ester é escolhida como rainha (1-2) II.Ester livra o seu povo, os judeus (3-7) III.Os judeus se vingam dos seus inimigos (8-10) |
Capítulo 1: As comparações e os contrastes entre o Rei dos reis e os reis deste mundo
1.O Rei dos Reis é o nosso Senhor Jesus Cristo, diante do qual todos terão de dobrar os seus joelhos. O rei Assuero ilustra todos os reis deste mundo. O objetivo é estudarmos as comparações e os contrastes entre esses dois reis a fim de exaltarmos Jesus Cristo como Ele é, de fato, o Reis dos reis e o Senhor dos senhores. Os reis deste mundo têm muitos reinos. O Reis dos reis é o dono de todo o universo. O rei Assuero (Xerxes em grego) era o soberano em muitas províncias. O seu reino compreendia da Índia até a Etiópia. Em nosso mapa atual isso corresponde aos seguintes países: Índia, Paquistão, Afeganistão, Irã, Iraque, Arábia Saudita, Omã, Iêmen, Sudão e Etiópia. Apesar de um reino tão extenso, não se compara ao que o Rei dos reis, Jesus Cristo, possui. Ele é o Criador e o Senhor de todo o Universo e, até mesmo que este existisse, Ele já era glorioso no Seu reino Celestial. Temos a tendência de nos impressionar com as grandezas deste mundo. Mas tudo o que há no mundo pertence a nosso Pai celeste e a Seu Filho, Jesus Cristo e somos herdeiros de todas as coisas. Não há do que ter inveja (v.1).
2.Os reis deste mundo possuem tronos e palácios. O Rei dos reis possui um trono sem fim e a sua casa é eterna. Xerxes teve que conquistar com guerras aquilo que adquiriu por pouco tempo, pois afinal a terra é de Deus e os poderosos ficam com ela, emprestada, por pouco tempo. O nosso Deus não teve que conquistar nada, pois Ele é o criador, logo é o dono. Assuero possuía um trono e palácios com muitas ostentações. Deus possui um trono eterno, glorioso e também possui uma moradia, que é o céu, chamado a Presença de Deus (v.2).
3.Os reis deste mundo promovem banquetes e convidam os poderosos. O Reis dos reis promove um banquete celestial e convida os pobres e desprezados deste mundo. Os poderosos gostam de promover banquetes. Pessoas gastam fortunas para tentar impressionar e formar uma imagem mentirosa sobre a sua pessoa. Os convidados sempre são pessoas influentes e, também, poderosas. É como uma medição de forças. Um poderoso convida o outro, não porque se gostam, mas porque medem forças e cada um deseja gastar mais do que o outro para avisar que é poderoso. Há um contraste notável com o Rei dos reis. Ele não precisa impressionar ninguém. Ele é o dono de todas as coisas e todos dependem Dele para viver. Mas o Senhor Jesus, o Rei dos reis convida a todos. Os grandes, como quase sempre acontece, rejeitam o convite. Mas o Rei dos reis sai pelos becos e valados a convidar os pobres e aleijados (Lc 14.15-24). Se quisermos ser muito importantes e ter destaque, lembremos que o Rei dos reis tem usado pessoas não tão destacadas para realizarem a sua obra (v.3).
4.Os reis deste mundo ostentam suas riquezas e grandezas por meio dos ricos objetos. O Rei dos reis mostra a Sua glória através da cruz. Cento e oitenta dias são seis meses. Um semestre completo. Meio ano. Tudo isso para ostentar suas riquezas. Os gastos para manter todos os nobres, sem produzir nada, durante todo esse tempo é enorme. Os gastos com a vaidade são simplesmente incompreensíveis. O ser humano tem uma necessidade terrível em se auto-afirmar através da ostentação daquilo que nem sempre é e nem sempre tem. Sete dias de banquete a todos os nobres e seus súditos. É muita ostentação, exibicionismo e vaidade. No v.6 há um relato detalhado dos materiais ricos. Até os copos eram de ouro e a generosidade do rei era demonstrada no vinho oferecido, deixando cada um à vontade. O Rei dos reis, Jesus Cristo, não teve nada para ostentar na terra. Nasceu numa manjedoura, viveu humildemente como filho de carpinteiro. Não teve onde reclinar a cabeça, tomou animal emprestado para a Sua entrada triunfal em Jerusalém e, até o seu túmulo foi uma doação de uma família rica. A única ostentação de Jesus foi a Cruz. Ao ser levantado na cruz, atraiu o mundo todo para si e não apenas os nobres num jardim. No jardim do Getsâmane sofreu agonia; na cruz sofreu a separação pelos nossos pecados (v.4-8).
5.Os reis deste mundo possuem esposas lindas e gostam de mostrá-las aos outros. O Rei dos reis possui a Sua Igreja, noiva pura e linda e mostra ao mundo e aos anjos e aos demônios. A rainha Vasti era uma linda mulher. Tanto é que o rei Assuero, depois de ostentar seus objetos valiosos, quis ostentar o que havia de mais nobre em seu palácio, a sua esposa. Flávio Josefo diz que entre os persas a mulher não devia aparecer em público, mas aqui o rei Assuero exigiu a presença da rainha Vasti. O Rei dos reis tem uma linda noiva, a Igreja. Ele tem mostrado ao mundo, tanto o mundo terreno como o mundo espiritual. A Igreja verdadeira, invisível, é pura e vitoriosa (Ef 3.9-10). Os reis deste mundo podem possuir muitos reinos, mas somente o Rei dos reis é o senhor do universo. Os reis deste mundo podem possuir palácios, mas somente o Rei dos reis tem uma casa e um trono estabelecido para sempre. Os reis deste mundo podem oferecer banquetes aos nobres, mas somente o Rei dos reis alcança o coração dos pobres de espírito. Os reis deste mundo podem ostentar riquezas, mas somente o Rei dos reis mostra a sua glória através da redenção na cruz. Os reis deste mundo possuem lindas mulheres, mas somente o Rei dos reis é o noivo da Igreja (v.9-11).
As mulheres como escravas dos desejos egoístas dos homens sem Deus (Et 1.10-22) 1.As mulheres servem de ostentação dos homens sem Deus e sem direito de serem outra coisa. Em Cristo as mulheres crentes são respeitadas e participantes da mesma herança da graça que os homens crentes (v.10-12, veja 1 Pedro 3.7)
2.As mulheres se tornam ameaça quando não obedecem aos desejos egoístas dos homens sem Deus. Em Cristo as mulheres crentes trabalham junto com os homens crentes para o engrandecimento do reino de Deus (v.13-18, veja Lucas 8.3)
3.As mulheres são “descartáveis” quando os homens sem Deus não são mais satisfeitos por elas. Em Cristo as mulheres crentes são úteis por toda a vida e, principalmente, na velhice quando têm a experiência para ensinar as mais jovens (v.19-22, veja Tito 2.2-4) |
Homens sem Deus e as mulheres 1.Os homens sem Deus associam a bebida forte com mulheres e as usam para suas ostentações sem valorizá-las como pessoas. As propagandas e programas de TV usam as mulheres quase que unicamente para vender produtos ou despertar desejos carnais nos homens, mas nunca para respeitá-las como pessoas.
2.As mulheres que quiserem lutar contra a humilhação imposta pelos homens sem Deus, serão alvos da ira deles.
3.Os direitos das mulheres são facilmente desrespeitados quando os homens sem Deus têm o poder.
4.O padrão de humilhação sobre as mulheres do mundo acaba afetando as mulheres crentes. Os homens crentes precisam mostrar que no meio cristão as irmãs são tratadas com respeito.
5.Os homens sem Deus descartam as mulheres tão logo as use para os seus propósitos egoístas. As mulheres famosas são cruelmente desprezadas ao envelhecerem. 6.Em Cristo as mulheres são submissas aos seus maridos, não por medo, mas por amarem ao Senhor Jesus.
7.Em Cristo os homens não precisam sufocar as habilidades das mulheres, pois as que andam com o Senhor acharão o seu espaço na obra de Deus. |
Uma mansão perto do trono![2] Ian MacLaren, aquele grande pregador da Palavra de Deus, uma vez visitou um lar e encontrou uma senhora idosa, ela era escocesa, e estava em pé em sua cozinha, chorando. Ela enxugou os seus olhos com a ponta de seu avental e quando o ministro perguntou-lhe qual era o problema, ela confessou: “Eu tenho feito muito pouco. Eu sou tão miserável e infeliz”. “Por quê?” perguntou MacLaren. “Porque eu tenho feito muito pouco para Jesus. Quando eu era uma garotinha, o Senhor falou ao meu coração e eu quis muito viver para Ele”. “E a senhora não está vivendo para ele”? perguntou o ministro. “Sim, tenho vivido para Ele, mas tenho feito muito pouco. Eu quero ser útil em Seu serviço”. “O que a senhora tem feito”? “Nada. Eu tenho lavado pratos, cozinhado três refeições por dia, cuidado das crianças, esfregado o chão e consertado roupas. Isto é tudo o que tenho feito em toda a minha vida, mas queria fazer algo para Jesus”. O pregador, cruzou os braços, sentado na poltrona, olhou para ela e sorriu. “Onde estão os seus meninos”? Ele perguntou. Ela tinha quatro filhos e deu-lhes nomes de personagens bíblicos. “Oh, meus meninos? O senhor sabe onde está Marcos. O senhor o ordenou que ele fosse para a China. Por que está perguntando? Ele está pregando e servindo ao Senhor”. “Onde está Lucas”? Questionou o ministro. “Lucas? Ele saiu da igreja do senhor. Não foi o senhor que o enviou? Eu recebi uma carta dele outro dia”. Então, ela ficou feliz e empolgada enquanto continuava. “Um reavivamento invadiu a base missionária e ele disse que estão tendo tempos maravilhosos no serviço do Senhor!” “Onde está Mateus?” “Ele está com seu irmão na China. Não é maravilhoso que dois irmãos trabalhem juntos? Eu sou tão feliz por isso. João veio a mim outra noite, ele é meu bebê, ele tem apenas dezenove anos, mas é um grande garoto. Ele disse: ‘Mãe, eu tenho orado e, à noite em meu quarto, o Senhor me falou que devo ficar aqui e esperar você ir para o lar celestial”. O ministro olhou para ela: “E a senhora diz que sua vida tem sido gasta lavando o chão, costurando meias, lavando pratos e fazendo tarefas comuns. Eu gostaria de ter sua mansão quando formos chamados ao lar! Será muito próxima ao trono”. |
As comparações e os contrastes entre o Rei dos reis e os reis deste mundo (Et 1.1-11) 1. Os reis deste mundo têm muitos reinos. O Reis dos reis é o dono de todo o universo (v.1) 2. Os reis deste mundo possuem tronos e palácios. O Rei dos reis possui um trono sem fim e a sua casa é eterna (v.2) 3. Os reis deste mundo promovem banquetes e convidam os poderosos. O Reis dos reis promove um banquete celestial e convida os pobres e desprezados deste mundo (v.3) 4. Os reis deste mundo ostentam suas riquezas e grandezas por meio dos ricos objetos. O Rei dos reis mostra a Sua glória através da cruz (v.4-8) 5. Os reis deste mundo possuem esposas lindas e gostam de mostrá-las aos outros. O Rei dos reis possui a Sua Igreja, noiva pura e linda e mostra ao mundo e aos anjos e aos demônios (v.9-11) |
Capítulo 2: A rainha Ester
1.O rei ficou mais calmo depois de decretar obediência das mulheres de todos as províncias. Os conselheiros reais sugeriram uma nova rainha no lugar da Vasti. O costume da época era buscar virgens lindas e submetê-las a um tratamento de beleza. Mardoqueu ou Mordecai era pai adotivo de Hadassa. Eles eram primos. Hadassa significa “murta” (um arbusto) e Ester, “estrela”. Hegai foi o eunuco responsável pelo Harém. Ele beneficiou Ester, tratando-a com todos os cuidados que uma rainha merecia. Enquanto isso, do lado de fora, Mardoqueu estava tenso, esperando que Ester fosse bem tratada. Devemos lembrar que Xerxes e Assuero são o mesmo rei. Mardoqueu proibiu Ester de falar sua origem. Os judeus sempre foram desprezados e Mardoqueu queria proteger a afilhada. O tempo de preparo era de um ano. Isso mostra a exigência e a riqueza do rei. O plano de Hegai, certamente, conduzido pelo Plano de Deus, obteve o resultado desejado. Todos gostaram de Ester, principalmente, o rei que promoveu um banquete para todos os nobres e decretou feriado, pois, afinal, a nova rainha seria apresentada. Nesse tempo, Mardoqueu descobriu uma conspiração contra o rei e delatou os conspiradores, os quais foram mortos. Ficou registrado nos livros reais, mas, para o momento, Mardoqueu não foi recompensado.
“As semelhanças entre As Mil e Uma Noites e este incidente do livro de Ester são frequentemente ressaltadas, mas é impossível verificar-se a data da lenda árabe, e, portanto, fazer qualquer comparação significativa. R. Ringren argumenta que o ‘concurso de beleza’ no contexto real é ‘um tema permanente e talvez um tema inconstante’. ‘Pelo menos pode-se dizer que este livro não apresenta algo de que nunca se ouviu falar no ambiente em que ele foi formado’.”[3]
A proteção, direção e preparo de Deus para o seu povo (Et 2) 1.Uma vaga diante do rei (v.1-4) 2.Um protetor perspicaz (v.5-7) 3.Um benfeitor cuidadoso (v.8-11) 4.Uma espera proveitosa (v.12-14) 5.Uma beleza vantajosa (v.15-17) 6.Um rei vaidoso (v.18-19) 7.Um livro de registro útil para o futuro (v.20-23) |
Capítulo 3: O povo de Israel ameaçado de extermínio
1.Hamã surge na narrativa do livro. Ele recebe honra do rei, mas não sabemos o que ele fez para ser merecedor disso. O conhecedor do Velho Testamento perceberá que é descendente de Agague, isso traz uma preocupação, pois Deus mandou matar Agague, o rei dos amalequitas. Saul desobedeceu a ordem e Samuel consertou essa desobediência. Os filhos podem seguir caminhos melhores do que os pais. No caso, isso não acontece com Hamã, um inimigo de Israel. Todos se curvavam a Hamã. Somente o rei não se curvava porque é o rei. Porém, Mardoqueu também não se curvou a Hamã. Ao ser questionado, Mardoqueu disse que era judeu. Como sabemos o judeu só se curva para Deus. Evidentemente, Hamã ficou furioso com a petulância de Mardoqueu. Hamã também sabia, por meio da história, que o povo de Israel é “duro na queda”. Não se acaba facilmente com o povo de Israel. Ele sabia que seria necessário um genocídio, o extermínio do povo todo. Hamã planejou de modo bem meticuloso uma forma de exterminar os judeus. Hamã tratou de enganar o rei com uma calúnia sobre o povo judeu e propôs a execução do povo todo com a liberação dos cofres públicos para a tarefa dispendiosa. Hamã já estava contabilizando os despojos e as riquezas que tiraria dos judeus. O rei concordou e assinou com o selo real (v.1-11).
2.Hamã reuniu as autoridades do reino e falou em nome do rei, usando o anel de selar do rei. Tudo com a permissão do rei. Hamã recebeu um perigoso poder para um homem. A história de Hamã já foi repetida em muitos momentos da história. Sempre haverá “Hamãs” desejando o fim do povo eleito de Deus, Israel. Não apenas matando os judeus, mas despojando dos seus bens. Sabemos que hoje, ainda, há muitos bens saqueados pelos nazistas os quais não retornaram às famílias, mas há esforços mundiais para que isso aconteça. Toda a capital da Pérsia ficou informada da matança dos judeus para o dia marcado. No entanto, isso trouxe uma confusão para a cidade. Quando homens poderosos e sem escrúpulos se reúnem para fazer o mal, o povo apenas segue, mas nunca fica sabendo das motivações (v.12-15).
“Hamã temeu que a consciência do rei o golpearia pelo que havia feito; então, o manteve bêbado, para impedi-lo. Este método maldito é o que muitos seguem para afogar as condenações e endurecer com pecado seus corações e os corações dos demais. Tudo parecia seguir um curso favorável para que o projeto fosse cumprido; porém, ainda que seja permitido que os pecadores cheguem até a um ponto para o qual se encaminham, há uma providência invisível poderosa, que os obriga a voltar atrás.”[4]
Do ferimento à destruição completa (Et 3) 1.Pessoas poderosas concedendo poder a pessoas tolas (v.1) 2.Pessoas tolas se tornando poderosas (v.2-3) 3.Pessoas sensatas contradizendo o sistema (v.4) 4.Pessoas iradas com planos destrutivos (v.5-7) 5.Pessoas caluniadoras manipulando líderes fracos (v.8-11) 6.Pessoas influentes com algum ou muito poder nas mãos (v.12-15) |
Capítulo 4: Se morrer, morri!
1.Mordecai, como era de se esperar, ficou entristecido e em clima de luto. Todos os judeus estavam já se lamentando com a expectativa de serem exterminados. Ester soube do lamento de Mordecai e mandou levar-lhe roupas e substituir as roupas de saco. Mordecai estava sendo sincero e não quis trocar suas roupas de tristeza por roupas de alegria, pois não seria verdade. Mordecai fora do palácio sabia mais do que Ester que estava dentro. Mordecai aproveita a influência de Ester para que pedisse misericórdia ao rei. Ele enviou a Ester uma cópia do edito real que estava espalhado por todos os lugares (v.1-9).
2.Ester explicou sobre a dificuldade de se achegar ao rei. Há trinta dias que ela não tinha contato com ele. Chegar diante do rei sem aviso poderia resultar em morte. Mordecai alertou Ester sobre o fato de que não adiantava se proteger muito, pois ela não escaparia, sendo judia. Os familiares dos pais dela também corriam perigo. Mordecai considera fortemente que ela chegar ao palácio acabou sendo a mão de Deus e que ela poderia se tornar parte da história de mais uma libertação dos judeus. Ester compreendeu e aceitou o desafio até mesmo sabendo do risco de morte. Para isso, ela pediu que todos participassem com jejuns. A obra do Senhor é cheia de desafios. Precisamos buscar a orientação de Deus. Ele não deixa de trabalhar, mesmo quando não sabemos do que se trata e até mesmo quando não oramos. Porém, Ele nos dá esse enorme privilégio. Por isso, não subestimemos a oração, pois é o recurso que Deus nos deixou para participarmos de sua obra. Embora o livro de Ester não tenha o nome “Deus” em suas linhas, não podemos deixar de ver que quando Mordecai diz que talvez Ester estivesse na posição de rainha para um propósito, ele está se referindo à soberania de Deus. Quando Ester pede que o povo jejue, ela está pensando em oração a Deus por proteção (v.10-17).
“Mordecai fê-la lembrar da posição perigosa na qual ela própria se encontrava, especialmente porque sua recusa em ajudar o povo de Deus nesta hora de crise traria o juízo divino sobre ela e sua família...”[5]
Esperança e ânimo (Et 4) 1.Dias difíceis com vontade de sair correndo e chorando (v.1-3) 2.Ânimo superficial (v.4) 3.Conhecimento profundo da razão da falta de ânimo e esperança (v.5-9) 4.Conhecimento da realidade e barreiras (v.10-11) 5.Inclusão nos problemas que afeta a todos sem deixar de ver os propósitos de Deus (v.12-14) 6.Proatividade. A necessidade de pessoas que coloquem a cabeça a prêmio (v.15-17) |
Capítulo 5: Ester encontra o favor do rei. Hamã é aconselhado a construir uma forca para Mordecai
1.Ester já estava determinada a ajudar o seu povo, consciente do risco de morte. O objetivo dela era forçar um encontro com o rei. Certamente ela conhecia a rotina do rei e se aprontou para encontra-lo em certo dia, no pátio. Ela se adornou com trajes reais. O rei a viu no pátio e a chamou. Deus estava controlando todos os passos de Ester e a usaria como a libertadora da nação. O cetro do rei indicava o favorecimento do rei a Ester. Porém, sabemos que o nosso Deus estava dirigindo o cetro de Assuero (Xerxes). Ester era tão querida que ele estava disposto a atendê-la. Quando ele diz que poderia dar metade do reino, evidentemente, é uma hipérbole, ou seja, palavras exageradas como sinal de aprovação. Ester tinha tudo planejado e convidou o rei e Hamã para participarem de um banquete. Ela os convidou para o segundo dia do banquete também (v.1-8).
“Convém lembrar que Ester estava temporariamente privada de contato com o rei volúvel (4.11). Não é, portanto, de surpreender que ela adiasse a sua petição até estar mais segura da sua influência e poder fazê-la valer em condições de maior intimidade.”[6]
2.Hamã ficou bêbado e ao sair do palácio, Mordecai não fez reverência a ele. Hamã, cheio de raiva, contou aos amigos e à mulher. Ele achava que ser convidado por Ester era uma honra sem precedentes, porém, Mordecai era o seu fraco porque não conseguia paz em seu íntimo tendo aquele homem, na porta do palácio, cheio de arrogância não se curvando a ele. A mulher de Hamã e os amigos aconselharam a construir uma forca e pedir ao rei para enforcai Mordecai nela. Enquanto vemos Deus operando e abrindo o caminho para Ester, vemos também Satanás tentando impedir os planos de Deus (v.9-14).
Oportunidades bem aproveitadas (Et 5) 1.Aprontando-se para quando houver oportunidade (v.1) 2.Colocando-se à vista da oportunidade (v.2) 3.Planejando-se para a oportunidade (v.3-4) 4.Testando a oportunidade para ganhar segurança (v.5-8) 5.Toda oportunidade corre riscos (v.9-14) |
Capítulo 6: A perda da honra
1.Deus estava preparando a situação perturbando o sono do rei. Aquela menção da boa ação de Mordecai no livro de registro do rei seria muito útil agora. O rei não se mostrou indiferente, mas quis saber se Mordecai foi devidamente recompensado. Nem sempre sabemos disso, mas tudo o que é feito por ser o certo a fazer pode mudar uma situação na vida de alguém e, quem sabe, na própria vida daquele que fez o certo. Hamã estava no pátio, ansioso para pedir ao rei que Mordecai fosse enforcado. Não sabemos se Hamã estava no pátio pela manhã ou na noite em que o rei não conseguia dormir. Uma coisa é certa, se Hamã chegasse antes do rei saber do bem que Mordecai fizera, a história poderia ser bem diferente, pois o rei era propenso a aceitar tudo o que Hamã dizia (v.1-5).
2.Hamã não pegou o rei em um dia bom, pois, desta vez, quem era favorável aos olhos do rei era Mordecai. Se o rei quer honrar alguém, é melhor que os súditos concordem. Hamã já se sentia honrado pelo rei, pois pensava que era a ele que o rei queria honrar. A sugestão de Hamã à pergunta do rei foi bem audaciosa. Praticamente, Hamã estava dizendo que o homem a ser honrado fosse transformado em rei por um dia. As intenções de Hamã eram da mesma categoria que a intenção de Lúcifer, a de ser igual a Deus. Hamã queria ser igual ao rei e, talvez, depor o rei e usurpar o trono (v.6-9).
3.O rei mandou Hamã seguir exatamente a sugestão dada só que em benefício de Mordecai. Os versículos simplesmente fazem tudo isso acontecer, mas não temos a expressão facial de Hamã, o tom de voz, os argumentos usados por Hamã aos guardadores das roupas, etc. Podemos imaginar, sem medo de errar, que Hamã estava envergonhado, enraivecido e contrariado com a honra que Mordecai estava recebendo, muito mais por partir de suas próprias mãos e, pior, de sua própria sugestão. Os mesmos que aconselharam Hamã, inclusive a mulher dele, agora pioram a situação de Hamã dizendo que tudo está perdido para Hamã, pois Mordecai é do povo judeu a quem Hamã quis matar. Os eunucos chegaram para levar Hamã para o segundo banquete que Ester prometeu preparar no qual Hamã e o rei deveriam participar (v.10-14).
“Não existe nenhuma evidência contemporânea para Hamã, mas há uma extraordinária pintura na sinagoga Dura Europos (245 a.D.) a qual descreve Mordecai montado sobre um cavalo, guiado por um homem que presumidamente seja Hamã. Assuero está sentado no trono “do rei Salomão” com Ester ao seu lado.”[7]
A perda da honra (Et 6) 1.Perda da honra por esquecimento (v.1-3) 2.Perda da honra por justa ação divina (v.4-14) |
Capítulo 7: A revelação da origem de Ester ao rei e sua petição
1.Tudo continuava como o combinado. Ester daria um banquete para o rei e Hamã. O rei não se esqueceu da promessa de honrar Ester com algum presente especial à escolha dela mesma. Algo que também deveríamos ter em mente é que a vida continua, não importa quais sejam nossos planos. No caso de Ester, ou perturbações da mente, no caso de Hamã. São nas situações normais da vida, no cotidiano é que as coisas acontecerão. Ester revela a sua origem e se identifica com o povo de Israel a quem Hamã queria exterminar. É importante sempre nos identificarmos, para o bem ou para o mal, com o povo de Deus. Se somos crentes em Cristo Jesus, temos que assumir nossa fé na sociedade. Às vezes, é vergonhoso, devido aos maus exemplos. No entanto, somos o que somos graças a Salvação em Cristo Jesus. Ester disse ao rei que nada faria se o caso fosse de um novo cativeiro, mas a questão era de genocídio, ou seja, a matança de um povo todo (v.1-4).
2.O rei não estava informado de nenhuma outra matança que não fosse do povo de Israel, por isso, ele não entendeu o que Ester estava dizendo e temos que lembrar que, até então, Ester não revelara sua origem. Chegou o momento de Ester delatar Hamã. A denúncia não é algo fácil, pois exige coragem e provas, mas Ester tinha as duas. Hamã estava com muitos problemas, pois Mordecai fora um motivo de sua humilhação pública, mas o que ele não sabia era que Ester intercedia ao rei pelo povo de Israel e que era ligada a Mordecai. Por isso, ele deve ter gelado ao ouvir aquela delação. O rei, atordoado, teve que tomar um fôlego no jardim. Enquanto isso, Hamã suplicava a Ester que intercedesse ao rei por sua vida. A situação virou completamente e Ester tinha aquele homem em suas mãos. Porém, ela teria que ser muito determinada, pois não se tratava de compaixão ou falta desta, mas da proteção de seu povo. Ela fora colocada ali por Deus e agora era o momento da execução plena da vontade Dele sobre Israel e Hamã (v.5-8).
3.O rei, ao voltar do jardim, e ao ver Hamã caído no divã onde estava Ester, não pensou duas vezes e concluiu que além daquela bombástica revelação, a de que ele decretou a matança do povo de sua rainha, agora, Hamã tem a coragem de tentar abusar sexualmente de Ester. É claro que não era isso que estava acontecendo, mas o rei Assuero, que já era movido por emoções, e que agora estava perturbado devido aquela revelação, não queria parar para refletir na cena que estava diante dele. Ao cobrirem a cabeça de Hamã, estavam entendendo que ele estava cortado da presença do rei. O rei nem queria mais olhar o rosto de Hamã. O oficial Harbona não demorou em dizer que a forca que o próprio Hamã preparara estava pronta para recebê-lo. Dependia somente do rei se queria a execução de Hamã. Harbona enfatizou que a forca tinha sido preparada para Mordecai, o qual era justo e tinha ajudado o rei. Talvez tenha sido o julgamento mais rápido da Pérsia. O rei mandou enforcar Hamã. O fato é que na mente do rei ele estava enforcando Hamã pela tentativa de estupro contra sua rainha. Para nós, é claro, sabemos que foi a justa vingança de Deus contra o inimigo de Seu povo (v.9-10).
“É digno de nota a frequência com que o rei concordava com as sugestões dos que o cercavam.”[8]
Situações antigas que se revelam no presente e em todas as épocas (Et 7) 1.Um compromisso antigo, um banquete (v.1) 2.Uma promessa antiga, um desejo a ser cumprido (v.2) 3.Um plano antigo, proteção de um povo (v.3) 4.Uma injustiça antiga, ameaça de genocídio (v.4) 5.Uma negligência antiga, a desinformação (v.5) 6.Um inimigo antigo, Hamã (v.6) 7.Um desabafo antigo, “contar até mil” (v.7) 8.Um medo antigo, uma súplica pela vida (v.7) 9.Uma conclusão antiga, homens são sexualmente abusivos (v.8) 10.Uma prática antiga, cobrir o rosto dos que serão executados (v.8) 11.Um histórico antigo, um rei que aceita sugestões de seus oficiais (v.9) 12.Uma reputação antiga, um súdito fiel ao rei (v.9) 13.Um ditado antigo, “morto na própria forca” (v.10)
Outros ditados semelhantes, alguns deles bíblicos: “Quem faz o mal receberá o mal em troca” “Cavando a própria cova” “Quem com ferro fere com ferro será ferido” “O feitiço se volta contra o feiticeiro” “Quem faz uma cova, nela cairá” Pv 26.27 “Se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele.” Pv 26.27 “Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.” Sl 7.5 “Quem cava um poço cairá nele; quem derruba um muro será picado por uma cobra.” Ec 10.8 |
Capítulo 8: Um novo decreto do rei
1.Hamã que desejava os despojos dos judeus, acabou sendo enforcado e deixando despojos para Ester. A autoridade de Hamã, inclusive o anel do rei, ficou para Mordecai. Ester também honrou Mordecai oferecendo a superintendência da casa dela, um mordomo. Porém, Ester ainda não estava totalmente feliz, pois o decreto da matança dos judeus continuava e o dia se aproximava, o qual seria dia 13 de adar (o 12º mês, veja Et 3.7,12-13). Ela pediu ao rei para revogar o decreto, pois afinal de contas, tratava-se do povo dela, os judeus. Quantas coisas gostaríamos que fossem revogadas! Nossos pecados do passado, por exemplo. O fato é que Cristo Jesus os anulou pregando-os na cruz! No entanto, eles foram praticados e isso não muda o fato, muda o domínio que ele tinha sobre nós. Graças ao nosso bendito Salvador, aquele que crê está perdoado. Cuidado com o ensino sobre “perdoar-se a si mesmo”. Não existe tal ensino nas escrituras. É outra forma de exaltarmos nosso orgulho com capa espiritual. Nunca poderíamos perdoar a nós mesmos, só Deus pode perdoar pecados. Ele já fez isso em Cristo Jesus, precisamos apenas aceitar o perdão que obtivemos ao crer Nele (v.1-6).
2.O rei disse que já foi feito bastante pelos judeus ao enforcar Hamã, porém, os decretos do rei da Pérsia não podem ser revogados. No entanto, é possível editar novos decretos. Isso mesmo que foi feito. Faltavam nove meses para a matança dos judeus, conforme o decreto. Foi editado para todas as 127 províncias mais um decreto. Os ginetes, velozes cavalos de raça, foram liberados para enviar a todas as províncias o edito real[9]. O novo decreto não substituía o anterior, porém, dava permissão aos judeus para se defenderem e matarem qualquer grupo que tentasse matá-los e despojá-los. O decreto vigoraria no mesmo dia do anterior, ou seja, não havia permissão aos judeus para matarem antes de serem atacados, assim como não podia atacar judeus antes do decreto. Deus nos liberta de situações difíceis no dia certo. A ansiedade cresce dentro de nós, porém, devemos confiar que no momento certo virá o escape. Houve muita alegria entre os judeus, pois embora não houvesse a proibição do dia da matança contra eles, havia a permissão de se defenderem. Sendo que o rei estava
editando, através de Mordecai, para o bom entendedor, era como dizer que o edito anterior estava cancelado. Houve força real a favor dos judeus (v.7-17).
“Se um grupo de escribas e mensageiros pagãos, sem meios modernos de transporte e comunicação, podia levar o decreto de Mordecai a todo o império, muito mais deveriam os obreiros cristãos serem capazes de levar o Evangelho de Cristo a um mundo perdido!"[10]
Mudanças de situações da vida (Et 8) 1.Mudança de espectador para autoridade (v.1-2) 2.Mudança de uma expectativa de extermínio para um futuro de esperança (v.3-8) 3.Mudança de acuado para amedrontador (v.9-14) 4.Mudança da tristeza para a alegria, da insegurança para a confiança (v.15-17) |
Capítulos 9 e 10: A festa Purim
1.Os judeus levaram a melhor naquele plano maléfico de Hamã. Os judeus tornaram senhores da situação. Além de ganharem força política, os judeus ganharam coragem espiritual. O texto não menciona o nome Deus, mas vemos claramente o rumo que o povo tomou graças ao amparo que o Senhor deu a eles através de Mordecai, Ester e o rei. Os outros povos tinham medo dos judeus. As autoridades das províncias ficaram do lado dos judeus e, por isso, a força bélica, ou seja, armamentos. A fama de Mordecai se estendeu por todo o reino e todos concluíram que ajudar os judeus era o mesmo que agradar Mordecai. O idealismo dos inimigos mais corajosos continuou em honra aos planos de seu líder morto, Hamã. Mataram os filhos de Hamã, no entanto, não pegaram de seus despojos. Ester queria deixar bem claro que a família de Hamã era inimiga do povo judeu, por isso, pediu que os colocassem pendurados na forca, mesmo que já estivessem mortos. Isso serviria como autoridade diante dos povos. Os judeus mataram milhares de inimigos, mas não se apropriaram de seus bens. O objetivo não era enriquecimento sobre os inimigos, mas experimentar a paz em todo o reino (v.1-16).
2.Toda a expectativa ruim quanto ao destino dos judeus se transformou em alegria em todas as províncias. Fizeram banquetes em todos os lugares e compartilhavam uns com os outros dos alimentos dos banquetes. Essa primeira comemoração, do dia 14 do 12º mês, torna-se-ia universal, isto é, em todos os lugares onde tivessem comunidades judaicas, essa festa seria praticada. É a chamada festa de Purim, que significa a festa das sortes para lembrar que Hamã sorteou um dia para o extermínio dos judeus. Mordecai ficou sendo o herói dos judeus, pois pensou grande, pensou em toda a comunidade judaica e não apenas em si e em sua prima-enteada (v.17-32, 10.1-3).
“Deus dispõe à sua vontade do tempo, agindo conforme Ele quer. Coisa alguma está fora do seu controle, mesmo em nossas horas mais negras. Sempre haverá vilões ameaçadores contra nós, mas nenhum deles pode, realmente, prejudicar-nos, se estamos dentro da vontade de Deus. Pois, na sua providência divina, surgirão pessoas e circunstâncias favoráveis a nós, na hora crucial de nossa necessidade.”[11]
Tudo coopera para o bem dos que amam a Deus (Et 9 e 10) 1.Inimigos cooperam para o bem – a vitória é mais apreciada (v.1-2) 2.A fama coopera para o bem – fortalece a confiança dos que estão longe (v.3-4) 3.A vingança de Deus coopera para o bem – estabelece a justiça entre os povos (v.5-15) 4.A festa coopera para o bem – exalta a Deus com a memória de seus feitos (v.16-32) 5.O cargo público coopera para o bem – a influência se expande (10.1-3) |
Pércio Coutinho Pereira, 2020, 1ª ed. 2015
Notas
1. Introdução
1.Explore the book - J.Sidlow Baxter
2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr
3.Manual Bíblico - H.H.Halley
4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears
5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray
6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray
7.O livro dos livros - H.I.Hester
8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira
9.A História de Israel - Samuel J.Schultz
10.Através da Bíblia - Myer Pearlman
11.Introdução ao Velho Testamento - H.E.Alexander
12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs
13.O Novo Dicionário da Bíblia
14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield
15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe
16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders
17.Comentários da Bíblia Vida Nova
2. Bíblia e-sword, vocábulo Family: Mother - A Mansion Near the Throne!
3. Ester – Introdução e Comentário, pg. 58 – Joyce C. Baldwin (Série Cultura Bíblica – Editora Mundo Cristão – São Paulo – SP – 1ª ed. Em português nov. 1986)
4. Comentário Bíblico de Matthew Henry – Ester, pg.4 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)
5. Comentário Bíblico Moody – Ester, pg. 13 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)
6. Novo Comentário da Bíblia, Ester, pg.14 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
7. Archaeological Backgrounds of the Exilic and Postexilic Era Part II: The Archaeological Background of Esther, pg. 105 - Edwin M. Yamauchi (Bibliotheca Sacra - April-June 1980)
8. Novo Comentário da Bíblia – Ester, pg.17 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
9. A palavra coudelaria que aparece em algumas versões significa estrebaria ou Haras, onde se guardavam os cavalos.
10. Notes on Esther - Dr. Thomas L. Constable, pg. 31, citando Wiersbe (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
11. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia - Russell Norman Champlin, pg. 513 – vol. 5 - vocábulo Purim (editora e distribuidora Candeia – São Paulo – SP – 4ª ed. 1997)
[1] 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter
2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr
3.Manual Bíblico - H.H.Halley
4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears
5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray
6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray
7.O livro dos livros - H.I.Hester
8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira
9.A História de Israel - Samuel J.Schultz
10.Através da Bíblia - Myer Pearlman
11.Introdução ao Velho Testamento - H.E.Alexander
12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs
13.O Novo Dicionário da Bíblia
14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield
15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe
16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders
17.Comentários da Bíblia Vida Nova
[2] Bíblia e-sword, vocábulo Family: Mother - A Mansion Near the Throne!
[3] Ester – Introdução e Comentário, pg. 58 – Joyce C. Baldwin (Série Cultura Bíblica – Editora Mundo Cristão – São Paulo – SP – 1ª ed. Em português nov. 1986)
[4] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Ester, pg.4 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)
[5] Comentário Bíblico Moody – Ester, pg. 13 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)
[6] Novo Comentário da Bíblia, Ester, pg.14 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
[7] Archaeological Backgrounds of the Exilic and Postexilic Era Part II: The Archaeological Background of Esther, pg. 105 - Edwin M. Yamauchi (Bibliotheca Sacra - April-June 1980)
[8] Novo Comentário da Bíblia – Ester, pg.17 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
[9] A palavra coudelaria que aparece em algumas versões significa estrebaria ou Haras, onde se guardavam os cavalos.
[10] Notes on Esther - Dr. Thomas L. Constable, pg. 31, citando Wiersbe (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
[11] Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia - Russell Norman Champlin, pg. 513 – vol. 5 - vocábulo Purim (editora e distribuidora Candeia – São Paulo – SP – 4ª ed. 1997)
Nenhum comentário:
Postar um comentário