08 Rute

Rute

 Agricultura, Campo De Trigo, Trigo

Introdução[1]

1.O nome do livro diz respeito à personagem principal, Rute, uma gentílica (moabita) que casou-se com um judeu. Deus usou Rute para continuar a descendência que culminaria na Pessoa do Messias. Esse livro explica a inclusão de uma gentílica na linhagem de Davi e mostra o grande alcance da graça de Deus, incluindo gentios em Seu plano para a nação de Israel e por fim, para o mundo todo. Rute foi a bisavó de Davi.

 

2.O autor é desconhecido. Alguns atribuem ao último juiz, que foi também sacerdote, Samuel. Os

acontecimentos deste livro pertencem à época dos juízes (Rt 1.1), porém, não foi escrito antes da época de Davi, pois o nome dele é mencionado (4.22). Tomando a mesma data da composição do livro de Juízes, portanto, foi escrito mais ou menos 1.000 anos a.C. Não é mencionado o juiz que governava na época de Rute. Josefo diz que foi na época de Eli (sacerdote-juiz). Eli era contemporâneo de Sansão. O livro de Rute cobre um período de uns 10 anos.

 

3.O livro de Rute é colocado entre Juízes e Samuel. Juízes mostra o declínio da nação judaica; Samuel mostra o reinado da nação judaica e Rute representa Cristo e Sua Noiva, pois durante essa época (quando Israel é colocada de lado) Cristo está chamando Sua Noiva dentre os gentios.

 

4.Duas leis do V.T. estão envolvidas nesta história (4.3-5):

1) A redenção da propriedade (das terras) do parente falecido (4.3, conf. Lv 25.25-34)

2) A lei do levirato, que exigia o irmão do falecido suscitar descendência (Dt 25.5-10 compare com Lv 25.48-49, Jz 9.3)

 

5.Assim como Boaz satisfez as exigências para ser remidor, Cristo Jesus satisfez as exigências para nos remir. A palavra "goel" significava resgatador e depois veio a significar, também, parente, pois para resgatar devia ser parente.

 

1) Era necessário que o remidor fosse parente daquele que precisava de remissão

Não bastava alguém se compadecer da pessoa; o direito de redenção era reservado a um parente próximo. Boaz era parente de Rute (2.3 com 1.1-3, 2.20). Jesus está ligado a nós pela carne (Hb 2.14-15).

2) O remidor precisava ter meios com que pagar o preço da remissão

Boaz tinha recursos para remir Rute, embora tinha um concorrente (3.9-13,4.10). Jesus como Redentor teve recurso para remir a Igreja (At 20.28).

 

3) O remidor só resgatava se quisesse

O parente mais próximo de Rute não estava disposto a assumir as responsabilidades, por isso, tinha que passar adiante seu direito de resgatador. Boaz tinha grande desejo de resgatar Rute (3.9-13, 4.9-10). Jesus, também, quis resgatar-nos (Lc 22.42, Hb 10.7, Mt 16.23, Jo 18.8,11).

 

4) O remidor não podia, ele mesmo, necessitar de remissão

Se o próprio Boaz fosse um escravo, necessitado de remissão, já estaria desqualificado, mas não era o caso, Boaz não era escravo, mas senhor (Rt 2.8,9.15). Rt 3.15, 6 medidas de cevada = 8 litros (já batidos). Jesus não podia ter nenhum pecado, doutra sorta, também seria escravo (Hb 4.15, 1 Pe 2.22-24).

 

6.Rute e Boaz contribuíram para a vinda do Messias. Analisando mais as origens dos dois, podemos ver claramente a graça de Deus, em contraste com o nacionalismo da maioria dos judeus, principalmente os fariseus da época de Jesus. Rute era moabita, descendente de Ló (Gn 19.37), parentes distantes dos judeus. Os moabitas eram idólatras. Boaz era filho de Raabe, a prostituta cananéia de Jericó (Js 2.1, Mt 1.5). Portanto, moabita e meio-cananita, mostrando assim, que o Messias seria para TODOS os povos.


Capítulo 1: As três viúvas

1.Não era nada fácil o que aquele pai de família deveria fazer. Parece-nos fácil julgar sobre a partida dele da terra do povo de Deus para uma terra idólatra. Talvez ele devesse continuar ali e confiar nos recursos de Deus. Foi na época dos juízes e sabemos que cada um fazia como achava ser o mais correto. Nem sempre os planos de fuga de uma situação saem como o esperado. Elimeleque morreu e deixou sua família em situação até pior. A esposa e os filhos e, agora, as noras ficaram ali 10 anos, em Moabe. Os filhos morreram e as três viúvas tinham que sobreviver. Noemi recebeu boas notícias de Israel quanto às colheitas e foi tentar a vida ali, retornando para o seu povo, de onde, provavelmente, jamais deveria ter saído (v.1-6).

 

2.Noemi até concordou que as noras a acompanhassem, mas pensou melhor e não achou correto tirar as moças da terra de seus pais. Ela as liberou de qualquer compromisso. Uma delas foi embora, mas a outra, Rute, prometeu fidelidade perpétua à sogra. Dez anos se passaram, mas Noemi ainda era conhecida em Belém de Israel. Noemi estava bem amargurada com a vida e não tinha muitas esperanças. O retorno dela foi providência divina. Noemi e Rute chegaram no começo das colheitas (v.7-22).

 

“Sua fé [de Rute] poderia não ser bem fundamentada, mas era real. Observa Simeon: ‘Suas opiniões sobre religião poderiam não ser muito claras; contudo, é evidente que um princípio de piedade vital se enraizara em seu coração, operando poderosamente cm sua vida. Na verdade, ela agiu em perfeita conformidade com aquela injunção, que posteriormente seria entregue pelo Senhor: ‘todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo’ (Lc 14:33).’”[2]

Amargura (Rt 1)

1.A amargura pode brotar no coração quando nos sentimos sozinhos (v.1-5, Hb 13.5)

2.A amargura pode brotar no coração quando nos sentimos cansados (v.6-10, Mt 11.28)

3.A amargura pode brotar no coração quando nos sentimos velhos (v.11-15, Sl 92.12-15)

4.A amargura pode brotar no coração quando não aceitamos o consolo dos irmãos (v.16-20, 2 Co 1.3-6)

5.A amargura pode brotar no coração quando nos sentimos vazios (v.21-22, Fp 2.5-8)

 

Capítulo 2: Uma rebuscadora favorecida

1.Noemi tinha laços familiares em Belém. Ali seria a chance dela ser redimida. Porém, ela sendo idosa, não arrumaria um casamento e a nora, Rute era uma moabita. Tudo estava contra Noemi. Boaz era rico e solteiro. Como ele cumpriria a lei do levirato sobre Noemi? Rute estava pensando na sobrevivência delas. Talvez a mente dela não estivesse nos costumes judaicos. A visita às plantações tinha a ver com sobrevivência dos restos que a lei de Deus providenciava para os forasteiros, pobres, órfãos e viúvas. Ela acabou entrando nas plantações de Boaz. O plano de Deus estava em ação, desde a saída delas de Moabe e, agora, estava perto do desfecho. Boaz era um homem educado e temente a Deus, como se vê no cumprimento aos empregados. Ele também reparava nas pessoas, pois notou a presença de uma moça, a Rute. Boaz ofereceu a plantação dele para ela só pegar espigas ali, sem precisar ir para outras plantações. A quantidade de pessoas necessitadas devia ser grande, por isso, as pessoas faziam seus giros pelas fazendas. Embora, Rute não fosse empregada, Boaz a trata como uma de suas funcionárias, deixando-a beber da água dos empregados. Ele tomou o cuidado especial de falar aos empregados para não tratá-la como uma forasteira qualquer. Isso é uma indicação que havia falta de respeito para com os que pegavam das espigas que caiam pela fazenda (v.1-9).

 

2.A fama de Rute a precedia, pois Boaz já sabia de tudo sobre ela e como Rute cuidar da parente de Boaz, deixando sua pátria e seguindo a Noemi. Boaz deseja sucesso para Rute. Ele não a julga por ser uma gentia, mas oferece a ajuda no que for possível para facilitar a vida dela como rebuscadeira. Rute não se vê merecedora daquela bondade e admite que as empregadas de Boaz merecem muito mais do que ela. Boaz até convidou-a para tomar refeição com ele na frente de todos os empregados. Aquilo poderia até trazer inveja por parte dos empregados. Boaz sabia que era uma situação de favoritismo, por isso, deu ordens claras para que Rute não fosse aborrecida por nenhum de seus empregados. Ele cria uma estratégia de concorrência em que Rute sempre se sairia bem, pois os empregados deveriam deixá-la pegar das espigas de cevada que caíssem, como acontecia com todos os rebuscadores, mas também deveriam puxar dos feixes uns bocados para que ela os apanhasse também como se tivessem caído sem querer (v.10-17).

 

“Boaz… focalizou não na linhagem de Rute, mas em seu serviço altruísta a Noemi. A palavra em 2.11 é muito aproximada da ordem de Gênesis 12.1 para fazer uma conexão de Rute e Abrão. Assim como Abrão deixou o oriente para Canaã, Rute também. A exibição de sua coragem e fidelidade foi uma recomendação suficiente para Boaz. Nenhuma genealogia foi necessária. Assim o elo físico para Abrão foi subestimado e a ligação espiritual foi reforçada.”[3]

 

3.Rute chegou de volta para Noemi muito feliz com a colheita. Ela até trouxe um pouco da marmita que ela ganhou de Boaz para Noemi. Até, então, Noemi não sabia onde Rute tinha apanhado as espigas. Rute revelou que foi na fazenda de Boaz, o parente de Noemi. A amargura de Noemi vai desaparecendo ao perceber que Deus não a abandonou. Ela conhecia Boaz e sabia que ele tinha fama de um homem compassivo. Além disso, havia ali uma possibilidade real de resgate, pois Boaz era parente chegado, tinha condições e quem sabe desejaria resgatar as propriedades de Noemi. Porém, a lei do levirato dificilmente se aplicaria para Noemi, pois já era velha para se casar e levantar descendentes de um casamento. Rute tinha mais bênção para contar, ou seja, Boaz concedeu um lugar permanente para a Rute como rebuscadora. Noemi fica aliviada com a notícia, pois era costume as mulheres rebuscadoras serem humilhadas e até violentadas. Noemi se sentia responsável por Rute como se fosse a mãe dela. Afinal, a Rute tratou Noemi como uma filha fiel (v.18-23).

 

Os sinais claros de que Deus não abandona os seus filhos

(Deus não abandonou Noemi) (Rt 2)

1.Noemi está acompanhada de uma moça trabalhadora (v.1-2)

2.Noemi está recebendo o favor de um homem piedoso (v.3-4)

3.Noemi está nas mãos de um homem interessado pelas pessoas (v.5-7)

4.Noemi está nas mãos de um homem que vê além da genealogia (v.8-10)

5.Noemi está nas mãos de um homem que reconhece o valor da fidelidade e honra (v.11-13)

6.Noemi está nas mãos de um homem que cuida e sustenta (v.14-17)

7.Noemi está acompanhada de uma moça que não pensa só nela (v.18-19)

8.Noemi está recebendo sinais de esperança para sua redenção de propriedade (v.20)

9.Noemi está nas mãos de um homem protetor (v.21-23)

 

Capítulo 3: As alegrias de se encontrar um Remidor

1.Para se entender a beleza do livro de Rute é necessário conhecer o contexto e as leis da remissão. A lei do levirato exigia que ao morrer o marido, o cunhado devia assumir a viúva para que ela gerasse filhos para que o nome do falecido não se perdesse. Essa era uma medida chamada “remissão”. Isto envolvia não apenas a continuidade da prole, mas a remissão de bens, terras e enfim da honra do nome. Noemi perdeu o seu marido, Elimeleque e os seus dois filhos, Malom e Quiliom. Ficou só ela e as duas noras, uma delas, a Rute, a acompanhou fielmente para não a deixar desamparada. Mas duas mulheres sem descendentes e sem protetores não se estabeleceriam. Elas precisavam de um remidor. Um remidor devia ser parente, desejar remi-las e ter condições para isto. Um pecador está na mesma situação, abandonado e desesperado sem um remidor. Ele precisa de alguém que se compadeça e que tenha condições de assumir a sua triste situação. Noemi encontrou um parente, Boaz, este poderia assumi-las, assumindo a jovem senhora Rute. Mas havia um obstáculo, havia outro parente mais próximo que deveria ser o remidor ou ceder a sua vez para outro parente. Achar um remidor era uma grande alegria, assim como hoje, quem achar o Remidor estará em segurança eterna. Jesus Cristo é o nosso remidor, pois ele é achegado, assumiu a forma de homem, ele desejou redimir o pecador e pagou com o seu próprio sangue.

 

2.A velha Noemi não estava pensando somente em si mesma, mas também na fiel nora, que precisava de segurança para o futuro, por isso, com mais experiência deu um “empurrãozinho” na jovem senhora Rute. Boaz estaria na eira, um chão duro, para padejar a cevada, que consistia em revolver com a pá, jogando para o alto para separar os grãos das cascas. Ele tinha servas e Rute já tinha se encontrado com ele. Rute não iria seduzir Boaz, mas fazer o que era lícito e para isto deveria causar boa impressão. Paulo disse que estava preparando a Igreja como a noiva para esperar Cristo. Não pode haver nenhum pensamento malicioso e imoral sobre Rute deitar-se aos pés de Boaz. Ela não foi ter relação sexual com ele, mas se apresentar como parente que precisava de remissão, segundo as leis de Deus. Rute seguiu todas as instruções de sua sogra, Noemi. É uma grande alegria saber que existe um Remidor. Noemi tinha toda a sua esperança depositada em Boaz. O pecador que sabe que Jesus Cristo é a única esperança pode se regozijar no fato de que ele quer redimir. Nós que já conhecemos o Remidor pessoalmente nos alegramos que ele é nosso para sempre e Dele somos por toda a eternidade. (v.1-7).

 

3.Havia essa enorme barreira. Se o remidor não assumisse a sua responsabilidade, a pessoa necessitada de remissão continuava na mesma situação e, agora pior, pois teria de conviver com a frustração de não ser redimida por alguém que deveria fazer isto, ou então, por alguém que não tivesse condições. Boaz levou um susto ao ver Rute aos seus pés. Fazia parte da cultura o ato de estender a capa sobre aquela que precisava de remissão. O Senhor Jesus estendeu a sua capa remidora sobre nós. Ele quis fazer o mesmo com o povo de Israel e estender as suas asas como a galinha faz com os seus pintinhos, mas o povo O rejeitou. Boaz apreciou muito a fidelidade de Rute, pois ela poderia resolver o seu futuro, pensando apenas em si mesma e não no nome do marido falecido e na sua sogra, Noemi. Boaz viu a nobreza de Rute, mesmo não sendo uma judia. Lembre-se que Rute era moabita. Boaz queria muito redimi-las, portanto, este obstáculo foi superado, porém, havia outro parente que era mais próximo e isto era um impedimento no ritual. Não bastava querer e ter condições, precisava ser o parente ideal, o “goel”, o remidor por direito. Há um impedimento quando o Remidor, Jesus Cristo, quer redimir o pecador, mas este ainda está sob o domínio de outras prioridades em sua vida. Satanás aprisiona os pecadores. Boaz ficaria na “fila”, esperando ansiosamente sua oportunidade. O Senhor Jesus Cristo está esperando que o pecador fique desimpedido para poder redimi-lo. A confiança em si mesmo através das obras impede que o Remidor, Jesus Cristo, alcance o pecador (v.8-13).

 

4.“Conhecer um ao outro” neste caso nada tem a ver com relação sexual, pois eles não tinham esta intenção de modo algum. É simplesmente que o sol ainda não havia se levantado e não viram o rosto um do outro. O pecador só pode ver a face do Salvador quando este se torna o Remidor.  Antes disso, não há libertação da vida de pobreza espiritual e de escravidão do pecado. Boaz já havia sido bondoso para com Rute, deixando que ela pegasse espigas no campo, agora, ele a abençoa com seis medidas de cevada. Não parece ser seis siclos, ou seja, 132 litros, pois isto seria demais para uma mulher carregar. John Gill[4] diz que deveria ser seis ômers que equivaleriam a 12 litros e que cabem bem numa capa. Rute só tinha boas notícias para a sogra, porém, ainda era cedo para se empolgarem muito. Boaz estava muito desejoso, mas ainda tinha outro parente mais próximo. Noemi era paciente e sábia e aconselhou a nora a agir da mesma forma. Jesus Cristo foi maravilhoso para conosco. Ele resolveu o nosso problema colocando-Se como o nosso parente próximo. Ele se encarnou e viveu entre nós e com o Seu próprio sangue nos remiu. A outra parte desta história redentora está no capítulo 4, quando o Remidor, de fato, redime. O nosso Senhor Jesus Cristo é o nosso Remidor. Rute veio a ser a segunda mulher gentílica da linhagem do Messias. A primeira foi Raabe. Rute foi bisavó do rei Davi (v.14-18).

 

“Boaz entende que ela quer se casar em conexão ao remidor-parente legal, o qual ele está desejando ser, caso um parente mais próximo abdicar desse interesse [direito].”[5]

 

 

 

 

 

 

 

Nas boas mãos do nosso Remidor (Rt 3)

1.O Remidor nos prepara um lar (v.1, Jo 14.2)

2.O Remidor nos prepara lugar para trabalharmos (v.2, 1 Tm 1.12)

3.O Remidor nos prepara para o que fazer, se nos colocamos à sua disposição (v.3-5, Ef 5.14)

4.O Remidor quer ser nossa prioridade (v.6-10, Mt 6.33)

5.O Remidor fará tudo o que prometer (v.11-14, 2 Co 1.20)

6.O Remidor nos dá todo o suprimento (v.15-18, Hb 13.5)

 

Capítulo 4: O casamento remidor

1.Todo o assunto será decidido às portas da cidade, onde os anciãos, os juízes da época, julgariam o caso. É um assunto de resgate de propriedades e não apenas um casamento. Boaz queria saber se teria alguma chance de resgatar Noemi, casando-se com Rute. A questão era Boaz versus o parente mais próximo de Noemi. As testemunhas foram chamadas, o tribunal estava estabelecido. As terras, por direito são de Noemi, mas de fato, apenas quando um parente próximo se ligar a ela por casamento para trazer de volta as propriedades. Boaz não se casaria com Noemi, evidentemente, mas através de Rute, Noemi seria resgatada. O concorrente de Boaz estava mais habilitado, pois era parente mais próximo. Ele aceitou resgatar as propriedades de Noemi. Boaz, portanto, não teria mais chance. Porém, Boaz advertiu ao concorrente que para resgatar as propriedades, pela lei do levirato, era necessário também casar-se com Rute para que as terras ficassem com a família do falecido. Ao ouvir isso, o homem, o concorrente de Boaz, desistiu, pois isso comprometeria a herança dele, sendo que envolveria mais uma família, Rute e os filhos que viriam (v.1-6).

 

2.Era um costume, não uma lei, que o negociante entregava a sua própria sandália ao comprador. No caso, o concorrente de Boaz que está abrindo mão do seu direito, entrega a sua sandália para Boaz para firmar o acordo. Sendo assim, diante dos juízes e testemunhas, Boaz resgata as propriedades de Malom, casando-se com Rute. Resolve toda a questão do futuro econômico de Noemi e Rute. Todos desejam o sucesso da nova família e citam Raquel e Leia que deram filhos para Jacó e constituíram a nação de Israel com as 12 tribos. É claro que as bênçãos para Israel envolviam bens materiais. Desejaram também que os filhos fossem com Peres, filho de outra mulher da genealogia de Jesus, Tamar a qual conseguiu seus direitos sagacidade diante de Judá (v.7-12).

 

3.Boaz e Rute se casaram. Rute teve um filho, mas foi Noemi quem foi exaltada. Deus foi fiel para com a Noemi que antes estava amargurada. Rute também foi exaltada como uma nora que valia mais do que muitos filhos. É uma linda história de redenção de uma mulher arrasada. Assim estávamos em nossa amarga vida de pecado, mas o Senhor nos deu vida. Desejaram que o neto de Noemi fosse famoso. De fato, foi o avô do rei de Davi de cuja descendência veio Jesus, o Messias de Israel. Mais famoso do que isso é impossível! (v.13-22).

 

“É verdade que as palavras que se seguem ‘que o seu nome se famoso’ aplica-se à criança, mas por toda a história o parente próximo é Boaz. Ele fez tudo e muito mais que se pudesse esperar de um goel [remidor]. Ele redimiu a propriedade e agora ele garantiu uma herança para a família de Noemi.”[6]

 

 

 

O casamento com o Remidor compara-se com o nosso casamento com Cristo ou com o mundo (Rt 4)

1.No casamento há pretendentes (v.1)

2.No casamento há compromisso (v.2-4)

3.No casamento há deveres (v.5)

4.No casamento há investimento de toda uma vida (v.6)

5.No casamento há uma aliança, um contrato (v.7-8)

6.No casamento há testemunhas que querem as bênçãos sobre o casal (v.9-12)

7.No casamento há união de corpo e alma, uma só carne (v.13)

8.No casamento há frutos multiplicadores (v.13-16)

9.No casamento há perpetuação das bênçãos de Deus aos descendentes (v.17-22)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2016

 

Notas

 

1.     Introdução

               1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

2.     Introdução e Comentário – Juízes, pg. 244 – Artur E. Cundall e Leon Morris – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1986)

 

3.     Literary Structure in the Book of Ruth, pg. 436 - Reg Grant (Bibliotheca Sacra/October-December 1991 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software

 

4.     John Gill's Exposition of the Entire Bible, Rt 3.15 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

 

5.     The Lexham Bible Dictionary – Ruth 3 - Rickett, R. B. (Bellingham, WA: Lexham Press – 2016 - Logos Bible Software)

 

6.     The Cambridge Bible for Schools and Colleges – Rute 4.14 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)



[1] 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

[2] Introdução e Comentário – Juízes, pg. 244 – Artur E. Cundall e Leon Morris – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1986)

 

[3] Literary Structure in the Book of Ruth, pg. 436 - Reg Grant (Bibliotheca Sacra/October-December 1991 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software

[4] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Rt 3.15 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

[5] The Lexham Bible Dictionary – Ruth 3 - Rickett, R. B. (Bellingham, WA: Lexham Press – 2016 - Logos Bible Software)

[6] The Cambridge Bible for Schools and Colleges – Rute 4.14 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

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