Juízes
Introdução[1]
1.A razão do nome é óbvia. Deus usou juízes, homens usados para libertar a nação de Israel, em diferentes épocas. Vemos a providência de Deus em levantar homens para essa tarefa imensa, e sempre ficou evidente que não fosse a mão miraculosa e poderosa de Deus, os juízes (apenas homens normais) nada conseguiriam, exceto maior vergonha para Israel. O título original hebraico é “shõphetim” = “juízes ou líderes executivos”. É o registro de doze homens e uma mulher que libertaram a nação de seus
opressores em épocas diferentes.
2.O livro foi escrito em 990 a.C. O livro cobre o período dos primeiros 400 anos na terra prometida.
3.Não se sabe quem foi o autor desse livro. O certo é que trata-se de uma compilação dos registros que já existiam em documentos originais. Por exemplo, o cântico de Débora (cap.5) foi escrito em hebraico bem arcaico. Muitos eruditos tentam reconstruir esse texto como no original. Pode ser que tenha sido Samuel ou alguém entre seus discípulos e estudantes que fizeram a compilação.
4.Juízes continua a história de Israel após a morte de Josué (Jz 1.1); da mesma forma como Josué continuou a história após a morte de Moisés (Js 1.1). Juízes é um livro de derrotas e desgraças; o verso chave está em 17.6 “Todo homem fez o que era reto aos seus próprios olhos.” O Senhor não era mais o “Rei em Israel”; as tribos foram divididas; o povo foi misturado com nações pagãs; Deus precisou castigar Seu povo. Temos um sumário de todo o livro em 2.10-19: bênçãos, desobediência, castigos, arrependimento e livramento. Juízes é o livro das vitórias incompletas; é um livro da falta de confiança do povo de Deus em Sua Palavra e Seu poder. O povo abandonou a Deus (2.13), e Deus abandonou o povo (2.23).
5.As nações opressoras eram Moabe, Mesopotâmia, Filistia, Canaã, Midiã e Amom.
6.Em Josué, Israel atravessou o rio, conquistou o inimigo e tomou posse da herança. O livro de Josué diz que “muita terra ficou por possuir” (Jos 13.1, 23.1-11). “Atravessar o rio” significa separação do pecado e morte de si mesmo. Mas após tomarmos esses passos por fé, é fácil falhar, comprometendo-se com o inimigo. Israel entrou em sua terra, mas não possuiu totalmente a herança. Primeiro tolerou o inimigo, depois exigiu tributos do inimigo, então, misturou-se com o inimigo, e finalmente, rendeu-se ao inimigo! Foi somente por meio dos libertadores de Deus (os juízes) que a nação encontrou a vitória. Quão fácil é para os crentes “caírem em pecado” e perderem as bênçãos da dedicação e vitória completas.
7.A Terra Prometida estava cheia de nações e muitos “reis pequenos” governaram sobre territórios menores. Josué guiou a nação coletivamente em grandes vitórias sobre os maiores inimigos. O caminho ficou livre para cada tribo se apropriar de seus respectivos territórios. Enquanto Josué registra um esforço unido; Juízes registra uma nação dividida e não mais devotada ao Senhor, esquecida do concerto que fez no Sinai.
8.Doze diferentes juízes são mencionados neste livro, levantados por Deus para derrotar um inimigo particular e dar descanso ao povo. Abimeleque não é considerado juiz, pois foi um usurpador. Eli e Samuel também foram juízes, mas, principalmente sacerdotes. Portanto se contássemos todos esses seriam 15 juízes, essa é a razão porque difere nos vários comentários. Baraque era um juiz associado com Débora, sendo que a honra da libertação se dá mais a ela do que a ele. Esses juízes não eram líderes nacionais; antes, eram líderes locais que livraram o povo de vários opressores. Nem todas as tribos participaram de cada batalha, e, frequentemente, havia rivalidade tribal. Deus usou os juízes de maneira poderosa (1 Co 1.26-31). O Espírito Santo vinha sobre esses juízes para uma tarefa particular (6.34, 11.29, 13.25). Nem sempre a vida desses juízes era de caráter exemplar (Sansão, por exemplo). Segue a lista dos juízes e a libertação:
JUIZ |
OPRESSÃO |
DURAÇÃO |
DESCANSO |
REFERÊNCIA |
Otoniel de Judá |
Mesopotâmia |
8 |
40 |
3.8,11 |
Eúde de Benjamim |
Moabitas |
18 |
80 |
3.14,30 |
Débora junto com Baraque |
Cananeus |
20 |
40 |
4.3, 5.31 |
Gideão de Manassés |
Midianitas |
7 |
40 |
6.1, 8.28 |
Abimeleque, filho de Gideão |
|
3 |
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9.22 |
Tola de Issacar |
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23 |
|
10.2 |
Jair de Gileade |
|
22 |
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10.3 |
Jefté de Gileade |
Amonitas |
18 |
6 |
10.8, 12.7 |
Ibsã de Belém |
|
7 |
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12.9 |
Elom de Zebulom |
|
19 |
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12.11 |
Abdom |
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8 |
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12.14 |
Sansão de Dã |
Filisteus |
40 |
20 |
13.1, 15.20 |
Do período em que um juiz começava a agir até que outro viesse, incluindo o período de descanso das opressões, há um período de 410 anos.
9.Deus permitiu que nações pagãs ficassem em Canaã por várias razões:
1) Para punir Israel (2.3,20,21)
2) Para provar Israel (2.22, 3.4)
3) Para providenciar a Israel experiência em batalhas (3.2)
4) Para impedir que Canaã se tornasse um deserto (Dt 7.20-24)
Deus usou essas nações para os Seus próprios propósitos. Os judeus podiam ter vitória total; mas ficaram comprometidos com essas nações. Assim acontece hoje com muitos crentes e com muitos grupos de crentes.
10.Sobre o sacrifício da filha de Jefté
Este é um dos casos mais misteriosos do livro dos juízes. Aparentemente Jefté ofereceu sua filha como sacrifício, cumprindo assim o voto apressado que fizera (11.30-31, 39). Porém, o sacrifício humano é totalmente repudiado por Deus, como era para o povo de Israel. Era uma prática cananeia. Deus deixou bem claro que nunca haveria sacrifício humano que O agradasse, conforme vemos no episódio de Abraão e Isaque. A primeira menção de um sacrifício humano entre os israelitas foi só no reinado de Acaz (743-728 a.C.). A filha de Jefté lamentou por dois meses a sua virgindade (bet_lim) e não a sua morte (11.37-38). No v.39 não diz que após ter sido cumprido o voto, oferece-a como “holocausto”, mas sim que ela “não conheceu homem algum”. Ora, se ela tivesse sido morta, essa declaração não importava em nada, mas ela não morreu e sua vida não foi dedicada a homem algum, mas ao serviço do Senhor à porta do tabernáculo durante o restante de sua vida (veja Êx 38.8, 1 Sm 2.22, Lc 2.36,37). Houve um abrandamento do voto por Jefté. O prejuízo foi para Jefté, também, pois sendo ela sua única filha, a linhagem dele foi extinta.
11.Esboço simples
I.Apatia (1-2) II.Apostasia (3-16) III.Anarquia (17-21) |
Capítulo 1: Terras não conquistadas totalmente
1.Os líderes de Israel agora precisavam, unidos, buscar ao Senhor, pois seu grande líder, Josué, tinha sido levado pelo Senhor. Os crentes não podem agir de qualquer maneira, sem consultar o Senhor. É Ele quem nos mostrará o que fazer e o que evitar. Quando não consultamos ao Senhor criamos regras próprias que nos fazem escravos delas e de nós mesmos. Após a morte de Josué a obra de conquistar todos os territórios não tinha acabado. Deus não deixou de falar com o povo, usando, agora, os líderes. Havia entre as tribos uma cooperação. Um ajudava o outro a conquistar os territórios, como o exemplo citado, Judá e Simeão. É impressionante como a ajuda mútua faz uma sociedade ser construída, mas como o egoísmo destrói os relacionamentos e o desenvolvimento. Até os inimigos reconheciam a mão de Deus, como Adoni-Bezeque. Em Romanos 1.32 mostra que o ser humano sabe que é um pecador e que merece o juízo. No entanto, o pecador permanece em seus pecados e ainda convida outros a participarem dos pecados. É algo como “pecar sozinho não é bom”. A presença de um salvo perto de incrédulos se torna um incômodo, pois não conseguem pecar sem que alguém os acuse, mesmo sem palavras (v.1-10).
“O rei não conseguia mais correr com facilidade nem empunhar suas armas com destreza. Desse modo, o ‘senhor de Bezeque’ recebeu a retribuição por aquilo que havia feito com outros setenta reis, apesar de ser possível que estivesse exagerando quando relatou sua façanha.”[2]
2.Otniel tornou-se o genro de Calebe conquistando a cidade de Debir. Naqueles dias, o homem para a filha deveria ser um guerreiro, pois era a maior necessidade da época, um conquistador. As pessoas de coragem não são exatamente destemidas, mas colocam as necessidades como prioridade e não o medo como um paralisador. O verdadeiro amor lança fora o medo. Na prática isto significa que fazemos coisas que normalmente não faríamos por causa do medo. Quando, por exemplo, uma mãe que tem medo de água viaja numa canoa para visitar sua neta no Amazonas, ela faz isto por amor. Desta forma, o verdadeiro amor lança fora todo o medo[3]. Calebe era um homem que tinha estima pela filha e deu o presente que ela desejava. Naqueles dias, fontes de água eram os bens mais preciosos. O que um pai não daria por sua filha querida, não é mesmo? (v.11-15).
3.As conquistas não foram extraordinárias ou fora do comum, mas eram conquistas de combate. Inclusive, contavam com a ajuda de espias e informantes. A destruição era total, porém, os que ajudavam as tribos de Israel eram poupados. Precisamos aprender a dar valor às ações das pessoas. Alguns se tornam nossos benfeitores em várias situações e nem sempre retribuímos. Quantos familiares já hospedaram, por meses, em sua própria casa, em outra cidade, os seus parentes a fim de conseguirem um emprego ou concluírem seus estudos, mas não receberam nada como forma de agradecimento. Se tem algo que é bem-vindo em qualquer forma de gratidão é dinheiro. Às vezes, não damos algum dinheiro em retribuição a favores porque não temos muito dinheiro, mas não damos pouco porque achamos que é constrangedor. A gratidão é demonstrada por símbolos e mesmo um envelope com pouco dinheiro é um símbolo de que somos gratos. Quando não destruíam a todos, mas ainda eram mais fortes, tornavam os povos em escravos. A escravidão que conhecemos ou já ouvimos falar foi a escravatura dos navios negreiros, porém, houve no mundo da época escravidão que era uma forma social de não ter pessoas com dívidas e despreocupadas em pagar (caloteiros). A escravidão também foi uma forma de aliança para não destruir um povo. Salomão usou escravos para a construção do Templo (v.16-36).
Em dias de lutas e conquistas (Js 1) 1.É necessário consultar ao Senhor (v.1-2) 2.É necessário ajuda mútua (v.3) 3.É necessário consciência de juízo (v.6-7) 4.É necessário recompensar a coragem (v.12) 5.É necessário agradar aos filhos (v.15) 6.É necessário recompensar aos que ajudam (v.23-26) 7.É perigoso o convívio com os inimigos (v.27-29,31-32) 8.É necessário subjugar os inimigos (v.30,33-35) |
Capítulo 2: O declínio espiritual do povo
1.Da parte de Deus nunca houve uma traição, pois Ele cuidou do povo de Israel desde o Egito. Porém, o povo se misturou com os pagãos e não obedeceram a Deus. Os amigos pagãos acabaram sendo um laço para o povo de Deus. Não há um coração tão duro que não sinta nada com as próprias decepções. Israel se envergonhou e chorou. O lugar se chamou “Boquim” (os lamentadores) por causa do lamento do povo (v.1-5).
“O narrador vai do cap. 1 ao cap. 2 como um pregador moderno do texto para a exposição. As diferenças aqui são que o texto do sermão do autor derivam dos eventos da história, não de uma página impressa e a interpretação vem do próprio Deus ou de seus mensageiros, seja um enviado de Iavé ou o autor do livro.”[4]
2.O escritor do livro de Juízes retorna um pouco na história para falar de como Josué completou sua obra e deixou para que o povo continuasse suas conquistas, mas a nova geração não conhecia o Senhor. Sempre que uma geração não conhece a Deus é por falha da geração anterior que não ensina. Mesmo não conhecendo ao Senhor, a ira Dele se acendeu, pois o homem tem a responsabilidade de buscar ao Senhor, visto que Ele deixou a natureza e a consciência para não se desviar em pecados. No entanto, o homem sempre busca o caminho da queda, o desvio de Deus, mesmo sabendo da punição que sofrerá (Rm 1.32, 2 Ts 1.8). Deus começa a trabalhar contra o povo, punindo-o, mas para os que desejassem certamente o castigo era um recurso para buscarem a misericórdia de Deus (v.6-15).
3.Os juízes consertavam a situação do momento, mas o povo precisa se erguer espiritualmente. Nem sempre acontecia isso, se é que aconteceu alguma vez. Tornou-se um ciclo infindável. O povo se rebelava, Deus trazia opressores contra o povo, mas levantava juízes quando o povo clamava, porém, tudo voltava como antes, depois que se sentiam folgados das opressões (v.16-23).
A realidade sobre o esfriamento espiritual (Jz 2) 1.O esfriamento espiritual acontece com os que receberam benefícios pelos quais não tiveram que trabalhar (v.1-10) 2.O esfriamento espiritual acontece por rejeitar a Palavra de Deus (v.11-19) 3.O esfriamento espiritual acontece por falhar no teste divino (v.20-23) |
Capítulo 3: Os primeiros três juízes
1.As nações ainda existentes em Canaã acabariam sendo um treino para Israel, uma nação que não tinha experiência em guerras com todas as estratégias, entradas e saídas. Isto não significa de modo algum que Deus dependia de uma nação militarmente treinada para conceder vitória, porém, muitas vezes, o Senhor realizou milagres e agiu por meio do que existia e não do que não existia. Com isso também Deus queria colocar o Seu povo à prova para escolherem obedecê-Lo ou não. É verdade que muitos crentes estão se debatendo com o assunto da existência ou não do livre-arbítrio. Na Palavra de Deus, no entanto, vemos que Deus não quer adoradores forçados, mas pessoas que fazem escolhas. Essas escolhas são motivadas para alguns pelo sofrimento e outros apenas pela leitura da Palavra. Deus sempre quer que o homem obedeça, mas o homem precisa decidir isso (v.1-5).
2.A escolha do povo de Israel não foi confiar e obedecer ao Senhor, mas agir na política da boa vizinhança e, mais do que isso, nos laços matrimoniais com os pagãos que carregavam seus deuses no coração e nos braços. Chegou um momento, porém, que o povo teve que admitir seu fracasso e clamar ao Senhor. Otniel foi usado por Deus para ser o primeiro libertador de Israel. Depois de um tempo de paz, novamente Israel se viu em apertos e clamou ao Senhor. Eúde foi o segundo libertador que com coragem e destreza, aliás era canhoto, matou o rei Eglom. A Bíblia enaltece as habilidades e inteligência dos canhotos. A forma como Eúde matou Eglom e evadiu o palácio é digna de agente secreto de muitos filmes já vistos. O tempo de paz foi bem longo, oitenta anos. Depois disso, certamente Israel falhou em obedecer e confiar no Senhor e caiu nas mãos dos opressores e, então, Deus levantou o terceiro libertador, o Sangar (v.6-31).
“Hoje em dia, Deus não levanta mais pessoas para matar outras; pretender que isto aconteça é blasfemar contra o Senhor.”[5]
As verdades que se revelam aos poucos (Jz 3) 1.Um pouco de prova revela nosso coração (v.1-6) 2.Um pouco de sofrimento nos faz clamar a Deus (v.7-11) 3.Um pouco de coragem para obedecer a Deus nos dá vitória significativa (v.12-31) |
Capítulo 4: A vitória de Baraque sobre Sísera e a participação de Débora e Jael
1.Dessa vez, o rei de Canaã era o opressor. Jabim, o rei de Canaã, tinha um poderio de armas e carros de ferro. Deus usou Débora para trazer juízo sobre Israel. Ela era uma profetisa do Senhor. Deus deu muita sabedoria para Débora, por isso, as pessoas vinham receber o julgamento do Senhor. Isso consistia em ouvir as profecias de Deus para o povo. De certa forma, fazemos o mesmo ao sentarmos para ouvir alguém pregar a Palavra de Deus. Débora tinha do Senhor a ordem para que o povo fosse, sob a liderança de Baraque para juntar forças e lutar contra Sísera, o comandante do rei Jabim. Baraque sentia segurança em Débora e exigiu que ela o acompanhasse. A realidade hoje é a de muitos Baraques, isto é, os homens estão cada vez menos sentindo segurança própria. Enquanto isso, algumas mulheres estão se apresentando como mais corajosas e administradoras do que os homens. Essa realidade se vê na sociedade e na igreja. A honra do libertador Baraque seria destituída em favor de Débora. Ela não buscava isso, mas ele estava cedendo a sua responsabilidade e privilégios para ela. Alguns tentam, inutilmente, comparar Débora ao ministério na igreja onde as mulheres deveriam, afirmam, buscar seus direitos ministeriais. Débora não era apóstola do Novo Testamento e nem pastora de nenhuma igreja. No Novo Testamento há profetizas, as filhas de Filipe, mas nunca foi uma indicação que eram líderes da igreja (v.1-9).
2.Baraque, de fato, fez o que Débora profetizou, porém, além do exército que arregimentou entre as tribos de Zebulom e Naftali, levou Débora consigo. A menção de Héber é importante, pois o que acontecerá a seguir se explica[6]. Sísera se preparou para o combate. Débora incentivou Baraque pela profecia que recebeu do Senhor de que Israel sairia vencedor o que, de fato, aconteceu. Sísera conseguiu fugir, mas foi morto pela mulher de Héber. Sísera não teria desconfiado, pois Héber era queneu e esse povo tinha aliança com o povo de Hazor e o rei Jabim. Este capítulo enaltece as mulheres com ações definitivas. Débora incentivando Baraque e Jael, a esposa de Héber, matando Sísera (v.10-24).
As tensões da vida (Jz 4) 1.A tensão de ser oprimido (v.1-3) 2.A tensão entre responsabilidades masculinas e femininas (v.4-9) 3.A tensão de exterminar o mal até à raiz (v.10-24) |
Capítulo 5: O cântico de Débora
O cântico de Débora resume a vitória de Deus sobre os povos, mas também nos ensina muitas verdades sobre gratidão, serviço, voluntariedade, idolatria, lutas e vitórias (v.1-31).
“A narrativa da derrota de Sísera foi apresentada em duas revisões, uma em prosa (Jz. 4) e outra em versos (Jz. 5). A maior parte das autoridades em critica atribuem grande antiguidade ao Cântico de Débora, datando-o perto dos acontecimentos que descreve.”[7]
Algumas considerações sobre a Obra de Deus extraídas do cântico de Débora e Baraque (Jz 5) 1.As bênçãos precisam ser reconhecidas e agradecidas no mesmo dia (v.1) 2.O servo de Deus deve ser voluntário (v.2, 9) 3.O servo de Deus deve manifestar sua alegria, cantando (v.3) 4.Enquanto o Senhor caminha com o servo, há chuvas de bênçãos (v.4) 5.Nada prevalece contra o Senhor. O monte Sinai não deve ser adorado (v.5) 6.Os povos estão em caminhos tortuosos (v.6) 7.Deus levanta servos para ajudar os povos (v.7) 8.Os povos são idólatras (v.8) 9.Ver v.2: O servo de Deus deve ser voluntário (v.9, 2) 10.Os servos precisam anunciar a obra de Deus aos conservos, desafiando-os (v.10-11) 11.Na obra de Deus deve haver líderes (v.12) 12.Deus usa grandemente os Seus servos na Sua obra (v.13) 13.Na obra de Deus há outros que se juntam voluntariamente (cinco tribos, v.14-15) 14.Na obra de Deus há também outros que se omitem (quatro tribos, só resoluções e nada mais, v.15b-17) 15.Na obra de Deus há servos que se sacrificam mais do que outros (v.18) 16.O inimigo não vencerá o povo de Deus, mas a luta é dura! (v.19-22) 17.Na obra de Deus há covardes egoístas que não querem se envolver com os valorosos (v.23) 18.Na obra de Deus há mulheres nobres que se envolvem auxiliando os soldados do Senhor (v.24-27) 19.Na obra de Deus há tristeza por parte dos que se rebelaram contra o Senhor (v.28-30) 20.Na obra de Deus há tempos de descanso dos inimigos (v.31-32) |
Capítulo 6: Gideão, o Jerubaal
1.O ciclo continua e, dessa vez, por 7 anos Israel está sendo oprimida pelos midianitas. O povo de Israel estava se escondendo como podia nas cavernas e em covas (trincheiras). O povo plantava e cuidava da plantação, mas na hora de colher os midianitas que vinham se aproveitar do fruto do trabalho deles. Assim tem sido na vida de muitas pessoas que lutam duro com a vida, mas não veem o resultado, seja financeiro ou investimento moral, emocional ou espiritual. A força numérica de Midiã era indiscutível e os recursos de montaria enorme. Sendo assim, além das plantações saqueavam os animais de Israel. O objetivo de Deus foi alcançado na vida dos israelitas, pois eles clamaram ao Senhor. Deus ouviu ao clamor do povo, mas não sem uma admoestação recordando a história de livramento desde o Egito e a denúncia sobre como estavam se misturando com os povos (v.1-10).
2.O anjo do Senhor, no Antigo Testamento, é uma aparição do próprio Jesus pré-encarnado, ou seja, era o modo como Ele aparecia para Israel antes de assumir um corpo humano. Sabemos disso porque em cerca de 50 referências Ele está prometendo, cumprindo e recebendo adoração. Sabemos que somente Deus deve ser adorado e se o Anjo do Senhor recebe adoração e é de Deus, então, só pode ser Deus. O Anjo do Senhor estava fortalecendo Gideão que seria o libertador. É curioso observar que Gideão estava malhando o trigo no lagar, ou seja, no lugar onde as uvas eram esmagadas. Isso pode indicar que o povo tentava despistar de todas as maneiras os ladrões midianitas. No entanto, Gideão passou da linha do cuidado para não ser enganado para a desconfiança e incredulidade. O crente é bem crédulo para algumas promessas mundanas, mas tem dificuldade em crer que Deus quer usá-lo. Gideão se achava incapaz e isso não está errado, mas se Deus está mandando é Ele mesmo quem dará poder (v.11-16).
3.Gideão pede sinais e o Anjo do Senhor pacientemente concede os sinais. O alimento de Gideão para o Anjo do Senhor serviu de oferta de manjares a qual foi aceita por Ele. O medo de Gideão ser morto, pois viu a manifestação de Deus no Anjo do Senhor, seria suficiente para não ter dúvidas de seu chamado. A primeira missão de Gideão seria derrubar o altar de Baal, o que não era tão fácil, pois o pai dele era o guardião da adoração a Baal na cidade. Joás, o pai de Gideão, ficou bem impressionado com a fé e ousadia do filho que lhe deu um crédito questionando a adoração a Baal. Grande parte do nosso ministério é fazer com que os incrédulos questionem sua fé. Gideão ganhou o nome de Jerubaal, aquele que contende com Baal (v.17-35).
4.Gideão ainda precisava de garantias de que Deus estaria com Ele, por isso, pede um sinal. Foi o famoso sinal do velo de lã e a grama, intercalando entre seco e molhado. É uma cena até engraçada, porém, revela a insegurança desse servo de Deus. Não somos diferentes de Gideão ao querermos garantias da presença de Deus e de Sua direção sobre nossas vidas. Os homens acabam tendo mais crédito em nossa vida do que a Palavra de Deus. A misericórdia e paciência de Deus são notáveis aqui como também tem sido bem reveladora nos nossos dias (v.36-40).
“Quanto a Baal e ao bosque (Asera) cf. 2.13n; 3.7n. Parece que Jeová era considerado como um dos baalins, ou deuses pagãos. O nome de Joás significa “Jeová deu”, mas o certo é que ele levanta um altar a Baal e uma imagem de Asera e dá ao filho o nome de Jerubaal (“que Baal acrescente”), a que mais tarde foi dado um novo significado, “que Baal se esforce” em presença dos atos iconoclastas.”[8]
Submissão (Jz 6) 1.A submissão forçada diante dos inimigos (v.1-10) 2.A submissão exigida por Deus e retrucada pelo homem (v.11-15) 3.A submissão e a vitória (v.16-35) 4.A submissão que depende de sinais (v.36-40) |
Capítulo 7: Os 300 de Gideão
1.Gideão, chamado agora de Jerubaal, continua a ser usado por Deus. No entanto, o Senhor não quer deixar as pessoas pensarem que a vitória é delas. O ser humano pensa que não precisa de Deus e todo o sucesso acumulado no mundo dá a falsa impressão que o homem é autossuficiente. Deus manda Gideão dar a oportunidade para os que querem voltar e o resultado foi surpreendente, 22 mil retornaram e 10 mil ficaram para a luta. É possível que muitas pessoas façam coisas por obrigação e não de coração. Se fosse dada a mesma oportunidade em certas atividades nossas, quais nós abandonaríamos? O teste seletivo era simples, os que bebessem água no rio trazendo-a à boca “em concha” estava aprovado. Talvez fosse uma forma simbólica de avaliar quem estaria atento ao inimigo ou distraído. O resultado também foi surpreendente, de 10 mil, apenas 300 foram aprovados (v.1-8).
2.Gideão foi incentivado por Deus para ganhar ânimo ouvindo o que o próprio povo inimigo estava falando sobre a batalha contra os midianitas. Shakespeare em sua peça Henrique V descreve que o rei se disfarçou para ouvir o que o povo dizia[9]. Se pudéssemos ouvir o que as pessoas dizem a nosso respeito quando não estão diante de nós ficaríamos surpresos? No caso de Gideão, deu certo, até o povo inimigo estava confiante e ele mesmo entendeu que o Senhor queria usá-lo. Ele não precisava disso, uma vez que o Senhor já mostrara para Gideão, até agora, que estaria sempre com ele, mas Deus nos presenteia algumas vezes com um ânimo adicional. É a Sua graça operando em nosso favor (v.9-15).
3.Os instrumentos de guerra eram simples, tochas, cântaros e trombetas. Muito parecido com a derribada de Jericó. Quebraram os cântaros, tocaram as trombetas e gritaram. Nem precisaram combater corpo a corpo, pois o Senhor mesmo feriu o exército inimigo, fazendo os soldados ferirem uns aos outros (v.16-25).
“Deus mandou Gideão andar pelo acampamento dos midianitas na noite seguinte para que pudesse ouvir o que seria dito ali. Gideão assim fez e levou consigo o seu servo, Pura. Chegando perto de uma das tendas do inimigo, ele ouviu um midianita falar a outro sobre um sonho que teve. O homem disse que ‘um pão de cevada torrado’ rodava o acampamento de Midiã e que tinha batido numa tenda midianita e feita esta cair. Gideão ouviu o outro homem responder que este ‘pão de cevada torrado’ significava a vinda de Gideão e, que além disso, a derrubada da tenda midianita mostrava que Gideão seria vitorioso quando viesse.”[10]
“Os juízes de Israel (valiosos como eram enquanto libertavam Israel) provaram ser insuficientes para vencer os opressores estrangeiros. O problema não era a incapacidade do Senhor de salvar o Seu povo, mas a tendência contínua de se afastar Dele. Embora Deus levantasse os libertadores necessários para o momento, Ele soberanamente controlava a ‘qualidade’ dos juízes que Ele mesmo providenciava.”[11]
Deus sempre tem razão (Jz 7) 1.Ao escolher poucos para a obra (v.1-7) 2.Ao dar ânimo adicional (v.8-15) 3.Ao usar uma só pessoa para motivar muitas outras (v.16-25) |
Capítulo 8: A vitória de Gideão sobre os midianitas
1.Para uma das tribos, Efraim, foi uma ofensa não serem convidados para lutar com Gideão. A defesa de Gideão foi pacífica, exaltando a força de Efraim em comparação com a peleja fácil dele. Parece que as pessoas se tornam mais mansas quando são valorizadas, isto pode refletir apenas vaidade pessoal, mas o fato é que funcionou como defesa de Gideão. A perseverança dos 300 é um exemplo para nós que, às vezes, nos cansamos. Como alguns outros exemplos na Bíblia, não houve uma boa recepção para com Gideão e, por isso, ele profetizou uma disciplina aos de Sucote e Penuel. Deus fará os seus servos vencerem mesmo sem ajuda, porém, Ele dá o privilégio de pessoas participarem na obra. Gideão cumpriu suas ameaças aos dois povos, os de Sucote e de Penuel. Além disso, Gideão vingou a seus irmãos (v.1-21).
2.Quem não queria Gideão como seu governante? Era um homem valente e de sucesso em suas pelejas. Havia proteção ter um homem desse por perto. Porém, Gideão não estava disponível. Ele confiava que Deus é quem governaria sobre Israel. O que Gideão pedisse, as pessoas lhe dariam, e foi o que fizeram ao dar-lhe despojos. Infelizmente, a ação de Gideão incitou as pessoas à idolatria. Servos valorosos acabam se enlaçando com seu sucesso (v.22-35).
“Embora a vida de Gideão, eventualmente, tornou-se uma decepção (como muitos outros juízes e reis na história de Israel), o elemento principal da narrativa de Gideão, sob a perspectiva da estrutura, providencia um paradigma do que Deus está procurando em um líder para a nação: Deus deseja um líder que, simplesmente, O adore e ande em Sua Palavra. Para Gideão, essa lição não veio facilmente.”[12]
Modelos de relacionamentos (Jz 8) 1.Um modelo pacificador (v.1-3) 2.Um modelo mesquinho (v.4-9) 3.Um modelo vingador (v.10-21) 4.Um modelo submisso (v.22-26) 5.Um modelo ingrato (v.27-35) |
Capítulo 9: O desejo mortal pelo poder
1.Abimeleque era sedento pelo poder sobre seu povo e tentava manipular as pessoas com bons discursos sobre si mesmo. O povo se simpatizou com Abimeleque e queria tê-lo como seu líder, patrocinando-o com dinheiro. Abimeleque não queria nenhum tipo de ameaça ao seu poder e, por isso, usou o dinheiro para matar os irmãos de Gideão, mas um deles conseguiu fugir, Jotão. A parábola de Jotão é a mais conhecida do Velho Testamento e de forte teor político (v.1-15).
2.A aplicação da parábola estava toda em Abimeleque que se tornaria um déspota, um tirano sobre o povo. A maldade de Abimeleque serviu a um propósito de Deus, pois os irmãos de Jotão foram vingados com a morte dos cidadãos de Siquém. Abimeleque teve todas as vitórias até o momento e não parecia que o poder dele pudesse ser detido. Porém, Deus usando as coisas fracas para envergonhar os fortes, usou uma mulher para a queda de Abimeleque (v.16-57).
“Seu reinado [Abimileque] turbulento de três anos, obtido por meio de enganos e mantido à força, foi apenas um incidente no desenvolvimento da monarquia, visto que o reinado não sobreviveu à sua morte. Da mesma forma, o oportunista Abimeleque não merece um lugar entre os juízes de Israel, os quais ocupavam esta posição em face de seu caráter e das realizações pró-libertação do povo.”[13]
O que faz a maldade do poder (Jz 9) 1.O poder propõe a centralização (v.1-3) 2.O poder anula os irmãos como se fossem uma ameaça (v.4-6) 3.O poder é previsível e se aproveita da falta de comprometimento e indiferença das pessoas (v.7-21) 4.O poder pode sofrer traição e ser ameaçado (v.22-50) 5.O poder humano chega ao fim (v.51-57) |
Capítulo 10: Servidão e desejo por libertação
O ciclo se repetia de idolatria, opressão, arrependimento, clamor e libertação. Deus usou Tola e Jair para libertar o povo. Após um tempo, o povo ficou dominado pelo amonitas e pelo desejo de ter outro homem de Deus para ajudá-los. Não deve ser estranho para o leitor da Bíblia reconhecer que a ira de Deus não é injusta, pois Ele cobriu Israel de bênçãos, proteção e cuidado constante, mas ainda assim a nação se desviou adorando ídolos. A forma de chamar a atenção do povo foi a opressão dos inimigos (v.1-18).
“Aparentemente, Midiã era uma tribo nômade do deserto da Arábia. Para invadir a porção norte de Israel, eles precisariam atravessar a tribo de Gade. É fascinante que, até Jair (10.3-4), nenhuma menção é feita às tribos do leste e, então, elas simplesmente são chamadas ‘Gileade’. Aparentemente sua influência tinha diminuído. Parece que Judá e Benjamim também não foram envolvidas nessa guerra.”[14]
A graça permanente (Jz 10) 1.O cuidado de Deus é permanente (v.1-5) 2.A desobediência do homem é permanente (v.6) 3.A disciplina de Deus para alcançar o desobediente é permanente (v.7-10) 4.A exortação de Deus é permanente (v.11-15) 5.A compaixão de Deus é permanente (v.16-18) |
Capítulo 11: Jefté
1.Jefté era filho de uma prostituta, mas isso não o desqualificou para ser o libertador de Israel. Não podemos finalizar a qualificação de alguém pela família, pois pessoas já impressionaram tanto por se tornarem melhores do que os pais quanto piores. As pessoas são julgadas individualmente porque elas possuem escolhas. A maldição hereditária é uma tentativa frustrada de determinar o destino das pessoas baseado na família. Jefté foi desprezado pelos irmãos e ele não se juntou a pessoas de bom caráter. Porém, fica claro que Jefté tinha um espírito de líder, pois foi convidado a liderar o povo para combater os amonitas. Jefté queria garantias de que seria o chefe permanente deles e não apenas naquele aperto. O povo aceitou (v.1-11).
2.A questão dos amonitas era antiga. Desde a saída do povo de Israel do Egito. Jefté conhecia muito bem a história e provou que a terra dos amonitas não foi roubada, mas o próprio Deus presenteou Israel com a terra devido à incredulidade e hostilidade dos amonitas. É muito importante conhecer a origem dos assuntos para termos autoridade com as palavras e argumentos. Nossa fé precisa se fundamentar em fatos bíblicos bem conhecidos. Jefté tentou explicar de modo pacífico que os amonitas que estavam provocando Israel e não o contrário. Porém, do outro lado não havia esse espírito de pacificação e, por isso, Jefté guerrou contra os amonitas (v.12-29).
3.O famoso voto de Jefté tem causado tanta discussão entre os estudiosos da Bíblia que é quase impossível saber do que realmente se trata. Até o momento, o autor desse material acredita que Jefté não matou a própria filha. Abaixo os argumentos defendidos. É certo que em assuntos obscuros, ou seja, de pouca elucidação não devemos ser dogmáticos, por isso, entendo que haja pensamentos diferentes sobre o assunto (v.30-40).
“[Jefté era] filho de uma prostituta, ou seja, um bastardo. Embora não fosse comum entrar na congregação do Senhor em tal situação (Dt 23.2), Deus pode às vezes, rescindir de sua própria lei e conceder honra a pessoas nascidas longe do padrão da lei, sendo que algumas até foram admitidas para serem progenitoras do Senhor Jesus Cristo.”[15]
A extensão da intolerância humana (Jz 11) 1.O homem não tolera o bastardo quando ele próprio não é o bastardo (v.1-2) 2.O homem não tolera os interesseiros quando ele próprio não é o interesseiro (v.3-7) 3.O homem não tolera o roubo quando ele próprio não é o ladrão (v.8-13) 4.O homem não tolera o estrangeiro quando ele próprio não é o estrangeiro (v.14-20) 5.O homem não tolera o argumento do outro quando ele não tem argumento melhor (v.21-28) 6.O homem não tolera o prejuízo quando ele próprio é o prejudicado (v.29-40) |
Sobre o voto de Jefté com respeito à filha dele (Jz 11) 1.Este é um dos casos mais misteriosos do livro dos juízes.
2.Aparentemente Jefté ofereceu sua filha como sacrifício, cumprindo assim o voto apressado que fizera (11.30-31, 39).
3.Porém, o sacrifício humano é totalmente repudiado por Deus, como era para o povo de Israel. Era uma prática cananeia.
4.Deus deixou bem claro que nunca haveria sacrifício humano que O agradasse, conforme vemos no episódio de Abraão e Isaque.
5.A primeira menção de um sacrifício humano entre os israelitas foi só no reinado de Acaz (743-728 a.C.).
6.A filha de Jefté lamentou por dois meses a sua virgindade (bet_lim) e não a sua suposta iminente morte (11.37-38).
7.No v.39 não diz que após ter sido cumprido o voto, oferece-a como “holocausto”, mas sim que ela “não conheceu homem algum”.
8.Ora, se ela tivesse sido morta, essa declaração não importava em nada, mas ela não morreu e sua vida não foi dedicada a homem algum, mas ao serviço do Senhor à porta do tabernáculo durante o restante de sua vida (veja Êx 38.8, 1 Sm 2.22, Lc 2.36,37). Houve um abrandamento do voto por Jefté.
9.O prejuízo foi para Jefté também, pois sendo ela sua única filha, a linhagem dele foi extinta. |
O que dizem alguns comentaristas bíblicos sobre o voto de Jefté (24 comentaristas)[16]
Os que afirmam que ela foi morta (16 comentaristas desta lista) 1.Dr. Thomas L. Constable – A filha foi morta 2.Novo Comentário da Bíblia – A filha foi morta 3.Comentário Bíblico NVI – A filha foi morta 4.The Pulpit Commentary – A filha foi morta 5.Leslie M. Grant – A filha foi morta 6.Russell Norman Champlin – A filha foi morta 7.Comentário Bíblico Moody – A filha foi morta 8.Expositor's Bible Commentary – Prof. Marcus Dods – A filha foi morta 9.Keil & Delitzsch – A filha foi morta 10.Martinho Lutero – A filha foi morta 11.Samuel Ridout – A filha foi morta 12.Henri L. Rossier – A filha foi morta 13.Arno Clemens Gaebelein (Annotated Bible) – A filha foi morta 14.Robert Hawker – A filha foi morta 15.The Cambridge Bible for Schools and Colleges – A filha foi morta 16.Albert Barnes – A filha foi morta
Os que afirmam que ela foi dedicada ao celibato perpétuo (8 coment. da lista) 1. Warren W. Wiersbe – A filha foi dedicada ao celibato perpétuo 2. Matthew Henry – A filha foi dedicada ao celibato perpétuo 3. John Gill - A filha foi dedicada ao celibato perpétuo 4. William MacDonald - A filha foi dedicada ao celibato perpétuo 5. Treasury of Scriptural Knowledge - A filha foi dedicada ao celibato perpétuo 6. John Wesley - A filha foi dedicada ao celibato perpétuo 7. Adam Clarke - A filha foi dedicada ao celibato perpétuo 8. Leon Wood - A filha foi dedicada ao celibato perpétuo |
Capítulo 12: Os efraimitas ciumentos
Assim como no capítulo 8, novamente a tribo de Efraim ficou ofendida por não ser convidada para batalhar. Alguns sentem uma necessidade de participar de tudo. É impossível participar de tudo em todo o tempo. Isso pode se tornar uma perturbação mental. Deus usa pessoas diferentes em tempos diferentes. Somos cooperadores na obra. Nem tudo depende de mim e isso deve ser um descanso para a mente e não um motivo de ansiedade. Jefté se defendeu tentando ser razoável, mas tudo foi muito frustrante e um desastre nacional, pois irmãos lutaram contra irmãos. Foram 42 mil mortos de Efraim. Outros juízes são mencionados, mas sem grandes feitos registrados, mas certamente foram grandemente usados por Deus. São eles Ibsã, Elom e Abdom. Nem tudo o que fazemos no mundo será reconhecido aqui, mas para Deus nada ficará encoberto (v.1-15).
“Ver a história parecida em Juízes 8.1-3. Os homens da tribo de Efraim, conservando seu anterior descontentamento, pensaram que Jefté os tivesse negligenciado, deixando de convidá-los para participar de sua vitória sobre os filhos de Amom (capítulo anterior). Embora isso não tenha sido declarado, provavelmente a razão dos ciúmes é que os efraimitas eram uma ameaça à autoridade de Jefté. Eles eram os líderes (ou, pelo menos, reivindicavam liderança sobre as tribos da Transjordânia: as tribos de Rúben e Gade, e a meia tribo de Manassés). Jefté já tivera dificuldades suficientes com os filhos de Amom. Ele não precisava agora de uma forte facção contrária dentro de seu próprio campo. Isso posto, esperaria que os efraimitas se mantivessem fora de seu trajeto.
A razão declarada para terem sido deixados de lado, na luta contra os amonitas, é que Jefté os tinha chamado, mas eles não haviam atendido à convocação. Não há registro histórico sobre essa convocação; mas podemos presumir que ele disse a verdade. Talvez tenha sido feita a convocação, mas não de maneira clara e urgente; e assim, os efraimitas não se fizeram presentes, o que, sem dúvida, agradou a Jefté.”[17]
A falta de acordo entre irmãos (Jz 12) 1.Ciúme e ameaça (v.1) 2.Justificativa e indignação (v.2-3) 3.Destruição entre irmãos (v.4-7) |
Capítulo 13: O nascimento de Sansão
Chegamos a uma história muito querida dos cristãos, crianças e adultos. A importância de Sansão como libertador é indiscutível. Já as atitudes de um fanfarrão também são muito evidentes. Muitas pessoas com talentos se perdem por desejarem acima de tudo “curtir a vida”. O hedonismo esteve presente em todas as épocas. A falta de freio nos prazeres leva à destruição de si próprio e causa muito sofrimento aos que estão ao redor da pessoa. Os filisteus são os grandes opressores dessa história. Uma mulher, mais uma estéril a quem Deus usaria grandemente, recebeu a instruções de como criar o menino Sansão. O nome dele não significa “forte” como muitos diriam, mas “luz do sol”. Manoá, o pai do menino prometido, também queria receber a visita de Deus, mas o Senhor tinha uma intimidade com a esposa dele. Manoá sempre se mostrou mais imaturo como é comum em muitos lares até hoje. O Senhor se revela como o Maravilhoso (veja Is 9.6). A mulher teve que tranquilizar o marido que já se via condenado à morte por ter visto ao Senhor. O menino nasceu e se tornaria o libertador de Israel (v.1-25).
“Manoá se ofereceu para preparar uma refeição ao Anjo, imaginando que se tratava de um homem. Mas este se recusou a comer com Manoá como se fosse seu semelhante. Em vez disso, propôs que a refeição fosse oferecida em holocausto, ao Senhor. Então Manoá quis saber o nome do Anjo, e este respondeu que seu nome era maravilhoso (um dos nomes do Senhor Jesus em Is 9:6).”[18]
Modelos de situações entre os crentes (Jz 13) 1.Modelo de fraqueza usado por Deus (v.1-3) 2.Modelo de consagração (v.4-5) 3.Modelo de marido ausente e mulher sábia (v.6-25) |
Capítulo 14: A vida desenfreada de Sansão superada somente pela graça de Deus
Duas fraquezas evidentes de Sansão: fama e mulheres. Ele gostava de se diverte às custas dos outros, de mostrar sua força e conquistar as mulheres. Os pais até tentavam colocá-lo no caminho piedoso, mas Sansão era desenfreado. É extraordinário como Deus usa pessoas, mesmo quando elas não andam no caminho do Senhor. É um desafio para a compreensão e só podemos entender com o conhecimento e reconhecimento da graça de Deus. Ele usa as pessoas, não pelo que elas têm para oferecer, nem mesmo sua piedade e boa conduta, mas apenas por sua graça maravilhosa. Isso é uma ofensa para os legalistas, mas um consolo para os que se sentem incapazes e indignos. Sansão realiza os grandes feitos por causa do Espírito Santo que se apoderava dele para a obra de Deus. Sansão destruía todos os princípios da boa conduta. Ele tocou em carcaça de leão, ou seja, cadáver. Isso era contra o que Deus prescreveu para o nazireu. Certamente ele bebia vinho nas festas, outra proibição. Ele se divertia com seus enigmas, mas não resistia ao charme das mulheres (v.1-20).
“Deus permitiu [Sansão se casar com mulher estrangeira] para que fosse um meio de livrar Israel. Tais casamentos eram proibidos aos israelitas a fim de mantê-los separados das nações idólatras.”[19]
A ponte para o que poderia ser um fracasso, mas que Deus graciosamente contornou (Jz 14) 1.Casamento misto (v.1-2) 2.Indiferença aos conselhos dos pais (v.3-4) 3.Desobediência aos mandamentos de Deus (v.5-9, vinha e cadáver sendo nazireu) 4.Apostas e jogatinas (v.10-20) |
Capítulo 15: A força descomunal de Sansão vinha de Deus
Sansão não podia ser deixado para trás. Ele não era tão pacífico como foi Jacó quando foi enganado por Labão. Roubar-lhe a esposa era demais e, por isso, Sansão, engenhosamente se vingou dos filisteus. Não era somente força, mas também estratégia e inteligência destacavam Sansão. As amarras são inúteis para segurarem Sansão. Ele se deixava amarrar apenas para zombar dos seus inimigos, fazendo-os temer mais ainda. Sansão era destemido. Mil homens não eram suficientes para segurá-lo. Novamente a graça de Deus se mostrou a Sansão fornecendo a ele água em abundância (v.1-20).
“E eles o amarraram – Assim ele era um tipo de Cristo o qual se rendeu para ser amarrado, e levado como ovelha para o matadouro. Nunca houve homens tão comovidos quanto esses homens de Judá, exceto aqueles que maltrataram nosso bendito Salvador.”[20]
Números que nos ensinam (Jz 15) 1.Trezentas raposas nos ensinam sobre vingança de Deus (v.1-8) 2.Três mil homens de Judá nos ensinam sobre fugir da própria batalha (v.9-13) 3.Mil homens nos ensinam sobre a suficiência de Deus para o crente (v.14-20) |
Capítulo 16: O auge do pecado e da vitória de Sansão como libertador
1.Ninguém pode se conhecer ou conhecer outra pessoa apenas no modo como se relaciona com as pessoas publicamente. Os bastidores consistem no modo íntimo de como vive alguém. Os bastidores são as mobílias de uma peça teatral, aquilo que o público não vê, mas que formam o espetáculo. Nos bastidores está a realidade e no palco está a ficção. Sansão foi um homem forte fisicamente e fraco moralmente. A vida pública e particular dele foi vergonhosa. Ele devia livrar o povo de Israel dos filisteus e acabou fazendo, pois Deus o escolheu para isto, porém, não deixou nenhum exemplo de obediência a Deus. Isto mostra que não basta fazer o que tem de ser feito, mas que devemos fazer o bem para glorificar a Deus. A política deve aos homens dos bastidores a sua ascensão e queda. A imagem de um político é construída a partir dos bastidores, onde estrategistas e articuladores agem. Por detrás de cada decisão política há manobras nos bastidores.
2.Sansão era conhecido como um homem forte, brincalhão e simpático por todos que o cercavam, mas nos bastidores a Palavra de Deus nos deixa ver que era fraco, irreverente e arrogante. Para Deus o que importa não são as encenações, mas os bastidores. O homem vê o exterior, Deus, porém, vê o interior. O crente devia pensar mais nos bastidores: os bastidores do casamento, da igreja, do trabalho, da vida cristã, etc. Ali onde temos medo de sermos apanhados é que se revela quem, de fato, somos. Sansão podia esconder os bastidores das pessoas da sua época, mas não podia evitar que os bastidores de sua triste vida fossem registrados na Palavra de Deus. Podemos esconder os detalhes dos nossos bastidores, mas não poderemos evitar que sejam revelados no Tribunal de Cristo, o dia dos acertos dos crentes onde tudo será manifestado, até mesmos as intenções do coração.
3.Sansão podia se apresentar como um homem forte fisicamente, mas moralmente era fraco. Ele não podia ver uma mulher que perdia a força moral. A prostituição mostra que o homem não quer ser reconhecido. Mesmo nos bastidores as pessoas não estão protegidas. Em nossos dias ninguém ignora os tabloides que são as revistas e reportagens que revelam as curiosidades dos artistas famosos. Sansão não podia se ocultar sempre, pois as pessoas queriam matá-lo, pois afinal de contas Sansão era o escolhido de Deus para libertar Israel dos povos inimigos. Prepararam uma emboscada para pegar Sansão. O crente é observado pelos incrédulos. Alguns crentes não podem ensinar e evangelizar para pessoas conhecidas por causa dos bastidores que são revelados (v.1-2).
4.Sansão era protegido por Deus, mas nunca reconhecia isto. Ele sempre pensava que podia agir somente com sua força sobre-humana. Não sabemos como Sansão soube dos inimigos, mas para não dormir aquela noite e sair com as portas nos braços à meia-noite é porque ele soube que alguém queria prendê-lo. Talvez a prostituta ou o próprio Deus em um sonho ou visão. Ao levar as enormes portas até o cume do monte, mostrava sua força, intimidava os inimigos e servia de escudo. Nos bastidores da vida de Sansão vemos a imoralidade. Infelizmente acontece com líderes que ensinam a Palavra de Deus e dirigem o rebanho de Cristo. A imoralidade é um segredo guardado e que não é revelado senão através da confissão ou denúncia. Cada crente deve cuidar do seu próprio corpo, pois não há nada nos bastidores que não será revelado aqui ou no Tribunal de Cristo (v.3).
5.Nos bastidores, Sansão era irreverente para com aquilo que Deus lhe deu. Quando recebemos capacidades de Deus certamente é porque Ele queria que as usássemos para a Sua glória. Quando as nossas capacidades são usadas para a autopromoção estamos irritando a Deus. Sansão tinha uma força física descomunal, mas usava este poder para brincar de enigmas com os homens. É bem provável que Sansão fosse um homem esperto de raciocínio, mas ao usá-lo para apostas ele estava se desqualificando para servir a Deus.
6.Ele queria ver as pessoas implorando para ele por respostas às suas charadas e caindo aos seus pés por causa de sua força. Porém, ele também caía aos pés das mulheres. Era o fraco de Sansão. Ele saiu de Gaza, terra dos filisteus e foi para Soreque ali perto. Os estudiosos identificam como Waldi al-Sarar, entre Jerusalém e o mar Mediterrâneo. Soreque significa “vinhas selecionadas”. Devia ser um lugar de plantação de uvas.
7.Ele conhece Dalila que ficou muito famosa nos nossos dias. Já fizeram filmes sobre este incidente. As crianças conhecem esta história, pois mostra a brincadeira e arrogância de Sansão. Dalila significa “fraca, débil”. Sansão se enfraqueceu diante da mulher que foi forte o bastante para insistir com ele para revelar-lhe o segredo. Os bastidores de Sansão foram invadidos por uma mulher com nome de fraca (v.4).
8.Os líderes dos filisteus estavam preocupados com Sansão que podia oferecer-lhes resistência tão facilmente. A única alternativa era descobrir o que acontecia nos bastidores da vida de Sansão. Satanás quer derrotar o crente e o modo que fará isto é seguir o crente até o bastidor de sua vida. Um sequestrador, criminoso tão comum em nossos dias, estuda atentamente a vida íntima da pessoa que tenciona sequestrar. Os seus hábitos e passeios, trabalho e amizade, ou seja, os seus bastidores (as redes sociais vieram facilitar o trabalho deles). Os filisteus usariam Dalila para descobrir os segredos de Sansão. O salário dela para isto seria de 1100 peças de prata de cada líder. Não sabemos quantos eram (v.5).
9.É claro que Dalila estava fazendo um jogo de mulher apaixonada e, por isso, ele não estava desconfiando de que ela estava armando alguma emboscada. Sansão entendendo a brincadeira mentia para ela, divertindo-se com aquela situação. Estamos entrando nos bastidores de um casal supostamente apaixonado. Sansão era fraco por mulheres e Dalila fraca por dinheiro. Como Soreque era um lugar de plantação de uvas Sansão disse que para ser preso teriam de amarrar sete cordas não secas, provavelmente, das vinhas. Seria divertido, talvez pensasse Sansão. O crente tentando ao Senhor se diverte em seu estado de “senhor de si” achando-se forte demais (v.6-7).
10.Para Sansão tudo não passava de jogos amorosos. Ele se divertia, mas se soubesse que nos outros bastidores havia uma trama, ele tomaria mais cuidadoso e se voltaria ao Senhor. O crente não está brincando. Há uma luta espiritual que o envolve. Satanás quer amarrar e inutilizar o crente. Os bastidores espirituais ocorrem nas regiões celestiais. A emboscada não foi desmascarada. Simplesmente Dalila fingiu ser protetora de Sansão. Era como se tudo não passasse de uma coincidência. Os homens querendo prender Sansão era uma situação comum para ele. Sansão zombava dos valentes tentando agarrá-lo. Parece que a vida para Sansão era monótona se não tivesse essas aventuras perigosas (v.8-9).
11.John Gill acha que Dalila insistiu com Sansão em outro dia[21]. Se foi assim, é mais fácil compreender porque Sansão não estava desconfiado que Dalila era uma traidora. Sansão aceitou um novo desafio, fingindo revelar o segredo. Nem as cordas novas e trançadas conseguiram deter Sansão. Fica um pouco difícil acreditar que Sansão não sabia da emboscada. Sansão, tão esperto com os enigmas não poderia ser tão ingênuo, pensando ser outra coincidência. De fato, os filisteus estavam tramando com Dalila. Porém, fica mais fácil entender quando conhecemos os bastidores da vida de Sansão. Ele era um jovem mimado que gostava de aventuras. Ele desafiava o perigo real (v.10-12).
12.Dalila não deixaria todo aquele dinheiro fugir com Sansão. Ela insistiu para saber o segredo de Sansão. Os cabelos de Sansão eram enormes. Os cabelos trançados em uma estaca enterrada no chão ficariam quase impossíveis de serem arrancados, mas mesmo assim ele escapou. Esses são os bastidores da vida de Sansão. Quando conhecemos melhor as motivações egoísticas e exibicionistas de Sansão não temos dúvidas de que ele era irreverente e imoral. Os bastidores de nossas vidas serão inspecionados e como estarão? Desta vez Sansão chegou ao limite da paciência de Deus. Ele tentou a Deus usando a sua força, mas agora Sansão estava desprezando o voto do nazireado que os seus pais fizeram sobre ele diante de Deus. Aqueles cabelos não podiam ser cortados. Quando o crente despreza o seu compromisso com Deus as consequências são desastrosas (v.13-14).
13.O crente que deixa as duas práticas básicas da vida cristã está antecipando sua queda. As duas práticas são a leitura da Bíblia e a oração. Sansão estava caindo no jogo amoroso de Dalila e andando cada vez mais perto do abismo. Ela não desistiria de atormentá-lo, pois muito dinheiro estava envolvido. Sansão acabou revelando o segredo de sua força. O crente que anda perto da sedução de Satanás acabará cedendo o seu poder para brincar com o perigo. Não devemos testar a nós mesmos para saber o quanto suportaríamos às tentações. Os mesmos pecados que nos assediaram antes voltarão a nos importunar (v.15-17).
14.Dalila estava totalmente confiante que descobrira o segredo. O dinheiro já estava garantido. Aquele que anda beirando o pecado acabará cedendo. Sansão dormiu profundamente, pois cortaram-lhe os cabelos sem que acordasse. Deus certamente deu um sono profundo a Sansão. Chegou o momento da disciplina dele. As brincadeiras de Sansão já não tinham graça há muito tempo, mas ele ainda estava se divertindo com tudo aquilo. O que Sansão não sabia é que a paciência de Deus já se esgotara. Quando Deus deixa de revestir o crente de poder e proteção, então, a queda é irremediável (v.18-20).
15.Lá estava o forte Sansão com os olhos vazados e trabalhando como um animal de tração. O crente não precisa terminar o seu testemunho dessa maneira. Mesmo na queda Deus tem misericórdia do crente. Sansão foi escolhido com um propósito e isto seria cumprido em sua vida (v.21).
16.Neste mundo já houve muitos brados de angústia, de alegria, de libertação e de morte. Os brados marcam acontecimentos importantes. O sangue de Abel brada da terra. Os moradores de Éfeso bradavam “Diana dos efésios” por duas horas. Jesus bradou sobre Jerusalém que não quis se arrepender. Jesus bradou 7 frases na cruz, sendo a última “Está consumado”. No final da vida de Sansão ouvimos dois brados: um brado de morte e um brado de vida. Como seria fácil pensar, o brado de morte teria sido o grito final de Sansão, mas não, este foi um brado de vida, pois para libertar o povo de Israel que Sansão foi chamado e somente na sua morte conseguiu cumprir a sua missão. Foi o brado vitorioso de Sansão que trouxe vida e liberdade para Israel.
17.O cabelo começou a crescer novamente. Há um renovo de esperança mesmo para o crente derrubado. É claro que Sansão jamais seria o mesmo. Os olhos vazados mostram toda a humilhação pela qual deveria passar. John Gill sugere que o crescimento do cabelo de Sansão foi muito rápido, pois ele teria se arrependido de seu pecado e renovado o seu voto de nazireado.[22] Deus se agradou da atitude final de Sansão e o honrou, libertando Israel dos filisteus (v.22).
18.O que ouvimos a seguir é um brado de morte. A idolatria é um caminho de morte. Assim como os efésios estavam bradando para a própria morte eterna, os filisteus bradam louvando ao falso deus Dagom para a sua própria morte. Dagom significa “peixe” e era um deus filisteu da fertilidade; representado com o rosto e as mãos de um homem e a cauda de um peixe. Eles bradavam de alegria crendo que Dagom que entregara Sansão para eles (v.23).
19.Os líderes foram os primeiros a bradarem louvores a Dagom e depois o povo filisteu. Sansão era muito temido, pois fez muitos mortos entre os filisteus. Satanás já perdeu muitos seguidores para Cristo e Sua Igreja. O desejo de Satanás é ver os servos de Deus tombarem, pois os crentes fiéis causam muito atraso para o inferno (v.24).
20.A ocasião era especial, por isso, os filisteus se reuniram em seu templo. Ali havia bebida, orgia e fortes brados de morte em louvor ao Diabo. A diversão deles era ver Sansão com os olhos vazados tateando o ar. Satanás está bradando de alegria ao ver crentes fracos e derrotados e muito mais quando vê crentes com potencial para líderes ou os próprios líderes derrotados (v.25).
21.É possível que Sansão conseguira despertar compaixão dos servos do templo que também eram oprimidos pelos filisteus. O pedido de Sansão podia ser entendido como o brado de alguém cansado e humilhado que queria apenas se escorar em algum muro. Triste situação a de Sansão, mas pior era a situação daqueles idólatras bradando louvores inúteis. Um crente derrotado ainda tem a esperança de ser ouvido pelo Deus verdadeiro, enquanto o idólatra ainda que esteja em festa está, de fato, morto em seus pecados (v.26).
22.Os brados eram altos e da parte de homens e mulheres, nobres e plebeus, ricos e pobres. Todos se divertiam às custas de Sansão. Jamais ele fora humilhado assim. Sansão estava sempre se divertindo em sua vida desregrada, mas agora sofria as consequências de sua irreverência. Diante de 3 mil pessoas, bradando contra ele e a favor de Dagom, o servo de Deus, Sansão, era zombado (v.27).
23.Há multidões bradando de alegria, mas na verdade são brados de morte porque estão separadas de Deus e sob o risco de condenação eterna. Há um brado maravilhoso de vida nas últimas horas de vida de Sansão. Não há brado mais marcante do que o servo de Deus clamando por socorro ao Deus dos exércitos. O nosso Deus se lembra do mais pecador dos crentes e restaura a sua vida do ponto em que estiver. Sansão bradava com todas as suas forças por vingança pelo povo de Deus. Ele reconheceu que veio a este mundo para ser o grande libertador, mas jamais viveu dignamente a sua missão. Agora ainda há tempo para ser bênção. De modo simples Sansão pede vingança pelo menos por um de seus olhos. O texto hebraico diz pelos dois olhos. Não era uma vingança pessoal, mas na qualidade de juiz de Israel os olhos vazados de Sansão representavam uma ofensa para todo o povo, pois feriram o seu libertador. O que acontece para o servo de Deus é refletido em todo o Corpo de Cristo. Um crente derrotado é um testemunho a menos na terra (v.28).
24.As colunas eram próximas o suficiente para Sansão esticar os braços e tocá-las com suas mãos. É um maravilhoso retrato de Cristo na cruz que deu a sua própria vida, sendo o libertador de Seu povo. Sansão neste momento passou a ser um tipo de Cristo crucificado. Apesar de sua vida sem regras, agora vemos um homem bradando para derrubar as colunas para cumprir seu papel de libertador. Não foi um brado de morte, mas de vida. Sansão acabara de libertar o povo de Israel e de se libertar de seu caráter fraco. Ele foi forte de verdade. A sua morte foi honrosa. Na fraqueza de Sansão Deus o fortaleceu. O crente fraco é mais forte. O poder se aperfeiçoa na fraqueza. Os resultados do final da vida de Sansão foram maiores do que em toda a sua vida (v.29-30).
25.A mãe de Sansão foi abençoada com mais filhos depois dele, lembrando que ela era estéril. Os filisteus permitiram o sepultamento de seu inimigo como era costume entre os povos antigos. Termina aqui o brado da vida. Sansão ficou liberto de suas fraquezas morais e libertou o povo de Israel. Foram vinte anos como juiz, mas somente no último dia cumpriu bem a sua função. A Bíblia também brada o testemunho de fé desse homem. Um único dia de arrependimento vale mais do que a vida toda de desobediência. A misericórdia de Deus é um brado de vitória para nós (v.31, ver Hebreus 11.32).
“Cuidado com Satanás que destrói os homens embalando-os para dormirem, elogiando-os e dando-lhes segurança para, finalmente, roubá-los de sua força e honra, levando-os cativos de sua própria vontade. (Deus frequentemente deixa os homens cometerem tolices para puni-los pela satisfação de suas luxúrias.)”[23]
Os gritos de vitória para Sansão (Jz 16) 1.O primeiro grito de Dalila (v.1-9) 2.O segundo grito de Dalila (v.10-12) 3.O terceiro grito de Dalila (v.13-15) 4.O quarto grito de Dalila e a derrota de Sansão (v.16-20) 5.O grito de Sansão e a vitória de Israel (v.21-31) |
Os brados importantes da Bíblia 1.José e os irmãos (Gn 45.1) 2.O povo de Israel quando caiu fogo no acampamento (Nm 11.2) 3.O povo ao redor da muralha de Jericó (Js 6.20) 4.Sansão em sua última investida contra os filisteus (Jz 16.20,30) 5.Pedro se afogando e pedindo ajuda a Jesus (Mt 14.30) 6.A mulher cananeia pedindo ajuda a Jesus para sua filha endemoninhada (Mt 15.22) 7.Jesus chamando Lázaro para fora do túmulo (Jo 11.43) 8.O rico no lugar de tormento (Lc 16.24) 9.O (s) cego (s) pedindo misericórdia a Jesus (Lc 18.38) 10.O povo pedindo que Jesus fosse crucificado (Jo 19.15) 11.Os 7 brados de Jesus na Cruz (Mt 27) |
Capítulo 17: A família de Mica
Um acontecimento muito estranho, mas o que o que não é estranho quando não há o temor de Deus nos corações? Sem um direcionamento de pessoas fiéis, sem modelos de caráter e vida com Deus, a sociedade se perde em suas idolatrias. Essa mãe foi tola, mesmo querendo ser grata pelo que o filho fez, ou seja, ter confessado que o dinheiro foi roubado por ele mesmo. Mica e sua mãe não andaram nos caminhos de Deus, por isso, deram-se àquela idolatria. Até um levita se corrompeu aceitando trabalhar como sacerdote por algum dinheiro. Vemos um sincretismo, que é uma mistura de crenças, naqueles dias como é comum hoje em dia também. As pessoas misturam o que pensam que é certo com a Palavra de Deus. Por isso, os crentes precisam se certificar se estão ganhando pessoas para os caminhos de Jesus Salvador ou apenas estão oferecendo às pessoas um complemento para suas crendices (v.1-13).
“Uma ilustração marcante de toda a apostasia. Com total afastamento da vontade revelada de Deus a respeito da adoração e sacerdócio, há ainda uma exaltação do falso sacerdócio. Dizendo: ‘Bendito seja tu de Jeová’, A mãe de Mica faz um ídolo; e Mica espera a bênção de Jeová porque ele ligou [sincretizou] sua idolatria à antiga ordem levítica.”[24]
A perda do significado da adoração (Jz 17) 1.A adoração perde o significado quando há maldição (v.1-2) 2.A adoração perde o significado quando há idolatria (v.3-5) 3.A adoração perde o significado quando cada um faz o que quer (v.6) 4.A adoração perde o significado quando há sincretismo religioso, ou seja, mistura de crenças (v.7-13) |
O sincretismo religioso – alguns exemplos (A palavra significa “combinar, misturar”) 1.A Cabala ensina que no Universo os Arcanjos representam as Leis de Deus. 2.Os samaritanos misturaram as crenças assírias com as judaicas. Criam só no Pentateuco. 3.Na Índia, Jesus é uma manifestação humana de seus deuses. 4.Em algumas igrejas de certas culturas pratica-se feitiçaria e adivinhações. 5.Os índios ao ouvirem as histórias bíblicas tentam buscar histórias semelhantes em suas culturas. 6.Pessoas buscavam benzedores para a doença dos filhos. Alguns veem o pastor com um tipo de benzedor ao orar pelos filhos doentes. Constata-se isso quando não aceitam oração que não seja do pastor. |
Capítulo 18: O sequestro do sacerdote
Todas as tribos receberam sua parte da herança, mas no início cada qual deveria lutar e conquistar o seu espaço. No início, as coisas não são fáceis, mas tornam-se memoráveis por isso mesmo. Devemos retornar para os pequenos inícios e não os desprezar (veja Zc 4.10). Mica volta para nossa história, pois ali que os espias danitas ficaram. Notaram a presença de um levita ali e queriam, através dele, saber a direção de Deus. As pessoas precisam de direção e os religiosos ainda são muito procurados. Neste caso, a direção foi certeira. Se deu certo, por que não continuar com aquelas orientações? Por isso, os guerreiros queriam o sacerdote com suas roupas e ídolo caseiro (terafim). Assim é a humanidade, o que está dando certo precisa ser tomado e quanto mais melhor. Assim se deu o início da herança de Dã. Não nos admira que o nome deles foi excluído dos 144 mil em Ap 7. Não havia rei e cada um fazia conforme queria. De fato, o único rei que deveriam ter era o próprio Deus. Seria suficiente (v.1-31).
“Uma religião que depende de qualquer coisa material ou ofício humano para sua eficácia é estranha ao caráter da adoração espiritual do Deus verdadeiro.”[25]
Os erros da falsa fé (Jz 18) 1.Servir a homens e não a Deus (v.1-6) 2.Seguir direção de homem e não de Deus (v.7-10) 3.Alegrar-se com quem paga mais e não com a obra de Deus (v.11-20) 4.Roubar em nome da fé (v.21-26) 5.Misturar a idolatria com as coisas santas (v.27-31 |
Capítulo 19: Os segredos dos corações dos homens
1.O coração do homem é cheio de segredos, os quais nem ele mesmo sabe, até serem revelados em sua vida. Deus sabe tudo o que acontece dentro de nós. Ele disse que o nosso coração é enganoso e desesperadamente corrupto. No capítulo 19 do livro dos Juízes, vemos seis segredos dos corações dos homens. Dois segredos são bons, que é o perdão e a hospitalidade, mas os outros quatros são tão tristes e repugnantes que até para falar temos medo e dificuldade. Como a Palavra de Deus não esconde esses segredos e fazemos bem em estudar todo o desígnio de Deus, pois nos é útil para o ensino e a repreensão, devemos estudá-los.
2.Em um livro de Homilética, o escritor advertia que o pregador da Palavra de Deus deve evitar alguns textos, pois são “pesados” demais devido ao conteúdo muito carregado de sexo e imoralidade. É verdade, que alguns assuntos são repugnantes, mas falamos deles todos os dias quando ouvimos noticiário de abusos sexuais, assassinatos e drogas ou assistimos a filmes. A Palavra de Deus somente revela os segredos daquilo que está no coração e no dia a dia do ser humano em todas as épocas. Fazemos bem em estudar toda a Palavra de Deus e também ensiná-la.
3.Enquanto escrevia este estudo, 15/11/2003, o Brasil estava abalado com a notícia do assassinato de um casal de namorados, Liana Friedenbach de 16 anos e Felipe Silva Caffé de 19. Ela foi inclusive estuprada e morta a facadas e ele com tiro na nuca. O sequestro foi praticado por cinco pessoas, mas o assassinato foi realizado por um menor de 16 anos. Este crime bárbaro reabriu o debate sobre a maioridade penal. Alguns querem diminuir a maioridade penal para 16 anos e até hoje, ano de 2017, ainda não houve uma mudança no Código Penal.
4.Embora a mensagem não esteja baseada neste caso que, infelizmente, é corriqueiro, este crime só confirma o que a Palavra de Deus diz sobre os segredos dos corações dos homens. A humanidade é muito misteriosa, mas a Bíblia dá a resposta, o problema é o pecado e a falta de Deus no mundo. O ser humano guarda em seu coração segredos bons e maus.
5.Como se vê nos capítulos anteriores, os levitas não estavam andando com Deus. Alguns eram empregados de patrões idólatras para oferecerem sacrifícios. A situação era de péssimo padrão moral. Não havia rei e não havia temor a Deus. O levita tomou uma segunda esposa, uma concubina. O adultério é um segredo no coração de homens e mulheres. Jesus nos adverte que o adultério pode estar muito bem trancado em nosso coração revelando-se através dos olhares furtivos. Embora não necessitemos confessá-los publicamente devemos confessar nossas olhadelas, como pecado, a Deus e adquirir novos hábitos. O adultério aqui não foi algo no coração, mas um ato consumado. O ato que se consuma tem o forte poder de afastar casais. Muito provavelmente a concubina não levou o parceiro sexual para a casa de seu pai, no entanto, não teve mais ambiente para ficar com o marido. Haroldo Reimer disse que “o crente não cai em adultério... entra nele aos pouquinhos!” A família do crente deve valorizar a pureza dentro do lar, pois construir uma família leva a vida toda, mas para destruí-la basta uma paixão momentânea e irracional. Este é um segredo que devemos afastá-lo do nosso coração. Deus pode apagar todo ardor por outra pessoa que vai gerar adultério e muito sofrimento (v.1-2).
6.São raríssimos os casos em que há perdão após um adultério. Mas o coração é cheio de segredos e este é um que acompanha o ser humano, o perdão. O próprio Jesus liberou os cônjuges para não perdoarem o adultério, porém, cada traição tem uma história e um desfecho. A restauração completa é muito difícil, mas não impossível[26]. O levita foi atrás da esposa para buscá-la, certamente, usando como persuasão o perdão. Ele falou ao seu coração palavras meigas e conquistou a moça, certamente, arrependida. O nosso coração é cheio de segredos e o arrependimento e o perdão impressionam muito, pois têm o poder de transformar situações impossíveis. O casal deve ter se encontrado no caminho. Ela o levou para a casa do seu pai. Este devia saber toda a história e muito se alegrou. O perdão é um segredo que quando manifestado ao ofensor restaura vidas. Para que haja perdão é necessário arrependimento sincero. O perdão sem o arrependimento é como bater uma bola numa parede, ela volta com muita violência (v.3).
7.Este é um segredo impressionante. Todos são hospitaleiros, porém, nem todos demonstram hospitalidade, pois esta tem de ser desenvolvida. Alguns recebem bem certas pessoas, mas não estão abertos para outras. Este também é um segredo do coração do homem. Não precisa ser crente para ser hospitaleiro. Os nativos da ilha de Malta em Atos 28 foram muito hospitaleiros para com Paulo. O sogro do levita foi muito hospitaleiro, recebendo-o por três dias com alimentação e hospedagem. A hospitalidade se prolongou por mais um dia e mais outro. Ele só não ficou mais porque determinou no seu coração seguir viagem. Existem muitas histórias e piadas sobre a hospitalidade e o “ficar mais”, “Está cedo”, “Fica para o cafezinho”, “Já vai?” e “para que a pressa?” Isto mostra que no coração do ser humano há uma hospitalidade inerente. A Bíblia nos alerta em Provérbios 25.17 a não sermos muito frequentes na casa do próximo para que ele não se aborreça de nós, porém, o equilíbrio sempre é saudável. Este também é um segredo do coração do homem. O levita e sua esposa precisaram de outra hospedagem, pois estavam indo de Belém para Efraim. Enquanto há pessoas hospitaleiras, também existem aqueles que não são muito amigáveis, como foi o caso dos moradores de Gibeá, a cidade de Benjamim. Parece que em todo o lugar haverá alguém exercendo a hospitalidade. Desta vez foi um velho conterrâneo do levita que estava indo à casa do Senhor em Silo, onde certamente ofereceriam sacrifícios de reconciliação do casamento. No fundo do coração o ser humano é hospitaleiro, existindo algumas exceções, evidentemente. É um segredo facilmente revelado quando há oportunidade (v.4-21).
8.O homossexualismo um dia foi chamado de o pecado da sociedade grega. É claro, que desde que o homem se envolveu com o pecado, o homossexualismo logo fez parte da lista de pecados. O homossexualismo já foi tratado como doença, depois como tendência e, agora, é visto como opção e até direito. A forma como é tratado este assunto indica que tipo de sociedade vivemos. Grande parte da culpa da aceitação pela sociedade foi a própria sociedade que abriu espaço para rir dos homossexuais em programas humorísticos. Com o tempo nos acostumamos aos gracejos deles e ríamos. Hoje, eles conseguiram seu espaço, não mais para risos, mas para respeito. A “parada gay” se tornou um manifesto totalmente lícito e apoiado por políticos, artistas e sociedade em geral. Quando este material foi escrito (2003), o casamento entre homossexuais tinha sido aprovado na Holanda e Bélgica. Abaixo uma lista dos países que já aprovaram (até 2017). É tudo uma questão de tempo. Os homossexuais, nesses países, têm o direito de criar filhos com se fossem legitimamente seus. É verdade que os homossexuais não estão fazendo o que esses homens de Juízes 19 tentaram fazer, mas a atenção é voltada à perversidade (v.22).
Países que aprovaram o casamento homoafetivo[27] Holanda (2001), Bélgica (2003), Espanha, Canadá (2005), África do Sul (2006), Noruega, Suécia (2009), Portugal, Argentina, Islândia (2010), Dinamarca (2012), Brasil, Uruguai, Nova Zelândia, França (2013), Inglaterra, País de Gales, Escócia, Luxemburgo (2014), Finlândia, Irlanda, Estados Unidos (2015)
Em 73 países, o homossexualismo é crime e em 14 é punido com morte[28] |
9.O anfitrião tentou lutar contra aquela proposta, mas é claro que o seu coração não era totalmente justo, pois a sua proposta também foi perversa. Da mesma forma o levita não era um homem temente a Deus. Muitos homossexuais são, de fato, bissexuais. Isto é horrível. Não temos de pedir desculpas por denunciar tamanha perversidade. Há crentes que tentam amenizar o pecado do homossexualismo dizendo que para Deus os pecados não têm tamanho. Talvez devessem dar uma lida nas seguintes referências (Êx 32:30-31, 1 Sm 2:17, 12:17, 2 Rs 17:21, 2 Cr 28:13, Ed 9:7,13, Ne 13:27, Jó 22:5, Jr 26:19, Ec 2:21, Jr 11:15, Sl 19:13,25:11). É um segredo que a cada dia as revistas, TV, jornais e a sociedade revelam como algo normal e até digno. No coração da humanidade há um grito de desespero e o homossexualismo é um prenúncio de juízo de Deus sobre a nossa sociedade (v.23-24).
10.O coração do homem é cheio de segredos. Os pecados consomem a alma e esses segredos quando são manifestados ao mundo trazem o caos na sociedade. O estupro é um crime hediondo, no entanto, está presente nas cidades, nos becos e até nos lares. A impunidade de uma sociedade e de um governo é a marca do distanciamento de Deus. Um menor, como citado na introdução, que tenha matado pode pegar um ano de prisão. Alguém que matar um animal pode pegar dois anos de cadeia sem direito à fiança. No nosso caso bíblico, a pobre moça foi abusada sexualmente durante toda a noite. A incapacidade moral daqueles homens foi tão grande que nem buscaram a moça pela manhã. Ela veio se arrastando e desmoronou ao pé da porta. Como uma pessoa consegue se deitar para dormir, enquanto a sua visitante e sua esposa está sendo abusada a noite toda? É como o estupro e incesto na família que tem sido conhecido de alguns e nem sequer denunciado. O fato é que não houve somente um abuso sexual, o que já é gravíssimo por si mesmo, mas houve também um assassinato. O homem é desesperadamente corrupto, imoral e cruel. É um terrível segredo do coração humano. O ser humano é capaz de assassinar o outro e não precisa ser por muito. João disse que se odiamos o nosso irmão somos assassinos. Que Deus nos liberte desse segredo das partes mais cruéis do nosso coração (v.25-27).
11.A impunidade traz à sociedade revolta e vingança. Um governo indiferente à segurança e justiça se torna um tirano da própria sociedade. Alguém deve se perguntar: O que a Igreja tem a ver com isto? A resposta é simples. Nós amamos a verdade e a justiça. A corrupção disto gera contra a própria igreja insegurança e podemos perder todo o nosso trabalho. Quantas vidas que estão envolvidas com o crime estão nos campos evangelísticos? Quantas crianças que vivem no meio de estupros e assassinatos estão frequentando nossas EBFs e EBDs? O nosso evangelho não é social, mas não está fora da sociedade. O nosso evangelho não é político, mas não está fora das cidades.
12.A barbárie do esposo levita é de impressionar. Ele desmembrou todo o corpo de sua esposa morta e enviou às doze tribos de Israel, conclamando a todos para uma guerra. A vingança é um segredo muito bem escondido nos corações. A aplicação da Palavra de Deus pode evitar acesso de raiva e injustiça. A Palavra de Deus sobre o governo humano fará a justiça e evitará que se levantem os justiceiros e vingadores. “A mim pertence a vingança diz o Senhor”. Quando aplicamos a Palavra de Deus em todos os setores da sociedade temos um governo humano como Deus quer. É claro que ainda é humano. Sempre haverá ladrões e alguns assassinos, mas com o governo que obedece a Deus e a Sua Palavra, eles serão punidos. No Milênio haverá justiça e paz universais, mas ainda assim haverá rebeldes. Os que se levantarem contra o Regente, Jesus Cristo, serão mortos e os que guardarem a rebeldia para mais tarde se juntarão ao Gogue e Magogue, na última batalha de Jesus Cristo com Satanás e, então, virá o Grande Trono Branco. Paz e justiça duradouras só existirão no Estado Eterno. O coração do homem guarda bons segredos, tais como o perdão e a hospitalidade, mas também esconde alguns segredos muito perigosos, tais como adultério, homossexualismo, estupro, assassinato e vingança (v.28-30).
“Os paralelos entre Gênesis 19 e Juízes 19 são surpreendentes. Na temática, notamos:
1) Um pequeno grupo de viajantes chega na cidade à tarde.
2) Uma pessoa que também é um estrangeiro observa a presença deste grupo.
3) Os viajantes planejam passar a noite numa praça.
4) sob a insistência do anfitrião, os viajantes concordam passar a noite em sua casa.
5) O anfitrião lava os pés dos convidados (implicado em Gn 19.3 após o convite no v.2).
6) Anfitrião e hóspedes compartilhar uma refeição.
7) Homens da cidade cercam a casa.
8) Os homens da cidade exigiram que o anfitrião entregasse os seus convidados homens para que cometessem um estupro homossexual coletivo.
9) O anfitrião protesta contra essa demonstração de perversidade.
10) Quando os protestos falharam os anfitriões entregaram uma substituta mulher.”[29]
Os segredos do coração dos homens (Jz 19) 1.O adultério (v.1-2) 2.O perdão (v.3) 3.A hospitalidade (v.4-21) 4.O homossexualismo (v.22-24) 5.O estupro e o assassinato (v.25-27) 6.A vingança (v.28-30) “Antes de sair em busca de vingança, cave duas covas” (Confúcio) |
Capítulo 20: O extermínio da tribo de Benjamim
A história do capítulo 19 continua aqui. Houve uma comoção nacional contra os gibeonitas que eram da tribo de Benjamim. A história foi recapitulada para todas as tribos saberem o que aconteceu. A guerra civil estava decretada. Nada disso precisava acontecer, pois o conselho das tribos não queria exterminar seus irmãos benjamitas. Apenas queriam que os malfeitores fossem entregues. Porém, por um orgulho e falta de senso de justiça os benjamitas preferiram defender aqueles homens maus. De fato, foi uma inconsequência, pois, naquele momento, eram 26 mil contra 400 mil. Não precisamos aqui torcer pelo mais fraco, pois Deus estava dirigindo as 11 tribos. Judá daria início à luta. O povo sentiu que a luta era desigual e que os benjamitas, seus irmãos, seriam apagados da família. No entanto, Deus mandou que continuassem outras vezes. Os homens de Benjamim eram valorosos, mas estavam caídos. Infelizmente também acontece em nossos dias. Gente boa, capacitada e com grande potencial para servir ao Senhor, mas falta-lhes andar debaixo da graça do Senhor. Isso desqualifica esses valorosos. A situação ficou assustadora, pois uma tribo de Israel simplesmente sumiria. Sobraram 600 homens benjamitas (v.1-48).
“Vemos na punição infligida a mesma ferocidade que marcava o crime e o modo levita de requerer a vingança.”[30]
Pessoas reunidas (Jz 20) 1.Pessoas reunidas em torno de uma tragédia (v.1-6) 2.Pessoas reunidas decidindo qual a melhor solução (v.7-10) 3.Pessoas reunidas oferecendo alternativas (v.11-13) 4.Pessoas reunidas fazendo o que não é agradável, mas que é o correto (v.14-17) 5.Pessoas reunidas buscando a direção do Senhor (v.18-31) 6.Pessoas reunidas terminando uma obra desagradável, mas necessária (v.32-48) |
Capítulo 21: A solução para que a tribo de Benjamim continuasse
Para complicar a situação, veja o capítulo anterior, as 11 tribos não queriam deixar fazer aliança de casamento com os benjamitas. Seria uma questão de tempo, a tribo de Benjamim sumiria. Talvez um dos piores momentos para qualquer pessoa é ser rejeitada. Depois de passada a vingança, todos se sensibilizaram com a possibilidade de ter uma tribo a menos em Israel. Os habitantes de Jabes-Gileade não compareceram na Assembleia e, por isso, seriam mortos, mas ali havia 400 solteiras. Se a ordem de Deus já fora cumprida e Ele mesmo jamais intentou exterminar uma tribo, será que as terríveis consequências não bastavam? Teria necessidade de exterminar os ausentes da assembleia? Não estavam causando um mal muito maior por causa de um voto precipitado? Quanto às mulheres, em vez de matá-las resolveram que elas seriam a solução para os benjamitas não serem extintos. Ainda faltariam 200 mulheres e montaram uma “estratégia de rapto” (veja v.20ss). O princípio é bem interessante. Eles não dariam as moças “de mão beijada”. Cada um deveria conseguir por si próprio. O homem consegue resolver quase todos os problemas com seus estratagemas. Essa é uma das razões porque não se achegam a Deus para a salvação, pois acham que não precisam de Deus. O livro dos Juízes termina com um lembrete que serviria muito bem para nossos dias. Cada um fazia conforme achava melhor, pois não havia um líder sábio (v.1-25).
“Como tinham jurado destruir aqueles que não participassem da Guerra (Jz 21.5), eles determinaram destruir os homens de Jabes, poupar apenas as solteiras dando-as aos 600 benjamitas que escaparam para a rocha de Rimon. Toda a narrativa é pavorosa. O crime dos homens de Gibeá foi hediondo... o modo de remediar o mal foi igualmente abominável.”[31]
“Os homens são mais zelosos para apoiar sua própria autoridade do que a de Deus. Eles agiriam melhor se tivessem se arrependido de seus votos precipitados, trazido ofertas pelo pecado e buscado o perdão da maneira apropriada, em vez de tentar evitar a culpa [pelo descumprimento dos votos].”[32]
Tentativas do homem para resolver seus problemas (Jz 21) 1.Ficar preso em votos precipitados (determinações obstinadas) (v.1-10) 2.Montar estratégias legalistas (mudança de termos e conceitos) (v.11-25) |
Tentativas atuais para justificar nossas ações 1.Eu menti para não ficar pior 2.Eu matei por amor 3.Eu não adorei imagens, apenas reverenciei 4.Eu não usei o nome de Deus em vão, apenas usei um termo regional 5.Eu tenho o direito de ser feliz, por isso, dormi com aquela pessoa 6.Eu não roubei, só peguei o que era meu por direito 7.Eu não cometi perjúrio, aquela pessoa não era boa coisa mesmo 8.Eu não cobicei, apenas apreciei a propriedade do outro |
Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2003
Notas
1. Introdução
1.Explore the book - J.Sidlow Baxter
2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr
3.Manual Bíblico - H.H.Halley
4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears
5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray
6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray
7.O livro dos livros - H.I.Hester
8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira
9.A História de Israel - Samuel J.Schultz
10.Através da Bíblia - Myer Pearlman
11.Introdução ao Velho Testamento - H.E.Alexander
12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs
13.O Novo Dicionário da Bíblia
14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield
15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wierse
16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders
17.Comentários da Bíblia Vida Nova
2. Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 2 Históricos – pg. 91 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)
3. Essa experiência foi real em junho de 2016 com a esposa do escritor desta apostila.
4. Notes on Judges - Dr. Thomas L. Constable, pg. 16 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
5. Comentário Bíblico de Matthew Henry – Juízes, pg. 6 – Matthew Henry (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)
6. Poor Man's Commentary - Robert Hawker - Published in 1805; public domain (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
7. Comentário Bíblico Moody – Juízes, pg. 25 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)
8. Novo Comentário da Bíblia – Juízes, pg.29 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
9. Shakespeare e a Economia, pg. 32 – Gustavo H.B. Franco e Henry W. Farnam (Zahar Ed., 2009 – Rio de Janeiro)
10. The distressing days of the Judges, pg. 217 – Leon Wood (Zondervan Corporation – Grand Rapids – Michigan – 4ª impressão 1980)
11. The Gideon Narrative as the Focal Point of Judges - J. Paul Tanner - Bibliotheca Sacra / April–June 1992 (Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)
12. The Gideon Narrative as the Focal Point of Judges - J. Paul Tanner – (Bibliotheca Sacra / April–June 1992)
13. Juízes e Rute, pg. 123 – Introdução e Comentário – Artur E. Cundall e Leon Morris (Ed. Vida Nova – SP – 1ª ed. 1986)
14. The Chronology of Judges: Another Look - David L. Washburn (Dallas Theological Seminary and Galaxie Software 1997)
15. John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible - Juízes 11.1 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014
16. Lista de comentários pesquisados por Pércio Coutinho Pereira a partir de e-sword version 10.3.0 – 2014, do site www.biblecenter.org, e de sua biblioteca pessoal
17. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 2, pg.1050 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)
18. William MacDonald - Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 187 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)
19. Treasury of Scriptural Knowledge by Canne, Browne, Blayney, Scott, and others about 1880, with introduction by R. A. Torrey em Juízes 14.4 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
20. John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible - Juízes 15.15 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014
21. John Gill's Exposition of the Entire Bible, Juízes 16 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
22. John Gill's Exposition of the Entire Bible, Juízes 16.22 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
23. Summarized Bible Complete Summary of the Bible - Keith L. Brooks – Juízes 16 - Copyright 1919 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
24. Scofield Reference Notes (1917 Edition) - Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921) – Juízes 17.13 - (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
25. The Pulpit Commentary, Juízes 18 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)
26. Ver “Quando um cônjuge é infiel” disponível com o autor desse material traduzido de “When a spouse is unfaithful” de Tim Jackson, Discovery Series, RBC Ministries, 2000.
27. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/06/veja-lista-de-paises-que-ja-legalizaram-o-casamento-gay.html em 08/01/2017
28. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/relacao-homossexual-e-crime-em-73-paises-13-preveem-pena-de-morte.html em 08/01/2017
29. Echo Narrative Technique in Hebrew Literature: A Study in Judges 19 - Daniel I. Block (Westminster Theological Seminary and Galaxie Software - WTJ 52 (Fall 1990)
30. Albert Barnes' Notes on the Bible - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
31. Treasury of Scriptural Knowledge by Canne, Browne, Blayney, Scott, and others about 1880, with introduction by R. A. Torrey – Juízes 21.10 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
32. Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Juízes 21 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)
[1] 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter
2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr
3.Manual Bíblico - H.H.Halley
4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears
5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray
6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray
7.O livro dos livros - H.I.Hester
8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira
9.A História de Israel - Samuel J.Schultz
10.Através da Bíblia - Myer Pearlman
11.Introdução ao Velho Testamento - H.E.Alexander
12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs
13.O Novo Dicionário da Bíblia
14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield
15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe
16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders
17.Comentários da Bíblia Vida Nova
[2] Comentário Bíblico Expositivo do VT Vol. 2 Históricos – pg. 91 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)
[3] Essa experiência foi real em junho de 2016 com a esposa do escritor desta apostila.
[4] Notes on Judges - Dr. Thomas L. Constable, pg. 16 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
[5] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Juízes, pg. 6 – Matthew Henry (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)
[6] Poor Man's Commentary - Robert Hawker - Published in 1805; public domain (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
[7] Comentário Bíblico Moody – Juízes, pg. 25 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)
[8] Novo Comentário da Bíblia – Juízes, pg.29 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
[9] Shakespeare e a Economia, pg. 32 – Gustavo H.B. Franco e Henry W. Farnam (Zahar Ed., 2009 – Rio de Janeiro)
[10] The distressing days of the Judges, pg. 217 – Leon Wood (Zondervan Corporation – Grand Rapids – Michigan – 4ª impressão 1980)
[11] The Gideon Narrative as the Focal Point of Judges - J. Paul Tanner - Bibliotheca Sacra / April–June 1992 (Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)
[12] The Gideon Narrative as the Focal Point of Judges - J. Paul Tanner – (Bibliotheca Sacra / April–June 1992)
[13] Juízes e Rute, pg. 123 – Introdução e Comentário – Artur E. Cundall e Leon Morris (Ed. Vida Nova – SP – 1ª ed. 1986)
[14] The Chronology of Judges: Another Look - David L. Washburn (Dallas Theological Seminary and Galaxie Software 1997)
[15] John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible - Juízes 11.1 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014
[16] Lista de comentários pesquisados por Pércio Coutinho Pereira a partir de e-sword version 10.3.0 – 2014, do site www.biblecenter.org, e de sua biblioteca pessoal
[17] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 2, pg.1050 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)
[18] William MacDonald - Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 187 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)
[19] Treasury of Scriptural Knowledge by Canne, Browne, Blayney, Scott, and others about 1880, with introduction by R. A. Torrey em Juízes 14.4 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
[20] John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible - Juízes 15.15 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014
[21] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Juízes 16 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
[22] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Juízes 16.22 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
[23] Summarized Bible Complete Summary of the Bible - Keith L. Brooks – Juízes 16 - Copyright 1919 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
[24] Scofield Reference Notes (1917 Edition) - Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921) – Juízes 17.13 - (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
[25] The Pulpit Commentary, Juízes 18 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)
[26] Ver “Quando um cônjuge é infiel” disponível com o autor desse material traduzido de “When a spouse is unfaithful” de Tim Jackson, Discovery Series, RBC Ministries, 2000.
[27] http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/06/veja-lista-de-paises-que-ja-legalizaram-o-casamento-gay.html em 08/01/2017
[28] http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/relacao-homossexual-e-crime-em-73-paises-13-preveem-pena-de-morte.html em 08/01/2017
[29] Echo Narrative Technique in Hebrew Literature: A Study in Judges 19 - Daniel I. Block (Westminster Theological Seminary and Galaxie Software - WTJ 52 (Fall 1990)
[30] Albert Barnes' Notes on the Bible - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
[31] Treasury of Scriptural Knowledge by Canne, Browne, Blayney, Scott, and others about 1880, with introduction by R. A. Torrey – Juízes 21.10 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)
[32] Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Juízes 21 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)
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