Lamentações de Jeremias
Introdução[1]
1.Embora o livro das Lamentações não mencione o autor, as tradições mais antigas dizem que foi escrito pelo profeta Jeremias. O livro das Lamentações na versão Septuaginta começa com as seguintes palavras: “E aconteceu após Israel ter sido levado ao cativeiro e Jerusalém ter sido destruída, Jeremias se assentou e lamentou com a seguinte lamentação e disse: Como a cidade se assenta solitária, a qual estava cheia de pessoas”! Até os pesquisadores que não aceitam que Jeremias é o
autor, concordam que ele foi testemunha ocular da destruição de Jerusalém (veja Jeremias 39). A data deste livro se deu logo após o cativeiro e pouco antes da morte de Jeremias.
2.Este livro faz parte do Megilote ou rolos. Faz parte dos cinco rolos de livros os quais são lidos em certos dias festivos. A leitura de Lamentações acontece no nono dia do mês de Ab (julho ou agosto) que é o dia de jejum pela destruição de Jerusalém (veja Jeremias 52.6). Lamentações foi escrito em poesia. As Lamentações são a expressão de um coração cheio de amor pelo povo de Deus na terra, um povo punido pelos pecados que perdeu o seu reino, sua terra, sua cidade e seu santuário. Jeremias se considera parte dessas pessoas, mas se arrepende e coloca sua esperança no Senhor, apesar de todo o lamento. Assim como Jeremias se identificou com a triste condição do povo sob o julgamento de Deus, assim o Senhor Jesus terá compaixão do sofrimento de Israel e, especialmente, com o remanescente. São vistos vários paralelos entre os lamentos de Jeremias sobre Jerusalém e o Senhor Jesus (Mateus 23.37-38, Lc 19.41-44) e outros paralelos como se seguem:
Lamentações |
Mateus |
2.15-16 |
27.39 |
3.8 |
27.46 |
3.19 |
27.34 |
3.Conteúdo do livro das Lamentações. Cada capítulo tem 22 versículos correspondendo a cada uma das letras do alfabeto hebraico.
Lamentações 1: Lamentação sobre a destruição de Jerusalém
Lamentações 2: Razão para a ira de Deus
Lamentações 3: Lamentação do profeta
Lamentações 4: Sofrimentos durante o cerco
Lamentações 5: Oração por misericórdia
4.Este livro é uma série de “poemas de funeral”, marcando a destruição de Jerusalém e o Templo. É escrito em forma de acróstico: cada um dos 22 versos nos capítulos 1,2,4 e 5 começam com a sequência do alfabeto hebraico. No capítulo 3 são três versos para cada letra. Nenhum livro na Bíblia revela o coração sofrido de Deus sobre o pecado como este. O título hebraico é ‘ekah que quer dizer “como...!” que aparece no começo do primeiro versículo do livro.
5.Somente Jeremias podia escrever este livro. Ninguém chorou por Jerusalém como este profeta. Ele amou essa cidade a tal ponto que preferiu ficar nela com o povo sofrido a ir para a Babilônia como um nobre. Lamentações de Jeremias tem a mesma data do livro de Jeremias, ou seja, 600 a.C.
6.É um livro lido em todas as sinagogas judaicas no 4º mês (Agosto, Jr 52.6) em memória da destruição de Jerusalém. Às sextas-feiras em Jerusalém leem este livro diante do Muro das Lamentações, beijando as pedras do muro e vestidos de preto. O choro principal é pelo Templo que foi queimado.
7.Em época de juízo a esperança em Deus se renova, ainda mais quando sabemos que é a mão de Deus que está pesando para repreender-nos (3.33).
8.A situação, de fato, era para chorar, contudo, a razão do sofrimento também era justa. A cidade de Jerusalém foi destruída por causa do pecado (1.5,8,22). Era um castigo justo (1.18). Deus se afastou por causa do empedernimento do povo. Até Jeremias sentiu-se triste por Deus não atentar para a sua oração (3.8,44).
9.O povo estava sob a ira de Deus. Há muitos anos Deus estava sendo ofendido pelo pecado da nação e agora, os filhos sofrem os pecados, ainda que, também pecaram, mas recebem o acúmulo dos pecados de seus pais (5.7).
10.Os reis babilônicos não eram tão ferozes e cruéis como os reis assírios. O tratamento que o povo de Judá recebeu foi muito mais suave do que o povo de Israel sob as mãos dos assírios. Jeremias profetizou que o cativeiro seria longo, quase duas gerações, por isso deu a seguinte ordem para o povo: Jr 29.5-6. Lá na Babilônia, o povo de Deus, prestando atenção ao povo de lá que era bom de negócios, aprendeu a prosperar através do comércio e trabalho. Ao deixarem a vida agrícola, o povo de Judá passou a desenvolver outros ramos de atividades na Babilônia. Babilônia era conhecida por sua biblioteca muito desenvolvida. Eram mestres na arte da cerâmica e do tecido. O povo de Judá ficou numa rica planície junto ao rio Quebar (Ez 1.1-3). Lá tornaram-se os colonos e não escravos como os seus pais no Egito. Mesmo assim, sofriam pela saudade de sua terra (Sl 137.4).
11.A partir do cativeiro na Babilônia o povo de Judá fica conhecido como “judeus” (Jr 34.9). Alguns dizem que é porque vem da palavra Judá, que significa louvor.
12.O Templo foi destruído, o povo chora amargamente até hoje nas sinagogas no dia 9 de Agosto, chamado o Dia da Lamentação. O povo nunca mais voltou à glória de outrora, mas ao contrário, no ano 70 a.D. as forças romanas, através do general Tito, destruíram Jerusalém e o Templo, não deixando “pedra sobre pedra”.
13.Os judeus reservaram cinco livros, chamados “Rolos” (megilloth). Esses rolos são lidos em suas festas. A seguir o nome desses rolos e a festa correspondente, ocasião em que leem.
LIVRO |
FESTA |
Cantares |
Páscoa |
Rute |
das Semanas ou Pentecoste |
Eclesiastes |
dos Tabernáculos |
Ester |
de Purim |
Lamentações |
Aniversário da destruição de Jerusalém |
14.Esboço simples
I.A desolação de Jerusalém (1 e 4) II.A ira do Senhor (2) III.A tristeza de Jeremias (3) IV.O clamor a Deus (5) |
Capítulo 1: Lamentação sobre a destruição de Jerusalém
O pecado traz em si mesmo muita destruição, vergonha e desprezo. O pecado afeta toda a vida, não apenas nossa relação com Deus. O pecado nos isola até da sociedade e nos faz viver num mundo ilusório. A destruição de Jerusalém a deixou em situação difícil em todas as áreas. Assim também, o pecado desestrutura toda a vida daquele que peca (v.1-22).
“O Senhor colocou Jerusalém em um jugo como de bois. Ela perdeu sua liberdade. Agora, outros estavam controlando Jerusalém, por isso, ela não podia se manter em pé.”[2]
“A arte de Lamentações tem mostrado uma teologia prática. O trauma da perda do templo junto com o terrível sofrimento do povo durante e após o sítio, resultou em um sério exame da fé. O cadinho do sofrimento traz ouro refinado do reconhecimento da justiça de Deus ao trazer julgamento sobre Judá e também traz um lamento profundo aguardando que Yahweh aja de acordo com Sua antiga aliança com Seu povo.”[3]
Situação de Jerusalém como consequência do pecado (Lm 1) 1.Solidão, viuvez, trabalho forçado (v.1) 2.Choro e traição (v.2) 3.Exílio, aflição, cansaço e angústia (v.3) 4.Luto, falta de culto, destruição, gemidos (v.4) 5.Aflição, prevaricação, humilhação (v.5) 6.Falta de brilho, fome, exaustão (v.6) 7.Despojo, desamparo, tripúdio (v.7) 8.Pecado grave, mudança social, vergonha (v.8) 9.Sujeira, inconsequência, falta de consolo (v.9) 10.Sentimento de roubo, profanação (v.10) 11.Troca por pão, fraqueza, desprezo (v.11) 12.Comoção, dor, aflição (v.12) 13.Disciplina divina, queda (v.13) 14.Jugo, perda das forças, falta de resistência (v.14) 15.Perda da coragem, perda da jovialidade (v.15) 16.Choro, falta de consolo, perda para o inimigo (v.16) 17.Falta de consolo, falta de amigos, imundícia (v.17) 18.Rebeldia, Dor, cativeiro (v.18) 19.Traição, falta de conselheiros (v.19) 20.Angústia, transtorno, rebeldia, perseguição e morte (v.20) 21.Suspiro, indiferença dos outros (v.21) 22.Vingança, fraqueza (v.22). Não devemos buscar vingança, mas acertar com Deus nossa própria parte do pecado. |
Capítulo 2: Razão para a ira de Deus
1.A razão da ira de Deus não é outra, senão a infidelidade de Judá. Deus tinha um alto investimento sobre a nação, por isso, em termos humanos ou na linguagem que podemos entender, é como se Deus também estivesse perdendo com a queda de Jerusalém. Há perdas para Deus também como se vê nos termos usados. É claro que Deus é soberano e de nada tem falta ou prejuízo, mas apenas como termos humanos para se comparar o prejuízo espiritual da nação (v.1-10).
“A situação das crianças inocentes (11-12) é um tema que se repete nos vv. 19-21 e em 4.4,10. O escritor, evidentemente, não podia afastar da mente as cenas macabras. Os anciãos ou cabeças das famílias, que compartilhavam da administração, eram impotentes para fazer qualquer coisa. Graves magistrados e jovens mulheres entristecidas foram, igualmente, reduzidos a um silêncio forçado devido à tristeza (10).”[4]
A ira de Deus é também humilhação para Ele próprio (Lm 2.1-10) 1.As nuvens encobrem a cidade de Deus que deveria aparecer a todo o mundo (v.1). 2.A glória de Deus cai quando deveria ser um farol alto a todas as nações (v.1). 3.O descanso na terra para os pés de Deus deixa de existir com a destruição do Templo e sumiço da arca (v.1). 4.As promessas de Deus para Jacó são comprometidas com a Sua própria ira (v.2). 5.As proteções da cidade de Deus, Jerusalém, para que os inimigos não a saqueiem, são derrubadas (v.2). 6.O reino de Deus na terra é profanado, juntamente com os príncipes (v.2). 7.A força de Deus na terra é cortada com a queda de Jerusalém (v.3). 8.As vitórias de Deus sobre os inimigos se transformam em derrotas (v.3). 9.A obra de Deus para a descendência de Israel é queimada (v.3). 10.A beleza de Deus na terra é alvejada com o arco do próprio Deus (v.4). 11.O tabernáculo de Deus na terra é queimado (v.4). 12.A nação de Deus é devorada por Ele mesmo (v.5). 13.A filha de Deus, Judá, cai em pranto e lamento (v.5). 14.O tabernáculo de Deus é demolido (v.6). 15.O lugar de reunião de Deus com o Seu povo é destruído (v.6). 16.As festas de Deus são esquecidas (v.6). 17.O altar e o santuário de Deus são rejeitados (v.7). 18.Os muros da cidade de Deus são em parte derrubados e em parte enfraquecidos (v.7-8). 19.As portas da cidade de Deus são derrubadas (v.9). 20.A lei de Deus não vigora mais na Sua cidade (v.9). 21.Os profetas de Deus não recebem mais visão (v.9). 22.Os juízes de Deus não decidem mais nada (v.10). 23.As moças da cidade de Deus estão humilhadas (v.10). |
2.O profeta que lamenta (Jeremias) consegue ver além da destruição dos muros e da cidade, a queda dos príncipes e a falência dos profetas. Ele consegue ver os sentimentos mais internos das pessoas e, por isso, sofre também com a queda de Jerusalém debaixo da ira de Deus (v.11-17).
Os sentimentos mais internos do profeta e do povo por causa da queda de Jerusalém (Lm 2.11-17) 1.Lágrimas, tristeza de alma e angústia em ver o sofrimento das crianças (v.11). 2.Angústia por ver mães não podendo alimentar seus filhos que morrem em seus braços (v.12). 3.Falta de consolo por causa da calamidade e falta de socorro (v.13). 4.Angústia em ver o povo enganado por falsos profetas e agora sofrendo o cativeiro por darem ouvidos a eles (v.14). 5.Vergonha em ver os inimigos vizinhos zombando da tragédia ocorrida sobre Jerusalém (v.15-17). |
3.Vimos o sofrimento de Deus com a queda de Jerusalém, a tristeza do profeta e, por fim, o clamor da cidade (v.18-22).
“Crianças são vítimas de mãos canibais; sacerdotes jazem mortos no santuário; jovens e velhos jazem insepultos nas ruas; virgens e moços são vítimas da espada. Nesta matança impiedosa, da qual ninguém escapa, estes objetos da afeição de Sião são consagrados ao morticínio do inimigo.”[5]
O clamor da cidade por causa da ira de Deus e a queda de Jerusalém (Lm 2.18-22) 1.Um clamor do fundo do coração, com choro e incessantemente (v.18) 2.Um clamor pela vida dos filhos que estão morrendo de fome (v.19-20) 3.Um clamor pelos jovens, moços, moças e velhos (v.21) 4.Um clamor por si mesmo (v.22) |
Capítulo 3: Lamentação do profeta
1.A lamentação do profeta é pessoal, mas retrata toda a aflição da nação. Ele não foge da responsabilidade que a nação tem por aqueles sofrimentos, pois são decorrentes de seus pecados durante séculos de desobediência contra Deus. Até o versículo 21, aprendemos como reconhecer o pecado a fim de levar o pecador ao arrependimento (v.1-21).
“O profeta relata a parte mais sombria e desalentadora de sua experiência, e como encontrou apoio e alívio. Durante a sua prova, o Senhor havia se tornado terrível para com ele. Foi uma aflição que era a própria miséria, porque o pecado faz amargo o cálice da aflição. A luta entre a incredulidade e a fé muitas vezes é severa, mas o crente mais fraco estará equivocado se pensar que a sua força e esperança no Senhor se acabaram.”[6]
Como reconhecer o pecado (Lm 3.1-21) 1.Saber que é sujeito à vara do furor de Deus. Os habitantes de Judá sofreram a vara dos soldados da Babilônia. Suas costas ficaram marcadas com as bastonadas que sofreram. O pecado está sujeito à vara da disciplina. A igreja jamais sofrerá a punição do inferno, mas o crente que é amado de Deus recebe a disciplina como incentivo à mudança de atitude.
2.Saber que é um caminho de escuridão. O cerco de Judá trouxe vários problemas de infraestrutura na cidade de Jerusalém, sendo um deles a falta de luz, pois começou a faltar óleo para as candeias. O pecado traz ao crente dúvidas nas decisões e um futuro sombrio sem direção.
3.Saber que é diário. A nação sofria diariamente. Cada novo dia era a lembrança do que perderam por desobedecerem a Deus. O pecador sofre diariamente a consequência dos seus atos. Por isso, é comum o pecador se tornar hedonista, isto é, ele busca o prazer a todo o custo para anestesiar sua consciência pesada e vida espiritual fracassada.
4.Saber que é envelhecedor. Judá ficará no cativeiro durante 70 anos. Os bebezinhos sairão idosos e os idosos morrerão lá. O pecado pode envelhecer uma pessoa, não na idade, mas na disposição mental, emocional e até física.
5.Saber que é venenoso e dolorido. O pecado da nação envenenou-a. Os sacerdotes, príncipes e profetas envenenaram o povo. O pecado mata a pessoa aos poucos, pelo menos, espiritualmente e é muito dolorido, cheio de lembranças de como podia ter feito diferente e cheio de esperanças frustradas.
6.Saber que é tenebroso e mortal. Os dias para Jerusalém foram de trevas. Foram dois anos de sítio. Uma escuridão para todos. O pecado na vida de uma pessoa entenebrece e mata.
7.Saber que é escravizador. A nação toda foi levada como escrava para a Babilônia. O pecado é escravizador, não apenas por sua essência, mas por ser repetido. Quanto mais alguém reincide no pecado mais escravizado fica.
8.Saber que é inclemente. Não adiantava mais orar. Deus é clemente, mas o cálice de Sua ira chegou até à borda. A obstinação no pecado pode chegar a um ponto em que Deus não ouve mais a oração. Enquanto estamos em pecado, a única oração aceitável é a confissão.
9.Saber que é tortuoso. A nação ficou sitiada pelos caldeus. Os caminhos ou estradas foram interditados. Não havia mais caminho. O pecado nos deixa sem rumo. As veredas precisam ser aplainadas, os pecados confessados para que o Senhor nos coloque de volta ao caminho de paz e justiça.
10.Saber que é espreitador. Deus disse para Caim que o pecado o acharia. O pecado jamais perde a rota de alguém que se desvia do Senhor. Judá foi espreitada pelo leão, o símbolo da Babilônia e levada para a Pérsia, simbolizada pelo urso.
11.Saber que é assolador. Judá foi assolada por todos os lados. O pecado destrói todas as virtudes obtidas pelo homem em seu estado de graça para assolá-lo em seu estado de pecado.
12 e 13.Saber que é alvo de ferimento mortal. Os caldeus não erraram o alvo, mas acertaram em cheio Jerusalém e seus habitantes. O pecado nos faz alvo da disciplina do Senhor e para o incrédulo o faz alvo do juízo eterno.
14.Saber que é zombador. Judá teria que baixar a cabeça e sofrer a humilhação das nações vizinhas as quais foram derrotas por Josué anos atrás. O pecador sempre é humilhado, não importa se muito ou pouco, mas jamais alguém fica imune da zombaria de Satanás quando peca.
15.Saber que é amargo. Judá estava experimentando o fel. Sabemos que a terra que estão perdendo para a Babilônia é a terra que mana leite e mel, mas agora o pecado fez com que experimentassem o amargo sabor do desprezo da promessa de Deus. O pecado tem um sabor enganosamente doce no início, mas depois se revela tal qual ele é: amargo. A vida do pecador passa por momentos de amargura, muitas vezes, até mesmo depois de confessado e acertado, devido às consequências próprias da transgressão.
16.Saber que é aos poucos devastador. A nação já vinha experimentando engano, opressão e injustiça há muitos anos e muitas dinastias reais. No final foi sitiada por dois anos. Sendo assim, o efeito devastador vinha se propagando como uma erosão. O pecado vai tirando todo o chão da pessoa até que ela não consegue se segurar em nada. Até aí a misericórdia de Deus se torna um gancho de apoio, mas não devemos abusar dessa misericórdia, pois nunca sabemos até quando ela estará disponível.
17.Saber que é perturbador. Judá está em grande perturbação, pois não há nenhum lugar seguro ao qual recorrer. O pecado perturba grandemente aquele que entra nele. Alguns chegam a se desesperar da própria vida e não poucos chegam a tirá-la.
18.Saber que é inglório e sem esperança. Judá desfrutou de muita glória, mas está perdendo a glória do templo e deixando de ser a esperança do mundo. O pecado nos dá alguns minutos de glória para depois tirar tudo o que temos e nos deixar sem esperança. O incrédulo que vive no pecado também vive sem esperança e sem Deus no mundo e carece da glória de Deus (Rm 3.23, Ef 2.2).
19.Saber que é aflição. Jerusalém passa por momentos de aflição quando o cerco é rompido e a nação levada cativa. O pecado sempre afunda o homem em grande aflição e desespero.
20.Saber que é abatimento. Judá está totalmente abatida, sem a mínima chance de se reerguer. O pecado prostra o pecador de tal maneira que se ele não se arrepender, o abatimento será duradouro e cada vez mais ficará prostrado, mesmo gozando de prazeres mundanos. Em pé, mas caído.
21.Saber que é sedento de esperança. Judá anseia pelo dia em que retorne para a sua terra, mas somente após 70 anos é que os primeiros habitantes repovoariam Jerusalém. O pecado deixa o pecador sedento de Deus e de esperança. Não propriamente o pecado, senão ele seria uma bênção, mas é o estado árido em que o pecador fica ao experimentar o pecado. |
2.Em meio aos sofrimentos, quer sejam por habitarmos num mundo caído, e por isso, cheio de aflições, ou porque pecamos e erramos o alvo de Deus para nós, de uma coisa podemos estar bem certos: a misericórdia de Deus é tão grande e renovável que sempre haverá algo para trazer à memória o que pode dar esperança. O crente em sofrimento deve esperar no Senhor, pois o Senhor se mostra bom. O sofrer em silêncio aperfeiçoa a alma e nos faz refletir sobre a vida que Deus quer para nós. Os jovens não se apegam muito à reflexão da vida, mas o sofrimento é uma excelente escola também para o jovem pensar em Deus. A humilhação pelo sofrimento nos faz buscar a esperança em virtudes realmente verdadeiras e não na ilusão (v.22-29).
3.No momento, Jerusalém deveria se humilhar diante do inimigo, mas sempre manter a esperança que Deus não abandonou Israel. As misericórdias do Senhor voltam a ser o tema do profeta, pois a tristeza pode durar um tempo, mas a compaixão de Deus aparecerá na vida do entristecido e esperançoso na misericórdia de Deus. Há tristeza para o arrependimento que é a tristeza de Deus para o homem. O prazer de Deus não é ver o homem sofrer, mas glorificá-Lo. Se alguém só glorifica a Deus debaixo do sofrimento, então, o Senhor não poupará a aflição para extrair o perfume da submissão. Além disso, todas as injustiças não estão ocultas a Deus (v.30-36).
“A ira de Deus é a fase passageira, a sua misericórdia está sempre disponível. Mas ele é Soberano Senhor que concede suas bênçãos no tempo determinado por ele. O castigo pode ter a intenção de educar, e isso funciona melhor para um homem enquanto é jovem (v.27). De qualquer modo, não é do seu agrado (melhor: ‘não é seu propósito’) trazer aflição e tristeza aos filhos dos homens (v.33).”[7]
4.Tudo o que acontece é permissão de Deus. Não significa que tudo é vontade de Deus ou plano direto Dele para nós. As injustiças, ofensas, abusos, assassinatos e todas as maldades que alguém executa contra nós, não são a boa vontade de Deus, porém, o Senhor faz essas coisas maléficas se tornarem nossos professores da vida e um incentivo para buscarmos a misericórdia de Deus. Quanto ao homem, não deve se queixar contra Deus, mas dos seus próprios pecados. Devemos nos perguntar no sofrimento, qual parte temos de desobediência contra Deus e saber que muitos resultados do pecado são aflição e algumas podem ser resolvidas através da confissão e acertos de contas para quem ofendemos. Outras consequências são irreparáveis e contamos com sempre com a misericórdia e graça de Deus para resolver as questões insolúveis para nós (v.37-51).
Alguns conselhos para o crente que está sofrendo (Lm 3.22-38) 1.Confie na misericórdia de Deus (v.22-23). 2.Espere no Senhor (v.24-25). 3.Fique em silêncio (v.26-28). 4.Aceite a humilhação diante dos homens (v.29-30). 5.Reconheça que Deus não o abandonou (v.31-38). 6.Admita seu pecado, quando houver (v.39-51) |
5.O profeta, em oração, se consola com a esperança de que o Senhor não abandonou para sempre a nação. Os inimigos de Judá, todas as nações vizinhas mais a Babilônia se tornam tal qual caçadores de passarinhos, obstinados, os quais não descansam até derrubar o alvo. É como se a nação fosse colocada toda numa cisterna e fosse coberta de pedras. O profeta Jeremias foi lançado numa fossa e conhece perfeitamente a humilhação e desespero da situação. É como se estivesse sendo afogado. A nação está cortada, isto é, arrasada pelo sofrimento. São nesses momentos que o clamor sai com toda a intensidade. O profeta clama e a nação clama também. A certeza de que o Senhor ouve é o único conforto em situações desesperadoras. O profeta sente segurança Naquele que diz: “Não temas”. Talvez, pela primeira vez, no livro lemos algo que não seja uma lamentação sem esperança, mas uma declaração de confiança em Deus e em Seu auxílio. O profeta sabe que Deus está com a nação e, por isso, Ele a remiu não deixando-a perecer. As nações vizinhas estão se deleitando, achando que é o dia da vingança para elas contra toda a opressão de Israel desde os tempos de Josué conquistando a terra. No versículo 65, “dureza de coração” é a tradução de “shamad”, ou seja, aflição. O Senhor afligirá as nações que estão cantando louvores pela queda de Jerusalém (v.52-66).
Deus não nos abandonou (Lm 3.52-66) 1.Mesmo quando parece que somos aves sendo caçadas (v.52) 2.Mesmo quando parece que fomos lançados numa cova (v.53) 3.Mesmo quando parece que fomos afogados por água (v.54) 4.Ele nos ouve da cova (v.55-56) 5.Ele nos conforta com o famoso: “Não temas” (ou não temais) que aparece na Bíblia 101 vezes (v.57) 6.Ele redimiu nossa alma (v.58) 7.Ele vê a injustiça contra nós (v.59) 8.Ele vê a maldade que querem fazer contra nós (v.60) 9.Ele vê a humilhação que estamos passando (v.61) 10.Ele ouve as acusações feitas contra nós (v.62) 11.Ele ouve as zombarias feitas sobre nós (v.63) 12.Ele tratará com nossos adversários (v.64-66) |
Capítulo 4: Sofrimentos durante o cerco
1.A nação perdeu muito com o cerco, invasão e cativeiro. Não havia nada que alguém pudesse fazer para evitar, e também não seria possível voltar o calendário 500 anos e consertar o que vinha errado. No entanto, debaixo do sofrimento e humilhação era possível ganhar uma nova perspectiva de vida, aceitando a disciplina, entregando-se, computando as perdas e obtendo novos lucros na vida com Deus e em comunidade. Assim, como podemos fazer hoje em nossos sofrimentos, perdas e disciplinas. A nação foi perdendo o brilho e as pedras do Templo, perdeu-se a nobreza e até o alimento[8]. De tudo o que se perde, a noção de santidade é o maior prejuízo. Os príncipes perderam a pose e majestade. Os agricultores perderam as lavouras. As mulheres perderam o espírito materno. Os reis perderam a aposta de que o Senhor não destruiria a Sua própria cidade (v.1-12).
“O ouro e as joias simbolizam os judeus, preciosos aos olhos do Senhor. As tribos de Israel eram representadas por pedras preciosas engastadas em ouro no peitoral do sumo sacerdote e também sobre seus ombros (Êx 28:6-30; 39:1-21; ver também Zc 9:16, 17 e MI 3:6). Contudo, por causa de seu pecado, o povo de Deus havia sido depreciado e perdeu sua beleza. O inimigo tratou os filhos e as filhas preciosos de Deus como cacos de potes de barro que não serviam para outra coisa senão para serem jogados no lixo. Ninguém jamais se tornou melhor, mais atraente ou mais valioso por ter pecado.”[9]
2.Os justos acabaram perdendo a própria vida devido aos religiosos mentirosos. Os religiosos, por sua vez, perderam a vergonha e fugiram. No entanto, perderam também o seu lugar de honra. O povo tristemente perdeu o socorro, a esperança, o combate e a liberdade (v.13-20).
“Espreitavam os nossos passos. Jerusalém tornou-se como um animal caçado, e o caçador (a Babilônia) não lhe dava paz, perseguindo, matando e saqueando. Nenhum homem podia andar nas ruas, pois ali encontraria morte súbita. Os que se escondiam eram descobertos e mortos em seus lares. O dia de Jeremias estava terminado; os poucos dias que lhes restavam estavam numerados, e logo se acabaram. O fim deles tinha chegado. Este versículo pode referir-se especificamente aos ataques preliminares contra o povo, a partir dos fortes e das torres que eles haviam construído, de onde atiravam setas e lançavam mísseis em qualquer um que fosse tolo o bastante para vaguear pelas ruas.”[10]
3.Parece que tudo foi perda, enquanto nações e a traidora Edom se deram muito bem, ganharam muito dinheiro e proteção entregando Judá para a Babilônia. No entanto, o profeta não profere palavra imprecatória, ou seja, a maldição sobre Edom que se tornou inimiga de Judá. Edom perderá também, mas no tempo de Deus. Experimentará o cálice da ira de Deus. Perderá suas vestes que significa dignidade. No final, Judá voltará a ganhar. Voltará do exílio e será estabelecida em sua terra. Talvez já perdemos muito na vida cristã, não por causa da vida em Cristo, mas por não seguirmos essa vida maravilhosa. Perdemos tempo, alegria, privilégios, serviço, oportunidades, força, testemunho e outras bênçãos que nos fazem falta. É tempo de recuperar em Cristo e em Sua Palavra aquilo que é possível somente Nele. O cerco, invasão e cativeiro não são em si derrota, mas a atitude diante daquilo que Deus preparou é que faz o homem um derrotado. Os sofrimentos da vida são constantes, mas a maneira com reagimos diante deles nos fará vitoriosos ou frustrados. Somos mais do que vencedores por Aquele que nos amou (v.21-22).
Acúmulo de tristeza (Lm 4) 1.A tristeza pela destruição do templo (v.1) 2.A tristeza pela fome das crianças (v.2-5) 3.A tristeza pelo pecado (v.6) 4.A tristeza pela perda da dignidade dos nobres (v.7-9) 5.A tristeza pela perda da compaixão materna (v.10) 6.A tristeza pela liderança ineficaz (v.11-16) 7.A tristeza pela humilhação diante dos inimigos (v.17-22) |
Capítulo 5: Oração por misericórdia
1.É sempre triste ver um ex-rico em sua situação de pobreza. As pessoas se tornam amargas, agressivas ou quebrantadas e humildes. É uma ofensa muito grande perder os bens. Para isto que muitas pessoas vivem e até morrem para defender o que é seu. O povo de Judá clamava a Deus em um momento de perda das riquezas por causa do pecado. Judá se sentia envergonhada e ultrajada devido ao seu próprio pecado e não só por causa da Babilônia. A terra de Judá era uma terra recebida de Deus, mas essa herança foi confiscada pelos caldeus. Os estrangeiros, agora, eram os proprietários de suas terras. Os jovens perderam seus pais e avós nesse cativeiro. Toda a fonte de renda foi-se embora. As pobres viúvas teriam de mendigar o pão. A fome seria a companheira. Era uma situação que pedia misericórdia. A terra manava leite e mel. Era uma terra rica de fontes de águas, mas todas as fontes eram propriedade de Nabucodonozor e o povo de Judá tinha de comprar água para beber. O pecado deixa o pecador sem recursos, mas em Cristo Jesus há fonte de água viva e quem beber dessa água jamais tornará a ter sede. A perseguição tirou tudo o que os judeus tinham. Ao fugirem, deixavam os seus bens para os inimigos. Que vergonha e quanta ira se armazenou no coração do povo de Judá (v.1-5).
“Eu acredito que o significado disso é que tudo foi taxado pelos caldeus e que mantinham a gestão em suas próprias mãos. Assim, madeira e água eram vendidas, o povo não podia se ajudar. Eles estavam lentamente sendo reduzidos à servitude. Eles eram obrigados a pagar caro por aquelas coisas que, antigamente, eram comuns e de graça”[11]
2.A vergonha era tão grande, mas a fome era mais intensa, que tiveram de recorrer aos seus inimigos. Fizeram aliança com os egípcios para terem o que comer. Os assírios que levaram os seus irmãos do reino do Norte também socorreram os judeus através de chantagens. A situação do pecado é ultrajante, pois este pecado faz o pecador voltar ao caminho do pecado. A consequência do pecado se estende por toda a sociedade e todos sofrem as humilhações sociais. O povo de Judá se tornou tributário do Egito e da Assíria. Aqueles que deveriam se submeter a Judá estão dominando sobre eles. Ninguém pode livrar Judá desse avassalamento, pois é a consequência do pecado contra Deus. Antes de Judá ser levada para o cativeiro a Babilônia sitiou todo o território de Jerusalém. Para conseguirem alimentos precisavam fugir para conseguir em outras cidades. Quem fosse pego sofreria a penalidade, talvez a morte ou tortura. A “espada do deserto” era o modo como se referiam aos caldeus. A fome excessiva dá uma sensação de estômago queimando. Muita raiva se acumulava no coração do povo contra os caldeus, contra os príncipes e sacerdotes que deixaram o povo chegar àquele estado. Eles tinham de ver as suas crianças famintas morrerem. Talvez o ódio contra Deus, também, começara a brotar no coração daqueles infelizes (v.6-10).
3.De todas as perdas, a perda da honra para o homem pode ser a mais grave, muito embora, há uma perda maior do que essa. As mulheres foram abusadas sexualmente e isto era um insulto. Os soldados caldeus não tinham escrúpulos e, por isso, não respeitavam as mulheres judias. Os homens perderam a sua honra ao perderem suas mulheres para os caldeus. Os soldados mais rasos dos caldeus sequer reconheciam os príncipes de Judá. A Palavra de Deus sempre incentivou o judeu a reverenciar os mais velhos. Diante das cãs (cabelos brancos), os jovens deveriam ficar em pé. Agora, os velhos são ridicularizados pelos soldados da Babilônia. Os jovenzinhos eram forçados a carregar pesos além de sua capacidade. Uma pedra de moinho (a mó) pesava muito. Havia de três tamanhos. Uma podia ser carregada por uma mulher outra por dois homens e outra precisava do trabalho de animais. Os moinhos funcionavam com duas mós, uma embaixo e outra em cima para moer grãos e extrair o óleo das azeitonas. Daí surgiu as expressões “estar na mó de baixo”, ou seja, estar numa situação difícil e “estar na mó de cima”, que significa dominar sobre a situação. O povo de Judá estava na mó de baixo. Os soldados caldeus quando precisavam de fogo forçavam os pequenos buscarem lenha e vinham eles com aquele peso enorme tropeçando e caindo com a lenha. Toda a honra do povo virou um pedido de misericórdia por causa do pecado. Os anciãos ou juízes, outrora poderosos, agora não podem julgar nenhuma causa, pois perderam a honra. As belas músicas e danças judaicas deram lugar à tristeza. O pecado tem sérias consequências. A coroa é o símbolo máximo da realeza. Os reis de Judá são como um do povo. Toda a honra da nação virou vergonha. A tristeza veio forte no coração do povo. O brilho dos olhos se apagou e o coração ficou deserto, sem alegria. As ruas também ficaram desertas, só as raposas andavam por ali. O pecado tirou todo o orgulho nacional (v.11-18).
4.O maior de todos os ultrajes é a perda da comunhão com Deus. Alguém pode perder os seus bens, a sua família e até a sua honra, mas perder a comunhão com Deus é desespero total. Deus nunca fica ultrajado e nem abalado, pois o pecado não Lhe afeta. O pecado traz consequências graves, mas Deus não está sujeito ao pecado. Porém, Deus ama o pecador e se compadece se seus sofrimentos. Ele reina soberano, mas quer que o pecador, arrependido, reine com Ele. A perda da comunhão com Deus é a maior consequência do pecado. Os judeus clamavam ao Senhor por Sua companhia. Estar longe de sua terra, de seus bens e sua honra era suportável, mas ficar longe de Deus era insuportável. O homem precisa de conversão. O crente desobediente precisa se voltar ao Senhor. Não há nenhuma maneira de renovar a fé se não for por meio do arrependimento e graça de Deus. As riquezas e a honra diante dos homens não livram o homem do peso da falta de comunhão com Deus. O Senhor não rejeitou o Seu povo para sempre. Nem mesmo em nossos dias. Deus tem um plano a ser executado em favor do povo judeu. Ele prometeu para Abraão, Isaque e Jacó e cumprirá. Para os pecadores, hoje, quer sejam judeus ou gentios, a esperança está em Cristo Jesus, Aquele que sofreu ultrajes para nos dar a honra de termos comunhão com Deus (v.19-22).
“Por fim, o povo pede que o Senhor o converta a ele, de modo que possa ser restaurado e renovado. É interessante que, em vários manuscritos hebraicos, o versículo 21 é repetido depois do versículo 22, talvez para encerrar o livro em tom de esperança, e não de melancolia. Na verdade, conforme Keil observa, uma compreensão correta do versículo 22 toma essa repetição desnecessária: Esse desfecho condiz inteiramente com o caráter de Lamentações, em que a queixa e a súplica devem continuar até o final, não, porém, desprovidas de um elemento de esperança, apesar de esta não se elevar às alturas da vitória jubilosa, mas, como Gerlach diz, ‘apenas tremeluzir de longe, como a estrela da manhã por entre as nuvens, o que não desfaz em si as sombras da noite, apesar de anunciar a aproximação do sol nascente e seu triunfo’.”[12]
Convivendo com as mudanças (Lm 5) 1.Mudança social brusca (v.1-5) 2.Mudança de conforto (v.6-10) 3.Mudança de dignidade (v.11-15) 4.Mudança no relacionamento com Deus (v.16-22) |
O desconforto do cativeiro (Lm 1-5) 1.Solidão, viuvez, trabalho forçado (1.1) 2.Troca por pão, fraqueza, desprezo (1.11) 3.Traição, falta de conselheiros (1.19) 4.O tabernáculo de Deus na terra é queimado (2.4) 5.As portas da cidade de Deus são derrubadas (2.9) 6.Os profetas de Deus não recebem mais visão (2.9) 7.Lágrimas, tristeza de alma e angústia em ver o sofrimento das crianças (2.11) 8.Angústia em ver o povo enganado por falsos profetas (2.14) 9.Um clamor pela vida dos filhos que estão morrendo de fome (2.19-20) 10.Ficar em silêncio (3.26-28) 11.Aceitar a humilhação diante dos homens (3.29-30) 12.Sensação de ser como aves sendo caçadas (3.52) 13.Humilhação (3.61) 14.A perda da dignidade dos nobres (4.7-9) 15.A perda da compaixão materna (4.10) 16.A perda de propriedades (5.2) 17.Despesas com água e lenha (5.4) 18.Distanciamento de Deus (5.20-22) |
Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2013
Notas
1. Lamentations of Jeremiah – Arend Remmers
(http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=142 no dia 21/07/2019)
2. Notes on Lamentations, pg. 16 – Lm 1.14 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
3. Structure and Meaning in Lamentations, pg. 315 - Homer Heater, Jr. – (Bibliotheca Sacra / July-September 1992 - Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)
4. Novo Comentário da Bíblia, pg. 8 – Lm 2.10 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
5. Comentário Bíblico Moody, pg. 9 – Lm 2.20-22 – (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)
6. Comentário Bíblico de Matthew Henry, pg. 3 – Lm 3.1-20 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)
7. Comentário Bíblico NVI, pg. 1116 – Lm 3.22-39 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)
8. Escarlata no v. 5 se refere às roupas e carpetes vermelhos bem típico dos ricos com abundância de alimentos.
9. Comentário Bíblico Expositivo do VT, pg. 196 – Lm 4.1,2,7,8 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)
10. O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 5, pg. 3189 – Lm 4.18 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)
11. Adam Clarke's Commentary on the Bible - (1715-1832) – Lm 5.4 - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
12. Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 698 – Lm 5.19-22 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)
[1] Lamentations of Jeremiah – Arend Remmers (http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=142 no dia 21/07/2019)
[2] Notes on Lamentations, pg. 16 – Lm 1.14 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)
[3] Structure and Meaning in Lamentations, pg. 315 - Homer Heater, Jr. – (Bibliotheca Sacra / July-September 1992 - Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)
[4] Novo Comentário da Bíblia, pg. 8 – Lm 2.10 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)
[5] Comentário Bíblico Moody, pg. 9 – Lm 2.20-22 – (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)
[6] Comentário Bíblico de Matthew Henry, pg. 3 – Lm 3.1-20 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)
[8] Escarlata no v. 5 se refere às roupas e carpetes vermelhos bem típico dos ricos com abundância de alimentos.
[9] Comentário Bíblico Expositivo do VT, pg. 196 – Lm 4.1,2,7,8 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)
[10] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 5, pg. 3189 – Lm 4.18 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)
[11] Adam Clarke's Commentary on the Bible - (1715-1832) – Lm 5.4 - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)
[12] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 698 – Lm 5.19-22 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)
Nenhum comentário:
Postar um comentário