25 Isaías

 Isaías

 

Introdução[1]

1.Isaías significa “A Salvação de Jeová”, sendo que a palavra salvação é repetida muitas vezes no livro. Aparentemente Isaías era de uma boa família, sendo que tinha acesso aos palácios de diversos reis. Isaías era filho de Amós, mas não o mesmo Amós, o profeta. Isaías era casado e pai de pelo menos dois filhos (7.3, 8.1-3). Isaías começou o seu ministério de profeta perto do final do reinado do Rei Uzias, ou cerca do ano 745 a.C. Isaías pregou até a virada do século. A tradição diz que ele foi serrado ao meio pelo perverso rei Manassés, tendo sido imprensado no oco de um tronco de árvore (Hb 11.37).

 

2.O livro de Isaías divide-se naturalmente em duas sessões: 1-39 e 40-66. A seguir uma comparação dessas duas sessões:

 

Capítulos 1-39

Capítulos 40-66

Antes do cativeiro babilônico

Após o cativeiro babilônico

Vitória de Judá sobre a Assíria

O remanescente liberto da Babilônia

Tema principal: condenação do pecado

Tema principal: consolação após o sofrimento

 

Isaías experimentou os eventos dos primeiros 39 capítulos, mas ele profetizou os eventos da segunda sessão do livro. Isaías profetizou a segunda parte do livro para confortar e encorajar os judeus que retornariam para a terra após seu exílio na Babilônia. Na primeira sessão a Assíria era o “inimigo número um”, na segunda sessão a Babilônia era o principal inimigo.

 

3.O próprio Isaías. Todos os comentaristas bíblicos admiram a cultura elevada do escritor e sua habilidade poética. Portanto, este livro profético é de extraordinária beleza literária. Só mesmo alguém frequentador dos palácios reais poderia refletir tal estilo. Alguns escritores atuais tentam provar que Isaías não é o autor de todo o livro, porém, o argumento principal deles põe em risco o fundamento do cristianismo, que é a crença na Inspiração das Escrituras, pois dizem que alguns acontecimentos são ditos fora da época de Isaías. Isaías, como profeta que foi, escreveu o que todos esperam de um profeta: acontecimentos futuros, fora de sua época. Esses comentaristas que duvidam da autoria de Isaías discutem, por exemplo, o fato do autor mencionar o nome de Ciro, rei da Pérsia. Para os que creem nas profecias bíblicas, isso reveste-se de grande importância, pois o profeta revela duzentos anos antes que um rei, até profetiza o nome dele, decretaria a libertação do povo de Judá para a sua terra. Portanto, além do nome e ação do rei, Isaías profetizou também, o cativeiro e o retorno do povo desse cativeiro.

 

4.Os seguintes nomes estiveram na história durante o ministério de Isaías.

 

REIS DE JUDÁ

PROFETAS

REIS DE ISRAEL

Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias

Oseias e Miqueias

Zacarias, Salum, Manaem, Pecaías, Peca e Oseias

 

5.Nenhum livro do V.T. dá um quadro tão completo de Jesus Cristo, como o livro de Isaías.

 

Aspecto da vida de Cristo

Referência em Isaías

Cumprimento em o N.T.

Nascimento

7.14, 9.6

Mt 1.23

Ministério de João Batista

40.3-6

Mt 3.1ss

Ungido pelo Espírito Santo

62.1-2

Lc 4.17-19

Cristo, o Servo

42.1-4

Mt 12.17-21

Israel rejeita o Cristo

6.9-11

Jo 12.38ss, Mt 13.10-15, At 28.26-27, Rm 11.8

Pedra de Escândalo

8.14, 28.16

Rm 9.32-33, 10.11, 1 Pe 2.6

Ministério entre os gentios

9.1-2, 49.6

Mt 4.15-16, Lc 2.32, At 13.47

Sofrimento e morte

52.13-53.12

Várias referências do N.T.

Ressurreição

45.23, 53.9-11

At 13.34, Fp 2.10-11, Rm 14.11

A vinda do Rei

9.6-7, 11.1ss, 32.1-2,

59.20-21, 62.2-3

Rm 11.26-27, Ap 19.13-15

 

6.O sofrimento do servo

1) Há 17 referências em Isaías ao “Servo de Jeová”. Em 13 dessas referências, a nação está em foco (41.8-9, 43.10, 44.1-2,21,26, 45.4, 48.20, 49.3,5-7). Em 4 dessas referências, Jesus está focalizado (42.1,19, 52.13, 53.11).

 

2) Toda a sessão de 52.13-53.12 é uma vívida descrição dos sofrimentos, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

 

3) Israel era o Servo de Jeová no que diz respeito à nação ser usada por Deus para trazer a Palavra e o Salvador ao mundo.

 

4) Israel foi um servo desobediente, o qual tinha que ser castigado. Jesus Cristo é o verdadeiro Servo de Jeová, o qual morreu pelo mundo e fez perfeitamente a vontade de Seu Senhor.

 

7.Os filhos de Isaías

1) Os nomes simbólicos de seus dois filhos (7.3 e 8.1-3) ilustram as duas mensagens do livro de Isaías.

 

2) Shear-jashub significa “um remanescente retornará” e refere-se à segunda metade da profecia, o retorno dos remanescentes da Babilônia.

 

3) Maher-shalal-hash-baz significa “corra aos despojos, apresse-se à caça” e refere-se aos capítulos 1-39, a vitória contra a Assíria.

 

8.Curiosidade para não ser levado tão a sério

1) Tem sido sugerido que o livro de Isaías é uma “Bíblia em miniatura”. Seus 66 capítulos são divididos em duas partes, 39 capítulos a primeira parte (correspondendo ao VT) e 27 capítulos a segunda parte (correspondendo ao NT).

 

2) Assim como o VT, os primeiros 39 capítulos enfatizam o julgamento; e os últimos 27 capítulos enfatizam a misericórdia e conforto, assim como o NT.

 

3) Embora seja bastante curioso, nenhum estudante da Bíblia deve aprofundar-se muito nessa “analogia” e, certamente, cada estudante sabe porque...

 

9.O cenário histórico

1) Lembre-se que a nação se dividiu após a morte de Salomão. Dez tribos do Norte foram organizadas e conhecidas como Israel e duas tribos do Sul como Judá. A capital de Israel era Samaria; a capital de Judá era Jerusalém.

 

2) Isaías ministrou em Jerusalém, mas sua mensagem tratava tanto do sul como do norte.

 

3) Isaías presenciou em seu ministério o declínio e, por fim, a ruína completa de Israel (o reino do norte), sob o poder da Assíria.

 

4) A cena política era muito interessante naquele tempo.

 

Ø  A Assíria era uma poderosa ameaça e outras nações queriam formar uma coligação para pelejar contra essa potência mundial.

Ø  O rei Acaz de Judá não quis juntar-se a essa Liga.

Ø  A SÍRIA (não a Assíria), junto com Israel (o reino do Norte) atacou Judá para tentar forçá-la a cooperar com eles (2 Rs 16.1-6).

Ø  Muitos de Judá foram tomados como prisioneiros, mas graças a intervenção do profeta Obede esses prisioneiros voltaram para Judá (2 Cr 28.5-15).

Ø  Ao invés de confiar no Senhor, Acaz voltou-se a Assíria para obter ajuda (2 Rs 16.7-9), ainda que o profeta Isaías tenha aconselhado Acaz (Is 7.1-12).

Ø  A Assíria estava muito feliz por conseguir “chegar às portas”da Terra Santa.

Ø  A Assíria feriu Israel em 721 a.C. (2 Rs 15.29, 17.5-6,18-23), mas Judá tornou-se um Estado vassalo (súdito) para a Assíria. Era o preço que Acaz, o rei de Judá, tinha de pagar (2 Rs 16.7-8).

Ø  Dessa forma, Israel “fora do caminho” da Assíria (2 Rs 17.23), essa decidiu atacar Judá e escravizar toda a nação judaica (701 a.C., 2 Rs 18.13).

Ø  Isaías disse ao povo para confiar no Senhor para ajuda, mas vários grupos tentavam persuadir o rei Acaz para fugir para o Egito e receber proteção daquela nação (Is 31).

Ø  Isaías andou três anos descalço e vestido como escravo, profetizando assim, o futuro do Egito, portanto, mostrando ao povo que não deviam confiar do Egito.

Ø  Nos capítulos 36-39, Isaías fala-nos como Deus deu ao rei Ezequias vitória sobre a Assíria em frente aos muros de Jerusalém (2 Rs 19.35-37).

Ø  Judá ficou muito debilitada por causa da guerra e, suas cidades tinham sido arruinadas pelo inimigo de tal forma, que a nação nunca realmente restabeleceu-se e, por isso, outros povos (edomitas e filisteus) se aproveitaram da situação (2 Cr 28.16-22).

Ø  A Assíria foi ferida pelos egípcios; os egípcios foram destruídos pelos babilônios; e em 606-587 a.C., os babilônios tomaram Judá em cativeiro.

Ø  Assim na primeira metade desse livro, Isaías aconselhou a nação concernente a Assíria e na outra metade do livro, Isaías confortou o remanescente a respeito de seu retorno da Babilônia.

 

10.Esboço simples

 

 I.Condenação (1-39 - A derrota da Assíria)

II.Consolação (40-66 - O remanescente liberto da Babilônia)


Capítulo 1: A vaidade de um povo rebelde e o convite gracioso de um Deus de amor

Judá, também chamada Israel, tem menos conhecimento de seu dono do que um boi ou um jumento. O pecador abandonou a Deus. Está todo doente pelo pecado. Israel está devastada. Podemos dizer que o mundo está doente por causa do pecado e rebeldia. Judá é como um rancho caindo aos pedaços numa roça. Por pouco não se tornou como Sodoma e Gomorra. Deus apelidou Judá de Sodoma e Gomorra. Deus não se importa com os rituais religiosos de um povo desobediente. Deus prefere que o adorador faça a justiça e não deixe perecer os necessitados. As mãos dos líderes estão cheias de sangue inocente. Deus está disposto a perdoar completamente o pecador. O vermelho forte do pecado se torna branco. O Senhor Jesus Cristo derramou Seu precioso sangue para lavar todas as manchas do nosso pecado. Mesmo o povo escolhido para ser bênção neste mundo pode se tornar como prostituta e ladrão. Deus quer purificar o pecador da escória. Se o pecador não se arrepende, não há mais nada a fazer, só resta a condenação (Leia Jeremias 2.20 e Isaías 65.3) (v.1-31).

 

“Há uma pequena ilha que ainda não submergiu no mar da iniquidade, e esta é para Ele, não para eles mesmos que a ‘semente santa’ deve ser protegida de seguir a multidão para fazer o mal. Que comparação dolorosa para o orgulho nacional ser como ‘Sodoma’ e ‘Gomorra’!”[2]

 

A vaidade de um povo rebelde e o convite gracioso de um Deus de amor (Is 1)

1.A nação de Judá é rebelde e carregada de pecados (v.1-9)

2.A religião não pode salvar o pecador (v.10-17)

3.Deus convida o pecador para aceitar a salvação ou será julgado para sempre (v.18-31)

 

Capítulo 2: A restauração de Israel e a destruição de toda a idolatria

1.As profecias quase sempre apontam para dois cumprimentos. Primeiro, para a época em que o profeta vive e, segundo, para uma época futura. Nem sempre o profeta entende o significado das profecias. A Casa de Deus da qual Isaías fala é o Templo. Ficava no Monte Sião em Jerusalém. Voltará a ser construída ali. Atualmente um templo de adoração islâmico está edificado naquele monte. Quando o povo voltasse do cativeiro de Judá, o templo seria reconstruído. Isto já aconteceu. Esdras e Neemias falam desse tempo. Porém, este templo já foi destruído novamente. Em um tempo que ainda não se cumpriu, Jesus Cristo reinará neste mundo. O templo será restabelecido em Jerusalém e os povos do mundo todo irão adorar ao Senhor e aprender de Sua Palavra. Toda a guerra cessará. Toda a violência será tirada do mundo. Não haverá mais potências bélicas. O único governante que conseguirá isto será Jesus, O Messias de Israel e governador do mundo. Os instrumentos de guerra se transformarão em ferramenta de trabalho. O mundo está em trevas, mas a luz do Senhor prevalecerá. Porém, a luz de Deus está disponível em todas as épocas. Deus convida a todos a andar na luz do Senhor. A separação que Deus ordenou a Israel não foi obedecida e o resultado foi a disciplina. Israel se contaminou com idolatria e espiritismo (v.1-6).

 

Agoureiro = Pessoa que prediz o futuro através de sinais, objetos ou animais. Exemplo: Coruja em cima de uma casa é um mau agouro de que alguém da família morrerá.

 

2.As riquezas do povo foram um laço, pois os ricos não deram glória a Deus, antes se tornaram orgulhosos, pensando ser autossuficientes. Junto com a arrogância vem a idolatria que é o desvio de Deus. Se acharmos que Deus não é necessário faremos deuses conforme nossa preferência. Por causa do orgulho, apego às coisas materiais e idolatria, Deus disciplinará o Seu povo e o pecador se tornará aviltado, ou seja, humilhado. O apego ao dinheiro, que é uma forma de idolatria, nos deixa cegos e orgulhosos. A consequência imediata é um afastamento de Deus e, finalmente, a disciplina do Senhor. A disciplina já foi decidida por Deus e só resta esperar pela misericórdia depois de toda a disciplina. Um dia os povos desejarão não só entrar em cavernas, mas que os montes caiam sobre eles e os matem (v.10-11,19 e 21 veja também Lucas 23.30 e Apocalipse 6.16). O pecador descansa em sua altivez, mas um dia vem o julgamento. Individualmente já está acontecendo, mas um dia haverá um julgamento universal, aqui chamado de “Dia do Senhor” (v.7-12).

 

3.Alguns símbolos de grandeza, conhecidos da época, são mencionados para comparar à arrogância do pecador. Deus pode derrubar o pecador assim como um raio derruba uma árvore centenária. Não serão Satanás, o Anticristo ou o Falso Profeta que espantarão a terra. O julgamento é de Deus. Nenhum “santo” ou ídolo permanecerão. Os ídolos não ajudarão em nada, por isso, os adoradores, decepcionados, jogarão fora aquilo que jamais deveria fazer parte do coração do homem. Os idólatras temerão ao Senhor, mas se não fizerem isso em tempo, o temor será de pavor e não de salvação. O conselho de Deus ao pecador é que não confie no homem. Se há fôlego no homem, é somente enquanto Deus permite. O homem não tem valor a ponto de colocarmos nossa confiança nele (v.13-22).

 

“O versículo 8 mostra outra razão para a ira do profeta: a terra está cheia de ídolos. O povo havia condescendido em relação à loucura dos pagãos e se ajoelhara diante da criação de seus próprios dedos (cf. 44.10ss.). Desta forma, os arrogantes se degradaram, quer pertencessem à plebe, quer às classes mais altas. Por causa deste pecado o Senhor está vindo para julgar (v.10-22).”[3]

 

A restauração de Israel e a destruição de toda a idolatria (Is 2)

1.A Palavra de Deus, Sua paz e Sua luz governarão este mundo ímpio, violento e em trevas (v.1-5)

2.A glória do Senhor e o Seu terror abaterão este mundo  orgulhoso e idólatra (v.6-22)

 

Capítulo 3: A maldade de Judá será julgada por Deus

1.Deus tirará o sustento. O homem cede ao ver seu sustento indo embora. Deus tirará os líderes da nação (capitães, valente, guerreiro, juiz, artífices, conselheiros, orador que é um encantador, profeta, adivinho e ancião). Ignorantes e imaturos governarão. Pessoas despreparadas precisam de líderes sábios. Muita responsabilidade, um projeto falido mais a falta de preparo. Muita responsabilidade = Sê nosso príncipe, Um projeto falido = governa esta ruína, Falta de preparo = Não sou médico, não tenho pão e roupa. O julgamento é por desafiarem Deus. O pecador está se autodestruindo. Situação semelhante já causou o julgamento de Deus sobre o pecador. Exemplo: Sodoma. Mesmo em cativeiro, os justos não têm o que temer. Daniel e seus amigos, Neemias, Esdras, Jeremias e outros foram íntegros mesmo em cativeiro. Pessoas sem entendimento e sem condições governarão o povo. Os atuais líderes (da época do cativeiro) não são melhores. Não são os babilônios, mas é o próprio Deus quem está julgando Judá. Deus usa quem quiser para disciplinar o Seu povo por causa da rebeldia. Por causa da maldade, Deus julgará as mulheres arrogantes (v.16-26, 4.1). Filha de Sião = Jerusalém (veja 1.8). Filhas de Sião = Mulheres (3.16). Talvez as mulheres dos líderes. São arrogantes (v.16). Emproado = vaidoso, Impudente = sem pudor. Andar com passos curtos = andar com afetação se insinuando. Tinir os ornamentos dos pés = correntes com sinos nos tornozelos. Deus julgará as mulheres arrogantes. Deus pode tirar aquilo que é mais desejável para nós, assim como tirará os ornamentos dessas mulheres (v.1-16).

 

“Para saber que alguém é nosso amigo, devemos ter certeza que ele se alegra com o nosso sucesso e que se entristece com nossos fracassos. Para conhecer nosso Criador, devemos ter certeza de Seu prazer em nossa confiança, Sua força em nossa fraqueza e Sua advertência em nosso descuido.”[4]

 

Deus julgará as mulheres (Is 3.17-23)

1.Queda de cabelo (v.17)

2.Serão despidas na invasão dos soldados (v.17)

3.Os sininhos dos tornozelos tirados (v.18)

4.As testeiras (toucas) tiradas (v.18)

5.Os colares de meia-lua tirados (v.18)

6.Os pendentes tirados (v.19)

7.Os braceletes tirados (v.19)

8.Os véus tirados (v.19)

9.Os turbantes tirados (20)

10.As correntes dos tornozelos (v.20)

11.Os cintos tirados (v.20)

12.Os sachês de perfumes tirados (v.20)

13.Os anéis tirados (v.21)

14.Os pendentes da testa e nariz tirados (v.21)

15.Os vestidos de festa despidos (v.22)

16.Os mantos despidos (v.22)

17.As mantilhas (xales) despidas (v.22)

18.As bolsas arrancadas (v.22)

19.Os espelhos arrancados (v.23)

20.As roupas de linho arrancadas (v.23)

21.As tiaras (diademas) tiradas (v.23)

22.Os xales (mantilhas) tirados (v.23)

 

2.Além de perder o que amavam, sofrerão o ódio dos inimigos (v.24-26).

 

 

 

Perdendo o que ama (Is 3)

1.Perfume – podridão

2.Cinta – corda

3.Penteado – calvície

4.Veste de luxo – pêlo de cabra (lamento, cilício)

5.Formosura – queimadura

 

E mais... Luto por causa da viuvez

Toda a nação (Sião) se lamentará

 

A maldade de Judá será julgada por Deus (Is 3)

1.Por causa da maldade, Deus julgará o povo e os líderes (v.1-15)

2.Por causa da maldade, Deus julgará as mulheres arrogantes (v.16-26, 4.1)

 

Capítulo 4: O renovo do Senhor

Renovo é um broto renascendo de um tronco. O Messias de Israel, o Senhor Jesus, é o Renovo. Há sempre um remanescente fiel a Deus. Remanescente significa restante. Na Bíblia se refere às pessoas em Israel que não seguiram a maioria em seu pecado contra Deus. Os santos são todos os que creram nas Promessas de Deus para a Salvação. O prêmio em ser santo é a vida com Deus. O significado correto de santo: Alguém que simplesmente creu no Salvador sabendo que não merecia nada Dele. Agora é separado por Deus como propriedade exclusiva Dele. Somente os inscritos habitarão a cidade santa. Somente os salvos fazem parte da família de Deus. A purificação é a única maneira do povo se encontrar com Deus. Assim como no Tabernáculo, Deus visitará o Seu povo em Seu reino sobre a Terra. Dossel = Armação sobre um altar, Pavilhão = Parte anexa de uma construção, normalmente desmontável. A proteção do Senhor será permanente sobre o Seu povo. Estamos permanentemente protegidos por Jesus (v.1-6).

 

“Este versículo [v.1] mostra os horrores que estavam para vir. A guerra sempre resultou na dizimação da população masculina. Por exemplo, aproximadamente um milhão de soldados homens franceses, um milhão de alemães e meio milhão de ingleses morreram na Primeira Guerra Mundial. Muitos homens morreriam em Israel e as mulheres ficariam desesperadas por companhia e sustento dos homens. Elas estariam dispostas a se humilharem para escapar da reprovação de estarem sem maridos e filhos.”[5]

 

O Renovo para os salvos

1) O Renovo é belo

2) O Renovo é glorioso

3) O Renovo é frutífero

4) O Renovo é excelente (orgulho)

5) O Renovo é adorno

 

Incompreensões sobre ser santo

1.Alguém que já morreu e é adorado.

2.Alguém que não peca mais.

3.Alguém que mereceu mais do que outros.

 

 

 

Os benefícios da purificação do crente

1.Utilidade para a obra de Deus (2 Timóteo 2.21)

2.Exclusividade para Deus (Tito 2.14)

3.Serviço a um Deus vivo (Hebreus 9.14)

4.Livre de uma má consciência (Hebreus 10.22)

5.Deus se achegará ao que se purificar (Tiago 4.8)

6.O amor fraternal não será fingido (1 Pedro1.22)

7.Esperança (1 João 3.3)

 

Algumas imundícias que podem sujar o crente (v.4)

1.A incredulidade

2.A imoralidade

3.A negligência

4.A ansiedade

5.A amargura

6.O mundanismo

7.A rebeldia aos princípios da Palavra de Deus

 

Algumas proteções que cobrem o crente

1.Proteção do mundo, da carne e de Satanás

2.Proteção do fascínio do mundo

3.Proteção do desejo de se desviar da Palavra

4.Proteção de todos os ataques do inimigo

 

O Renovo do Senhor (Is 4)

1.O Renovo é o Salvador de Israel (v.2-4)

2.O Renovo é a proteção de Israel (v.5-6)

 

Capítulo 5: A vinha má e os Ais

1.Uma vinha em um monte fértil. Deus ama tanto o pecador! O profeta canta ao seu Amado, o Deus de Israel. Israel é a vinha. Fica numa região mais alta que as outras nações ao redor e é bem fértil enquanto ao redor há desertos áridos. A nação foi muito abençoada por Deus. Uma vinha bem cuidada. As ferramentas certas foram usadas. O terreno foi bem limpo. As mudas foram selecionadas. Até foi construído um lagar na vinha para a fabricação de vinho. Deus cuidou para que Israel fosse produtiva espiritualmente. Uma vinha má. Apesar de todo o cuidado, a vinha vingou frutos ruins. Tudo o que Deus proporciona para o crente é bom. A Palavra, a Igreja, a oração, os irmãos, etc. Os crentes ruins não são produzidos por Deus, mas eles próprios se fazem ruins pela desobediência (v.1-4).

 

2.Uma vinha destruída. Nada mais resta, senão arrancar as estacas e as vinhas (sebe e paredes). Os animais do pasto aproveitarão da vinha amaldiçoada. Só Deus tem o poder de impedir a chuva, mostrando que o assunto é espiritual. Quando um crente não produz o fruto do Espírito, ele fica largado à destruição (João 15). Uma vinha espiritual. O assunto é espiritual e não de agricultura. A agricultura nos ensina a pensar em Deus. No seu cuidado e no crescimento. Não havendo crescimento, deve-se dar espaço para outra cultura ou outra tentativa com outra muda. O crente desobediente pode ser substituído pelos neófitos (recém-plantados) (v.1-7).

3.O acúmulo de propriedades parece um investimento justo, porém, Deus deixou a terra para todos. O que se chama “propriedade” hoje, foi o fruto de espoliação no passado. Exemplo: as terras indígenas. O acúmulo de imóveis impede o livre desenvolvimento de um vilarejo. 10 jeiras = 350 hectares (35.000 mt2). 1 bato = 37 litros. 1 ômer = 360 litros. 1 efa = 37 litros. As festas desviam o olhar do crente para o lamento necessário pelo pecado. Em lugar de casas cheias e festas, os peregrinos e animais se fartarão das propriedades abandonadas e fartas. O pecado quando desejado é puxado com força pelos pecadores. O pecador desafia a justiça de Deus, achando-a distante e ausente. A troca de valores faz o pecador desejar a escuridão e o amargo. Quais são os valores que já trocamos por falta da justiça de Deus em nossas vidas? A verdade é Jesus e fora Dele só há esforço humano. A sabedoria do homem é loucura para Deus e a sabedoria de Deus é loucura para o homem. O suborno abre um caminho fácil para a injustiça. Os julgamentos facilitados pelo suborno foram executados contra Jesus, Estevão e por toda a história. Ai dos que rejeitam a Palavra de Deus: Um fogo consumidor (v.24), Uma mão estendida e não satisfeita (v.25), Um assovio de ataque (v.26), Umas nações cheias de força e pavor (v.27-30) (8-30).

 

“Por que essas mensagens proféticas são tão difíceis de se compreender? Normalmente, a maior barreira que o intérprete encontra é a imensa distância (cronológica, geográfica, cultural e linguística) que separa o intérprete do autor profético. No entanto, devido aos avanços modernos no criticismo textual, filológico e arqueológico, normalmente, é possível cruzar essa extensão. Mesmo assim, quando essa árdua jornada é completada de modo satisfatório, os problemas, às vezes, permanecem. Frequentemente, a mensagem profética desafia as tentativas para discernir seus princípios de organização e resumo dos temas teológicos. Parece que as palavras do profeta são desorganizadas. Para piorar, os profetas nem sempre expressam suas ideias com declarações proposicionais e diretas. De fato, seu estilo altamente poético e apaixonado frustra os esforços de teologizar suas mensagens.”[6]

 

A vinha má e os Ais (Is 5)

1.A vinha má (v.1-7)

2.Os Ais contra os perversos (v.8-30)

 

Os ais (Is 5)

1.Ai dos proprietários e latifundiários (v.8-10)

2.Ai dos que bebem e festejam (v.11-17)

3.Ai dos iníquos (v.18-19)

4.Ai dos injustos (v.20)

5.Ai dos sábios aos próprios olhos (v.21)

6.Ai dos que subornam (v.22-23)

7.Os Ais de modo geral contra os que rejeitam a Palavra de Deus (v.24-30)

 

Os pensamentos de Deus sobre o homem (Is 1-5)

1.O homem abandonou Deus (1.2,4)

2.O homem é arrogante (2.7-9,11-12,17)

3.O homem é opressor (3.5,11-12,14-15)

4.O homem é impuro (4.3-4)

5.O homem é merecedor dos Ais (5.8,11,18,20-22)

 

 

 

Capítulo 6: A visão de Isaías e o chamado de Deus

1.Quem servirá a Deus em Sua obra deve, primeiro, vê-Lo. Isaías não viu um deus-servo, mas um Deus glorioso. Isaías viu o Deus Santo como uma Triunidade. Isaías viu um Deus presente e poderoso. Quem servirá a Deus deve reconhecer que é um pecador que depende da Sua misericórdia. Quem servirá ao Senhor precisa ser purificado pelo próprio Deus. O pecado não confessado é um peso desnecessário que prejudica a si mesmo e a obra. Livre-se dele. O Deus triúno (“Quem há de ir por nós”) tem um chamado pessoal. Não havia uma multidão, só Isaías. O chamado de Deus não é para uma obra fácil, pois O servimos entre os que não querem ouvir. Deus nos chama para pregar aos corações endurecidos (v.1-10).

 

2.Deus promete juízo e salvação ao remanescente. O profeta se compadece do povo, mas Deus já pronunciou o juízo contra os rebeldes. No entanto, restará uma semente santa que são os crentes quebrantados com o juízo santo de Deus. Sempre haverá rebeldes, mas também salvos. Deus chama pessoas para Sua obra. Deus mostra a dificuldade da Sua obra. Deus promete juízo e salvação ao remanescente (v.11-13).

 

“Há indicações por toda a pregação de Isaías que o profeta esperava que o povo se arrependesse. Tal expectativa implicaria uma esperança para um remanescente e, talvez, para restauração... Somos confrontados com um paradoxo. Encontramos na mensagem de Isaías, julgamento por um lado e o oferecimento de arrependimento por outro... Enquanto a comissão de Isaías no capítulo 6 não prediz somente, mas, de fato, auxilia em trazer a destruição nacional, ali poderia muito bem ser uma antecipação da sobrevivência de um remanescente, do qual emergirá um povo ‘santo’ e ‘justo’.”[7]

 

A visão de Isaías e o chamado de Deus (Is 6)

1.A visão e purificação do profeta Isaías (v.1-7)

2.O chamado de Deus ao profeta Isaías (v.8-13)

 

Capítulo 7: Cativeiro da Assíria. Promessa de um Libertador. Punição aos que não confiarem no Libertador

1.Ano 735 a.C. Acaz, rei de Judá, filho de Jotão, neto de Uzias (veja cap. 6). Peca, rei de Israel e Rezim, rei da Síria, não conseguiram vencer Judá. O motivo da luta: Forçar Judá a se unir à Israel e Síria contra a Assíria. O servo de Deus não precisa fazer alianças erradas, pois está do lado do vitorioso. Casa de Davi = Judá. Efraim = Israel. Acaz ficou agitado, pois tinha medo. Isaías e o filho tinham uma mensagem de esperança para o rei Acaz (Shear-Jashub, um resto volverá ou voltará). Aqueduto = Adutora para levar suprimento de água. Acaz queria verificar o suprimento de água, por causa do cerco contra Jerusalém. Açude = Reservatório de água. Um lago. Campo do lavadeiro = Onde lavavam, secavam e alvejavam roupas. Acaz não precisava temer Rezim e Peca. Eram como gravetos tirados de uma fogueira. O objetivo de Israel e a Síria era usurpar o trono de Acaz para conseguirem apoio, colocando no lugar um príncipe chamado Tabeal, talvez da Síria. O mundo, Satanás e a carne querem nos amedrontar para não confiarmos no Senhor e buscarmos recursos em algo que não seja Deus (v.5-6).

 

2.Deus julgará a Síria e Israel irá para o cativeiro em 65 anos (669 a.C.). Se Acaz não crer, não ficará firme. Damasco era a cidade mais importante da Síria, a capital. Rezim era o seu rei. O reino de Israel (o Norte) seria levado para o cativeiro da Assíria. A Síria não o livraria. O filho de Remalias era Peca, o rei que fez aliança com a Síria. Acaz podia pedir um sinal para saber que Isaías estava falando a verdade. Porém, Acaz não quis acreditar no profeta. Os líderes incrédulos cansam os seus liderados e também cansam o próprio Deus. Acaz não quis um sinal, mas mesmo assim veria. O profeta Isaías se casaria com uma virgem e esta lhe daria um filho que seria o “calendário” de Deus para o cativeiro. Profecia dupla: Jesus Cristo cumpre totalmente essa profecia (Mateus 1.23). O filho de Isaías não se chamaria Emanuel, mas Maher-Shalash-Hash-Baz (Isaías 8.1-2). O menino viverá uma vida normal com a dieta judaica (manteiga e mel). Antes de se tornar responsável (12 anos) virá o cativeiro. Em 721 a.C., 11 anos desta profecia, Samaria foi tomada em parte, mas o cativeiro completo viria 65 anos depois (v.7-16).

 

“A profecia em Isaías 7.14 foi pronunciada a Acaz num tempo no qual ele precisava de um milagre para confirmar a intenção de Deus livrar de seus inimigos. O sinal que ele pedira e o sinal da profecia de Isaías são, ambos, claramente ocorrências sobrenaturais, semelhante ao sinal de Ezequias em Isaías 38. Consequentemente, o nascimento de Emanuel deveria ser um nascimento sobrenatural. Nenhuma mulher casada ou não casada concebendo por meio de relação normal teria cumprido essa exigência.”[8]

 

3.Dias como nunca houve. Moscas e abelhas (exércitos do Egito contra a Assíria). Varrerão os suprimentos de Israel. 3.Rapados como uma navalha. O rei Senaqueribe foi “alugado” (subornado) pelo rei Acaz (2 Crônicas 28.21) para sua própria destruição. Senaqueribe destruiu 46 cidades em Judá no ano 701 a.C. Pouca gente na terra. Poucos animais serão suficientes para suas necessidades. 5.Terras desvalorizadas. As florestas serão tão vastas que para entrar será preciso arco e flecha por causa das feras (v.17-25).

 

Quando cansamos a Deus? (Is 7)

1.Quando não cremos em Sua Palavra

2.Quando insistimos no pecado

3.Quando confiamos em nossos próprios recursos e não no Senhor

 

Profecia do cativeiro da Assíria, a promessa de um Libertador e a punição aos que não confiarem no Libertador (Is 7)

1.Profecia do cativeiro (v.1-9)

2.Promessa de um Libertador (v.10-16)

3.Punição aos incrédulos (v.17-25)

 

Capítulo 8: A invasão dos assírios

1.Deus escreveu para nossa advertência (1 Co 10.11). Quando lemos somos advertidos, mas quando não lemos podemos nos machucar. O filho do profeta era o sinal para o rei Acaz (veja 7.14). Deus sempre cumpre as Suas promessas. Deus não esperaria até 11 anos (veja 7.16), mas daria um sinal aos 3 anos (“papai, mamãe”). Deus quer nossa mudança, por isso, a disciplina pode ser progressiva. Siloé era uma fonte agradável em Jerusalém. Quando preferimos outras fontes que não sejam as divinas, corremos o perigo de sofrer para sentirmos sede da Água Viva. As águas fortes são o exército da Assíria contra Israel. O profeta suspira pelo sofrimento de Israel, talvez olhando para o seu Emanuel, o seu filho. Jesus também chorou sobre Jerusalém (Mt 23.37-39) (v.1-8).

 

2.Os que quiserem destruir os planos de Deus serão destruídos. Você está tentando destruir algum plano de Deus na sua própria vida? Deus não está aceitando os planos dos ímpios. Ele está conosco, é o nosso Emanuel. Você confia que os planos de Deus são os melhores para a sua vida porque você está em Cristo? A advertência de Deus para não aceitarmos as palavras dos incrédulos, mesmo que estejam entre o Seu próprio povo. Você sabia que é preciso tomar cuidado até com os conselhos dos que se dizem crentes, mas que não andam em obediência a Deus? O povo acusa Isaías de conspiração (conjuração) por não aceitar a aliança do rei Acaz com a Assíria. Você já foi acusado de estar “por fora” por não querer andar com o mundo? (v.9-12).

 

3.O discípulo do Senhor espera somente Nele. O discípulo só precisa temer a Deus e se santificar para Ele. Você está se purificando para Ele através da Sua Palavra? As duas casas de Israel (Judá e Israel ou Efraim) estão caindo na armadilha. Você já reparou que o mundo está tentando arrastar sua vida para longe de Deus? O discípulo do Senhor amarra a Lei em seu coração. Você está guardando a Palavra de Deus na sua vida? O discípulo espera no Senhor e Este não esconderá o rosto dele. Você está esperando no Senhor ou confiando em si mesmo e perdendo a bela visão do rosto do Senhor? Isaías tinha o testemunho através de seus dois filhos (7.3 e 8.3). Você está confiando nos testemunhos de Deus em Sua vida (Bíblia, Espírito Santo, irmãos, situações, conselhos, etc)? Todos estão na mesma corrida (v.13-18).

 

4.A doutrina espírita ganha espaço em todas as épocas. As pessoas abandonam a Deus para buscar os ensinos dos demônios. Você acredita em horóscopos, necromancia e nos sobrenaturais demoníacos? Torá e Teudá (Lei e Testemunho). A resposta às doutrinas espíritas é a Palavra de Deus. Os demônios são mentirosos. Você confia nas promessas infalíveis de Deus? Nem o sofrimento cura as pessoas de sua incredulidade e espiritismo. O sofrimento e a disciplina do Senhor estão produzindo frutos de Deus na sua vida? Os seguidores de Satanás serão lançados para a perdição eterna. Você realmente crê que existem dois caminhos: o de salvação com Cristo e o de perdição com o diabo e os seus seguidores? (v.19-22).

 

“A perda da fé em Deus resulta em um aumento da superstição. A infidelidade em Judá encorajou seus irmãos a buscarem conselho sobre o futuro em médiuns, feiticeiros e espiritistas – em vez de buscarem em Seu Deus (cf. Lv 19:31; 20:6; Dt. 18:11)... Quão irônico é consultar os mortos para informação sobre os vivos (1 Sm 28.6-8)!”[9]

 

As testemunhas que Deus usa para nosso aviso:

A Bíblia

 Os irmãos em Cristo

 Os incrédulos

 O sofrimento

 As situações da vida

 Os sentimentos

 A paz ou a falta de paz

 As experiências de outros

 

O desprezo pela Palavra do Senhor (Is 8.1-8)

1.Deus escreveu para nossa advertência (v.1-2)

2.Deus estabeleceu a disciplina para nossa mudança (v.3-4)

3.Deus encheu a vida de  sofrimento para nossa dependência Nele (v.5-8)

 

A esperança somente no Senhor (Is 8.9-22)

1.Os povos não podem destruir a nossa esperança no Senhor, o nosso Emanuel (v.9-12)

2.A esperança no Senhor está selada no coração dos Seus discípulos (v.13-18)

3.A nossa esperança não está nas doutrinas espíritas (v.19-22)

 

Capítulo 9: A esperança de luz e alegria

1.Os povos estão em extrema angústia e trevas por causa do pecado. Jesus morou na Galileia, portanto, a luz brilhou ali. No entanto, rejeitaram a luz. Os povos se encherão de alegria como na Festa das Colheitas. Alegria igual ao encher sua casa de mantimentos. A alegria será como quando Gideão, com 300 soldados, venceu os midianitas. As botas e as vestes do inimigo queimadas são símbolo de vitória completa. A vitória será conquistada por causa de um menino, Jesus Cristo que se tornou homem. A vitória do Messias se estenderá por toda a terra e por toda a eternidade. Só, então, haverá um reino justo na terra (v.1-7).

 

2.O povo de Samaria, Israel, pensava que se fosse invadido logo se restabeleceria. A aliança com a Síria de nada ajudará, pois Deus levantará inimigos para destruir Efraim, Israel. A indiferença do povo em reconhecer que o maior inimigo é o próprio Deus. Deus não respeitará nem os líderes e nem os profetas, pois todos são falsos e devoram o povo. Nem os necessitados são justos. Todos se esqueceram do Senhor e merecem o julgamento. A maldade dos líderes se tornou em anarquia, por isso todos sofrem. A anarquia que é a falta de ordem por parte do governo causa a guerra civil, irmão contra irmão. As tribos começam a brigar entre si e o reino vira uma anarquia. Quando o próprio povo faz mal para si mesmo, então, chegou a hora do juízo. Os líderes falharam na assistência aos pobres, por isso, sofrerão a falta de assistência de Deus. Chegou o momento em que a disciplina é certa e o melhor é se entregar a ela (v.8-21 e 10.1-4).

 

“Os dirigentes do povo o guiavam mal. Temos razão para temer aqueles que falam bem de nós quando fazemos algo mal. A maldade era universal e todos estavam infectados com ela. E quando os caminhos dos homens desagradam ao Senhor, Ele faz com que até seus amigos se coloquem em guerra contra eles.”[10]

 

A esperança de luz e alegria (Is 9.1-7)

1.A esperança de luz ao invés de trevas (v.1-2)

2.A esperança de alegria ao invés de jugo pesado (v.3-5)

3.A esperança de um Messias (v.6-7)

 

Profecia contra Israel, o reino do Norte (Is 9.8-21, 10.1-4)

1.A arrogância fez o povo cair (v.8-12)

2.A apatia fez o povo cair (v.13-17)

3.A anarquia fez o povo cair (v.18-21)

4.A assistência precária aos pobres fez o povo cair (10.1-4)

 

Capítulo 10: Profecia contra a Assíria

1.Deus quis disciplinar Israel usando a Assíria como uma vara de Sua ira. O nome do filho de Isaías está se cumprindo com a vara da disciplina (veja 8.3). A Assíria começou a pensar que era indestrutível, mas o propósito de Deus era somente usá-la como vara. A Assíria começou a achar que os seus príncipes eram melhores que os reis de outras nações. Todas as cidades mencionadas foram conquistadas pela a Assíria e, por isso, está arrogante. Nações poderosas foram conquistas pela a Assíria. Israel e Judá seriam apenas mais duas conquistas. A próxima conquista da Assíria seria o reino Sul, Judá, as duas tribos que restaram (v.1-11).

 

“Aqueles juízes injustos e oficiais do governo que abusavam do poder oprimindo o seu povo e pronunciando sentenças e decretos injustos para seu próprio ganho pessoal teriam suas iniquidades devidamente castigadas diante do tribunal da justiça de Deus. Perderiam todas as suas propriedades desonestamente adquiridas quando os invasores estrangeiros os despojassem de tudo o que tinham, levando-os como miseráveis prisioneiros para o cativeiro. A vossa glória. Os tesouros e valores que tinham em substituição de Deus (a verdadeira glória de Israel).”[11]

 

2.Judá também precisa de disciplina. Depois disso, Deus julgará a Assíria. A vaidade da Assíria era insuportável. A vaidade está ligada à arrogância. A vaidade deixou a Assíria cega quanto ao fato de que era apenas um instrumento nas mãos de Deus. Por causa da vaidade, a Assíria será desmatada, doente e perderá sua glória. A vassoura que varrerá a Assíria também varrerá a sujeira de Israel. Israel se converterá. A Assíria lembrava o Egito. Assim como Deus destruiu o exército do Egito, destruirá a Assíria. A Assíria virá com violência sitiando Jerusalém, de cidade em cidade. O exército da Assíria, fechado como uma floresta, será derrubado pelo machado de Deus (v.12-34).

 

Profecia contra a Assíria (Is 10.5-34)

1.A Assíria é apenas uma vara da disciplina de Deus sobre Israel (v.5-11)

2.A Assíria se tornou vaidosa em si mesma (v.12-19)

3.A Assíria será varrida pela destruição do Senhor (v.20-27)

4.A Assíria experimentará a violência do Senhor contra ela (v.28-34)

 

Você já sentiu a vara de Deus na sua vida?

1.Deus pode usar situações na sua vida como vara para discipliná-lo.

2.O instrumento que Deus usa para disciplinar você pode ser uma pessoa vaidosa.

3.Deus varrerá a sujeira dos hipócritas, mas antes lidará com você.

4.Deus julgará toda a violência contra você.

 

A incapacidade do homem de se salvar (Is 6-10)

1.O homem está perdido diante do Deus Santo (6.5,10)

2.O homem precisa crer (7.9-12,14)

3.O homem tropeça em Deus (8.14-15,21-22)

4.O homem rejeita a luz de Deus (9.2,6,9-10,13)

5.O homem não busca a Deus no juízo (10.3-4,13,15,17,25,33)

 

Capítulo 11: O renovo do tronco de Jessé

Jessé foi o pai de Davi. Jesus é o descendente de Davi. O Espírito Santo controlou o ministério de Jesus, Jesus julgará com o juízo do Pai. Ele sempre foi obediente. O julgamento de Jesus será aplicado somente quando estabelecer o Seu reino. Jesus é todo justiça (cinto). Se Ele estivesse reinando agora, este mundo não seria corrupto. Jesus restaurará a harmonia da Criação. A lei da sobrevivência deixará de existir, pois todos viverão Nele. Jesus encherá a terra do conhecimento de Deus e não haverá inimizades contra o povo de Dele. Jesus juntará todo o povo de Israel, não importando onde estiver. Convertidos voltarão para a sua terra, Israel. Jesus não apenas reunirá o Seu povo em um lugar, mas juntará o povo entre si com amor. Jesus dará vitória para o Seu povo. Aqui com nomes de países da época. O povo não ficará mais separado, pois Jesus tirará todos os obstáculos para juntar o Seu povo (v.1-16).

 

“O que os olhos veem é, frequentemente, enganoso e o que os ouvidos ouvem não constitui toda a verdade. No reino messiânico, o governo baseia-se no conhecimento absoluto e as decisões são fruto de uma compreensão perfeita. É este o curso natural de uma existência que, nas palavras de G. A. Smith, ‘vai inalar vida no temor do Senhor’.”[12]

 

O renovo do tronco de Jessé (Is 11)

1.Um renovo que sairá do tronco de Jessé (v.1-2)

2.Um renovo que julgará com justiça (v.3-5)

3.Um renovo que juntará os inimigos (v.6-10)

4.Um renovo que juntará o Seu povo (v.11-16)

 

Capítulo 12: Ações de graça pela salvação

A oração é a maneira do crente agradecer a Deus pelo consolo. O pecador não nasce salvo. O Senhor se tornou a salvação do pecador. As fontes das bênçãos de Deus são abundantes. Jorram para a vida eterna. A salvação está em invocar o nome do Senhor. O nome de Jesus está acima de todos os outros nomes. O povo de Israel viu grandes coisas e a Igreja está vendo na Palavra. Todos no mundo precisam saber dos feitos de Deus. O Senhor Jesus habitou entre os pecadores. Um dia, voltará e fará morada com os salvos. Temos muitos motivos de gratidão. Podemos agradecer a Deus pelo consolo em nossa vida de sofrimentos e pela salvação eterna em Cristo. As inesgotáveis bênçãos espirituais estão a nosso dispor. Louvamos a Deus pelo nome de cristão que carregamos e por tudo o que Ele faz por nós. Ele habita a vida do crente através de Seu Espírito (v.1-6).

 

“Então, o profeta tenta encorajar os habitantes de Sião (v.6) e instilar nos seus concidadãos a sua fé e confiança no Santo de Israel. Com essa expressão tão característica de Isaías, a seção é concluída.”[13]

 

Ações de graça pela salvação (Is 12)

1.Gratidão pelo consolo de Deus (v.1)

2.Gratidão pela salvação (v.2)

3.Gratidão pela abundância espiritual (v.3)

4.Gratidão pelo nome excelso de Deus (v.4)

5.Gratidão pelos feitos grandiosos de Deus (v.5)

6.Gratidão  pelo Deus Santo  em nosso meio (v.6)

 

Capítulo 13: Profecia contra a Babilônia

Todo esse capítulo fala da Babilônia, o instrumento de Deus para julgar Judá, mas que agora é julgada. Chegou o momento de Deus tratar a Babilônia como uma nação tirana. Os consagrados de Deus aqui serão as nações conjuntas, Média e Pérsia. Deus mesmo inspecionará as tropas inimigas para a destruição da Babilônia. Deus usa instrumentos perversos para fazer a Sua obra quando os justos estão impossibilitados. Os medos e persas seriam os braços de Deus para julgar a Babilônia. Não haverá nenhum corajoso contra o Senhor, pois Ele amedrontará os inimigos. O julgamento de Deus contra a Babilônia será muito doloroso. Até homens, que fingem não sentir dor, expressarão em seus rostos agonia. A terra mencionada aqui se refere a Babilônia, mas é um prenúncio do que acontecerá na ceifa de Deus no final da Tribulação. Na Tribulação que virá ao mundo, os elementos celestes serão atingidos causando terror no mundo. O mundo sofrerá a ira de Deus por causa da arrogância dos homens. Assim como a Babilônia causou males e ruínas para o mundo, agora Deus retribuirá. Os medos e persas não estarão à busca das riquezas da Babilônia, mas da destruição total. Nem crianças, nem grávidas serão poupadas. Nada restará porque Deus está furioso contra o pecador. Assim como Deus destruiu a arrogância dos pecadores de Sodoma e Gomorra, acabará com a Babilônia. Assim está a Babilônia hoje: deserta. Há um esforço europeu para reerguê-la. O Senhor está revistando nossas vidas. Não esperemos que Ele comece a revistar Seus exércitos de disciplina sobre nós. O nosso pecado causa nossa própria ruína com suas terríveis consequências. Se não preservarmos o bom testemunho pode não restar nada em nossa fé (v.1-22)

 

“Já vem dum pais remoto, desde a extremidade do céu [v.5]. O exército dos medos e dos persas era vastíssimo, e o ajuntamento das tropas tinha sido bem-sucedido; e agora eles vinham daquela terra distante, da extremidade do horizonte (céu). Yahweh os liderou, e as armas demonstravam Sua indignação. O propósito era destruir todo o território da Babilônia. O autor exagerou em um estilo tipicamente oriental, chamando o objeto da destruição de ‘toda a terra’. Assim Ciro foi declarado como quem vinha de uma ‘terra longínqua’ (ver Isa. 46.11). A expressão ‘extremidade do céu’ reflete o ponto de vista mundial da época, como se a terra fosse uma extensa planície, quase infinda, cujas beiradas se estendiam ao distante horizonte. Os hebreus não tinham noção de que a terra é redonda, nem sabiam o que havia no fim da planície. O império babilónico tinha tomado tanto da terra conhecida que podia ser chamado, com um pouco de exagero, de ‘toda a terra’.”[14]

 

Profecia contra a Babilônia (Is 13)

1.O Senhor passará revista às tropas contra a Babilônia (v.1-8)

2.O Senhor causará ruína a Babilônia (v.9-16)

3.O Senhor não deixará restar nada em Babilônia (v.17-22)

 

Capítulo 14: Profecia sobre a queda da Babilônia

1.Deus ama o Seu povo eleito. Ele nunca desistirá de Israel, a casa de Jacó. Israel será a nação dominante no reino futuro do Messias na terra. Porém, será um domínio justo. A nação de Israel terá o descanso, não porque merece, mas por causa do amor de Jesus por ela. A Babilônia será alvo de zombaria. Tanto a Babilônia dos caldeus como a Babilônia do Anticristo. Satanás que sempre usou a Babilônia terá seu domínio quebrado novamente no final dos tempos. Todos os povos descansarão da tirania das Babilônias (passado e futura). O inferno espera a Babilônia que se enfraquecerá como todos os tiranos que lá estão. Deus destruiu a Babilônia. Os vermes serão a companhia dela e de seus seguidores. Após a destruição, Deus habitará a terra em seu reino com cidades santas (v.1-11, 21-23).

 

Profecia sobre a queda da Babilônia (Is 14.1-11, 21-23)

1.A queda da Babilônia será o descanso de Israel (v.1-3)

2.Com a queda da Babilônia, não haverá mais dominador (v.4-8)

3.A queda da Babilônia será causada pelo poder destruidor de Deus (v.9-11 e 21-23)

 

2.Lúcifer (“estrela da manhã”) recebeu título e posição maiores que os demais anjos. Ele se tornou arrogante e usurpador. O coração de Lúcifer se ergueu contra o Seu Criador. Deus não criou o Mal, mas também não criou os anjos sem liberdade de escolha. Muitos anjos seguiram os planos de Lúcifer e, por fim, tornaram-se os seus anjos e não mais os anjos de Deus. Todos queriam derrubar o Altíssimo. Deus, sabedor de todas as coisas, já sabia dos planos de Lúcifer, por isso, expulsou-o de Sua Presença Santa, juntamente com os outros anjos rebeldes. Os anjos, seguidores de Lúcifer, são agora os demônios. Um dia, a queda de Satanás e os demônios chegará ao último estágio, o Lago de Fogo. Não existe o ensino de “demônios territoriais” na Bíblia, pois Satanás veio para roubar, matar e destruir a tudo que se apresente como Criação de Deus. Até os piores pecadores terão punição mais branda do que Satanás. Ele não terá um tribunal, pois já foi sentenciado. Não há nenhuma esperança para Satanás. Ele se tornou maldito, sem qualquer chance de arrependimento e salvação (v.12-20).

 

“O maior dos anjos de Deus tentou usurpar o trono do Senhor e tomar para si a adoração que pertence somente ao Altíssimo (Mt 4:8-10). O nome Lúcifer (estrela da manhã) indica que Satanás tenta imitar Jesus Cristo, que é ‘a brilhante Estrela da manhã’ (Ap 22:16). A declaração ‘Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo’ revela suas intenções, pois ele é um imitador (ls 14:14; 2 Co 11 :13-15). Como o rei da Babilônia, um dia Satanás será humilhado e derrotado. Será expulso do céu (Ap 12) e, por fim, será lançado ao inferno (Ap 20:10). Quer Deus esteja lidando com reis, quer com anjos, Provérbios 16:18 continua sendo verdadeiro: ‘A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda.”[15]

 

A queda de Lúcifer pode ser traçada assim: Céu (Is 14 e Ez 28), Regiões Celestiais (Ef 6.12), Terra (Ap 12.9), Abismo (Ap 20.1-2) e, finalmente, Lago de Fogo (Ap 20.10).

 

A queda de Lúcifer (Is 14.12-20)

1.A arrogância de Lúcifer (v.12-14)

2.A queda de Lúcifer (v.15-20)

 

3.Só Deus pode jurar e determinar alguma coisa. O homem não pode jurar e suas determinações são falhas. A Assíria será quebrantada na terra de Deus. Israel ficará livre desse terrível jugo. A determinação de Deus se estende por toda a terra. Ele nunca perdeu o controle do mundo, embora o seu tempo seja diferente do nosso. Ninguém pode invalidar aquilo que Deus determinou. A palavra traduzida invalidar (heb. “pâra”) significa “fazer sopa com migalhas”. Acaz teve muita participação na desgraça de Judá, mas mesmo assim Deus cuida de Seu povo (v.28, veja 2 Crônicas 28). Judá é uma vara quebrada, mas dessa vara saiu uma serpente que foi o rei Ezequias. A destruição dos filisteus é certa, mas os necessitados de Judá serão socorridos. A Assíria, através dos reis Sargão e Senaqueribe destruirão os filisteus. Os mensageiros filisteus levariam de volta a mensagem de sua destruição e da proteção que Deus daria aos de Judá (v.24-32).

 

Profecias contra os assírios e contra os filisteus

(Is 14.24-32)

1.Deus determinou quebrantar os assírios (v.24-27)

2.Deus destruirá os filisteus (v.28-32)

 

Capítulos 15-16: Profecia contra Moabe

1.Destruição rápida de Ar e Quir, cidades de Moabe. A tentativa de amenizar a dor através da idolatria, do lamento e do arrancar de cabelos. A dor emocional pode ser vista coletivamente. Gritos e choros altos e abundantes, além de um lamento silencioso. A dor pelo juízo não isenta os valentes de Moabe. A dor vem acompanhada do medo. O desespero alcançou os fugitivos que berravam como uma novilha forte de 3 anos. A seca é desesperadora quando a sociedade é agrícola. Faltam pastos e verduras. O pouco que conseguem ceifar levam para um local à parte a fim de preservar os alimentos dos invasores. A seca pode ser local, mas o desespero atinge todos os arredores. O profeta faz um jogo de palavras com as palavras Dimom e dâm (sangue). A violência de Moabe retornou com a fúria dos leões (15.1-9).

 

2.Antigamente Moabe pagava tributos a Israel em ovelhas. Agora, Deus fará Moabe tributário ao atual dominador (Judá) (16.1, veja 2 Reis 3.4). Moabe se assustará como pássaros que caem do ninho. O povo deixará a terra (desterrados). Até o meio-dia será como a noite. Deus não incentiva à vingança própria, mas a compaixão pelos inimigos desterrados. Judá deve dar refúgio aos moabitas. Um dia Cristo estabelecerá Seu reino. Depois da queda de Moabe o rei Ezequias seria o próximo rei. O desterro de Moabe foi pela mesma razão de toda a queda, o orgulho. O orgulho desconsidera a todos para uma exaltação egoísta. Moabe chora pela perda de plantações. Até o profeta chora lembrando da abundância de uvas na região. A perda de bens materiais causa a perda da alegria. Moabe sofre e Isaías sofre junto, mesmo sendo o juízo de Deus contra o inimigo de Judá. Moabe sente a perda e busca os seus deuses, mas nada acontece. Todo esse juízo acontecerá em três anos contra a invasão da Assíria em 704 a.C. (16.1-14).

 

“A queda de Moabe é causada por sua soberba e arrogância. A terra se enche de lamento. Os campos férteis de Hesbom se encontram descalvados, e as vinhas verdejantes de Sibma foram arrasadas. Mais uma vez, até o profeta lamenta a destruição generalizada. Quando Moabe clamar aos seus ídolos, não receberá nenhum socorro.”[16]

 

Profecia contra Moabe (Is 15-16)

1.Dor por causa do juízo de Deus (15.1-4)

2.Seca por causa do juízo de Deus (15.5-9)

3.Desterro por causa do juízo de Deus (16.1-9)

4.Perda por causa do juízo de Deus (16.10-14)

 

O cumprimento da Palavra de Deus (Is 11-15)

1.Jesus veio para libertar o homem (11.1-4)

2.O homem encontrou salvação em Jesus (12.1-6)

3.A Babilônia caiu (13.6,9,19-20, 14.4)

4.Satanás cairá futuramente, como já caiu no passado (14.12-20)

5.Tudo se cumprirá como Deus diz (14.24,26-27, 15.1)

 

Capítulo 17: Olhando para o seu Criador

A Síria abandonou o Criador que fez tudo organizado, agora terá que tropeçar em suas ruínas. Haverá rebanhos, mas sem cuidados. As cidades ficarão abandonadas. A força se acabará por abandonarem o seu Criador. A glória da Síria será como a de Israel, ou seja, destituída. A glória e as riquezas (gordura) diminuirão. O Criador daria tudo isto se não se esquecessem Dele. O ceifador das bênçãos de Israel será o próprio Deus, como repreensão por se esquecerem Dele, como o Seu Criador. Há duas maneiras de olhar para o Criador: adorando-O ou experimentando Sua repreensão. Os que olharam para os ídolos e não para o Criador serão abandonados. O Criador é também o Salvador. Esquecer-se Dele resultará em dores e fracassos. A repreensão em forma de ais atingirá todas as nações que se esquecerem de seu Criador. Os povos serão afugentados de Deus, o Criador, como se fossem palha. Agiram como deuses sobre os mais fracos (v.1-14).

 

“O futuro de Israel é sombrio, mas isso fará com que coloquem seus olhos no seu Criador, o Santo de Israel.”[17]

 

Olhando para o seu Criador (Is 17)

1.Quando nos esquecemos do Criador, não restam bênçãos (v.1-6)

2.Quando nos esquecemos do Criador, restam dores (v.7-11)

3.Quando nos esquecemos do Criador, resta repreensão (v.12-14)

 

Capítulo 18: Profecia contra a Etiópia

Uma nação numerosa como insetos. O número de um exército era assustador. O profeta manda que os embaixadores da Etiópia enviem a profecia contra sua nação de homens altos e peles bronzeadas (polidas, brunidas). Os dois rios que se encontram na Etiópia são o Nilo Azul e o Nilo Branco que vêm do Egito. Deus usaria a Assíria em 701 a.C. para afligir a Etiópia. Portanto, a nação poderosa e esmagadora sentiria o poder de Deus. O olhar calmo de Deus se refere ao castigo Dele que pode ser lento como um moinho, mas esmaga até triturar. Quando a Etiópia achar que está ganhando força, Deus cortará seu poderio. Os etíopes ficaram prostrados no verão e inverno, abandonados na miséria, alimentos das aves de rapina. A bênção da punição pode ser a conversão. Os etíopes se entregariam ao Senhor. Filipe colheu o fruto dessa profecia quando o etíope eunuco se converteu (Atos 8.26-40) (v.1-7)

 

“Quando os homens pegam um assunto pelo qual se interessam ou que executam para si próprios ou para frustrar os planos dos outros, nada é mais marcante do que a discussão (o rebuliço) sobre o assunto.”[18]

 

Profecia contra a Etiópia (Is 18)

1.A nação poderosa e esmagadora (v.1-4)

2.A nação poderosa que se converterá (v.5-7)

 

 

 

 

Capítulo 19: Profecia contra o Egito

Os ídolos temerão e os egípcios se derreterão, pois o Senhor julgará o Egito. Uma guerra civil enfraqueceria o Egito antes de 700 a.C. Mesmo em ruína, os egípcios clamavam àqueles que não podiam lhes ajudar, os demônios e endemoninhados. Em 671 a.C. a Assíria invadiria o Egito e dominaria por 19 anos. O Egito seria arruinado pela seca. O rio Nilo não transbordaria e, por isso, a vegetação não cresceria, causando colapso na economia. O Egito se orgulhava de ser a nação com mais sábios do mundo. Zoã era a capital do norte do Egito. Os seus sábios estavam confusos. Se os sábios fossem falar agora, deveriam falar da destruição do Egito. Pobres e ricos (cabeça e cauda, palma e junco) serão arruinados. O julgamento de Deus chegou para o Egito. Os corajosos temerão a mão de Deus e o povo de Israel volta a ser o pavor dos egípcios. Muitos judeus se refugiaram em várias cidades, incluindo Heliópolis (cidade do sol), quando fugiam da Babilônia. As colônias judaicas no Egito exerceram influência sobre os egípcios. Muitos se converteram ao Deus de Israel. Alexandre, o Grande, libertou o Egito do poder da Pérsia. Depois, o Egito conheceu o cristianismo, teve um convívio de paz com a Assíria, mas foi assolado pelo islamismo mais tarde. A verdadeira libertação do Egito virá quando o Messias de Israel reinar no mundo. Cristo unirá os povos que O aceitarem como salvador (v.1-25).

 

“Jesus Cristo é o Salvador e o Grande [Defensor] mencionado [v.20], o qual, eventualmente, trará  conversão das nações perversas como o Egito [caso se arrependam]. Na Sua vinda, eles receberão a luz e se submeterão ao Seu governo.”[19]

 

Alguns deuses egípcios

1)     Néftis, deusa do deserto e da morte

2)     Os egípcios adoravam animais

3)     Seth, deus da violência

4)     Anúbis, deus dos funerais

5)     Hórus, deus da vida e da morte

6)     Ra, deus da criação

7)     Os egípcios adoravam o sol

8)     Maat, deusa que decidia o destino dos mortos

9)     Toth, deus da sabedoria

10)  Hator, deusa da fertilidade

11)  Isis, deusa mãe e do amor

 

Profecia contra o Egito (Is 19)

1.Ruína em todo o país (v.1-10)

2.Ruína dos seus sábios (v.11-15)

3.Ruína de sua coragem e conversão (v.16-25)

 

 

 

 

 

Capítulo 20: Egito e Etiópia no cativeiro

Em 711 a.C., o general da Assíria dominou Asdode, cidade filisteia, perto do Egito que seria conquistado em seguida. O profeta fez a vontade de Deus às custas de sua própria vergonha. Despiu-se para servir a Deus. Israel estava confiando no Egito e na Etiópia, através de uma aliança, para se proteger da Assíria. Seria inútil, pois Deus destruiria a esperança falsa de Israel. Como escaparemos? A libertação da falsa esperança está em confiar no Senhor de todo o nosso coração (v.1-6).

 

“Tartão era um dos generais de Senaqueribe, o qual, provavelmente, aqui seja chamado Sargão e no livro de Tobias, Saquerdonos e Saquerdão, contra quem Tirhakah, rei de Cuxe ou Etiópia, tinha aliança com o rei do Egito (2 Rs 18.17).”[20]

 

 

 

Quais são algumas falsas esperanças em que o homem confia e o que Deus pode fazer?

1) Dinheiro – Os negócios ou emprego acabam.

2) Boas obras – São egoístas e Deus não as considera para salvação.

3) Romance – O amor do homem e da mulher pode se esfriar.

4) Posição e poder – Pessoas melhores do que nós se destacam e tomam nosso lugar.

5) Algum vício – Tornamo-nos escravos deles e perdemos o controle próprio.

6) Saúde – Ela se degenera e nos inutiliza.

 

Egito e Etiópia no cativeiro (Is 20)

1.A vergonha do profeta ilustrava a vergonha do Egito e Etiópia (v.1-4)

2.A vergonha do profeta era um aviso a Israel (v.5-6)

 

 

 

 

Alegria (Is 16-20)

1.Alegria do trono de Davi (16.5)

2.Alegria que vai embora (16.10)

3.Alegria no Criador (17.7-8)

4.Alegria de presentear ao Senhor (18.7)

5.Alegria de conhecer ao Senhor (19.20-22)

6.Alegria transformada em vergonha (20.4)

 

Capítulo 21: Profecias contra Babilônia, Dumá e Arábia

Por causa dos afluentes e pântanos, o deserto da Babilônia é sempre mar. A pérfida (enganosa) Babilônia foi conquistada pelo Elão, também conhecido como Pérsia. Até o profeta Isaías sente as angústias da Babilônia. O crente se aflige com a condenação do pecador. A Babilônia estava despreocupada. Os seus príncipes estavam comendo e bebendo em seus banquetes. O pecador está tranquilo em seu estado (v.5, veja Daniel 5). Atalaia era aquele servo que ficava em cima de uma torre o qual avisava do perigo iminente. A Babilônia que tem por símbolo um leão, agora está fragilizada. É um leão velho e abatido. A Babilônia caiu. O profeta toma a Babilônia como se fosse o seu próprio povo. De fato, é um aviso para Israel e todos os pecadores. A Babilônia ficou como trigo debulhado. Dumá significa “silêncio” e é um anagrama para Edom, isto é, tem as mesmas letras nas duas palavras. Como “Ator” e “Rota”. A noite estava longa para Edom por causa do sofrimento pela sua queda. A Babilônia invadiu Edom e esta ficou em silêncio (dumá) e solitária. Petra, cidade de Edom, virou turismo. Os dedanitas eram mercadores que viajavam muito, mas por causa dos ataques dos assírios terão que se refugiar nas florestas. Tema era uma cidade perto de Dedã. Os dedanitas fugitivos receberiam pão e água de Tema. Os dedanitas da Arábia estavam em grande desespero. A espada do Senhor julga. Os bons flecheiros da Arábia não seriam suficientes para evitar os invasores (v.1-17).

 

“Um ano. Do tempo desta profecia: um ano exato. Glória – Seu poder, riquezas e todas as coisas nas quais usaram para sua própria glória. Os assírios executaram [a matança].”[21]

 

Profecias contra Babilônia, Dumá e Arábia (Is 21)

1.Profecia contra a Babilônia (v.1-10)

2.Profecia contra Dumá (v.11-12)

3.Profecia contra a Arábia (v.13-17)

 

 

Capítulo 22: Profecia sobre a queda de Jerusalém

Jerusalém é alta rodeada por três colinas e cadeias de montanhas. Dos telhados das casas veriam os assírios sitiando a cidade. Os que morreram dentro da cidade foi de medo ou de fome devido ao estado de sítio imposto por Senaqueribe. A fuga deles limitou-se ao território de Jerusalém. Foram pegos desarmados. Estavam apavorados por Senaqueribe da Assíria. Não há consolo para o profeta, pois a Assíria virá atropelando Judá e não há volta quanto a isso. O rei Ezequias sentia-se atropelado pela Assíria. Não havia resistência (v. 5, veja 2 Reis 18.13). Elão são os persas e Quir são os medos, ambos serviam a Assíria. Os lindos vales não têm rebanhos, mas carros de guerra e cavaleiros inimigos. O bosque do Líbano era o lugar onde ficavam as casas das armas que Salomão construiu em Judá. Cogitaram uma reação armada (v.8, veja 1 Reis 7.2). A Torre de Davi era onde também guardavam-se armas. A fortaleza de Sião (cidade de Davi) estava precisando de reparos. Fizeram reservas de água para o suprimento da cidade sitiada (v.9, veja 2 Crônicas 32.5). Planejaram derrubar casas e com as pedras e madeiras fortificarem o muro. Todas as ações eram humanas e excluíam o Senhor. Rapar a cabeça e vestir-se de pano de saco e pele de cabra preta (cilício) eram demonstrações de quebrantamento. A falsa sensação de segurança e impunidade estava sobre todo o povo. O cinismo contra o Senhor era irritante. O Senhor se “desnudou” (heb. galah) para Isaías e lhe falou de Seu plano: não perdoar aquele cinismo. Sebna era o administrador do rei Ezequias. Provavelmente apoiava o partido dos que queriam a ajuda do Egito contra a Assíria. Isto era contrário à vontade de Deus. Sebna perderia o seu cargo para Eliaquim. Provavelmente, a responsabilidade da tesouraria ou o primeiro ministro. A responsabilidade do cargo era muito grande. A falha de Eliaquim comprometeria todo o reino de Judá (v.1-25).

 

“Esta é Jerusalém, uma cidade sobre uma colina rodeada por colinas mais altas ainda e no meio de três vales. Jerusalém era um centro para a adoração de Deus e [onde viviam] alguns dos profetas de Deus (inclusive Isaías), é chamada de Vale da Visão.”[22]

 

Profecia sobre a queda de Jerusalém (Is 22)

1.Um dia de atropelamento (v.1-11)

2.Um dia de cinismo (v.12-14)

3.Um dia de prego fixado (v.15-25)

 

Capítulo 23: Profecia contra Tiro

1.Tiro e Sidom eram cidades da Fenícia e Síria ao norte de Israel. A filha do rei dessas nações era  Jezabel. A Espanha (Társis) e Chipre (Quitim) negociavam com Tiro, mas a crise chegou e a notícia também. A força de Tiro estava em sua economia. Acabando a força, todos se calam, os vendedores e compradores. Chipre se cala, pois não terá mais comprador (v.1-2).

 

2.Sior é o rio Nilo Egito. Dali vinham os cereais para serem vendidos às nações. O Egito não levaria produtos que não seriam vendidos. Tiro e Sidom enfrentariam a crise econômica, pois ficariam sem crédito. Os fornecedores só são amigos por causa dos negócios. Agora, Tiro virou piada. A crise instaurada no comércio de Tiro foi provocada por Deus para derrubar o orgulho da cidade (v.3-9).

 

 

 

“Leitor, leve para a casa a preciosa instrução, da história das nações em seu estabelecimento e queda, para o seu próprio exemplo, em todas as circunstâncias da vida e aprenda a solene verdade de Jesus, na pergunta que Ele fez, a qual Ele mesmo responde: que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8.36, Lc 12.16-21).”[23]

 

3.Filha de Társis ou de Tarso na Cilícia. Tiro dependia tanto do mundo inteiro em seu comércio. Assim como um rio, a crise passou por cima de Tiro. Tiro pertencia a Canaã. Tiro foi tributária da Assíria, cercada pela Babilônia e destruída por Alexandre, o Grande. Tiro e Sidom não conseguiriam refúgio nem em seus antigos mercadores. Hoje, o porto de Tiro não tem importância comercial alguma (v.10-12).

 

4.A Assíria foi a fundadora da Caldeia, uma província da Assíria. Aqui a profecia da queda da Babilônia. Os primeiros habitantes da Babilônia vieram do deserto da Arábia. Babilônia se tornou forte. De lá surgiu a invenção de muitas máquinas de guerra. O profeta mostra que se a poderosa Babilônia caiu em ruína, Tiro terá a mesma sorte. A fortaleza de Társis (Espanha) e, aqui podemos incluir os demais fornecedores, perderiam sua fortaleza de negócios, o porto de Tiro (v.13-14).

 

5.Tiro ficará desolada por setenta anos e depois se recuperará e viverá se prostituindo como se fazia antes de sua queda. Embora, Tiro tenha se levantado para o comércio, nunca houve conversão. Prostitutas seduziam jovens através da música, tocando e sorrindo para os transeuntes. Tiro com seu comércio seduzia as nações com seus produtos (v.15-16).

 

6.A sedução funcionou, pois a prostituta, Tiro, conseguiu ganhar clientes e se recuperar financeiramente. Porém, dessa vez, suas riquezas foram destinadas à adoração em Israel. Não sabemos como os recursos de Tiro chegaram até Jerusalém. Muitos de Tiro se convertem (Salmo 45.12, Atos 11.19-26). Sabemos que a igreja de Antioquia foi a sede missionária da Igreja Primitiva. Os inimigos de Deus acabaram se tornando os maiores divulgadores do evangelho de Jesus Cristo (Atos 13.1) (v.17-18).

 

Profecia contra Tiro (Is 23)

1.O colapso da economia marítima de Tiro (v.1-7)

2.A mão do Senhor se estendeu contra Tiro (v.8-12)

3.Tiro perderia tudo e Deus daria seu ganho para Israel (v.13-18)

 

Capítulo 24: Juízo de Deus contra o mundo

1.Isto acontecerá duas vezes: com menos intensidade e total destruição. No final da Tribulação e no final do Milênio. Há muitos mitos apocalípticos, mas só a Palavra de Deus é confiável. Nenhum incrédulo na terra será poupado, por isso, a escatologia também é mensagem evangelística (v.1-2).

 

2.Deus não é injusto ao destruir toda a raça humana, juntamente com todo o universo contaminado pelo pecado. O orgulho universal acabará porque Deus falou (v.3-4).

 

3.A transgressão é o motivo da destruição de quase todos. Alguns serão poupados devido ao seu arrependimento e reconhecimento do Salvador Jesus (v.5-6).

 

4.O mundo incrédulo é movido pela satisfação dos desejos egoístas. A alegria, a música, as bebidas e os alimentos acabarão (v.7-13).

 

5.O justo se alegra com a destruição do mundo, pois é a manifestação da justiça de Deus. A alegria do incrédulo acaba e começa a do crente. Com nossa limitação, é difícil glorificar a Deus com o juízo. A glória do Senhor está em salvar, mas também em destruir (v.14-15).

 

6.A destruição do mundo nos ensina que não devemos fazer justiça com as próprias mãos. Os salvos glorificam a Deus por sua justiça punitiva. É verdade que até o profeta se enfraquece em observar a punição de Deus sobre os perversos. O profeta se enfraquece com a rebeldia do pecador (v.16).

 

“Os homens são falsos uns com os outros; não há fé no homem, mas uma desonestidade universal. A verdade, essa ligação sagrada da sociedade, tem acabado, e não há nada, senão traição nos negócios humanos.”[24]

 

7.O pecador não se arrepende somente por causa do sofrimento. Não haverá como escapar da ira de Deus, porém, mesmo sabendo disso, o pecador continua em sua rebeldia (v.17-20).

 

8.A extensão do pecado de Adão não se limitou a ele, sua esposa e filhos. Toda a criação ficou sujeita ao pecado (v.21-22).

 

9.Deus destrói, mas reconstrói. Ele deseja continuar a Sua obra começada no jardim do Éden. A destruição será acompanhada de restauração (v.23).

 

Juízo de Deus contra o mundo (Is 24)

1.A terra será destruída (v.1-13)

2.Os justos glorificarão a Deus (v.14-16a)

3.Os elementos celestes também serão destruídos (v.16b-23)

 

Capítulo 25: O triunfo do Senhor sobre a terra

1.O Senhor faz maravilhas desde os tempos antigos, por isso, o crente tem motivos para louvá-Lo. Ele sempre cumpre o que promete, ainda que as promessas sejam antigas, pois são verdadeiras. A cidade referida é Moabe a qual serve aqui como símbolo e aviso a todas as nações sobre o juízo de Deus e como os fortes inimigos de Deus, um dia, O glorificarão (v.1-3).

 

2.O Senhor é o refúgio dos aflitos. As tempestades podem ser fortes, mas quem se refugia Nele jamais será desamparado. Debaixo do calor do mundo, o Senhor é refrigério para a alma sedenta (v.4-5).

 

3.Em Apocalipse 19.9 vemos uma festa triunfal que haverá para os remidos do Senhor. A nação de Israel verá no reino messiânico as festas de volta em Jerusalém. Há um véu maligno sobre o mundo o qual Cristo desfará (2 Coríntios 4.4). O triunfo será completo sobre a morte e a tristeza (1 Coríntios 15.54, Apocalipse 21.4). Quem aguarda no Senhor triunfará por toda a eternidade (v.6-9).

 

“O judeu, no entanto, será o primeiro a se converter, antes da conversão de ‘todas as nações’, pois é ‘nesse monte’, chamado Sião que o véu será tirado (Sl 102:13-16,21-22, Rm 11.12.”[25]

 

4.Moabe representa o triunfo de Deus sobre toda a terra. Enquanto o Monte Sião que é Jerusalém terá o descanso do Senhor, Moabe que são os inimigos de Deus será esmagada e tratada como esterco. Ninguém escapará sob o triunfo do Senhor. Ainda que esticarem os braços como bons nadadores em meio à água suja, Deus os alcançará. Toda a fortaleza do incrédulo será abatida (v.10-12).

 

O triunfo do Senhor sobre a terra (Is 25)

1.O Senhor triunfará sobre o tirano (v.1-5)

2.O Senhor salvará o seu povo (v.6-9)

3.O Senhor abaterá Moabe (v.10-12)

 

Povo sofrido (Is 21-25)

1.Como trigo batido (21.10)

2.Desconhecendo o próprio sofrimento (22.12-14)

3.Por causa dos negócios (23.5-6,14)

4.Por causa da desobediência (24.3,5-7,16,20)

5.Povo sofrido, mas consolado (25.4,8-9)

 

Capítulo 26: A confiança somente no Senhor

1.Judá irá para o cativeiro, mas depois será restaurada. Os muros podem ter caído, mas a salvação de Deus será a sua proteção. Deus abrirá o caminho de volta à cidade de Jerusalém. A nação aguardou no Senhor e viu a salvação. O cativeiro foi a disciplina eficaz. A paz do crente está em confiar somente no Senhor. Nesse propósito é que o coração deve se firmar (v.1-3).

 

2.A rocha que é Cristo jamais vira pó, é eterna. O crente deve se firmar sobre essa rocha. O cativeiro serviu como disciplina sobre Jerusalém, uma cidade que estava soberba. Os seus líderes há muito se afastaram do Senhor. Cristo pisará a cidade e transformará os inimigos em pó. O retorno de Israel à terra é uma profecia ainda a ser cumprida totalmente (v.4-6).

 

3.Os caminhos dos crentes são corretos porque Aquele que é correto os acerta. Não há justiça em nós mesmos, somente no Senhor. O crente tem seu desejo no Senhor. É Nele que o crente espera e só O encontra na Sua Palavra. A única forma do mundo ser um lugar justo é aceitando a Palavra de Deus. Portanto, isso jamais acontecerá até que Ele estabeleça o Seu reino na terra (v.7-9).

 

4.O perverso não tem um coração inclinado ao Senhor. Ele não é grato a Deus e mesmo no ambiente de justiça ele é iníquo porque não reconhece a majestade do Senhor. Quem não é crente não reconhece a mão do Senhor no mundo. No futuro verão a mão de Deus, mas não de favor e sim de furor. Quanto aos crentes, estes reconhecem o favor de Deus por suas vidas e que é Ele quem opera em suas obras (v.10-12).

 

5.O crente vive em um mundo dominado por Satanás, porém, só confia em Deus e o seu louvor vai todo para Ele. A esperança de justiça do crente não está neste mundo, mas na vinda do Senhor. Os incrédulos serão destruídos e, só então, a injustiça desaparecerá da terra. No reino do Messias sobre a terra, a glória de Deus será espalhada por todo o mundo (v.13-15).

 

6.O melhor estímulo à oração é a angústia. Essa angústia pode ser de caráter comum, ou seja, estamos em um mundo de angústias de todo o tipo. Essa angústia pode ser também de caráter disciplinar, ou seja, quando Deus pesa a mão sobre o crente desobediente. Os cativos ficaram em situação de parto. Aguardavam um bom fruto daquelas dores do cativeiro. De nós mesmos não vêm frutos bons. Os judeus poderiam se contorcer no cativeiro, mas ainda assim não produziriam nenhum livramento (v.16-18).

 

7.Deus é quem nutre os cativos de vida. Ele é quem ressuscitará os mortos. O profeta apela aos judeus que se confinem em oração e aguardem a disciplina de Deus sobre a nação. Deus é o orvalho da vida para os que estão mortos. Os cativos precisarão da vida. O mundo precisa de vida espiritual. Os crentes que morreram precisarão da ressurreição de seus corpos. Enquanto há esperança aos crentes, ainda que morram, para os incrédulos resta somente uma expectativa de juízo. Os incrédulos só serão refrigerados com o orvalho da vida de Deus quando aceitarem o Salvador Jesus Cristo (v.19-21).

 

“Quando comparado com o Apocalipse do Novo Testamento, trata-se da ‘primeira ressurreição’, a qual é predita, aqui, por Isaías. Os que confessam a Jeová são levantados de suas covas para formarem uma gloriosa igreja [assembleia] com aquele que ainda estão no corpo.”[26]

 

A confiança somente no Senhor (Is 26)

1.Perfeita paz ao que confia no Senhor (v.1-6)

2.O Senhor é quem faz as nossas obras (v.7-15)

3.O Senhor é como orvalho da vida (v.16-21)

 

Capítulo 27: O amor de Deus pelo Seu povo

1.Deus matará os inimigos de Israel, enquanto a nação será curada de seu pecado. O profeta Isaías menciona três inimigos de Israel utilizando a mitologia dos povos antigos. O dragão, serpente veloz, é a Assíria representada pelo rio Tigre que tem águas ligeiras. O dragão, serpente sinuosa, é a Babilônia representada pelo rio Eufrates que é sinuoso. O monstro que está no mar é o Egito que se encontra abaixo do Mar Mediterrâneo (v.1, veja Isaías 51.9).

 

2.Israel é a vinha deliciosa e vigiada por Deus. O Senhor dará um novo cântico a Israel e este nós, a Igreja, já cantamos, que é o louvor ao Messias, Jesus Cristo. O cuidado do Senhor por Israel é de sustento e proteção. Até hoje, os inimigos de Israel o odeiam, mas Deus não permite a destruição da nação (v.2-3).

 

3.Deus não é dominado por uma raiva incontida e irracional. A ira Dele cairá sobre os inimigos de Israel, aqui chamados de espinhos e abrolhos. Apesar do castigo de Deus sobre os inimigos, Ele está disposto a aceitar a reconciliação dos povos e ter paz com eles mediante o arrependimento e a mediação do Messias, Jesus Cristo (v.4-5).

 

4.Israel encherá o mundo de fruto bom. O testemunho da restauração de Israel será definitivo, por isso, o texto usa a figura da raiz, germinação e fruto. Isso só acontecerá no Reino Messiânico, chamado em Apocalipse 20 de Milênio (v.6).

5.Deus castiga o Seu povo, mas não o mata. Alguns preferem chamar isso de disciplina. Hebreus 12 usa a palavra castigar (paideia, instruir com a ideia de castigar). Se Deus permitisse que os agentes de disciplina sobre o Seu povo, (Assíria, Egito, Babilônia), fossem até as últimas consequências, Israel já teria sumido da terra. No entanto, Deus aceitou os cativeiros, especialmente o babilônico, como forma de expiar a culpa de Israel. Através do arrependimento, Israel voltou ao Senhor, foi curado da idolatria e dos líderes corruptos (v.7-9).

 

6.A Assíria, Egito e Babilônia serviram de agentes dos castigos de Deus sobre Israel, mas depois disso, Deus castigou essas nações. Da mesma forma que Israel, esses povos poderiam ser restaurados, mas não quiseram aceitar o amor de Deus (v.10-11).

 

7.A segurança da salvação é ilustrada neste versículo. Deus não perderá nenhum grão da espiga de trigo, mesmo que este seja debulhado na Babilônia. Da mesma forma, o salvo por Jesus Cristo não perderá sua salvação. Quanto ao povo de Israel será recolhido para sua terra. Isso aconteceu após o cativeiro da Babilônia. Haverá um chamamento no período da tribulação e a colheita será feita no final desse período. Um dia, a Igreja também será chamada. O Shofar (a trombeta de chamamento de Israel) será tocado para a chamado do povo de Deus para o Milênio. Nesse tempo haverá adoração perfeita em Jerusalém, pois o filho de Davi, Jesus Cristo, o Messias, será o Rei (v.12-13).

 

“O Egito e a Babilônia são representados pelo leviatã, um termo geral aplicado a qualquer grande animal aquático. Um leviatã tinha o seu Nilo, o outro, o Eufrates. Paralelo com a destruição de nossos inimigos, Deus cuida do Seu próprio povo.”[27]

 

O cuidado de Deus (Is 27)

1.Deus cuida da vinha que é o seu povo (v.1-2)

2.Deus cuida e protege noite e dia (v.3)

3.Deus cuida e julga (v.4)

4.Deus cuida fazendo que os inimigos façam paz conosco (v.5)

5.Deus cuida fazendo-nos dar fruto (v.6)

6.Deus cuida e não nos faz mal como o mundo faz (v.7-8)

7.Deus cuida e perdoa (v.9)

8.Deus cuida do seu povo. Quem não é seu povo fica desamparado (v.10-11)

9.Deus cuida e busca o seu povo onde estiver (v.12-13)

 

O amor de Deus pelo Seu povo (Is 27)

1.Israel é uma vinha vigiada (v.1-5)

2.Israel terá sua culpa expiada (v.6-11)

3.Israel são grãos colhidos um a um (v.12-13)

 

Capítulo 28: Efraim, Jerusalém e nem tudo é castigo

1.A coroa soberba de Efraim é a capital, Samaria, que fica no monte que coroa um vale fértil. O profeta compara Samaria com um bêbado com uma coroa de flores murchas na cabeça. O homem forte e valente é a Assíria que viria contra Efraim como uma tempestade forte destruindo tudo (v.1-3).

 

2.Samaria ou o reino Norte está pronto para ser castigado assim como um figo está pronto para ser comido quando está maduro. A restauração do povo será vista com a pessoa certa sendo coroada que é o Messias de Israel. Quando o Senhor reinar sobre Israel, os juízes serão justos e os inimigos não assaltarão suas portas (v.4-6).

 

3.Jerusalém não é melhor do que Samaria, pois seus líderes são beberrões e perdem o juízo das causas a serem julgadas. O quadro é repulsivo. São mesas encharcadas de vômitos (v.7-8).

 

“Os verdadeiros profetas tinham frequentes conflitos com os sacerdotes e os profetas falsos (cf. Jr 26.8-19; Os 4.4-8; Am 7.10-17; Mq 3.5-11).”[28]

 

4.Aqueles que apoiam o rei Acaz querem fazer aliança com a Assíria. Esses zombam do profeta e de Deus. Eles acham que as palavras dos profetas são apenas preceitos e só servem para os bebezinhos (v.9-10).

 

5.Por causa da rebeldia de Efraim, Deus os lançará para o cativeiro da Assíria e ali ouvirão língua estranha, já que não ouvem no “bom hebraico”. Na Assíria, ouvirão o aramaico. Mais tarde, a língua dos judeus passaria a ser o aramaico. Como não aceitaram os preceitos de Deus, nem o Seu descanso e nem ouviram na língua do povo, então, experimentarão o castigo e as dificuldades de uma terra estranha. Isto também aconteceria com Judá sendo cativo na Babilônia (v.9-13).

 

6.Na época do rei Ezequiel, muitos queriam fazer aliança com o Egito contra a Assíria, mas estariam em aliança com a morte e com a mentira (v.14-15).

 

7.O Messias de Israel, Jesus Cristo, é a Pedra onde a obra de redenção de Deus se assenta. A salvação está nessa Rocha. Quem foge para buscar outras alianças se envergonharão, mas quem se assenta nessa rocha será protegido e exaltado. A rocha não é mentirosa. As tempestades arrastam a mentira, mas não arrastarão a rocha (v.16-17).

 

8.Deus enviará um dilúvio de sofrimento sobre a Assíria e o Egito e, posteriormente, sobre a Babilônia. Israel e Judá deveriam se refugiar na rocha para escapar das águas destruidoras de Deus (v.18-19).

 

9.O Egito e a Assíria são alianças insuficientes. Assim como uma cama curta e cobertor estreito, ninguém se sente confortável, as alianças são desconfortáveis e insuficientes (v.20).

 

10.Davi derrotou os filisteus em Perazim (2 Samuel 5.20). Em Gibeão, Josué venceu os inimigos amorreus (Josué 10.10-12). Foram obras estranhas, no sentido de não serem feitos comuns. Nunca se ouviu, mas Deus está pronto agir para Sua glória. Quem não acreditar na ação de Deus e zombar das palavras do profeta sentirá as cadeias se apertarem cada vez mais (v.21-22).

 

11.Efraim e Jerusalém serão castigados, mas nem tudo é castigo. Caso ouvissem as palavras do profeta, poderiam escapar da disciplina. Paulo também disse que se julgássemos a nós mesmos não precisaríamos ser julgados. O lavrador nem sempre está machucando a terra e fazendo sulcos. Chega um momento que é trabalho de semear. Da mesma forma, o Senhor não só disciplina, mas também lança a semente para que haja germinação e crescimento. A semente é a Palavra. Precisamos ouvi-la para não sermos disciplinados por causa da desobediência (v.23-26).

 

12.O profeta passa às ilustrações dos instrumentos de trilhar e de debulhar. Usa-se o instrumento adequado para cada situação. O lavrador machuca a terra, não por prazer, mas com um propósito específico. O Senhor não está trilhando Israel por prazer, mas com o propósito de trazê-la ao arrependimento. Ele usa a força quando necessário, mas também está disposto a ser suave quando há contrição pelos pecados (v.27-29).

 

Efraim, Jerusalém e nem tudo é castigo (Is 28)

1.Castigo contra Efraim (v.1-6)

2.Castigo contra Jerusalém (v.7-22)

3.Nem tudo é castigo (v.23-29)

 

Capítulo 29: A lareira, a cegueira e a redenção

1.Lareira de Deus ou Ariel refere-se ao altar de holocausto. Judá, o arraial de Davi, fazia todas as festas a cada ano, mas não se arrependia de seus pecados. A lareira do altar se tornaria a própria nação. Deus queimaria em holocausto os judeus, mas não como oferta agradável, mas juízo. A Assíria era o menor dos problemas de Judá. O próprio Deus sitiaria o povo com Sua disciplina. Quando Judá estivesse no pó com a Assíria a sitiando no ano 701 a.C., então, clamaria ao Senhor (v.1-4).

 

2.Apesar da disciplina do Senhor sobre Judá, os inimigos foram derrotados. 185 mil assírios passarão pelo pesadelo da derrota, mesmo quando tudo se dirigia para uma vitória esmagadora sobre Judá (v.5-8, veja 2 Reis 19.35-37).

 

“PRAZER. Eu não estou condenando o prazer. O prazer tem o seu lugar na vida humana, assim como o trabalho e a religião. Eu estou falando de uma vida devotada ao prazer. Nem estou falando dos prazeres maiores..., mas daqueles cujo maior alvo na vida é agradarem a si mesmos; os quais, em relação a qualquer proposta de ação, nunca pensam em perguntar-se: ‘É essa minha missão?’ Mas, esse tipo de vida é apenas um substituto, como um sonho, da vida real.”[29]

 

3.Judá se estatelou (caiu no chão) por causa de sua cegueira e embriaguez. Porém, os responsáveis foram os falsos profetas com suas mentiras. Os judeus aceitaram as falsas palavras e ficaram cegos e embriagados. O povo não pode ter as palavras de Deus, pois estão seladas devido à sua rebeldia (v.9-11).

 

4.Quanto ao culto exterior, Jerusalém continua a mesma, mas o coração dos adoradores está longe de Deus. Agem de modo legalista, só cumprindo regras humanas aprendidas de falsos líderes. Deus mostrará que a sabedoria dos homens é loucura (v.12-14).

 

5.O homem sem o temor de Deus age como se não tivesse que prestar contas a Ele. Todos os homens deverão prestar contas a Deus. Quando pensamos que somos donos de nossa vida, estamos nos rebelando contra o nosso criador (v.15-16).

 

6.O Líbano representa a altivez por causa de suas florestas de cedros. Deus pode transformar o orgulho em humilhação. A fraqueza dos quebrantados será vantagem, pois Deus se apresentará a Eles com Sua Palavra. Esses versículos nos remetem às bem-aventuranças de Jesus. Os mansos e os pobres têm o amparo do Santo de Israel, enquanto os tiranos e os escarnecedores orgulhosos serão humilhados. Os juízes que abusaram do direito dos injustiçados serão julgados pelo Senhor (v.17-21).

 

7.A palidez do medo e o rubor da vergonha serão passados para Judá. A aliança do Senhor com Abraão e Jacó nunca será esquecida. Ele cumprirá em Israel as bênçãos prometidas. O arrependimento será o caminho mais rápido para as bênçãos de Deus. Até as atitudes negativas, tais como espírito de erro e murmuração serão curadas através da instrução do Senhor (v.22-24).

 

A lareira, a cegueira e a redenção (Is 29)

1.A lareira (v.1-8)

2.A cegueira (v.9-16)

3.A redenção (v.17-24)

 

Capítulo 30: A aliança com o Egito

1.Jerusalém está sendo subjugada pela Assíria e pretende buscar a ajuda do Egito através de uma aliança. Esses planos não têm a bênção do Senhor e com isso acrescentarão pecados àqueles que a nação já tem. O Egito pode ser uma sombra, mas acabará em vergonha e confusão (v.1-3).

 

“Eles acrescentam ao pecado da rebelião contra Deus, o pecado de formar uma aliança. Normalmente, os pecados não se sustêm sozinhos. Quando alguém comete um pecado, frequentemente, é necessário cometer outros a fim de executar e completar o plano pretendido.”[30]

 

2.Ao sul de Judá, em Neguebe, os diplomatas da nação já estão reunidos para descerem até o Egito. Nenhuma aliança é de graça. O Egito cobrará caro, mas serão esforços perdidos, pois o Egito não terá força contra a Assíria. Será muito barulho por nada. Ainda que os embaixadores gritem como leões, levem os animais carregados de pagamentos para o Egito, de nada lhes aproveitará, pois o Egito não poderá lhes ajudar. O Egito é gabarola, isto é, cheio de arrogância, mas sem poder (v.4-7).

 

3.Deus queria registrar o Seu descontentamento com o povo. Os rebeldes são mentirosos, pois preferem ouvir mentiras a ouvir a Palavra de Deus. A Palavra do Senhor traz a luz sobre o pecador e o denuncia. Isto machuca, mas é o melhor. As palavras doces e agradáveis não dirigidas por Deus não produzem transformação de caráter. Os pregadores que desejam agradar os seus ouvintes são falsos profetas. Talvez, grupos, paguem pregadores para pregar o que desejam ouvir. Caso pregue a Palavra de Deus e esta fira os ouvintes, estes o dispensam que buscam outro que lhes faça bem (v.8-11).

 

4.O estribo do povo está sendo palavras falsas. Rejeitam a Palavra de Deus. A vida deles está como um muro com barriga o qual cairá a qualquer momento. Cada vez que ouvimos doces mentiras e concordamos com elas, a nossa vida espiritual vai se envergando até desmoronar (v.12-13).

 

5.Deus disciplina o Seu povo porque o ama. O vaso inútil deve ser quebrado. Embora, o vaso não tenha mais utilidade, a nossa vida ainda está em construção, ainda em barro, por isso, o Senhor está nos moldando e remodelando conforme a Sua visão de oleiro capaz (v.14).

6.Em vez de buscar aliança errada, o povo de Judá deveria descansar no Senhor. O sossego de nossas almas é a maior riqueza em meio à ansiedade e apertos. Deus não obriga o crente a descansar. Ele apenas oferece o descanso para que o crente aproveite. Em vez de sentarem numa “poltrona”, preferiram sentar sobre os lombos dos cavalos e fugirem. O Senhor fará que os cavalos inimigos correm mais até alcançar o povo de Deus fugitivo. Até mesmo em número menor, os inimigos vencerão Judá (v.15-17).

 

7.Enquanto o crente deve esperar no Senhor, o Senhor também espera com paciência para que se arrependam. Deus é misericordioso, apesar da demora do povo de Judá em confiar Nele. A terra de Jerusalém é a moradia do povo de Deus, por isso, devem esperar até que os tempos cheguem quando o Senhor destruirá os inimigos e colocará Israel de volta em seu território (v.18-19).

 

8.Uma promessa confortadora é que os mestres, os verdadeiros profetas, não se apartarão de Israel. Um povo sem ensino verdadeiro fica à sorte de toda heresia destruidora. Com o reto ensino, a idolatria deixará de existir (v.20-22).

 

9.As bênçãos terrenas do Senhor para Israel serão vistas a cada dia. A cura não será apenas espiritual, mas Deus curará a terra e haverá abundância de alimentos, animais e fontes de água. O dia da matança se refere ao Armagedom e a luz intensificada refere-se ao reino do Messias, o sol da justiça (v.23-26).

 

10.O grande problema de Israel é o inimigo, a Assíria. Deus resolverá esse problema após a conversão da nação. A Assíria representa para o futuro, todos os inimigos de Israel e, especialmente, o Anticristo e as nações perversas na tribulação. O Messias virá destruindo todos os inimigos de Israel (v.27).

 

11.O hálito do Messias ou a Sua indignação será abundante. Os povos serão guiados por freio. Não mais irão para onde quiserem, pois o juízo chegou. O cântico de vitória estará, finalmente, nos lábios do povo de Deus. Tudo isso por causa da Rocha de Israel, Jesus Cristo, o Messias (v.28-29).

 

12.Em parte, a profecia foi cumprida, quando o Senhor destruiu 185 mil assírios. No entanto, no Armagedom acontecerá completamente, quando o exército do Anticristo será destruído pelo sopro da boca de Cristo. Cada pancada do juízo de Cristo sobre os inimigos haverá alegria e música. Tofete era um lugar perto de Jerusalém, vale de Hinom, o lixão da cidade, onde queimavam os detritos. É conhecido também como Geena, um símbolo para o Lago de Fogo. Os pais queimaram filhos a Moleque ao som tambores e, agora, o mesmo Deus fará com os inimigos de Israel (v.30-33).

 

A aliança com o Egito (Is 30)

1.Confiança no inútil Egito (v.1-7)

2.Rejeição da Palavra do Santo (v.8-13)

3.Força no sossego do Senhor (v.14-17)

4.Cura da ferida pelo Senhor (v.18-26)

5.Solução do problema (v.27-33)

 

 

Riquezas desejadas (26-30)

1.Paz (26.3-4,12-13)

2.Desejo saciado (26.8-9)

3.Vida eterna (26.19)

4.Proteção (27.3)

5.Perdão (27.9)

6.Descanso (28.12)

7.Justiça (29.5,20,22)

8.Sossego (30.15)

9.Fartura (30.23-26)

 

Capítulo 31: O ajudador e o ajudado cairão

1.Quando pessoas estão em grande aperto, buscam ajuda em qualquer um, mas caem em ciladas por causa dos aproveitadores. Judá está sitiada pela Assíria e em vez de buscar ajuda do Senhor, busca auxílio no Egito, impressionados pelos cavaleiros e pelo poderio de guerra (v.1).

 

2.O mal que cai sobre Israel não vem propriamente da Assíria, mas é uma disciplina do Senhor contra os líderes negligentes de uma nação afastada de Deus. Os egípcios podem ser fortes, mas são apenas homens. Os cavalos estão sujeitos à calamidade. O juízo de Deus atingirá o auxiliador que é o Egito e o ajudado que é a nação de Judá (v.2-3).

 

“Evidentemente, aqui está implícito que um espírito é mais poderoso que um cavalo. Os antigos carregavam a ideia de que havia imensa força em um cavalo de guerra bem treinado.”[31]

 

3.Um leão não tem medo de ninguém e se ele estiver comendo sua presa seria loucura chegar perto dele e de seu filhote. Da mesma forma, o Senhor está julgando e o Egito e a Assíria não devem se intrometer na refeição de Deus. O Senhor protege Judá como Sua presa. Outeiro é um símbolo de poder. Judá é um poder falido e subjugado por Deus. A mesma figura de proteção é a de uma ave protegendo o ninho. Jesus mesmo disse que era como uma galinha desejando proteger seus pintainhos (v.4-5).

 

4.Se Judá descobrisse que o Senhor é o verdadeiro ajudador não buscaria o Egito. Judá se afastou muito de Deus. Na hora do ataque da Assíria contra Jerusalém, os judeus desistirão dos ídolos inúteis e o próprio Deus lutará contra a Assíria (v.6-8).

 

5.A rocha de refúgio da Assíria era a sua própria força. Os poderosos da Assíria fugirão de Deus que é o fogo consumidor. Os príncipes da Assíria deixarão a bandeira. Parece ser a bandeira de Judá, talvez escrita o nome de Jeová. O medo do Senhor os faz fugir, mas serão consumidos por Ele (v.9).

 

O ajudador e o ajudado cairão (Is 31)

1.O ajudador e o ajudado cairão (v.1-5)

2.O verdadeiro ajudador levanta e derruba (v.6-9)

 

 

 

 

Capítulo 32: O Rei Justo e mulheres despreocupadas

1.Só haverá autoridades justas quando o Rei Justo reinar. A Assíria será destruída e Jerusalém precisa ver o Rei. O rei não é Ezequias, mas o Senhor Jesus Cristo. Há três palavras para homem (Adam, Enosh e Eesh). Adam e Enosh referem-se a homem masculino e mortal, mas Eesh, nesse versículo, refere-se a homem imortal, portanto, trata-se de Jesus Cristo, o Homem perfeito. É o Messias Jesus que abriga do vento e da tempestade. Ele é água na seca e sombra de uma grande rocha. Ele é a rocha (v.1-2).

 

2.A famosa rebeldia de Judá acabará. A cegueira e a surdez espirituais serão curadas. Não haverá mais limitações de entendimento e nem rejeição. As aparências, hipocrisias e injustiças não terão lugar nesse reino. As pessoas de bem serão exaltadas (v.3-8).

 

3.Alguns acham que as mulheres se referem às cidades e as filhas às aldeias, outros acham que se referem aos homens que não estão tendo atitudes de homens e, ainda outros, interpretam como está escrito, ou seja, as mulheres são as pessoas do sexo feminino. Talvez os homens estivessem se submetendo à vaidade das mulheres insubmissas. Como juízo, perderão suas mansões, riquezas e coisas bonitas de seu conforto. Elas estavam despreocupadas e não aguardavam nenhuma repreensão. Agora, precisavam mostrar arrependimento. As mulheres teriam bens e riquezas roubados pela a Assíria em 701 a.C. O profeta descreve as perdas materiais (v.9-14).

 

“Figura de linguagem (Sinédoque de espécies), mulheres, como sendo toda a nação, agora reduzida pelo pecado à fraqueza completa; ou, uma mensagem especial, como em Is 3.16-26).”[32]

 

4.Somente uma transformação espiritual e esta, evidentemente, pelo Espírito Santo, pode reverter a situação de calamidade e perdas. Como se aprende em Joel 2 e se vê o cumprimento parcial em Atos 2, o derramamento do Espírito é a promessa do Pai. Jesus preparou os discípulos para esse evento. A Igreja começou a partir desse acontecimento. A descida do Espírito e, em consequência, a habitação do Espírito no crente ainda não cumprem as promessas de restauração da terra com todos os benefícios e eventos escatológicos, por isso, se diz que a descida do Espírito Santo no dia de Pentecoste cumpriu as profecias de Joel 2 e também de Isaías 32.15, apenas parcialmente (v.15-20).

 

O Rei Justo e mulheres despreocupadas (Is 32)

1.O Rei Justo (v.1-8)

2.Mulheres despreocupadas (v.9-20)

 

Capítulo 33: Aflição e livramento

1.Deus usaria a Assíria para cumprir o Seu propósito disciplinador sobre Jerusalém. Após a Assíria ser usada para o propósito de Deus, chegou o tempo de Deus tratar com a Assíria. A perfídia ou traição acabaria com o julgamento de Deus sobre a Assíria. Enquanto isso, o povo de Deus deveria clamar, pois na angústia Deus responde. Sobraria para o povo de Deus os despojos. Seriam como lagartas quando acha uma folha viçosa (v.1-4).

 

2.Deus traria estabilidade para Jerusalém. Ele é o dono dos tesouros escondidos os quais incluem a justiça e o direito de terra. Outros tesouros desejados pelos crentes são conhecimento, sabedoria e temor. A salvação do Senhor é completa (v.5-6).

 

3.Os assírios serão destruídos, mas Jerusalém gozará paz. Os heróis do exército assírio chorarão. Toda a destruição que trouxeram não seria suficiente para destruir os propósitos de Deus. Nenhuma aliança humana se sustentará quando o Senhor vier em juízo contra a Assíria. O profeta usa as figuras imponentes naturais para dizer o que acontecerá com a Assíria. O Líbano com seus cedros centenários murcharam. Sarom, a região florida de rosas (Rosa de Sarom) se transformará em deserto. Basã com seus pastos verdejantes (vacas de Basã) e o Monte Carmelo bem verde se tornarão secos, sem pasto e sem ervas. Assim como esses lugares nessas situações seriam muito tristes, acontecerá realmente com a Assíria (v.7-9).

 

4.Chegou a hora de Deus ser exaltado, pois quando o Seu povo é humilhado por causa do pecado, Deus também é humilhado, pois o Senhor jurou por Si mesmo a favor do povo. O nome de Deus é blasfemado quando o Seu povo vive na incredulidade. A Assíria produz palha e Deus transforma em restolho. O sopro da Assíria voltará como fogo. A Assíria virará cinzas, pó como a cal. Pipocará no fogo como espinhos. A história da vingança do Senhor chegará até aos confins da terra e voltarão a temer o nome do Senhor (v.10-13).

 

5.Ninguém poderia se suster diante da fúria do Senhor. Só os justos se mantêm, mas quem é justo? Só Jesus Cristo foi o justo de Israel. Debaixo da misericórdia do Senhor é que somos salvos e habitamos em refúgio seguro (v.14-16).

 

“Uma festa perversa ainda existe, mesmo que Sião está cheia de julgamento e justiça. A razão do terror é expressa no que vem imediatamente depois disso.”[33]

 

6.A presença do Rei será suficiente para Israel e para a Igreja. No reino do Messias O veremos em sua formosura. Hoje, vemos o Senhor Jesus pela fé. A terra, no reino messiânico, se estenderá além daquilo que Israel possui hoje. Os opressores não mais existirão. Não haverá mais pagamento de impostos por parte do povo de Deus. Os estrangeiros não mais tomarão conta da terra de Israel. Não contarão as torres da muralha de Jerusalém. “Contar as torres da muralha” era uma expressão para designar as pessoas que detinham o poder (v.17-19).

 

7.Jerusalém será uma cidade tranquila quando o Senhor estiver reinando ali. Voltará a ser uma cidade de festas solenes. Será uma tenda com estacas firmes. As cordas serão retesadas pelo Senhor. Nenhuma embarcação inimiga aportará nas regiões de Israel, pois o Senhor será os rios. A Lei santa do Senhor será cumprida com prazer. As enxárcias (os cabos e cordas da embarcação) dos inimigos serão afrouxadas pelo Senhor. O profeta continua com a ilustração de embarcação e ataque para mostrar que o povo de Deus tirará vantagem de todo o sofrimento e despojará o inimigo. Até os mais fracos, os coxos, terão sua parte. Todos os contritos serão perdoados e habitarão na terra do rei messiânico (v.20-24).

 

Aflição e livramento (Is 33)

1.Jerusalém terá estabilidade e salvação (v.1-6)

2.Jerusalém terá paz dos inimigos (v.7-16)

3.Jerusalém terá a presença do Rei (v.17-24)

Capítulo 34: A indignação de Deus contra as nações

1.O anúncio de Deus é para todas as nações. Um dia o mundo todo será julgado. Isto se dará no final da história com o governo humano, ou seja, no final da tribulação. A indignação do Senhor chegará ao ponto máximo ou pelo menos ao ponto em que Ele decide colocar um fim na história do mundo tal qual a conhecemos. Ele resolverá reinar através de Jesus Cristo. Nenhuma nação agradou a Deus, mas por que somente as nações existentes naquela época serão castigadas? Deus tem os Seus planos e executará o Seu juízo. No entanto, o juízo individual será no Lago de Fogo após o Grande Trono Branco. É verdade que Deus destinou as nações para a destruição e matança, mas nada tem a ver com predestinação para o juízo eterno, pois nenhuma nação escapará. Não é um juízo individual com base na aceitação de Jesus como Salvador, mas um julgamento universal de todas as nações e governos da terra, mostrando a falha de todos os governos humanos e, principalmente, do governo do Anticristo. A cena é feia, fétida e fria. Os mortos ficarão expostos. É uma carnificina. Os elementos celestes confirmarão o juízo de Deus (v.1-4).

 

“Evidentemente, todo o universo será envolvido neste julgamento. Os pecados das nações e a necessidade da reação divina, afetarão toda a criação... O sol, a lua e as estrelas murcharão e cairão como uvas ou figos (Mt 24.29, 2 Pe 3.10, Ap 6.13-14). Isso implica também na destruição do panteão de deuses que esses corpos celestes representam no mundo antigo.”[34]

 

2.A espada do Senhor não é preparada na terra. Não é uma vingança de uma nação mais santa do que outra, mas é preparada nos céus. A fúria virá do próprio Deus e do Cordeiro. Edom fica sendo um símbolo das nações pecadoras, pois Edom formou uma história de inimizade contra o povo de Deus. O pequenino livro de Obadias descreve o juízo de Deus contra Edom. Bozra era a capital de Edom. A matança das nações será como um sacrifício agradável para Deus (v.5-7).

 

3.O plano de Deus na tribulação é salvar Israel. É libertar Sião. Este é o verdadeiro sionismo. Não acontecerá por mãos humanas, mas o próprio Jesus Cristo libertará Sião que é Jerusalém. Por todo o sul de Israel haverá sangue, fogo e enxofre. O julgamento será definitivo contra os governos terrestres. O profeta ilustra o esvaziamento de todo o sistema mundial descrevendo uma terra abandonada e animais selvagens sobre ela. Os nobres não governarão mais. As sedes mundiais de poder ficarão à mercê dos animais e das ervas daninhas. Os fantasmas do versículo 14 não são demônios ou seres do outro mundo. São os lilites[35], no hebraico, e referem-se a corujas. Sátiros são cabras. Os animais ficam tão à vontade que botam seus ovos na cidade desolada. O livro do Senhor pode ser o Pentateuco que fala do juízo de Deus sobre os povos inimigos, mas também pode ser a Bíblia toda, pois o que Deus fala, Ele cumpre. No final da tribulação, as aves de rapina participarão desse banquete, chamado em Apocalipse 19.17 de “Ceia de Deus” (v.8-17).

 

A indignação de Deus contra as nações (Is 34)

1.A indignação de Deus contra as nações (v.1-4)

2.A espada do Senhor embriagada nos céus (v.5-7)

3.O esvaziamento de todo o sistema mundial (v.8-17)

 

 

Capítulo 35: Deus transformará Jerusalém em uma cidade frutífera

1.O deserto que há em volta de Jerusalém não será mais assim no reino do Messias. Haverá flores como há hoje em algumas regiões de Israel que é o maior produtor de flores do mundo. O deserto não mais invejará lugares viçosos como o Líbano com seus cedros centenários, o Monte Carmelo com sua vasta vegetação e a região de Sarom com suas rosas (v.1-2)

 

2.A mudança da vegetação será impressionante, mas Deus se importa mesmo é com o homem e este, sendo um salvo, não sofrerá mais fraquezas da carne e oscilações da fé. Os oprimidos serão fortalecidos e vingados pelo Senhor (v.3-4).

 

3.Não haverá limitações físicas para o povo de Deus no reino de Cristo Jesus na terra. Além da vegetação, haverá ao redor de Jerusalém, água em abundância. A moralidade do mundo será totalmente transformada. Os impuros não terão espaço para suas perversidades. O reino do Senhor na terra será santo. Até mesmo aqueles que não aceitarem esse reino, terão que andar no santo caminho do Senhor. Somente se rebelarão no final ou se tentarem durante o reino de vara de ferro do Senhor, serão esmagados. É claro que terão a oportunidade bendita da conversão e salvação. Os animais serão mansos e ninguém precisará ter medo de andar nas ruas. O povo de Israel voltará para a Terra Santa. Isto não pode se referir ao ano de 1948 quando foi criado o Estado de Israel, mas será no final da tribulação, quando a mão do Senhor libertar Israel do poder do Anticristo e todas as nações forem julgadas (v.6-10).

 

“Os remidos… aqueles que tiveram suas heranças confiscadas recebem de volta pelo parente (goel), o parente mais próximo da família. Todos os ortodoxos consideram como se referindo à encarnação de nosso Senhor e sua oferta sacrificial.”[36]

 

Deus transformará Jerusalém em uma cidade frutífera (Is 35)

1.O deserto florescerá e os fracos se fortalecerão (v.1-4)

2.O deserto se encharcará e os doentes serão curados (v.5-7)

3.O deserto se alegrará e os justos serão purificados (v.8-10)

 

A fraqueza da política dos homens (Is 31-35)

1.A política dos homens exclui Deus (31.1,3,9)

2.A política dos homens não exerce a justiça de Deus (32.1,5-8,17-18)

3.A política dos homens é apenas tumulto (33.3,6-8,14-15,22)

4.A política dos homens será julgada por Deus (34.1-2,5,12-13)

5.A política dos homens não produzirá as bênçãos de Deus (35.1-10)

 

Capítulo 36: A intimidação da Assíria contra Judá

1.Que situação difícil a do rei Ezequias. O rei da Assíria resolve invadir Judá e convoca o destemido mordomo e ao mesmo tempo mensageiro intimidador, Rabsaqué, que é um título. O rei Ezequias parou ali no lugar das águas da cidade, onde pessoas lavavam roupas e donde vinha o suprimento de água para Jerusalém. Pessoas da confiança do rei estavam com ele. O mordomo, o escrivão e o cronista. Dali viria uma boa história e estavam pessoas capacitadas para registrá-la (v.1-3).

 

“Em toda a Bíblia não há nenhum personagem mais astuto do que Rabsaqué. Ele era um hábil deputado do rei, o qual o enviou, mas ele representava ainda mais completamente o espírito da civilização a qual ele pertencia.”[37]

 

2.Rabsaqué tenta intimidar o povo e consegue. A confiança de Judá, de fato, não podia estar no Egito. No entanto, a confiança deveria estar no Senhor. O rei Ezequias não proibiu a adoração ao Deus verdadeiro de Israel, mas mandou remover os ídolos. Rabsaqué, porém, não conhece os fatos e os distorce. Ele zomba, insinuando que nem cavaleiros Judá têm e, por isso, a nação queria fazer aliança com o Egito. Rabsaqué diz que o próprio Jeová é quem o manda invadir Judá. Não sabemos se isso é verdade, mas o princípio por detrás está correto, pois é Deus quem está usando a Assíria para disciplinar Judá (v.4-10).

 

3.O povo de Judá já estava perdendo nessa época a própria língua, por isso, entendiam melhor o aramaico, a língua da Síria e região. Rabsaqué, que sabia o hebraico, prefere falar na língua do povo, pois queria assustar toda a nação e não apenas ao rei e seus líderes. Rabsaqué, com mais intimidações, fala a todo o povo. Os deuses mencionados são da região, ou seja, as nações caíram sob o poder da Assíria e Judá deve cair também (v.11-20).

 

4.Ezequias usou a sabedoria de Deus e ficou calado diante das intimidações. Ele prefere esperar e falar com Deus para saber como agir. Os seus líderes de confiança, indignados e envergonhados, rasgaram suas vestes e se reuniram com o rei Ezequias (v.21-22).

 

A intimidação da Assíria contra Judá (Is 36)

1.Rabsaqué sem nenhum temor ao Deus de Israel (v.1-10)

2.Mais provocações contra o povo (v.11-20)

3.Silêncio diante das provocações (v.21-22)

 

Capítulo 37: O escape do crente está na oração e confiança

1.A situação era grave e o rei precisava saber das ameaças da Assíria contra Judá. O rei Ezequias se sentia como para dar à luz, mas sem forças. A ilustração pode ser entendida tanto para a criança que não tem forças para sair ou a mãe que esgotou suas forças, ambos em perigo de morte. A atitude acertada dele foi buscar o Senhor. Naquele tempo, Deus ouvia o povo através dos profetas, por isso, o rei Ezequias procurou o profeta Isaías. Não era possível que Deus estivesse dando razão a Assíria, o rei Ezequias se recusava a acreditar nisso (v.1-5).

 

2.O profeta Isaías estava à disposição da nação e, agora, estava especialmente feliz, pois havia uma preocupação de buscar o auxílio de Deus. A blasfêmia de Senaqueribe e Rabsaqué é principalmente contra o Deus verdadeiro. Ele está mais interessado do que o próprio povo. A prévia da resposta é uma promessa. Deus matará o rei da Assíria (v.6-7).

 

3.Senaqueribe estava ocupado guerreando ao sul de Israel. Ele mesmo confirmou as ameaças de Rabsaqué. As zombarias de Rabsaqué são repetidas por Senaqueribe aos mensageiros. O orgulho nacional da Assíria estava em seus triunfos pelo mundo todo. São mencionadas regiões da Mesopotâmia e Síria. Nem os reis e nem os deuses desses países conseguiram enfrentar a Assíria (v.8-13).

 

4.Assim como Deus se interessa pelas aflições de Seu povo, os crentes também deveriam se interessar em buscá-Lo de todo o coração. As aflições têm como objetivo aproximar o crente de Deus através da oração. O rei Ezequias não ficou apenas com a carta na mão, aflito, mas levou-a à Casa do Senhor e, ali, clamou a Ele. O rei Ezequias não nega que Senaqueribe é um inimigo forte e que destruiu a todas as nações vizinhas e seus deuses, mas também não considera os deuses das nações como alguma coisa. Ele crê que a vitória de Judá seria um testemunho de que só um Deus (v.14-20).

 

5.Deus toma essas provocações de Senaqueribe contra Si e também desafia a Assíria. Ele é o Santo de Israel. A Assíria venceu o Líbano e o Egito com seus cedros e rios, respectivamente. Estava nos planos de Deus esse dia, por isso, Deus executará contra a Assíria os Seus desígnios de destruição. Mesmo que os moradores de Judá estejam debilitados, a vitória virá para que o homem não confie em sua própria força (v.21-28).

 

6.A Assíria será presa como se prende os touros, pelo nariz. Deus não permitirá que Jerusalém fique sem frutos da terra, apesar da invasão e despojos da Assíria. No terceiro ano após a invasão, Judá semeará e verá seus frutos, portanto, não haverá prejuízo na agricultura. O zelo do Senhor não permitirá que a Assíria invada Jerusalém e tome posse dela. O rei voltará para a Assíria e ali morrerá. O próprio Jesus Cristo manifestado em Anjo, o Anjo do Senhor, defendeu Judá e matou 185 mil assírios. O rei voltou para a Assíria e, enquanto adorava seu deus, os próprios filhos o mataram (v.29-38).

 

“Deus defenderia a Jerusalém por amor a sua honra e em memória de sua promessa ao Davi. Assíria insultou a Deus. Não seria seu instrumento para castigar a Jerusalém. O que Jerusalém não tinha possibilidades de fazer, Deus o faria por eles. Deus está preparado para fazer o impossível se confiarmos no suficiente para pedir-lhe.”[38]

 

O escape do crente está na oração e confiança (Is 37)

1.Deus está interessado na causa do crente aflito (v.1-13)

2.O crente aflito precisa se interessar em clamar a Deus (v.14-20)

3.Deus está interessado em responder a oração do crente aflito (v.21-36)

 

Capítulo 38: O restabelecimento da saúde

1.Alguns comentaristas dizem que a doença de Ezequias foi muito tempo antes dos acontecimentos dos capítulos anteriores. A doença teria sido um abscesso ou um câncer. O Senhor estava avisando ao rei Ezequias que o tempo de vida dela estava cessando e que deveria colocar as coisas em ordem. O rei, como qualquer um de nós faria, chorou e se desesperou. Ele colocou a sua fidelidade como razão para Deus lhe dar mais tempo de vida. É arriscado pensarmos que Deus dá mais tempo ou menos tempo de vida baseado em nossa fidelidade (v.1-3).

 

“A doença de Ezequias é um tipo do Filho de Davi, Cristo, o qual foi levantado do poder da morte, a qual deveria ser aperfeiçoada na nação também levantada dos mortos, moralmente falando, tendo todos os seus pecados perdoados.”[39]

 

2.Deus ouviu Ezequias porque Ele tinha um propósito ainda para ele. Talvez Ezequias não tenha aproveitado muito bem esses anos adicionais, como veremos nos próximos capítulos. No versículo 6 parece claro que os acontecimentos dos capítulos anteriores ainda não tinham ocorrido, pois o Senhor promete livrar e defender Judá dos ataques da Assíria e, como vimos, isso aconteceu no capítulo 37. Não sabemos como era o relógio de Acaz e se o Senhor fez retroceder 15 minutos ou meia hora. Alguma extraordinária refração da luz ou rotação da terra aconteceu. Embora, se a terra voltasse em sua órbita, muitas catástrofes naturais ocorreriam. Seja como for, Deus é o criador das leis da natureza e Ele pode controlá-las ou modificá-las por um momento para o Seu propósito (v.4-8).

 

3.O cântico de Ezequias é um canto de desespero pela notícia de sua morte e gratidão ao Senhor pela cura maravilhosa. Ele se sentia roubado de seus anos de vida, portanto, era um homem de meia idade e não um velho. O tempo de aflição pela notícia deve ter durado alguns dias ou pelo menos uma noite. Não é pecado orar por cura, mas é pecado não aceitar a vontade de Deus e não admitir que a doença é uma parte normal da vida em um mundo contaminado pelo pecado. Por que o crente não passaria por isso? E por quanto tempo seria livrado das angústias do mundo caído? Deus não despreza os remédios, mas nenhum remédio cura se o Senhor não atuar no físico. O texto termina com uma pergunta sem resposta (v.9-22).

 

O restabelecimento da saúde (Is 38)

1.A doença é uma triste realidade (v.1-3)

2.A cura é uma possibilidade e decisão de Deus somente (v.4-8)

3.O louvor é uma obrigação do crente (v.9-22)

 

Capítulo 39: Revelando tesouros aos inimigos

1.No ano 712 a.C., Merodaque-Baladã, quis fazer uma aliança com o rei Ezequias contra a Assíria. Dois anos mais tarde, a Assíria tomou a Babilônia. A visita parecia uma atitude de boa vizinhança, porém, era interesseira. O rei Ezequias gostou da exaltação própria e mostrou os tesouros da Casa do Senhor como se fossem seus próprios tesouros. Ele deveria cuidar para o Senhor, porém, ostentou riquezas para se mostrar forte e superior (v.1-2).

 

2.O profeta Isaías o fez repetir e refletir no seu ato de vaidade. Ezequias não escondeu nada aos caldeus, mas também nada escondeu ao profeta. Talvez, Ezequias soubesse que o profeta o repreenderia. Não é errado reconhecer que Deus nos dá bênçãos materiais, porém, é pecado ostentar nossos tesouros às pessoas com o objetivo de impressioná-las, pois a mensagem que se passa com a ostentação é de que os bens são mais importantes do que o caráter e a vida com Deus (v.3-4).

 

3.A profecia de Isaías se cumpriu e está registrada no incidente do cativeiro da Babilônia. O crente está entregando ao inimigo, Satanás, todos os seus tesouros escondidos, quando não dá glória a Deus. A entrega de si mesmo ao Senhor é o melhor investimento que o crente faz de seus tesouros (v.5-6).

 

“Pela gravidade da punição é declarada como Deus detestou a ambição e vanglória.”[40]

 

4.O rei Ezequias não seria levado para o cativeiro, mas os seus filhos, sim. É triste para o pai contemplar um futuro desastroso para os filhos. Era a disciplina mais dura que Ezequias enfrentaria. Os quinze anos a mais de vida que Ezequias ganhou de “bônus” após sua doença, estavam sendo desperdiçados por causa do orgulho. A palavra do Senhor foi boa para Ezequias porque pensava somente em si, ou seja, ele mesmo não sofreria o cativeiro. Porém, só o fato de imaginar seus filhos sendo emasculados (castrados) deveria afligi-lo severamente (v.7-8).

 

Revelando tesouros aos inimigos (Is 39)

1.A inocente política da boa vizinhança (v.1-4)

2.A consequência da ingenuidade espiritual (v.5-8)

 

Uma amostra da arrogância humana (Is 36-39)

1.O homem não acredita na intervenção divina (36.7,14-15,18,20)

2.O homem afronta a Deus (37.4,6,17,23-24,29,35-38)

3.O homem busca algum merecimento de Deus (38.1-3)

4.O homem gosta de ostentar suas riquezas (39.2-4,8)

 

Capítulo 40: O Senhor Majestoso

 

“A pesquisa de um século de estudos literários de Isaías 40-55 tem tentado traçar a história desses esforços, principalmente, por críticos liberais, para examinar a literatura bíblica apenas como literatura em si. Um estudo teológico, obviamente, requer que seja dada atenção à premissa de que Isaías 40-55 foi escrito como uma composição literária pelo profeta sob a inspiração divina... A inspiração e inerrância, no entanto, não desqualifica a literatura bíblica das práticas das análises literárias. De fato... o uso apropriado dessa análise pode contribuir para uma melhor compreensão da Palavra de Deus.”[41]

 

1.Talvez não tenhamos o direito de dizer qual passagem da Bíblia é mais bela do que as demais. Porém, Isaías 40 é de tirar o fôlego, tamanha beleza poética e soberania divina. O homem é colocado como um espectador dependente da glória de Deus. O homem precisa do consolo de Deus. A nação de Israel sofreu por toda a História e só encontrará descanso no Messias que é o Senhor Jesus Cristo, o perdoador dos pecados da nação (v.1-2).

 

2.João Batista foi o precursor do Messias de Israel, Aquele que endireitaria a vida dos pecadores. Deus não falhou em mostrar a Sua glória encarnada, porém, o mundo em trevas rejeitou o Ungido, especialmente, o povo de Israel (v.3-5).

 

3.A Palavra de Deus é verdadeira, mas o homem é frágil e temporário na terra. É tão frágil como a erva. A glória do homem é passageira e, portanto, não deveria se apoiar nela, mas na Palavra de Deus que prometeu que enviaria o Salvador. Este já veio. Ele é Jesus Cristo, o Messias de Israel e Salvador do mundo (v.5-8).

 

4.Jesus veio com poder, mas a nação de Israel não quis ver e nem anunciar e, por isso, ficou sem a recompensa prometida. Haverá ainda a oportunidade na tribulação para os judeus que estiverem vivos naquela época, bem como para os gentios. No entanto, há a oportunidade, hoje, de aceitar o Salvador que morreu na cruz e estabeleceu a Igreja. Israel é um rebanho desgarrado, mas pode ser amamentado. O pecador pode ser pastoreado por Jesus que já veio, mas voltará (v.9-11).

 

5.O profeta de modo lindo apresenta a majestade do Senhor como Criador e sustentador do universo, sempre comparando com a fragilidade humana e apelando para a dependência Dele. Quem poderia saber a extensão do universo ou o peso das montanhas por Ele criadas. Ninguém poderia ensinar ao Senhor e o Espírito Santo (v.12-14).

 

6.Os povos que somam, atualmente, quase 7 bilhões de pessoas, são como um pingo caindo de um balde. Se os povos fossem adorar a Deus com holocaustos não conseguiriam animais e nem lenha para reconhecerem Sua majestade e retribuírem o que Ele merece. É claro que Deus ama as pessoas deste mundo, porém, se Ele fosse tratar-nos como merecemos seríamos nada diante Dele. (v.15-17).

 

7.Nada se compara a Deus, mas mesmo assim o homem tenta através da idolatria e traz para si mesmo condenação, pois Deus não pode ser comparado a nada. O versículo 22, escrito há 700 a.C. já mencionava a terra como esférica e não achatada. A terra não é eterna, mas teve um início, não espontâneo, mas houve um Criador, que é o único Deus verdadeiro. Os homens dependem dele para viver (v.18-24).

 

8.Deus não apenas criou, como se isso fosse possível ao homem, mas Ele também mantém o universo. Ele criou as estrelas e as conhece por nome, evidentemente não com os nomes que os nomes inventaram. É uma maneira de dizer que nenhuma estrela escapa ao Seu conhecimento, pois Ele as fez (v.25-26).

 

9.Quando o homem pensa que Deus o abandonou e nem se importa com seus problemas, ele precisa observar as palavras de Deus como o Criador e sustentador de todas as coisas. Jesus disse que valemos mais do que os pássaros. Paulo disse que Deus se importa com o sustento dos obreiros e não é com os bois que Ele está interessado, ou seja, o homem é frágil, mas faz parte da Criação e Deus ama a Sua criação (v.27).

 

10.Jamais entenderemos Deus em toda a Sua profundidade. Até mesmo na eternidade teremos o que aprender Dele. Basta para nós, hoje, sabermos que Ele cuida do fraco. Em algum momento da vida pensamos ser fortes, especialmente quando somos jovens. Porém, até os jovens fortes precisam do Senhor. Os que esperam no Senhor têm as forças renovadas. A saúde espiritual com o Senhor, a comunhão com Ele é que nos dá forças mesmo quando somos fracos. É, portanto, um capítulo de consolo para aquele que busca o Senhor em Sua majestade (v.28-31).

 

O Senhor Majestoso (Is 40)

1.O Senhor é o consolo para a frágil humanidade (v.1-11)

2.O Senhor é grande demais diante da pequena humanidade e dos ídolos inúteis (v.12-24)

3.O Senhor é o Criador de todas as coisas que dá força ao cansado (v.25-31)

 

Capítulo 41: O grande ajudador do povo de Deus

1.O maior teste para o povo de Deus é se está resolvendo crer Nele ou não. Até agora, ninguém conseguiu se manter de pé na história. Nem reis, nem ídolos e nem idólatras. Deus permitiu que se levantassem milhares de gerações, construíssem sua própria história, partissem e fossem esquecidas. Só o Senhor é o primeiro e o último (v.1-5).

 

 

 

“Testemunhas. A convocação do Senhor ao seu servo como testemunha pertence ao contexto em Isaías no qual há descrições judiciais de Yahweh contra os ídolos dos gentios (Is 41.1-4; 43.8-12, 44.8). O Senhor desafia os ídolos para apresentar seu caso e para trazer suas testemunhas, os gentios que os adoram como se pudessem anunciar o futuro e cumprir suas profecias (Is 41.21-24; 45.20-22). Tais testemunhas, é claro, são cegas (Is 44.9, 18-20), falham em reconhecer que um produto da habilidade humana jamais pode responder suas orações por salvação (44.17).[42]

 

2.Os povos tentam viver a vida o melhor que conseguem e é muito pouco. Um ajuda ao outro, mas é como um cego guiando outro cego. Eles fazem ídolos e se confortam ao redor deles. A idolatria tem um poder de engano muito poderoso. As necessidades básicas do homem giram em torno do alimento, do poder e do sexo. Os ídolos preenchem essas necessidades. Os ídolos são grandes e poderosos. Nas culturas antigas eram representados pela fertilidade, por isso, havia orgias sexuais em torno deles e tinham como objetivo o fornecimento de boas safras de alimentos (v.6-7).

 

3.O povo de Deus deveria buscar ajuda no Senhor e não nos ídolos. Deus chamou Abrão e fez dele uma nação para testemunhar ao mundo o Seu amor e cuidado. Aquele que chamou também sustentará e ajudará o Seu povo. Os inimigos temíveis serão destruídos por Deus. De vermezinho, Israel se transformará em esmagador. O Santo de Israel será o ajudador que tirará todo o medo da nação (v.8-16).

 

4.Sejam quais forem as necessidades do Seu povo, o grande ajudador socorrerá. Deus não deixará o povo sofrer a sede. Até dos desertos brotarão fontes. No Senhor temos tudo o que precisamos. Algumas árvores são citadas as quais nascerão no deserto quando o Senhor restaurar a terra. O cedro e a acácia são conhecidos por sua madeira nobre e por características de perfumaria, respectivamente. A oliveira por sua qualidade de azeite. A murta produz tanino que serve como corante. O olmeiro cresce alto e produz boa madeira, assim como o buxo. Todas as coisas boas, criadas por Deus, serão desfrutadas no reino do Messias para o Seu povo. A ajuda do Senhor supera as impossibilidades, pois até o deserto produzirá água e plantas (v.17-20).

 

5.Quem garante que isso será assim? Que o Senhor é ajudador? Cada pessoa deve provar a bondade do Senhor quando estiver em situação impossível. Os incrédulos duvidam das promessas do Senhor. Os ídolos jamais fizeram nada por ninguém, mas se as pessoas provassem o Senhor veria que Ele tem muito mais do que bênçãos materiais, curas físicas e realizações de projetos e sonhos. A intimidade com Deus vale mais do que quaisquer profecias baratas. O Senhor não pode ser provado naquele sentido “faça isso ou não acredito em você”. A prova é experimentar pela fé a comunhão com o Deus verdadeiro. O Senhor ajudador não vive para satisfazer a curiosidade das pessoas, mas para interceder pelos que são Seus (v.21-24).

 

6.O povo de Judá, no cativeiro da Babilônia, veria a salvação de Deus vindo do Norte. A Pérsia e a Média, juntas, conquistariam a Babilônia. Ciro reconheceria o povo de Israel como o povo de Deus e os libertaria para sua própria terra. Nenhum deus pagão pode anunciar antecipadamente o que acontecerá aos seus adoradores, mas o Deus verdadeiro anunciou 200 anos antes do nascimento de Ciro a libertação do povo de Judá. Isaías é o mensageiro dessas boas-novas (v.25-29).

 

 

O grande ajudador do povo de Deus (Is 41)

1.A ajuda não está nos ídolos, mas no Senhor (v.1-7)

2.A ajuda do Senhor vence todo o medo (v.8-16)

3.A ajuda do Senhor supera as impossibilidades (v.17-20)

4.A ajuda do Senhor é de verdade e pode ser provada (v.21-29)

 

Capítulo 42: O Servo do Senhor

1.Os temas de Isaías foram de juízo, mas a partir do capítulo 40 a Pessoa de Jesus Cristo é exaltada como o grande ajudador e salvador da nação de Israel. Ele é a esperança de Israel e de toda a terra. O Pai escolheu ao Filho, Jesus, e o Espírito foi colocado sobre Ele. Aqui temos o ensino da Trindade. Jesus leu esse texto e se identificou diante da nação como o escolhido por Deus (veja Mateus 12.18-21). O Servo do Senhor veio para salvar. Ele não terminará de destruir aquele que já está destruído. O ministério Dele não foi de gritos na praça, mas de consolo silencioso ao coração aflito. O ministério de Jesus tem como objetivo o mundo todo (v.1-4).

 

2.O amor de Deus para com a humanidade é do tamanho de todo o universo, ou seja, não se pode medir. Ele dá vida a todos como uma forma de graça. Alguns gostam de separar graça comum e graça eficaz. Todos recebem da graça do Servo do Senhor, mas precisam dispor para si mais do que isto, a salvação completa de seus pecados. A nação de Israel teve a justiça, proteção e salvação para se tornar uma nação anunciadora da luz do Servo do Senhor, mas infelizmente não aproveitou de todos os benefícios de ser uma nação eleita (v.5-6).

 

3.No entanto, o Servo do Senhor, o Messias Jesus, cumpriu o seu papel na terra. Ele autenticou com os sinais que Ele é o escolhido de Deus para a libertação do povo e salvação dos pecadores. Ele curou, libertou e salvou. Todos que leem as Escrituras precisam admitir que este texto fala do Senhor Jesus, o Servo do Senhor. Ele mesmo leu esse texto e se identificou como o Messias libertador. Ele diz que o nome Dele é “Senhor”. No hebraico, a palavra é Jeová. Portanto, não aceitar Jesus como o verdadeiro Deus é heresia, é espírito do anticristo, conforme diz João em sua epístola. O Messias não transfere Sua glória aos ídolos. Assim, quem não O aceita não tem nenhum tipo de salvação. Essas são boas novas. Quem se chegar à luz precisa conhecer Jesus, o Servo do Senhor (v.7-9).

 

“O chamado de Deus e a habilitação do servo serviam ao propósito de capacitar o servo a fim de cumprir a vontade de Deus. Portanto, Yahweh resume a tarefa na qual Ele ajudará o servo. O propósito divino e o desempenho do servo se resumem em três particularidades: 1) efetivamente um novo concerto para Israel (v.6c), 2) sendo uma luz para as nações (v.6d), e 3) libertando os prisioneiros (v.7).”[43]

 

4.O Servo do Senhor merece toda a adoração por todo o mundo. O trabalho missionário não é um programa de alguma igreja, mas é a própria vida da Igreja. Israel falhou em testemunhar a glória de Deus ao mundo. Nós, Igreja, temos a responsabilidade de avançar anunciando a salvação do Servo do Senhor. Um dia, o Servo do Senhor virá, mas não mais como servo e sim como o grande Rei. Virá valente. Por muito tempo Ele ficou calado. Ele não gritou nas praças, mas em Sua vinda virá com gritos e respiração ofegante de quem ataca o inimigo na guerra. Em Sua vinda, destruirá a arrogância dos incrédulos. Após Sua vinda tenebrosa, Ele traz salvação aos crentes. Ele os conduzirá por caminhos retos. A salvação de Israel está prometida, mas para os que crerem. Os idólatras ficarão em seus pecados (v.10-17).

5.O Servo do Senhor veio para salvar, mas os Seus O rejeitaram. Ele virá para estabelecer Seu reino. Hoje é o dia da salvação para os incrédulos os quais estão agindo como surdos e cegos. Agora, o profeta, trata a nação de Israel como o servo de Deus. O Servo do Senhor, Jesus, dá salvação, mas o servo do Senhor, Israel, não aceita o livramento de Deus. A cegueira e surdez espirituais são perigosas, pois são decisões feitas contra Deus, pois na verdade, os cegos e surdos estão vendo e ouvindo só o que lhes agrada. São deficiências convenientes para se afastarem de Deus (v.18-20).

 

6.A lei do Senhor para ser engrandecida precisa acusar o pecador que não é justo. Quanto mais gloriosa a Palavra de Deus, mais o pecador reconhece que carece do Servo do Senhor. A incredulidade é uma prisão que coloca o pecador nas mais escuras cavernas. O pecador é roubado por Satanás e pelo mundo. Por isso, Jesus disse que ao conhecermos a verdade esta nos liberta. Israel já sofreu tanto, mas não percebeu que era a misericórdia do Senhor tentando alcançá-la. Na tribulação será o último sofrimento. Dois terços da nação perecerão. Dessa vez, muito se converterão a ponto de Paulo dizer: “todo o Israel será salvo” (v.21-25).

 

O Servo do Senhor (Is 42)

1.O Servo do Senhor veio para salvar (v.1-9)

2.O Servo do Senhor merece todo o louvor (v.10-17)

3.O Servo do Senhor está sendo ignorado (v.18-25)

 

Capítulo 43: Um povo amado por Deus

1.Quem julga que o Velho Testamento não é a parte da Bíblia que fala do amor de Deus está muito enganado a respeito da Palavra e do Caráter de Deus. Deus amava o povo de Israel e também estava pronto para salvar todas as pessoas, mesmo que não fossem da nação de Israel, mas, para obterem a salvação, deveriam abraçar a doutrina do povo escolhido de Deus, demonstrando a mesma fé que os crentes em Israel exerceram. O relacionamento com Israel é de criador, consolar, remidor e protetor. Não importam os perigos, Deus sempre protegerá Israel. Os inimigos poderosos de Israel são dados aos inimigos mais fortes ainda por resgate (v.1-3).

 

“… Isaías 40-55, como um todo, é um livro de otimismo, de consolação; em certo sentido, é uma resposta massiva às orações da comunidade exilada. Todo o remanescente estava vendo o Senhor desdobrar sua resposta na história.”[44]

 

2.O Senhor faz tudo isso por Israel por considerar a nação preciosa, digna de honra. Ele tem todos os povos em Suas mãos, por isso, é capaz de abrir mão de nações para ter Israel segura. A promessa de ajuntamento de Israel ainda não foi cumprida e assim Ele fará porque prometeu. A insistência do amor de Deus por Israel ilustra muito bem a verdade do amor dele por todos os salvos em Cristo Jesus. Ninguém e nada nos separará do Seu amor por nós (v.4-7).

 

3.O impressionante do amor de Deus por Israel e também por nós é que não merecemos. Israel é o povo cego e surdo. Deus ama Israel porque assim o quis. Todas as nações são testemunhas que Israel é o povo escolhido de Deus. Não há nenhum deus que escolhe e ama um povo, mas o Deus verdadeiro escolheu Israel e o amou, ainda o ama e sempre o amará. Não há nenhum salvador para Israel e para nenhum pecador fora da Pessoa de Deus, de Jesus Cristo. Esse Deus poderoso age sem auxílio de ninguém. Se Ele age salvando e protegendo, ninguém pode impedi-Lo (v.8-13).

 

4.A Babilônia se tornou a opressora de Israel, conhecida naquela época como Judá. Deus, porém, por amar Judá, enviou os governos aliados medos e persas para conquistar Babilônia e libertar Israel. Deus é o Criador e o Rei de Israel, por isso, ninguém pode governar Israel. Todos os exércitos opressores e libertadores, no caso da Média e Pérsia, já não existem. Foram apenas instrumentos de disciplina e resgate de Israel. O interesse de Deus é por Israel (v.14-18).

 

5.Deus quer fazer as coisas totalmente novas para a nação de Israel. Tudo passará e Israel será restaurado, juntamente com a geografia, climatologia, fauna, flora e política ao redor da nação. O Senhor facilitará tudo para que a nação louve ao Senhor desimpedida de qualquer obstáculo (v.19-21).

 

6.Apesar de toda a demonstração do amor de Deus, a nação continuou indiferente ao Senhor. A nação não O busca e até já se cansou do Senhor. Há muitos ateus entre os judeus, atualmente. A recíproca é verdadeira. Deus também se cansou de Israel, pois a nação deu muito trabalho para o Senhor por causa de seus pecados. Porém, o amor de Deus superou o cansaço e a indiferença de Israel. O Senhor perdoou Israel. Não adianta Israel tentar se justificar diante de Deus, pois Ele está sempre certo. A nação vem pecando desde os antepassados. O método de Deus para alcançar Israel rebelde foi e continua sendo o sofrimento. A aflição de Israel chegará ao insuportável na tribulação e, então, a salvação será nacional (v.22-28).

 

Um povo amado por Deus (Is 43)

1.Um povo precioso, digno de honra e amado por Deus (v.1-13)

2.Um povo criado e resgatado por Deus (v.14-21)

3.Um povo perdoado por Deus (v.22-28)

 

Capítulo 44: Deus é único e os ídolos nada são

1.A nação de Israel é escolhida. O compromisso de Deus antecede à nação constituída, mas vem desde Abrão e Jacó. A escolha de Deus foi para uma missão importantíssima, a de testemunhar a todas as demais nações do mundo que Deus cuida, perdoa e exalta. Da nação de Israel surgiriam profetas, escribas e tudo o que fosse necessário para que o mundo conhecesse a salvação. Israel é para Deus o Jesurum, ou seja, “a quem Ele estima”, “o amado”.  É importante notar que o profeta está falando de Israel e não do mundo e nem da Igreja. A eleição não é necessariamente para salvação, mas para uma tarefa. A eleição, necessariamente, não trata da escolha de Deus para alguém para o céu ou inferno. Em Romanos 9, Jacó foi eleito, antes de nascer, para ser o pai da nação e não para ir para o céu. Da mesma maneira, Esaú não foi eleito ou podemos dizer preterido, antes mesmo de nascer, não para ir para o inferno, mas preterido à tarefa de ser o pai da nação de Israel (v.1-2).

 

2.A posteridade de Jacó será abençoada com evidências terrenas, com posses e safras abundantes. A erva, no original grama, brota sem plantio e os salgueiros às margens dos ribeiros são viçosos. A nação de Israel brotará em abundância e com saúde. A descendência numerosa e abençoada será o cumprimento da bênção de Deus ao povo eleito, Israel. Nem todos de Israel são salvos, mas todos são eleitos. Nem todos serão salvos, e isto por terem rejeitado a bênção de Deus. Ter o nome de judeu, apenas, não garante a salvação (v.3-5).

 

3.O nome de Deus está penhorado nessas palavras. Ele que é o único pode garantir o cumprimento dessa promessa, a de fazer a nação de Israel um povo livre e abençoado. Só Deus pode anunciar o destino de uma nação. Todas as nações que Deus disse que destruiria, Ele destruiu. A nação de Israel que já passou por quase extinção, permanece, pois Ele assim prometeu. A única firmeza está no Deus único que é a Rocha. É esse Deus que fará da nação de Israel um povo novo e redimido e fará esse povo reinar no reino messiânico, na terra (v.6-8).

 

“… Há muitas divindades fictícias e falsas, mas nenhuma é onisciente e onipotente, a qual pode anunciar os eventos futuros e cumpri-los como anunciados; não há nenhum deus, senão o único Deus, Pai. Filho e Espírito; por isso, é feito um apelo às testemunhas.”[45]

 

4.Se por um lado, Deus é o único e Rocha segura, os deuses, por outro lado, não são nada, mesmo representados por figuras assustadoras e enormes. Não apenas as imagens não são nada como aquele que as faz também se transforma em nada. Evidentemente, o adorador se torna até mais vazio do que o artífice o qual, pelo menos, trabalha por dinheiro. As imagens são feitas a partir de materiais inanimados, portanto, não têm poder de visão, audição, olfato, tato e fala. Estão desprovidas de qualquer poder de interferir na vida do ser humano (v.9).

 

5.A idolatria, por si mesma, é irracional. Quem faria, a partir de um material, uma imagem e a adoraria como se fosse Deus, o Criador? É claro que o criador é quem fez a imagem e o dono quem a comprou. Será que não é uma maneira enganosa e diabólica do homem dizer que ele é o seu próprio deus?  O conceito da idolatria é uma confusão por si próprio onde fabricantes e adoradores ficam confusos. Cepilho é uma plaina. Faia é uma árvore que produz madeira de qualidade. É chamada de Carvalho do Brasil, evidentemente, aqui no nosso país, Brasil. O profeta, através da figura de um trabalhador, chega à conclusão de que as imagens de madeira são a sobra de outras atividades com fogo, tais como, aquecimento e cozimento. A idolatria é a sobra de outras atividades e, ainda assim, o homem chama aquilo de deus. É uma cegueira e ignorância, mas o pior é que o adorador não quer refletir na sua estupidez (v.10-20).

 

6.O povo escolhido, a nação de Israel, não precisa viver nessa ignorância, pois aquele que não adora ídolos, mas também não adora o único Deus verdadeiro, também é ignorante e cego e faz de si mesmo o seu próprio deus. Um povo criado, amado e perdoado deve agir de modo superior, ou seja, dando glórias ao Deus único. Toda a criação se alegrará com a redenção de Israel, pois também será a redenção da natureza caída por causa do pecado em toda a sua extensão (v.21-23).

 

7.Deus é o Redentor Eterno. Ele desfaz todos os falsos ensinos e arrogância do humanismo com pretensão à ciência. Deus mostrará ao mundo todo a salvação de um povo bem como todo o seu território prometido para esta terra. No dilúvio, Deus secou os abismos, também conhecidos como fontes ou rios subterrâneos, preparados para mostrar o poder do Deus vingador. Ele pode fazer ainda hoje uma destruição mundial para o estabelecimento de novos céus e nova terra (v.24-27).

 

8.O livro de Isaías foi escrito 700 anos antes de Cristo e falou com precisão sobre o nascimento de Jesus. Quando o profeta anuncia a libertação de Judá do cativeiro babilônico, ele profetiza uma libertação por outra nação, ou seja, a Pérsia e também anuncia o rei pelo nome, Ciro, 200 anos antes de acontecer. E, também, anuncia a colocação do fundamento do templo que aconteceria com Esdras. A Palavra de Deus é perfeita e fazemos bem em dar ouvidos a ela (v.28).

 

 

 

 

Deus é único e os ídolos nada são (Is 44)

1.Deus é único (v.1-8)

2.Os ídolos nada são (v.9-20)

3.Deus é o único perdoador (v.21-28)

 

Capítulo 45: O controle de Deus sobre as situações

1.O controle de Deus está muito acima de nossas necessidades particulares, mas o controle Dele é universal e em todos os tempos. Às vezes, pensamos que, por estarmos sofrendo alguma injustiça ou porque o mundo sofre com ondas de terrorismo ou catástrofes naturais, que Deus precisa fazer alguma coisa urgente. Deus jamais perdeu o controle da História, da Criação e nem a Sua mensagem deixou de ter acesso aos povos porque ele não conseguiu controlar a perseguição. Isaías profetiza, por nome, o rei da Pérsia, Ciro, 200 anos antes dele nascer. Ele é um tipo de Cristo que é o libertador, o verdadeiro ungido. Ciro venceu a Babilônia, invadindo-a através do leito do rio quando estava seco para abrir os portões para o exército entrar e conquistar o império. Jesus Cristo vencerá o exército do Anticristo e julgará todas as nações (v.1-2).

 

“Deus fala de Ciro como ‘Seu ungido’. Era uma descrição, normalmente, reservada, de um ponto de vista, para a casa de Davi, mas a ideia de ‘ungir’ é, regularmente, usada para separar para o serviço e, portanto, um pouco diferente da Assíria ser separada como Sua vara (Is 10.5), (ou Nabucodonozor como Seu servo em Jr 27.6). É simplesmente uma ênfase de que sua atividade resulta da separação que Deus faz para uma tarefa. Compare como Ele separou e ungiu Hazel, rei da Síria, de modo semelhante (1 Rs 19.15-17). Não era uma indicação da submissão de Ciro, mas da soberania de Yahweh.”[46]

 

2.A Babilônia era muito rica, mas Ciro despojou-a totalmente. A riqueza não foi para Israel, mas para Ciro e seu império, a Pérsia. Embora, a vitória tenha sido de Ciro, Deus estava controlando a História para dar livramento para Israel. Ciro não conhecia a Deus e não era um salvo, mas foi o eleito de Deus para uma tarefa de libertação do povo de Israel. Ciro não conhecia a Deus, mas o nome do Senhor ficaria conhecido através da vida de Ciro que deu todo o apoio para a nação ser reconstruída. Quando o texto diz que Deus faz a paz e cria o mal, significa que Ele controla a História para trazer a paz para Israel através de Ciro e para trazer o mal para a Babilônia através do exército de Ciro. Portanto, longe de mal interpretar o caráter de Deus, achando que Ele é o criador do mal, conforme alguns dizem, atribuindo a Deus o pecado do homem (v.3-7).

 

3.Deus tem o controle sobre a Sua própria Criação. Ele fez todas as coisas e jamais deixou de cuidar e manter aquilo que fez. As estações, as leis da física e tudo o que for necessário para a manutenção do universo está totalmente sob o controle de Deus. Nós somos produto da criação de Deus e não temos o controle sobre aquilo que Ele faz. Temos a responsabilidade de obedecer e a capacidade de desobedecer. Sofremos as consequências da desobediência bem como desfrutaremos da bênção de obedecer. Assim como o filho não questiona porque os pais decidiram gerá-lo, o homem não pode questionar o controle que Deus tem da história e da Sua criação. Dentre a Sua criação ou formação, está a nação de Israel. Ele decidiu levá-la ao cativeiro da Babilônia e libertá-la pelas mãos do rei da Pérsia, Ciro. A promessa de Deus de proteger Israel e cumprir o Seu desígnio territorial e espiritual é indiscutível. Não há como argumentar o destino de Israel. Está nas mãos de Deus e já traçado na Bíblia (v.8-13).

 

4.Os povos reconhecerão a nação de Israel. Os sabeus são os árabes. A promessa do poder universal da nação de Israel ainda não foi cumprida, mas temos a garantia na Palavra de Deus que assim acontecerá. Deus é misterioso, mas não oculto. Os planos Dele são desvendados com a História, mas isto não significa que Ele é um Deus que age sem razão. Tudo está sob o controle Dele, assim como a Criação está em perfeita harmonia desde que o universo foi formado. A terra será habitada por Israel e todos os povos a ela se submeterão. Essa promessa é feita sob juramento de Deus para Consigo mesmo. É a promessa feita aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. O caos (tohu) nada tem a ver, como alguns querem afirmar, que houve um intervalo em Gênesis 1.1 e 1.2, onde a terra se tornou um caos. É chamada a Teoria do Salto, uma tentativa de se harmonizar o relato bíblico de uma terra nova como as falácias de alguns homens da ciência que afirmar que a terra tem bilhões de anos (v.14-18).

 

5.Se lemos anteriormente que Deus é misterioso, é simplesmente pelo fato do homem não entender o controle de Deus sobre a História e Sua Criação. A partir desse ponto, Isaías nos mostra que Deus se revela e tem prazer nisso. Deus tem o controle sobre a mensagem. Ele promove entre o Seu povo a revelação necessária para conhecer a Sua Pessoa e Sua obra. A mensagem de libertação de Israel foi proclamada pelos profetas e não ficou escondida (v.19).

 

6.Deus providenciou, assim que as levas foram chegando a Jerusalém, a reconstrução do altar e do templo, dos muros, o assentamento das famílias na terra, a leitura da lei, o redescobrimento das genealogias sacerdotais e dos levitas, o cumprimento da Lei, a extinção completa da idolatria, etc. Deus controlou a história, a criação e a Sua própria mensagem por causa do Seu povo, Israel (v.20-21).

 

7.A salvação só pode estar nesse Deus maravilhoso que tem tudo sob o Seu controle. Nós não chegamos a ver todo o desenho que Deus está fazendo, por isso, não limitemos os planos de Deus à nossa geração ou aos nossos interesses próprios. Não há nenhum deus além do nosso Deus. Tudo está convergindo para a Sua própria glória. O mundo todo se dobrará diante de Jesus (Filipenses 2.10-11). A promessa de Deus sobre a nação de Israel será cumprida. Depois de 70 anos, o nome do Senhor será honrado entre as nações novamente. A nação será justificada por crer Nele. Portanto, Deus tem o controle da História, da Criação e de Sua mensagem (v.22-25).

 

O controle de Deus sobre as situações (Is 45)

1.O controle de Deus sobre a História (v.1-7)

2.O controle de Deus sobre a Criação (v.8-18)

3.O controle de Deus sobre a Mensagem (v.19-25)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O consolo encontrado no Servo do Senhor (Is 40-45)

1.Nele há perdão (40.1-3)

2.Na Sua Palavra há segurança (40.6-8)

3.Nele há recompensa (40.10)

4.Nele há um Pastor (40.11)

5.Nele há força e vigor (40.28-31)

6.Nele há vitória (41.2-4)

7.Nele há sustento (41.8-10)

8.Nele há redenção (41.13-14)

9.Nele somos dessedentados (41.17)

10.Nele somos revigorados (42.3-5)

11.Nele há libertação (42.6-7)

12.Nele há salvação (43.1-3, 11-13)

13.Nele há novidade de vida (43.18-19,25)

14. Nele há bênçãos (44.1-5)

15.Nele há amparo permanente (44.21-22)

16.Nele há desígnios cumpridos até por incrédulos (44.28, 45.1-5,13)

 

Capítulo 46: O Deus da antiguidade ainda é o mesmo

1.Deus usaria o rei da Pérsia, Ciro, para salvar a nação de Judá do cativeiro da Babilônia. Bel é o deus nacional da Babilônia, o padroeiro. Nebo é o deus da educação, do estudo. Na fuga dos babilônios do poder do exército da Pérsia, arrumavam rapidamente os seus deuses nos lombos os animais, pois os deuses não se mexem e muito menos salvam. Por outro lado, o Deus verdadeiro, o Deus da antiguidade, não é carregado nos lombos de animais, mas Ele é quem leva o povo em Seus braços (v.1-3).

 

“Entre as consequências diretas das vitórias de Ciro, estão a queda, em certo sentido, da idolatria da Babilônia. O profeta expressa a queda das imagens materiais, graficamente descrevendo o destino dos próprios ídolos.”[47]

 

2.A promessa de Deus é levar o povo até à velhice, do povo, pois Deus não envelhece. Ninguém é como esse Deus. Ele ama o povo desde o início, desde a antiguidade. Os incrédulos gastam sua vida e seu dinheiro colocando a confiança em deuses falsos, feitos por artistas, escultores e trabalhadores artesanais. O adorador coloca o seu deus em algum lugar e ali ele fica, inútil e imóvel. Mesmo assim, os adoradores confiam nesses ídolos. Nem Bel, nem Nebo salvaram a Babilônia (v.4-7).

 

3.É um assunto que os pecadores deveriam levar a sério. A nação de Israel deveria se arrepender de seus pecados e também voltar ao Deus verdadeiro. Uma maneira de fazer isso era se lembrar dos feitos antigos de Deus. Não devemos desprezar a palavra profética. Se Israel ouvisse as promessas de bênção e também de juízo evitaria muita tribulação. A ave de rapina seria a Babilônia. Setenta anos depois, a Pérsia levaria em cativeiro a Babilônia e, bondosamente, Deus libertaria Judá (v.8-11).

 

4.O coração obstinado não ouve, mas mesmo assim Deus apela para que atentem ao convite de salvação. Quem sabe alguns ouçam e sejam salvos. A salvação do Senhor está próxima, tanto geograficamente quanto historicamente. Felizmente, em nossos dias não há lugares distantes para pregar o evangelho, mas infelizmente não há ânimo, fervor, distribuição de recursos e interesse das igrejas em alcançar os povos em regiões remotas. Até mesmo o termo “região remota” precisa ser modificado, pois que lugar é esse? Atualmente, lugar remoto é só fora do nosso planeta, pois para qual país que as pessoas não possam ir hoje? Qual região não há meios de se chegar? Faltam recursos? Só mesmo porque as igrejas gastam seus recursos em outros temas que não sejam missões. Voltando ao texto, Israel terá sua rendição ao Messias, sua salvação nacional (v.12-13).

 

O Deus da antiguidade ainda é o mesmo (Is 46)

1.O Deus da antiguidade cuidou de Israel (v.1-7)

2.O Deus da antiguidade ainda é o mesmo salvador (v.8-13)

 

Capítulo 47: A humilhação final da Babilônia

1.A Babilônia serviu como instrumento de disciplina sobre Israel, mas chegou o momento em que Deus humilhará essa nação arrogante. É um aviso a todos os que estabelecem o seu trono e humilham o próximo. A Babilônia experimentará o chão. Todos a viam como bonita e cheia de luxúria, mas agora é uma senhora desprezada. A Babilônia será como uma senhora trabalhadora que tritura o trigo para fazer farinha e atravessa os ribeiros a pé, puxando os vestidos para não os molhar. Esse serviço, feito pelas mulheres, será feito até pelos homens quando estiverem cativos na Pérsia (v.1-3).

 

2.A senhora Babilônia será humilhada, mas Deus continuará como o Santo de Israel e Redentor. É muito difícil cair no anonimato quando se é famoso. A lista de famosos que foram esquecidos e caíram em depressão e dependência química é enorme. O homem não consegue viver com a ideia de não ser mencionado, querido ou lembrado. A Babilônia é a senhora humilhada por Deus e esquecida do mundo (v.4-5).

 

3.Parece que a Babilônia poderia receber a misericórdia de Deus cuidando bem do povo de Israel. Portanto, o cativeiro de Israel servia a vários propósitos, sendo que dois deles eram a disciplina de Israel e a conversão da Babilônia. Deus se agastou, ou seja, se irritou contra Israel e foi até envergonhado entre as nações. A Babilônia poderia ajudar Israel, mas quem está no poder dificilmente pensa usá-lo para glorificar a Deus. A Babilônia não teve respeito nem para com os velhos. A senhora do poder não levou a sério os planos de Deus, por isso, se tornou uma senhora humilhada (v.6-7).

 

4.A Babilônia sentia-se uma moça atraente, esnobe e cheia de si. Casada, via-se como eterna com seu, ou seus, maridos. O fato é que a Babilônia se tornou uma senhora viúva e sem os filhos que já não existem. A lista de moças que estavam no auge, descartando rapazes, também é grande. A beleza vã se foi para algumas e nem perceberam que se tornaram senhoras. Algumas senhoras ainda tentam enganar a si mesmas usando roupas de mocinhas e agindo como tais. Como se diz: “Seria cômico se não fosse trágico”. As primaveras passam e chega o inverno da idade. A senhora crente não precisa entrar no inverno da alma. Devem ensinar as jovens a serem boas donas de casa e boas esposas. Para a Babilônia só restou a viuvez e humilhação. Foi uma senhora orgulhosa que iludia as nações com seus encantos, mas agora está só (v.8-11).

 

5.A Babilônia foi uma senhora orgulhosa que ficou viúva. É uma feiticeira que iludiu as nações com seus encantamentos. Agora não pode mais assustar ninguém. É uma bruxa sem feitiços. Devemos lembrar que o livro de Apocalipse fala da queda final da Babilônia que é todo o conjunto de falsas doutrinas. Alguns comentaristas antigos, e até mesmo hoje alguns pensam assim, afirmavam que a Babilônia é a representação exata da Igreja Católica. Porém, o Catolicismo é apenas uma parte dos falsos ensinos. Há muita idolatria, feitiçaria, necromancia, e todo o tipo de ensino errado além da instituição mencionada. Os falsos mestres com seus falsos ensinos têm enfeitiçado o mundo que deseja entronizar a si mesmo como deus. Todo tipo de feitiçaria babilônica foi humilhada. A astrologia e todo tipo de falsa vidência será queimada junto com seus profetas. A jovem Babilônia, portanto, se tornou numa senhora humilhada, viúva e feiticeira inofensiva (v.12-15).

 

“Aqueles que abusam de sua honra ou poder provocam a Deus de privá-los, totalmente, dessas coisas e de fazê-los se assentarem no pó. Enquanto Deus, frequentemente, se utiliza dos homens maus para a correção do Seu povo, Ele sempre quebra a vara de Sua ira por causa de sua arrogância e crueldade.”[48]

 

A humilhação final da Babilônia (Is 47)

1.Babilônia é a senhora humilhada (v.1-7)

2.Babilônia é a viúva humilhada (v.8-11)

3.Babilônia é a feiticeira humilhada (v.12-15)

 

Capítulo 48: As promessas envolvidas no cativeiro de Judá

1.A certeza do cativeiro e da libertação é dada ao profeta por Deus de Israel. A nação tem o nome de Deus, mas não anda conforme a vontade Dele. Há crentes que mesmo levando o nome de Cristo não andam como Ele deseja, por isso, é necessário a purificação de vida e isto, às vezes, vem através da disciplina. Tudo o que Deus disse que aconteceria com Israel, aconteceu. Em Deuteronômio 30, antes mesmo de entrarem na Terra Prometida, vindos do Egito, Deus disse que seriam levados para o cativeiro. O crente desobediente não percebe o plano de Deus purificador até que seja disciplinado por Ele (v.1-3).

 

2.A dureza de caráter não sai tão fácil de alguém. A disciplina é uma possibilidade, mas, ainda assim, a obstinação de alguns pode chegar ao ponto de desvio total e até à morte. Deus já antecipou muitos séculos antes a predição do cativeiro e a libertação para que, quando acontecesse, o povo não atribuísse aos ídolos, principalmente, a libertação. O orgulhoso gosta da frase: “Eu já sabia”, mas Deus providenciou uma surpresa para Israel, a libertação do cativeiro, a queda da Babilônia e a simpatia de Ciro, rei da Pérsia, pela nação (v.4-7).

 

3.Deus sabe todas as coisas antes delas acontecerem. Isto não significa que Ele não dê ao indivíduo a liberdade de escolha. Ninguém está determinado por Deus a cometer o pecado e nem obrigado a aceitar a Sua Palavra. É um erro a doutrina do Teísmo Aberto que diz que Deus não sabe o futuro, mas também é um erro a doutrina que diz que Deus não permite mais ao homem, desde a queda de Adão, a liberdade de escolha. A soberania de Deus jamais isentou o homem de sua responsabilidade. O Senhor poderia ter acabado com Israel, mas Ele adiou a Sua ira para salvar o povo. A aflição de Israel tornou a sua bênção, pois a purificação ainda virá pelo sofrimento da nação. A glória de Deus foi penhorada na nação de Israel. Ele jurou por Si mesmo um bom êxito para a nação (v.8-11).

 

4.O repatriamento de Israel é um assunto abandonado por muitos crentes porque seus líderes deixaram de ensinar o futuro de Israel. A doutrina da substituição de Israel pela Igreja ganhou um tamanho extraordinário e fez com que a escatologia bíblica fosse severamente afetada com ensinos alegóricos. Porém, se Deus não cumprir as suas promessas para com Israel, no mínimo a Bíblia ficará com lacunas inexplicáveis. Foi Deus quem chamou a nação de Israel para um propósito que incluiu o estabelecimento do reino messiânico. Deus que criou a terra é o mesmo que repatriará a nação de Israel. Assim como repatriou Judá setenta anos após o cativeiro, fará isso com toda nação de Israel no final da tribulação para a entrada do Milênio (v.12-14).

 

5.O repatriamento de Israel será acompanhado da prosperidade da nação. A habitação segura não é possível no atual momento político, mas Deus resolverá isso com a descida do Messias para libertar a nação. Deus chamou a nação através de Abraão e um dia chamará através de Jesus, o Messias, em Sua vinda gloriosa. O profeta Isaías pensava sobre o significado dessas promessas. Nem tudo ele entendia, mas ele cria que Deus revelaria todo o segredo, um dia. Enquanto isso, ele era obediente ao Espírito e transmitia as profecias as quais não devemos, hoje, ignorá-las, pois muitas, ainda, não foram cumpridas (v.15-16).

 

6.Nenhuma promessa a Israel seria efetivamente cumprida, no final, se não houvesse a redenção. O coração duro do povo precisa ser transformado. A conversão da nação não aconteceu ainda, mas a promessa de Deus é que acontecerá nos tempos terríveis de tribulação. O Redentor Jesus está salvando um povo para Si, hoje, e esse povo é a Igreja. Os judeus podem ser salvos e entrarem no Corpo de Cristo, não deixando sua nacionalidade, porém, entrando para o plano atual de Deus que não se limita a judeus ou gentios, mas é um novo corpo, uma nova nação (v.17).

 

“Eu entendo o significado do texto, não que Deus nos ensina um caminho lucrativo, mas que Ele nos instrui como obter proveito em todas as coisas; Ele dá a capacidade de pegar o bem e recusar o mal; beber o mel e rejeitar o veneno.”[49]

 

7.A nação de Israel seria a nação, em todos os aspectos, físico e espiritual, um exemplo às demais nações do poder e cuidado de Deus. É claro que Deus não deixou o povo sem testemunho e nem mesmo o mundo, pois é só observar a História para ver que, apesar do sofrimento, a nação perdura de modo sobrenatural. No entanto, os sofrimentos nem precisavam existir se dessem ouvidos ao Senhor. Os descendentes de Israel seriam ainda maiores, mas mesmo assim, a promessa de redenção se cumprirá (v.18-19).

 

8.Da mesma maneira como Deus livrou Judá do poder da Babilônia, assim fará no final da tribulação. O poder do Anticristo será insuficiente para derrotar Israel para sempre. A queda da Babilônia foi marcada pelo livramento de Israel, a Segunda Guerra mundial foi marcada pelo Holocausto e libertação dos judeus e a destruição do Anticristo será marcada pela redenção de Israel. As águas correndo da pedra faz parte do acontecimento no deserto quando da libertação do Egito e, agora, com a queda da Babilônia, cantam relembrando as bênçãos do Senhor no passado. Os perversos são consumidos em todas as épocas e jamais alcançam a paz com Deus, pois lhe fazem oposição (v.20-22).

 

As promessas envolvidas no cativeiro de Judá (Is 48)

1.A promessa de purificação (v.1-11)

2.A promessa de repatriamento (v.12-16)

3.A promessa de redenção (v.17-21)

 

A inutilidade dos ídolos (Is 46-48)

1.Os ídolos precisam ser carregados (46.1-7)

2.Os ídolos estão ligados a feitiçarias (47.9,11-14)

3.Os ídolos enganam seus adoradores (48.5)

 

Capítulo 49: O Servo do Senhor e a Restauração de Israel

 

“No primeiro cântico do Servo (Is 42.1-9) Yahweh transporta uma antiga profecia de Seu Servo, o qual trará salvação e estabelecerá uma ordem própria sobre toda a terra... O segundo cântico do Servo (Is 49.1-13) traz os mesmos conceitos básicos que o primeiro poema, embora o estabelecimento de uma ordem e justiça universal não é enfatizado. Em vez disso, a ênfase maior está colocada na restauração física e espiritual da nação de Israel...”[50]

 

1.Há uma mudança no livro de Isaías a partir deste capítulo. Até agora, o profeta enfatizou que Deus é o único e que os ídolos e as nações ímpias serão destruídos, mas a partir desse ponto de suas profecias, a ênfase é sobre o Messias e o futuro glorioso da nação e de todos os que O aceitarem. O Messias é Jesus Cristo. Ele foi chamado desde antes do nascimento. Ele é o Deus eterno, Encarnado, preparado para alcançar o mundo todo (v.1).

 

2.Jesus Cristo foi preparado pelo Pai para o mundo. Ele é o Filho obediente desde antes de existir o mundo. É um erro doutrinário ensinar que Ele só se tornou Filho na Sua Encarnação. Ele está preparado na aljava de Deus para ferir o mundo no tempo determinado por Ele. A nação de Israel também é chamada “servo”, porém, aqui, a referência é ao Messias de Israel, uma vez que a nação carregou o nome de Deus, mas não em justiça (veja 48.1). O Messias é o verdadeiro “Príncipe com Deus” que é o significado de Israel. Deus é glorificado Nele, embora, até o momento, a nação não O tenha recebido (v.2-5).

 

3.Ele não apenas trará Israel à sobriedade, mas converterá as nações distantes de Deus. Graças ao sacrifício de Jesus Cristo, nós que estávamos longe da Sua Palavra e de Suas promessas, fomos salvos. Onde o nome Dele for pregado haverá salvação, mas também haverá muita rejeição. Quando Ele voltar ao mundo para julgar todas as nações muitos se converterão. Quando Jesus esteve na terra submeteu-se até aos governos tiranos para alcançar os perdidos. Um dia, até os governos tiranos O reconhecerão como o único Senhor (v.6-7).

 

4.Esse Servo salvará a nação de Israel, assim como Ele tem salvado os pecadores que reconhecem Sua divindade e aceitam-No como o único salvador. A salvação para Israel não é apenas espiritual e celestial, mas é uma restauração dos territórios, pois a promessa feita a Abraão é de uma grande nação e um grande território. Há promessa de abundância de frutos, de fontes de água e de pastos verdejantes (v.8-10).

 

5.Onde precisar tirar montanhas, Ele fará. Onde precisar montes, Ele levantará. As estradas serão alteadas ou exaltadas. Haverá conversão de povos que não imaginávamos que existissem ou que aceitariam a mensagem. Alguns interpretaram Sinim como o distante país da China. Jesus não se limita a Israel, mas está salvando pessoas de todas as nações e línguas. O Servo do Senhor convida a todos para se alegrarem Nele em quem há consolo. A Igreja precisa levar o Evangelho a todas as tribos para que também participem da bênção de conhecê-Lo e serem salvas (v.11-13).

 

6.A nação de Israel está chorando quando deveria se alegrar no Salvador. A choramingação de abandono é injusta, pois Ele jamais abandonou a nação. Há algumas mães que abandonam seus filhos. Algumas até faziam isso pensando no bem-estar dos filhos, deixando-os nas portas de orfanatos e casas de ricos. O povo de Deus é tão importante para Ele que está escrito nas mãos Dele[51]. É interessante como algumas pessoas escrevem os recados, números e nomes na palma da mão para não se esquecerem. Note que ao mencionar os muros, o profeta lembra ao povo de Israel que Jerusalém está estabelecida no coração de Deus e voltará a estabelecer na terra como a capital da nação e a capital de adoração do mundo. Os inimigos serão arrancados da cidade, mas o povo de Israel recolocado (v.14-17).

 

7.Os judeus que comporão a nação de Israel no reino do Messias são o ornamento da nação. Jerusalém será pequena para o número de pessoas que desejará morar perto do Senhor, mas a prioridade será do povo de Israel redimido pelo Messias. As demais nações O adorarão através de seus representantes uma vez por ano. Israel verá filhos que nem sabia existir. A bondade do Senhor será demonstrada por meio do cumprimento dessa promessa maravilhosa, a restauração da nação de Israel. Nós, Igreja, já temos nossa salvação resolvida, mas a nação de Israel ainda precisa voltar para o Servo do Senhor, Jesus Cristo, o Messias (v.18-21).

 

8.Deus não mais se envergonhará de Israel e a nação também não mais envergonhará Deus. A bandeira de Israel será levantada, as nações se aproximarão de Israel para adorar Aquele que é digno de louvor, Jesus. As nações se humilharão, pois por toda a História desprezaram a Deus e o Seu povo, Israel (v.22-23).

 

9.Os tiranos são os governadores deste mundo, sendo que Satanás é o maior tirano o qual mantém firme seus escravos, os pecadores sem Cristo. Satanás não tem mais poder depois que o pecador aceita a Jesus Cristo como Seu Salvador pessoal e único. A nação de Israel não será destruída, nem por Satanás e nem pelas nações inimigas. A perdição virá contra os inimigos do povo de Israel. O diabo não vencerá o Servo do Senhor que é o Redentor de Israel e dos pecadores que chegam até Ele, arrependidos e convencidos pela Palavra de Deus que são pecadores sem esperança fora Dele, aceitando o sacrifício substitutivo de Jesus na cruz (v.24-26).

 

O Servo do Senhor e a Restauração de Israel (Is 49)

1.O Servo do Senhor (v.1-7)

2.A restauração de Israel (v.8-26)

 

Capítulo 50: O Servo do Senhor é fiel ao pacto de casamento com Seu povo

 

“O terceiro cântico do Servo (Is 50.4-11) amplifica os sofrimentos e a perseverança do Servo, os quais foram sugeridos nos cânticos anteriores. Tudo isso foi uma preparação para a Magnum opus [obra maior] do quarto cântico (Is 52.13-53.12), no qual o sofrimento do Servo-Messias e Sua consequente exaltação são reveladas com igual ênfase...”[52]

 

1.A nação de Israel está indo embora da presença do Senhor porque quis. Ele jamais a mandou embora. Ele é um esposo fiel e perdoador. Ainda que uma mãe abandone um filho, Ele disse que jamais abandonaria o Seu povo. Ele também não vendeu o Seu povo por causa de alguma dívida. O povo foi embora como escravo por causa de suas próprias transgressões. O pecado escraviza. Deus é fiel não por causa daquilo que fazemos, mas porque faz parte de Seus atributos a fidelidade. O povo não conseguiu libertação porque não O buscou. A mão Dele sempre esteve estendida. Entendemos que o cativeiro poderia ser evitado e até diminuído, mas o povo não buscou o Senhor. Ele pode secar o mar, mas não pode fazer pecadores não arrependidos se voltarem a Ele. Deus não pode se arrepender pelo povo. Ele pode até fazer os céus ficarem de luto ou em lamento, como Ele fez na crucificação de Cristo, quando o céu se escureceu. A responsabilidade de ouvir a Palavra de Deus e se converter ao Senhor é do pecador. Ele oferece os recursos, mas o passo tem que ser do pecador (v.1-3).

 

2.O Senhor Jesus recebeu língua de erudito, ou seja, língua sábia, palavras de entendido. As palavras Dele nunca foram para se ostentar, mas para convidar o cansado ao descanso, o faminto ao alimento e o sedento à água viva. Ele não apenas falava, mas ouvia. Ele sempre foi obediente ao Pai. A obediência Dele chegou até à morte. Ele foi humilhado, descabelado, espancado, cuspido e crucificado. Ele é o Servo Sofredor. Apesar de toda a afronta, ele não se envergonhou, pois em Sua humilhação estava buscando o Seu povo. Se uma mãe estivesse correndo para salvar o seu filho de ser esmagado por um trem e no percurso, enquanto corria, sua roupa caísse, será que ela pararia para se vestir? É claro que não, pois o seu filho é mais importante do que sua vergonha. O Filho de Deus foi crucificado, mas estava fazendo isso para alcançar o pecador a quem Ele ama (v.4-7).

 

3.Jesus Cristo foi justificado por Deus. Ele pode ter morrido como um criminoso diante da lei humana, mas diante de Deus, Ele morreu como o Salvador, inocente e substitutivo, ou seja, morreu em lugar do pecador. A cruz é um convite, não para discussão, mas para salvação. O único adversário foi esmagado na cruz. O pecador precisa se chegar para o salvador e aceitar a salvação. Os demônios foram envergonhados e expostos quando Cristo foi crucificado. Ninguém pode condenar o salvador. Ele é o sofredor substituto. O pecador pode receber a salvação aceitando-O (v.8-9).

 

4.O Servo do Senhor é o salvador, mas também é o vingador daqueles que o rejeitarem. A nação de Israel estava em trevas, mas não se chegava para a luz. O pecador está no mundo e este está na escuridão. A luz veio, mas o mundo amou mais as trevas do que a luz porque as suas obras são más. O pecador prefere o pecado a andar em comunhão com a luz. A luz tem dois resultados. Ela direciona, mas ela cega. Quem está em trevas sente-se machucado pela luz. O pecador que não aceita a salvação acende as flechas para atirar contra Deus, mas essas virão contra ele (v.10-11).

 

O Servo do Senhor é fiel ao pacto de casamento

para com Seu povo (Is 50)

1.O Servo do Senhor é fiel (v.1-3)

2.O Servo do Senhor é sofredor (v.4-9)

3.O Servo do Senhor é salvador e vingador (v.10-11)

 

 

 

 

 

 

 

 

O Servo do Senhor, Jesus (Is 49-50)

1.Ele é o Escolhido de Deus (49.1-3,5)

2.Ele é luz para as nações (49.6)

3.Ele é aborrecido das nações (49.7)

4.Ele é Salvador (49.13-16,26)

5.Ele é sábio (50.4)

6.Ele é obediente (50.5)

7.Ele é manso diante dos adversários (50.6-9)

8.Ele é temível (50.10-11)

 

Capítulo 51: A fidelidade de Deus no passado para o Seu povo

1.Aquilo que Deus fez no passado deve se tornar um incentivo ao Seu povo para confiar Nele outra vez. A fidelidade de Deus depende exclusivamente de Sua bondade. Ele ama o Seu povo e jura por Si mesmo salvá-lo, libertá-lo e vingá-lo. A origem de Israel, e depois a Igreja, é a mesma, a Rocha que é Cristo. Viemos da mesma cisterna da água viva. Deus buscou Abrão e Sara e deles a nação de Israel é filha. Os crentes da Igreja também são filhos de Abraão, pois ele é o pai da fé, o precursor da promessa de bênção às nações que é Jesus Cristo. Pedro diz que as mulheres obedientes são filhas de Sara. A salvação é prometida para Israel, assim como em Cristo temos a salvação (v.1-3).

 

2.Israel buscou a Lei, mas não o Deus que legislou a Lei. O Senhor estabelecerá a Sua Lei para todos os povos. Em Cristo há o cumprimento e finalidade da Lei. A fidelidade de Deus salva o pecador do peso da Lei que exige a morte como o pagamento pelo pecado. A salvação só está em Jesus, o Servo do Senhor. A Lei teve sua finalidade em Cristo, não foi anulada, mas cumprida. O céu e todo o seu exército serão destruídos. A nação de Israel teve como símbolo a estrela, pois Deus mandou os patriarcas olharem para o céu e tentarem contar o número das estrelas. Israel teria filhos como estrelas. Um dia as estrelas desaparecerão, mas não os salvos do Senhor. Israel sempre viveu debaixo de muito medo, mas a salvação sempre esteve perto. O pecador que teme a punição eterna pelos seus pecados pode buscar a Palavra de Deus e ser salvo por Jesus Cristo. A salvação de Jesus não se destrói como tecido, mas dura para sempre (v.4-8).

 

3.O braço forte do Senhor libertou o povo de Israel no passado. O Egito, o monstro marinho, foi destruído e o povo passou pelo Mar Vermelho. O grande libertador dos pecadores ainda está conduzindo um povo para Deus através de Sua morte na cruz. Um dia, o povo de Israel voltará para a Sua terra com grande alegria. Toda a dor, pecado e sofrimento sumirão, pois haverá libertação espiritual do pecado (v.9-11).

 

“Este versículo [v.11] contém uma resposta à oração do profeta. Eu fiz essas grandes coisas e eu farei coisas semelhantes novamente... como uma coroa de glória.”[53]

 

4.O libertador também é o consolador. Jesus disse que enviaria o Espírito Santo consolador e também disse que não deveríamos temer ao homem, mas Àquele que pode lançar alguém no inferno. O homem frágil deveria buscar forças e consolo no salvador, pois não é apenas para melhorar o seu estado de espírito, mas para libertá-lo do fogo eterno. A esperança do salvo é vida eterna. O pão da vida, Jesus Cristo, o acompanhará por toda a eternidade. Aquele que acalma o mar, Jesus, é o mesmo que agita também, por isso, o homem precisa buscar proteção Nele. Ele estabelecerá Israel em sua terra e dará vida eterna aos que descansarem debaixo de Sua sombra (v.9-16).

5.Deus é fiel para salvar e libertar, mas também é fiel para vingar o Seu povo dos inimigos. A nação recebeu o cálice da ira de Deus nos cativeiros e receberá na tribulação, porém, Deus limita a Sua ira para não matar o Seu próprio povo. Israel não teve de seu próprio povo, os seus filhos, alguém que a conduzisse. Ela precisou da misericórdia de Deus. A nação só teve ruína, fome e guerras sem jamais ter um consolador. O pecador que vive nesse mundo não recebe nada exceto sofrimento. Ele precisa de um salvador e consolador (v.17-19).

 

6.Deus cumpriu toda a Sua disciplina sobre o povo de Israel. Isto é, em profecias, pois ainda não se cumpriram os dias em que Jerusalém será pisada pelos gentios. A nação, quando tiver terminado o Seu tempo de disciplina, terá sido como animais cansados de correr que caíram nas armadilhas preparadas pelo caçador. A nação ficou como bêbada, tamanho o sofrimento. O cálice da ira de Deus se encheu para a nação. Chegou o momento de transferir o cálice para os inimigos tomarem e ficarem atordoados. A nação não servirá mais de tapete para o mundo. Da mesma forma, o pecador que sai do reino das trevas de Satanás é vingado por Jesus o qual esmagou a cabeça da serpente (v.20-23).

 

A fidelidade de Deus no passado para o Seu povo (Is 51)

1.A fidelidade de Deus salva (v.1-8)

2.A fidelidade de Deus liberta (v.9-16)

3.A fidelidade de Deus vinga (v.17-23)

 

Capítulo 52: A natureza da redenção do Servo do Senhor

1.O Servo do Senhor, Jesus, resgata, redime, salva o pecador. A redenção é de natureza santificadora, proclamadora e sofredora. Por causa do redentor, Jerusalém não precisa mais ficar retraída, mas acordar para o fato de que ela é linda e pode se adornar para receber o redentor. Porém, a cidade precisa se purificar. A redenção é santificadora. Por muito tempo Jerusalém ficou no pó. Aliás, até agora ainda está prostrada. O pecador redimido se levanta e se liberta do jugo de escravidão. O pecado levou Israel para o cativeiro. A nação perdeu tudo, nada vendeu, mas o Senhor resgatou a nação de graça. A salvação do pecador que confia em Cristo é pela graça. A nação sofreu no Egito e também pela opressão da Assíria, mas o Senhor redimiu a nação. Com o cativeiro, Deus é blasfemado entre as nações. Quando o povo de Deus anda em derrota, em pecado, o nome do Senhor é envergonhado. O evangelho fica manchado quando há escândalos na igreja. Deus está atento e tratará com a nação de Israel e, hoje, com as igrejas locais e líderes (v.1-6).

 

2.A redenção do Servo do Senhor precisa ser anunciada aos confins da terra. Está à disposição do pecador a redenção pela graça através da fé na obra do redentor, Jesus Cristo. A nação de Israel ouviu sobre essa redenção. Jesus buscou a casa de Israel através de Seus sinais, pregações e apóstolos. A obra da proclamação da salvação é muito nobre e bonita. A proclamação é feita sobre os montes, isto é, em lugares altos para que todos ouçam. A nação de Israel ainda não pode dizer “Deus reina”, pois o Servo do Senhor ainda não estabeleceu o Seu reino da terra. Os atalaias ou proclamadores da mensagem do reino creem que o Messias voltará. Notamos, aqui, a ênfase profética, pois diz que o ao Senhor voltará. Como voltará, se ainda não veio pela primeira vez? Nós, da igreja, podemos nos referir a Cristo como Aquele que voltará. O Senhor arregaçará as mangas para a briga. Ele virá para salvar os que O aceitarem e para julgar as nações rebeldes (v.7-10).

 

3.A nação de Judá sairia da Babilônia para a Pérsia. Não deveriam sair apressados ou foragidos, pois Deus providenciaria a libertação através do rei Ciro da Pérsia. O Servo do Senhor é sábio. Ele será exaltado, porém, a obra da redenção só será possível com o sofrimento e morte Dele. A aparência do Servo sofredor é desfigurada. Alguns querem ensinar, baseado nesse texto, que Jesus era de aparência rude ou repulsiva. O rosto desfigurado se refere a Cristo na cruz, moído pelos sofrimentos e dores. Esse sofrimento na cruz é escândalo para as nações. O mundo não quer aceitar um salvador que morreu. No entanto, no próximo capítulo, é descrito com detalhes proféticos o sofrimento, a morte e a ressurreição de Cristo. Um grande mistério para o leitor naquela carruagem em Atos 8, mas Filipe apontou Cristo como o Servo sofredor (v.11-15).

 

“Isso [v.14] se refere ao espancamento cruel que Jesus suportou nas mãos de seus inimigos. Jesus foi tão cruelmente espancado em Seu rosto que mal parecia um homem. O resultado foi tão chocante que muitos ficaram pasmados quando viram Jesus.”[54]

 

A natureza da redenção do Servo do Senhor (Is 52)

1.A redenção é santificadora (v.1-6)

2.A redenção é proclamadora (v.7-10)

3.A redenção é sofredora (v.11-15)

 

Capítulo 53: O castigo do Cordeiro que trouxe a paz

 

“O quarto cântico do Servo (Is 52.13-53.12) ‘pode, sem qualquer exagero, ser chamado de o mais importante texto do Velho Testamento.’ Isso é confirmado, primeiro, por suas inúmeras citações no Novo Testamento (Lc 22:37; At 8:30-35; 1 Pe 2:22-25) e, segundo, pelas volumosas literaturas judaicas e cristãs, as quais têm sido baseadas nessa profecia através dos séculos. Pieper percebe que o tema da profecia ‘não é o sofrimento do Servo como tal, mas, antes, Seu triunfo sobre o sofrimento e Sua exaltação de sua humilhação.”[55]

 

1.“Seja bendito o Cordeiro” são as palavras que cantamos com todo o entusiasmo, mas esse Cordeiro foi castigado pelo Pai para que tivéssemos essa paz e louvor no coração. As pessoas não creem no Cristo apresentado nessa passagem. Assim como os judeus, as pessoas de nossa época querem um Cristo vitorioso e não sofredor. Elas querem o braço forte do Senhor e não uma raiz de uma terra seca. As pessoas não viram a beleza Dele, pois estavam procurando outro tipo de aparência. Tudo fazia parte do castigo que o Cordeiro enfrentaria na cruz. Por que ele não nos agradava? Porque apontava os nossos pecados, oferecia a cruz em vez dos prazeres mundanos, dividia os lares, oferecia pedra em lugar de travesseiro, dizia que somos adúlteros, filhos do diabo, que devermos deixar pai e mãe e tudo o mais que não gostamos de ouvir. Porém, se víssemos a verdadeira aparência e beleza Dele ouviríamos Ele dizer também: “eu vos aliviarei”, “tenha a vida eterna”, “eis que estou convosco”, “não se turbe”, “eu vos amei” e tudo aquilo que gostamos de ouvir (v.1-2).

 

2.O castigo do Cordeiro o fez ser desprezado e rejeitado. Como um cordeiro, Ele padeceu por nós. As pessoas se escondem Dele porque não querem encarar os seus pecados e aceitar o Seu castigo por nós. O pecador não faz caso de Jesus porque não quer parar e pensar em sua condição espiritual (v.3).

 

3.As enfermidades que Jesus tomou são aquelas que fazem separação entre nós doentes e o Deus santo. Qual enfermidade pode ser pior que a lepra do pecado que nos tornou imundos diante desse Cordeiro puro? A cura dos nossos pecados é eterna. Aqueles que insistem em ensinar que esse texto diz que Jesus nos curou de todas as enfermidades físicas, obrigatoriamente terão que afirmar que nunca nenhuma doença nos afligirá até o fim de nossas vidas aqui na terra. Aliás, por que teríamos fim nesta terra se as doenças desapareceram do crente? Acidente, velhice ou trasladação? Uma leitura sensata deveria afirmar que as dores e enfermidades carregadas por Jesus na cruz são nossas iniquidades e transgressões mencionadas no próximo versículo. O Cordeiro estava sendo afligido, ferido, oprimido, enfim, castigado por Deus. Essa foi a maneira de Deus de conciliar o Seu amor nos resgatando, pecadores como somos, e, ainda assim, exercendo a Sua justiça contra os nossos pecados. Isso é o que os teólogos chamam de “expiação vicária” ou “morte substitutiva” (v.4).

 

4.O castigo cruel contra o Cordeiro inocente é a razão da nossa paz. Alguém teve que ser castigado e morto em nosso lugar. Isso faz de mim um felizardo, mas também um miserável. Eu não mereci, não tenho como pagar e nem porque me gloriar. É uma situação constrangedora, pois, ao mesmo tempo que me sinto assim, o meu cordeiro quer que eu me veja como um herdeiro com todos os direitos, um justificado e filho amado do mesmo Pai. Foi do pecado que fomos curados, e não da dor nas costas, da gastrite, dos caroços, da rinite e da fibromialgia (v.5).

 

5.De um lado, vemos esse Cordeiro obediente e castigado, e do outro lado, vemos ovelhas desobedientes e vivendo seus caminhos desviados e sem castigo. Um Cordeiro oprimido, humilhado e calado, enquanto as ovelhas rebeldes, opressoras, arrogantes e se desbocando em blasfêmias contra Deus. Portanto, ele é quem não devia ver em nós nenhuma aparência nem formosura e nada que O agradasse (v.6-7).

 

6.Os homens o trataram como um merecer do juízo. Nem cogitaram que Ele era de uma linhagem real, o filho de Davi, da tribo de Judá. Ele era chamado, equivocadamente, nazareno, mas de fato, era um belemita. Mas quem queria saber disso? Nicodemos tentou defendê-lo, mas foi fortemente criticado (veja João 7.50-52). Ele foi morto por um povo que nem quis saber qual era a verdade a respeito Dele. Não fosse o rico, mas piedoso José de Arimateia, esse Cordeiro castigado teria sido jogado no lixão da cidade, o vale de Geena, por isso, se diz que “com o rico esteve na sua morte”. O que esse Cordeiro fez para merecer tal morte? Proclamou a justiça e disse a verdade! (v.8-9).

 

7.O mais impressionante de tudo isso é ver que o Pai se agradou do castigo do Cordeiro puro. Enquanto alguns dizem que o filho de Deus não fica doente, lemos que o Senhor, o Pai, foi quem fez o Seu Filho Amado enfermar. Sabemos, através do Evangelho, que o Pai virou as costas para o Seu Filho, Jesus, na cruz. Sim, Deus é santo e não olha para o pecado. Jesus era uma massa de pecado horrenda naquela cruz. Os pecados eram os meus pecados e não Dele. No entanto, o Pai olhou para mim e não olhou para o Seu Filho legítimo! Que amor é esse? Expliquem-me! Os dias do Cordeiro estão sendo prolongados na Sua posteridade. Isto significa Sua ressurreição também, pois o versículo diz que Ele verá a Sua posteridade. Ele não ficou morto. Nós somos a Sua descendência, nascemos Dele, nascemos dessa cruz. Nós somos a prosperidade do Cordeiro que foi morto (v.10).

 

8.O Pai ficou satisfeito e o Filho também. É o único Cordeiro castigado que foi satisfeito. O trabalho foi penoso, mas deu fruto, pois conseguiu justificar a todos os que creram e isso é o que conta para Ele, a salvação dos pecadores. Isso deveria nos incomodar em dois sentidos pelo menos. Primeiro, Ele não precisa fazer mais nada por mim, pois já fez tudo. Segundo, eu preciso me preocupar com aqueles que ainda não ouviram essa mensagem. Devo orar, contribuir ou ir aos lugares onde essa mensagem não foi claramente ensinada, os chamados campos missionários. Ele não morrerá mais por esses povos, pois Ele já fez isso. A Igreja é que precisa anunciar a obra completa. Jesus morreu por eles também. Meu vizinho já ouviu, outros precisam ouvir (v.11).

 

9.Muitos serão desse Cordeiro castigado. Onde esse evangelho for pregado, pecadores se arrependerão, ou seja, mudarão sua mente sobre esse Cordeiro. Quem creu na nossa pregação?, pergunta o profeta. Todos nós que cremos podemos responder: “Eu cri”. Nós somos o despojo Dele. Ele saiu vencedor daquela cruz e daquela tumba. Ele intercede por nós para sempre. Somos totalmente seguros Nele (v.12).

 

“A mensagem do cântico é clara – Yahweh anuncia a exaltação de Seu Servo por causa de Sua morte satisfatoriamente substitutiva pelos pecados de Seu povo e dos gentios.”[56]

 

O castigo do Cordeiro que trouxe a paz (Is 53)

1.O castigo do Cordeiro desfigurou-lhe a aparência (v.1-3)

2.O castigo do Cordeiro trouxe paz ao pecador (v.4-9)

3.O castigo do Cordeiro foi agradou ao Pai (v.10-12)

 

Os nossos problemas resolvidos com a vida, morte e ressurreição de Jesus (Is 53)

1.Nossa pregação ganhou autoridade (v.1)

2.Nossa vida se renovou (v.2)

3.Nosso desprezo tornou-se nada (v.3)

4.Nossa doença (pecado) foi curada (v.4)

5.Nossa aflição se tornou em paz (v.5)

6.Nosso desvio foi consertado (v.6)

7.Nossos argumentos acabaram (v.7)

8.Nossa ferida foi fechada abrindo uma ferida Nele (v.8)

9.Nossa vida foi encontrada na morte Dele (v.9)

10.Nossa oferta foi paga por Ele (v.10)

11.Nosso trabalho foi realizado por Ele (v.11)

12.Nossa morte foi vencida pela ressurreição Dele (v.12)

 

Capítulo 54: O futuro glorioso de Jerusalém

1.O Servo do Senhor verá o fruto do Seu trabalho, pois ressuscitará. Um fruto é a restauração do povo de Israel e o restabelecimento de Jerusalém como a sede de adoração ao Senhor. A promessa é de um parto sem dor e muitos filhos. A cidade que não tinha filhos e era solitária, com a restauração será uma mãe alegre de muitos filhos. Isto significa que a cidade de Jerusalém se encherá de habitantes judeus, salvos. A figura é de uma tenda pequena demais para comportar os moradores. Assim será Jerusalém. O texto pode ser muito bem aplicável aos crentes, porém, o principal objetivo do texto não é falar do crescimento da igreja e, muito menos do crescimento da sua denominação evangélica. O trabalho de missões da igreja deve ser realizado, não com o objetivo vaidoso de expansão de uma denominação evangélica ou como o triunfo de uma agência missionária, mas como a realização do propósito de Jesus Cristo de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda a criatura. Infelizmente, para os que não creem num reino literal nessa terra, terão que dar um sentido esquisito para a expansão do território de Israel, tal como um mundo se convertendo e entrando para a Igreja. Isto está muito longe de ser verdade e uma simples observação deste mundo desmonta esse argumento (v.1-3).

 

2.Jerusalém, uma ilustração para o povo de Israel, foi envergonhada no Egito como escrava e humilhada na Babilônia como viúva. O Criador é o marido de Jerusalém. Ela está amparada pelo Senhor dos Exércitos. Apesar de Israel se tornar uma meretriz é o Santo quem a redime. O desamparo de Israel acabará porque o Senhor a amparará. Parecia que Deus não queria mais nada com Israel, mas Ele voltará a acolher o Seu povo querido. Se a disciplina foi dura e rápida, a compaixão será refrescante e eterna. É assim que Jesus nos acolheu também. Estávamos desamparados em nossos pecados, vícios e rebeldia, mas a salvação nos trouxe purificação e companhia fiel. Assim como o mundo não mais acabará em Dilúvio, Deus não mais disciplinará Israel, não porque Ele deixará de ser justo, mas porque Ele dará um novo coração à nação. Essa é a aliança de Jeremias onde se lê que a lei de Deus será imprimida no coração de Israel (v.4-10).

 

Infelizmente, os substitucionistas[57] não conseguem ver a restauração de Israel, mas, pelo contrário, colocam Israel como desobediente para sempre e sem chance alguma de conversão que não seja pela Igreja. Não conseguem ver o plano de Deus para a esposa adúltera, mas reconciliada. Para manter esse ensino substitucionista, precisam admitir o estranho ensino de que a igreja (noiva pura) adulterou, foi mandada embora e retornou a Deus. A citação abaixo é um exemplo disso:

 

“Essas palavras formam uma graciosa continuação das mesmas promessas revivificadoras; e todas em Cristo. Jesus foi, e é, o marido de sua igreja desde a eternidade. Pela queda, uma carta de divórcio foi escrita e ela foi mandada embora. Pela interposição de sua graça em remissão, ela é trazida novamente ao lar; e, agora, jamais será separada de seu primeiro amor, mas com eterna bondade, nutrida e acalentada, em graça aqui, e glória por toda a eternidade...”[58]

 

3.Muita aflição desanima qualquer sofredor. Israel chegará ao limite em que Deus a alcançará. É verdade que há pessoas duras de coração sobre as quais as aflições as fazem blasfemar. O mesmo sol que amolece a cera endurece o barro. Deus presenteará Jerusalém, depois da aflição, com uma construção firme e bela. A descrição da Jerusalém Celestial está em Apocalipse 21. Haverá paz para Jerusalém e ensino puro de Deus. As promessas para Israel nunca foram cumpridas. A Igreja é um plano maravilhoso, mas não substituiu Israel, a nação eleita. Há espaço para a Igreja e para Israel no coração de Deus. A justiça voltará a Israel. Sempre haverá pessoas contendendo a respeito de Israel, mas isso não vem de Deus, pois o futuro glorioso para Jerusalém e Israel já estão traçados desde a eternidade. Os inimigos de Israel cairão em sua própria fornalha. O direito de Israel não procede da ONU, mas do próprio Deus. Nós, Igreja, já desfrutamos de toda a sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais. Assim como gozamos desses direitos e não gostaríamos que ninguém os tomasse, devemos respeitar o direito de Israel porque o Seu defensor é o mesmo Deus que nos remiu através de Jesus Cristo (v.11-17).

 

O futuro glorioso de Jerusalém (Is 54)

1.Jerusalém será alargada (v.1-3)

2.Jerusalém será amparada (v.4-10)

3.Jerusalém não será mais afligida (v.11-17)

Capítulo 55: A salvação ao alcance de todos

1.A nação de Israel é eleita de Deus para os Seus planos maravilhosos, porém, a salvação é individual e o conjunto de salvos da nação formarão o grande sonho de restauração nacional. Enquanto isso não acontece, todos somos beneficiados com o alcance universal da salvação. Não entenda com isso que o Universalismo é bíblico. Não, o Universalismo é heresia brava. O Universalismo ensina que, no final, todos serão salvos, até mesmo os que forem para o inferno terão a sua oportunidade de arrependimento e serão transferidos de lá para o céu. Alguns até acham que o próprio Diabo será salvo. Longe de nós tal blasfêmia. No entanto, a salvação é universal no sentido de que Deus amou o mundo todo e todos precisam ouvir a mensagem. Aqueles que aceitarem serão salvos. O pecador só tem uma vida e é nessa vida que precisa aceitar o Senhor Jesus como Seu Salvador pessoal. O convite é feito a todos. A água é a mesma Água Viva oferecida por Jesus à mulher samaritana em João 4. A salvação é gratuita, pois se fosse pelo nosso trabalho não seria Graça, mas salário. Deus não aceita nada de nossa parte, exceto a fé, a confiança no Salvador. Não há moeda de troca pela salvação. Temos nosso pecado, Cristo tem Sua justiça. A aceitação pela fé é o único meio para se obter tão grande salvação (v.1).

 

2.Embora alguns usem o versículo 2 para fazer apologia à poupança e ao não desperdício com artigos supérfluos, a mensagem é mais profunda que a economia doméstica e pessoal. O pão não é o alimento físico, mas o Pão da Vida, a salvação. O pecador investe sua vida naquilo que só satisfaz seus desejos pecaminosos, mas buscar a Deus e Sua Palavra não lhe interessa. No entanto, é isso que lhe daria o sustento eterno. O povo de Israel possui a seu favor a aliança davídica que é a promessa de um reino. Deus é fiel para com o Seu servo Davi e está disposto a cumprir Suas promessas ao pecador arrependido e contrito. Davi será o regente dos povos juntamente com Jesus. Se essa promessa é verdadeira, também é verdade que o pecador entregue ao salvador Jesus terá vida eterna (v.2-4).

 

3.O versículo 5 se refere a Jesus Cristo, o Salvador dos povos e não apenas da nação de Israel. Ele chamou povo aquele que não era povo. Nós, os gentios, recebemos a bênção da salvação em Jesus por causa de Sua morte na cruz. Não somos Israel, somos Igreja. Deus não desistiu de Israel, mas investiu nos gentios também. Há bênçãos celestiais para a Igreja bem como há bênçãos terrenas para Israel. O melhor de tudo, só pela graça Dele. Éramos perdidos nesse mundo, seguindo o príncipe mundano, Satanás. Hoje, pela Sua graça, somos seguidores de Cristo, o Príncipe da Paz (v.5).

 

4.A salvação é gratuita pela fé, está ao alcance de todos, mas somente para os que vierem com a atitude correta, isto é, contritos, com uma mente mudada em relação a si mesmos e a Deus. A única maneira de buscar a Deus é pela Sua Palavra. Essa salvação está perto, porém, nem sempre estará disponível. Quando alguém morre sem salvação, já não tem acesso à Palavra. Quando alguém rejeita deliberadamente a salvação, também não terá chance enquanto estiver na incredulidade. Infelizmente, se a Igreja não investir em Missões transculturais, levando a mensagem aos povos sem contato com o evangelho, esses também não terão acesso à salvação. Portanto, há implicações na ordem “buscai o Senhor enquanto se pode achar”. Paulo disse em Romanos 10.12-15 que os que invocarem o nome do Senhor serão salvos. Mas como invocarão se não creram? Como crerão senão O anunciarmos a eles? E como anunciarão se não forem enviados? (v.6).

 

“Isaías deseja mostrar que Yahweh é infinitamente superior aos deuses babilônios e prossegue usando a terminologia de sua literatura para negar os muitos deuses celebrados naquela literatura [babilônica].”[59]

 

5.Não é possível ser salvo sem arrependimento, uma mudança de mente. O padrão de Deus não é menor do que a santidade. O pecador não tem chance alguma fora do substituto de sua morte, Cristo. Ele é rico em perdoar. Ele não é mesquinho. A salvação é completa ou não é salvação. Os pensamentos de Deus não batem com os pensamentos do pecador. O homem quer oferecer algo pela sua salvação, mas Deus não pode aceitar, pois não temos santidade alguma para oferecer. Ele só aceita o que é Santo. Só Jesus é Santo. Nele temos a salvação. É verdade, são pensamentos altíssimos para nós. O melhor é aceitá-los sem tentar mudar os pensamentos de Deus (v.7-9).

 

6.Essa é a palavra final de Deus. O pecador agarra isso ou afunda em seus pecados. A Palavra de Deus é objetiva assim como a chuva e a neve que não perdem viagem. Nenhuma chuva ou neve retornam às alturas, sempre caem. O retorno volta em vapor e deixa na terra destruição ou alimento. A Palavra de Deus também cumpre o Seu objetivo. A Palavra de Deus sempre triunfará, seja salvando o pecador arrependido ou condenando o rebelde (v.10-11).

 

7.Os dois últimos versículos desse capítulo são literais e se referem às bênçãos terrenas para Israel restaurado. A nação precisa paz, mas esta não virá sem o Messias. Não haverá acordo de paz entre Israel e Palestinos suficientemente duradouro. As montanhas de Israel se alegrarão e cantarão. É claro que isso não pode ser literal, pois montanhas não cantam e árvores não batem palmas. Trata-se de figura de linguagem chamada personificação ou prosopopeia que é dar vida aos objetos inanimados. O cumprimento, porém, é literal. As montanhas de Israel darão muitas vinhas. As uvas são símbolo de alegria. As árvores darão frutos. Lembrando que Israel é a terra que mana leite e mel, ou seja, abundância de mantimentos. As pragas, consequência do pecado, serão substituídas pelas bênçãos do paraíso. Em vez do espinheiro, crescerá o cipreste, árvore da família dos pinheiros. Em vez da sarça que é o matagal, crescerá a murta que é um apreciado arbusto produtor de flores e óleo para perfume. Será um tempo glorioso quando a terra será restaurada, onde Cristo reinará por mil anos. Após isto, o grande julgamento, a destruição do mundo e o Estado Eterno numa nova criação, perfeita e sem pecado ou maldição. Desfrutaremos de todas essas bênçãos por causa da salvação em Cristo (v.12-13).

 

A salvação ao alcance de todos (Is 55)

1.A salvação é gratuita (v.1-5)

2.A salvação está ao alcance de todos os arrependidos (v.6-11)

3.A salvação é eterna (v.12-13)

 

Boas novas de grande alegria (Is 51-55)

1.A dor fugirá (51.11-12)

2.A sombra da mão Dele protegerá (51.16)

3.Deus reinará (52.7-10)

4.Deus vai adiante (52.12)

5.O sofrimento Dele trouxe cura (53.4-6,11-12)

6.A esposa infiel será reconciliada (54.5-11)

7.O alimento é gratuito (55.1-2)

8.Deus pode ser achado (55.6-11)

Capítulo 56: Os herdeiros da Aliança da Salvação

1.A nação de Israel é eleita por direito divino e jamais perderá o seu direito porque Deus jurou por Si mesmo levar os Seus planos para essa nação à concretização final. No entanto, os indivíduos dessa nação, embora herdeiros legais, só podem desfrutar da salvação pessoal aceitando o Messias de Israel, Jesus Cristo. Os gentios não são herdeiros legais, mas muitos ganharam o direito de Salvação por colocarem sua confiança no Salvador Jesus. O profeta antecipou essa verdade em um período de incredulidade no qual as observâncias à lei foram abandonadas, restando apenas o jejum, a oração e a guarda do sábado. Deus está exigindo o mínimo de obediência, mas ainda assim, os herdeiros legais estão perdendo o seu direito à aliança da salvação. Por outro lado, os aleijados e gentios, os quais eram separados, têm, agora, o direito à comunhão com o povo de Deus através da obediência. Esta é a lei de Deus e não os pensamentos dos homens. São a justiça e salvação divina e não a justiça humana (v.1).

 

2.Deus se cansou de rituais vazios. As ordenanças Dele sempre foram cheias de significado, porém, transformaram-nas em legalismo e soberba humanos. Ele quer obediência em coisas simples restantes, a guarda do sábado e a justiça diária. O sábado, como todo o leitor da Palavra de Deus sabe, se refere ao compromisso judaico e jamais deveria ser exigência da Igreja atual. O sábado significa descanso. Cristo é o nosso descanso. Quem já colocou a sua confiança somente em Jesus Cristo como salvador substituto dos pecados já está em descanso eterno, já está salvo da ira de Deus. Essa é a obra que Jesus exigiu do pecador, crer Nele como salvador (v.2).

 

3.O estrangeiro e o eunuco ou aleijados de todos os tipos eram excluídos da adoração no mais interior do Templo. Porém, Deus está aceitando o pecador arrependido e obediente. Há uma grande esperança para aqueles que não possuíam direito, serem aceitos como herdeiros da graça de Deus por causa de sua confiança em Cristo Jesus. A aliança de salvação não está em nascer num lar cristão, mas em aceitar o sangue da aliança que é a morte de Jesus Cristo em favor dos pecadores (v.3-4).

 

4.Um filho legítimo teria todos os direitos do pai, mas Deus em Sua lei perfeita concede salvação aos que não eram filhos e não eram povo. Quando alguém aceita a salvação em Jesus, passa a ter todos os direitos de um herdeiro legal. Ele passa a ser filho de Deus (João 1.11-12). Um estrangeiro e um aleijado não podiam entrar no Templo. Mas, Deus está dando um nome melhor do que filho para essas pessoas, nessas condições. Um nome eterno que não se apagará, mesmo que jamais estiveram presentes na genealogia do povo de Israel. Isso se chama graça. Assim como pessoas excluídas, mas obedientes ganhavam o direito da aliança de Deus, hoje, todo pecador que aceita a Cristo como seu salvador pessoal, recebe o direito da salvação eterna (v.5-6).

 

5.A Casa de Oração verdadeira é a presença de Deus e não uma construção terrena, seja o Templo de Israel ou um edifício de uma igreja local. O Templo do Senhor no reino do Messias será para todos os povos. Outros, além dos filhos de Israel, serão congregados no reino messiânico. Jesus chamou de “ovelhas de outro aprisco”. A salvação de Deus não é exclusiva de um povo, mas para todos os que creem em Cristo como seu salvador (v.7-8).

 

“Três coisas são prometidas a eles [estrangeiros, eunucos, desprezados], ao se achegarem a Deus: 1) Assistência... 2) Aceitação... 3) Conforto...”[60]

 

6.Por outro lado, os herdeiros legais ou legítimos perderam seu direito porque não viveram de modo digno da vocação de sua nação, Israel. Deus convoca os “animais do campo”, ou seja, os inimigos de Israel para completarem a disciplina de Deus sobre a nação. Os que deveriam avisar o povo do perigo da incredulidade e os conduzir na obediência a Deus se tornaram cegos, são como cães que não alertam os moradores de uma casa do perigo noturno porque são mudos. Os líderes de Israel só pensaram em dormir e comer em suas festas de luxúria. São pastores falsos. São beberrões inúteis. Assim também, os líderes das igrejas, hoje, devem alertar as pessoas dos perigos da incredulidade, das falsas doutrinas. Senão, serão considerados como os antigos guias espirituais de Israel (v.9-12).

 

Os herdeiros da Aliança da Salvação (Is 56)

1.Herdeiros por direito os quais não eram herdeiros legais (v.1-8)

2.Herdeiros legais que perderam seu direito (v.9-12)

 

Capítulo 57: Idolatria nacional e arrependimento

1.A idolatria é um pecado que causa dependência e é insaciável, pois não há fidelidade do idólatra, visto que ele está sempre se movendo em sua adoração e promessas para tantos ídolos quantos enganosamente pensa serem de socorro nas horas de angústias. Feliz é o justo que perece sem ver sua vida envolvida na idolatria. Na tribulação, o justo será arrebatado antes que venha o mal. As pessoas não sentem falta do justo. É até um alívio para os pecadores não terem o justo para incriminá-los em suas consciências (v.1-2).

 

2.O pecador se rebaixa ao nível mais grosseiro de idolatria. Deus vê todo o tipo de feitiçaria, idolatria, cultos e rituais espíritas e outras formas religiosas, que não sejam a adoração ao Deus único e verdadeiro, como prostituição espiritual. Toda a curiosidade pelo futuro e a busca por respostas em agoureiros são um engano. Os idólatras fazem chascos, ou seja, gracejos. Eles zombam mostrando a língua. A luxúria não é apenas espiritual, mas carnal, pois as seitas sempre estão envolvidas em escândalos sexuais. Os cultos pagãos incluem a prática da prostituição, chamada prostituição cultual. As orgias eram praticadas atrás de arbustos (terebintos) ou grandes árvores. O sacrifício humano também é prática monstruosa, mas comum nos dias dos reis de Israel. As culturas em todo o mundo promovem rituais com bebidas e alimentos para os deuses. Todo o tipo de oferendas em dinheiros, alimentos, bebidas, objetos, animais e até seres humanos são aceitos pelos falsos deuses, de fato, o diabo e os demônios (v.3-7).

 

3.Os símbolos eróticos estão espalhados por todas as culturas. Os obeliscos, por exemplo, são representações sexuais masculinas de adoração. As chamadas figas vêm da expressão “mano-figa” que no italiano é mão e órgão genital feminino. Ficaríamos espantados com a quantidade de objetos que funcionam como símbolos eróticos idealizados e confeccionados por mentes impuras. Muito dinheiro está envolvido na idolatria. As buscas, mesmo que inúteis e cansativas, continuam em peregrinações, viagens perigosas para saúde, feriados e extensas programações e festividades para iludir os adeptos. Os governos de alguns países se aproveitam e mantêm feriados e festas para anestesiar o povo dos problemas reais. Toda a idolatria é uma forma de ignorar e anular o Deus verdadeiro a quem as pessoas sabem que deverão prestar contas. Deus está calado, deixando o mundo em sua idolatria, por isso, a sensação de que os ídolos são inofensivos e que até fazem bem. No dia do juízo, os ídolos não aproveitarão para nada (v.8-13).

 

4.Há um caminho diferente da idolatria, mas este é através de contrição, arrependimento que é a mudança de mente e a aceitação da salvação de Deus da maneira Dele. Primeiro de tudo é necessário o reconhecimento da santidade de Deus. Ele é o criador soberano, mas ao mesmo tempo é Aquele que está perto dos contritos para dar salvação. Se Deus não desse oportunidade ao homem para conhecê-Lo este não teria chance de ser salvo. A revelação de Deus inclui a natureza, a consciência, a Bíblia e a revelação máxima que é a Pessoa de Jesus Cristo. No entanto, o pecador rejeita o mínimo da revelação de Deus, transformando a criatura em deus e fazendo, em sua mente insensata, que o Deus verdadeiro seja uma criatura qualquer (v.14-16).

 

“O orgulho e a justiça própria dos judeus foram a pedra de tropeço no caminho de seu reconhecimento de Cristo. A contrição de Israel nos últimos dias será atendida com a interposição de Deus em seu favor. Portanto, sua auto humilhação, em Is 62.2,5,10,etc., precederá sua prosperidade final (Zc 12.6,10-14); haverá, provavelmente, um período prévio de incredulidade, mesmo após o seu retorno (Zc 12.8,9).”[61]

 

5.Sendo que o homem se tornou rebelde, Deus o deixou andar em suas próprias escolhas ruins. Isto combina perfeitamente com Romanos 1.18-32. A salvação do homem está em reconhecer o seu pecado e aceitar a salvação em Cristo Jesus, revelado na Palavra de Deus. A salvação está ao alcance de todos os povos, por isso, os pregadores precisam buscar os perdidos onde estes estiverem. Os decididamente rebeldes continuarão a lançar de si suas perversidades e nunca encontrarão a paz que só pode ser obtida na Pessoa de Jesus Cristo, o Salvador (v.17-21).

 

Idolatria nacional e arrependimento (Is 57)

1.Idolatria nacional (v.1-13)

2.Arrependimento e salvação dos contritos (v.14-21)

 

Capítulo 58: O jejum inútil e a piedade proveitosa

1.O crente deve fazer jejum? O jejum purifica a vida espiritual, dá mais poder, resulta em respostas de oração? São muitas perguntas sobre o jejum e talvez muita motivação errada em torno dessa prática. O povo de Israel provou que é possível se dedicar fielmente ao jejum e não ter uma vida piedosa para com Deus. Quando o jejum é apenas uma aparência não tem valor algum. Jesus disse que o jejum, se for feito, deve ser individual e secreto. Sim, já houve jejum nacional, mas quando houve um pecado nacional e um arrependimento nacional. As pessoas querem se achegar a Deus com seus rituais, mas não estão dispostas a mudar de atitude. As pessoas estavam decepcionadas com Deus porque estavam jejuando para obterem bênçãos e não estavam conseguindo. A motivação de jejuar é para conhecer melhor a Deus abrindo mão de algo agradável (comida). Quando a motivação não é dar, mas receber, então, o egoísmo está lutando por espaço com a adoração e a adoração sempre perde (v.1-3).

 

2.Aqueles que praticam o jejum por motivações erradas são arrogantes, exibidos e contenciosos. Se o jejum não faz com que alguém se torne mais piedoso e humilde, não vale nada, é só passar fome. Algumas igrejas promovem jejuns, mas será que os participantes desejam buscar a Deus ou obter bênçãos usando o jejum como pretexto? Será que é válido levar um grupo a jejuar? O jejum não deve ser individual? O desejo de buscar mais a Deus deve brotar de um coração piedoso e ninguém deve ficar sabendo. Não é tão simples fazer jejum em ambientes fora da família. Não é aconselhável jejuar se não há tempo para ficar só em oração. Não é aconselhável jejuar se a pessoa possui alguma doença ou está em convalescença. O jejum de artigos de luxo, tais como sorvete e chocolate, não é considerado jejum espiritual. O jejum não é para debilitar as pessoas, mas para fortalecer, por isso, Jesus condenou a hipocrisia da aparência de fome. O jejum é uma renúncia de alimentos e de sentimentos egoístas, por isso, o profeta diz que o jejum aceitável é a justiça social (v.4-7).

 

“Enquanto o povo, no dia do jejum, estava carregando seu estilo mundano, egoísta e negócios diários, o jejum era pervertido do significado de adoração divina e absorção do caráter espiritual chegando a propósitos totalmente egoístas: supondo ser digno de alguma recompensa.”[62]

 

3.Agora, sim, o jejum tem valor, quando é refletido numa vida piedosa. A justiça e a glória de Deus marcarão a vida do crente que jejua. Não há base bíblica para desprezar o jejum, mas não há base para incentivar uma prática legalista sem objetivo. Se alguém pergunta se eu faço jejum ou não, eu poderia até mesmo fugir de responder e pedir à pessoa que me questiona para olhar a minha vida, pois é o que mais interessa. Quais são os meios de santificação? A Palavra e a oração. O jejum pode entrar nisso, perfeitamente, mas o que importa não são apenas os meios, mas o resultado. Se alguém lê a Palavra, ora e jejua, porém, é uma pessoa de difícil relacionamento, injusta e irreverente para com as coisas de Deus, é certo que os meios se tornam práticas legalistas e não recursos de crescimento espiritual para a vida dela (v.8-10).

 

4.O crente piedoso que faz jejum ou não, não importa, é uma fonte de vida para as pessoas ao seu redor. Ele mesmo se refresca com a Água Viva e pode dessedentar outros porque do seu interior fluem rios de água viva. Essa é a essência da vida cristã e não o jejum. Os arrogantes precisam parar de se medirem pelos meios, mas deixar que os outros os meçam pelos resultados produzidos pelo fruto do Espírito. Esse é o servo de Deus que reparará brechas e restaurará as ruas da destruição a fim de que outros passem por esses caminhos (v.11-12).

 

5.A prova para os dias do profeta Isaías de que alguém era piedoso era a reverência para com a ordenança do sábado, deixando de praticar sua própria vontade, mas buscando satisfazer a vontade de Deus. Agradar ao Senhor é muito mais útil do que as práticas exteriores. Portanto, se você faz jejum de modo sábio, cuidando da saúde, faz secretamente, entende que se trata de alimentos básicos e não de artigos de luxo, apenas e faz para conhecer mais a Deus em Sua intimidade e, ainda, se isto o está tornando mais manso, mais acessível, mais doce e prestativo e menos legalista, menos arrogante e menos irreverente, então, continue seu jejum, não fale a ninguém e Deus o abençoe. Continue sendo bênção (v.13-14).

 

O jejum inútil e a piedade proveitosa (Is 58)

1.O jejum inútil (v.1-7)

2.A piedade proveitosa (v.8-14)

 

Capítulo 59: A falsidade do pecador e a fidelidade de Deus

1.O povo sob o reinado de Manassés estava indo de mal a pior. Mas Deus ainda queria salvar o povo. A separação do pecador e Deus é sempre por culpa do pecador que não aceita o amor de Deus. Toda a existência do pecador está manchada pelo pecado e falsidade. As mãos e a língua, as obras e as palavras. Os argumentos do pecador são vazios. A palavra é a mesma que a terra era sem forma e vazia (tohu), ou seja, não existe nada nas palavras do pecador de proveito. O produto do pecador são ovos intragáveis, pois são morte. Os pecados deles são como teia em que os insetos se embaraçam. As teias são sua justiça, mas não servem para cobrir sua nudez diante de Deus. Tudo neles é marcado pela morte e maldade contra o próximo. São palavras repetidas em Romanos 3 para dizer que todos pecaram (v.1-8).

“Muito do nosso sofrimento na vida é por causa de nossos pecados, os quais interrompem a saúde e ajuda no Senhor. Não culpemos a Providência, mas apresentemo-nos a fim de descobrir a causa da controvérsia.”[63]

 

2.As consequências para o pecador são como trevas para o cego. Os fortes são os da assíria diante dos quais Israel era como morto. A justiça procurada tardiamente pode não ser encontrada. A sensação de distância acontece com todos os que se esqueceram de aplicar os princípios da Palavra diariamente. O reconhecimento do pecado não pode ser adiado por muito tempo porque a queda pode ser inevitável até mesmo com a confissão. Esta cegueira atinge não apenas o incrédulo, mas também o crente em desobediência. O crente que ficou cego pelo poder, pelo dinheiro ou pelo sexo ilícito. A justiça, embora poderosa, é muito sensível. Ela sempre retrocede diante da rebeldia, opressão e mentiras do pecador. O pecado instalado no coração do crente faz a justiça recuar, pois a justiça só entra com as boas-vindas e nunca por arrombamento. Os bons sempre são prejudicados neste mundo, mas o Senhor vê e se indigna (v.9-15).

 

3.Deus é tão bom quanto justo, tão gracioso quanto fiel. No meio da nação pecadora jamais houve um justo sequer, por isso, o próprio Deus através de Jesus Cristo, o Justo, se tornou o mediador dos pecadores. Satanás não teve poder contra Jesus. Da mesma maneira, o crente revestido da armadura de Deus, está protegido dos ataques do Diabo. Na segunda vinda de Cristo, o mundo conhecerá o Seu zelo e vingança. Será tempo de restauração de Israel, somente para os arrependidos. Ele é fiel para com a Sua Aliança. O Espírito Santo agirá nos crentes e serão selados por Ele para o Pai e tudo por causa da redenção no Filho, Jesus Cristo (v.16-21).

 

A falsidade do pecador e a fidelidade de Deus (Is 59)

1.A falsidade do pecador (v.1-8)

2.Os sofrimentos do pecador (v.9-15)

3.A fidelidade de Deus (v.16-21)

 

Capítulo 60: O retorno dos cativos de Israel e a glória do reino

1.Israel gozará todas as bênçãos descritas nas profecias de restauração somente no final da tribulação e entrada do Milênio que é o reino messiânico. No entanto, parte da profecia se cumpriu quando Judá voltou do cativeiro da Babilônia, quando estavam sob o domínio da Pérsia e obtiveram a permissão de reconstruir Jerusalém. O primeiro versículo retrata a restauração de Israel como o nascer do sol. A luz é o próprio Jesus que resplandece sobre o homem em trevas. Um dia todas as nações verão a luz do mundo e se submeterão a Ele, Jesus Cristo. A nação de Israel voltará para o seu território em segurança. A alegria e a riqueza serão as marcas de Israel. Assim como no reino de Salomão, os reis distantes traziam presentes, no reino messiânico haverá louvor por parte de todo o mundo na sede da adoração, Jerusalém. Os locais mencionados eram famosos pela riqueza de camelos e ovelhas (v.1-9).

 

“O ajuntamento dos filhos de Sião. I.Eles vêm de todos os cantos. II.Vêm de mãos cheias. III.Vêm com agradecimentos e louvor. IV.Vêm para oferecerem a si mesmos ao serviço do Senhor. V.Vêm para encontrarem aceitação. VI.Vêm para compartilhar a manifestação da glória divina.”[64]

 

2.Houve tempos em que Israel era a nação oprimida e odiada de todos, mas Deus a exaltou quando o rei Ciro decretou o retorno dos judeus a Israel. Toda a madeira para a reconstrução foi ganha dos persas. A graça de Deus foi despejada sobre a nação. No reino messiânico, as portas de Jerusalém estarão sempre abertas para receber o louvor do mundo inteiro porque ali reinará Jesus Cristo. A adoração será obrigatória. As nações, antes inimigas, estarão sujeitas a Jerusalém. A nação de Israel só pode ter paz pela presença de Jesus como Seu rei (v.10-14).

 

3.A nação de Israel sempre foi oprimida e odiada pelas demais nações, mas no reino messiânico será amada. Sem que reconheçam o Redentor, Jesus Cristo, nenhum pacto de paz será duradouro. As riquezas serão abundantes. Não haverá mais violência, mas salvação e louvor. O profeta vai além da expectativa do Milênio para o Estado Eterno e apresenta a situação de todos os salvos. Não haverá sol nem lua porque Jesus será a luz. Não haverá morte nem incredulidade. Portanto, esse será um tempo quando todos os acontecimentos mundiais terão se passado. Será depois da tribulação, reino messiânico, a última rebelião do diabo, a destruição do mundo e o Grande Trono Branco. Pedro diz que os crentes aguardam a destruição do mundo e essa nova Criação, um novo céu e uma nova terra (v.15-22).

 

O retorno dos cativos de Israel e a glória do reino (Is 60)

1.O retorno da glória de Israel (v.1-9)

2.O retorno da superioridade de Israel sobre as nações (v.10-14)

3.O retorno do reino de paz de Israel (v.15-22)

 

O resultado para quem confia no Salvador Jesus (Is 56-60)

1.Serão mais do que filhos (56.5-8)

2.Serão aceitos (57.15,19-21)

3.Serão justos (58.8-9)

4.Serão fartos (58.11,14)

5.Serão abençoados para sempre (59.20-21)

6.Serão iluminados (60.1-3,19-20)

7.Serão ricos (60.8-11)

 

Capítulo 61: A restauração de Israel insubstituível

1.Jesus leu essa passagem de Isaías quando falou na sinagoga em Nazaré (Lucas 4.16-21), mas omitiu a parte que fala da vingança do Senhor porque ainda seria para o futuro. O Senhor restaurará a nação de Israel. Hoje, ele está restaurando vidas que creem em Jesus como salvador. O profeta está proferindo a Palavra de Deus no contexto do ano do jubileu, o ano aceitável. Era o modo que Deus tinha de frear a ganância e opressão dos ricos contra os pobres. A terra descansava no ano 50º, as dívidas eram perdoadas e os escravos recebiam sua alforria. Assim como o ano do jubileu era uma alegria para os pobres, Jesus tem boas novas ao pecador de coração quebrantado. Ele liberta os cativos do diabo e do pecado. Em vez de cinzas na cabeça, símbolo do lamento, o pecador é ungido com óleo, símbolo da comunhão, alegria e do Espírito Santo. O carvalho como símbolo de firmeza descreve a segurança do crente em Cristo Jesus (v.1-3).

 

“Há, provavelmente, uma alusão aqui ao ano do Jubileu, quando a trombeta soava e a Liberdade era proclamada por toda a terra (Lv 25.9-10). Da mesma maneira, o Messias viria para proclamar a libertação universal – libertação para o mundo todo da degradação servil do pecado.”[65]

2.A promessa de restauração para Israel não é apenas espiritual, mas também material. A cidade de Jerusalém será reconstruída depois da Tribulação porque será devastada com a invasão do exército do Anticristo e por todos esses séculos foi pisada pelos gentios. Os estrangeiros não mais perturbarão Israel, mas serão servos que plantarão e pastorearão os rebanhos. Enquanto isso, os judeus serão ministros do Senhor. Infelizmente, alguns grupos saídos da igreja, ensinam essas verdades fora do seu contexto e reivindicam para si riquezas materiais, isenção de responsabilidades espirituais e proteção contra todo o tipo de doenças. Esses grupos se apoiam nas promessas do Velho Testamento feitas ao povo de Israel e se esquecem das promessas feitas à Igreja as quais são espirituais guardadas nos lugares celestiais em Cristo, como Paulo diz em Efésios. Quando mudamos as prioridades, sofremos a consequência da frustração sem justificativa (v.4-6).

 

3.Aquele que espera no Senhor obtém as promessas de Deus. É isso o que acontecerá com o judeu piedoso que aceitar a Jesus como Salvador. Israel não se envergonhará de Jesus que por muito tempo foi a pedra de tropeço e rejeitada. A porção dupla da terra é uma maneira de dizer porção completa. Deus estenderá o território de Israel como prometeu a Abrão. Deus dará a terra para Israel porque prometeu. Deus não é mentiroso e odeia o roubo. A aliança que Deus fará eternamente com Israel é a conversão do coração de pedra para um coração de carne. O Espírito Santo será derramado sobre a nação que obedecerá ao Senhor para sempre. Isso será publicado a todas as nações. O profeta se alegra no Senhor. Todo o crente deve se alegrar nas promessas da Palavra de Deus. Todo crente é vestido com as roupas da salvação de Jesus Cristo. Ele trocou nossa roupa indigna, o pecado, por roupas da justiça, a Sua salvação. Nascemos de uma nova semente, a Palavra de Deus. A alegria de Israel já está sendo desfrutada hoje pela Igreja. Nós não substituímos Israel, mas apenas aceitamos a verdade que, por enquanto, Israel está rejeitando (v.7-11).

 

A restauração de Israel insubstituível (Is 61)

1.O ano aceitável do Senhor (v.1-6)

2.A recompensa por esperar no Senhor (v.7-11)

 

Capítulo 62: Jerusalém, a noiva do Senhor

1.Finalmente, se vê Jerusalém alegre e feliz com o Seu salvador. Nós, o povo de Cristo, a Igreja, já experimentamos as bênçãos dessa união, porém, a nação de Israel só terá isso no reino de Cristo na terra, o Milênio. Os judeus, hoje, não precisam esperar, mas podem se converter a Cristo e fazer parte da Igreja. O profeta e o Senhor não se calarão, mas anunciarão essa verdade até verem a salvação de Israel. O profeta Isaías não viveu para ver a restauração da nação. O Senhor ama o Seu povo e quer vê-Lo salvo (v.1).

 

2.Assim como é prometido a cada crente da igreja um novo nome, Jerusalém também será conhecida por um novo nome que o Senhor lhe dará. As nações serão testemunhas da salvação de Israel. O Senhor vê Jerusalém como um tesouro precioso de ostentação. A glória de Deus será a demonstração mundial da salvação de Israel. A nação terá o amparo do Senhor. Deus se delicia nela, pois é a sua amada esposa. Os judeus se casarão com Jerusalém e o Senhor se casará com Jerusalém (v.2-5).

 

3.O Senhor protegerá Jerusalém de ataques dos inimigos, dos despojadores e ladrões. Na época de Neemias, os inimigos do povo não queriam deixá-los reconstruir os muros. Durante os séculos, Jerusalém se vê não apenas sitiada, mas pisada pelas nações. A capital de Israel nem é mais Jerusalém, mas Tel-Avi. Jerusalém será restabelecida não somente como capital de Israel, mas a capital de adoração do mundo todo. O louvor de Deus será dali proclamado a todo o mundo. Os bens de Israel não serão roubados. O crente, hoje, pode descansar em Cristo, pois Ele guarda a nossa mente. As nossas bênçãos não serão roubadas pelo inimigo. Filipenses 4.6-7 nos assegura da paz e tranquilidade obtidas no Senhor (v.6-9).

 

4.Como Deus jurou, essas promessas certamente se cumprirão, pois Ele não mente. A Igreja está guardada pelo Senhor e todas as promessas Dele para a Igreja são celestiais, porém, para a nação de Israel as bênçãos sempre são terrenas. As estradas serão limpas para um reino glorioso. O mundo será limpo pelo Senhor na Sua vindima que é a colheita e esmagamento das uvas. As uvas esmagadas, conforme Apocalipse, o Armagedom, são os soldados do Anticristo sendo mortos. O próprio Jesus Cristo será a bandeira sinalizadora para todos os povos. A recompensa para Israel por crer no Messias será o reino prometido. O galardão para a Igreja será no Tribunal de Cristo realizado no céu, enquanto haverá tribulação na terra. A nação de Israel será procurada pelos povos. Todos desejarão adorar em Jerusalém e ver o Salvador dos povos, Jesus (v.10-12).

 

“Neste capítulo reaparecem os grandes temas de Is 61-62: a glória futura de Sião, que voltará a ser para sempre a esposa amada do Jeová (v.1-6); a solicitude constante do Senhor, que já não voltará a permitir que os inimigos oprimam a seu povo (v.8-9); o retorno dos israelitas dispersos (v.10-11) e os títulos de honra que receberão o povo do Senhor e a cidade de Jerusalém (v.12).”[66]

 

Jerusalém, a noiva do Senhor (Is 62)

1.Deus se alegrará como um noivo (v.1-5)

2.Deus protegerá os ganhos de Jerusalém (v.6-9)

3.Deus recompensará Jerusalém (v.10-12)

 

Capítulo 63: Vingança e oração

1.O profeta Isaías descreve a vingança de Deus contra os inimigos do povo de Israel. Jesus não nos autorizou a nos vingarmos dos nossos inimigos e nem mesmo a desejar o mal dos nossos inimigos, mas a orar por eles. Paulo disse que devemos fazer o bem aos nossos inimigos porque eles podem se envergonhar com brasas vivas em suas cabeças, ou seja, consciência queimando por retribuirmos o mal com o bem. No entanto, ele diz que a vingança pertence a Deus. Neemias também pediu que Deus intervisse contra os inimigos. Nós sabemos que um dia o Senhor Jesus voltará a este mundo em chamas de vingança contra o Anticristo e o seu exército. O profeta descreve esse combate chamado Armagedom, no livro do Apocalipse. Jesus virá como salvador de Israel e vingador dos inimigos. A roupa dele ficará manchada de sangue. A figura usada é a de um pisador de uvas no lagar, mas é uma figura de linguagem para o sangue. Ele não precisará de aliados, pois com um sopro Ele vence o inimigo (v.1-6).

 

“Nenhum homem pode punir os inimigos de Cristo, senão Ele próprio. 1) Nós não temos autoridade 2) Nós não temos prescrição... ou autorização 3) Perseguição não é coisa boa 4) Os cristãos foram ensinados a amar os seus inimigos 5) A certeza do dia do julgamento detém os homens bons da perseguição...”[67]

 

2.No mesmo relato de vingança há, por parte do profeta, um louvor sincero pelas misericórdias do Senhor para com o Seu povo humilhado e oprimido. A angústia do povo de Israel foi a angústia do Senhor. Assim como no passado, Ele redimirá o Seu povo no futuro. Assim como o povo foi rebelde no passado, está sendo desobediente hoje. Os judeus angustiados nos dias da tribulação se lembrarão do livramento de Moisés no Egito. Jesus, em quem o Espírito Santo repousou, era o verdadeiro libertador ao lado de Moisés (v.7-14).

 

3.O profeta sonha com esse dia. Ele não viu, senão profeticamente, mas sabe que é certo, pois o Senhor Deus disse para ele. O povo de Deus deve manter, com esperança renovada, a certeza do triunfo do Messias sobre o mundo pecador, iludido pelo diabo. O Senhor prometeu e jurou a vitória para o Seu povo. Abraão ainda não viu as promessas feitas a ele sendo cumpridas. Deus tem uma “dívida” para com os patriarcas e cumprirá todas as promessas de vitória, reino e território. O profeta clama, compadecido, pelo povo rebelde. Ele não está ensinando que Deus é culpado pela rebeldia e desvio do povo, mas sugere fortemente que se o Senhor não permitisse Israel não se desviaria. É certo pensar que Deus tem todo o poder de fazer o povo obedecer, no entanto, também é certo afirmar que Deus quer verdadeiros adoradores e não prisioneiros espirituais sem qualquer faculdade para examinar o certo e agradável e, assim, por livre vontade, obedecer ao Senhor com coração grato. Isaías relembra que Israel aproveitou muito pouco do seu próprio país, pois desde o início cananeus estiveram misturados com o povo o qual não os expulsou totalmente. Com isso, Israel pegou muitos costumes até se esquecer do Senhor e ser levado para o cativeiro (v.15-19).

 

Vingança e oração (Is 63)

1.A vingança de Deus contra os inimigos (v.1-6)

2.A oração do profeta (v.7-19)

 

Capítulo 64: Esperando em Deus em oração

1.O profeta Isaías continua sua oração. O crente ora porque depende do Senhor e não porque Deus precisa de nossas orações. Quando o crente espera no Senhor, o desejo é que os céus se abram em bênçãos e que tudo pare diante de Sua grandeza. No caso do profeta, o desejo é que Deus intervenha na situação de invasão e cativeiro. Sabemos, pelo decorrer da história, que Deus não dispensaria a disciplina do cativeiro, porém, não significa que Ele não se agradaria da oração do profeta bem como de toda a nação. O profeta Isaías ansiava pela repetição dos feitos do passado. Muitas vezes, queremos que Deus faça algo tão extraordinário em nossas vidas a respeito dos nossos problemas que chegamos a pensar que Deus só é Deus se agir “movendo montanhas” ou “abrindo o mar vermelho”. A resolução do problema em si é menos importante do que o que devemos aprender do Senhor, mas, no momento, queremos mais é resolver os problemas do que ter comunhão com Deus. O Senhor sempre trabalhou para aqueles que Nele esperam. O mesmo Deus que abriu o Mar Vermelho foi aquele que permitiu Estevão ser apedrejado até à morte. De modo algum significa que os judeus libertados do Egito eram mais amados do que Estevão. No entanto, vemos Estevão mais grato ao Senhor e perdoador do que os murmuradores do deserto (v.1-4).

 

2.O profeta sabe que Deus vai até o pecador contrito e daquele que anda em piedade à Sua Palavra. Isaías sabe que toda a nação é passiva de repreensão porque por muito tempo está em rebeldia. Assim como Abraão incomodava Deus com as perguntas pensando na salvação de Ló da destruição de Sodoma, Isaías quer saber se Deus perdoará o povo algum dia. O profeta se inclui como pecador, juntamente com a nação. Ele já fez isso no capítulo 6. Os termos usados para admitir a própria iniquidade são bem indecorosos. Até aquilo que o pecador considera justiça própria, o profeta diz serem panos da imundícia, ou seja, panos usados nos ciclos femininos (ed beged, em hebraico). Além disso, ninguém chamava a atenção de Deus em oração e quando oravam, Deus não queria atendê-los, pois não faziam as orações acompanhadas de arrependimento (v.5-7).

 

“… em um sentido cerimonial, como um leproso... nossas justiças – nossos melhores esforços diante do cumprimento da vontade divina são manchados e ineficientes pela nossa condição geral de pecado.”[68]

 

3.A oração do profeta deveria representar toda a nação. Israel é o barro e Deus é o oleiro. A misericórdia cairia muito bem para Isaías e para a nação, mas, infelizmente, nem todos tinham o mesmo temor que o profeta. O crente está livre da ira de Deus, mas não de Sua disciplina. O pecado traz consequências desastrosas. Para Israel, as cidades santas ficariam desertas e Jerusalém destruída. O profeta se recusa a pensar que Deus não faria nada diante de tamanha humilhação. O fato é que Deus foi blasfemado entre os gentios, mas Ele suportou isso para que Israel experimentasse a Sua disciplina. O nosso pecado desonra a Jesus e Seu evangelho, mas a disciplina cumpre o propósito de purificação. Não pensemos que o prejuízo para a Igreja seria suficiente para Deus impedir a disciplina dos crentes (v.8-12).

 

Esperando em Deus em oração (Is 64)

1.Esperando pelos grandes feitos do passado (v.1-4)

2.Esperando pelo perdão (v.5-7)

3.Esperando pela misericórdia (v.8-12)

 

Capítulo 65: Rebeldia, Remanescente e Restauração

1.Até um povo que não pertencia ao Senhor O buscava. É uma profecia a respeito dos gentios buscarem a Deus. Paulo cita essa profecia em Romanos 10.20. Deus sempre quis salvar os gentios, mas nunca quis que para isso o Seu povo eleito o rejeitasse. No coração de Deus há espaço para todos os que O buscam arrependidos de seus pecados. Deus sempre está pronto a dizer: “Eis-me aqui”. Ele recebe o pecador contrito. Para a nação de Israel, Deus insistiu em buscá-la, sempre estendendo suas mãos amorosas. A nação, no entanto, segue os próprios caminhos e pensamentos e não os caminhos e pensamentos de Deus (v.1-2).

 

2.Deus não queria que o povo sacrificasse em jardins e debaixo de árvores como os pagãos faziam, por isso, separou um tabernáculo e, posteriormente, uma Casa e depois o Templo. Israel se rebelou e criou sua própria adoração imitando os vizinhos pagãos. Deus sempre ficou irritado com isso. Não bastasse essa provocação, o povo também passou a praticar a necromancia, sacrificando nas sepulturas a fim de “conversar com os mortos”. A dieta que Deus deu como teste de fidelidade foi totalmente desprezada e passaram a comer alimentos proibidos e feitos de modo proibido por Deus, com sangue. O Senhor Jesus não está colocando tais regras para testar nossa obediência, mas se Ele pedisse, seja o que quisesse, deveríamos obedecer. De fato, Ele está pedindo e será que estamos obedecendo? Ele pede para amarmos, perdoarmos, pregarmos o evangelho a toda a criatura, contribuirmos financeiramente e com nossos bens, lermos a Bíblia, orarmos, confiarmos, exortarmos, ouvirmos a exortação, termos paciência, hospedarmos, batalharmos pela fé e muitas e muitas outras práticas as quais também testam nossa obediência (v.3-4).

 

 

“Havia uma prática exatamente igual a essa [v.3] entre os Highlanders da Escócia; uma narrativa autêntica disso foi dado por Sir Walter Scott, em uma nota em seu poema chamado The Lady of Lake [A Senhora do Lago]... ‘Os Highlanders, como todo povo rude, tinha vários modos supersticiosos de inquirirem sobre o futuro. Um dos mais notáveis era o Taghairm... uma pessoa era envolta numa pele de um boi recém-sacrificado e colocada em volta de uma cachoeira ou no fundo de um precipício ou em alguma outra situação selvagem, onde o cenário em volta sugerissem horror. Nessa situação, a pessoa revolvia em sua mente a questão proposta... e os espíritos desincorporados assombravam esses recessos desolados...”[69]

 

3.A arrogância do pecador é cega e nem consegue ver a tolice de se comparar a Deus em santidade. Quando alguém chega ao ponto de se achar mais santo do que o próprio Deus, então, a presunção já se instalou em seu coração e a loucura passa a ser a sua principal característica. Deus sente essa rejeição e presunção como fumaça ardendo no nariz. Esse atrevimento não passará em branco. Israel será castigada por dois cativeiros: Assíria e Babilônia (v.5-7).

 

4.No meio dos infiéis existe um pequeno grupo fiel. Assim como não se despreza um cacho de uvas quando algumas estão azedas e verdes, pois existem as aproveitáveis, da mesma forma entre o povo de Israel alguns eram piedosos e não se venderam à idolatria e rebeldia. Deus está atento a esses fiéis e não os desprezará, ainda que também vão para o cativeiro junto com os infiéis. Neste mundo perverso, o Senhor Jesus está atento àqueles que andam na luz e obedecem ao Espírito Santo. Mesmo sofrendo a incompreensão dos que não querem obedecer à Palavra, esses têm a segurança de não serem lançados fora como uvas azedas (v.8).

 

5.Deus levantou o descendente de Jacó que herdará toda a terra. É o Messias de Israel. Os eleitos de Deus aqui são o povo de Israel. Do povo eleito, evidentemente, nem todos são salvos, mas no final da tribulação tudo será esclarecido e os salvos de Israel herdarão os montes de Jerusalém. Haverá abundância de bens e frutos nas cidades de Israel. Acor e Sarom, regiões férteis de Israel (v.9-10).

 

6.Quem se afasta do Senhor acabará por se render à idolatria ou, provavelmente, se afastou do Senhor por causa da idolatria. Dois deuses dos babilônios, Fortuna (Gad) e Destino (Menee). A maioria das pessoas seguirão o dinheiro e o “destino seguro”. Os fundos de investimentos e os bens duráveis podem justificar o esforço de trabalho nosso no dia-a-dia para assegurar-nos de um futuro confortável, mas essas pessoas estão vivendo o presente? Estão contribuindo na obra de Deus ou estão guardando aquilo que não podem guardar para o seu destino? São questões práticas as quais nos delatam e nos colocam de frente com o povo de Israel acusando-nos ou nos defendendo como iguais ou melhores do que aqueles idólatras. Enquanto os judeus adoram o deus Destino, o único destino que restará à nação é a espada. Não porque Deus não tenha avisado, mas o Senhor sempre alertou a nação e esta fez a escolha errada. Escolhas são um assunto muito importante da existência humana. Mediante as escolhas, vêm as consequências (v.11).

 

7.Deus faz uma diferença notável entre os rebeldes e os servos, como há entre crente nominais e os crentes genuínos os quais são, na verdade, incrédulos e crentes. Há diferença entre o que serve a Deus e o que não serve. Os judeus salvos entrarão no Milênio, o reino do Messias na terra. Os incrédulos, pertencentes a qualquer povo, serão lançados ao inferno e, posteriormente, após o juízo do Grande Trono Branco, ao Lago de Fogo por toda a eternidade, banidos da face de Deus e de Seu amor. No final, os justos prevalecerão no juízo, ou seja, para aqueles que dependeram da graça do Senhor somente, nenhum mal eterno lhes sobrevirá (v.12-16).

 

8.Os próximos versículos são prova de um reino na terra para Israel no qual todos os crentes de todas as épocas desfrutarão, até a Igreja. O profeta mistura propositalmente os termos do Milênio com os termos usados para o Estado Eterno, por isso, há alguma confusão para os estudantes de Escatologia. O Senhor dará descanso e alegria para Jerusalém e todo o povo de Israel o qual será um só e não mais dois reinos divididos entre si. Haverá longevidade, no entanto, haverá morte por desobediência deliberada. Explica-se assim o morrer aos cem anos, jovem, pois alguém tem o privilégio de viver mil anos e morre aos cem, certamente, é por causa de sua ousadia em enfrentar Aquele que possuirá a vara de ferro para reger as nações (v.17-20).

 

9.As bênçãos terrenas é uma promessa aos filhos de Israel e não para a Igreja, embora, na época do reino restaurado, o Milênio, a Igreja participará. Mas, é muito diferente de pregar prosperidade terrena para a Igreja sem a nação de Israel desfrutando. Não somos contra a doutrina da Prosperidade, desde que seja no tempo certo e, sem dúvida, agora não é o tempo profético para isso. Então, todos os que pregam prosperidade material, hoje, estão avançando um tempo da profecia que ainda não chegou e, sendo assim, estão errados biblicamente. O último versículo do capítulo é um teste para qualquer escola escatológica. É aqui que sabemos se alguém é pré-milenista ou não e se é da Teologia dos Concertos ou não. O leão e o cordeiro, a palha e o boi e a serpente são figuras ou animais literais? Nesse assunto, entendo que a Bíblia é literal. Haverá uma restauração da terra e toda a criação que geme e, posteriormente, no Estado Eterno um Éden Restaurado. Essa é uma promessa imutável para Israel e ainda não se cumpriu, mas Deus que é verdadeiro a cumprirá (v.21-25).

 

Rebeldia, Remanescente e Restauração (Is 65)

1.Rebeldia (v.1-7)

2.Remanescente (v.8-16)

3.Restauração (v.17-25)

 

Capítulo 66: O nascimento de uma nação perfeita

1.Não existe uma nação perfeita. Todos os governantes e governados são pecadores e egoístas. Mas, Deus sempre planejou que a nação de Israel fosse a nação perfeita. Israel se tornou ritualista pensando que um Templo fosse suficiente para Deus se sentir em casa com o povo. O desejo de Deus é um povo pobre de espírito, ou seja, humilde. No entanto, o povo descansou em seus sacrifícios de animais como um ritual aceito por Deus. Porém, o Senhor abomina até os atos religiosos para Ele, pois são feitos por pessoas hipócritas que dão mais valor à forma do que à piedade. Assim como o pecador escolheu o seu próprio caminho, Deus escolheu o juízo sobre o pecador. Os piedosos verão o castigo de Deus sobre os pecadores. É claro que também sofreriam com o povo o cativeiro, mas a diferença é que entenderiam os planos de Deus e, por isso, aguardariam a Sua salvação (v.1-6).

 

2.Deus voltará às promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó. O Senhor levantará a nação como sempre quis. Será mais rápido do que um parto. A nação de Israel nascerá num só dia, ou seja, na segunda vinda de Cristo para julgar a terra e estabelecer o Seu reino. Alguns escatologistas fervorosos acham que isso aconteceu no dia 14 de maio de 1948 quando Israel recebe de volta seu país depois de 1878 anos. Temos problemas em afirmar que a profecia de Isaías se refere a esse acontecimento histórico. O texto diz claramente que será o nascimento da nação como Deus quer, ou seja, com a restauração de uma nação que amará o Senhor o qual reinará em Jerusalém. Vemos uma nação fragmentada, atualmente, sem ao menos ter Jerusalém como sua capital, sem Templo e sem o Messias regendo as nações com vara de ferro. Portanto, cremos que o nascimento dessa nação ou a conversão de Israel se dará com a segunda vinda de Cristo (v.7-9).

 

3.Na última parte do capítulo que também é a última parte do livro, aprendemos sobre a alegria que tal reino provocará em Israel e em todos os que amam a vinda do Messias. A seguir um quadro com os fatos do reino messiânico (v.10-24).

 

“... Os caminhos de Deus diante de Israel são desenvolvidos de modo claro e maravilhoso por toda a profecia. O julgamento foi pronunciado pelo profeta. A paciência de Deus suspendeu esse julgamento por 800 anos. Foi cumprido apenas quando rejeitaram a Cristo.”[70]

 

Os fatos do reino messiânico (Is 66.10-24)

1.Alegria depois do parto (v.10)

2.Consolo no seio da mesma mãe, a gloriosa Israel (v.11)

3.Paz e glória sobre as nações (v.12-13)

4.Alegria pela presença do Messias que revigora os justos e castiga os inimigos (v.14)

5.Fogo, ira e espada do Senhor em Sua Vinda (v.15-16)

6.Fim da idolatria (v.17)

7.Todas as nações se submeterão ao Messias (v.18)

8.Proclamação mundial da glória de Deus (v.19)

9.Os judeus em Jerusalém como oferta ao Senhor (v.20)

10.Continuação do ofício de sacerdotes e levitas (v.21)

11.Todos terão que adorar ao Senhor nas festas israelitas (v.22-23)

12.Perdição eterna para os rebeldes (v.24)

 

O nascimento de uma nação perfeita (Is 66)

1.Uma nação imperfeita (v.1-6)

2.O nascimento de uma nação perfeita (v.7-9)

3.A eternidade da nação perfeita (v.10-24)

 

O fim de toda a maldade (Is 61-66)

1.O ungido do Senhor põe fim à maldade (61.1-2)

2.A família bendita desfruta o fim da maldade (61.7-9)

3.A salvação põe fim à maldade (61.10-11)

4.Israel verá o fim da maldade (62.1-5,11-12)

5.O Messias destruirá toda a maldade (63.1-6)

6.A justiça própria não resolve a maldade do coração (64.6-12)

7.A mão estendida de Deus põe fim à maldade do coração (65.1-3,8)

8.A nova criação colocará um fim em toda a maldade (65.17-18, 66.4,24)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2012

 

 

 

 

 

Notas

 

1.     Introdução

 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

2.     Expositions of Holy Scripture (Isaiah), pg. 139 - Is 11.9 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

3.     Introdução e Comentário (Isaías), pg. 79 – J. Ridderbos (Ed. Mundo Cristão – SP – 1ª ed. 1986)

4.     Knowing God through Isaiah – Herb Vander Lugt (RBC Ministries – Grand Rapids, MI – EUA – 2001)

5.     Notes on Isaiah, pg. 31 – Is 4.1 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

6.     Structure, Style, and the Prophetic Message: An Analysis of Isaiah 5:8-30 - Robert B. Chisholm, Jr., pg. 46 (Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

7.     Isaiah 6:9-13 in context of Isaiah´s Theology, pg. 145 - Craig A. Evans (Copyright 1997 by The Evangelical Theological Society and Galaxie Software)

8.     The Virginity of the almâh in Isaiah 7:14, pg. 146 - Richard Niessen (Bibliotheca Sacra - April-June 1980 - by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

9.     Notes on Isaiah, pg. 58 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

10.  Comentário Bíblico de Matthew Henry, pg. 18 - Is 9.8-21 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

11.  Comentário Bíblico Moody, pg. 38 – Is 10.1-4 – (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

12.  Novo Comentário da Bíblia, pg. 51 – Is 11.3 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

13.  Comentário Bíblico NVI, pg. 1012 – Is 12.6 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

14.  O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 5, pg. 2830 – Is 13.5 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

15.  Comentário Bíblico Expositivo do VT, vol. 4, pg. 26 – Is 14.1-23 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

16.  Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 643 – Is 16.6-12 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

17.  Dr. Peter Pett's Commentary – Is 17.4-11 - Commentary Series on the Bible - Copyright 2013 (extraído de e-sword versão 11.0.6 – 2016)

18.  The Pulpit Commentary, Is 18.1-4 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

19.  Summarized Bible Complete Summary of the Bible – Is 19.20 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

20.  Treasury of Scriptural Knowledge – Is 20.1 - Canne, Browne, Blayney, Scott, and outros, com introdução de R. A. Torrey – Publicado em 1834; domínio público (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

21.  John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible – Is 21.16 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

22.  David Guzik's Enduring Word Commentary – Is 22.1 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

23.  Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Is 23.8-9 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

24.  Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Is 24.16 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

25.  Jamieson, Fausset and Brown Commentary, Is 25.7 - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments - Rev. Robert Jamieson - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

26.  Keil & Delitzsch - Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament – Is 26.19 (Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

27.  Through the Bible Day by Day – A Devotional Commentary by F. B. Meyer – Is 27.1-13 - Published in 1914; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

28.  Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) Is 28.7 (1995) (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

29.  The Preacher's Complete Homiletical Commentary – Is 29.7-8 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell - Published in 1892; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

30.  Albert Barnes' Notes on the Bible – Is 30.1 - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

31.  The Biblical Illustrator – Is 31.3 - By Joseph S. Exell, M.A. - Published in 1900; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

32.  The Companion Bible – Is 32.9 (E. W. Bullinger) - Published in 1909-1922; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

33.  The Cambridge Bible for Schools and Colleges By Cambridge University Press – Is 33.14 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

34.  The Expository Notes of Dr. Constable – Is 34.1-4 - Dr. Constable's Bible Study Notes - Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

35.  Na Cabala e no misticismo em geral, lilith é um demônio feminino que seduz os homens. Seria a primeira mulher de Adão, pois segundo essas seitas, Adão teve outra mulher.

36.  Adam Clarke's Commentary on the Bible - (1715-1832) – Is 35.9 - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

37.  Expositor's Bible Commentary – Is 36.2 - Prof. Marcus Dods (Editado pelo Rev. W. Robertson Nicoll – publicado em 1887-1896; domínio público – extraído de e-sword versão 11.0.6 - 2016)

38.  Comentarios de la Biblia del Diario Vivir – Is 37.35 - Compilado por  Maqui,  (a)  Rabí Gamaliel, 1997 EDITORIAL CARIBE - Una división de Thomas Nelson - P.O. Box 14100 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

39.  John Darby´s Synopsis of the Bible – Is 38.1 - Published in 1857-1862; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

40.  Geneva Bible Translation Notes – Is 39.6 - 1599 Geneva Bible Translation Notes (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

41.  Survey of a Century of Studies on Isaiah 40-55, part 1, pg. 42 - Eugene H. Merrill (Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

42.  Jesus Against the Idols: The Use of Isaianic Servant Songs in the Missiology of Acts, pg. 347 - Dennis E. Johnson (Copyright 1997 by Westminster Theological Seminary and Galaxie Software)

43.  Isaiah's Songs of the Servant, Part I: The Call of the Servant in Isaiah 42:1-9, pg. 24 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra - January-March 1982)

44.  Literary Genres in Isaiah 40-55, part 2, pg. 156 - Eugene H. Merrill (Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

45.  John Gill's Exposition of the Entire Bible, Is 42.8 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

46.  Dr. Peter Pett's Commentary – Is 45.1 - Commentary Series on the Bible - Copyright 2013 (extraído de e-sword versão 11.0.6 – 2016)

47.  The Pulpit Commentary, Is 46.1 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

48.  Complete Summary of the Bible – Is 47 - Keith L. Brooks (1919 extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

49.  Sermon Bible Commentary – Is 48.17 - Edited by the Rev. W. Robertson Nicoll, Published in 1888-1893; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

50.  Isaiah's Songs of the Servant - Part II: The Commission of the Servant in Isaiah 49:1-13, pg. 130 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra - April-June 1982)

51.  Aqui um antropormofismo, ou seja, uma figura humana para retratar o Deus invisível.

52.  Isaiah's Songs of the Servant - Part III: The Commitment of the Servant in Isaiah 50:4-11, pg. 217 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra, vol 139 #555 - Jul 1982)

53.  John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible – Is 51.11 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

54.  David Guzik's Enduring Word Commentary – Is 52.14 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

55.  Isaiah's Songs of the Servant - Part IV: The Career of the Servant in Isaiah 52:13-53:12, pg. 312 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra -- October-December 1982)

56.  Isaiah's Songs of the Servant - Part V: The Career of the Servant in Isaiah 52:13-53:12 (Concluded), pg. 36 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra -- January-March 1983)

57.  Substitucionistas são os que defendem a igreja como o novo Israel, sendo que o Israel do VT deixou de ter lugar no plano de Deus. Dentre esses, há os que ensinam que a Israel do VT, de fato, era a Igreja.

58.  Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Is 54.6-8 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

59.  Isaiah 40–55 As Anti-Babylonian Polemic - Eugene H. Merrill (Grace Theological Journal—Vol 8 #1—Spr 1987 - Copyright 1997 by Grace Theological Seminary and Galaxie Software)

60.  Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible - Is 56.6-7 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

61.  Jamieson, Fausset and Brown Commentary - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments – Is 57.15 - Rev. Robert Jamieson - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

62.  Keil & Delitzsch - Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament (Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) – Is 58.5-7 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

63.  Through the Bible Day by Day – A Devotional Commentary by F. B. Meyer, B.A. – Is 59.1-8 - Published in 1914; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

64.  The Preacher's Complete Homiletical Commentary – Is 60.6-7 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell - Published in 1892; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

65.  Albert Barnes' Notes on the Bible – Is 61.2 - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

66.  Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Is 62 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

67.  The Biblical Illustrator – Is 63.1-6 - Joseph S. Exell, M.A. - Published in 1900; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

68.  The Cambridge Bible for Schools and Colleges By Cambridge University Press – Is 64.6 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

69.  Adam Clarke's Commentary on the Bible - (1715-1832) – Is 65.3 - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

70.  John Darby´s Synopsis of the Bible – Is 66 - Published in 1857-1862; public domain. (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

 

 



[1]  1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

[2] Expositions of Holy Scripture (Isaiah), pg. 139 - Is 11.9 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

[3] Introdução e Comentário (Isaías), pg. 79 – J. Ridderbos (Ed. Mundo Cristão – SP – 1ª ed. 1986)

[4] Knowing God through Isaiah – Herb Vander Lugt (RBC Ministries – Grand Rapids, MI – EUA – 2001)

[5] Notes on Isaiah, pg. 31 – Is 4.1 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[6] Structure, Style, and the Prophetic Message: An Analysis of Isaiah 5:8-30 - Robert B. Chisholm, Jr., pg. 46 (Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

[7] Isaiah 6:9-13 in context of Isaiah´s Theology, pg. 145 - Craig A. Evans (Copyright 1997 by The Evangelical Theological Society and Galaxie Software)

[8] The Virginity of the almâh in Isaiah 7:14, pg. 146 - Richard Niessen (Bibliotheca Sacra - April-June 1980 - by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

[9] Notes on Isaiah, pg. 58 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[10] Comentário Bíblico de Matthew Henry, pg. 18 - Is 9.8-21 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

[11] Comentário Bíblico Moody, pg. 38 – Is 10.1-4 – (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[12] Novo Comentário da Bíblia, pg. 51 – Is 11.3 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

[13] Comentário Bíblico NVI, pg. 1012 – Is 12.6 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[14] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 5, pg. 2830 – Is 13.5 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[15] Comentário Bíblico Expositivo do VT, vol. 4, pg. 26 – Is 14.1-23 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[16] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 643 – Is 16.6-12 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[17] Dr. Peter Pett's Commentary – Is 17.4-11 - Commentary Series on the Bible - Copyright 2013 (extraído de e-sword versão 11.0.6 – 2016)

[18] The Pulpit Commentary, Is 18.1-4 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[19] Summarized Bible Complete Summary of the Bible – Is 19.20 – Keith L. Brooks – Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[20] Treasury of Scriptural Knowledge – Is 20.1 - Canne, Browne, Blayney, Scott, and outros, com introdução de R. A. Torrey – Publicado em 1834; domínio público (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[21] John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible – Is 21.16 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

[22] David Guzik's Enduring Word Commentary – Is 22.1 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[23] Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Is 23.8-9 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[24] Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Is 24.16 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[25] Jamieson, Fausset and Brown Commentary, Is 25.7 - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments - Rev. Robert Jamieson - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[26] Keil & Delitzsch - Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament – Is 26.19 (Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[27] Through the Bible Day by Day – A Devotional Commentary by F. B. Meyer – Is 27.1-13 - Published in 1914; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[28] Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) Is 28.7 (1995) (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[29] The Preacher's Complete Homiletical Commentary – Is 29.7-8 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell - Published in 1892; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[30] Albert Barnes' Notes on the Bible – Is 30.1 - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[31] The Biblical Illustrator – Is 31.3 - By Joseph S. Exell, M.A. - Published in 1900; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[32] The Companion Bible – Is 32.9 (E. W. Bullinger) - Published in 1909-1922; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[33] The Cambridge Bible for Schools and Colleges By Cambridge University Press – Is 33.14 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[34] The Expository Notes of Dr. Constable – Is 34.1-4 - Dr. Constable's Bible Study Notes - Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[35] Na Cabala e no misticismo em geral, lilith é um demônio feminino que seduz os homens. Seria a primeira mulher de Adão, pois segundo essas seitas, Adão teve outra mulher.

[36] Adam Clarke's Commentary on the Bible - (1715-1832) – Is 35.9 - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[37] Expositor's Bible Commentary – Is 36.2 - Prof. Marcus Dods (Editado pelo Rev. W. Robertson Nicoll – publicado em 1887-1896; domínio público – extraído de e-sword versão 11.0.6 - 2016)

[38] Comentarios de la Biblia del Diario Vivir – Is 37.35 - Compilado por  Maqui,  (a)  Rabí Gamaliel, 1997 EDITORIAL CARIBE - Una división de Thomas Nelson - P.O. Box 14100 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[39] John Darby´s Synopsis of the Bible – Is 38.1 - Published in 1857-1862; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[40] Geneva Bible Translation Notes – Is 39.6 - 1599 Geneva Bible Translation Notes (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[41] Survey of a Century of Studies on Isaiah 40-55, part 1, pg. 42 - Eugene H. Merrill (Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

[42] Jesus Against the Idols: The Use of Isaianic Servant Songs in the Missiology of Acts, pg. 347 - Dennis E. Johnson (Copyright 1997 by Westminster Theological Seminary and Galaxie Software)

[43] Isaiah's Songs of the Servant, Part I: The Call of the Servant in Isaiah 42:1-9, pg. 24 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra - January-March 1982)

[44] Literary Genres in Isaiah 40-55, part 2, pg. 156 - Eugene H. Merrill (Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

[45] John Gill's Exposition of the Entire Bible, Is 42.8 (John Gill 1690-1771 - extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[46] Dr. Peter Pett's Commentary – Is 45.1 - Commentary Series on the Bible - Copyright 2013 (extraído de e-sword versão 11.0.6 – 2016)

[47] The Pulpit Commentary, Is 46.1 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[48] Complete Summary of the Bible – Is 47 - Keith L. Brooks (1919 extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

[49] Sermon Bible Commentary – Is 48.17 - Edited by the Rev. W. Robertson Nicoll, Published in 1888-1893; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[50] Isaiah's Songs of the Servant - Part II: The Commission of the Servant in Isaiah 49:1-13, pg. 130 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra - April-June 1982)

[51] Aqui um antropormofismo, ou seja, uma figura humana para retratar o Deus invisível.

[52] Isaiah's Songs of the Servant - Part III: The Commitment of the Servant in Isaiah 50:4-11, pg. 217 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra, vol 139 #555 - Jul 1982)

[53] John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible – Is 51.11 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

[54] David Guzik's Enduring Word Commentary – Is 52.14 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[55] Isaiah's Songs of the Servant - Part IV: The Career of the Servant in Isaiah 52:13-53:12, pg. 312 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra -- October-December 1982)

[56] Isaiah's Songs of the Servant - Part V: The Career of the Servant in Isaiah 52:13-53:12 (Concluded), pg. 36 - F. Duane Lindsey (Bibliotheca Sacra -- January-March 1983)

[57] Substitucionistas são os que defendem a igreja como o novo Israel, sendo que o Israel do VT deixou de ter lugar no plano de Deus. Dentre esses, há os que ensinam que a Israel do VT, de fato, era a Igreja.

[58] Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Is 54.6-8 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[59] Isaiah 40–55 As Anti-Babylonian Polemic - Eugene H. Merrill (Grace Theological Journal—Vol 8 #1—Spr 1987 - Copyright 1997 by Grace Theological Seminary and Galaxie Software)

[60] Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible - Is 56.6-7 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[61] Jamieson, Fausset and Brown Commentary - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments – Is 57.15 - Rev. Robert Jamieson - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[62] Keil & Delitzsch - Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament (Johann (C.F.) Keil (1807-1888) & Franz Delitzsch (1813-1890) – Is 58.5-7 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[63] Through the Bible Day by Day – A Devotional Commentary by F. B. Meyer, B.A. – Is 59.1-8 - Published in 1914; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[64] The Preacher's Complete Homiletical Commentary – Is 60.6-7 - Edited by the Rev. Joseph S. Exell - Published in 1892; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[65] Albert Barnes' Notes on the Bible – Is 61.2 - Albert Barnes (1798-1870) (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[66] Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Is 62 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[67] The Biblical Illustrator – Is 63.1-6 - Joseph S. Exell, M.A. - Published in 1900; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[68] The Cambridge Bible for Schools and Colleges By Cambridge University Press – Is 64.6 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[69] Adam Clarke's Commentary on the Bible - (1715-1832) – Is 65.3 - Published in 1810-1826; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[70] John Darby´s Synopsis of the Bible – Is 66 - Published in 1857-1862; public domain. (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

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