41 Malaquias

 Malaquias

Cordeiro, Fazenda, Ovinos, Gado

 

Introdução[1]

1.Autor: Malaquias. Embora escreveu um livro e este está arranjado como o último livro do V.T. em nossa Bíblia, na realidade não é o último profeta do V.T.; João Batista é o último profeta do V.T., embora encontra-se registrado nos Evangelhos, que é o N.T. (Ml 3.1, 4.5-6 com Mt 1.2, Lc 1.17). Aliás, João Batista foi o único profeta usado como objeto de alguma profecia (Elias, também, embora a profecia é cumprida na pessoa de João Batista). Malaquias ministrou para a nação judaica cerca de 400 anos

antes de Cristo.

 

2.Os pecados descritos neste livro são encontrados em Ne 13.10-30. Malaquias dirige sua primeira mensagem aos sacerdotes, e então se volta ao povo. Note a expressão repetida “em que” (1.2,6,7, 2.17, 3.7,8,13). É muito perigoso quando pessoas argumentam com Deus e tentam defender os seus caminhos pecaminosos. Malaquias aponta os terríveis pecados do povo e dos sacerdotes. O livro de Malaquias não possui um registro de acontecimentos, mas é apenas uma série de discursos.

3.Malaquias, que significa “meu mensageiro”. É um substantivo que significa “anjo”, que somente em 200 a.C. veio a ser aceito, também, como nome próprio. Por esta causa, muitos judeus criam que Esdras tinha escrito este livro e outros achavam que teria sido um anjo encarnado. Malaquias viveu mais ou menos 100 anos depois de Ageu e Zacarias e, talvez, tenha sido contemporâneo de Neemias e Esdras.

4.Os judeus já tinham retornado para a Palestina, fazia uns 100 anos, portanto, Malaquias foi escrito entre 450-400 a.C.

5.O cativeiro ensinou muitas coisas, inclusive, que não deveriam adorar outros deuses e isto foi totalmente curado no meio do povo. A nação voltou a ser monoteísta. Porém, a maneira relaxada de servir ao Senhor, mostrou que voltaram piores, e que só “levaram um susto”. Os sacrifícios não eram mais a Moloque e a Baal ou Astarote, mas a qualidade dos sacrifícios oferecidos ao Deus Único era inferior. O dízimo era roubado e o casamento misto voltou a ser prática dos judeus. Se estavam vivos era por misericórdia de Deus, pois Este favoreceu Jacó e exterminou Esaú e dispersou e permitiu perder-se a linhagem de Israel (1.2-3,8).

6.Alguns dos males existentes entre o povo (por Henrietta C. Mears)

Pecados

Referência

Culto rotineiro e sem espiritualidade

1.6-8

Ligações prejudiciais

2.10-12

Pôr em dúvida a justiça de Deus

2.17-3.6

Roubar a Deus

3.7-12

Impaciência em esperar

3.14-15

7.Malaquias é duro, severo e “caloroso” em suas acusações, pois a situação do povo é de hipocrisia, por isso, é fácil destacar um versículo como o mais bonito do livro, que é 4.2.

 

8.O que se seguiu após o cânon bíblico, foram 400 anos de silêncio, sem nenhuma escritura revelada para o povo de Deus. Contudo, como valor histórico, e apenas como valor histórico, temos os livros apócrifos, utilizados na Bíblia católica. Esses livros registram acontecimentos desse período.

9.Malaquias prediz a vinda de Elias, que em parte cumpriu-se na pessoa de João Batista (Ml 4.5, Mt 11.14). Quanto a Elias anunciando o “grande e terrível dia do Senhor”, talvez seja o cumprimento de Apocalipse capítulo 11, como uma das duas testemunhas.

10.A última palavra do V.T. é “maldição” (Em nossa Bíblia, pois para os judeus o último livro é Crônicas). Mas no final do N.T. lemos que “não haverá mais maldição”. Jesus Cristo é quem faz a diferença.

11.Esboço simples

  I.Eles duvidaram do Amor de Deus (1.1-5)

 II.Eles desprezaram o Nome de Deus (1.6-14)

III.Eles mancharam a Aliança de Deus (2.1-17)

IV.Eles desobedeceram a Palavra de Deus (3.1-15)

 V.Eles têm uma Esperança (3.16-4.6)


Capítulo 1: Os juízos de Deus sobre as nações e sobre a Sua casa

1.É impossível estudar a Bíblia sem ver os juízos de Deus em várias épocas e, finalmente, nos fins dos tempos. É do caráter de Deus ser justo e acertar as contas com aqueles que tiveram responsabilidades a cumprir. A nação de Israel teve responsabilidades e não as cumpriu como Deus queria, por isso, Deus levanta profetas para advertência. As nações, também, recebem advertências. Individualmente também estamos recebendo advertências de Deus para viver corretamente diante Dele e dos homens. Há muita coisa errada no mundo ao nosso redor, mas é preciso consertar nossa própria casa também. A sentença foi pronunciada pelo profeta Malaquias contra Edom. Os edomitas eram descendentes de Esaú, irmão gêmeo de Jacó. Deus abençoou Jacó, nomeando-o Israel. Os descendentes de Esaú tomaram outro rumo e desejaram e contribuíram para a desgraça de Israel, por isso, Deus os julgou. Malaquias é um livro de muitas perguntas. No Velho Testamento todo aparecem aproximadamente 2200 pontos de interrogação. Na Bíblia toda, há umas 3200 perguntas. Em Malaquias há 28 pontos de interrogação. (v.1-2).

“Malaquias foi o último dos profetas e supõe-se que profetizou no ano 420 a.C., repreendendo os sacerdotes e o povo pelos maus costumes nos quais tinham caído, e convida-os ao arrependimento e ao conserto, com promessas de bênçãos que serão repartidas quando o Messias vier. Agora que as profecias a respeito da vinda do Messias cessariam, fala claramente a respeito Dele, como estando muito próximo, e ordena ao povo de Deus que continue se lembrando da lei de Moises enquanto esperam o Evangelho de Cristo.”[2]

 

2.As montanhas de Edom ficaram desertas depois de cinco anos que Judá foi levada ao cativeiro. Os caldeus destruíram Edom, embora tinham uma aliança entre si. Deus tem nos amado e cuidado de nossas vidas. Aqueles que desejam o nosso mal serão julgados no tempo certo. Edom foi destruída totalmente, conforme se lê no profeta Obadias. O povo até tentou se reedificar, mas Deus os derrubou novamente. Deus não está limitado em julgar somente o Seu povo, mas também os gentios. Edom, embora parente do povo de Israel, foi extirpado da terra. Deus julgará todos aqueles que não amarem a Sua Palavra e crerem na promessa da vida eterna em Cristo Jesus (v.3-5).

 

3.A segunda parte do texto, talvez, seja mais difícil para alguns admitirem. Deus julga os gentios, mas julga a Sua própria casa também. Deus entra em discussão com a Sua casa. É como se defendêssemos nossos filhos de alguma injustiça que alguém de fora da casa tenha cometido, mas depois que tudo passa, sentamos com o filho e perguntamos sobre a lição que ele aprendeu, quais os erros que cometeu. “Os pratos sujos se lavam em casa”. Edom sofreu o juízo, mas agora é hora de perguntar para Israel sobre os seus erros. Deus julga os infiéis, mas, e quanto a nós que nos consideramos fiéis, será que realmente temos honrado ao Senhor? Os sacerdotes que são líderes estão guiando bem o povo? (v.6).

 

4.É claro que aqueles que não são de Deus praticam a impureza, mas nós que somos santos, separados de Deus, estamos santificando a mesa do Senhor? Os pães da proposição deviam ser feitos pelos sacerdotes com os mais finos grãos de trigo, bem peneirado e amassado. Algo não estava sendo bem feito. Talvez os melhores frutos não estavam sendo oferecidos ou o incenso não estava sendo queimado ou mãos estranhas estavam preparando ou oferecendo os pães. Sempre há o que perguntarmos sobre o nosso trabalho na obra de Deus (v.7).

 

5.Os sacrifícios estavam sendo oferecidos de qualquer maneira. Não é assim que fazemos no mundo. Para os nossos patrões trabalhamos corretamente, pois sabemos das implicações de um trabalho negligente. Para o nosso Deus devíamos oferecer o melhor. O profeta insiste que o povo peça o perdão a Deus e mude de atitude. Deus não aceita apenas o trabalho mal feito, como despreza o relapso, ou seja, o relaxado. Temos de nos arrepender da negligência para com Deus e sua obra. O juízo de Deus chega na Sua própria casa, também (v.8-9).

 

6.Os sacerdotes e porteiros fechavam as portas do Templo por uma razão justa, isto é, para que pessoas de fora, imundas, não entrassem. Neemias ensinou o povo a fechar as portas para não receberem mercadores aos sábados. Mas, o que adianta impedir que o mal entre quando a maldade já está dentro? O fogo do altar estava aceso, mas não era o fogo santo, pois havia impureza nos sacerdotes. Deus não quer rituais, Ele quer obediência de coração (v.10).

 

7.Israel falhou em demonstrar às nações as maravilhas de Deus, mas isto não significa que os povos não conheceram a Deus. Eles ouviram das maravilhas do Senhor na História de Israel e muitos temiam o Seu nome. Muitos na Igreja estão falhando em ser luz aos povos, mas Deus está levantando pessoas que levam a mensagem. Muitos nativos estão levando a mensagem a outros nativos (v.11).

 

8.Há um momento na vida do crente em que ele começa a desprezar as bênçãos de Deus. Se nós não avançamos na maturidade cristã, logo começamos a desprezar as mais belas obras de Deus entre o Seu povo. O povo no deserto começou a desprezar o maná e os sacerdotes começaram a desprezar a mesa do Senhor e as ofertas. Será que já não estamos cansados de frequentar a Igreja e olhando os nossos irmãos como qualquer transeunte na rua? E quanto aos perdidos, será que deixamos a ordem de alcançá-los? (v.12-13).

 

9.Temos muito a oferecer ao Senhor, mas, às vezes, damos o pior. Deus vê além das nossas ações. Ele vê onde tudo começa, que é no coração. Se Deus pode trazer juízo contra os gentios, Ele também pode começar a julgar a Sua própria casa. É impossível não ver o juízo de Deus contra os infiéis, mas prestemos mais atenção em nossa própria casa. Há um juízo de Deus sobre o Seu próprio povo. Ele nos quer bem e, por isso, está nos advertindo (v.14).

 

As perguntas do capítulo 1 de Malaquias (Ml 1)

1.Em que tem-nos amado? (v.2)

2.Onde está minha honra? (v.6)

3.Onde está o temor de mim? (v.6)

4.Em que temos nós desprezado o teu nome? (v.6)

5.Em que te havemos profanado? (v.7)

6.Quando ofereceis em sacrifício um animal cego, isso não é mau? (v.8)

7.Quando ofereceis o coxo ou o doente, isso não é mau? (v.8)

8.Apresenta-o ao teu governador; terá ele agrado em ti? (v.8)

9.Aceitará ele a tua pessoa? (v.8)

10.Com tal oferta da vossa mão, aceitará ele a vossa pessoa? (v.9)

11.Aceitaria eu isso de vossa mão? (v.13)

 

Capítulo 2: Pecados na adoração e nos casamentos

1.Os líderes espirituais, os sacerdotes, não conduziram bem o povo para adorarem ao Senhor. Deus amaldiçoará até as bênçãos deles. Os sacrifícios imperfeitos, de animais aleijados e cegos, não valiam para Deus. Ele usa uma expressão indecorosa, mas mostra a ira de Deus sobre os líderes. Deus esfregaria os excrementos desses animais nas faces dos sacerdotes e os jogaria junto com os excrementos. Que declínio para homens que deveriam ser limpos. Levi foi fiel ao Senhor e recebe aqui menção honrosa, porém, os descendentes não seguiram a mesma piedade. Não apenas caíram, mas fizeram que outros caíssem. A responsabilidade do líder tem reflexo nos liderados, por isso, o juízo dos líderes espirituais deve ser manifesto a todos (v.1-9).

 

2.Outro ponto da ira de Deus sobre os que retornaram do cativeiro era a infidelidade no casamento. Aqui não está falando do divórcio, embora estivessem se divorciando para casarem com mulheres estrangeiras e idólatras. Nem mesmo as ofertas e adoração ao Senhor apaziguam a ira de Deus sobre este assunto. Não existe adoração verdadeira enquanto houver impureza no meio do povo (v.10-12).

 

3.Agora, sim, o assunto é divórcio. Eles se divorciavam para casar com as mulheres pagãs. Eles descobriram a insatisfação de Deus ao levarem suas ofertas ao altar. Deus não as aceitava. O povo clamava e chorava. Os adoradores queriam explicação de Deus. O Senhor explica que não aceitava a adoração por causa dos divórcios. Ele usa os termos da criação e da instituição do casamento. Deus fez o casal uma só carne e agora estão rompendo com este acordo, esta aliança. Deus odeia o divórcio. É certo que muitos não conheciam a Palavra antes de se divorciarem, mas há muitos outros que já conheciam a Palavra quando se divorciaram. Deus compara o divórcio à violência e estão fazendo isso de modo tão simples como trocar de roupa. Deus se cansou do povo devido à indiferença para com a injustiça praticada (v.13-17).

 

“... Deus odeia o divórcio. Em parte alguma o V.T. aprova o divórcio, embora prescreva o que deve ser feito sob dadas circunstâncias nas quais o divórcio acontecia (Dt. 24:1-4; veja também Mt. 19:7, 8).”[3]

 

Os pecados da adoração e do casamento (Ml 2)

1.Líderes espirituais em pecado (v.1-9)

2.Casamentos mistos (v.10-12)

3.Divórcios (v.13-17)

 

Capítulo 3: As diferenças entre o justo e o ímpio

1.Há diferença entre o justo e o ímpio. Na eternidade esta diferença será bem acentuada (ver Dn 12.1-3, Mt 25.46, Rm 2.6). Nesta vida, também, há diferença, mas não é visível a todos (Js 24.15, Dn 3.17ss). Um dia, a nação de Israel será restaurada e será visível a todos como foi antes, muito antes do exílio. Mas até que chegue este glorioso dia, Malaquias denuncia, através de um diálogo construído, a situação da nação. Como já constatamos em inúmeros exemplos bíblicos, é possível um crente (justo) viver como um ímpio. É por este motivo que existem tantas exortações aos crentes e nenhuma exortação para o incrédulo, exceto que se converta. Malaquias é bem claro sobre a vinda de Jesus Cristo. Todos querem sua vinda, mas quantos poderiam suportá-la? Somente os salvos. Os judeus sofrerão muito na tribulação até verem o Senhor. Será um tempo de purificação. As injustiças em Israel serão punidas e para os dias de Malaquias os pecados foram nomeados e eles deveriam consertar sua conduta imediatamente (v.1-6).

 

O meu anjo (3.1) ou "mensageiro". Em vista de 4.5, é natural interpretar tal anjo como Elias. Em Mt 11.10,14, nosso Senhor cita a primeira parte deste versículo e identifica Elias com João Batista. Essa identificação demonstra que as palavras proféticas não devem ser tomadas por demais literalmente. Cf., igualmente, Lc 1.17. O significado geral é que Malaquias predizia aqui um reavivamento geral da profecia, antes da vinda do Senhor: isso foi cumprido no ministério de João Batista, o qual foi um autêntico profeta e preparou o caminho para a missão de Jesus Cristo.”[4]

 

2.Malaquias não isenta de culpa a geração antiga. Deus dá a chance de arrependimento, mas de modo cínico o pecador dá uma de desentendido (Zc 1.3). Quando Deus diz que estamos errados devemos abaixar a cabeça e dizer: "Sim, Senhor, me ajude". A Lei de Deus foi inaugurada com desobediência e segue por quase 3.500 anos da mesma forma e Deus ainda convida: "Tornai-vos para mim" (Is 31.6). Deus só opera os frutos do arrependimento na vida dos que desejam voltar-se a Ele (v.7).

 

3.Parece impossível, mas o homem pode roubar a Deus. Ainda há um cinismo da parte do pecador, achando que Deus está enganado. O judeu estava quebrando a Lei de Deus quando não dava o dízimo (Lv 27.30, Nm 18.21). Deixar de dar o dízimo era deixar os levitas e sacerdotes desamparados, pois viviam desse recurso (Nee 13.5,10). O levita que vivia do dízimo devia dar o "dízimo dos dízimos", pois os sacerdotes dependiam destes (Nm 18.26-29). Deus tomou a ofensa para si mesmo e estava amaldiçoando a nação. Não só todos deviam trazer os dízimos, mas cada um devia trazer todo o dízimo. A situação não era fácil, mas é justamente nessa situação que é possível "provar" a fidelidade de Deus. É bem possível que estavam enfrentando seca e colheita fraca, mas em consequência do arrependimento e fidelidade nos dízimos, Deus abriria as janelas do céu. Evidência que isso não diz respeito a nós é que cidades como São Paulo sofrem alagamentos e ninguém está reputando isso como bênçãos e nas Arábias a seca é predominante, mas as riquezas abundantes. Deus não permitiria que o gafanhoto fizesse o que fez no passado, onde é mencionado no livro de Joel. Se associarmos a ideia do dízimo atualmente com as bênçãos da terra, teremos que admitir que Jundiaí e a região Sul e Toscana da Itália são uns dos lugares onde mais se teme a Deus no mundo, por causa da excelente produção de uvas e, assim, o mundo todo deveria reconhecer estes lugares como abençoados por causa do Senhor (v.8-12).

 

“Estes versículos frequentemente têm sido usados para exortar os crentes a darem o dízimo. Entretanto, a Nova Aliança sob a qual os crentes vivem nunca especificou a quantia ou porcentagem que deveríamos devolver a Deus daquilo que Ele nos tem dado. Antes, ensina que deveríamos ofertar regular e sacrificialmente, à medida da prosperidade que o Senhor nos dá e alegremente (1 Co 16.1-2, 2 Co 8-9, Fp 4). Em harmonia com o princípio da graça que marca a presente dispensação, o Senhor não deixa a quantia específica que devemos devolver a Ele... Sendo que o dízimo precedeu o Concerto Moisaico (Gn 14.20, 28.22), muitos crentes consideram dar 10% como nossa responsabilidade mínima. Entretanto, os exemplos de dízimo que aparecem antes da Lei de Moisés são apenas isto mesmo, exemplos e não mandamentos (Gn 14.20, 28.22). Exemplos não são obrigatórios aos crentes, mas preceitos (mandamentos), sim. Outro exemplo disto é a prática dos crentes primitivos em Jerusalém vivendo em comunhão (At 2.44). Poucas pessoas diriam que essa prática é obrigatória para todos os crentes hoje.”[5]

 

4.O povo de Israel em sua impiedade desafiava a Deus com argumentos e, continuava a fazer-se de desentendido. O crente agindo em desobediência a Deus começa a questionar o valor do serviço ("inútil servir a Deus"), da obediência e santidade ("guardar preceitos") e da confissão ("andar de luto"). O crente em desobediência começa a invejar os ímpios (v.13-15).

 

5.O justo não aceita os argumentos dos ímpios e unido com outros justos se fortalece. No dia do julgamento é que toda a diferença será realçada (Pv 10.25). De fato, há diferença entre o ímpio e o justo. Não precisa ser incrédulo para ter atitudes de ímpio. A diferença nem sempre é clara quando olhamos rapidamente e sem o discernimento de Deus. O crente que não se endireita em seus caminhos e que não oferece o seu dinheiro a Deus e que agride a Deus, achando que não vale a pena servi-Lo, está vivendo como um ímpio e está próximo de ser envergonhado. O crente que está confiando na Promessa de Deus, em sua própria vida está seguro, protegido sob os braços do Senhor. “Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não serve” (v.16-18).

 

 

 

 

A vinda do Senhor e as mudanças de caráter e atitudes (Ml 3)

1.Purificação (v.1-3)

2.Juízo contra feitiçaria, adultério e opressões (v.4-6)

3.Reconciliação (v.7)

4.Os dízimos e as bênçãos (v.8-12)

5.Será que vale a pena ser justo? (v.13-15)

6.A diferença entre o justo e o ímpio (v.16-18)

 

Decepção profunda (Ml 1-3)

1.Duvidar do amor de Deus (1.2)

2.Oferecer o pior para Deus (1.8)

3.Cansar-se do Senhor (1.13)

4.Líderes fazerem o povo se desviar (2.7-9)

5.Divorciar-se (2.16)

6.Roubar a Deus (3.8-9)

7.Achar que não vale a pena servir a Deus (3.14-15)

 

Capítulo 4: A volta do Senhor Jesus

1.O dia do Senhor é o dia mais terrível que a terra já experimentou. Este dia fala do juízo contra a humanidade que estiver na terra. No período chamado tribulação, as nações guerrearão contra a cidade de Deus, Jerusalém, contra o povo de Deus, os judeus. Jesus Cristo descerá e libertará mais uma vez o Seu povo. Desta vez, será a última libertação, pois será a conversão dos judeus que estiverem vivos na terra. Muitos outros se converterão ao Senhor e terão direito a entrar no reino prometido pelos profetas. Malaquias ilustra este dia como fogo queimando os galhos e a palha. No entanto, os que creem no Senhor não precisarão temer, pois Ele não será fogo, mas o sol da justiça. A cura ou saúde virá nas asas do sol da justiça. Muitos foram perseguidos, maltratados e mortos. A justiça finalmente prevalecerá. Malaquias também usa a figura dos bezerros presos no curral. Quando são soltos, há grande euforia. Assim será a libertação dos crentes da tribulação quando voltar o Senhor Jesus. Assim como os bezerros soltos do curral pisoteiam o pó, os crentes pisotearão os inimigos, o exército do Anticristo. Em Romanos 16.20 também há a promessa de que os crentes esmagarão Satanás (v.1-3).

 

"Estes versículos não dão nenhuma base para o erro do aniquilamento. Eles descrevem a morte física, não o estado da alma após a morte. Os não salvos estão conscientes no eterno ai (Ap 14.10-11, 20.11-15), assim como os salvos estão em consciência eterna das bênçãos (Ap 21.1-7).”[6]

 

2.Malaquias exorta o povo pós-cativeiro a se lembrar dos mandamentos dados por Moisés. Naquele dia, o povo todo prometeu andar nos caminhos do Senhor, mas a idolatria, opressão, bebedice mandou-os ao cativeiro. Depois de 70 anos, corrigiram muitas falhas, porém, nos últimos dias dos profetas estão se entregando novamente aos próprios desejos pecaminosos. Malaquias profetiza a vinda de Elias, antes que aconteça a vinda do Senhor. Certamente é uma referência a João Batista, pois o próprio Jesus fez esta ligação. João Batista foi o último profeta para o povo de Israel. O próprio Elias também veio no Monte da Transfiguração juntamente com Moisés. O ministério de Moisés, de Elias, de João Batista e do próprio Jesus teve como objetivo principal a conversão do povo de Israel para Deus. A rejeição de Israel trouxe bênçãos a todos os povos. Muito mais a conversão de Israel fará com que muitos se convertam ao Senhor (v.4-6).

 

A volta de Jesus (Ml 4)

1.Haverá fogo do juízo aos perversos (v.1)

2.Haverá cura pelo sol da justiça para os justos (v.2-3)

3.Até a vinda, o crente deve continuar obedecendo a Deus (v.4)

4.Antes Elias virá (v.5-6)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2015

 

Notas

 

  1. Introdução

1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

  1. Comentário Bíblico de Matthew Henry – Malaquias, pg.1 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

 

3.     Comentário Bíblico Moody – Malaquias, pg. 10 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

 

  1. Novo Comentário da Bíblia, Malaquias, pg.10 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

 

  1. Notes on Malach - Dr. Thomas L. Constable, pg. 35 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

 

  1. Ibid, pg. 39

 

 



[1] 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

[2] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Malaquias, pg.1 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

 

[3] Comentário Bíblico Moody – Malaquias, pg. 10 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[4] Novo Comentário da Bíblia, Malaquias, pg.10 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

[5] Notes on Malach - Dr. Thomas L. Constable, pg. 35 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[6] Notes on Malach - Dr. Thomas L. Constable, pg. 39 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

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