24 Cânticos de Salomão

 Cânticos de Salomão

 

Introdução[1]

1.O título original deste livro é “Cântico dos cânticos”. Salomão escreveu mil e cinco cânticos, mas Deus escolheu este como o Cântico dos cânticos. O amor do Senhor pelo Seu povo é comparado ao amor de um casal, embora este livro tenha como objetivo principal descrever o amor físico entre um casal que se ama. Os judeus liam este livro no último dia das festividades da Páscoa, lembrando o amor de Deus pelo Seu povo. Alguns veem este livro como simbólico e interpretam coisas absurdas, como por exemplo, os dois seios da sulamita representam as duas ordenanças, Batismo e Ceia. Não devemos dar sentido exagerado quando a história pura e simples é o amor de um homem e uma mulher. Há os que acham que era um cântico sobre a fertilidade, mas isto é paganismo. Dentre aqueles

que interpretam literalmente como o amor de um casal, há os que dizem que o rei Salomão se disfarçou de um camponês para conquistar a moça e outros que dizem que Salomão era o rei mau que queria a moça para o seu harém e para isto teve roubá-la de seu amado, um jovem camponês, mas é difícil sustentar este pensamento. Talvez, o mais lógico seja interpretar que Salomão, mesmo tendo várias mulheres, amou verdadeiramente essa jovem de Suném. Sulamita talvez seja uma corruptela de Sunamita.

 

2.Na cultura judaica havia um ano de noivado. Eles eram casados, mas não moravam juntos e nem tinham relação sexual. Quando acontecia o casamento, a festa se prolongava por uma semana com muitos convidados. Os termos desse livro revelam a atração física e o relacionamento sexual. Ainda assim é puro, pois Deus consagrou o sexo desde a criação do homem e a mulher. A impureza não está na Bíblia, mas em nossa sociedade corrompida e, consequentemente, em nossa mente manchada pelo pecado.

 

3.O título “Cântico dos Cânticos” significa “o mais fino de todos os cânticos”. Salomão compôs 1005 cânticos (1 Rs 4.32). Este cântico deve ser classificado como o melhor de todas as suas composições. É um livro cheio de símbolos e imagens, um livro que requer maturidade e discernimento espiritual para apreciá-lo. Warren Wiersbe, um estudioso das Escrituras disse: “Qualquer estudante que abusar da linguagem e mensagem deste livro estará certamente revelando carnalidade em sua própria vida”. O título hebraico é “Shir hash-shirim”, isto é, “Cântico dos Cânticos” ou “O melhor dos cânticos”.

 

4.Salomão é o autor. Há referências a ele próprio (1.1,5,3.7,9,11,8.11). O livro foi escrito cerca do ano 1000 a.C.

 

5.Alguns acreditam que temos aqui uma preciosa história de amor e até um “triângulo amoroso”! As três personagens são os seguintes:[2]

 

- Uma jovem amada, forçada a trabalhar pela sua própria família (1.5-6, 2.15);

- Um rapaz que conquistou o coração da jovem, que é um pastor de ovelhas (1.7);

- O rei Salomão, que é conhecido por sua atração pelas mulheres bonitas (1 Rs 11.3).

 

Salomão viu aquela bela jovem no campo e levou-a para o seu palácio. Lá ela só conseguia pensar no seu amado e desejava muito voltar para casa (1.1-2.7). Ela disse às mulheres do “harém” que não tentassem persuadi-la esquecer o seu verdadeiro amor (2.7, 3.5,8.4). Ela chama o seu amado e até sonha com ele (2.8-3.5). Salomão visita a jovem com o fim de conquistar o seu amor, mas é inútil, pois ela não consegue esquecer o seu amado (3.6-4.16). Até o rapaz tem sonhos com a jovem amada (5.1-6.3). O rei tenta conquistá-la novamente (6.4-7.9), mas a moça fica irredutível (7.10-8.3). Nada no rei impressiona a moça, nem as riquezas, nem comidas, nem terras e nem os galanteios do rei. Finalmente, o amor verdadeiro vence e a jovem fica livre! Ela foge para o seu amado (8.4-14) e é restaurada à sua família novamente. The End

 

6.Conforme a interpretação acima, Salomão é colocado numa posição pouco favorável à sua reputação! Devemos, no entanto, entender que ele não era fiel em matéria de casamento e, certamente, não é exagero vê-lo como um tipo do mundo, tentando ganhar o crente e afastá-lo do seu verdadeiro amor. Muitos comentaristas como Scofield e H.E.Alexander, interpretam que a jovem amava Salomão, sendo este um tipo de Cristo ou Jeová e ela um tipo da Igreja ou Israel. Outro comentarista bíblico, o Dr. Haas, interpreta que o rei Salomão, ao visitar uma de suas vinhas, no Monte Líbano, teria visto uma camponesa, a qual se apaixonou e, para conquistá-la disfarçou-se de pastor e ela, após muitas recusas, finalmente foi conquista. Dessa forma, são dois personagens: a jovem e o rei Salomão, a terceira personagem seria o próprio rei, só que disfarçado de pastor.

 

7.Desde os tempos passados, os judeus viam nesta história um quadro do relacionamento entre Jeová e Israel. Israel era casada com o Senhor. O casamento se deu no Monte Sinai, quando a nação recebeu a “Lei de Moisés”. Isaías 54 fala desse relacionamento conjugal, bem como Jeremias 3 e o livro todo de Oseias. Infelizmente, Israel não foi fiel ao Seu Divino Marido e adulterou com as nações idólatras do mundo. Israel, a esposa infiel, virou as costas ao Seu Amado. Entretanto, haverá um quando que, assim como a jovem em Cantares, Israel retornará e será restaurada a Seu Amado.

 

8.O relacionamento conjugal, também, é usado para descrever o relacionamento entre Cristo e a Igreja (Ef 5.23-33). Isto aplica-se não só à Igreja coletivamente (todos os crentes da época da Igreja), mas também à Igreja local (2 Co 11.2). Paulo via cada igreja local “casada” com Cristo e em perigo de ser seduzida pelo Pecado, por Satanás e pelo Mundo. Como o marido e a esposa são UM e pertencem um ao outro, assim também, Cristo e Sua Igreja são UM e pertencem um ao outro. Nós somos “corpo de Seu corpo e carne de Sua carne”. Ele está em nós e nós estamos Nele. Ele nos amou e mostrou este amor morrendo por nós na cruz. O esposo, Jesus Cristo, ama a Sua esposa, a Igreja, mostrando o Seu amor, através do cuidado para com a Igreja, aconselhando os crentes pela Palavra e fazendo com que a Noiva, a Igreja fique mais bela para Ele mesmo. No futuro Ele continuará nos amando e dividiremos Sua glória na eternidade. O “Casamento do Cordeiro” virá (Ap 19.7-9). Cristo retornará em glória e tomará Sua esposa para o lar.

 

9.A seguir uma lista dos personagens e suas respectivas falas:

 

1)     A jovem: 1.2-7,12-13, 2.1,3-6,8-13,15-17, 3.1-4, 5.2-8,10-16, 6.2-3, 7.10-13, 8.1-3,5b-8, 8.10-12,14.

2)     As jovens do harém: 5.9, 6.1, 8.5

3)     O resto do tempo, o falante é masculino, pode ser o rei Salomão ou o Amado.

 

Para saber identificar enquanto lê, pode-se colorir na Bíblia os diálogos. Exemplo: Pintar de rosa a fala da jovem; de azul a fala masculina e de verde a fala das “filhas de Jerusalém”, ou seja, as jovens do harém.

 

10.Os judeus diziam que era preciso muita maturidade para ler este livro, não só pela linguagem muito clara do relacionamento conjugal, mas também, por causa das profundas verdades espirituais. Os rabinos antigos colocaram uma regra que nenhum judeu deveria ler “O livro dos Cânticos” antes de ter atingido a idade de trinta anos. Um esclarecimento muito oportuno para nós, é que para os orientais a descrição do amor puro de um casal não tem nada de escandaloso, o que acontece em nossa cultura, por causa da perversão colocada nas mentes ocidentais.

 

“É interessante comparar e contrastar o que Salomão escreve sobre o casamento em Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos. Provérbios exalta a monogamia e o prazer do amor conjugal (Pv 5:15-20) e também adverte contra a fornicação, o adultério e a ‘mulher adúltera’ (Pv 2:16ss; 5:1 ss; 6:20·35; 7:1-27; 22:14; 23:27, 28; 30:20). Em várias ocasiões ao longo de Provérbios, Salomão admoesta o rapaz a escolher a esposa certa e, desse modo, não ter de viver com uma mulher crítica e resmungona! Eclesiastes também admoesta o homem a ‘gozar a vida’ com a esposa de sua mocidade (9:9). Apesar de suas muitas esposas e concubinas, Salomão sabia que o verdadeiro prazer do casamento era resultado de uma vida inteira de dedicação a um só cônjuge, durante a qual os dois cresceriam juntos e aprenderiam a amar um ao outro cada vez mais.”[3]

 

Capítulo 1: Formosa entre as mulheres e amado meu

1.O beijo é um eficiente contato de amor entre um casal. Através do beijo mostra-se apreciação e desejo de possuir o outro. O vinho simboliza a alegria. O perfume era muito desejado no antigo oriente, mas também muito caro, por isso, só os ricos podiam obtê-lo de forma industrializada. As donzelas amam o dono do perfume. A noiva deseja intimidade com seu noivo. Ela corre após seu amado para um lugar isolado (v.1-4).

 

“É um Cântico. Não é uma história narrativa, relatando em termos claros os registros passados. Não é um retrato profético, prenunciando o futuro. Não é um tratado científico, desenvolvendo o plano de Deus no arranjo das numerosas maravilhas da natureza. Não é uma cadeia de preceitos morais, dirigindo às bem-aventuranças e felicidades da vida santa.”[4]

 

2.A jovem é morena, queimada do sol. Quedar foi o segundo filho de Ismael. Seu povo morava nas regiões da Arábia. As tendas não eram bonitas por fora. Eram feitas de peles de cabra e sujas devido ao sol e poeira, mas por dentro eram confortáveis e cheias de riquezas. As cortinas de Salomão, mesmo sendo bonitas, escondiam a verdadeira beleza e riquezas de seus aposentos. Para completar os sofrimentos da jovem, os irmãos invejosos obrigaram-na a cuidar de suas vinhas. Ela mesma não podia cuidar de sua própria vinha. A jovem quer se encontrar com seu amado no local exato para não ficar vagando pelos pastos. O amado deixa pisadas de seus rebanhos e a jovem deve segui-las. Sendo que Salomão tinha muitos empregados (escravos) que cuidavam do seu rebanho, ele não precisava andar no meio do rebanho pastoreando. É pensamento de alguns comentaristas que ele fingiu ser um camponês pastoreando um rebanho para conquistar a camponesa de Suném, a Sulamita (v.5-8).

 

4.O amado compara a jovem às éguas dos carros de Faraó. O rei ganhava do Egito animais belos, fortes e de puro sangue, os chamados ginetes. Um dos maiores e mais valiosos bens de um homem do oriente era o seu cavalo. A jovem tem rosto lindo e os adornos, aqui brincos, realçam sua beleza e o pescoço com os colares também é embelezado. (v.9-11).

 

5.O perfume da jovem é somente para o rei e não para outros. Não apenas a jovem é um perfume agradável ao seu amado, mas o seu amado é como um sachê pendurado no pescoço dela, deixando-a sempre perfumada. O amado é para a jovem como um racimo (cacho de uva ou “buquê”) de flores de hena[5] (v.12-14).

 

6.A pomba é um retrato da beleza do casal e da fidelidade, por isso, é usada nesse livro algumas vezes. Pomba também retrata a simplicidade. O afeto é recíproco e ela também ama ao noivo e se entrega a ele totalmente. O leito desse casal é viçoso, ou seja, de grama. O leito verde simboliza produção de frutos conjugais, ou seja, delícias da intimidade conjugal. As traves da casa são de cedro e os caibros de cipreste, são resistentes e duráveis. Além disso, cedro e cipreste têm cheiro bom (v.15-17).

 

Quando o casal está coberto de amor (Ct 1)

1.Eles se beijam (v.1-2)

2.Eles cuidam de sua higiene e asseio (v.3,12-14)

3.Eles querem privacidade (v.4)

4.Eles desejam ficar juntos (v.5-7)

5.Eles apreciam o físico um do outro (v.8-9)

6.Eles valorizam os adornos e vestes (v.10-11)

7.Eles se elogiam mutuamente (v.15-16)

8.Eles fazem do lugar onde vivem um lugar romântico (v.16-17)

Capítulo 2: A rosa de Sarom e o lírio entre os espinhos

1.A Sulamita chama a si mesma de “Rosa de Sarom”. Portanto, não é uma referência a Cristo como alguns hinos sugerem. A noiva, e não o noivo, é a rosa de Sarom. Sarom é uma região entre o Mar Mediterrâneo e o Carmelo, perto de Jope, uma planície muito fértil com rosas de todas as cores e lírios. Tel-Aviv fica ao lado de Sarom. Sarom significa “plano”. Em Atos 9.35 menciona essa região com o nome “Sarona”. A jovem é bonita e atraente. O noivo concorda com a descrição dela. Para ele, ela é como lírios entre os espinhos. A beleza dela se destaca entre as outras moças. Atualmente Israel é o maior produtor de flores do mundo, embora esteja caindo sua produção (v.1-2).

 

“A donzela prossegue, declarando-se uma mulher simples e indigna. Ao comparar-se à rosa de Sarom e ao lírio dos vales, a sulamita não tinha em mente as flores que hoje chamamos de ‘rosas’ ou ‘lírios’, mas, provavelmente, flores comuns como a anêmona escarlate ou talvez o açafrão. Salomão deve ter ouvido essa declaração de modéstia, pois em seguida consola a moça, dizendo que, comparada às outras virgens, ela é muito especial: parece um lírio entre os espinhos.”[6]

 

2.A jovem descreve o noivo como uma macieira entre as árvores. Dentre todos os jovens, o noivo da Sulamina era o mais belo aos olhos dela. A sombra e o fruto da macieira se comparam ao desejo dela de estar perto dele em contato físico. O rei, que é o noivo, leva a noiva ao “yayin” que é sala de vinho ou salão de banquete. Ele apresentará sua noiva a todos. Havia estandartes nessa sala. O noivo dedicou um estandarte para a noiva. Talvez escrito o nome dela ou escrito “ahabah” que significa “amor” ou simplesmente a insígnia do rei (v.3-4).

 

3.Na sala de festa não havia cadeiras como as nossas e sim divãs onde reclinados tomavam suas refeições. Os frutos deliciosos, tais como passas e maçãs, são o introito para as núpcias do casal. As atividades das festas de casamento são intensas, a jovem desfalece de amor. Ela só quer estar com o seu amado. Nessa posição reclinada no divã, ela pede que ele a abrace. É o momento de se recolherem aos seus aposentos (ver Salmo 19.5). Falta a alguns casais casados os abraços e carícias ou andar de mãos dadas. Enquanto namorados, quando o despertar dos desejos sexuais era perigoso, os casais se abraçam e se acariciam, até em público, mas se casam e deixam de lado essa prática que é totalmente lícita. É interessante como amantes divorciados voltam a comportar como namorados apaixonados. Algo está errado em tudo isso, mas os casais casados e realizados podem consertar voltando a se apaixonar (v.5-6).

 

4.A jovem não quer intromissão em suas núpcias. As amigas dela devem deixar seu noivo dormir. Como a beleza das gazelas e cervas do campo, assim a jovem considera o seu romance, e roga privacidade às amigas. Um casal precisa de privacidade. Os casais precisam treinar seus filhos pequenos para dormirem em outro aposento. Deus quer que os casais tenham intimidades físicas. Conforme Hebreus 13.4 é uma prática santa (v.7).

 

5.O noivo saiu para os campos antes mesmo dela acordar. Agora ele vem correndo pelo campo. Ela ouve a voz dele, talvez falando com seus súditos. Ela está apaixonada. Ela o vê como ao gamo. Ele chega à casa e a espia pela janela. Coisas de casais apaixonados! O noivo a convida para um passeio. Os dias de núpcias precisam ser gastados em amores, passeios e conversas apaixonadas e não em planos, dívidas e dúvidas (v.8-10).

 

6.O clima está ameno, o inverno se foi e agora é outono. Época de flores e frutos em Israel. Até hoje Israel é o maior produtor de flores e exportador de muitos alimentos, apesar de metade do território ser deserto. As aves se alegram nesse tempo. As rolinhas eram tão comuns que as ofertas daqueles que não tinham condições financeiras podiam ser rolinhas. O dia está propício para um passeio no campo. Ele já saiu bem de manhã e agora a convida para ver as figueiras com frutos novos e a sentir a fragrância das vinhas em flor. Ele brinca com ela da janela com se ela estivesse se escondendo como uma pomba nos penhascos. Ele aprecia a voz dela e quer ouvir logo de manhã e ver o rosto dela. Talvez ela esteja se aprontando para o amado vê-la bonita, penteada e perfumada. Ela entra no clima do convite e trava um diálogo sobre as vinhas. Ele acabara de mencionar que as vinhas estavam em flor e ela se preocupa com as raposinhas astutas que, à procura de uvas, derrubam as flores e comem toda uva temporã (v.11-15).

 

7.Ela se deslumbra com as atividades do amado. Ele pastoreia o seu rebanho por prazer e não por necessidade, pois sendo rei tem seus pastores. Quando ele está entre os lírios pastoreando, a sulamita o admira, apaixonada. Embora ela o admire vendo-o ao longe enquanto pastoreia o rebanho, ela o quer antes do dia terminar. Ele deve se apressar como o gamo e os filhos de gazela que correm muito pelos campos. A esposa que não sente a falta do seu marido perdeu o romance. Toda esposa que ama deseja que o seu querido volte logo e não se prenda no meio do caminho. Ela o deseja. Ele é a melhor companhia do dia, mas como ele teve de sair, pelo menos ela o quer à noite. Casais atribulados em pilhas de tarefas e trabalhos são prejudicados emocionalmente e, por isso, precisam de uma compensação para ficarem juntos (v.16-17).

 

Quando o amor flui (Ct 2)

1.O casal vê um ao outro melhor do que as demais pessoas (v.1-3)

2.O casal se entrega fisicamente um para o outro (v.4-7)

3.O casal sente a distância um do outro (v.8-9)

4.O casal contempla a beleza da natureza (v.10-12)

5.O casal anseia um pelo outro (v.13-17)

 

Capítulo 3: A busca pelo amado

1.A Sulamita percebe, à noite, que o leito está vazio. O seu amado não está ali. A procura é intensa pela noite. Ela quer o seu amado. Os guardas-noturnos não puderam ajudá-la. Ela o levou para um lugar mais privativo ainda, a tenda da mãe dela (Leia Gênesis 24.67). Ela o vê como colunas de fumaça no deserto, imponente. Não dá para não notar. O título da Bíblia no software e-sword identifica esse texto como um sonho da noiva durante seu sono (v.1-5).

 

“Essa admoestação [3.5] repetida às filhas de Jerusalém é uma advertência contra o sexo antes do casamento. A Sulamita deseja que permaneçam puras de mente e corpo para que possam entrar no pleno gozo do casamento no momento certo, com a pessoa certa. Não importa o que a lei e a sociedade permitem, a Bíblia não aceita de maneira alguma que um homem e uma mulher solteiros vivam juntos como se fossem casados. Ainda que legalizadas, certas coisas não são bíblicas.”[7]

 

2.O amado é perfumado. No Oriente Médio, especiarias e perfumes eram muito apreciados, mas desfrutado apenas pelos mais ricos. Note “mercador”. Os reis eram carregados em liteiras e escoltados por escravos e soldados. Salomão dava toda a segurança para a esposa através de seus soldados. Ele não temia terrores. Estava protegido (Leia Salmo 127.1). Um palanquim de madeira do Líbano que era o cedro, resistente e de cheiro agradável. Bate-Seba presenteou Salomão com uma coroa no dia mais feliz, o seu casamento com a Sulamita (v.6-11).

 

Quando tudo está pronto para o casamento (Ct 3)

1.É comum sonhar à noite, às vezes, pesadelo de preocupação (v.1-5)

2.Cada detalhe é importante na cerimônia do casamento (v.6-11)

 

Capítulo 4: A beleza física

1.Olhos lindos e cabelos lindos. O véu no oriente mostrava encanto e decência. O véu não é o mesmo que burca. Salomão comparava o cabelo escuro da Sulamita às cabras descendo as montanhas de Gileade. A Sulamita tem todos os dentes, algo raro nos tempos antigos e são brancos, mais raro ainda. As faces e boca vermelha da Sulamita atraem o marido. São como cordão de escarlate (os lábios) e romãs partidas (as bochechas). O pescoço dela também atrai o esposo. A Torre de Davi era onde se guardavam as armas. Os seios são fonte de prazer para o marido, orgulho das mulheres e alimento para os bebês. Aqui figurados como gêmeos da gazela (v.1-5).

 

2.A mirra poderia ser obtida in natura, ou seja, ainda plantada. Espremendo as folhas entre os dedos obtém-se a fragrância. O mesmo com o incenso que também é uma planta aromática. Ele colheria antes de anoitecer. Para ele, a sua amada não tem mancha. Não deve se tratar apenas de sua pele, mas de seu caráter. Não há nada nela que o desagrade. Ele tem pressa em estar com a amada. É como se ela estivesse longe, no Líbano, ao norte de Israel. Ele menciona os montes ao norte de Israel e do Líbano: Amana, Senir e Hermom. Era uma região de leões e leopardos. Ele se sente honrado com o olhar e os enfeites da amada. O amor dela é tão doce quanto o bom vinho e agradável como os perfumes. Ele se delicia com a doçura dos beijos da esposa. O Líbano é um país que tem muito cedro, de aroma agradável. O jardim fechado é uma referência à pureza sexual de sua amada. Ela está fechada para outros. A fonte selada também se refere à exclusividade. A nudez da amada é somente para o esposo. Os renovos são a intimidade da mulher. São prazerosos, no entanto, são sagrados para um único homem e este é o marido. A hena é um arbusto de aroma agradável. É usado como corante. Apreciado para tingir cabelos e sobrancelhas. O nardo é uma planta de onde se extrai um excelente perfume. Dizem ser o perfume do amor. Os muitos perfumes mostravam o poder aquisitivo das pessoas, assim como carros são uma tentativa de mostrar às pessoas o dinheiro que elas têm. Em seguida, as fragrâncias citadas: nardo, açafrão, cálamo, cinamomo, aloés e mirra. Os versículos 15 e 16 é um convite aberto ao ato sexual. A esposa só dá permissão ao marido para este ato. Somente ele é convidado. Honrado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; pois aos devassos e adúlteros, Deus os julgará (Hebreus 13.4). Ela é a fonte maravilhosa de seu jardim. Do monte Líbano se originavam quatro fontes que desciam para o Jordão (v.6-16).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Este versículo [v.12] marca a primeira ocorrência de jardim em Cantares; porém, este tema, que reaparecerá em 4:15s.; 5:1; 6:2, 11; 8:13, já foi introduzido em 1:6 com ‘vinha... que me pertence’. A imagem do jardim por detrás de muros, e com o portão trancado, dá ideia de lugar inacessível a todos, exceto aos que têm direito a entrar, aos que o possuem. Metaforicamente, o ‘jardim’ é usado como eufemismo para os órgãos sexuais femininos... e aqui, manancial recluso, fonte selada e jardim fechado falam de virgindade. O casal, embora aproximando-se da consumação de seu amor, não atingiu ainda esse nível de intimidade. Observe-se a recorrência à palavra noiva no quinto versículo consecutivo (cf. 4:8). Não reaparecerá mais, até 5:1, quando ocorre a consumação.”[8]

 

Quando o visual motiva o marido (Ct 4)

1.Ele vê beleza nos olhos e cabelos (v.1)

2.Ele vê beleza nos dentes (v.2)

3.Ele vê beleza nos lábios e rosto (v.3)

4.Ele vê beleza no pescoço (v.4)

5.Ele vê beleza nos seios (v.5-6, montes incenso e mirra)

6.Ele vê beleza no olhar (v.7-9)

7.Ele sente prazer nas carícias (v.10)

8.Ele sente prazer nos beijos (v.11)

9.Ele sente enorme prazer em sua virgindade e na entrega dela (v.12-15, jardim fechado)

 

Capítulo 5: A busca pelo amado e a beleza física dele

1.Uma substância ainda não mencionada, o bálsamo, formando com a mirra, mais perfumes. Nas festas de casamento, que duravam 7 dias, os amigos eram incentivados a beber vinho em abundância. A recém-casada dorme, mas também espera que o amado volte a qualquer momento. Ficou muito tarde, ela lavou os pés e voltou para a cama. O amado chegou até à porta, mas se foi. Leia Apocalipse 3.20. Ela chegou tarde para pegar as aldravas. Ela foi vítima do abuso da autoridade dos guardas-noturnos. Ela sofreu pelo amado. Ela está tendo um pesadelo? É bem possível (v.1-8).

 

“Entusiasmado, Salomão declara que o casamento estava consumado. Ele tinha desfrutado inteiramente de seu ‘jardim’ e todas as suas expectativas tinham sido cumpridas. Possuir a donzela havia sido mais deleitoso do que uma visita ao mais belo e atraente jardim. Este versículo (e a presente seção) termina com um convite renovado, por parte da noiva, ao homem, para cumprir todos os seus desejos, possuindo-a como seu jardim. E esse convite inclui a continuação dos prazeres do casamento.”[9]

 

2.O amor insistente dela causa contenda e, certamente, inveja entre as amigas. A aparência dele é de pele bem clara e corada (cândido e rubicundo). Para ela, seu amado se destaca. Ainda sobre a aparência, o cabelo dele é preto como um corvo e os olhos como de pomba. A descrição física dele. Mãos como cilindros de ouro. Mãos como cilindros embutidos de jacintos. O ventre é como de marfim. O comércio de marfim é proibido desde 1989. Para se extrair a presa de marfim, mata-se o elefante. O ventre é como de marfim e coberto de safiras. As pernas como colunas de mármore. O rosto como cedro. Além da aparência física, o amado dela a conquistou com as palavras suaves (v.9-16).

Quando o sonho se transpõe à realidade (Ct 5.1-8)

1.A consumação do ato é um sonho realizado à noiva (v.1)

2.A noiva sonha em receber o noivo outra vez (v.2-5)

3.A noiva sonha que perdeu o noivo (v.6)

4.A noiva sonha em fazer todo o sacrifício para encontrá-lo (v.7-8)

 

Quando o amor precisa ser explicado (Ct 5.9-16)

1.A noiva vê o noivo como o mais lindo de todos os homens (v.9-11)

2.A noiva acha lindo os olhos do noivo (v.12)

3.A noiva ama o rosto e os lábios do noivo (v.13)

4.A noiva admira as mãos e a cintura do noivo (v.14)

5.A noiva contempla as pernas e a elegância do noivo (v.15)

6.A noiva sente a doçura dos beijos do noivo e resume: tudo nele me agrada (v.16)

 

Capítulo 6: A Sulamita é especial entre centenas de mulheres

1.As amigas estão dispostas a ajudar a Sulamita a procurar seu amado. Mas onde? Ela acha que ele está pastoreando e também a procura de lírios para ela. O canto agora é dele. Ela é tão formidável como um exército com bandeiras. Ela é formosa como Tirza, cidade de Canaã e desejável como Jerusalém. Estes versos do cântico são uma repetição de 4.1-3 (olhos, cabelos, dentes e faces). A amada dele é especial entre as centenas de mulheres. Leia 1 Reis 11.3 – Salomão aumentou muito o número de seus romances, trazendo a idolatria dessas mulheres para o reino de Israel até ao ponto de causar a divisão deste (v.1-9).

 

“O harém de sessenta rainhas, e oitenta concubinas, embora muito aquém da contagem de 700 e 300 no caso de Salomão (1 Rs 11.3), ainda é muito incivilizado; um número sem fim de virgens – pobres moças! – são as moças que atendem as rainhas, e que em seu devido tempo vão ser promovidas a concubinas.”[10]

 

2.As amigas reconhecem a beleza da amada do rei. Linda como o amanhecer, a lua e o sol. A moça desfruta da beleza do jardim (pomar) a fim de ver as nogueiras, as vinhas e as romeiras. Em seus devaneios apaixonados, a moça se vê entre os carros poderosos de guerra do rei. Sentindo a proteção de seu amado. A expressão “nobre povo” é a tradução de “ami” (povo) e “nadib” (nobre). Alguns chegaram a pensar que Aminadabe era um dos condutores dos carros de Salomão, sendo que este nome era comum em Israel. Parece mais lógico pensar que ela simplesmente se vê segura no meio de uma batalha, protegida pelos carros de guerra de Israel. Assim que toda mulher amada deve se sentir em relação ao seu esposo. Na primeira parte do verso, as amigas chamam a Sulamita de volta e na segunda parte ela responde com uma pergunta. Sulamita pode significar “tranquila ou de paz” da palavra “Sulam” ou, como alguns sugerem seria um pequeno erro da palavra “Sunamita” ou aquela que é de Suném, uma cidade da tribo de Issacar, abaixo do mar da Galileia. Na segunda parte ela responde com uma pergunta: “Por que quereis contemplar a Sulamita na dança de Maanaim”? “Dança de Maanaim” é a tradução de “Mekolao” (dança ou companhia) “Maanaim” (Acampamento, tropas). Portanto, acampamento de tropas de exército, ou dança das tropas. É um termo militar. Em seus pensamentos, ela se sente protegida pelo esposo, como o povo se sente protegido pelo exército (v.10-13).

 

Quando estar apaixonado é um refrigério (Ct 6)

1.Há um senso de pertencimento mútuo (v.1-3)

2.Há uma sensação de estar perdido de amor (v.4-5)

3.Há uma contemplação pelo físico da pessoa amada (v.6-7)

4.Há uma singularidade de sentimento como: “meus olhos são só para uma pessoa” (v.8-10)

5.Há um forte impulso para um relacionamento físico (v.11-13)

 

Capítulo 7: Mais exaltação à beleza física

 

“Os versículos 1-9 constituem uma ode de louvor à excelência física da esposa. Nosso Deus, que criou a magnificência da natureza, com sua variedade quase infinita, também criou o corpo humano de tal maneira que constitui a maravilha da obra de Suas mãos. A beleza física e o desejo puro entre o marido e a mulher (e noivo e noiva) são dons que Deus concedeu ao homem. A perversão desses dons é vil (cons. Rm. 1:26, 27) e deve por isso ser condenado.”[11]

 

1.Ele repara no andar e nas sandálias dela. A obra do criador é exaltada quando ele fala sem constrangimento da forma física feminina. As formas femininas são apresentadas de forma poética, mas sem pudor. Ele aprecia o ventre, que é o púbis. Em outro versículo esta ilustração já foi usada. Os seios são como duas gêmeas da gazela. Antes, ele comparou o pescoço dela à torre de armas de Davi, agora compara à torre de marfim, indicando pureza. Torre de marfim se tornou um termo moderno para designar os acadêmicos e pensadores com suas ideias pouco práticas para o dia a dia. A Universidade George Washington construiu um prédio com o nome Ivory Tower (Torre de Marfim) para homenagear os acadêmicos e suas questões de “torre de marfim”. Evidentemente ninguém faria uma construção com um material tão improvável como o marfim. É apenas uma maneira de dizer que “isto não existe”, “não é prático” ou “ninguém acreditaria”. As piscinas de Hesbom na Jordânia eram os açudes de peixes que havia nessa cidade. Os olhos dela são desejáveis assim como eram os açudes. Os povos do Oriente Médio apreciam nariz grande nas mulheres. O monte Carmelo ficou marcado pela vitória do profeta Elias contra os profetas de Baal. É um monte majestoso. Ali fica, atualmente, o sepulcro de Bab, o profeta da seita Bahi. A cabeleira dela provavelmente estava enfeitada com flores violetas (cor púrpura) ou estava pintado. Historiadores dizem que as mulheres judias pintavam o cabelo de púrpura. O rei ficou “preso” pelo cabelo dela. O amor de um casal não deve se limitar a um compromisso fiel, mas tem que dar prazer um ao outro. A presença do cônjuge deve ser prazerosa. Ele a compara à palmeira e os seios a cachos (de uvas). Ele fala também do bom hálito dela. Como de maçã (v.1-9).

 

“Essa é uma imagem sexual que se baseia na polinização das palmeiras. Para fertilizar uma palmeira fêmea, o jardineiro escala a palmeira macho e pega algumas flores. Então, ele escala a palmeira fêmea e amarra as flores entre os seus ramos.”[12]

 

2.Ele tem saudades dela, mesmo sendo recém-casados. Ela quer passar as noites com ele nas aldeias. Em seus passeios terão momentos de amor físico. É mencionado o perfume das mandrágoras. É considerada uma planta afrodisíaca, ou seja, com substâncias que aumentam o desejo sexual, porém, não há dados científicos para isto. A mandrágora foi criada por Deus, mas Satanás se apropriou da criação pura Dele para inserir na bruxaria. A mandrágora é usada para feitiços de fertilidade. Durante a Inquisição, a mandrágora era uma planta maldita e proibida. Mulheres apanhadas com essa planta eram consideradas bruxas. Como simpatia, queimava-se a raiz da mandrágora, enrolava-a em um lenço de seda para trazer a felicidade. O misticismo da planta: Um mágico de história em quadrinhos chama-se Mandrak (mandrágora em inglês)[13]. Rúbem guardou a mandrágora para um rito supersticioso (Gênesis 30.14). A mandrágora também ganhou fama de feitiço porque é anestésico. Os romanos faziam cirurgias sob a anestesia de mandrágora. Raquel era estéril, sua crença nas mandrágoras não a tornou fértil lhe dando o filho tão esperado. Deus abomina todo e qualquer tipo de superstição (Gênesis 30.22). Apesar de tudo isso, o significado em Cantares para as mandrágoras é totalmente puro e destituído de misticismo, afrodisismo e superstição (v.10-13).

 

Quando os elogios românticos se reúnem em uma poesia (Ct 7)

1.O conteúdo exalta os pés e os quadris (v.1)

2.Os versos mencionam o umbigo e a cintura (v.2)

3.As letras falam sobre os seios (v.3)

4.A composição aprecia o pescoço, os olhos e o nariz (v.4)

5.O cântico contempla a cabeça e os cabelos (v.5)

6.As linhas se completam com o corpo todo (v.6-10)

7.A trova é concluída com a consumação do ato sexual (v.11-13)

 

Capítulo 8: Forte como a morte

1.Ela desejava beijar o amado em público, mas os costumes ou a ética da sociedade não permitiam. Leia Gênesis 26.8-9. Era permitido que as mães de algumas mulheres do harém do rei morassem perto das filhas. A casa da mãe seria mais privativo. Ela continua desejando os abraços do amado bem como privacidade das amigas. O casal vem do deserto a sós. O coro das mulheres observa o quanto são apaixonados. A mãe da Sulamita deu à luz debaixo de uma macieira. Ali debaixo da macieira também eles namoram. Ele deseja ter a segurança de que ela o ama de verdade, por isso, o símbolo do selo no coração e no braço. Alguns pensariam hoje que se trata de tatuagem[14]. O amor é colocado sob a perspectiva duradora. Ele é forte como a morte. Assim como a morte muda o rumo, o amor também. A morte liberta, o amor também.  A morte é uma entrega, o amor também. Cristo demonstrou Seu amor através da morte. O ciúme é um senso de posse que pode ser exagerado e neurótico, porém, é real a todos os que cuidam de alguém. O ciúme de Deus é fogo vingador. O nosso ciúme é confuso e dependente Dele. As muitas águas não poderiam apagar o amor. O amor dele por ela é indestrutível e inegociável. Com isso, concluímos que o amor é um sentimento, uma decisão e um pacto inexplicáveis (v.1-7).

 

2.Embora alguns títulos de Bíblia atribuem este versículo ao coro, é provável que sejam os irmãos da Sulamita falando e se responsabilizando por ela, irmã mais nova. Veja Gênesis 34 e 2 Samuel 13.19-22. Ela protesta recusando a proteção de seus irmãos, pois já está crescida e agora o seu amado cuidará dela. Ela não é mais criança. Ela é mulher que tem condições de satisfazer o seu marido. Salomão possuía vinhas que produziam bastante para o comércio. Esta ficava na região do Líbano. Veja Isaías 7.23. Aqui vemos a comunhão do casal em seus bens. O que é dele também é dela. Os vinhateiros são pagos corretamente pelo seu trabalho, 20% da produção. O livro termina com um hino de amor mútuo. Ela o quer junto a si e ele não tem vergonha quando ela fala. É uma honra deixar os amigos ouvirem a sua amada falar  (v.8-14).

 

“O Cântico fala como deveria ser o amor e o casamento. É um tipo de antídoto para o modo como as coisas eram e ainda são. Certamente, sua ‘vinha’ era ela própria. Certamente, sua riqueza era dele próprio. Mas no contexto do casamento como um todo, o que é dele é dela e o que é dela é dele. Quanto aos irmãos, eles cumpriram sua tarefa – bem ou mal. Agora ela está no lugar que escolheu para fechar a porta, deixando-os do lado de fora. Afinal, quem quer um acompanhante na lua de mel?”[15]

 

Quando a afeição do casal é suficiente para sua felicidade (Ct 8)

1.A presença um do outro é suficiente (v.1-2)

2.O relacionamento físico um com o outro é suficiente (v.3-5)

3.A vida um com o outro é suficiente (v.6-7)

4.O casamento, longe dos familiares, é suficiente (v.8-10)

5.Os negócios juntos são suficientes (v.11-12)

6.A permanência um com o outro é suficiente (v.13-14)

 

As lindas marcas do casamento (Ct 1-8)

1.É marcado por beijos (1.1-2)

2.É marcado pelo desejo de ficarem juntos (1.5-7)

3.É marcado por elogios (1.15-16)

4.É marcado por entrega física um para o outro (2.4-7)

5.É marcado pelo sentimento pela distância um do outro (2.8-9)

6.É marcado pela contemplação da beleza da natureza (2.10-12)

7.É marcado pelo prazer nas carícias (4.10)

8.É marcado por achar o cônjuge o mais lindo de todos os homens (5.9-11)

9.É marcado por achar que o cônjuge agrada em tudo (5.16)

10.É marcado por um senso de pertencimento mútuo (6.1-3)

11.É marcado pela sensação de estar perdido de amor (6.4-5)

12.É marcado pela singularidade de sentimento como: “meus olhos são só para uma pessoa” (6.8-10)

13.É marcado pela consumação do ato sexual (7.11-13)

14.É marcado pela presença suficiente do cônjuge (8.1-2)

15.É marcado pela independência dos familiares (8.8-10)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2010

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Notas

 

1.     Introdução

1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

3.Manual Bíblico - H.H.Halley

4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

7.O livro dos livros - H.I.Hester

8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

2.     A seguir uma lista de autores e como interpretam Cantares, se 2 ou três personagens: (extraído do artigo “Song of Songs 8:12a: WHO SAID IT?” Robert L. Alden, The Evangelical Theological Society, p.271-278, Setembro de 1988)

 

Os que ensinam que há somente dois personagens (A sulamita e Salomão)

M. Jastrow, The Song of Songs (Philadelphia, 1921); 2) R. Gordis, The Song of Songs (New York, 1954); 3) J. C. Rylaarsdam, The Layman's Bible Commentary (Richmond, 1964); 4) M. Zlotowitz, Shir ha-Shirim (Brooklyn, 1979); 5) G. Krinetzki, Kommentar zum Hohenlied (Frankfurt, 1981); 6) R. Murphy, Wisdom Literature (Grand Rapids, 1981); 7) M. Falk, Love Lyrics from the Bible (Sheffield, 1982); 8) J. M. Reese, Old Testament Message 20 (Wilmington, 1983).

 

Os que ensinam que há três personagens (A sulamita, o camponês e Salomão)

J. Gill, John Gill's Commentary, Vol. 3 (London, 1852); 2) G. A. F. Knight, Torch Bible Commentaries (London, 1955); 3) M. Pope, Song of Songs (AB; Garden City, 1977); 4) M. Sidders, An Exposition of the Song of Solomon (New York, 1981); 5) R. J. Tournay, Quand Dieu parle aux hornroes le langage de l'amour (Paris, 1982).

 

3.     Comentário Bíblico Expositivo do VT, pg. 518 (notas de rodapé) – Ct introdução – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

4.     The Song of Solomon – Ct 1.1 – Henry Law (http://www.gracegems.org/Law2/s1.htm 05/05/2006)

5.     Hena são folhas corantes de palmeiras ou arbustos e se encontram em abundância em Em-Gedi, região de Jericó.

6.     Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 621 – Ct 2.1-2 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

7.     Comentário Bíblico Expositivo do VT, pg. 518 (notas de rodapé) – Ct 2.7 e 3.5 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

8.     Introdução e Comentário – Cânticos de Salomão, pg. 281-282 – Ct 4.12 – G. Lloyd Carr (Ed. Mundo Cristão – SP – 1ª ed. 1989 - Série Cultura Bíblica)

9.     O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, pg. 2762 – Ct 5.1 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

10.  Comentário Bíblico NVI, pg. 985 – Ct 6.4-10 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

11.  Comentário Bíblico Moody, pg. 19 – Ct 7 – (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

12.  Notes on Song of Solomon, pg. 29 – Ct 7.7-9 - Dr. Thomas L. Constable, pg. 14 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

13.  Mandrake era um ilusionista que usava a técnica de hipnose instantânea, aplicada com os olhos e gestos das mãos, e de poderes telepatas.

14.  Angelina Jolie tatuou no braço as coordenadas geográficas que indicam os locais de nascimento de seus filhos.

15.  Song of Songs 8:12a: Quem disse isso?, pg. 278 - Robert L. Alden (Copyright 1997 by The Evangelical Theological Society and Galaxie Software)



[1] 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

[2]A seguir uma lista de autores e como interpretam Cantares, se 2 ou três personagens: (extraído do artigo “Song of Songs 8:12a: WHO SAID IT?” Robert L. Alden, The Evangelical Theological Society, p.271-278, Setembro de 1988)

 

Os que ensinam que há somente dois personagens (A sulamita e Salomão)

1) M. Jastrow, The Song of Songs (Philadelphia, 1921); 2) R. Gordis, The Song of Songs (New York, 1954); 3) J. C. Rylaarsdam, The Layman's Bible Commentary (Richmond, 1964); 4) M. Zlotowitz, Shir ha-Shirim (Brooklyn, 1979); 5) G. Krinetzki, Kommentar zum Hohenlied (Frankfurt, 1981); 6) R. Murphy, Wisdom Literature (Grand Rapids, 1981); 7) M. Falk, Love Lyrics from the Bible (Sheffield, 1982); 8) J. M. Reese, Old Testament Message 20 (Wilmington, 1983).

 

Os que ensinam que há três personagens (A sulamita, o camponês e Salomão)

1) J. Gill, John Gill's Commentary, Vol. 3 (London, 1852); 2) G. A. F. Knight, Torch Bible Commentaries (London, 1955); 3) M. Pope, Song of Songs (AB; Garden City, 1977); 4) M. Sidders, An Exposition of the Song of Solomon (New York, 1981); 5) R. J. Tournay, Quand Dieu parle aux hornroes le langage de l'amour (Paris, 1982).

[3] Comentário Bíblico Expositivo do VT, pg. 518 (notas de rodapé) – Ct introdução – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[4] The Song of Solomon – Ct 1.1 – Henry Law (http://www.gracegems.org/Law2/s1.htm 05/05/2006)

[5] Hena são folhas corantes de palmeiras ou arbustos e se encontram em abundância em Em-Gedi, região de Jericó.

[6] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 621 – Ct 2.1-2 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[7] Comentário Bíblico Expositivo do VT, pg. 518 (notas de rodapé) – Ct 2.7 e 3.5 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[8] Introdução e Comentário – Cânticos de Salomão, pg. 281-282 – Ct 4.12 – G. Lloyd Carr (Ed. Mundo Cristão – SP – 1ª ed. 1989 - Série Cultura Bíblica)

[9] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 4, pg. 2762 – Ct 5.1 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[10] Comentário Bíblico NVI, pg. 985 – Ct 6.4-10 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[11] Comentário Bíblico Moody, pg. 19 – Ct 7 – (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[12] Notes on Song of Solomon, pg. 29 – Ct 7.7-9 - Dr. Thomas L. Constable, pg. 14 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[13] Mandrake era um ilusionista que usava a técnica de hipnose instantânea, aplicada com os olhos e gestos das mãos, e de poderes telepatas.

[14] Angelina Jolie tatuou no braço as coordenadas geográficas que indicam os locais de nascimento de seus filhos.

[15] Song of Songs 8:12a: Quem disse isso?, pg. 278 - Robert L. Alden (Copyright 1997 by The Evangelical Theological Society and Galaxie Software)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Powered By Blogger