42 Mateus

 Mateus

 Coroa, Dourado, Real, Brilhante

Introdução[1]

O Evangelho de Mateus (Rei Messias, 1.1 e 27.37)

1.O autor é Mateus (também chamado de Levi, Mc 2.14), um dos doze apóstolos. Mateus significa “Dom de Deus”. Era um publicano convertido (Mc 2.14, Mt 10.3, 9.9). Quando foi chamado por Jesus, deixou tudo e o seguiu (Lc 5.27-28). Preparou um grande banquete para Cristo (Lc 5:29). Provavelmente fosse rico, pois era publicano. Mateus não cita que ele mesmo foi quem ofereceu um

“grande banquete” em sua casa, por ocasião da sua chamada ao ministério (Lc 5:29) nem ao seu grande sacrifício em seguir a Cristo.

 

2.Mateus escreve principalmente aos judeus. Há umas setenta profecias hebraicas e umas quarenta citações do Antigo Testamento. Enfatiza a missão de Cristo aos judeus (Mt 10:5, 15:24).

 

3.Uma palavra característica neste livro é “cumprir”. Ele alude a nada menos de 60 citações do Velho Testamento como tendo sido cumpridas em Cristo.

 

4.O retrato dado por Mateus é o do Rei. A palavra “Reino” encontra-se 55 vezes. “Reino do Céu” 32 vezes, e “Filho de Davi” 7 vezes (Mt 2:2; 21:5; 22:11, 34; 27:11, 37, 42). O evangelho do reino aponta para o futuro, para o Rei que estabelecerá o reino dos céus na terra. O evangelho da graça aponta para trás, para o Salvador que foi morto na cruz pelos pecadores e oferece de graça a salvação.

 

5.Muitos intérpretes acreditam que a Igreja é o Israel do Novo Testamento. Neste material não seguiremos este pensamento, pois há um plano bem estabelecido por Deus para o povo de Israel visto em Romanos 9-11. No entanto, respeitando os vários comentaristas substitucionistas e aqueles que querem se aprofundar nesse tema, abaixo uma citação relacionada ao tema, pois em todo o material essa interpretação não será considerada mais.

 

“Ao comentar Mateus, Jerônimo disse que muitos líderes da igreja primitiva disseram: ‘a igreja é o novo Israel e, sendo que a igreja crê em Jesus como o Messias, ela é o único verdadeiro Israel. O cumprimento de Israel deve ser reconhecido no mundo gentio sem o povo de Israel.’”[2]

 

Capítulo 1: A genealogia de Jesus Cristo e o Seu nascimento

1.O Senhor Jesus tem todo o direito ao trono de Davi. Na genealogia de Jesus há menção de quatro mulheres, mostrando a importância delas e a graça de Deus incluindo duas mulheres gentias (Raabe e Rute) e três não sendo o padrão de pureza moral (Tamar, Raabe e Bate-Seba). Note que quanto a José (v.16) não se diz que ele “gerou”. Sete vezes neste livro é dito que Cristo é o Filho de Davi (1:1, 9:27, 12:23, 15:22, 20:30, 21:9, 22:42). Cristo significa “Ungido” é a forma grega para Messias. Ungir significa derramar óleo sobre a cabeça. Cristo foi ungido com o Espírito Santo. A pomba é uma figura do Espírito, mas também o óleo que era aspergido nos sacerdotes e reis (v.1-17).

 

2.A doutrina da Encarnação do Senhor Jesus é essencial, pois Ele só pôde se identificar com o pecador assumindo um corpo em semelhança de pecado (Rm 8.3). No intervalo de um ano de compromisso até o casamento Maria ficou grávida. José iria se divorciar para proteger Maria da punição com morte. O nome Jesus é o mesmo que Josué e Oseias e significa Jeová salva. Não há nenhuma indicação que Cristo tenha sido chamado de Emanuel. Este era mais um título do que um nome em si. Cristo é Deus e está conosco, ou seja, veio habitar com o homem. A palavra “enquanto” (v.25) indica que Maria não continuou virgem após ter dado à luz (v.18-25).

 

“O nome Emanuel dado ao filho profético, carrega, certamente, a ideia de que no ‘Deus conosco’ Israel encontraria o segredo de sua existência, mesmo enquanto Acaz estava no trono. O nome carrega um significado profundo quando aplicado a Ele a quem apenas a Ele pertence essa verdade. Proclama que em Jesus, Deus habita entre nós.”[3]

 

Porque Jesus veio (Mt 1)

1.Temos um Salvador (1.21)

2.Podemos acreditar na Bíblia (1.22)

3.Não estamos sozinhos (1.23)

4.Podemos adorar (2.11)

 

Um bebê que mudou a História (Mt 1)

1.Veio de modo inusitado (v.18-19)

2.Veio do Espírito Santo (v.20)

3.Veio para salvar o mundo (v.21)

4.Veio como cumprimento de profecias (v.22-23)

5.Veio para ter um nome acima de todos (v.24-25)

 

Capítulo 2: Os magos, a fuga, a matança e o retorno

1.Herodes, o Grande, era rei da Judeia, título oficial dado pelos romanos. Mago era um termo vindo do hebraico “rabmag” ou oficial da babilônio e persa. Só mais tarde veio a designar “feiticeiro”. As profecias de Daniel não ficaram desconhecidas e esses homens respeitados e estudiosos receberam de Deus um sinal para conferir o cumprimento das profecias. Herodes sentiu-se ameaçado em sua posição de rei e por isso consultou os religiosos judeus, os quais confirmam Miqueias 5.2. Os magos entraram na casa e não manjedoura. Acredita-se que o menino já teria uns 2 anos (veja v.16). Cristo é digno de ser adorado. O ouro mostra sua majestade como Rei, o incenso indica que Cristo é Deus e que se deve orar a Ele e a mirra é um perfume para os preparativos de Sua morte. Cristo sendo rei foi presenteado por aqueles que O reconheceram (Salmo 72:10). Veja Gênesis 43.11 e Isaías 60.6. Três presentes não significam que eram três magos e nem são dados os nomes (Gaspar, Melquior e Baltazar). Os magos receberam o aviso por revelação direta para chegar até Jerusalém e agora o próprio Deus os avisa para não acreditarem em Herodes (v.1-12).

 

“O lugar Efrata e Belém estão intimamente associados nas genealogias patriarcais (1 Cr 2.19,24,50, 4.4) bem como nas narrativas dos patriarcas. O significado que emerge, então é este: O novo governante terá suas raízes no lugar e família de Davi e, talvez mais importante, essas raízes retrocedem até a história patriarcal.”[4]

 

2.Aquele ouro recebido foi útil para esta longa viagem. É possível que Jesus tenha ficado em Alexandria onde havia comunidades de judeus. A história diz que Herodes morreu de terrível doença alguns meses depois de proclamar a matança dos infantes no ano 4 a.D. Sendo que nossos calendários estão errados em pelo menos 4 anos, este seria o “ano zero” e Jesus teria nascido em 2 a.C. O país inimigo de Israel acolheu o Filho de Deus (v.13-15).

 

3.Para quem matou a própria esposa e três filhos, nem ficamos surpresos com a crueldade de Herodes. Jeremias 31.15 se refere ao exílio de Israel e agora se aplica às criancinhas assassinadas por Herodes (v.16-18).

 

4.Um Herodes morre, mas outro toma o seu lugar e este foi o filho, Arquelau, filho de Herodes, o Grande, com Maltace, uma samaritana. José, novamente advertido, foi para o norte do país, Galileia. A cidade de Nazaré era insignificante para o mundo, mas foi o lar de Jesus. Cristo é chamado Nazareno. Provavelmente se refira a Isaías 11:1, onde se lê rebento que em hebraico é “netzer”. Nazaré era desprezada pelos moradores de Jerusalém. Cristo, embora fosse um belemita, sempre foi confundido como um nazareno. Não sabemos nada a respeito de Jesus até uma única referência aos 12 anos e mais silêncio até aos 30 anos de idade (v.19-23).

 

O cuidado constante de Deus para com o Filho, Jesus (Mt 2)

1.Cuidou para que fosse encontrado (v.1-2)

2.Cuidou para que fosse conhecido pelos poderosos (v.3-9)

3.Cuidou para que fosse reconhecido como Rei (v.10-11)

4.Cuidou para que fosse protegido de ser morto quando criança (v.12-18)

5.Cuidou para que fosse criado em uma cidade tranquila (v.19-23)

 

Capítulo 3: João Batista e o batismo de Jesus

1.A mensagem de João era o anúncio do reino de Deus que é do céu vindo até a terra, mas que foi adiado por rejeição dos judeus. As vestes de João eram semelhantes às do profeta Elias e a alimentação era permitida (Levítico 11.22). O batismo era realizado pelos judeus para os prosélitos, mas João convida aos judeus para aceitarem a mensagem da vinda do Messias. Para isto, precisavam mudar de mente, ou seja, não bastava serem filhos de Abraão, precisavam obedecer a Deus. Os fariseus e saduceus eram religiosos e guardadores das tradições e regras criadas por eles próprios. Os saduceus não criam em ressurreição, anjos e espíritos. João profetiza a respeito do batismo de fogo e do Espírito, significando o Pentecoste e o juízo sobre os que não creem (v.1-12).

 

“João pregava a doutrina acerca do arrependimento: ‘Arrependei-vos’. A palavra aqui usada implica completa mudança do modo de pensar: uma mudança de juízo, da disposição e dos afetos, uma inclinação diferente e melhor da alma. Considerem seus caminhos, mudem seus pensamentos; se pensaram mal, pensem de novo, e pensem bem. Os verdadeiros penitentes têm pensamentos; de Deus e de Cristo, do pecado e da santidade, deste mundo e do outro, diferentes dos que tiveram anteriormente. A mudança do pensamento produz uma mudança de caminho. Este é o arrependimento do qual fala o Evangelho, o qual se produz ao ver a Cristo, ao sentir seu amor e a esperança do perdão por meio Dele. É um grande estímulo para que nós nos arrependamos; arrependei-vos porque vossos pecados serão perdoados se vos arrependerdes. Voltai-vos a Deus pelo caminho do dever, e Ele por meio de Cristo se voltará a vós pelo caminho da misericórdia.”[5]

 

2.O batismo de Cristo não era para reconhecer o seu pecado, pois Ele não é pecador, mas foi para identificação com os pecadores. Ele concordava plenamente com a mensagem de João Batista. A Trindade não pode ser ignorada no batismo de Jesus. A pomba é símbolo de pureza. A voz de Deus é ouvida aqui e em 17.5 e João 12.28 (v.13-17).

 

O que se espera de um vocacionado da obra de Jesus (propagador, missionário) (Mt 3)

1.Que ele pregue a Palavra (v.1)

2.Que ele convide pessoas para se arrependerem de seus pecados (v.2)

3.Que ele prepare, aplaine, endireite o caminho do Senhor neste mundo (v.3)

4.Que ele cultive um estilo de vida simples (v.4)

5.Que ele tenha pessoas que desejam ouvi-lo (v.5)

6.Que ele participe da conversão de alguns em sua jornada (v.6)

7.Que ele confronte os pecadores (v.7-10)

8.Que ele exalte a Jesus além de sua própria vida (v.11-17)

 

Capítulo 4: A tentação, os discípulos e as curas

1.Fica claro que Cristo não podia pecar, pois Ele não era simplesmente um homem que não pecava, mas é o próprio Deus. A essência de Cristo é mais do que a ausência de pecado, mas Sua essência é a própria santidade. A segunda tentação do Diabo foi uma deturpação do Salmo 91.11-12. A defesa de Jesus diante de Satanás foi a Palavra de Deus (Deuteronômio 8.3, 6.16 e 6.13). O serviço dos anjos após a tentação certamente foi uma farta refeição (v.1-11).

 

“O sentido mais óbvio desta passagem, com seus paralelos, é que foi uma experiência realmente histórica. Os pontos de vista que negam isto não diminuem as dificuldades de interpretação. Os diversos testes foram dirigidos contra a natureza humana de Jesus, e ele resistiu nesse reino. Entretanto, a perfeita união das naturezas divina e humana na sua pessoa fizeram que o resultado fosse esse, pois Deus não peca nunca. Mas isso não diminuiu de maneira nenhuma a força do ataque.”[6]

 

2.As perseguições contra o Senhor Jesus começariam com a prisão de João. A residência de Jesus passa a ser Cafarnaum até o final de Seu ministério na terra. A mensagem de Jesus é a mesma que a de João. O rei ofereceu o reino, mas os judeus rejeitaram e, por isso, o reino de Deus passa a estar no coração do salvo que aguarda o reino milenar que está guardado nos céus aguardando a segunda vinda de Cristo. Os discípulos foram prontos ao chamado de Jesus (v.12-22).

 

3.Jesus pregava o evangelho do reino, ou seja, o reino dos céus na terra. Este evangelho voltará a ser pregado na tribulação (Mateus 24.14). A Igreja prega o evangelho da graça, apontando para a obra de Cristo na cruz (passado). O evangelho do reino aponta para o estabelecimento do reinado de Davi e Cristo (futuro). As curas e sinais são o atrativo para o reino terreno (Isaías 35.4-6, Mateus 11.2-6), as bênçãos celestiais são a promessa para a Igreja (v.23-25).

 

Jesus tornando-se conhecido (Mt 4)

1.Conhecido por Satanás como homem (v.1-11)

2.Conhecido na Galileia como luz dos povos (v.12-17)

3.Conhecido pelos discípulos como Mestre (v.18-22)

4.Conhecido das multidões como aquele que cura (v.23-25)

 

 

 

 

 

 

 

Capítulo 5: As bem-aventuranças e o cumprimento da Lei

1.As Bem-aventuranças anunciam o reino de Cristo onde haverá recompensas para os que andam na justiça. Hoje, não há justiça completa e verdadeira. O código de ética para o reino já pode ser exercido, de certa forma, pelos salvos por Cristo Jesus. O sal usado nas construções antigas de Israel, misturado com barro, era a única forma do sal ficar insípido. O Senhor Jesus deu aos salvos a maravilhosa oportunidade de fazerem uma diferença na sociedade tanto para transformar vidas como para preservar a sociedade de maior podridão. A ilustração da candeia segue o mesmo princípio de ajudar a sociedade a ter uma direção (v.1-16).

 

“Os pobres de espírito (3). Alusão a Is 57.15. No início, o Evangelho apela aos que compreendem sua necessidade e estão prontos a depender de outrem para as necessidades da vida espiritual. O verso 4 refere-se a Is 61.3 e Sl 126.5. Refere-se aos que estão convictos do pecado ou que lamentam a condição pecaminosa do mundo. Tem também sua aplicação para os cristãos que sofrem perseguição ou desprezo por causa de sua fé. O conforto nos é dado agora no coração e será manifesto abertamente no mundo vindouro. A palavra eles, nos versos 4-9, é enfática.”[7]

 

2.Quando Cristo diz que veio cumprir a Lei significa que veio pagar a exigência dela que é a morte do pecador. Cristo veio sofrer a consequência da Lei por nós pecadores para que ficássemos livres de suas cobranças. O Senhor Jesus não veio facilitar o Velho Testamento como alguns supõem. Ele mostra a nova dimensão dos princípios da lei a respeito do homicídio, reconciliação, adultério, juramentos, vingança e amor. Cristo não veio tornar o Novo Testamento mais fácil do que o Velho Testamento como muitos erroneamente pensam. O Velho Testamento condenava o adultério e, isto é claro, referia-se à consumação do ato sexual ilícito. O Novo Testamento condena até mesmo a intenção do coração e os pensamentos secretos e lascivos. Portanto, Cristo não veio facilitar a Lei para os pecadores, mas para mostrar todo o peso dela e sofrer este peso em Seu próprio corpo como nosso substituto (v.17-48).

 

Nova compreensão da Lei – parte 1 (Mt 5)

1.Bem-aventurança para os “perdedores” (v.1-12)

2.Sal e luz (v.13-16)

3.Cumprimento da Lei (v.17-20)

4.Ira (v.21-26)

5.Adultério (v.27-30)

6.Divórcio (v.31-32)

7.Votos (v.33-37)

8.Vingança (v.38-42)

9.Amor ao próximo (v.43-48)

 

Verdades bíblicas que o mundo não aceita (Mt 1-5)

1.O nascimento virginal (1.18,20,23,25)

2.O Natal verdadeiro (2.1,9-11)

3.A presença do Espírito Santo (3.16-17)

4.A existência de Satanás (4.1,3,5,8,10-11)

5.Os padrões éticos e morais de Deus (5.3,13-14,22,24,28,32,34,37,39,44)

 

 

 

Capítulo 6: A justiça, as riquezas e a ansiedade

1.Jesus não disse que os fariseus não praticam formas de justiça e nem que os fariseus não deveriam ser imitados naquilo que falavam. Ele disse que a prática da justiça não deve ser instrumento de exibicionismo, por isso, os discípulos de Cristo devem exceder em muito a justiça dos fariseus (Mateus 5.20). Os fariseus davam esmolas, oravam e jejuavam[8], mas os discípulos de Cristo devem fazer de modo melhor para o Senhor[9] (v.1-18).

 

“Se Deus nos tem dado abundância, então, certamente, esta deve ser usada para ajudar outros; mas a mão esquerda não deve saber o que a direita faz neste caso. O que for feito não deve ser dito e nem publicado. É para ser feito como para o Senhor, só para a aprovação de Deus e não dos homens, embora seja feito para o bem-estar dos outros.”[10]

 

2.As riquezas bem usadas contribuem para o reino de Deus, porém, facilmente se tornam nosso Deus aqui na terra. O apóstolo Paulo ensinou Timóteo sobre o valor do dinheiro na igreja da mesma maneira que Jesus ensinou nesses versículos (1 Timóteo 6.17-19). Os versículos 22-23 ainda estão relacionados ao dinheiro. O modo como vemos este assunto afetará toda a nossa vida. Há alguns provérbios sábios que definem o nosso problema com o dinheiro. “O dinheiro é um ótimo servo, mas um péssimo senhor”, “Use e dinheiro e ame as pessoas e não o contrário”, “Se você quer se sentir rico, pense em todas as coisas que o dinheiro não pode comprar”. Abaixo muitas outras frases importantes sobre este assunto tão crítico para todos (v.19-24).

 

v Dinheiro é como a água do mar: quanto mais uma pessoa bebe, mais sede sente. Anônimo

v Não há bolsos em uma mortalha. Anônimo

v Você pode apagar o sol se colocar uma moeda bem perto do olho. Anônimo

v Dinheiro é como esterco: só é bom se for espalhado. Francis Bacon

v Poucas coisas testam mais profundamente a espiritualidade de uma pessoa do que a maneira como ela usa o dinheiro. J. Blanchard

v O amor ao dinheiro é para a igreja um mal maior do que a soma de todos os outros males do mundo. Samuel Chadwick

v Tempo e dinheiro são os fardos mais pesados da vida, e os mortais mais infelizes são os que os têm mais do que são capazes de usar bem. Samuel Johnson

v A verdadeira medida de nossa riqueza está em quanto valeríamos se perdêssemos todo nosso dinheiro. John Henry Jowett

v Aquele que serve a Deus por dinheiro servirá ao diabo por salário melhor. Roger L'Estrange

v Se a religião de um homem não afeta a maneira como ele usa o dinheiro, a religião desse homem é vã. Hugh Martin

v A chave de todo o nosso relacionamento com o dinheiro está na atitude de nossa mente para com ele. Kenneth F. W. Prior

v O homem mais pobre que conheço é aquele que não tem nada mais do que dinheiro. John D. Rockefeller

v Dois terços de todas as lutas, brigas e processos judiciais no mundo originam-se de uma simples causa: dinheiro! J. C. Ryle

v Mamom é o maior senhor de escravos do mundo. Frederick Saunders

v O dinheiro ainda não deixou ninguém rico. Sêneca

v Dinheiro - o maior deus debaixo do céu. Herbert Spencer

v Nada do que é de Deus é obtido com dinheiro. Tertuliano

v Quando tenho um pouco de dinheiro, livro-me dele tão logo seja possível, para que ele não encontre o caminho de meu coração. John Wesley

v Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado,  aí sim eles verão que dinheiro não se come... Chefe Sioux

 

3.Relacionado ao dinheiro está a ansiedade. As aves e os lírios são as ilustrações constrangedoras que Jesus usou para nos trazer de volta à simplicidade e descanso. O resumo é buscar primeiro ao Senhor sem se preocupar com o amanhã. Isto não significa uma vida sem planejamento e miserável, pois isto só mostraria que tal pessoa não está pedindo a Deus e O obedecendo, pois Ele diz para trabalharmos com nossas mãos para ajudar o necessitado e não sermos pesados aos outros (Efésios 4.28 e 2 Tessalonicenses 3.6-16) (v.25-34).

 

Nova compreensão da Lei – parte 2 (Mt 6)

1.Esmola (v.1-4)

2.Oração (v.5-15)

3.Jejum (v.16-18)

4.Riquezas (v.19-24)

5.Sustento e ansiedade (v.25-34)

 

Capítulo 7: O juízo, a oração, os dois caminhos e o fim do sermão

1.O Senhor Jesus não daria uma ordem e depois a contradiria na pessoa dos apóstolos, pois todos sabemos que a sã doutrina não foi preservada somente com doces palavras, mas denunciando os falsos mestres. O próprio Jesus revelava as hipocrisias dos fariseus. O julgamento proibido é aquele que acusa alguém sem base e de maneira hipócrita. Ao tirar primeiro a trave do olho para poder ver nos dá a autoridade de ajudar o próximo. Porém, o investimento em vidas nem sempre é bem-sucedido, pois alguns são como porcos que não dão valor às pérolas santas (v.1-6).

 

2.Jesus nos incentiva a orar de modo insistente, pois temos um Pai celestial que nos ama e deseja o melhor para Seus filhos. Jesus continua o assunto de ser mau por natureza para nos lembrar que não devemos fazer aos outros aquilo que não desejamos para nós mesmos (v.7-12).

 

3.É muito fácil descansarmos nas facilidades da vida e na falta de perseguição religiosa para nos sentirmos como aqueles que andam no caminho largo. O evangelho e tudo aquilo que o acompanha é uma mensagem para os cidadãos dos céus. Quando somos fiéis a Cristo o mais provável será uma vida de forasteiro neste mundo.  Neste caminho estreito haverá uma luta constante contra os falsos mestres e árvores más, mas o Senhor conhece os Seus e quais pessoas estão sobre a Rocha ou sobre a areia. Nem sempre as tempestades deste mundo revelarão a diferença, mas a eternidade provará os dois caminhos e os dois fundamentos (v.13-27).

 

 

 

 

 

 

 

“Neste capítulo, Cristo confrontou o ensino farisaico que as obras e, particularmente, a aderência estrita às leis e tradições tornam uma pessoa reta aos olhos de Deus (Mt 15.1-9). Em Mt 7.15, Ele advertiu: ‘Cuidado com os falsos profetas...’. O que distingue um falso profeta é sua mensagem, não suas obras. Um falso profeta normalmente vive e age como um cristão. Quantas vezes você tem ouvido alguém dizer a respeito de um herege: ‘Mas ele vive uma vida correta, eu não posso acreditar que ele não seja um cristão.’ No entanto, por ‘fruto’ Cristo estava se referindo ao que eles pregavam, não como eles viviam.”[11]

 

4.A doutrina de Cristo não é apenas legislativa, mas é viva, pois Ele mesmo pode cumprir o que a Lei exige. Aqui se encerra o Sermão do Monte (v.28-29).

 

Nova compreensão da Lei – parte 3 (Mt 7)

1.Julgamento precipitado (v.1-6)

2.Novamente oração (v.7-11)

3.A porta estreita (v.12-14)

4.Os falsos profetas (v.15-23)

5.O alicerce firme (v.24-29)

 

Capítulo 8: As curas, o discipulado, o poder sobre as águas e os gadarenos

1.As curas e sinais que Cristo executava eram proféticos e não apenas didáticos e terapêuticos. Para ser identificado como o Cristo precisava realizar os sinais. Os milagres de Jesus neste capítulo mostram Sua submissão à Lei (leproso), amor pelos gentios (criado do centurião), favor pelos anfitriões (sogra de Pedro) e o cumprimento de profecias (cura de todos) (v.1-17).

 

2.O discipulado que Jesus ofereceu vinha com a exigência de renúncia, ilustrando Suas palavras sobre o caminho estreito. Aquele que pediu para sepultar o pai primeiro indica sua preocupação lícita para com o pai idoso. Depois que o pai morresse, ele seria um discípulo. Jesus quer que renunciemos tudo primeiro e O sigamos. Certamente, como um Deus justo, Ele não permitiria que aquele homem abandonasse seu pai. Primeiro, nossas intenções, depois a direção para o discipulado. Se Ele chama também contribuirá para que sejamos colocados no lugar que devemos estar (v.18-22).

 

3.Jesus sendo Deus tem poder sobre a natureza e os fenômenos dela. Jesus sendo homem dormia. Jesus sendo o Mestre repreendia Seus alunos (v.23-27).

 

“O salmista considerava a tranquilização do mar inquieto como manifestação suprema do poder salvador do Onipotente Deus. ‘Ó Senhor Deus dos Exércitos’, clamou ele, ‘quem é poderoso como tu és ...! Dominas a fúria do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as amainas’ (Salmo 89.8,9). No incidente registrado em 8.23-27 revela-se que Jesus possui o mesmo poder sobre a natureza; e, em consequência, os discípulos, maravilhados com o que testemunharam, vêm a entender que Ele é Aquele que até os ventos e o mar lhe obedecem.”[12]

 

4.Gerasenos eram da vila de Gerasa e gadarenos porque Gerasa ficava na cidade de Gadara. Marcos e Lucas citam apenas um homem, talvez dessem atenção àquele que tinha a possessão mais evidente e agressiva. Os demônios serão presos. Alguns já estão aprisionados e este texto nos leva a crer que alguns podem ser presos em qualquer época. Este território é judeu, mas contra a lei de Moisés estão criando porcos. Se uma alma vale mais que o mundo inteiro, é claro que também vale mais do que 2 mil porcos[13] (v.28-34).

 

As curas ganhando escala (Mt 8.14-18, 28-34)

1.Lepra e sacerdote (v.1-4)

2.O centurião e o filho dele (v.5-13)

3.A sogra de Pedro e muitos outros doentes e endemoninhados (v.14-18)

4.Os endemoninhados gadarenos e os contrariados (v.28-34)

 

O discipulado (Mt 8.19-22)

1.O discipulado é seguir exclusivamente a Jesus (v.18)

2.O discipulado é abrir mão do conforto (v.19-20)

3.O discipulado é dar prioridade a Jesus (v.21-22)

 

Jesus acalma o mar (Mt 8.23-27)

1.No barco com Jesus (v.23)

2.No descanso no meio da agitação (v.24)

3.No desespero junto com Jesus (v.25)

4.Na fraqueza de fé com o Poderoso (v.26)

5.Na admiração por Aquele que acalma o mar (v.27)

 

Capítulo 9: As curas, os pecadores, o jejum e a obra do Senhor

1.Na cura do paralítico Jesus fez uma pergunta impossível de qualquer ser humano responder (“Qual é mais fácil?”). Nem curar e nem perdoar estão nas capacidades do homem. Entendemos que a paralisia daquele homem era devido a pecado, embora não seja um padrão para as doenças (v.1-8).

 

2.Mateus era considerado um grande pecador pelos judeus, pois sendo um coletor de impostos, era considerado um traidor de seu povo e um extorsionário. Deve ter sido uma alegria para Mateus ter sido inspirado por Deus para escrever de si mesmo neste evangelho. Mateus foi um pecador resgatado por Aquele que foi criticado pelos fariseus nos versículos seguintes por tomar refeição com pecadores. O Senhor permite comermos com incrédulos, mas nos impede de comermos com os falsos irmãos ou aqueles irmãos que andam em pecado de obstinação (1 Coríntios 5.9-13). O cuidado para com os necessitados vale mais do que o ritual (v.9-13).

 

3.Os fariseus jejuavam todas as segundas e quintas-feiras. Os discípulos de João continuavam com esta prática. O Senhor Jesus mostra que o jejum é feito quando se está triste. Por enquanto, o noivo está na terra e os amigos do noivo se alegram nesta festa, mas quando for tirado de modo violento, então, o jejum será uma forma sensata de lamentação. As velhas doutrinas dos fariseus não podem ser misturadas com a doutrina de Cristo. O pano novo costurado em pano velho não ficará, pois o tecido velho não suportará e se rasgará. A bolsa de couro, chamada odre, transporta vinho e o couro se expande. Quando o vinho novo é colocado no odre, este se expande, proporcionalmente, à fermentação do vinho, porém, se o vinho novo é colocado em um odre de couro velho, o odre se rasgará, pois a fermentação é demais para o couro velho (Josué 9.4). Assim como não se misturam elementos novos com velhos, da mesma forma a doutrina de Cristo não combina com a velha doutrina dos fariseus (v.14-17).

4.A obra do Senhor Jesus incluía as muitas curas. Ninguém ficava doente ou morria na presença de Jesus, nem mesmo os ladrões na cruz morreram antes Dele. Uma mulher foi curada apenas tocando suas vestes, a filha de Jairo foi ressuscitada, os cegos creram em Jesus e foram curados e o mudo endemoninhado também foi libertado dos demônios e curado. As obras de Jesus jamais deveriam ser desafiadas, porém, alguns O acusaram de receber poder de Satanás. Depois de tantas curas e assistências, o Senhor Jesus pede que os discípulos orem por mais trabalhadores. Será que Ele queria curandeiros, pois havia muitos doentes? Não, Jesus quer pessoas que se compadeçam com a situação espiritual dos aflitos que não têm pastor (v.18-38).

 

“Nessa parte Mateus apresenta alguns milagres de Jesus. Seu reino não é composto apenas de palavras, ensinamentos, mas demonstração de poder. Vemos então nesses capítulos a autoridade do Rei Messias sobre: homens, toda sorte de enfermidades (Mt 9.35), deficiências físicas, morte, pecado, natureza, demônios. Fica em evidência o absoluto alcance do Reino de Deus. Ele abrange todas as áreas. Temos referência ao natural, ao humano e ao espiritual. Poderíamos considerar o humano como parte do natural, mas dividimos assim para visualizarmos o homem em relação ao que é natural e ao que é espiritual. É importante separarmos bem essas coisas. Nem toda doença é provocada por demônios, mas algumas são. Nem toda ventania é provocada por demônios, mas algumas podem ser, conforme se vê no livro de Jó. O que não se deve fazer é generalizar. Em muitos casos será necessário o discernimento dado por Deus. Seja de que tipo e origem for o fato, nada se encontra fora do alcance do poder de Deus.”[14]

 

Pedra de tropeço (Mt 9)

1.Quando não cogita as coisas de Deus (v.1-8)

2.Quando não ama os pecadores (v.9-13)

3.Quando está preso às tradições (v.14-17)

4.Quando não leva a sério o poder de Deus (v.18-26)

5.Quando não se tem fé (v.27-31)

6.Quando não atribui a Deus o poder (v.32-34)

7.Quando não se ora pela obra de Deus (v.35-38)

 

Capítulo 10: As instruções, as dificuldades e as recompensas

1.O Senhor da Seara capacitou os Seus obreiros para fazerem as mesmas obras que Ele fazia enquanto estava na terra anunciando o reino. Hoje, a Igreja não está anunciando um reino na terra que precise de evidências físicas, mas anunciamos a Salvação em Cristo que já veio e morreu para resgatar pecadores da pior e mais grave doença, o pecado. Se a Igreja tivesse que imitar essa comissão, então, não deveria pregar aos gentios, mas somente aos judeus e a mensagem seria o reino dos céus. Entendemos, portanto, que embora o capítulo 10 esteja cheio de aplicações para os missionários atuais e devam ser usadas para incentivá-los, o principal objetivo dessas instruções tinha a ver com a missão do Rei de Israel, que era anunciar o reino terreno prometido pelos profetas. Cristo não traria popularidade para os Seus seguidores. Na mensagem de Cristo estava incluída a perseguição e desprezo. As perseguições viriam com toda a certeza, pois os fariseus não aceitavam que Jesus fosse o Cristo (v.1-33).

 

“Se Israel tivesse aceitado Jesus, esses 12 discípulos provavelmente teriam se tornado os líderes de Israel no reino messiânico. Como Israel rejeitou, eles se tornaram líderes da igreja.”[15]

 

2.Os discípulos de Cristo, em algum momento, terão que tomar importantes decisões. Alguns sentiram as dificuldades familiares logo no início. O Sinédrio decidirá expulsar das sinagogas todos os que aceitassem Jesus como o Messias de Israel. Até mesmo os familiares seriam seus inimigos (v.34-39, veja João 9.22).

 

3.Apesar das perseguições, a obra de Cristo vale a pena, pois há recompensas. O termo “pequeninos” (mikros) se refere aos profetas da mensagem do reino. Os ajudantes dos mensageiros também serão recompensados (v.40-42).

 

O arco missionário (Mt 10)

1.A obra missionária só se completa com obreiros (v.1-4)

2.A obra missionária só se completa com um objetivo (v.5-6)

3.A obra missionária só se completa com uma mensagem (v.7)

4.A obra missionária só se completa com voluntariedade (v.8)

5.A obra missionária só se completa com sustento (v.9-10)

6.A obra missionária só se completa com receptividade (v.11-15)

7.A obra missionária só se completa com alguma perseguição (v.16-33)

8.A obra missionária só se completa com abnegação (v.34-39)

9.A obra missionária só se completará na glória (v.40-42)

 

Uma maré de novos ensinos (ou novas abordagens) de Jesus para o Seu povo (Mt 6-10)

1.Esmola em secreto (6.4)

2.Oração em secreto (6.6)

3.Jejum em secreto (6.18)

4.Tesouros no céu (6.19)

5.Despreocupação com o sustento (6.31)

6.Resumo da Lei e os Profetas (7.12)

7.Lobos em pele de ovelhas (7.15)

8.Religiosidade ineficaz (7.22-23)

9.Nova autoridade (7.29)

10.Fé fora de Israel (8.10)

11.A pobreza do mestre (8.20)

12.Um Deus que dorme (8.24, Sl 121.3-4)

13.Demônios reivindicando (8.29,31)

14.Perdoar pecados sem sacrifício (9.2,5)

15.Convocação de pecadores para a Sua obra (9.9,13)

16.Troca do jejum pela alegria (9.15)

17.Permissão de cura indireta (9.21)

18.Proibição de publicidade do messianismo (9.30)

19.Oração por mais obreiros (9.38, Is 6.8)

20.Envio de obreiros para falar a Israel (10.5-6)

21.Temor direcionado no alvo certo (10.28)

22.Espada em vez de paz (10.34)

23.Galardão de profeta para quem não é profeta (10.41)

 

 

 

 

Capítulo 11: João, os graus de condenação e o descanso em Jesus

1.O Senhor Jesus enviou os discípulos para pregarem, mas Ele mesmo não ficou sem pregar, pois pregou nas cidades dos discípulos, ou seja, na Galileia. João Batista queria saber se valeu a pena a vida e ministério dele. O desejo de saber se cumpriu a missão a qual Deus o separou. A resposta de Jesus para João não foi um “sim”, mas a demonstração dos fatos para que o próprio João comparasse com as Escrituras (Isaías 35.5-6 e 61.1). Jesus passa a elogiar João e seu ministério. João não foi inconstante como um caniço ao vento, nem ostentou riquezas e pompas. Foi o último profeta e aquele que anunciou o Messias. O menor no reino dos céus é maior do que João, visto que este não participou do reino que pregou, pois foi tirado do mundo antes do estabelecimento do reino, que aliás não foi estabelecido como poder político, mas no coração dos salvos. O reino rejeitado é recebido ou tomado por esforço pelos que creem. Seria mais fácil se todo o Israel aceitasse. João Batista cumpriu algum aspecto do ministério de Elias, mas não totalmente, por isso, esperamos a vinda de Elias antes da vinda de Cristo Jesus para o estabelecimento do reino na terra. Os judeus ficaram como crianças que não sabem brincar direito. João era visto como um endemoninhado por viver isolado e de modo frugal. Jesus era visto como um glutão por comer na casa de pecadores. O resultado de ambos os ministérios justifica a sabedoria de Deus (v.1-19).

 

2.Em Mateus 10.15, 23:14, Marcos 6:11 e Lucas 10:12, o Senhor Jesus fez menção de grau de punição baseado na luz recebida e rejeitada. Os registros das obras em Apocalipse 20.11-15 determinam quais penalidades cada um deve receber. Se assim não fosse não seria necessário lembrar de todas as obras, pois todos os que ali estão já estão perdidos por toda a eternidade. Os graus de punição são uma realidade e, por isso, o julgamento de cada um segundo as próprias obras de cada um. Embora seja defendida neste material a ideia dos graus de punição, de modo nenhum é apoiada a ideia de que alguém no estado eterno de Perdição possa ser transferido para lugar melhor (v.20-24).

 

A justiça de Deus sugere que haverá grau de punição, principalmente, pelo fato de alguns terem a oportunidade de ouvir tantas vezes sobre a Pessoa do Redentor e não terem dado importância (Mt 10:15, Mc 6:11, Lc 10:12, Lc 12:47-48, Rm 2:6, Gl 6:7-8, At 17:31, Jd 15, Jó 34:11, Is 3:10-11, Mt 12:36-37, 1 Sm 2:3, Sl 9:7-8, 96:10-13, 98:9, Ec 11:9, 12:14, Ez 18:30, Mt 25:31-46). Outras referências sobre este assunto: Sl 62:12, Jr 17:10, Mt 16:27, Rm 14:12, 1 Pe 1:17, Ap 22:12, Ef 6:8, Col 3:24, Ap 2:23. O princípio é o mesmo para salvos e não salvos, porém, em tribunais distintos e num caráter distinto, também.

 

Não podemos culpar o incrédulo por suas boas obras, já que este tem a capacidade para fazê-las como por exemplo, não-cristãos que protegeram os judeus em épocas de perseguição como na Alemanha na época de Hitler, em que um Tcheco por nome Schindler do partido Nazista empregou judeus em suas fábricas com o fim de salvá-los, enganando o próprio sistema do qual era membro. Também, houve não-cristãos em Roma e na Rússia que protegeram judeus. Sabemos que para a Salvação estas boas obras não terão nenhuma eficácia, pois a incredulidade ultrapassa o peso de qualquer boa obra.

 

Sobre “tamanho de pecado” ver as seguintes referências[16]: Êx 32:30-31 (gadol), 1 Sm 2:17 (gadol), 12:17 (rab), 2 Rs 17:21 (gadol), 2 Cr 28:13 (rab), Ed 9:7,13 (gadol), Ne 13:27 (gadol), Jó 22:5 (rab), Jr 26:19 (gadol), Ec 2:21 (rab), Jr 11:15 (rab), Sl 19:13 (rab), 25:11 (rab). Ver Gn 1:16 (gadol).

3.O foco de Cristo vai mudando do povo escolhido para oferecer a todos os que precisarem de descanso que venham até Ele. Os pequeninhos no versículo 25 são todos aqueles que aceitaram a mensagem de Cristo, enquanto outros estão rejeitando o reino dos céus. O Filho é a revelação máxima da graça de Deus. Ele quis se revelar a todos, portanto, todos podem aceitar a mensagem da graça e serem salvos (v.25-30).

 

“‘Vinde a mim’. Esse amável convite vem logo depois das duras palavras do texto anterior, e mais adiante ilustra a situação. Ainda que somente os humildes possam reconhecer sua necessidade espiritual, o convite é lançado a qualquer pecador que perceba sua condição pecaminosa e a necessidade de progredir no caminho que conduz de volta a Deus. Parece um contrassenso um convite que não pode ser aceito por aqueles para quem é feito. O símbolo do jugo (ou canga) deve ter tocado profundamente os corações dos judeus que ouviam a Jesus e que estavam acostumados com essa ilustração, especialmente com referência à aceitação dos deveres morais.”[17]

 

Bem acompanhados (Mt 11)

1.Acompanhados por Aquele que é o cumprimento das profecias (v.1-5)

2.Acompanhados por aquele que foi o precursor de Jesus (v.6-19)

3.Acompanhados por Aquele que deu todas as oportunidades (v.20-24)

4.Acompanhados por Aquele que revelou o céu (v.25-27)

5.Acompanhados por Aquele que oferece descanso (v.28-30)

 

Capítulo 12: O sábado, a blasfêmia, Jonas, Satanás e a família de Jesus

1.O sábado era uma figura do descanso que há em Cristo. Ele é o nosso sábado. As curas aos sábados eram propositais, pois Cristo queria mostrar aos fariseus a hipocrisia deles e a misericórdia Daquele que é o Messias. Havia base no Velho Testamento para fazer as coisas necessárias no sábado, inclusive sacrificando, que não deixava de ser um trabalho. Ele curou o homem com a mão ressequida e depois disso Mateus encontrou na profecia de Isaías 42.1-4 o cumprimento da rejeição de Cristo e o alcance dos gentios, comparados aqui como a cana quebrada e a torcida que fumega no pavio (v.1-21)

 

2.Neste capítulo a rejeição é evidenciada pela acusação de que Cristo era energizado pelo Diabo. É a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, atribuir a Satanás as obras do Espírito Santo. No Evangelho de João também se dá no capítulo 12 a rejeição, ou pelo menos, o término do ministério de Jesus com os não salvos. Este pecado assume três características, apresentadas a seguir (v.22-37).

 

Primeiro, os fariseus se colocaram ao lado de Satanás acusando Jesus de estar ligado ao próprio Satanás. Esta acusação não é simplesmente contra Jesus, mas contra o Espírito Santo que dava poder a Ele para expulsar os demônios. Os fariseus podiam não acreditar no ministério de Jesus Cristo, mas o que responderiam em relação ao Espírito Santo tão conhecido por eles nos escritos do Antigo Testamento?

 

Segundo, este pecado foi determinado por uma situação especial. Falar contra o Espírito Santo não era apenas um pecado da língua, mas mostrava aquilo que, de fato, estava em seus corações. Além da perversidade de seus pensamentos, as suas ações eram muito conscientes, uma vez que estavam face a face com Cristo, após presenciar o ato que só poderia vir de Deus. Seria impossível duplicar este pecado hoje, pois Cristo deveria estar pessoalmente diante de alguém executando uma obra e esta pessoa conscientemente acusá-Lo de ter demônios.

 

A terceira característica deste pecado é que não houve perdão, pois não foi uma rejeição de testemunho ou de ensino, mas uma rejeição clara de uma pessoa presente. Deus não restringiu Sua graça salvadora, simplesmente o homem não aceitou a salvação e, ainda, “cuspiu” nela. O destino eterno é decidido pelas ações presentes desta vida e o homem tem livre escolha de aceitar ou rejeitar.

 

“Os fariseus não perceberam que sua acusação também era ilógica do próprio ponto de vista deles. Eram exorcistas judeus (ver At 19:13-16) aparentemente bem-sucedidos. Com que poder eles expulsavam demônios? Se o faziam pelo poder de Satanás, eram aliados com o diabo! É claro que nenhum fariseu estava disposto a chegar a tal conclusão.”[18]

 

3.O Senhor Jesus não mais apresentaria o reino dos céus para os fariseus, pois seria jogar pérolas aos porcos. O reino seria adiado até Cristo vir pela segunda vez. A mensagem agora era a respeito de Sua morte e o reino do coração dos fiéis. Ao pedirem por algum sinal, Jesus se negou a falar do estabelecimento do reino, mas falou da Sua morte e ressurreição. Ele usou a figura de Jonas no ventre do grande peixe. Por causa das palavras tão claras, três dias e três noites, ou seja, 72 horas, os comentaristas estão divididos quanto ao cronograma da crucificação. Os que acham que Cristo morreu na sexta-feira dizem que são partes dos três dias e os que acham que Ele morreu na quinta-feira dizem que são três dias e três noites literais, tarde da quinta até à tarde do sábado. Quanto à ressurreição não há dúvida, foi no domingo pela madrugada (v.38-42).

 

4.O objetivo de Jesus em descrever a possessão demoníaca aqui foi para comparar com situação de Israel. A nação foi varrida de toda a idolatria e pecado pelo ministério dos profetas, a disciplina do cativeiro, a pregação de João Batista e o ministério de Jesus, mas como a nação não aceitou o Messias, o seu estado ficará muito pior e terá de sofrer bastante até encontrar o Messias novamente (v.43-48).

 

5.Cristo não é especial de alguns ou de sua própria família. Ele mostrou que há um novo relacionamento que não se limita ao parentesco (v.46-50).

 

Mal acompanhados (Mt 12)

1.Acompanhados por aqueles que são legalistas (v.1-8)

2.Acompanhados por aqueles que são assassinos (v.9-21)

3.Acompanhados por aqueles que são blasfemos (v.22-32)

4.Acompanhados por aqueles que são árvores ruins (v.33-37)

5.Acompanhados por aqueles que são incrédulos (v.38-42)

6.Acompanhados por aqueles que são perversos (v.43-45)

7.Acompanhados por aqueles que são ligados a títulos e parentescos (v.46-50)

 

Capítulo 13: As parábolas do reino dos céus

1.Cristo veio para ser o Rei de Israel, porém, foi rejeitado. A partir daí abriu-se um intervalo chamado “Os mistérios do reino”, conhecido como “o Reino postergado” ou “o período da ausência do Rei”. Cristo voltará a lidar com Israel, mas por enquanto está salvando os gentios por todo o mundo e também judeus que se tornam Igreja de Cristo. A seguir um resumo de cada uma das parábolas. No final do capítulo vemos que Jesus foi rejeitado até mesmo pelos humildes moradores de Nazaré, seu lugar de criação (v.1-58).

 

“Parábola é uma história com um ensinamento espiritual ou moral subentendido, que nem sempre é imediatamente evidente. As sete parábolas seguintes contam como o reino será durante o tempo entre o primeiro e o segundo advento. As primeiras quatro foram relatadas à multidão; as três últimas, somente aos discípulos. O Senhor explicou as primeiras duas e a sétima aos discípulos, deixando que eles (e nós) interpretassem as outras com as chaves que ele já dera.”[19]

 

As parábolas dos mistérios do reino dos céus (Mt 13)

1.O semeador (v.1-23)

   - É um período de sementeira que resultará em colheita e separação. Jesus é o semeador, a Palavra é a semente, os inimigos são as aves (Satanás), os espinhos são o mundo e os pedregais são a carne.

 

2.O joio e o trigo (v.24-30, 34-43)

   - O joio e o trigo crescem juntos até a 2ª Vinda de Cristo. O trigo é recebido no reino milenar e o joio é lançado fora à espera da 2ª ressurreição para ser lançado no Lago de Fogo.

 

3.A semente de mostarda[20] (v.31-32)

   - Trata-se de um crescimento anormal, não real. O homem é Cristo, a semente é a Palavra e o campo é o mundo. A semente cresce e transforma-se numa enorme árvore. Isto significa o crescimento do Evangelho, porém, esse crescimento fez com que pousassem muitos inimigos de Deus, as aves, aproveitando-se da sombra e frutos para os seus próprios interesses. É o caso das heresias que estão usando o Evangelho e descansando em sua sombra e até roubando os seus frutos causando, assim, muitos males.

 

4.O fermento (v.33)

   - A farinha é a doutrina de Cristo, o fermento é maldade e corrupção. Portanto, o fermento que é o falso sistema religioso com suas heresias, afeta a massa que é a boa doutrina de Cristo. A mulher representa o falso sistema religioso.

 

5.O tesouro escondido (v.44)

   - O campo é o mundo, Cristo é o comprador e Israel é o tesouro escondido que perdeu o seu lugar para a Igreja. Porém, Cristo comprou o campo que é o mundo e quando desenterrar o tesouro pegará de volta Israel através do remanescente fiel.

 

6.A pérola de grande valor (v.45-46)

   - Para alguns pré-milenistas, a pérola de grande preço continua sendo Israel, mas para outros é a Igreja a qual está inserida no período dos mistérios do reino. A formação e o desenvolvimento da Igreja cobrem um grande período do mistério do reino. A epístola aos Efésios apresenta a Igreja como mistério. A Igreja não é o reino, mas faz parte do mistério do reino e também é chamado de mistério, pois nenhum profeta jamais anunciou a Igreja.

 

7.A rede de arrasto (v.47-50)

   - Segue o mesmo princípio da parábola do joio e do trigo. A rede é deixada no mar por algum tempo. A rede representa o Evangelho e o mar representa o mundo, as nações. Ao final da pescaria a rede é arrastada até a praia. Alguns peixes são ruins. Isto diz respeito aos crentes nominais os quais foram simpáticos ao Evangelho e talvez até trabalharam para Cristo, contudo jamais foram salvos (Mt 7:21-23).

 

A conclusão do estudo das parábolas do mistério do reino (v.51-58)

   - Vimos no estudo dessas parábolas que durante o intervalo que separa a rejeição do reino e o estabelecimento deste há uma mistura de verdade com a falsidade, salvos e não salvos. É exatamente nesse período que a Igreja está situada. A conclusão está nos v.51-53 onde as “coisas velhas” são as velhas verdades do Antigo Testamento e as “coisas novas” são as novas revelações de Cristo para Israel através dessas parábolas. Certamente os escribas e os fariseus, os copistas das Escrituras e os intérpretes delas, estavam confusos, pois nada disso foi falado pelos profetas. Os que não são pré-milenistas não gostam dessa interpretação e as chamam de “Teoria do reino Postergado”.

 

Capítulo 14: A morte de João, a multiplicação e sobre as águas

1.Herodes não estava acompanhando o ministério de Jesus, por isso, ouviu apenas de Sua fama. Ele tinha sido repreendido por João Batista por estar adulterando com a cunhada, irmã de Filipe. Querendo agradar ao povo judeu e também satisfazer sua amante, Herodes Antipas mandou decapitar João. Os discípulos de João, fiéis a ele até à morte, o sepultaram. Triste sepultamento, pois seu mestre estava decapitado. Agora, finalmente, os discípulos fazem o que deveriam ter feito há dois anos atrás e juntaram-se a Jesus, seu novo mestre (v.1-12).

 

“O capítulo quatorze contém o registro dos eventos para harmonizar com o propósito deste Evangelho. O Senhor revelou os mistérios do reino dos céus, mistérios, como temos visto, repetidos pelo Senhor em Suas sete mensagens às igrejas em Apocalipse 2 e 3. No fim do capítulo, vemos mais uma vez a rejeição. ‘Eles ficam ofendidos com Ele.’ No capítulo diante de nós Ele aparece como o rejeitado. A chave para a compreensão dos eventos aqui descritos deve ser dispensacionalista. Temos uma descrição do que acontece enquanto o Rei está ausente e rejeitado pelo Seu próprio povo. No final deste capítulo, Ele vem e com a Sua vinda traz a calma para o mar agitado e Seus discípulos também agitados.”[21]

 

2.A multiplicação dos pães e peixes foi o único milagre relatado em todos os Evangelhos. Sendo que foi na ocasião da Páscoa, podemos afirmar que foi um ano antes da morte de Cristo. É provável que havia pelo menos 15 mil pessoas alimentadas com os cinco pães multiplicados 3 mil vezes e dois peixes multiplicados 7.500 vezes (v.13-21).

 

3.O Senhor Jesus precisava de privacidade e aproveitava essas raríssimas oportunidades para falar com Seu Pai a quem era submisso. Jesus normalmente não usava meios de locomoção extraordinários enquanto esteve na terra, porém, aqui teve um propósito de fortalecer a fé de Seus discípulos que nesta altura precisariam decidir se realmente seguiriam um homem perseguido por toda a nação. Eles mostraram que na hora do medo, a superstição ainda os acompanhava, pois pensaram que Jesus fosse um fantasma, ou talvez, o anjo da morte. Cristo é o Filho de Deus independente dos comentários do homem. No entanto, a vinda de Cristo ao mundo deveria ser cheia de sinais, pois o objetivo era chamar a atenção do pecador não apenas para as Suas palavras, mas para os Seus atos comprobatórios de Sua divindade. Hoje, não precisamos de provas da divindade de Cristo e muito menos de sinais duvidosos reivindicados pelos homens (v.22-36).

 

Andando em conformidade à própria convicção (Mt 14)

1.Decapitado por pregar contra o adultério (v.1-12)

2.Alimentando os convidados (v.13-21)

3.Enfrentando o perigo pela fé na Palavra de Deus (v.22-33)

4.Tocando Naquele que pode curar (v.34-36)

 

Capítulo 15: A tradição, a mulher cananeia e a outra multiplicação

1.Moisés não dera essas leis de purificação, mas foram os rabinos que acrescentaram leis cerimoniais à Lei de Moisés. Essas leis, além de serem acréscimos à Lei de Deus, muitas vezes contradiziam, como por exemplo, o Corbã[22] (ver v.5 e Marcos 7.11). Deixavam de sustentar e cuidar dos pais idosos para servirem a Deus com aqueles recursos. O Senhor Jesus não pede isto de ninguém e este voto nada vale. O apóstolo Paulo ensinou a respeito disso em 1 Timóteo 5.8. Ninguém deve abandonar os pais idosos e dependentes, nem mesmo com o motivo missionário. Jesus condenou aquelas leis cerimoniais da limpeza de pratos e mãos[23]. Entre os fariseus e escribas havia a tradição que se tornou a Mishná (Lei oral). Segundo eles, Moisés deu a lei oral, além da Lei escrita (v.1-20).

 

“Note que Jesus é acusado de transgredir as tradições dos homens e em paralelo Jesus retalia que as tradições deles são de homens e, portanto, sua adoração é vã. Jesus os acusa de transgredirem o mandamento de Deus por causa de sua tradição e evitam a Palavra de Deus por causa de sua tradição. Ele declara que a ordem de Deus é que devem honrar pai e mãe, mas com o comportamento deles não estão honrando seus pais. Jesus diz que falar mal do pai e da mãe incorre em julgamento e é isso estão fazendo.”[24]

 

2.A missão de Cristo no mundo era ajuntar os judeus para o reino prometido. Os gentios seriam abençoados pela bênção dos judeus. Porém, ao rejeitarem o Seu Messias, Ele deixou de Se apresentar à nação de Israel como o Cristo e até aceitou conversar com gentios, como este lindo exemplo da mulher cananeia, da Fenícia. A seguir, algumas perguntas que aplicam este ensino (v.21-28).

 

A mulher cananeia (Mt 15.21-28 e Mc 7.24-30)

1.Até onde você iria para anunciar o evangelho?

2.Você se lembra de alguém aflito agora por causa de um parente?

3.Alguém está cansando você por causa dos seus problemas?

4.Você entende qual é o seu propósito neste mundo?

5.Teria algum povo que deveríamos reter o evangelho?

6.Você já conheceu alguém insistente para conhecer Deus e não apenas receber suas bênçãos?

 

3.Enquanto Jesus era rejeitado como o Cristo pelos poderosos da nação, os miseráveis eram beneficiados com Seus feitos. Na segunda multiplicação devia ter umas 12 mil pessoas. O Senhor Jesus, semelhante à primeira multiplicação, mostra que não apoia o desperdício, mesmo sendo o próprio Deus e podendo multiplicar comida o quanto Ele quisesse (v.29-39).

 

Vale a pena seguir a Jesus (Mt 15)

1.Vale a pena segui-Lo porque Ele não é legalista (v.1-9)

2.Vale a pena segui-Lo porque Ele não é guia cego (v.10-20)

3.Vale a pena segui-Lo porque Ele não rejeita o aflito (v.21-28)

4.Vale a pena segui-Lo porque Ele não nos faz perder viagem (v.29-31)

5.Vale a pena segui-Lo por Ele não nos deixa passar fome (v.32-39)

 

Pessoas agitadas pelo ensino de Jesus (Mt 11-15)

1.Agitadas pelas dúvidas (11.3)

2.Agitadas pelo vento (11.7)

3.Agitadas pelo esforço próprio (11.12)

4.Agitadas pela incredulidade (11.23-24)

5.Agitadas pelas sobrecargas (11.28)

6.Agitadas pelo legalismo (12.2,10,14)

7.Agitadas sem razão (12.18-20)

8.Agitadas pelo diabo (12.24,26-27,45)

9.Agitadas pelas palavras (12.36-37)

10.Agitadas pelos sinais (12.38-39)

11.Agitadas pelo parentesco (12.46-48)

12.Agitadas pela dureza de coração (13.10-17)

13.Agitadas pelas condições sociais (13.53-58)

14.Agitadas pela culpa (14.8, João Batista denunciou o adultério)

15.Agitadas pela fome (14.15,20)

16.Agitadas pelo medo (14.26)

17.Agitadas pela hipocrisia (15.2,5-8,12)

18.Agitadas pelo desespero (15.25-27)

19.Agitadas pelas doenças (15.30)

20.Agitadas pela insuficiência (15.33)

 

Capítulo 16: Os fariseus, a Igreja, a predição de morte e a cruz diária

1.Cristo não estava no mundo para atender a curiosidade do pecador, mas para Se apresentar como o cumprimento das Alianças de Deus para com a nação de Israel e como Aquele que esmagaria a cabeça da serpente, o Diabo. Novamente, aponta para Jonas aludindo ao fato de sua morte, sepultamento e ressurreição. Jesus alerta Seus discípulos a respeito da doutrina dos fariseus. O fermento é símbolo de corrupção do ensino verdadeiro. O fermento dos fariseus tem aplicação para os dias atuais, como se segue no quadro abaixo (v.1-12).

 

O fermento dos fariseus (Mt 16:1-12 Mc 8:11-21)

1.As épocas apontam para um declínio moral e espiritual. Você está se conformando ou se afligindo?

2.Jonas nos ensina sobre morte e ressurreição. Você crê que morreu e viveu com Cristo e sua vida não é mais sua?

3.Você está fermentado com falsos ensinos? Eis alguns:

- Salvação é por obras e não só pela morte de Cristo.

- A vida do crente deve ser conduzida por regras rígidas para treinar o espírito.

- O crente fiel não fica doente.

- O crente fiel sempre tem dinheiro sobrando.

 

2.Este é o texto mais claro em Mateus sobre a fundação da Igreja que aconteceria mais tarde em Atos. Cristo Jesus é a Rocha. A Igreja está edificada sobre a Pessoa Dele. O termo Igreja vem do grego “ekklesia” que significa “chamados para fora”. Os salvos foram chamados para fora do mundo e colocados dentro do Corpo de Cristo que é a Igreja. Satanás bem que deseja muito destruir a Igreja, mas já foi profetizado pelo próprio fundador dela, Jesus Cristo, que o inferno não prevalecerá contra a Igreja. Se há heresias e escândalos, isto acontece em igrejas locais e por pessoas em pecado, mas isto não será suficiente para destruir a instituição Igreja Universal e Invisível que é o Corpo de Cristo. Esta Igreja é a virgem pura do noivo Jesus Cristo e irá para o Céu sem nenhuma mancha. A Igreja, através da pregação do evangelho da graça, cancela dívidas do pecador diante de Deus, dessa forma a Igreja “liga e desliga”. Pedro acertou em cheio em Sua declaração, pois Cristo é o Filho do Deus vivo. Cristo é a Pedra ou Rocha sobre a qual a Igreja seria estabelecida. Note que a menção da Igreja só aconteceu depois da rejeição dos judeus que se caracterizou no capítulo 12, quando atribuíram a Satanás os feitos do Espírito Santo. Cristo deixou de Se apresentar como o Messias de Israel, uma vez que a nação já o rejeitara (v.13-20).

 

“As chaves do reino dos céus. Poder para abrir e fechar. Pedro foi o primeiro a admitir judeus (no dia de Pentecoste) e gentios (Cornélio) à Igreja; e o primeiro a excluir (Ananias e Safira e Simão, o mágico). Essa promessa em seu sentido completo não se estendeu além dos apóstolos, os quais precisaram de um poder especial para a fundação de sua obra; as chaves não são chaves da Igreja, mas ‘do reino dos céus.’ É aplicável ao ministério cristão, apenas no sentido subordinado de proclamar a palavra e exercer disciplina.”[25]

 

3.O próprio Pedro que anteriormente proclamara de modo maravilhoso a divindade de Jesus, agora é usado pelo diabo para tentar afastar o Cristo de Sua missão redentora. Esses dois incidentes mostram claramente que o servo de Deus por ser usado pelo Espírito Santo como ser usado por Satanás. Devemos viver na dependência do Senhor, pois o orgulho por vir logo depois de sermos usados poderosamente pelo Senhor (v.21-23).

 

4.Tomar a cruz é renunciar o esforço próprio para depender totalmente do Senhor Jesus. Alguns verão o Filho do Homem no seu reino sem morrer. O que Jesus quis dizer exatamente não sabemos, mas como o reino dos céus foi adiado devemos pensar em vislumbres desse reino, como foi o caso de Pedro, Tiago e João os quais viram a seguir, no Monte da Transfiguração, figuras que estarão no reino na terra, Moisés e Elias. O apóstolo João também viu tudo o que acontecerá no futuro antes de morrer, nas visões do Apocalipse. Seja como for, esses versículos incentivam os discípulos a continuarem em seu caminho de renúncia seguindo a Jesus, pois haverá recompensas. O reino dos céus foi adiado no aspecto terreno, mas foi estabelecido no coração dos crentes até que o reino terreno seja definitivamente estabelecido (v.24-28).

 

 

 

 

 

Como se aproximar de Deus (Mt 16)

1.Crendo nos sinais proféticos (v.1-4)

2.Afastando-se das falsas doutrinas (v.5-12)

3.Confessando Jesus como Deus (v.13-20)

4.Aceitando os desígnios Dele (v.21-23)

5.Seguindo-O fielmente (v.24-28)

 

Capítulo 17: A transfiguração, Elias e os impostos

1.A Transfiguração era um vislumbre do estabelecimento do reino, pois este já teria sido postergado (adiado). O assunto a seguir com os discípulos era a morte de Cristo, a rejeição máxima por parte dos judeus. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas (v.1-8).

 

2.Elias deveria vir antes do estabelecimento do reino. Se contar esta vinda e a de João Batista já teria se cumprido a profecia para o estabelecimento do reino de Cristo. Porém, os judeus não aceitaram Jesus como o Cristo. Jesus não nutre nenhuma esperança aos discípulos sobre o reino para a época deles. O reino agora será diferente, pois será um reino sem o Seu Rei. O Rei será morto. O reino será no coração até que o Rei retorne e estabeleça definitivamente o Seu reino na terra. Enquanto isso, Jesus opera os sinais que somente o Messias poderia realizar como a cura do jovem possesso. Os discípulos também poderiam expulsar, pois receberam autorização Dele, porém, não creram em Suas palavras. Jesus reforça a advertência de que será preso, morto e ressuscitado (v.9-23).

 

“Quando este grande evento aconteceu e foi conhecido, não deveria ficar nenhuma dúvida que Cristo era Deus e que o evento da Transfiguração não seria mais duvidoso. A confissão de Tomé: ‘Meu Senhor e meu Deus’, seria ecoada no coração e consciência de todos os discípulos. Lucas, embora não mencione a injunção de Cristo, notifica que foi cuidadosamente observado: ‘Eles calaram-se e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que tinham visto.’... Em conformidade com a declaração mostra que eles entenderam alguma coisa da natureza espiritual do ocorrido. Podemos notar também que a proibição em si mesma é evidência contra o suposto caráter mítico da visão.”[26]

 

3.Em tudo Jesus é um homem perfeito, mas como todo teste de honestidade e integridade deve incluir as finanças, Jesus é provado ser um homem submisso e justo ao pagar corretamente suas contas enquanto estava na terra. A desculpa de impostos abusivos e falta de rendimentos não são aceitas. Jesus é o supridor das necessidades para que os Seus servos vivam aqui com bom testemunho. Ele tira o suprimento até da barriga de um peixe se for necessário. O ensino principal é que o Reino não será estabelecido agora, pois se fosse o Rei e os filhos não deveriam pagar impostos. O imposto aqui é específico. É o “imposto das duas dracmas”, referente às despesas do Templo. Todo homem acima de vinte anos de idade tinha que contribuir (Êx 30.14 e Ne 10.32-33). Não é um imposto que vai para Roma, mas para a obra de Deus. Um estáter equivalia a quatro dracmas, o valor do imposto para duas pessoas. Warren W. Wiersbe em seu comentário bíblico expositivo observa algumas características singulares no milagre da moeda dentro do peixe (v.24-27, ver também 22.15-22, este texto, sim, se refere a Roma).

 

 

Características singulares do milagre da moeda no peixe[27]

1.É registrado apenas por Mateus. É curioso, pois Mateus era um cobrador de impostos.

2.É o único milagre que Jesus realizou para suprir as próprias necessidades. Ele não queria escandalizar outros.

3.É o único milagre envolvendo dinheiro.

4.É o único milagre que Jesus usou apenas um peixe. Não há acaso (alguém perde moeda, o peixe come, e está ali quando Pedro o pesca). Deus move as situações para o suprimento de seus servos.

5.É um dentre os vários milagres realizados em favor de Pedro (cura da sogra, na pescaria com rede, andar sobre as águas, cura da orelha de Malco que Pedro arrancou, libertação da cadeia em Atos 12).

6.É o único milagre cujo resultado não está registrado. Não existe v.28! Como sabemos que Pedro pescou, de fato e achou a moeda? Cremos porque Jesus disse que aconteceria. Pedro não era acostumado a pescar com anzol. Teve que exercer fé.

 

Por que pessoas deixam de contribuir para a obra de Deus?

1.Porque não amam a obra de Deus

2.Porque têm medo que fará falta

3.Porque são sustentados pelo Evangelho e acham que não precisam contribuir (Lembre-se de que Jesus é o Filho do rei e dono do Templo e contribuiu. Havia o dízimo dos dízimos dados por quem era sustentado por ofertas, os levitas e sacerdotes).

4.Porque não veem necessidades que justifiquem a entrada de dinheiro

5.Porque nunca foram ensinados correta e biblicamente

6.Porque estão traumatizados com os mercenários e enganadores inescrupulosos

7.Porque acham que não ofertando ficarão mais ricos

8.Porque não estão ficando ricos

9.Porque estão endividados e com o orçamento comprometido

 

Alguns tipos de cegueira (Mt 17)

1.Não ver o propósito neste mundo (v.1-13)

2.Não ver o poder de Deus (v.14-21)

3.Não ver o plano todo da redenção (v.22-23)

4.Não ver o reino maior que este mundo (v.24-27)

 

Capítulo 18: Os tropeços, a ovelha perdida, a ofensa e o perdão

1.O cuidado de Jesus para com as criancinhas serviu como ilustração a respeito da humildade que todos os Seus servos devem imitar. O ser humano nunca quer estar por baixo de ninguém. Sendo que Jesus levou três ao monte da transfiguração, estes deveriam ser maiores, pensaria o raciocínio lógico, mas não é assim que o senhor mede a importância no reino. Os pequeninos a seguir já não tratam de crianças, mas de seguidores de Cristo, os quais não são todas crianças (v.1-9).

 

 

 

 

“Provavelmente, Jesus apontou para a criança ao seu lado. A história do nono século que a criança era Ignácio é falsa. Não é que a criança se humilhou, mas que a criança é humilde por natureza em relação às pessoas mais velhas... Bruce observa que humilhar-se é ‘a coisa mais difícil no mundo para santos e pecadores.”[28]

 

2.Novamente, os pequeninos são todos os seguidores de Cristo dentre os quais evidentemente existem crianças. Os anjos cuidam dos salvos (Hebreus 1.14). Não podemos defender a ideia do “anjo da guarda” para as crianças baseados no v.10, embora fosse a ideia dos discípulos (veja Atos 12.15). Todos os salvos são importantes para o Senhor, até mesmo o menor deles, como é ilustrado na busca desesperada do homem que perdeu uma dentre 100 ovelhas. Filho do homem passou a ser o título preferido por Cristo, pois mostra o aspecto profético de Sua segunda vinda, sendo que em Sua primeira vinda Ele foi rejeitado como o Cristo de Israel (v.10-14).

 

3.Há um procedimento padrão com respeito às ofensas e o tratamento de um irmão em pecado. Primeiro as partes em questão, depois convocação de testemunhas e em último recurso a Igreja, não importa o tamanho da igreja. Alguns pensam que o perdão para os judeus limitava-se a três vezes, segundo tradição dos rabinos. Jesus não limitou a 490 vezes, antes quis mostrar que o perdão é um ato da graça de Deus a qual não é limitada por nenhum padrão numérico. Parece que essas três etapas (particular, testemunhas e igreja) podem ser queimadas, em alguns casos, e ignoradas em outros. A seguir alguns exemplos para consideração (v.15-22).

 

Quando essas etapas devem ser queimadas porque, essencialmente, o caso já feriu gravemente o Corpo de Cristo

1.Em caso de pecado irreparável (Exemplo: 1 Co 5, Atos 5, o infrator que dormia com a madrasta e Ananias e Safira mentiram deliberadamente).

 

2.Em nossos dias não se deve tentar uma conversa particular sobre pedofilia, tráfico de drogas, assassinato, tentativa de suicídio (nesse caso, médico), adultério, tentativa de dividir igreja, etc.

 

3.Em caso leve de facção aplica-se as etapas (Tt 3.10-11).

 

4.Em caso de grave apostasia não aplica-se (1 Tm 1.20, 2 Tm 2.16-17)

 

Quando essas etapas podem ser ignoradas sem prejuízo para o Corpo de Cristo porque são de foro íntimo

1.Quando a ofensa é tão pessoal que não vale a pena ir adiante (Exemplo: “seu cabelo está feio”, “você escolheu o carro errado para comprar”).

 

2.Quando a ofensa é por causa de melindre (Exemplo: “ele não me cumprimentou”, “ele não elogiou o trabalho que fiz na igreja”).

 

3.Quando resolvo aceitar o prejuízo (Exemplo: pegou minha ferramenta sem pedir autorização, estragou minha tesoura de jardinagem, várias outras queixas sem grande importância, veja Cl 3.13).

 

4.Não é de foro íntimo qualquer ofensa pessoal que afete o Corpo de Cristo. Exemplo: Adultério.

 

5.Coisas domésticas (uso da TV, devocional, modo de criar filho, discussões de casal, etc.). Todos esses assuntos deixam de ser particulares quando colocam em risco a integridade física ou prejudicam o testemunho.

 

4.A ilustração do credor sem compaixão mostra tanto o perdão quanto a obstinação. O Pai jamais mandará um crente para o inferno, mas mostra que haverá um tormento íntimo para quem não perdoa. Os lugares para o crente acertar a ofensa são aqui na terra ou no Tribunal de Cristo. É bem melhor que seja aqui. Algumas pessoas aprisionam os irmãos não os perdoando. A parábola recorre ao costume dos impostos reais. Em um ano, a Palestina arrecadava 800 talentos. Portanto, o primeiro devedor devia o equivalente a 12 anos de arrecadação total de um país. Um trabalhador comum trabalhava 20 anos para ganhar 1 talento. Era o equivalente a 200.000 mil anos de trabalho. Ele achou a mina de ouro da corrupção. A perda espiritual é toda dos que não perdoam e para os não perdoados a consequência é social (v.23-35).

 

Tornando-nos verdugos daqueles que nos ofendem

1.Desprezando-os em particular ou em público.

2.Deixando-os em sua tristeza.

3.Lançando no rosto deles a sua ofensa.

4.Cobrando deles melhor comportamento.

5.Não os escolhendo para desenvolverem responsabilidades.

6.Transferindo aos filhos e parentes seus maus-tratos.

7.Não lhes dando recados.

8.Não os convidando para refeições quando outros são convidados.

9.Apunhalando-os com indiretas em avisos, pregações e conversas.

10.Não recomendando-os para cargos, empregos, posições e privilégios.

 

Algumas perdas (Mt 18)

1.Perda do espírito infantil (v.1-6)

2.Perda dos membros (v.7-9)

3.Perda da ovelha (v.10-14)

4.Perda do irmão (v.15-20)

5.Perda da gratidão (v.21-35)

 

Capítulo 19: O divórcio, as crianças e o jovem rico

1.A aceitação do divórcio é uma rejeição do pronunciamento claro de Cristo[29]. Aceitar o divórcio é o mesmo que dizer: “Eu sou duro de coração e ainda vivo nos rudimentos da Lei de Moisés”. As duas escolas que se dividiram por causa do assunto divórcio e a interpretação de Deuteronômio 24.1-4 são as escolas do rabino Shamai e do rabino Hillel. Shamai era rígido proibindo o divórcio, exceto por infidelidade, mas Hillel era mais liberal permitindo ao marido dispensar a esposa até mesmo se ela deixasse a comida queimar. O Senhor Jesus é Aquele que instituiu o casamento e quer que continue como começou, ou seja, até que a morte separe o casal. O casamento é a união da carne e não do espírito, por isso, a morte somente separa o casal. A infidelidade acaba com o casamento, mas é duvidoso que deixa as pessoas (infrator ou vítima) livres para um novo casamento. Jesus não proíbe o celibato, mas adverte que é somente para alguns que são aptos ou os que têm em si o dom do celibato para servir ao Senhor (v.1-12).

 

“Deus mesmo instituiu o relacionamento entre marido e esposa e aqueles que se unem pela ordenança de Deus não devem ser separados por ordenança do homem, exceto por fornicação [adultério].”[30]

 

2.Novamente Jesus lembra os discípulos a respeito da humildade ilustrada nas criancinhas. Os adultos têm a facilidade de se esquecerem de sua infância e rejeitarem as crianças como se fossem intromissões indesejáveis. Quando esta atitude entra nos meios evangélicos, facilmente detectamos os sintomas nas Escolas Dominicais fracas, nas repreensões públicas nos cultos por causa do “incômodo dos bebês” e na falta de jovens que um dia foram crianças nas igrejas (v.13-15).

 

3.Aqui em Mateus não é mencionado que aquele jovem rico chamou Jesus de “bom”. Não existe nenhum homem bom, só Deus é bom, portanto, Jesus quer que o jovem expresse o que pensa de Jesus, é um homem ou é Deus? A obediência aos mandamentos seria a prova da perfeição, mas na vida de todo o ser humano já ficou bem provado que ninguém é perfeito para obedecer a todos os mandamentos. No entanto, o jovem tem a oportunidade de confiar em Jesus e fazer o que Ele manda naquele momento. O mais sério não foi a sua mesquinhez quanto aos seus bens, mas o fato de chamar Jesus de bom e não confiar Nele como Deus. Seria como alguém perguntar para um candidato à obra missionária: “Se Deus te chamasse para ir a tal lugar, você iria?” Quando Deus chama por que alguém duvidaria? As riquezas podem desviar as pessoas do discipulado de Cristo. O sentido do termo regeneração que Cristo usou no versículo 28 não se trata da salvação individual, mas refere-se à nova criação e renovação da terra, ou seja, o estabelecimento do Seu reino. Note que Ele prefere usar o termo Filho do homem e menciona o julgamento da nação de Israel. Ele fará justiça a Israel depois de toda a perseguição que sofrerá, por isso, estabelecerá o trono de Sua glória no final da Tribulação para a entrada do reino. Os primeiros que receberão a proclamação do reino podem ficar para trás por rejeitarem e os que vierem depois poderão aceitar o reino e entrar nele (v.16-30).

 

Assuntos em seu estado mais puro (Mt 19)

1.O casamento (v.1-12)

2.As crianças (v.13-15)

3.As riquezas (v.16-30)

 

Capítulo 20: A vinha, outra predição, a mãe e os cegos

1.Cristo mostra nesta parábola que os judeus reclamam sobre a entrada dos gentios, mas eles mesmos mostraram que seu caráter não era justo, pois rejeitaram o Messias. Assim, os últimos que são os gentios acabaram entrando primeiro nas bênçãos do reino, enquanto os primeiros que eram os judeus entrarão por último, mesmo tendo a prioridade da qual abriram mão. Esta também é uma parábola que nos ensina que é melhor aguardar a graça do Senhor do que lutar pela justiça aos nossos olhos (v.1-16).

 

 

“O primeiro deveria ter recebido mais. Provavelmente, o primeiro aqui pode significar os judeus, os quais deveriam sempre ser preferidos antes dos gentios.”[31]

 

2.Após a parábola que falava do reino adiado, Jesus prediz novamente a Sua prisão, morte, sepultamento e ressurreição. Ele deixa bem claro que a Sua decisão é irrevogável. Não há mais nenhuma possibilidade de Jesus apresentar-Se mais como o Cristo, isto será adiado para a Sua segunda vinda (v.17-19).

 

3.O Senhor Jesus já resolvera com os discípulos a questão do maior no reino dos céus, mas agora a insistência é da mãe de Tiago e João. As mães ganharam uma reputação sacrossanta, porém, não podemos negar que talvez alguns não vão para a obra missionária por causa dos apelos chorosos da mãe, que Rebeca ajudou ao seu filho Jacó a ser trapaceiro (Gênesis 27.13-14), que a mãe de Mica foi uma mãe idólatra (Juízes 17.1-6), que Maaca a mãe do rei Asa era idólatra (1 Reis 15.13, 2 Crônicas 15.16), que a mãe de Acazias, Jezabel era perversa (1 Reis 22.52-53), que a mãe do outro Acazias era assassina (2 Reis 11.1-3). Tiago tomaria do cálice de Jesus, que era o martírio e João também beberia uns goles desse cálice na ilha de Patmos. O discípulo de Cristo deve servir e as recompensas virão conforme Deus julgar justas (v.20-28).

 

4.Os dois cegos[32] reconheceram que Jesus era o Messias, o Filho de Davi, portanto, aceitaram o reino dos céus, mas deveriam aguardar, pois este estava adiado. No entanto, isto não impedia deles serem curados, pois a credencial do Rei era curar os enfermos para o reino. Também, o adiamento do reino não mudava em nada a fé do pecador no Rei. A única diferença é que carregaria este reino no coração e ainda não veria a justiça do Rei estabelecida nesta terra (v.29-34).

Como seguir em frente agradando a Deus (Mt 20)

1.Trabalhar para Ele sem reclamar e exigir (v.1-16)

2.Aceitar os desígnios Dele (v.17-19)

3.Servi-Lo pensando nos outros (v.20-28)

4.Adorá-Lo sem se importar com os que querem impedir (v.29-34)

 

Padrões forçados (Mt 16-20)

1.Sinais desnecessários (16.1,4)

2.Doutrinas fermentadas (16.12)

3.Portas infernais (16.18)

4.Pedra de tropeço (16.23)

5.Preservação excessiva da vida (16.25)

6.Ermitanismo ou isolacionismo (17.4)

7.Imposto sobre o rei (17.24-25)

8.Classes sociais no reino de Deus (18.1,4)

9.Escândalos no reino de Deus (18.7,17,29-30)

10.Divórcio (19.7-8)

11.Desprezo às crianças (19.13)

12.Pretensão de obediência (19.20)

13.Reivindicação diante do Senhor (20.10-12)

14.Favorecimento ilícito (20.20-21,24)

15.Exclusividade de bênçãos (20.31)

Capítulo 21: A entrada triunfal, o templo, a figueira, o batismo de João, os dois filhos e os lavradores maus

1.Cristo é o Rei rejeitado, mas ainda assim Ele cumpriu a profecia de entrar em Jerusalém montado em um jumentinho. Hosana vem do hebraico “Yassa” (Salvação) e “Na” (Agora). A salvação chegou nesse momento aos judeus, entrando pelas portas de Jerusalém, montada em um jumentinho (v.1-11).

 

2.O erro não estava em negociar os animais e nem fazer transação cambial das moedas, mas o erro estava em fazer tudo aquilo nas dependências do Templo e não nas imediações, pelo caminho. Com toda a certeza Jesus, também, não apoiava a exploração nos preços. Jesus é Deus e Sua autenticidade é vista nesta atitude. É o zelo de Deus. Ali no templo Jesus curou a todos e enfrentou a fúria dos sacerdotes e escribas. Cristo foi rejeitado pelos doutores, mas reconhecido pelas crianças (“nephios”) como o Filho de Davi (v.12-17).

 

“Qual era o problema? Especuladores, em cooperação com os sacerdotes, visitantes sendo roubados e obrigados a adquirirem animais de sacrifícios ‘aprovados’ e moedas com câmbios inflacionados.”[33]

 

3.A nação de Israel se tornou como a figueira sem frutos, rejeitando a Cristo. A oliveira e a figueira eram usadas como árvores-símbolo da nação de Israel. É claro que o Criador da figueira não está zangado com a “desobediência” da árvore em não produzir frutos, mas Ele quer ilustrar a situação da nação de Israel que se tornou estéril por rejeitar a Cristo. Assim como Ele se importa mais com o homem do que com os pássaros, Jesus está mais interessado nos frutos dos judeus do que nos frutos de uma figueira (v.18-22).

 

4.O Sinédrio é quem emitia “certificado de ensino” por assim dizer. Alguém só tinha autoridade para ensinar publicamente se a recebesse do Sinédrio. Para purificar o templo e curar pessoas, Jesus precisava ter credencial do Sinédrio e, por isso, o confrontam. Jesus responde insinuando que o batismo de João era divino e, portanto, o Seu ministério também vinha de Deus. Os judeus ficaram em situação difícil, pois João era reconhecido pela multidão como um verdadeiro profeta de Deus e qualquer rebelião do povo contra o Sinédrio seria um desastre político, pois os judeus dependiam de paz territorial, religiosa e política para continuar com seus privilégios concedidos por Roma (v.23-27).

 

5.Cristo ofereceu a oportunidade para os judeus, assim como o pai aos seus dois filhos. Os religiosos seriam os primeiros a dizer “eu vou para a vinha trabalhar”, mas acabaram não indo, ou seja, não creram em Jesus como o Messias. Os publicanos e meretrizes seriam os últimos a aceitarem o convite, nos entanto, disseram “sim” aceitando Jesus como o Messias de Israel. Com esta parábola, Jesus continua a responder sobre a autoridade do batismo de João (v.28-32).

 

6.Cristo é como o filho do dono da casa que foi morto. Ele é a pedra rejeitada, mas eleita pelo Pai. Jesus continua a responder sobre a autoridade do batismo de João, o qual foi um dos profetas mortos, assim como os outros lavradores-profetas (Jr 20.1-2, 37.15, 38.6, 1 Rs 19.10, 22.24, 2 Cr 24.21). O reino de Deus acabou sendo tirado dos judeus e dado à Igreja a qual se tornou, posteriormente, em sua maioria gentílica (v.33-46).

 

 

Sons agradáveis a Deus (Mt 21)

1.Bendito o que vem em nome do Senhor (v.1-11)

2.Hosana ao Filho de Davi (v.12-17)

3.Ergue-te e lança-te ao mar (v.18-22)

4.Do céu (v.23-27)

5.Publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus (v.28-32)

6.A meu Filho respeitarão (v.33-41)

7.A principal pedra, angular (v.42-46)

 

Capítulo 22: As bodas, o tributo, a ressurreição, o mandamento e o Filho de Davi

1.Desde o capítulo 12 ficou bem claro que Cristo foi rejeitado pela nação de Israel. Portanto, quando Jesus fala do reino dos céus, Ele está se referindo àquele reino que seria estabelecido na terra, mas que teve que ter adiado por causa da rejeição dos judeus. O que vemos agora é um reino sem o Rei, mas que nem por isso deixou de ser um reino, só que não político, mas espiritual e vivo dentro do coração dos salvos. Os judeus rejeitaram as bodas do Príncipe Jesus, matando os profetas que a todos convidavam. O Rei, o Pai Celestial, chegou a queimar suas cidades.[34] Os gentios que acabaram formando a maior parte da Igreja são os desprezados que acabaram sendo bem-vindos. As vestes para a entrada no reino não são o nobre nascimento, o ser descendente de Abraão ou as boas obras, mas a exigência única que é crer em Jesus Cristo, o Filho de Deus, morto e ressuscitado pelos pecadores. O final da parábola mostra que os judeus não entraram na festa porque não quiseram. Os poucos escolhidos são os que entram pelo caminho estreito e não significa que Deus não queira salvar mais pessoas. Todos os que desejarem ser salvos poderão. Alguns dirão, com base neste texto, que o ensino de que Deus escolhe alguns para o céu e outros para o inferno não pode ser apoiado aqui, pois ficou bem claro que todos são convidados e todos podem entrar, desde que com as vestes da justiça de Cristo (v.1-14).[35]

 

“Esse homem, sem vestimenta de casamento, é o representante de todos, sendo eles muitos ou poucos, os quais serão encontrados no dia do inquérito, sem a vestimenta da justiça de Cristo. A parábola não diz que ele estava sem roupas, pois sem dúvida estava vestido, como muitos estão, com a justiça própria. O crime dele era não ter as vestimentas para o casamento. Uma veste, a do Senhor. ”[36]

 

Algumas aplicações marcantes desta parábola

1) Muitas pessoas não querem vir até Jesus e participar desta maravilhosa festa da salvação (v.3)

2) Nós os crentes somos os servos que saem convidando as pessoas para chegarem até Jesus (v.4)

3) A salvação simboliza por essa festa é cheia de toda a sorte de alimentos (v.4)

4) Os negócios desta vida atrapalham pessoas de serem salvas (v.5)

5) Um convite que era para ser agradável se torna odioso, pois os pecadores não amam as delícias da Palavra de Deus e da Salvação em Jesus (v.6)

6) Um dia o Rei virá não para convidar amorosamente, mas para destruir os que não querem entrar na festa da salvação (v.7)

7) Ninguém é digno da salvação, mas se torna indigno definitivamente ao rejeitar o presente de Deus (v.8)

8) As pessoas indignas da sociedade e reconhecidamente perdidas até pela própria sociedade tende a compreender mais rápido a salvação do que os moralistas e religiosos (v.9)

9) Deus está à procura de maus e bons, ou seja, dos que são os piores pecadores e dos que acham que são melhores e bons, pois todos estão perdidos (v.10)

10) Embora maltrapilhos no mundo, somos revestidos da justiça de Cristo ao entrar para a Igreja Dele (v.11)

11) Ninguém pode enganar o rei com justiça (vestes) própria. Ele só aceita os revestidos das vestes da justiça de Cristo Jesus (v.11)

12) O pecador sem a justiça de Cristo não terá argumentos no dia do juízo (v.12-13)

 

2.Novamente tentam pegar Jesus em alguma falha e, mais uma vez na questão financeira. Os herodianos eram os defensores de um governo romano absoluto em Israel por um rei com o título de Herodes. Juntaram-se aos fariseus contra Jesus. Assim como na pergunta capciosa a respeito do batismo de João, Jesus mais uma vez responde com uma contra pergunta e deixa a todos calados. Esperavam que Jesus se rebelasse contra Roma ou que dissesse que outro era rei e não Ele próprio. Não fez nenhuma das duas coisas (v.15-22, ver também 17.24-27).

 

3.Os saduceus, como já é bem conhecido dos estudantes da Bíblia, não criam na ressurreição. Tentando apoiar seu ponto de visto e ao mesmo tempo querendo pegar Jesus em uma falha, usam a Lei de Moisés com respeito ao levirato, que era a união de um homem à sua cunhada para suscitar descendência do irmão falecido. Os saduceus sugerem uma briga de mulheres no céu, mas o Senhor Jesus deflagrou a ignorância deles com respeito às Escrituras e confirmou o ensino sobre a ressurreição lembrando a todos que Abraão está vivo. E, claro, ninguém duvidaria disso, pois todos são judeus e Abraão é o seu pai (v.23-33).

 

4.Os herodianos e os saduceus foram vencidos, agora os fariseus tentam novamente vencer Jesus com suas perguntas maldosas. Estavam tão enfurecidos contra Jesus que nem se importaram que a resposta de Jesus aos saduceus beneficiava os argumentos dos fariseus. Até os inimigos se uniram para enfrentar Jesus. O doutor da Lei de Moisés que devia conhecer de cor os 613 mandamentos que os judeus fizeram, quis confundir Jesus, mas este resumiu toda a Lei em dois mandamentos, que fazem parte de um só, conforme as duas tábuas: amar a Deus e amar ao próximo. No relato de Marcos 12.13-17, parece que o doutor foi tocado com a resposta de Jesus, porém, ainda precisa renunciar seus amigos incrédulos para entrar no reino de Deus (v.34-40).

 

5.Depois de tantas perguntas maldosas chegou a hora de Jesus perguntar, mas não com o objetivo de encontrar falhas neles, mas de dar-lhes a oportunidade de exercer fé Nele. Cristo mostra que o título “Filho de Davi” não se contradiz com Sua divindade, mas a reforça. Depois que ninguém mais conseguia fazer-Lhe perguntas, pois a todas o Senhor Jesus vencia de modo excelente, fizeram silêncio e Ele passa a falar dos fariseus aos Seus discípulos e a todos que os ouviam e (v.41-46).

 

 

 

 

 

Os movimentos acertados (Mt 22)

1.Em direção às Bodas do Filho de Deus (v.1-14)

2.Em direção aos assuntos de Deus (v.15-22)

3.Em direção ao conhecimento das Escrituras (v.23-33)

4.Em direção aos dois maiores mandamentos de Deus (v.34-40)

5.Em direção ao Filho de Davi, o Senhor Jesus (v.41-46)

 

Capítulo 23: Os escribas e fariseus e o choro de Jesus sobre Jerusalém

1.Este capítulo é impressionante, pois Jesus faz uma “Ressonância Magnética” da vida dos escribas e fariseus. Ele chega bem ao fundo, onde nenhum ser humano pode chegar. Ele revela as intenções do coração dos fariseus e escribas. As motivações deles podem ser encontradas em nós próprios e, por isso, ler este capítulo refletindo contra nossa própria hipocrisia só nos ajudará a diagnosticar prováveis atitudes erradas para confessarmos e nos submetermos ao Rei que é tão bem apresentado por Mateus que foi submisso ao Senhor ao escrever para todos nós. As palavras de Jesus contra os fariseus abrangeram diversos assuntos. Eles estavam no lugar de Moisés como os instrutores do povo (v.1-36).

 

As acusações de Jesus contra os fariseus (Mt 23)

1.São hipócritas (v.1-3)

2.Sobrecarregam o povo (v.4)

3.São ostentativos[37] (v.5)

4.Buscam a primazia (v.6)

5.Valorizam seus títulos[38] (v.7)

6.Fecham o reino dos céus[39] (v.13)

7.Roubam viúvas (v.14)

8.Escravizam seus prosélitos[40] (v.15)                                        

9.São guias cegos (v.16)

10.Pervertem o juramento[41] (v.16-22)

11.Supervalorizavam os deveres menos importantes

e omitiam os deveres mais importantes (v.23-24)

12.São ritualistas e não piedosos (v.25-28)

13.São assassinos (v.29-36)

 

2.Nada do que Jesus disse contra os escribas e fariseus foi para nos divertir ou para nos sentir superiores a eles. Ele se sensibilizou muito pela situação espiritual deles. Cristo chorou sobre a Jerusalém rebelde, pois seguia os seus líderes contra os quais Ele acabara descrever como hipócritas e incapazes de guiar a nação escolhida por Deus. A casa ficará deserta certamente fala da invasão de 70 a.D., de 142 a.D. e de tantas outras até Israel perder seu território para conseguir novamente só em 1948. No versículo 39, Jesus se despede do público para falar somente com Seus discípulos para aparecer em público somente para ser preso e crucificado (v.37-39).

 

Capítulo 24: A tribulação, a vinda do Filho do Homem, a vigilância e os dois servos

1.Este capítulo fala do período da destruição de Jerusalém no ano 70 a.D. com a invasão do general Tito, mas a linguagem escatológica só pode ter sentido quando interpretada como a Tribulação e Segunda Vinda de Cristo. O versículo quatorze causa muita confusão quando não se interpreta de modo dispensacionalista. O evangelho que a Igreja prega não é o evangelho do reino, mas o evangelho da graça. Não podemos pregar o evangelho do reino e ao mesmo tempo crer na iminente volta de Cristo para buscar Sua Igreja. Na destruição do templo, até partes dos alicerces foram arrancados, não ficou pedra sobre pedra. Os judeus pagarão muito caro pela rejeição de Cristo e a aceitação do Anticristo na Tribulação. Alguns veem semelhança na destruição de Jerusalém e o templo com o período da Tribulação, porém, ao lermos percebemos que os acontecimentos não poderiam se referir ao ano 70 a.D., pois Cristo não veio naquela época. A seguir, a descrição do Senhor Jesus resumida sobre este período. Alguns preferem interpretar que até o versículo 14 Jesus está se referindo à primeira parte da tribulação e do versículo 15 até o 28 à segunda parte (v.1-28).

 

Como será o período da tribulação (Mt 24.1-28)

1.Será um tempo acompanhado de sinais (v.1-3)

2.Será um tempo de pseudocristos (v.4-5, ver Apocalipse 6.1-2)

3.Será um tempo de guerras e rumores de guerras (v.6, ver Ap 6.3-4)

4.Será um tempo de lutas mundiais, fomes e terremotos (v.7, Ap 6.5-8)

5.Será um tempo de dores de parto (“princípio das dores”) (v.8)

6.Será um tempo de assassinato e ódio (v.9-10, Ap 6.9-11)

7.Será um tempo de falsos profetas (v.11)

8.Será um tempo de iniquidade e frieza (v.12)

9.Será um tempo que os salvos perseverarão até o fim (v.13)

10.Será um tempo do evangelho do reino alcançar todo o mundo (v.14)

11.Será um tempo do cumprimento de Daniel 9.24-27 (v.15)

12.Será um tempo de fuga para os judeus (v.16-20)

13.Será um tempo de tribulação sem igual (v.21)

14.Será um tempo abreviado e interrompido pela vinda de Cristo (v.22)

15.Será um tempo de sinais malignos dos falsos cristos (v.23-24)

16.Será um tempo previsto com as advertências de Cristo (v.25)

17.Será um tempo em que a vinda de Cristo será visível (v.26-27)

18.Será um tempo de carnificina (v.28)

 

2.A vinda de Cristo será acompanhada de sinais no céu para que todos vejam. Não pode se referir ao Arrebatamento, pois este será apenas para os salvos quando a Igreja será levada às nuvens. Aqui é bem diferente, pois o Filho vem das nuvens para a terra. Os povos lamentarão (Zacarias 12.10-12 e Apocalipse 1.7) e os anjos vêm para fazer a separação prometida por Cristo em Mateus 13.30,31-43. Não é a vinda do menino na manjedoura, mas do cavaleiro em seu cavalo (v.29-31).

 

3.Não temos ordem de vigiar para esperar o Arrebatamento, pois este é iminente. Porém, os crentes da Tribulação deverão ficar atentos aos sinais, pois será possível perceber a chegada do reino por meio dos sinais lidos anteriormente. A geração (“genea”) que não passará até que tudo isto aconteça se refere à raça (“genea”) judaica. Os judeus estarão vivos até o final da tribulação. É a única nação da terra que podemos afirmar com toda a segurança que, além de não ser exterminada, será ampliada, pois todos os judeus saberão de sua descendência e até a qual das tribos pertence. O Filho não sabia o dia e hora da Sua vinda apenas enquanto estava na terra, quando se esvaziou de Si mesmo (kenosis). Ele é Deus e, portanto, sabe todas as coisas, inclusive o dia e hora de Sua vinda. Como nos dias de Noé, os salvos foram deixados e os perdidos foram levados, assim também na tribulação, o salvo será deixado na terra, para o estabelecimento do reino messiânico e o perdido será levado para o inferno a fim de aguardar em sofrimento o julgamento do Grande Trono Branco. Embora o salvo da tribulação poderá saber, através dos sinais que a vinda de Cristo está próxima, ele não poderá saber com exatidão o dia e a hora, por isso, precisará ficar atento (v.32-44).

 

Jesus, ao vir ao mundo, aceitou o Kenosis (esvaziamento). Portanto, voluntariamente ele deixou de algumas prerrogativas como suficiência, locomoção e conhecimento. Assim, Jesus teve fome, cansaço, andava a pé e de barco para ir aos lugares e deixou-se aprender, foi alfabetizado por homens, ensinaram-lhe a Lei de Deus e limitou-se a não saber o dia de sua segunda vinda. Evidentemente que ao retornar ao céu, assumiu toda a Sua glória novamente. Então, quando Jesus andou na terra limitou-se a não saber quando retornaria. Voltando ao céu, ele volta a saber o dia de sua segunda vinda. Claro que não pode ser absoluto, pois Ele sendo Deus não poderia pecar, assim, como não poderia ficar desprovido de sua divindade. Portanto, ele se limitou, mas podia lançar mão a qualquer momento de seus poderes quando quisesse. Exemplo: na tentação, ele se achou no topo do Templo. Ele não subiu escadas, mas se locomoveu com seu poder. De fato, Ele é onipresente, mas abriu mão, temporariamente, disso todas as vezes que se locomovia até um lugar. Ele se esvaziou e se limitou voluntariamente, podendo, evidentemente, lançar mão no momento que desejasse dessas atribuições.[42]

 

4.Até aqui vimos Israel até o final, a Segunda Vinda. A seguir virão três parábolas que são semelhantes às do capítulo 13. O tema é o mesmo, a mistura de coisas boas e más durante a ausência do Rei. Os dois servos é a primeira das parábolas ou poderíamos dizer a oitava parábola dos mistérios do reino se fosse sequência do capítulo 13. É como o joio e o trigo. Note que o resultado para o servo mau é condenação eterna (v.45-51).

 

Tempos difíceis para quem não pertence ao Cordeiro (Mt 24.29-51)

1.Haverá lamento (v.29-31)

2.A geração rebelde (os judeus) experimentará este período (32-35)

3.Será como nos dias de Noé (v.36-39)

4.Será diferente do que o Arrebatamento (v.40-41)

5.Será um período de vigilância (v.42-51)

 

Capítulo 25: As dez virgens, os talentos e o julgamento

1.Esta é a segunda parábola da mistura do bom e o mal na ausência do rei, os mistérios do reino dos céus. Seria a nona parábola na sequência de Mateus 13. Nesta era de ausência do rei, alguns estarão preparados outros não. Todos podem ter o Espírito Santo (azeite) é só comprar sem dinheiro, porém, cada um deve ter a sua lâmpada com azeite (Isaías 55.1). Note que no final da parábola há uma condenação, “não vos conheço” (v.1-13).

 

 

“Elas não têm perspectivas, nem fazem provisão para o que virá. Elas carregavam as lâmpadas, mas não óleo para usá-las. Essa inconstância é a ruína de muitos professos; toda a advertência de seus vizinhos, com os quais eles agora conversam, não os aprovará diante de Cristo diante de quem deverão comparecer.”[43]

 

A brevidade da vinda e a falta de vigilância (Mt 25.1-13)

1.A vinda do noivo (v.1-2)

2.A vigilância (v.3-4)

3.A aparente demora (v.5)

4.A surpreendente vinda (v.6-7)

5.A falta de preparo (v.8)

6.O preparo individual e intransferível (v.9)

7.A decepção por falta de vigilância (v.10-13)

 

2.Esta é a terceira parábola da mistura do bom e o mal na ausência do rei, os mistérios do reino dos céus. Seria a décima parábola na sequência de Mateus 13. Na ausência do Rei, os salvos devem servir fielmente a Ele, pois um dia esse Rei voltará para estabelecer o Seu reino. No final também mostra que alguns serão salvos e outros experimentarão “choro e ranger de dentes” (v.14-30).

 

Atenção permanente (Mt 25.14-30)

1.Atenção para com o que nos foi dado (v.14-15)

2.Atenção para multiplicar o que nos foi dado (v.16-17)

3.A falta de atenção (v.18)

4.A atenção do Senhor dos talentos (v.19-23)

5.A falta de atenção permanente tem consequências eternas (v.24-30)

 

3.Agora, Mateus volta a tratar do final da Tribulação. O título Filho do homem aponta para o estabelecimento do reino depois da rejeição do Cristo por parte dos judeus. Este texto fala do trono que será instaurado aqui na terra após o Armagedom.

 

Comparação entre o julgamento das nações (O Trono da Sua glória)

e o julgamento final (O Grande Trono Branco)

O Trono de Sua glória

O Grande Trono Branco

Mateus 25:31-46

Apocalipse 20:11

Não há ressurreição

Há ressurreição

As nações vivas serão julgadas

“Os mortos” serão julgados

O julgamento será na terra

Os céus e a terra fogem, isto é, desaparecem.

Não há menção de qualquer livro

“Os livros são abertos”

Há três classes: ovelhas, cabritos e “irmãos” (judeus)

Há somente uma classe: “Os mortos”

O tempo: Na manifestação de Cristo

O tempo: após o reino de 1000 anos e da revolta de Satanás e as nações, Gogue e Magogue

 

O que envolve o tratamento aos judeus na Tribulação (Mt 25.31-46)

1.Um trono na terra (v.31)

2.Nações reunidas (v.32)

3.Classificação para o reino messiânico (v.33-34)

4.Base de tratamento aos judeus (pequeninos irmãos de Jesus, v.35-46)

 

Ajuntamentos bons e maus (Mt 21-25)

1.Juntos para receberem o rei de Israel (21.8-9)

2.Juntos para se aproveitarem dos pobres viajantes (21.12)

3.Juntos para se indignarem contra o Filho de Deus (21.15-16)

4.Juntos para colocarem em dúvida a autoridade de Jesus (21.23)

5.Juntos para as Bodas do Filho de Deus (22.10)

6.Juntos para tentarem ao Filho de Deus (22.18,28,34,36)

7.Juntos para se calarem diante da sabedoria de Jesus (22.41-42,46)

8.Juntos para perverter a justiça de Deus (23.3,13,15,23,33)

9.Juntos para longe da proteção de Deus (23.37)

10.Juntos, sem amor (24.12)

11.Juntos em um sofrimento insuportável (24.21,30,39)

12.Juntos e afastados do Filho de Deus para sempre (25.12,30)

13.Juntos para a separação de bodes e ovelhas no fim da Tribulação (25.32,46)

 

Capítulo 26: O plano do Sinédrio, Jesus é ungido, o pacto da traição, a Páscoa, a Ceia, Pedro, a aflição, a prisão, o julgamento do Sinédrio e a negação

1.Cristo é o cumprimento de todos os sacrifícios e do Cordeiro Pascal. Os capítulos finais cumprem o propósito da vinda de Cristo de salvar o pecador. Toda a expectativa do Redentor está em Sua divindade, na Sua morte e ressurreição. É a essência do Evangelho. O Senhor Jesus se tornou popular e querido da multidão, por isso, o Sinédrio tomou todo o cuidado para não alarmar o povo com a prisão pública de Jesus (v.1-5).

 

2.O Simão era leproso e é bem provável que tivesse sido curado por Jesus, pois ninguém permanecia doente na presença de Jesus. Alabastro era o nome de uma aldeia do Egito, onde tinha esse tipo de material com o qual se fazia frascos para perfumes e, hoje, serve para enfeite. Colocavam-se unguentos caros em recipiente de alabastro. Esta mulher, Maria irmã de Lázaro, dava aquilo que lhe era importante para alguém que ela considerava importante. Não é desperdício devotar toda a nossa vida para Aquele que entregou a Sua vida por nós. Ela guardou aquela preciosidade para Jesus em vida. Era comum guardar especiarias para quando algum querido morresse, pois perfumar o cadáver era sinal de respeito e estima. No momento que esta passagem da Bíblia é lida e estudada todos passam a conhecer a história dessa mulher. O objetivo não é exaltar o nome dela, mas para lembrar da sua fidelidade para nossa inspiração na vida cristã (v.1-13).

 

3.Judas recebeu dinheiro para trair a Jesus. Era o preço de um escravo (Êxodo 21.32). Vemos que a iniciativa foi de Judas em procurar os sacerdotes e pedir dinheiro. Não se sabe se Judas estava endividado, mas sabemos que ele tinha problemas sérios com dinheiro. Ele era o tesoureiro da equipe de Jesus e roubava dinheiro da bolsa. Sabemos através do Evangelho de João que foi ele quem disse que era um desperdício a atitude da mulher derramar o perfume sobre a cabeça de Jesus. Ele não estava pensando nos pobres, mas nele próprio (v.14-16).

 

 

Momentos de falta de nobreza para com o rei (Mt 26.1-16)

1.Planos para matar o rei (v.1-5)

2.Considerando desperdício servir ao rei (v.6-13)

3.Planos para trair o rei (v.14-16)

 

4.A Páscoa era para recordar a libertação do povo de Israel do Egito. Agora ela se revestirá de significado maior, pois cumprirá a promessa do Cordeiro que tira o pecado do mundo. Durante a refeição da Páscoa, Judas teve a oportunidade de se arrepender de sua traição. Durante esta refeição da Páscoa foi instituída a Ceia com dois dos elementos que bem conhecemos, pão e vinho. A Ceia não redime o pecador e sim o sacrifício de Cristo na cruz. O Senhor Jesus relembra aos discípulos que o reino ainda virá e quando vier Ele tomará a Páscoa com os eles novamente. Esta é a única referência que diz que Jesus cantou (v.17-30).

 

A última refeição do amor (Mt 26.17-30)

1.O preparo do lugar com amor (v.17)

2.A doação de amor do lugar (v.18)

3.O amor da companhia (v.19-20)

4.A sinceridade em amor (v.21)

5.A tristeza por causa do amor (v.22)

6.O amor sem vingança (v.23-25)

7.A entrega em amor (v.26-30)

 

5.O Senhor Jesus é o nosso supremo Pastor como diz Pedro (1 Pedro 5.4). Zacarias profetizou sobre a prisão de Jesus e a debandada dos discípulos e quando Jesus cita essa profecia, Pedro se coloca como o protetor inabalável de Jesus. Os outros discípulos se colocaram junto a Pedro, mas nada indica que foram tão incisivos quanto ele. O Senhor Jesus que tudo conhece prediz que Pedro negará três vezes antes que o galo cante, evidentemente pela primeira vez na madrugada (v.31-35).

 

6.A agonia de Jesus seria motivo suficiente para os discípulos ficaram acordados, pois quando estamos sofrendo perdemos o sono. Isso indica claramente que não estavam sentindo as angústias do mestre. Assim como no monte da transfiguração, Jesus levou os três mais íntimos, Pedro, Tiago e João. A angústia de Jesus é perfeitamente compreensível, pois o Pai O abandonaria na cruz. Nós não precisamos ficar ansiosos, pois podemos a qualquer momento orar e receber a paz (Filipenses 4.6). Os discípulos estavam divididos em dois grupos, a um grupo não foi pedido que orasse, mas aos três o pedido de Jesus por ajuda em oração foi claro. Os três dormiram, mas no versículo 40, no entanto, Jesus se dirige a Pedro. Esta luta em oração nos lembra do pedido do apóstolo Paulo que também orou por livramento três vezes (2 Coríntios 12.8-9). Jesus sabia que a escolta estava chegando, não por algum barulho, mas porque Ele é Deus (v.36-46).

 

7.O beijo era um sinal de amizade, mas é claro que aqui era o sinal da traição. Todas as perguntas que Deus faz para o pecador, desde o Éden, “Adão, onde estás?”, e agora Jesus para Judas, “Amigo, para que vieste?” São oportunidades para voltar atrás, confessar o pecado e acertar a vida com Ele. Quase sempre o pecador experimenta a dor para depois se arrepender, mas em alguns casos nunca volta, como foi o caso de Judas. Sabemos que foi Pedro quem cortou a orelha de Malco, o servo do sumo sacerdote. Ele levou a sério a sua promessa de proteger a Jesus, mas o Senhor não apoia a violência. Se Ele quisesse mandaria 12 legiões de anjos vingadores (12x6 mil = 72 mil). O reino já foi rejeitado e adiado, por isso, Jesus vai até o final em sua missão de resgatar o pecador e instaurar o reino do coração do salvo. Por causa da mansidão de Jesus nem precisaria toda aquela violência, mas parece que a demonstração de raiva combinava mais com aquela injustiça, sendo que a prisão de modo pacífico gera um forte problema de consciência. As profecias se cumpririam em cada detalhe dos próximos acontecimentos como foram cumpridas a respeito dos incidentes anteriores desde a chegada do Messias ao mundo (v.47-56).

 

8.Caifás era genro de Anás, o sumo sacerdote anterior. No Evangelho de João vemos que Anás era quem tomava a direção no julgamento. O Senhor Jesus ficou em silêncio diante das falsas acusações. O reino seria no coração dos salvos. O reino dos céus iria para o céu junto com Cristo e voltará com a Sua segunda vinda. Não há o que discutir com os judeus, pois já fizeram a sua escolha, ou seja, rejeitaram o Messias e Seu reino (v.57-68).

 

“... Caifás exercia a autoridade de sumo sacerdote, naquela ocasião. Seu sogro fora sumo sacerdote de 6 a 15 D.C., mas fora deposto. Não obstante, as Escrituras ainda o chamam de sumo sacerdote, e o povo continuava a respeitá-lo como tal. Os judeus consideram que o ofício de sumo sacerdote era vitalício, não reconhecendo autoridade, por parte dos romanos, que haviam deposto a Anás; para o povo, ele continuava exercendo a autoridade sumo sacerdotal, e grande era a sua influência sobre o sinédrio.”[44]

 

9.Aconteceu exatamente como Jesus predissera, Pedro O negou três vezes, então o galo cantou. A interpretação de que o galo fosse a troca da guarda é pouco provável, pois o Senhor Jesus sempre usou parábolas e ilustrações do cotidiano bem simples. É mais óbvio pensar que Ele estivesse falando do animal galo e não do galo trombeta da guarda. Pedro chorou amargamente. Quanta culpa, vergonha e desejo de reparar aquele dano. Talvez tudo o que Pedro quisesse naquele momento era dizer para o seu mestre que sentia muitíssimo por sua presunção (v.69-75).

 

Visualização de um pastor ferido (Mt 26.31-75)

1.Um pastor que será negado (v.31-35)

2.Um pastor angustiado e abandonado (v.36-46)

3.Um pastor traído e preso (v.47-56)

4.Um pastor acusado falsamente e espancado (v.57-68)

5.Um pastor esquecido por aquele que prometeu jamais abandoná-Lo (v.69-75)

 

Capítulo 27: Judas, Pilatos, a crucificação, a morte e o sepultamento

1.Neste capítulo vemos que Cristo foi o sacrifício perfeito. A vontade de matar era muito grande, mas havia um empecilho que o Sinédrio precisava tirar do caminho. Nessa época a pena de morte judaica devia passar pelo tribunal romano para que este concedesse ou não a permissão. Enquanto isso, Judas o traidor, cheio de remorso e não de arrependimento entrou em desespero, mas já se tornara cúmplice do assassinato de Jesus. Não aceitaram o dinheiro, mas depois recolheram do santuário e compraram um campo para servir de cemitério para estrangeiros. Ele se enforcou em uma árvore na beirado de um precipício, o galho se rompeu e o seu corpo se rompeu com a queda (v.1-10, ver Atos 1.18-19).

 

 

 

 

“A propriedade do templo, normalmente chamada ‘o santuário’ ou ‘o lugar santo’ na qual apenas os sacerdotes podiam entrar. Como se explica isso? Talvez [Judas] tenha lançado o dinheiro onde estavam os sacerdotes. Assim se cumpria as palavras do profeta: ‘Arroja isso ao oleiro, esse magnífico preço em que fui avaliado por eles. Tomei as trinta moedas de prata e as arrojei ao oleiro, na Casa do SENHOR.’”[45]

 

2.Pilatos fingiu bem, mas não convenceu. Ele foi injusto com aparência de justo. Ele precisava julgar corretamente, mas ao mesmo tempo precisava agradar os judeus, pois todos os funcionários de Roma, principalmente os do alto escalão, eram obrigados a manter a paz em Israel, pois isto podia lhe custar a posição e aposentaria segura. Não se sabe quando surgiu o costume de libertar um prisioneiro na época da Páscoa e se foi ideia romana ou judaica. As pessoas queriam Jesus crucificado. O ódio de Satanás invadindo a humanidade. Se Satanás não desviou Jesus de Seu plano redentor para a humanidade indo para cruz, quem sabe Ele ficasse morto para sempre. Lembremo-nos que Satanás é um perdedor perseverante em lutar contra os planos de Deus. A aceitação de qualquer maldição sobre os seus filhos acabou acusando a consciência dos judeus (Atos 5.28). Pilatos condenou Jesus à cruz, mas antes mandou aplicar-lhe o “flagelus” que era a terrível cena bem conhecida e cruel que tortura a vítima com chibatadas com pontas de metal ou ossos as quais feriam profundamente o corpo nu do indivíduo. Os soldados fizeram uma caricatura teatral com Jesus. Se Ele era o Rei, então precisa de um manto, de um cetro, de uma coroa e de muitas reverências (v.11-31).

 

Cordas e amarras (Mt 27.1-26)

1.Amarrado com cordas como um bandido (v.1-2)

2.Amarrado com a corda no pescoço (v.3-10)

3.Amarrado com um justo (v.11-14)

4.Amarrados diante do povo para um concurso (v.15-18)

5.Amarrada pela consciência e sonho (v.19)

6.Amarrado pela política (v.20-23)

7.Amarrados pelo sangue (v.24-26)

 

3.Cirineu não foi nenhum bom samaritano, pelo contrário, foi obrigado a carregar a cruz de Jesus, certamente por este não ter mais forças. O lugar da crucificação era um monte com um formato de caveira, por isso, Gólgota em hebraico. Jesus recusou o fel por ser entorpecente. Ele precisava e desejava sofrer as nossas dores conscientemente. As vestes de Jesus foram sorteadas cumprindo a profecia do Salmo 22.18. Os soldados guardavam o moribundo para que amigos não viessem roubar o corpo para não verem prolongado o sofrimento. A acusação romana para o crime de Jesus era uma ofensa para o Sinédrio. Os ladrões na cruz são exemplos da graça e da obstinação. Deus não predestinou um para o céu e outro para o inferno, pelo contrário, cada um tomou sua própria decisão (v.32-44).

 

4.Jesus foi crucificado às 9 horas da manhã (hora terceira, Marcos 15.25). As trevas vieram ao meio dia (hora sexta) e duraram até às três da tarde (hora nona), quando Ele entregou Seu espírito. Portanto, Jesus ficou na cruz por 6 horas. Jesus clamou as palavras profetizadas em Salmo 22.1. O som das palavras “Eli” e “Elias” são bem parecidos, por isso, alguns se confundiram e certamente a dicção de alguém com dores e machucado não era perfeita. O Senhor Jesus como o Doador da Vida não foi morto, mas entregou Sua vida para depois reassumi-la (ver João 10.17-18). A cortina rasgada de alto a baixo e a ressurreição de mortos evidenciam a divindade de Jesus. Houve salvação na morte de Cristo para o centurião e os soldados com ele (v.45-56).

 

Os 21 acontecimentos da crucificação em ordem cronológica (Mt 27.27-56)[46]

 

Acontecimento

Referência

Manto, coroa e cetro

Mt 27.27-31, Mc 15.16-20, Jo 19.1-3

Simão leva a cruz

Mt 27.32, Mc 15.21, Lc 23.26, Jo 19.17 (Jesus levou a Cruz)

As mulheres chorando

Lc 23.27-32

Gólgota (Caveira, Calvário)

Mt 27.33, Mc 15.22, Lc 23.33, Jo 19.17

Vinho com mirra (entorpecentes)

Mt 27.34, Mc 15.23

Repartiram suas vestes

Mt 27.35, Mc 15.24, Lc 23.34 (Pai, perdoa-lhes), Jo 19.23-24 (mais detalhes)

Jesus delega a João o cuidado de Maria

Mt 27.55-56, Mc 15.40-41, Lc 23.49, Jo 19.25-27 (As três Marias)

Soldados assentados ao pé da cruz

Mt 27.36

O horário da crucificação

Mc 15.25 (9 da manhã). Ficou até às 15 hr

A inscrição de acusação sobre a cruz

Mt 27.37, Mc 15.26, Lc 23.38, Jo 19.19-22 (Pilatos colocou em três línguas e os sacerdotes discordaram da inscrição. Pilatos não mudou a inscrição)

Os dois malfeitores ao lado de Jesus

Mt 27.38, Mc 15.27-28, Lc 23.33, 39-43 (o ladrão perdoado), João 19.18

Zombaria dos que passavam, dos sacerdotes e dos ladrões

Mt 27.39-44, Mc 15.29-32, Lc 23.35-37

Três horas de trevas (12-15 hr)

Mt 27.45, Mc 15.33, Lc 23.44

Jesus pede água (Tenho sede)

Jo 19.28

O abandono de Jesus às 15 hr

Mt 27.46-47 (Eli, Eli), Mc 15.34-35, Lc 23.46

Esponja molhada com vinagre (isto Jesus aceitou)

Mt 27.48-49 (alguns discordaram de matar a sede dele), Mc 15.36, Jo 19.29

Jesus clamou com alta voz e se entregou à morte

Mt 27.50, Mc 15.37, Lc 23.46, Jo 19.30

O véu do Templo se rasgou, terremoto, sepulcros e ressurreição de alguns mortos

Mt 27.51-53, Mc 15.38, Lc 23.45

A conversão do centurião

Mt 27.54, Mc 15.39, Lc 23.47

A multidão se lamentou após a morte de Jesus

Lc 23.48

Perfuraram o lado de Jesus depois de morto

Jo 19.31-37

 

5.O evangelho completo é crucificação, sepultamento e ressurreição. Outro fariseu se compromete em seguir a Cristo. Nicodemos em João 7.50-52 e agora José de Arimateia. O corpo de Jesus seria jogado ao Geena, o lixão da cidade, onde os crucificados eram lançados, mas o sepultamento é a prova para a ressurreição. As mulheres estiveram sempre presentes, na crucificação e no sepultamento. Os líderes judaicos tomaram precaução para que nenhuma fraude dessa razão para pensarem que Jesus ressuscitou (v.57-61).

De mãos em mãos (Mt 27.57-66)

1.Das mãos dos romanos para as mãos de um rico (v.57-59)

2.Das mãos do rico para as mãos do sepulcro (v.60-61)

3.Das mãos do sepulcro para as mãos dos guardas (v.62-66)

 

Capítulo 28: A ressurreição e a Grande Comissão

1.Cristo cumpriu Sua missão e deixou para os discípulos a continuação da pregação na ausência do Rei como vemos no último capítulo deste evangelho. O “findar do sábado” não se refere à tarde, mas à madrugada do domingo. A palavra grega “opse” é melhor traduzida como “depois” e não “ao findar”. A ressurreição veio antes do terremoto, este foi um anúncio da sepultura vazia. As mulheres tiveram o privilégio de presenciar todos aqueles momentos. Os discípulos fugiram, mas as mulheres acompanharam a crucificação, morte e a primeira notícia da ressurreição. Ao anunciar aos discípulos não foram acreditadas, mas o próprio Senhor Jesus confirmou. Os líderes religiosos subornaram os guardas para dizerem que dormiram enquanto “roubavam” o corpo. Essa versão ficou muito mal contada e os líderes religiosos tiveram que carregar este engodo, mas a Palavra de Deus nos dá base para dizer que muitos desses se converteram mais tarde (v.1-15, ver Atos 6.7).

 

2.Alguns discípulos ainda estavam incrédulos quanto à ressurreição. É claro que a ênfase sobre a incredulidade ficou quase toda sobre Tomé. O Senhor Jesus disse que “toda a autoridade me foi dada” e não vos foi dada. Baseado nisto, podemos afirmar que o discípulo de Cristo não precisa buscar poder e nem mesmo que ele tem poder em si mesmo. Atos 1.8 diz que receberiam poder ao descer o Espírito. Este entendimento evitaria muito abusos doutrinários e orgulho religioso. A ordem do Senhor Jesus sobre o batismo é muito clara e também as palavras: “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. A ideia de que só se deve batizar em nome de Jesus porque em Atos fala o “batismo de Jesus” é um engano, pois se vamos realizar o “batismo de Jesus” este deve ser feito da maneira como Ele próprio ensinou, ou seja, “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. A ordem de ensino integral também foi dada e a segurança e motivação do discípulo estão nas palavras “e eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (v.16-20).

 

“Não apenas cada santo deve ir ou dar os passos para que o evangelho avance, mas o objeto é declarado. Eles devem fazer discípulos ou pupilos e estudantes de Cristo; não grandes filósofos, mas ‘bebês em Cristo Jesus’, os quais entram para a escola de Cristo e devem ser ensinados. Quem deve ser feito discípulo é a próxima indicação. Não os judeus apenas, mas todas as nações. Cristo veio para ser Salvador do mundo. É uma religião universal.”[47]

 

Saindo e entrando na caverna (Mt 28.1-20)

1.Saindo da caverna da morte (v.1-6)

2.Saindo da caverna do medo e tristeza (v.7-10)

3.Entrando da caverna do engano (v.11-15)

4.Saindo da caverna do egoísmo (v.16-20)

 

 

 

 

 

O evangelho é todo sobre Jesus (Mt 26-28)

1.Jesus é o cordeiro pascal (26.2)

2.Jesus é honrado em sua morte (26.12)

3.Jesus é amável para com seus inimigos (26.25,50)

4.Jesus é a nova aliança (26.28)

5.Jesus é o pastor ferido (26.31)

6.Jesus é obediente ao Pai (26.39,42,44)

7.Jesus é a ovelha muda perante os seus tosquiadores (26.63, 27.14)

8.Jesus é a voz que ressoa em nossos ouvidos (26.75, 27.3-4,19)

9.Jesus é o substituto dos pecadores (27.17,20-22,26)

10.Jesus é o rei que não foi levado a sério pelo seu povo (27.29,37,42)

11.Jesus é o maldito no madeiro (27.46, Dt 21.23, Gl 3.13)

12.Jesus é o ressuscitado (28.6)

13.Jesus é o autor da Grande Comissão (28.19-20)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2014

 

Notas

 

1.     Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

2.     Outline by Dr. David Hodging – The Gospel of Matthew message number 1 – Mt 1.1-17 (sem publicação ou data)

3.     Expositions of Holy Scripture (Matthew), pg. 197 – Mt 1.23 - Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

4.     A closer look at Matt 2:6 and its Old Testament sources - A. J. Petrotta, pg. 50 (Copyright 1997 by The Evangelical Theological Society and Galaxie Software – Março de 1985)

5.     Comentário Bíblico de Matthew Henry – Mt 3.1-6 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

6.     Comentário Bíblico Moody – pg. 16 – Mt 4.1-11 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

7.     Novo Comentário da Bíblia, pg.20-21 – Mt 5.1-9 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

8.     Os fariseus jejuavam todas as segundas e quintas-feiras e deixavam que todos vissem seus rostos abatidos.

9.     Vemos nos programas de TV apresentadores oferecendo reformas de casas, prêmios diversos, tratamento de saúde, cursos e empregos, mas sempre com o objetivo de levantar patrocinadores e alavancar a audiência. Também há casas de recuperação, hospitais beneficentes e outras obras sociais cujos princípios religiosos são ganhar merecimentos de Deus ou melhorar suas encarnações futuras.

10.  Comments on the Gospel of Matthew – Mt 6.3 – Leslie M. Grant (biblecentre.org 02/06/2007)

11.  “By their fruits you will know them” - Matthew 7 - by Larry Moyer (Sem publicação e data)

12.  Introdução e Comentário – Mateus – Mt 8.23-27 – pg. 73 – R.V.G. Tasker – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1980, reimpressão 2006)

13.  É comum abater um porco com 90 kg. O prejuízo, portanto, foi de mais ou menos 180 toneladas de carne, mais de 1 milhão de reais.

14.  Introdução ao estudo dos evangelhos e Evangelho de Mateus - Prof. Anísio Renato de Andrade (SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais – sem data de publicação)

15.  Notes on Matthew - Dr. Thomas L. Constable, pg. 165 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

16.  As palavras hebraicas “gadol” e “rab” se referem a tamanho e quantidade. Nas referências acima mostram 7 vezes cada.

17.  O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 381 – Russell Norman Champlin (Editora Candeia – São Paulo – SP – 1ª ed. 1995 - 10ª impressão outubro de 1998)

18.  Comentário Bíblico Expositivo do NT vol. 1 – Mt 12.25-30 – pg. 53 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

19.  Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – William MacDonald – Mt 13 - pg. 54 (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

20.  A mostarda em um ano chegava a 8 mt. O cedro pode medir 40 mt de altura e 3 mt de diâmetro, portanto, a mostarda não é a maior das árvores. O crescimento mencionado por Jesus é anormal, assim como o evangelho na época do intervalo do reino.

21.  The Gospel of Matthew (part 2) - An Exposition Arno Clement Gaebelein – Mt 14 (biblecentre.org 08/06/2007)

22.  Corbã significa oferta que mais tarde veio a designar um voto irrevogável.

23.  A questão não é higiênica, mas religiosa. Jesus condena o esforço humano para agradar a Deus. Da mesma forma, não somos contra os vegetarianos, mas todo aquele que busca uma alimentação saudável para chegar a Deus, isto é doutrina de demônios (veja 1 Timóteo 4.1-5).

24.  Dr. Peter Pett's Commentary - Commentary Series on the Bible – Mt 15.5 - Copyright 2013 (extraído de e-sword versão 11.0.6 – 2016)

25.  A Popular Commentary on the New Testament – Mt 16.18 - Edited by Prof. Philip Schaff - Published in 1879-1890; public domain ((extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

26.  The Pulpit Commentary, Mt 17.9 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

27.  Comentário Bíblico Expositivo do NT – Warren W. Wiersbe, pg. 81-82 – Mt 17.22-27 (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

28.  Word Pictures in the New Testament (A. T. Robertson) – Mt 18.4 - Published in 1930-1933; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

29.  Leia o artigo “Quando um cônjuge é infiel” de Tim Jackson.

30.  Summarized Bible Complete Summary of the Bible – Keith L. Brooks – Mt 19.9 - Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

31.  John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible – Mt 20.10 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

32.  Marcos e Lucas enfatizam apenas um deles.

33.  David Guzik's Enduring Word Commentary – Mt 21.12-13 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

34.  Os cativeiros da Assíria e Babilônia e a destruição de Jerusalém no ano 70 a.D. poderiam muito bem se encaixar nessa descrição.

35.  Sugestão de leitura sobre esses assuntos: Salvação Seletiva, A fé dos Eleitos de Deus, O que um Deus soberano não pode fazer, Por quem Cristo morreu, Predestinação e Eleição, O que acontecerá com aqueles que nunca ouviram o evangelho.

36.  Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Mt 22.11-13 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

37.  Os filactérios eram quatro seções da lei, escritas em pergaminhos, dobrados no pelo de animais limpos e amarrados à cabeça e na mão. As quatro seções são as seguintes: a primeira Êxodo 13.2, a segunda Êxodo 13.11, a terceira Êxodo 6.4 e a quarta Deuteronômio 11.13 (John Gill's Exposition of the Entire Bible, 1690-1771).

38.  Os versículos 8-12 são dirigidos aos discípulos. Embora devamos respeitar as pessoas, seus estudos, preparos, posições e capacidades, devemos nos lembrar que tudo vem de Deus que a todos capacita.

39.  A porta para o reino dos céus é Jesus, mas além de não entrarem por essa porta, os escribas e fariseus estão impedindo que outros não O aceitem. Há sete “ais” que o Senhor Jesus proferiu contra eles.

40.  Duas vezes filhos do inferno porque ao buscarem um gentio sem Deus, além de não lhe mostrar o caminho da salvação o impedem de encontrar esse caminho.

41.  O Senhor Jesus disse para não fazer nenhum juramento, porém, os fariseus dividiam seus juramentos entre os confiáveis e os não confiáveis. Quando alguém jurava pelo templo ou altar podia quebrar o juramento, mas quando juravam pelo ouro do santuário ou a oferta do altar, então, não se podia quebrar o juramento. Por isso, Jesus disse “sim, sim e não, não”.

42.  Pércio Coutinho Pereira em resposta a um aluno em 2018

43.  Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Mt 25.1-13 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

44.  O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 608-609 – Mt 26.57 – Russell Norman Champlin (Editora Candeia – São Paulo – SP – 1ª ed. 1995 - 10ª impressão outubro de 1998)

45.  Jamieson, Fausset and Brown Commentary - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments - Rev. Robert Jamieson – Mt 27.5 - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

46.  Elaborado por Pércio Coutinho Pereira em 2014

47.  The People's New Testament - B. W. Johnson Published in 1889 – Mt 28.19 - public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

 



[1] Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

[2] Outline by Dr. David Hodging – The Gospel of Matthew message number 1 – Mt 1.1-17 (sem publicação ou data)

[3] Expositions of Holy Scripture (Matthew), pg. 197 – Mt 1.23 - Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

[4] A closer look at Matt 2:6 and its Old Testament sources - A. J. Petrotta, pg. 50 (Copyright 1997 by The Evangelical Theological Society and Galaxie Software – Março de 1985)

[5] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Mt 3.1-6 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

[6] Comentário Bíblico Moody – pg. 16 – Mt 4.1-11 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[7] Novo Comentário da Bíblia, pg.20-21 – Mt 5.1-9 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

[8] Os fariseus jejuavam todas as segundas e quintas-feiras e deixavam que todos vissem seus rostos abatidos.

[9] Vemos nos programas de TV apresentadores oferecendo reformas de casas, prêmios diversos, tratamento de saúde, cursos e empregos, mas sempre com o objetivo de levantar patrocinadores e alavancar a audiência. Também há casas de recuperação, hospitais beneficentes e outras obras sociais cujos princípios religiosos são ganhar merecimentos de Deus ou melhorar suas encarnações futuras.

[10] Comments on the Gospel of Matthew – Mt 6.3 – Leslie M. Grant (biblecentre.org 02/06/2007)

[11] “By their fruits you will know them” - Matthew 7 - by Larry Moyer (Sem publicação e data)

[12] Introdução e Comentário – Mateus – Mt 8.23-27 – pg. 73 – R.V.G. Tasker – Série Cultura Bíblica (Ed. Vida Nova – São Paulo – SP – 1ª ed. Brasileira 1980, reimpressão 2006)

 

[13] É comum abater um porco com 90 kg. O prejuízo, portanto, foi de mais ou menos 180 toneladas de carne, mais de 1 milhão de reais.

[14] Introdução ao estudo dos evangelhos e Evangelho de Mateus - Prof. Anísio Renato de Andrade (SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais – sem data de publicação)

[15] Notes on Matthew - Dr. Thomas L. Constable, pg. 165 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[16] As palavras hebraicas “gadol” e “rab” se referem a tamanho e quantidade. Nas referências acima mostram 7 vezes cada.

[17] O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 381 – Russell Norman Champlin (Editora Candeia – São Paulo – SP – 1ª ed. 1995 - 10ª impressão outubro de 1998)

[18] Comentário Bíblico Expositivo do NT vol. 1 – Mt 12.25-30 – pg. 53 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[19] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento – William MacDonald – Mt 13 - pg. 54 (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[20] A mostarda em um ano chegava a 8 mt. O cedro pode medir 40 mt de altura e 3 mt de diâmetro, portanto, a mostarda não é a maior das árvores. O crescimento mencionado por Jesus é anormal, assim como o evangelho na época do intervalo do reino.

[21] The Gospel of Matthew (part 2) - An Exposition Arno Clement Gaebelein – Mt 14 (biblecentre.org 08/06/2007)

[22] Corbã significa oferta que mais tarde veio a designar um voto irrevogável.

[23] A questão não é higiênica, mas religiosa. Jesus condena o esforço humano para agradar a Deus. Da mesma forma, não somos contra os vegetarianos, mas todo aquele que busca uma alimentação saudável para chegar a Deus, isto é doutrina de demônios (veja 1 Timóteo 4.1-5).

[24] Dr. Peter Pett's Commentary - Commentary Series on the Bible – Mt 15.5 - Copyright 2013 (extraído de e-sword versão 11.0.6 – 2016)

 

[25] A Popular Commentary on the New Testament – Mt 16.18 - Edited by Prof. Philip Schaff - Published in 1879-1890; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

 

[26] The Pulpit Commentary, Mt 17.9 - Edited by the Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., and by the Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Published in 1880-1897 extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[27] Comentário Bíblico Expositivo do NT – Warren W. Wiersbe, pg. 81-82 – Mt 17.22-27 (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[28] Word Pictures in the New Testament (A. T. Robertson) – Mt 18.4 - Published in 1930-1933; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[29] Leia o artigo “Quando um cônjuge é infiel” de Tim Jackson.

[30] Summarized Bible Complete Summary of the Bible – Keith L. Brooks – Mt 19.9 - Copyright 1919 (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[31] John Wesley's Explanatory Notes on the Whole Bible – Mt 20.10 (extraído de e-sword version 10.3.0 – 2014)

[32] Marcos e Lucas enfatizam apenas um deles.

[33] David Guzik's Enduring Word Commentary – Mt 21.12-13 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[34] Os cativeiros da Assíria e Babilônia e a destruição de Jerusalém no ano 70 a.D. poderiam muito bem se encaixar nessa descrição.

[35] Sugestão de leitura sobre esses assuntos: Salvação Seletiva, A fé dos Eleitos de Deus, O que um Deus soberano não pode fazer, Por quem Cristo morreu, Predestinação e Eleição, O que acontecerá com aqueles que nunca ouviram o evangelho.

[36] Poor Man's Commentary (Robert Hawker) – Mt 22.11-13 - Published in 1805; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

 

[37] Os filactérios eram quatro seções da lei, escritas em pergaminhos, dobrados no pelo de animais limpos e amarrados à cabeça e na mão. As quatro seções são as seguintes: a primeira Êxodo 13.2, a segunda Êxodo 13.11, a terceira Êxodo 6.4 e a quarta Deuteronômio 11.13 (John Gill's Exposition of the Entire Bible, 1690-1771).

[38] Os versículos 8-12 são dirigidos aos discípulos. Embora devamos respeitar as pessoas, seus estudos, preparos, posições e capacidades, devemos nos lembrar que tudo vem de Deus que a todos capacita.

[39] A porta para o reino dos céus é Jesus, mas além de não entrarem por essa porta, os escribas e fariseus estão impedindo que outros não O aceitem. Há sete “ais” que o Senhor Jesus proferiu contra eles.

[40] Duas vezes filhos do inferno porque ao buscarem um gentio sem Deus, além de não lhe mostrar o caminho da salvação o impedem de encontrar esse caminho.

[41] O Senhor Jesus disse para não fazer nenhum juramento, porém, os fariseus dividiam seus juramentos entre os confiáveis e os não confiáveis. Quando alguém jurava pelo templo ou altar podia quebrar o juramento, mas quando juravam pelo ouro do santuário ou a oferta do altar, então, não se podia quebrar o juramento. Por isso, Jesus disse “sim, sim e não, não”.

[42] Pércio Coutinho Pereira em resposta a um aluno em 2018

[43] Matthew Henry's Concise Commentary on the Whole Bible, Mt 25.1-13 (Published in 1706 extraído de e-sword version 10.3.0 - 2014)

[44] O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 608-609 – Mt 26.57 – Russell Norman Champlin (Editora Candeia – São Paulo – SP – 1ª ed. 1995 - 10ª impressão outubro de 1998)

[45] Jamieson, Fausset and Brown Commentary - A Commentary, Critical and Explanatory, on the Old and New Testaments - Rev. Robert Jamieson – Mt 27.5 - Published in 1871; public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[46] Elaborado por Pércio Coutinho Pereira em 2014

[47] The People's New Testament - B. W. Johnson Published in 1889 – Mt 28.19 - public domain (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

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