43 Marcos

Marcos

 

Introdução[1] - O Evangelho de Marcos (Jesus como O Servo, 10.45)

1.O autor é Marcos, o filho de Maria, de Jerusalém (Atos 12:12). Referido como João Marcos em Atos 12:25. Parente de Barnabé (Colossenses 4:10). Uniu-se a Paulo e a Barnabé em sua primeira viagem missionária (Atos 12:25; 13:5). Afastou-se temporariamente de Paulo (Atos 13:13; 15:37-39). Sua amizade com Paulo foi depois restaurada (2 Timóteo 4:11). A palavra-chave é “imediatamente”, repetida através do livro.

2.Marcos teve em mente os cristãos gentios. Parece claro que não foi adaptado especialmente aos leitores judeus, pelo fato de conter poucas referências às profecias do Antigo Testamento. A

explicação de palavras e costumes judaicos indica que o autor tinha em mente os gentios.

 

3.Os dezenove milagres registrados em seu curto livro demonstram o poder sobrenatural do Senhor.

 - Oito deles provam seu poder sobre as enfermidades (1:31, 41; 2:3-12; 3:1-5; 5:25; 7:32; 8:23; 10:46)

- Cinco demonstram seu poder sobre a natureza (4:39; 6:41, 49; 8:8-9; 11:13-14)

- Quatro demonstram sua autoridade sobre os demônios (1:25; 5:1-13; 7:25-30; 9:26)

- Dois demonstram sua vitória sobre a morte (5:42; 16:9)

 

4.Mais sobre o escritor Marcos. O escritor deste Evangelho não era apóstolo, mas, um obreiro ligado aos apóstolos. Era filho de uma das Marias do Novo Testamento a qual era pessoa de relativo conforto (Atos 12:12). Era sobrinho de Barnabé e foi por causa dele que Paulo e Barnabé discordaram (Atos 15:36-41). Admite-se que Marcos se converteu pela instrumentalidade de Pedro. Em todo caso, tornou-se seu companheiro e registrava as suas declarações. Marcos enfatiza os atos de nosso Senhor Jesus Cristo e não suas palavras.

 

5.Passagens inéditas, que só aparecem no evangelho de Marcos (3.7-12, 4.26-29, 7.31-37, 8.22-26, 11.20-26, 14.51-52, 16.14-18).

 

Capítulo 1: João Batista. O batismo. A tentação. Os discípulos. Endemoninhado em Cafarnaum. A sogra de Pedro. Jesus orando. A cura de um leproso.

1.Pouco material em Marcos é novidade, pois quase todos os incidentes são relatados nos outros evangelhos. Por exemplo, no primeiro capítulo, tudo o que acontece já está registrado em Mateus e Lucas. Abaixo, um quadro comparativo da pregação de João Batista nos evangelhos.

 

“Isaías e Malaquias falaram sobre o princípio do Evangelho de Jesus Cristo no ministério de João Batista. Pelo que estes profetas dizem, devemos observar que Cristo, pelo Evangelho, vem a nós trazendo um tesouro de graça e um cetro de governo. A corrupção do mundo é tamanha, que existe uma grande oposição ao seu avanço. Quando Deus enviou o seu Filho ao mundo, e quando o envia ao coração, encarregou-se e encarrega-se de preparar-lhe o caminho.”[2]

 

2.João Batista foi aquele que abriria o caminho para o ministério de Jesus Cristo. João Batista foi fiel e humilde, exaltando o Seu Senhor. O batismo de Jesus significou Sua identificação com aquela mensagem que Ele pregaria, que o pecador precisa mudar de pensamento para aceitar o reino que Ele mesmo estabelecerá. Em Marcos é o único evangelho que diz que Jesus estava com as feras. Os animais foram criados por Ele e seriam muito menos perigosos do que os homens do Sinédrio durante os três anos de ministério. Marcos menciona a prisão de João Batista. Jesus não parou de pregar porque o amigo e primo foi preso, mas foi para a Galileia pregando o evangelho. Jesus escolheu os discípulos e estes deixaram suas atividades e O seguiram, um exemplo para todos nós (v.1-20).

 

3.Os demônios têm medo de Jesus e sabem que o destino deles é a perdição eterna. Enquanto estão neste mundo com certa liberdade, procuram aprisionar suas vítimas, seres humanos sem Deus. Quando Jesus expulsou o demônio as pessoas pensaram se tratar de uma nova doutrina por causa da autoridade com que lidava com essa questão. Jesus curou a sogra de Pedro a qual não precisou de um tempo de recuperação, mas logo servia os discípulos e Jesus. As curas que Jesus realizou demonstravam a sua autoridade como Messias (v.21-34).

 

4.Mesmo sendo o próprio Deus, Jesus, enquanto esteve na terra, orava ao Seu Pai. Devemos também ser submissos a esse exemplo e buscar a direção de Deus para a nossa vida. A oração matutina, e até de madrugada, tem a vantagem de ser a primeira atividade do dia, longe das demandas profissionais, domésticas e estudantis. Jesus curou o leproso e respeitou a Lei de Moisés que exigia que a cura fosse atestada. A fama de Jesus se espalhou tanto que Ele precisava se isolar um pouco (v.35-45).

 

Capítulo 2: Cura e perdão de pecados. Levi. Jejum. O Senhor do sábado.

1.Onde Jesus estava uma multidão o acompanhava e, se fosse um lugar fechado, nem havia espaço para todos. Além do povo havia autoridades religiosas de toda a nação, até de Jerusalém e estavam longe dali ao norte do país, em Cafarnaum. Dessa vez, tiraram as placas do teto para descerem o leito do paralítico. Devia ser uma casa romana com telhas, mas teriam ripas o que dificultaria a entrada de um leito. Outros acham que eram placas de madeira revestidas com capim, cavacos e talvez estopa. Parece que é o telhado mais provável para caber o leito. Jesus não apenas o curou, mas perdoou-lhe os pecados. Isso sugere que a doença era devido a pecado. Os fariseus viam como blasfêmia, pois só Deus pode perdoar o homem. No entanto, só Deus pode curar um paralítico também. Eles deviam ficar confusos e reconhecer que Jesus era Deus. Era inédito para todos, pois nunca ninguém fizera aquilo (v.1-12).

 

“Uma casa antiga com o eirado plano devia ter uma escada que dava para cima, a qual poderia ter servido aos que carregavam o paralítico a subir sem dificuldade. Descobriram o eirado. Isso foi feito cavando a massa de capim, estuque, tijolos e sarrafos, conforme indica o exorysantes[3] de Marcos - fazendo um buraco.”[4]

 

2.Depois vemos o convite que Jesus fez a Levi para segui-Lo. Ele aceitou imediatamente, mas teve que deixar o seu recurso financeiro que não devia ser pouco. Mateus não quis deixar nenhum resquício de sua antiga vida, pelo contrário, despediu-se de todos com um banquete. É verdade que as perseguições já começaram assim que passou a seguir a Jesus, O próprio Mestre dele é criticado por estar no banquete com publicanos e pecadores. A resposta de Jesus reflete o espírito de seu ministério, ou seja, alcançar pecadores para o Seu reino. A expressão “escribas dos fariseus” significa que eram escribas do partido dos fariseus (v.13-17).

 

3.Não apenas os fariseus não aceitavam o ministério de Jesus, mas os próprios discípulos de João, os quais deveriam seguir a Jesus, pois João já apresentara Jesus como o Cordeiro de Deus, estavam criticando a falta da obrigatoriedade do jejum. A resposta de Jesus mostra que o jejum é algo feito, não como norma coletiva, mas como Ele ensino no sermão do monte, é particular e sem publicação posterior. Neemias também repreendeu o povo que queria fazer jejum em época de alegria. A doutrina de Jesus não é nova, porém, contém abordagem diferente para os legalistas. O pano novo é a doutrina de Jesus e a veste velha é a doutrina dos fariseus. Essa doutrina não suporta o ensino de Jesus, ela se rasga. A mesma analogia serve para o odre, um tipo de cantil, vasilha de couro para o vinho. Quando o vinho fermenta, o odre velho não suporte e se rompe (v.18-22).

 

4.Essa história só tem sentido por ter acontecido num sábado, pois a Lei permitia que viajantes pegassem algo para comer das fazendas por onde percorriam. Só não podia cortar com foice, pois era abuso (Dt 23.25). Jesus mostra que Davi se beneficiou dos pães que só os sacerdotes podiam comer e que os próprios sacerdotes trabalhavam aos sábados para colocar em ordem o serviço do Senhor. Jesus é o Senhor do sábado e, por isso, Ele tinha o direito de dizer que os fariseus estavam exagerando as normas da lei mais do que a adoração ao Senhor (v.23-28).

 

Capítulo 3: A cura no sábado. Cura de muitos. Os doze. A blasfêmia. A família de Jesus.

1.Os fariseus queriam acusar Jesus, pois encontravam Nele um concorrente. O povo estava presenciando um novo padrão de espiritualidade funcional, ou seja, não eram apenas palavras, mas atos misericordiosos de cura e ensino. Ele procurava o bem do povo e não o mal. O sábado era secundário em relação ao bem do sofredor. Até os inimigos (herodianos e fariseus) se juntavam para conspirar contra Jesus (v.1-6).

 

“Os rabinos concediam que se oferecesse socorro para quem estivesse em perigo, e a interpretação desta lei era liberal. Por outro lado, eles estavam aproveitando o sábado para urdir tramas a Jesus, tendo em mira seu assassínio. Surge a pergunta: o que é mais conveniente no sábado, a cura de Jesus ou a maquinação dos fariseus?”[5]

 

2.Jesus se retirou para o mar ou Lago da Galileia. Enquanto os fariseus e herodianos querem matar Jesus, há muitos que desejam segui-Lo, pelo menos por interesses físicos e materiais. Por causa dessa publicidade, Jesus preveniu os discípulos para sempre terem um barco à disposição para as fugas (v.7-12).

 

Capítulo 4: Parábolas. Candeia. Jesus acalma a tempestade

1.A parábola do semeador, já apresentada no evangelho de Mateus, é linda, pois apresenta a missão do próprio Jesus. Ele é o semeador dedicado, desejando que os nossos corações estejam preparados para a Palavra, a semente poderosa que germina para a vida eterna. Há dificuldades para o crescimento de uma planta, seja, o calor, os espinhos ou os pássaros. Assim como é difícil reter a mensagem dentro dos corações, pois há motivações diferentes para os que recebem a Palavra (v.1-20).

 

“Toda vez que um coração se abre para receber o evangelho, haverá aumento – não em medidas iguais, mas de acordo com a fidelidade e diligência de cada um.”[6]

 

2.O judeu estava recebendo bastante da semeadura de Jesus, como toda a nação já havia recebido, em toda a sua história, os avisos dos profetas e o auxílio dos sacerdotes. Agora, corria o risco de perder tudo o que tinha recebido, caso não atentasse para a obediência exigida. A luz não se escondeu para eles, porém, quando o mundo ama mais as trevas do que a luz, o seu julgamento está definido (v.21-25).

 

3.Um dia Deus ceifará todas as obras do homem. Parece que o mundo está sem a supervisão Dele, pois não vemos o julgamento acontecer. É como se Ele estivesse dormindo. Não devemos nos enganar. No momento certo, o qual só Ele sabe, o julgamento virá. Com toda a certeza, podemos nos antecipar e dizer que a morte já é o prenúncio do julgamento, uma vez que é impossível reverter ou melhorar após a vida. Temos esta vida para aceitarmos a Palavra e vivermos para Deus, servindo às pessoas sob com a compaixão Dele (v.26-29).

 

4.O reino de Deus não é grande, pela proporção da humanidade. Jesus já dissera que o caminho é estreito. Sendo assim, o texto nos apresenta um crescimento anormal. Isso, perfeitamente, pode indicar que o reino ou a mensagem do evangelho cresceu tanto que as aves aproveitadoras pousam nessa árvore. É bem nítido que muitos se aproveitam do evangelho, tendo nele uma fonte de lucro e poder, servindo-se do evangelho em vez de servirem a Deus (v.30-34).

 

5.Sabemos que o guarda de Israel não dorme nem cochila. Aqui vemos Jesus dormindo enquanto uma tempestade cerca o barco. Os discípulos entram em desespero. Será que pensamos que Jesus dormindo perdeu o controle da natureza que Ele criou? Não deveríamos pensar dessa maneira. Ele dorme, como homem que foi na terra, criando a oportunidade aos discípulos para enfrentarem os perigos da vida debaixo da confiança Naquele que cuida. Se assim não fosse, a repreensão de Jesus não teria sentido. Jesus não perde o controle, por isso, não podemos perder a fé (v.35-41).

 

Cumprindo as responsabilidades (Mc 1-4)

1.João Batista pregava o arrependimento (1.2-4)

2.Jesus deixou-se ser batizado por João (1.9)

3.Os anjos serviam a Jesus após a tentação (1.13)

4.Jesus pregava o arrependimento (1.14)

5.Os discípulos seguiam a Jesus (1.17-20)

6.O leproso curado deveria falar com o sumo sacerdote (1.44-45)

7.Os amigos do paralítico o locomoveram até Jesus (2.3-4)

8.Levi deixou a coletoria para seguir a Jesus (2.14)

9.Os discípulos deveriam providenciar um barco de fuga (3.9)

10.Os doze saíam para anunciar o evangelho (3.14-19)

11.Os ouvintes deveriam atribuir ao Espírito Santo as obras de Deus (3.28-29)

12.Os ouvintes deveriam fazer a vontade de Deus (3.31-35)

13.Os ouvintes deveriam ouvir e aceitar a Palavra de Deus (4.18-20)

14.Os que seguem a Jesus precisam crer em Seu poder e cuidado (4.40-41)

 

Capítulo 5: O endemoninhado Geraseno. A mulher com hemorragia. A filha de Jairo.

1.O pecado e Satanás escravizam as pessoas de modo terrível e impossível de saírem por si mesmas. No caso deste homem, ele deve ter dado algum tipo de abertura para que os demônios o aprisionassem de maneira mais cruel que ele nem mais parece um ser humano e nem mesmo um ser vivo. Ele vive no lugar dos mortos, não se sociabiliza, maltrata e não se deixa ser ajudado. Os familiares, por mais tristes que estavam com aquela situação, não podem recebê-lo em seu meio e nem viver com ele. Esse homem faz o mal aos outros, mas machuca a si próprio. Ao ver Jesus, ele não o adorava da maneira convencional, ou seja, voluntariamente. Os demônios é que não podem ignorar o Deus vivo e se prostram diante Dele. No entanto, estão preocupados em serem confinados em algum lugar de onde não terão acesso aos homens para continuar suas investidas malignas. O pedido dos demônios a Jesus causaria uma contenda, outra especialidade dos agentes de Satanás, pois os habitantes de Decápolis, por não serem judeus, criam porcos. Deve ficar bem claro que Jesus não obedece aos demônios. O fato de serem lançados aos porcos para em seguida saírem desses porcos, cumpre aos propósitos de Deus, ou seja, ainda não chegara o momento de lançar Satanás e os demônios ao Lago de Fogo. A operação demoníaca no mundo ainda segue até o dia em que serão eternamente lançados ao lugar preparado para eles e o Diabo (v.1-20).

 

“Alguns intérpretes acreditam que os proprietários dos porcos eram judeus que não obedeceram a proibição mosaica de comer porco (Lv 11.7). Jesus, então, teria que puni-los fazendo seus porcos morrerem. Entretanto, essa explicação é improvável devido à demografia da região de Decápolis (a maioria são gentios), de onde essa área fazia parte (cf. Mt 8.31).”[7]

 

2.Nem tudo estava perdido entre os líderes dos judeus. Alguns se submeteram a Jesus, crendo ser Ele o Messias de Israel. A necessidade faz com que pessoas busquem ajuda naquilo que acreditam pode lhes ajudar. Jairo crê que Jesus pode curar a filha e, por isso, enfrenta qualquer tipo de oposição e vai direto a Ele. Mesmo crendo em Jesus, a filha morreu. Porém, Jesus confortou Jairo e seguiu adiante para ressuscitar a menina. Evidentemente, os que não criam, mas eram amigos e familiares de Jairo zombaram da declaração de Jesus. A ressurreição dessa menina de 12 anos nos lembra outros dois incidentes de ressurreição. Quando Eliseu ressuscitou o filho da sunamita e quando Pedro ressuscitou Dorcas em Jope (v.21-24, 35-44).

 

3.Enquanto caminhava até a casa de Jairo, a multidão o seguia e uma mulher que já perdera a esperança de cura pelos médicos, seguia a Jesus crendo que somente Ele poderia resolver o seu problema que a perseguia há 12 anos. Os dois milagres de Jesus têm isso em comum. A filha de Jairo tinha a mesma idade que a mulher sofria de hemorragia. Aquela mulher tinha um problema constrangedor, tornando-a uma mulher com um ciclo, não de alguns dias por mês, mas permanentemente. Numa época e sociedade em que, por motivos religiosos, ela devia ficar longe da adoração coletiva, aquela mulher está se arriscando aparecer em público. A luta dela é social também. Na saúde, não era apenas o incômodo da hemorragia, mas a anemia que deveria ter devido à perda constante de sangue. Jesus permite que a cura aconteça de modo indireto, ou seja, ele não ordenou que a doença a deixasse, mas ela o tocou. Deus permitiu que pessoas fossem curadas pela sombra de Pedro e também com aventais de trabalho de Paulo (v.25-34).

 

Capítulo 6: Jesus é rejeitado. Os doze espalhando o evangelho. A morte de João Batista. A multiplicação. Jesus anda sobre as águas. Várias curas em Genesaré.

1.Sabemos que Jesus nasceu na Judeia, porém, passou a vida na Galileia. Poderíamos pensar que as pessoas viam isso como um privilégio, mas infelizmente não foi isso que aconteceu. Julgavam Jesus pela simplicidade familiar. Os pais eram pessoas simples. José não era nenhum intelectual, mestre da lei, mas um trabalhador braçal que lutava para sobreviver. Não eram ricos, como vimos na apresentação de Jesus ao nascer. Pessoas assim, que têm o privilégio de estar em contato próximo à Palavra de Deus, mas não aproveitam, serão julgadas mais severamente (v.1-6).

 

“Os ‘irmãos’ de Jesus (v.3), provavelmente, eram filhos de José e Maria, nascidos após Jesus ter nascido de Maria. A sugestão de que eles eram ou meios-irmãos de Jesus (filhos de Jessé de um casamento anterior), ou então primos de Jesus, não são interpretações naturais desse trecho e surgiram quando o estado de virgindade se tornou ‘mais sagrado’ do que o casamento, e, como consequência, a crença na virgindade perpétua de Maria foi se tornando popular.”[8]

 

2.O povo de Israel foi abençoado com uma comitiva de missionários ensinados pelo próprio Mestre divino, Jesus. O sustento foi garantido por Ele mesmo. O evangelho não devia ser fonte de lucro, mas um favor de Deus para as pessoas. A mensagem não era diferente daquela pregada por João Batista. Os pecadores não são enganados com promessas vazias e imediatas de prosperidade, mas é uma mensagem para os desesperados em resolver sua questão com Deus. São inimigos de Deus e, por isso, precisam mudar de pensamento sobre sua justiça própria. Os que não aceitavam a mensagem, pelo menos, tiveram a oportunidade de ouvir claramente o evangelho. Esse deveria ser o esforço da igreja e dos crentes, fazer com todos os habitantes da terra ouvissem o evangelho. Os menos alcançados precisam ter prioridade, pois há muitos que estão rejeitando e já se definiram contra Jesus (v.7-13).

 

3.Jesus foi confundido com João Batista por causa da mensagem e o estilo de vida, embora fossem bem diferentes quanto à apresentação à sociedade. Alguns até associaram os dois ao profeta Elias. Herodes foi bem afetado pela mensagem de João Batista, pois veio sobre ele como um juízo de Deus por causa do adultério e traição. Ele estava se relacionando indevidamente com a mulher do irmão dele. A cunhada e amante pediu que João Batista fosse morto e Herodes a atendeu. O próprio Herodes fez isso, mas não concordava. A pressão de algumas decisões faz com que as pessoas ajam contra sua vontade, porém, isso não as exime da culpa. Foi o caso de Pilatos, advertido pela esposa e pela própria consciência e senso de justiça, entregou Jesus a morte mesmo assim (v.14-29).

 

4.Jesus era sensível para com os discípulos e para consigo próprio, pois vivendo neste mundo como homem, precisava de refrigério e descanso de suas atividades. No entanto, após o breve descanso precisavam voltar às atividades. A multidão ensinada por Jesus não ficou sem alimento, pois Ele se responsabilizou por dar o lanche aos seus ouvintes. A compaixão de Jesus não era apenas por que não tinham o que comer, pois isso era circunstancial e resolvido com uns pães e peixes. O maior problema é que estavam há vários anos sem o alimento espiritual saudável para suas almas. Essa tem sido a situação de muitos frequentadores de ambientes religiosos. Não estão sendo nutridos com a Palavra de Deus (v.30-44).

 

5.Não importa quantos sinais e milagres Jesus praticasse na presença dos discípulos, eles sempre se impressionavam. Jesus se locomoveu de modo incomum. Ele andou sobre as águas para que os discípulos lembrassem que não estava seguindo um mestre humano, mas Aquele que domina as leis físicas estabelecidas por Ele próprio. A crença em seres espirituais estava presente na vida dos discípulos, pois se assustaram pensando em fantasmas. Além disso, o mar estava agitado e o medo dos discípulos era óbvio. Jesus, pacientemente, suportava a incredulidade dos discípulos, assim como tem feito conosco. Jesus não economizou poder para curar as pessoas, pois o poder de Deus não é racionado. Ele nunca precisou de promoções e eventos para se manifestar às pessoas. As necessidades estavam ali e Ele simplesmente satisfazia às necessidades imediatas da cura como um sinal de Sua divindade e para impressioná-las ao ponto de serem atraídas para crerem Nele (v.45-56).

 

Capítulo 7: Tradições humanas. As migalhas para os cachorrinhos. A cura do surdo

1.O ritualismo divide muitas boas amizades e aprisiona os adeptos em formas externas da religião. Os judeus acrescentaram regras e mais regras sobre a Lei de Deus. Perderam-se na legalismo, o qual passa a ser uma mentira, pois quando o legalista pretende se passar por obediente, ele precisa mentir para si mesmo ou particular a santidade, julgando-se acima dos demais e fazendo-se especial em relação às regras criadas por ele mesmo. No caso, o ritualismo era sobre a purificação dos objetos para comer. Não se trata de higienização, mas de justificação mediante ritos. Jesus denunciou uma prática abusiva dos filhos que deixavam de cuidar dos pais para oferecer o dinheiro da ajuda que seria para os pais, desviando para Deus, conforme diziam. Nem a obra de Deus justifica o abandono dos pais. Nisso, os obreiros, missionários, precisam estar atentos se estão realizando uma obra distante às custas do abandono dos pais. Paulo fala sobre o cuidado dos progenitores em 1 Tm 5.8. Jesus esclarece mais ainda o assunto, mostrando que há práticas pecaminosas que realmente contaminam o homem e não simplesmente a falta de uma água a mais em um prato que já estava limpo (v.1-23).

 

“No mercado o povo se reunia, juntando todos os tipos de raças de homens. Pelos padrões farisaicos seria impossível entrar em tal lugar som tocar em algo ou em alguém considerado impuro religiosamente falando, conforme as leis cerimoniais. Portanto, ao voltarem, o banhar o corpo era necessário a fim de tomar a pessoa religiosamente limpa. Quem se recusasse a isso era reputado incapaz da adoração pública ou privada. Imaginavam tolamente que o espirito e o coração fossem purificados por meio de observâncias rituais. A princípio provavelmente esses ritos eram meros sinais de santificação. Nas mãos dos legalistas fanáticos, porém, tornaram-se a própria santificação.”[9]

 

2.Impressionante a ousadia da mulher que queria a bênção da cura da filha. Ela desafiou um argumento de Jesus. Evidentemente, Jesus não perdeu para a mulher, mas ganhou, pois queria arrancar dela uma linda declaração de fé. Os gentios eram chamados de cães pelos judeus. Jesus não via assim, é claro, mas seguiu um tratamento que um judeu comum daria àquela mulher. Porém, a mulher não estava em posição de discutir supremacia racial, mas precisa urgente de ajuda em favor da filha. Jesus não encontrava em Israel fé tão viva (v.24-30).

 

3.Podia ser mais uma cura, dentre tantas que Jesus realizara, porém, aqui há uma recomendação de que não divulgasse o feito de Jesus. Ele já recomendou isso outras vezes, como o próprio texto nos indica ao usar o plural (lhes, eles, v.36). No entanto, as pessoas tocadas por Jesus não conseguem ficar caladas. Poderíamos dizer que é a única “desobediência” permitida por Jesus. Evidentemente, não é uma desobediência realmente, mas um desejo de falar do que viu, ouviu e experimentou. O Senhor não ficará contrariado pelos discípulos que divulgarem o Seu nome (v.31-37).

 

Capítulo 8: A segunda multiplicação de pães. O fermento dos fariseus. A cura de um cego em duas etapas. A confissão de Pedro. Jesus prediz Sua morte e ressurreição. O discípulo deve levar sua cruz.

1.Outra vez, Jesus multiplicou alimento para os seus ouvintes. Se temos ouvintes, queremos que estejam satisfeitos com as palavras e também alimentados fisicamente. Sabemos que a falta de alimento poderia prejudicar, inclusive, o aprendizado. Talvez a multidão não estivesse faminta durante o discurso, mas após isso teriam que voltar para os seus lares. A sensibilidade de Jesus se vê nos assuntos mais básicos da vida e não em complicadas e inúteis discussões teológicas. Não houve desperdício e nem desorganização. Um exemplo para os nossos afazeres e eventos (v.1-13).

 

2.O fermento é símbolo da maldade e mistura de doutrinas falsas. Os sacrifícios eram isentos de fermento e, por isso, Jesus advertiu os discípulos sobre os ensinos dos fariseus. São uma mistura da verdade com a maldade e erros doutrinários. Paulo disse para lançar fora o fermento da malícia. Os discípulos estavam entendendo errado, pensando que Jesus estava falando de pães. Isso indicava incredulidade, pois Jesus que multiplicou pães para uma multidão não precisava de abastecimento para levar para algum lugar. Precisamos sempre considerar os feitos de Deus para não duvidarmos de que Ele poderá fazer todas as vezes que for necessário (v.14-21).

 

3.O homem não era de Betsaida, pois Jesus mandou que não entrasse na aldeia, mas que voltasse para a casa. Jesus estava evitando publicidade, pois a rejeição já estava evidente. O cuspe é algo humilhante, mas era assim eu o cego deveria aceitar a cura. Provavelmente, ele não fosse um cego de nascença, pois reconhecia árvores e homens. Assim como a cura do homem foi realizada em duas etapas, talvez haja situações em nossa vida que ainda precisa ser completada por Deus (v.22-26).

 

“A clara visão do homem veio como resultado do segundo toque de Jesus. A verdade é geralmente percebida em níveis. Seria necessário um ‘segundo toque’ para trazer-lhes a clara percepção de quem é Jesus?”[10]

 

4.Jesus jamais precisou de aprovação do público. No entanto, Ele queria que os discípulos dissessem o que estavam ouvindo para comparar com o que eles estavam vendo e no que, de fato, criam. Ele queria trazer à compreensão deles uma declaração de fé espontânea e não um credo decorado. Pedro entendeu que Jesus era Aquele que estava prometido pelos profetas. Ele é o Messias, o esperado da nação. No entanto, a nação o rejeitara, por isso, Jesus não quer se apresentar como o Messias, sendo que não há receptividade por parte do povo (v.27-30).

 

5.A mesma pessoa que declara a fé em Jesus, pode, por fraqueza de propósito ou por ceder às tentações do diabo, negar os planos de Deus. Pedro não queria saber da morte de Jesus, pois queria tê-Lo perto para sempre. No entanto, ao rejeitar a morte de Jesus, o adorador deixa de adorar a Deus verdadeiramente. A morte de Cristo na cruz é parte essencial de nossa fé. Tudo começa com a cruz (v.31-33).

 

Quase bom

1) Projetos profissionais ou ministeriais em andamento.

2) Relacionamento não bem acertado com cônjuge.

3) Quebra do saudosismo. O sucesso ou fracasso passado impedindo de ver a situação atual.

4) Uma doença não curada completamente. Talvez só se resolva na transformação do corpo, na glória.

5) Nem todos os familiares salvos.

6) Pessoas cobrando por resultados e você ainda não terminou o que precisa fazer.

7) Mudança de residência ou cidade acontecendo aos poucos.

8) Reforma ou construção da casa.

9) Pagamento de uma dívida.

10) Transformação de caráter e crescimento espiritual.

6.É a primeira vez que aparece a palavra cruz e isto deve ter assustado os discípulos. Jesus já havia falado de Sua morte e agora fala da morte dos discípulos. Não necessariamente a morte física, embora fosse uma grande possibilidade no ministério de cada um, mas a autonegação. Tomar a cruz é algo voluntário e humilhante. Nossas vontades são muitas e todas precisam se sujeitar à cruz de Cristo. Para seguir a Cristo é necessário decidir não deixar o mundo se intrometer nesse relacionamento. As vontades precisam ser sufocadas. Algo se perderá e é o que de mais valioso temos, a vida. Seguir a Cristo é um prejuízo de vida, aos olhos do mundo, mas obrigatório para se obter as bênçãos celestiais do relacionamento com Ele. O modo como nos relacionamos com Jesus neste mundo refletirá na eternidade. Teremos prêmio glorioso ou algum tipo de vergonha que somente Ele poderia explicar do que se trata. A seguir, em 9.1, Jesus promete revelar-lhes algo da glória antes que morressem. Isso Ele fez no Monte da Transfiguração (v.34-38).

 

Seguir a Jesus

1) É uma decisão (“se alguém quer”)

2) É uma autonegação

3) É doloroso e mortal (cruz)

4) É uma perda aos olhos humanos

5) Tem uma causa: o Evangelho

6) É um investimento (perder para ganhar)

7) É uma avaliação de escolha (que aproveita...)

8) É um assunto eterno (em troca da alma)

9) É uma separação (geração adúltera e pecadora)

10) Tem consequência na eternidade (quando vier na glória)

 

Mudança de atitude (Mc 5-8)

1.Em vez de ir deveria ficar (5.17-20)

2.Em vez de ocultar-se deveria revelar-se (5.28-34)

3.Em vez de rirem deveriam admirar-se (5.39-42)

4.Em vez de rejeitarem deveriam aceitar (6.5-6)

5.Em vez de abastecerem-se deveriam despojar-se (6.8-9)

6.Em vez de lamentar-se não deveria jurar (6.26-27)

7.Em vez de reterem deveriam distribuir (6.37-44, 8.4-8)

8.Em vez de temerem deveriam crer (6.49-52)

9.Em vez de criarem regras deveriam guardar o que é bíblico (7.6-9,13)

10.Em vez de desistir de um pedido deveria insistir (7.27-30)

11.Em vez de pedirem sinal deveriam ler as Escrituras (8.11-13)

12.Em vez de falar o que não entende deveria aprender (8.32-33)

13.Em vez de poupar a vida deveria entregá-la a Deus (8.34-38)

 

Capítulo 9: A Transfiguração. Elias e João Batista. O jovem possesso. Nova predição da morte e ressurreição. O maior no reino. Tolerância. Tropeços. Sal da terra

1.Provavelmente, esse incidente é a explicação às palavras de Jesus de que alguns discípulos veriam o reino antes de morrerem. Jesus permitiu que vislumbrassem o reino que viria. Neste reino haverá Moisés, Elias, João Batista e todos os servos de Deus do passado. A glória de Jesus foi vista em Seu corpo físico. Lucas diz que os discípulos estavam dormindo, mas acordaram e viram toda essa glória e ouviram o Pai aprovando o Seu eleito, Jesus. Pedro não queria sair daquele retiro espiritual e se propôs a fazer tenda (de vegetação entrelaçada) para os três. Ele mesmo não se incomodaria de ficar de fora da tenda (v.1-8).

2.Jesus não queria que os discípulos divulgassem aquela visão. Havia rejeição e não estavam preparados para o reino. Os próprios discípulos ainda não entendiam que Jesus morreria e ressuscitaria. Por terem acabado de ver Elias, surgiu a curiosidade sobre a profecia de Malaquias 3 que diz que antes da vinda do Messias, Elias deveria vir. Elias já veio no monte da Transfiguração, mas Jesus estava comparando a João Batista. Assim como Elias foi rejeitado, João Batista também e o próprio Jesus o seria (v.9-13).

 

O monte da transfiguração e o vale da máscara

 

O monte da transfiguração

O vale da máscara

É um vislumbre da glória eterna

É uma ilusão da glória terrena

É o poder de Deus

É a arrogância do homem

É contemplação do divino

É a ostentação do humano

É uma transformação interior

É uma máscara externa

É veste branca

É roupa suja

É a aparição dos heróis da fé

É a idolatria dos heróis deste mundo

É assunto espiritual

É conversa mundana

É prazeroso ficar ali

É sofrido ficar aqui

É assustador para o homem

É agradável para o homem

É nuvem de glória

É nuvem de confusão

É voz de Deus

É voz dos homens

É exaltação de Jesus

É exaltação do homem

É assunto da gloriosa morte de Cristo

É assunto da vida miserável do homem

 

3.Os discípulos são limitados, pois não creem. Não é o tamanho da fé, pois a menor fé já é suficiente para agradar a Deus. A fé também não sensibiliza Deus. Simplesmente, Ele é bondoso e satisfaz o homem. A fé é uma confiança, mas a fé não é para nos servir e, sim, para servir a Deus, pois Ele quer que confiemos Nele, pois isso o agrada. A discussão dos escribas girava em torno do poder de alguém para resolver a situação do jovem possesso. Os discípulos não conseguiram. Não sabemos a razão, mas talvez estivessem medindo forças com os escribas. A ajuda ao próximo jamais deveria ser debate de popularidade e força, mas de amor. O próprio Jesus não gostou da atitude dos discípulos. Ele deu oportunidade para o homem contar um pouco de sua angústia. O homem crê, mas também é limitado. Jesus aceita a confiança, mesmo que deficiente. Não é o tamanho da fé que realiza as obras de Deus, mas o próprio Deus que Se agrada de nos presentear com Suas realizações. Os discípulos se preocuparam com o seu próprio fracasso. Jesus aproveitou para dizer que a vida deles não é tão dedicada ao Senhor. É curioso pensar se, naquela situação, estivessem Pedro, Tiago e João, o demônio seria expulso. Lembremos que os três estavam com Jesus no Monte da Transfiguração. O sofrimento alheio levanta várias discussões (v.14-29).

 

O sofrimento alheio

1.Levanta discussões e teorias

2.É muito real para quem passa

3.Quase sempre Deus não se agrada de como lidamos com o sofrimento alheio

4.Todo sofrimento alheio tem uma história antiga

5.Jesus se importa com a história do sofrimento alheio

6.Sentimo-nos incapazes diante do sofrimento alheio

7.Não nos dedicamos o suficiente ao sofrimento alheio

4.Os sofrimentos e morte de Jesus sempre levantaram dúvidas nos discípulos. Eles só compreenderam depois de Sua ressurreição e, ainda assim, com dificuldade. No entanto, eles não perguntavam a ele sempre que tinham dúvidas. As respostas de Jesus geravam outras perguntas. Eles também, assim como nós, não queriam ser reputados como ignorantes ou alguém que não tivesse intimidade com o Mestre (v.30-32).

 

5.Os discípulos tinham inveja um do outro, assim como acontece em nosso meio também. No caso dos discípulos, a experiência da Transfiguração aqueceu os ânimos dos nove contra os três. A necessidade de saber quem é maior ou o preferido atormenta as mentes das pessoas. A corrida por diplomas, posição, aceitação e tudo o mais que demonstra nossa corrida ao sucesso entre os homens nos faz agir como crianças. Jesus ilustra exatamente usando uma criança com idade cronológica para ensinar aqueles que são crianças em maturidade espiritual. Uma criança tem muito a nos ensinar quando aplicamos a sua inocência à nossa sagacidade (v.33-37).

 

A inocência de uma criança

A sagacidade do adulto

1.Uma criança tem argumentos simples

1.Adultos têm argumentos complicados

2.Uma criança erra e esquece

2.Adultos são consumidos pela culpa

3.Uma criança compete e volta a ser amiga

3.Adultos se afastam para sempre do concorrente

4.Uma criança chora e logo ri

4.Adultos se afogam em amargura por anos

5.Uma criança abraça logo após ser humilhada

5.Adultos se separam do ofensor para sempre

6.Uma criança brinca livremente

6.Adultos se estressam até para ter lazer

7.Uma criança corre para se divertir

7.Adultos correm atrás do vento e da perturbação

8.Uma criança dá e esquece

8.Adultos emprestam, vendem e não dormem

9.Uma criança esquece

9.Adultos são atormentados por lembranças

10.Uma criança ama a família do jeito que é

10.Adultos estragam as famílias por quererem mudá-la

11.Uma criança ganha e esquece de suas vitórias

11.Adultos colecionam troféus para não se esquecerem nunca de suas vitórias

12.Uma criança honra os pais (adolescentes talvez não)

12.Adultos abandonam os pais

13.Uma criança ignora os maus-tratos

13.Adultos ignoram no momento para revidarem depois

14.Uma criança ri com sinceridade

14.Adultos precisam rir para manter a amizade

15.Uma criança não respeita limites

15.Adultos limitam até a sua fé em Deus

 

 “O início da Escola Dominical, como a conhecemos hoje, deu-se em 20 de julho de 1780 na cidade de Gloucester. Gloucester era uma cidade importante da Inglaterra no período pós Revolução Industrial. Robert Raikes foi o fundador da Escola Dominical. Raikes preocupava-se muito em melhorar as condições das prisões, visando a regeneração dos criminosos que para ali eram conduzidos. Descobriu que o abandono em que viviam as crianças pobres da localidade e as suas atividades, também aos domingos, eram um estímulo à prática do crime. Fundou, então, uma escola que funcionava aos domingos porque as crianças e os jovens trabalhavam 6 dias por semana, 12 horas por dia. Usava a Bíblia como livro de estudo, cantava com os alunos e ministrava-lhes, também, noções de boas maneiras, de moral e de civismo. De 1780 a 1783, sete Escolas já tinham sido fundadas somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média. Em 3 de novembro de 1783, Robert Raikes, triunfalmente, publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida das crianças.”[11]

6.O tema da disputa em saber quem é maior continua aqui sob o tema falta de tolerância e ciúmes. A preocupação em preservar aquilo que supostamente é seu leva o homem a implicar até com os que estão fazendo o bem. Os discípulos viram alguém que fazia o bem aos outros em nome de Jesus, porém, não estavam acompanhando Jesus como os doze. Eles entendiam que havia um tipo de franquia e que somente eles poderiam executar as obras de Jesus. O interessante é que nove deles não conseguiram expulsar o demônio do menino epilético e surdo-mudo. É claro que Jesus não está abençoando charlatões e falsos profetas. Ele sabia de quem estavam falando e, por isso, tranquilizou os discípulos. Jesus incentivou cooperadores, isto é, pessoas não envolvidas integralmente em um ministério, mas que ajudavam de várias maneiras (v.38-41).

 

7.Após Jesus usar como exemplo uma criança, ele fala dos tropeços a um dos pequeninos. A suposição era ligar esses pequeninos às crianças, mas neste caso os pequeninos se referem aos crentes de quaisquer idades. O escândalo pode fazer pessoas tropeçarem na fé e isso é tão grave que é melhor morrer ou ser desfigurado e aleijado do que desviar alguém da fé. O tropeço pode ser contra alguém ou pode ser os desejos próprios contra a própria fé. Alguns, no decorrer da história, levaram esse ensino ao literal e tiveram membros decepados. O Senhor Jesus não está dando um antídoto contra os desejos pecaminosos, uma vez que estão arraigados na natureza humana que é da geração adâmica. Ele não está ensinando a penitência ou flagelos, mas está mostrando a realidade do pecado na natureza humana e a necessidade de autodomínio. Só é possível isso com a atuação do Espírito Santo controlando o crente. Jesus encerra esse sermão lembrando que o crente é sal e isso dá um tempero especial em nossos relacionamentos para não escandalizar ninguém e termos paz uns com os outros. O fogo do versículo 49 não é o fogo de condenação, mas o de purificação. O sofrimento é o fogo purificador pelo qual o crente passa. Em resumo, não precisamos medir forças para saber quem é mais forte e nem discutirmos para saber quem é o maior (v.42-50).

 

Fazendo o irmão fraco tropeçar

1.Não dando graças a Deus por tudo

2.Não demonstrando alegria

3.Não cooperando no evangelho

4.Não perseverando na vida cristã

5.Não dependendo da graça de Cristo para o sustento

6.Não dependendo da graça de Cristo para os relacionamentos

7.Não dependendo da graça de Cristo para o casamento

8.Não dependendo da graça de Cristo para a saúde

9.Não dependendo da graça de Cristo para o sofrimento

10.Não demonstrando amor pelas pessoas

 

Capítulo 10: Divórcio. As crianças. O homem rico. O pedido de Tiago e João. O cego Bartimeu.

1.Que assunto difícil em todas as épocas e lugares. O casamento não foi instituído pelo homem, mas por Deus. A multiplicação de pessoas neste mundo se daria pelo casamento e não simplesmente pelo relacionamento sexual descompromissado. As brigas seriam intensas entre os pares, se não houvesse o casamento. Em todos os lugares, o casamento é, de alguma forma, um limite para a imoralidade. O divórcio é uma violação dessa união, deixando a sociedade enfraquecida na moralidade e fidelidade. Porém, o adultério faz com que essa instituição sagrada fique anulada, permitindo uma separação, ou seja, o divórcio. O recasamento já é também estabelecido por Deus através da resposta à carta aos coríntios escrita por Paulo no capítulo 7. Algumas pessoas, infelizmente, acham que a carta de Moisés dá o direito ao divórcio. Jesus disse que foi por causa da dureza do coração que surgiu a carta. As pessoas que se divorciam, exceto por causa da infidelidade conjugal, estão assumindo que têm o coração endurecido para as coisas de Deus. Isso não é uma bênção, pelo contrário, desqualifica alguém para servir a Deus em Sua obra como líder (v.1-12).

 

“Naquele tempo, havia dois pontos de vista conflitantes sobre o divórcio que dependiam da forma como se interpretava a expressão coisa indecente em Deuteronômio 24:1-4. Os seguidores do rabino Hillel eram bastante tolerantes em suas interpretações e permitiam que um homem se divorciasse de sua mulher por qualquer motivo, até mesmo se ela queimasse a comida. A escola do rabino Shammai, por outro lado, era bem mais rígida e ensinava que as palavras coisa indecente referiam-se somente a pecados anteriores ao casamento. Se um recém-casado descobrisse que a esposa não era virgem, teria, então, permissão para se divorciar.”[12]

 

2.As crianças fizeram parte do ministério de Jesus na terra, como até hoje nós temos a responsabilidade de levá-las ao Senhor. Jesus apenas deu uma nova abordagem, mas Deuteronômio já nos ensinava a ensinar os pequeninos através do ensino formal e do exemplo. Sempre há oposição em relação a conduzir crianças aos caminhos de Deus. Alguns acham que é muito cedo, outros atribuem às crianças tanta pureza que julgam não ser necessário o evangelho. Algumas pessoas, infelizmente, também acham que a mensagem do inferno é muito prejudicial para as crianças. Jesus quer que conduzamos os pequeninos até Deus e o evangelho. Não há evangelismo sem a pregação do pecado e condenação (v.13-16).

 

3.O homem rico precisava entender que ao chamar Jesus de bom, ele estava dizendo que Jesus é Deus, pois só Deus é bom no sentido restrito da palavra. O homem estava sendo presunçoso, pois ninguém consegue guardar os mandamentos de Deus devido à natureza pecaminosa. Porém, o texto diz que Jesus o amou. Ao dizer para vender tudo, dar aos pobres e segui-Lo, não sabemos se Jesus realmente estava exigindo isso ou apenas mostrando ao rico que ele ainda está preso às coisas materiais e, portanto, não ama a Deus acima de tudo. O homem ficou triste, assim como muitas pessoas porque elas queriam seguir a Jesus, mas não abrir mão de sua própria justiça. Os discípulos acharam impossível servir a Jesus integralmente. De fato, só Ele operando em nosso coração é que será possível agradar a Deus. Ninguém sairá perdendo ao dedicar sua vida a Jesus. Jesus fala da recompensa e logo em seguida fala de Sua prisão e morte (v.17-34).

 

4.Por estilo de vida entendemos a maneira de viver ou filosofia de vida, ou ainda, a mentalidade que rege a vida de alguém. Não se pode julgar os desígnios do coração de uma pessoa, porém, ao observar o estilo de vida de alguém é possível saber, até com antecedência, qual a atitude e reação dessa pessoa diante de algumas situações. O iracundo, por exemplo, por causa de seu estilo de vida, apresenta raiva em determinadas situações. O preguiçoso, por causa de seu estilo de vida, é negligente em algumas tarefas. Há, também, estilo de vida correto. Por exemplo, uma boa dona de casa, por causa de seu modo de viver, reage com preocupação quando a casa está desarrumada e coloca todos para trabalhar. Este texto é quase exatamente a cópia de Mt 20.20-28. A única diferença é que em Mateus sabemos que o pedido foi feito não pelos dois irmãos, mas pela mãe deles. Possivelmente era a Salomé, tia de Jesus, aproveitando-se da intimidade familiar. Tentando manter um estilo de vida vaidoso (ou pretensioso) queriam que o Mestre reservasse um bom status no reino que Ele estabeleceria na terra. Por causa de nosso estilo de vida pretensioso, acabamos por gastar nossas forças em manter uma aparência de superioridade às pessoas. Isto reflete falta de humildade, essencial para um discípulo de Jesus (v.35-37).

 

5.O caminho para a honra é a humildade e submissão. Quando não há este estilo de vida, os desejos do coração são pretensiosos. Por isso, Jesus disse que não sabiam o que estavam pedindo. A glória de Jesus reconquistada foi pelo caminho da submissão. Jesus teve que beber o cálice do sofrimento e não da vaidade. Jesus teve que passar pelo batismo da morte e não da honra e das glórias. O estilo pretensioso dos dois discípulos não permitia que enxergassem esse estilo de vida submisso de Jesus e achavam que podiam passar por esse caminho da maneira que regiam suas vidas, pois estavam pensando no conceito judaico de cálice, que é alegria (Sl 23.5, 116.13). A carne sempre procura ser glorificada, antes de ser crucificada; enquanto a submissão de Jesus levou à morte de Cruz antes de levá-Lo à glória com o Pai. Um dia o estilo de vida pretensioso dos dois discípulos seria substituído pelo estilo de vida submisso de Cristo. Tiago e João beberiam o cálice amargo dos mártires, ou senão do sofrimento. Jesus, em seu auto esvaziamento (kenosis), submeteu-se à autoridade do Pai em todos os assuntos. Por exemplo, aqui deixando a autoridade de colocação no reino para o Pai e em outro lugar privando-se do conhecimento de sua própria vinda (v.38-40).

 

6.Os dez não eram tão maduros para se compadecer dos dois discípulos e apoiar o ensino de Jesus, antes estavam indignados por estarem sendo passados para trás. Nos próximos versículos Jesus resolve o problema de todos que são pretensiosos e invejosos. Em outra ocasião, por causa de seu estilo de vida invejoso, criticaram alguém que excedeu-lhes na humildade para com o Mestre (Mt 26.6-10). Por causa de nosso estilo invejoso de vida, somos capazes de nos alegrarmos com os erros dos irmãos e nos indignarmos quando estão acertando na vida cristã. Jonas, por causa de seu estilo de vida invejoso, desejou a destruição do povo de Nínive, que estava recebendo a atenção de Deus (v.41).

 

7.Jesus, sabendo o estilo de vida de seus discípulos, e vendo que todos desejavam o que João e Tiago pediram, mostrou-lhes um novo modo de viver. O mais comum em qualquer relacionamento é sobrepor-se uns aos outros. As pessoas são vistas como degraus, onde “quem pode mais chora menos”. Jesus ensina um novo estilo de vida, que é colocar-se à disposição uns dos outros. Alguém disse: “a disputa do povo de Deus deve ser por quem serve mais”. Há um desejo de todos em ser o primeiro. O caminho é o serviço. Jesus veio para servo e cumpriu isso em todo o decorrer de sua vida e provou seu serviço na Cruz. O ex-jogador de futebol, Gérson, tenta inutilmente desfazer a imagem que ganhou por causa de seu estilo de vida, publicado em uma propagada com o jargão “para você que quer levar vantagem”. A maneira como pensamos refletirá em nossa maneira de viver. Seremos conhecidos pelo estilo de vida que adotarmos. Quanto mais conhecermos a Jesus, mais ganharemos do Seu estilo (v.42-45).

 

Os estilos de vida (Mc 10.35-45)

1.Um estilo de vida pretensioso (v.35-37)

2.Um estilo de vida submisso (v.38-40)

3.Um estilo de vida invejoso (v.41)

4.Um estilo de vida serviçal (v.42-45)

 

8.O cego fez uma linda declaração, a qual deveria ser confessada por toda a nação, reconhecendo Jesus como o Messias de Israel, o descendente de Davi. O povo repreendeu o cego, representando, sem perceber, toda a nação que estava rejeitando a Jesus. Eles estavam seguindo Jesus fisicamente por causa dos benefícios materiais e curas, mas não o seguiam de coração. O cego não podia segui-Lo fisicamente, mas de coração estava adorando ao Filho de Deus (v.46-52).

 

Capítulo 11: A entrada triunfal. A figueira. A purificação do Templo. A autoridade de Jesus.

1.A entrada de Jesus em Jerusalém cumpriria a profecia de Zacarias. Ele entraria de modo humilde, mostrando esse aspecto do ministério, o qual o mundo religioso da época não aceitava. Jesus deu a oportunidade para o dono do animal servi-Lo com o que possuía. Assim deve ser nossa vida diante da obra de Deus. Temos o privilégio de servir a Deus, servindo os seus obreiros. As pessoas tiveram uma boa aceitação quanto à entrada de Jesus em Jerusalém, mas pelo que acontece depois, sabemos que não era uma adoração genuína (v.1-11).

 

2.Corremos o risco de não compreendermos essa passagem, se não aceitarmos que Deus tem um plano para a nação de Israel e uma repreensão também. A nação de Israel é simbolizada pela videira, oliveira e figueira. Jesus não estava irado contra a Sua própria criação, a árvore. Ele estava julgando a nação de Israel através daquele ato de secar a figueira que não produzia frutos. A nação de Israel deveria produzir fruto de arrependimento, mas ficou contra o Messias e, portanto, secou-se em sua incredulidade. A nação de Israel voltará a ocupar um lugar especial nos planos de Deus num terrível período chamado Tribulação ou angústias de Jacó (v.12-14, 20-26).

 

3.Jesus assumiu a sua posição, a de dono da adoração no Templo. O Pai Celestial estabeleceu aquela casa para que o povo adorasse e obedecesse a Deus. O que estava acontecendo ali era uma exploração dos viajantes, cobrando lucros exorbitantes no câmbio das moedas e no preço dos animais para o sacrifício. Não era proibida nenhuma dessas práticas, porém, o local estava inapropriado e também os preços abusivos. A multidão, meio perdida em sua própria crença, ainda assim, admirava a autoridade de Jesus. Os líderes judaicos queriam matá-lo, pois Ele mudava muito a rotina e o conforto daqueles que estavam lucrando com os rituais e tirando o conforto deles que estavam vivendo sua própria justiça (v.15-19).

 

“Concluímos que não há objeções convincentes para a autenticidade da explicação da ação de Jesus no templo em Mc 11.17. Do ponto de vista literário, não há evidência que Mc 11.17 seja redacional [ou seja, que foi inserido no texto mais tarde]. Do ponto de vista histórico, a explicação de Jesus sobre sua ação no templo é inteligível ao interpretarmos isto, não como sendo sua objeção ao câmbio da moeda e a venda de animais para o sacrifício em si, mas como sendo sua objeção à execução desses serviços na parte exterior do templo. Nós temos, em outras palavras, removido todos os impedimentos para a aceitação da autenticidade de Marcos 11.17.”[13]

 

4.Os judeus estavam sempre tentando, mas sem sucesso, derrubar Jesus com as próprias palavras. Ele jogava de volta a eles, praticando o contra-argumento. Eles acabavam optar pelo silêncio. A única maneira de fazer algum mal a Jesus seria fazendo falsas acusações, o que, de fato, aconteceria. Ao colocar a autoridade de João Batista comparada à sua própria, Jesus coloca os fariseus numa situação delicada, pois o povo gostava muito de João Batista quando este estava vivo e pregando (v.27-33).

 

 

 

Capítulo 12: Os lavradores maus. Impostos. A Ressurreição. O grande mandamento. O filho de Davi. Os escribas. A viúva pobre.

1.A parábola dos lavradores maus é de fácil interpretação para quem está acostumado a ler o Antigo Testamento, especialmente, os profetas. Deus sempre alertou o povo através dos profetas, mas a nação sempre os rejeitava. Finalmente, Deus envia o maior de todos os profetas. O profeta prenunciado por Moisés. No entanto, nem mesmo a esse o povo quis ouvir. Por fim, mataram-no. Este é Jesus Cristo. A vinha passará a outro. Deus rejeitará a nação de Israel e buscará os gentios. Os líderes judaicos compreenderam a parábola, dessa vez, pois esta falava contra eles (v.1-12).

 

2.Jesus não veio ensinar nenhum tipo de anarquia ou rebeldia contra o governo. Alguns governos são mais justos do que outros. Devemos orar pelas autoridades. O imposto que pagamos, justo ou não, não nos fará mais pobres diante de Deus. Nossa recompensa celestial está garantida. Seria muito bom viver em lugares justos, mas mesmo que isso não seja possível, não podemos perder nosso bom testemunho. De modo geral, o governo humano funciona. Os impostos serão revertidos para a sociedade e todo tipo de injustiça e violência será controlado pelo governo (v.13-17).

 

“O crente deve obedecer e sustentar o governo sob o qual ele vive. Ele não deve falar mal de seus governantes nem trabalhar para derrubar o governo. Ele deve pagar os impostos e orar por aqueles em autoridade. Se apelam para que ele faça algo que vá violar sua lealdade superior a Cristo, ele deve se recusar e suportar o castigo. O direito de Deus deve vir em primeiro lugar. Ao defender tais direitos, o cristão deveria sempre manter um bom testemunho perante o mundo.”[14]

 

3.Até entre os líderes judaicos havia desacordo. Os saduceus não criam na ressurreição, os fariseus criam. Os saduceus tentaram pegar Jesus em uma situação fictícia bem elaborada. Jesus mostrou qual é a situação daqueles que vão morar com Deus. As coisas deste mundo não podem interferir na adoração no céu, por isso, a premissa dos saduceus já estava errada. Não havia como seguir com o diálogo, sendo que a argumentação estava completamente equivocada. No caso, o argumento era manipulador. Se não há ressureição, não tem porque crerem no Deus dos patriarcas, pois Ele é Deus dos vivos e não dos mortos. Eles estão vivos para Deus e Deus vivo para eles (v.18-27).

 

4.Os testes não acabavam. Jesus estava sempre no trono de julgamento dos homens. Ele sempre escapou da condenação do homem, exceto quando o julgamento não foi justo, o qual resultou em Sua morte. Um dia, Ele julgará do Seu trono de justiça. O homem terá como se livrar? Voltemos ao teste aplicado com a pergunta do maior de todos os mandamentos. Jesus responde com o famoso “Shema” de Deuteronômio 6.5. O texto começa com a palavra “Shema”, ou seja, “Ouça, Ouve”. O povo de Israel precisava ouvir claramente esse mandamento, que há apenas um Deus. Jesus não é o segundo Deus. Ele é o próprio Deus juntamente com o Pai e o Espírito Santo. Essa incompreensível triunidade faz Dele ser único. Jesus ampliou o mesmo mandamento, mostrando que não há como amar a Deus e não amar o objeto do amor Dele, o ser humano. A pessoa que testou Jesus estava no caminho do verdadeiro conhecimento (v.28-34).

 

5.Como não mais faziam perguntas para Jesus, chegou o momento Dele questionar as mentes fracas das pessoas. O homem não tem pensamentos claros quando se trata dos assuntos espirituais. Todos reconheciam que as Escrituras falavam do filho de Davi que será o Messias. Para Davi chamar o seu descendente de Senhor, esse descendente precisava ter existido antes de Davi. Então, Jesus se coloca como o próprio Deus, o qual é eterno e pode aceitar que Davi O chame de Senhor (v.35-37).

 

6.Os escribas estavam na linha de tiro de Jesus. Os costumes dos escribas giravam em torno deles mesmos. Faziam tudo para que todos os reverenciassem. Eles também amavam o dinheiro e não tinham escrúpulos de tirar o dinheiro das viúvas. Os aproveitadores do evangelho sempre se justificam com palavras bonitas e promessas falsas, por isso, se não houver denúncia através dos ensinos bíblicos verdadeiros, as pessoas não terão como se livrar dos falsos profetas (v.38-40).

 

7.Tendo mencionado como os escribas enganavam as viúvas, Jesus mostra o valor da simplicidade de uma viúva pobre que ofertou tudo o que tinha. Era pouco, mas o Senhor reconheceu que ela deu mais do que os demais, pois foi do seu sustento total que ela ofertou. Assim como a viúva de Sarepta que sustentou o profeta Elias. Há muitas promessas no Antigo Testamento do cuidado que Deus tem pelas viúvas, órfãos e estrangeiros. Sendo assim, temos certeza que aquela viúva não ficaria desamparada. Jesus estava ali (v.41-44).

 

Quando Deus desceu de Seu nível glorioso (Mc 9-12)

1.Desceu e foi humilhado por nós (9.12-13,31)

2.Desceu e suportou nossa incredulidade (9.19,24)

3.Desceu e se tornou servo de todos nós (9.33-37,45)

4.Desceu e conviveu com nossa dureza de coração (10.5)

5.Desceu e se tornou amigo das crianças (10.13-14)

6.Desceu e conviveu com pobres que se julgavam ricos (10.23-24)

7.Desceu e morreu por nós (10.32-34)

8.Desceu e bebeu o cálice do sofrimento (10.38)

9.Desceu e apaziguou corações vaidosos (10.35-37,42-44)

10.Desceu e usou coisas emprestadas, mesmo sendo o dono de tudo (11.2-3)

11.Desceu e simulou ser um rei menor (11.7-10)

12.Desceu e viu a profanação de Sua casa (11.17)

13.Desceu e teve Sua autoridade desafiada, mesmo sendo o Criador (11.28)

14.Desceu e foi morto em Sua própria vinha (12.6-8,10)

15.Desceu e respeitou aos governos menores do que Ele (12.16-17)

16.Desceu e foi colocado em teste teológico por simples mortais (12.23-24, 28-32)

17.Desceu e encontrou algum exemplo raro de piedade (12.41-44)

 

Capítulo 13: Sinais de destruição do Templo. Tribulação. A segunda vinda de Cristo.

1.Jesus profetizou naquele momento, quase 40 anos antes, a Destruição do Templo de Jerusalém. A história relata isso claramente com a invasão do general romano, Tito, no ano 70. Porém, as palavras de Jesus são como um arco com duas flechas, indicando duas épocas para a profecia. Isso sempre foi comum nas profecias, uma aplicação para os dias imediatos e outra apontando para um futuro escatológico. O profeta Joel, por exemplo, falou da descida do Espírito Santo, a qual ocorreu em Atos 2, mas a profecia não pode se limitar somente àquele evento, pois há elementos escatológicos nas profecias, os quais ainda não aconteceram, pois estão reservados para a segunda vinda de Jesus para julgar o mundo e estabelecer o Seu reino. Aqui, Jesus descreve o período da tribulação que virá sobre o mundo. Os judeus serão maltratados, mas a promessa de vitória da nação eleita é certa. Jesus disse para ler Daniel. O texto de Daniel 9.24-27 nos fala da última semana, os sete anos de tribulação, período este no qual o Anticristo fará uma aliança mentirosa com os judeus. Na metade desse período, Ele se mostrará grande inimigo do povo de Deus. Cremos que isso se refere à nação de Israel, pois a Igreja estará no céu com Jesus, preparando-se para as Bodas do Cordeiro. Quando Jesus disse que somente o Pai sabe quando será a vinda Dele, evidentemente, Ele se referia ao Seu ministério terreno. Jesus, de volta à glória celestial, está totalmente sem limitação terrena. Ele é Deus e, portanto, onisciente (v.1-37).

 

“Quando Jesus disse que nem sequer O conhecia o tempo do fim, afirmava sua humanidade. É obvio, Deus o Pai conhece os tempos e Jesus e o Pai são um; mas quando Jesus tomou forma de homem, voluntariamente desistiu do uso ilimitado de seus atributos divinos. A ênfase deste versículo não está em que Jesus perdeu a capacidade de conhecer os acontecimentos, a não ser no fato que ninguém os conhece. É um segredo de Deus o Pai. Cristo virá quando O queira. Ninguém pode predizer pelas Escrituras nem a ciência o dia exato quando Cristo voltará. O ensino do Jesus é que se necessita preparação, não cálculo.”[15]

 

Capítulo 14: Jesus ungido. O plano de Judas. A Páscoa e a Ceia. Pedro negará. Getsêmane. A prisão e o julgamento. Pedro, de fato, negou a Jesus.

1.Enquanto alguns queriam a morte de Jesus, havia adoradores verdadeiros, como a mulher que usou o perfume que talvez fosse usado para o sepultamento de Jesus. Ela deu flores para Ele enquanto estava neste mundo, por assim dizer, e não depois que morresse. Judas planejou o pagamento da traição. Jesus também planejou, mas não o mal, mas o bem dos discípulos, inclusive para Judas. Ele planejou a Páscoa com os discípulos para um tempo privativo de amor até o final de sua vida. Com dois dos principais elementos da Páscoa, Jesus institui a Ceia, que é a comemoração de Sua morte. Portanto, os seguidores de Jesus não comemoram a Páscoa, e sim, relembram a morte de Jesus até a vinda Dele. Jesus repete a profecia de Zacarias sobre a dispersão das ovelhas, após o pastor ser ferido. Pedro queria ser a exceção, mas Jesus também profetiza que ele O negará (v.1-31).

 

“Aposento alto: O jantar da páscoa tinha que celebrar-se dentro da Santa cidade de Jerusalém, assim que seus habitantes estavam acostumados a emprestar aos originais lugares como este aposento, devidamente preparados [14.15]... Cantado o hino: O jantar de Páscoa começava geralmente com o canto dos Salmos 113-114, e terminava com os Salmos 115-118 [14.26]... Abba: palavra aramaica usada pelos filhos ao dirigir-se a seus pais, e que equivale a "papai". Segundo os testemunhos existentes, nem no AT nem no judaísmo se usava este término tão familiar para invocar a Deus. Em boca do Jesus, expressa uma intimidade especial com ele. Veja-se Rm 8.15 [14.36].”[16]

 

2.A tristeza de Jesus seria insuportável para nós, assim como foi muito dura para Ele. A morte não o assustava, pois Ele é o dono da vida. O momento da separação que experimentaria de Seu Pai, seria por causa dos pecados, não seus próprios, pois Ele nunca deixou de ser Santo, mas os pecados nossos, os quais Ele carregou sobre Si. Pedro que logo antes prometera não abandonar Jesus, caiu no sono. Nossas promessas não se mantêm, não importa quantos votos fizermos, por isso, é melhor confiar na perseverança que Ele pode nos dar do que abrir a boca fazendo votos. Judas usou o costume dos amigos, o beijo, para avisar aos que prenderiam Jesus quem era Ele. No escuro, apenas quem tinha mais intimidade O reconheceria. Pedro, até estava pronto para cumprir a promessa de não abandonar Jesus, dessa vez. Ele cortou a orelha do servo do sumo sacerdote. “Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”, essa era lição que Pedro precisava praticar, assim como nós. Alguns sugerem que o jovem que fugiu sem roupa tenha sido o próprio Marcos, o escritor (v.32-52).

 

3.O julgamento de Jesus não foi justo. Houve falsos acusadores, porém, Ele se manteve calado, cumprindo as profecias. Ele é o Cordeiro de Deus e agiu como cordeiro. Nós somos ovelhas do seu pastoreio e precisamos agir como ovelhas. Estamos muito dispostos a agir com retaliação contra os que nos fazem mal. Isso nos descaracteriza como ovelhas. Pedro não conseguiu manter a sua promessa. Ele seguiu o caminho da negação. Ele não quis estar associado com Jesus. É mais fácil declarar, fazendo nossas palavras se parecerem com convicções. O fato é que não há convicção se não estamos dispostos morrer pelas declarações que fazemos. Pedro chorou muito. Pelo que soubemos de Pedro, no livro de Atos e nas suas epístolas, houve uma transformação genuína. Pedro não negou pela quarta vez, mas morreu por não negar a Jesus (v.53-72).

 

Capítulo 15: Pilatos. A zombaria. A crucificação. O sepultamento.

1.Pilatos ficou muito impressionado com esse réu. Ele estava acostumado a julgar muitos casos, mas Jesus era um mistério. Não havia crime nele, isso era claro, mas Pilatos amou mais a honra diante dos homens do que a Deus. Ele foi avisado pela própria consciência, pela esposa e pelo testemunho de Jesus. Portanto, ele teve total responsabilidade de seu ato. Alguém disse que ele passará a eternidade lavando suas mãos, mas ao olhar de volta as mãos, elas ainda estarão sujas com o sangue do justo Jesus. A fidelidade do povo foi posta em prova. Os mesmos que adoravam a Jesus na entrada triunfal, agora, pedem sua crucificação. Eles preferiram soltar Barrabás, um criminoso para crucificarem o justo (v.1-15).

 

2.Fizeram uma paródia de Jesus, o Rei. Lançaram mão dos apetrechos de um rei e fingiam adorá-Lo como o Seu rei. A maldade não ficou apenas na humilhação teatral, mas a ferocidade do caráter do pecador tomou a dimensão física. Bateram muito em Jesus. Talvez não fosse a repressão da nossa sociedade moderna à violência, os cristãos genuínos, as verdadeiras testemunhas de Jesus, seriam esbofeteadas nas ruas, nas portas das igrejas e seríamos muito humilhados. A nossa perseguição, portanto, em muitas das nossas cidades são apenas no âmbito ideológico (v.16-20).

 

3.Poderíamos até pensar que Cirineu foi um piedoso por carregar a cruz de Jesus, mas o texto mostra claramente que ele foi obrigado a fazer isso. Caso ele tenha crido em Jesus como o Seu Salvador, certamente, ele foi um dos crentes mais privilegiados desta terra, pois, literalmente, tomou a cruz de Cristo. Jesus não quis anestesiar sua dor suportada por nós, pecadores, por isso não aceitou a mirra com vinho. A roupa de Jesus foi sorteada. Isso aumentou a humilhação, pois Ele ficou na cruz nu ou seminu. O desprezo aumentou, pois ao colocarem criminosos ao Seu lado, o aviso era claro: Ele não era um mártir, mas um criminoso. Os desafios contra Jesus só aumentavam. A Sua divindade era colocada em dúvida. Não era o momento de Jesus mostrar o Seu poder de leão da tribo de Judá, mas a sua mansidão do cordeiro de Deus (v.21-32).

 

4.A angústia de Jesus no jardim do Getsêmane, a qual o fez pedir para o Pai passar Dele aquele cálice, é agora explicada nessa cena em que Ele clama, lamentando estar longe do Pai. A morte de Jesus foi relativamente rápida, visto que outros já passaram muito mais tempo, até vários dias, na cruz. Isso se deve ao fato de que ninguém pode tirar a vida do autor da vida, mas que Ele mesmo a dá voluntariamente. Por isso, Jesus não morreu, mas entregou o Seu espírito. Ele se entregou por nós. Evidentemente, podemos continuar usando a declaração de que Jesus morreu, mas que fique entendido que Ele deixou-se ser morto. Enquanto os homens fugiram, as mulheres ficaram para ver toda aquela pesada cena da crucificação. Um líder do sinédrio se posicionou, mostrando sua fé em Jesus pedindo o corpo do crucificado. As mulheres não deixaram de acompanhar todo o processo. Elas esperariam para, no momento certo, tratar do corpo de Jesus (v.33-47).

 

“‘Na antiguidade, a execução de um condenado não marcava o momento final de sua humilhação. A lei romana ditava a perda de todas as honrarias na morte e, até mesmo, o direito de sepultamento era determinado por decreto... não era incomum para um corpo ser deixado na cruz para decompor-se ou ser comido por pássaros ou animais predatórios.’ (Lane) Não era incomum entregar o corpo para um amigo ou parente para sepultar, mas a questão era que eles tinham que solicitar isso ao magistrado romano. O destino do cadáver estava em suas mãos.”[17]

 

Capítulo 16: A ressurreição. A grande comissão e a Ascenção.

1.O anjo anunciou às mulheres que Jesus ressuscitou. Elas ficaram atemorizadas. Qualquer um de nós ficaria. Não é todo o dia que um morto deixa o túmulo, não é mesmo? Jesus deu o privilégio a uma mulher, totalmente restaurada de sua vida longe de Deus, ser a primeira a vê-Lo ressuscitado. Ela anunciou aos discípulos, os quais estavam muito tristes com a morte de Seu Mestre. Eles não acreditaram nela. Porém, deveriam acreditar, não por causa dela, mas por causa das palavras de Jesus, enquanto estava entre eles. Ele disse que seria preso, morto, mas que ressuscitaria. Alguns acham que os discípulos não acreditaram porque eram mulheres falando. Parece que isso não é verdade, pois eles também não acreditaram quando, depois, dois discípulos homens falaram que também viram Jesus ressuscitado (v.1-13).

 

“POLÊMICA SOBRE O EPÍLOGO DE MARCOS: O texto de Marcos 16.9-20 é apontado por alguns críticos como adição posterior. Tal trecho é encontrado em alguns manuscritos e não em outros. Contudo, verificou-se a presença desses versículos no manuscrito mais antigo entre os que foram comparados. Sua ausência em alguns manuscritos pode ter sido causada pelo próprio desgaste daqueles escritos devido ao uso excessivo e à má conservação. Nessas condições é compreensível que se perca a última página ou um pedaço final de uma obra. Sem o texto citado, o livro de Marcos terminaria de forma brusca em 16.8, o que não seria natural. Verifica-se em 16.20 um término mais convincente. O versículo dá ideia de conclusão em que o autor termina falando sobre a pregação do evangelho em toda parte.”[18]

 

2.Jesus não parou de repreendê-los, nem depois de morto e ressuscitado. A verdade não deixa o seu poder só porque Ele não estava mais entre eles, mas é reafirmada. Eles deveriam acreditar nos seus irmãos. A desconfiança entre os irmãos da fé deixa uma lacuna irreparável em nossa convicção e comunhão. Por isso, não havendo motivo, não devemos duvidar dos nossos irmãos. No caso dos discípulos, havia motivo de sobra para crer que Jesus ressuscitou. Ele dissera, anteriormente, e, agora, pessoas acompanhadas de testemunhas estavam afirmando. Apesar de nossa incredulidade, Jesus está nos dando o privilégio de participar de Sua obra para irmos e pregarmos ao mundo todo. Alguns diriam que a ordem não é para nós, mas restrita aos discípulos. Por que Ele faria isso, se Ele já fizera ao chamá-los e enviá-los às regiões de Israel? Ele está ampliando o ministério dos discípulos, fazendo com que todos os crentes assumam a responsabilidade de espalhar a mensagem por todas as culturas deste mundo. É verdade que a mensagem nova, daqueles dias, precisaria de sinais como os de Jesus, pois não havia ainda a Palavra completa com o Novo Testamento. Com o tempo, esses sinais se tornam desnecessários. Temos a Palavra escrita do Novo Testamento. O Espírito Santo convence os pecadores. Basta pregarmos e as pessoas ouvirem e obedecerem. O próprio Espírito testificará com o espírito do ouvinte crente de que é filho de Deus (v.14-20).

 

Valores eternos (Mc 13-16)

1.As construções materiais não são eternas (13.1-2)

2.A fé é eterna (13.13)

3.A tribulação não será eterna (13.19)

4.A vinda de Jesus abrirá a cortina da eternidade (13.26)

5.A terra como a conhecemos não será eterna (13.31)

6.A Palavra de Deus é eterna (13.31)

7.A presença de Jesus na terra não seria eterna (14.8)

8.Para alguns seria melhor não existir a eternidade (14.21)

9.A aliança de Jesus no Seu sangue é eterna (14.24-25)

10.A vida de Jesus não é terrena, é eterna (14.58)

11.A eternidade de Jesus não é aceita pelos opositores (14.62-64)

12.As nossas promessas não são eternas (14.70-72)

13.A eternidade do Pai se afastou temporariamente do Jesus (15.34)

14.A eternidade desceu até os pecadores (15.38-39)

15.O homem pensa que consegue lutar contra a eternidade (15.46)

16.A eternidade não pode ficar preso num túmulo (16.6)

17.A pregação do evangelho é o único recurso para o homem ter vida eterna (16.15-16)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2014

 

Notas

 

1.     1.Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

2.     Comentário Bíblico de Matthew Henry – Mc 1.1-8 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

3.     Significa “fazer buraco”

4.     Comentário Bíblico Moody – Mc 2.4 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

5.     Novo Comentário da Bíblia – Mc 3.4 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

6.     Expositions of Holy Scripture (Mark), pg. 75 – Mc 4.10-20 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

7.     Notes on Mark – Dr. Thomas L. Constable, pg. 75 – Mc 5.11-13 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

8.     Comentário Bíblico NVI, pg. 1612 – Mc 6.3 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

9.     O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 717 – Mc 7.4 – Russell Norman Champlin (Editora Candeia – São Paulo – SP – 1ª ed. 1995 - 10ª impressão outubro de 1998)

10.  Introdução e Comentário (Marcos) – Mc 8.23-26 - Dewey M. Mulholland (Ed. Vida Nova – SP – 1ª ed. 1999, reimpressão 2005)

11.  Fonte: Revista Vida Cristã (nº 183)

12.  Comentário Bíblico Expositivo do NT vol. 1, pg. 186 – Mc 10.1-12 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

13.  Objections to the Authenticity of Mark 11:17 Reconsidered - Barry D. Smith (Copyright 1997 by Westminster Theological Seminary and Galaxie Software - WTJ 54 (outono 1992)

14.  Comentário Bíblico Popular Novo Testamento, pg. 138 – Mc 12.17 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

15.  Comentarios de la Biblia del Diario Vivir – Mc 13.32 - Compilado por Maqui, (a)  Rabí Gamaliel, 1997 EDITORIAL CARIBE - Una división de Thomas Nelson - P.O. Box 14100 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

16.  Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Mc 14 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

17.  David Guzik's Enduring Word Commentary – Mc 15.42-47 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

18.  Evangelho de Marcos - Prof. Anísio Renato de Andrade (SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais)

 



[1] 1.Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

[2] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Mc 1.1-8 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

[3] Significa “fazer buraco”

[4] Comentário Bíblico Moody – Mc 2.4 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[5] Novo Comentário da Bíblia – Mc 3.4 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

[6] Expositions of Holy Scripture (Mark), pg. 75 – Mc 4.10-20 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

[7] Notes on Mark – Dr. Thomas L. Constable, pg. 75 – Mc 5.11-13 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[8] Comentário Bíblico NVI, pg. 1612 – Mc 6.3 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[9] O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 717 – Mc 7.4 – Russell Norman Champlin (Editora Candeia – São Paulo – SP – 1ª ed. 1995 - 10ª impressão outubro de 1998)

[10] Introdução e Comentário (Marcos) – Mc 8.23-26 - Dewey M. Mulholland (Ed. Vida Nova – SP – 1ª ed. 1999, reimpressão 2005)

[11] Fonte: Revista Vida Cristã (nº 183)

[12] Comentário Bíblico Expositivo do NT vol. 1, pg. 186 – Mc 10.1-12 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[13] Objections to the Authenticity of Mark 11:17 Reconsidered - Barry D. Smith (Copyright 1997 by Westminster Theological Seminary and Galaxie Software - WTJ 54 (outono 1992)

[14] Comentário Bíblico Popular Novo Testamento, pg. 138 – Mc 12.17 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[15] Comentarios de la Biblia del Diario Vivir – Mc 13.32 - Compilado por Maqui, (a)  Rabí Gamaliel, 1997 EDITORIAL CARIBE - Una división de Thomas Nelson - P.O. Box 14100 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[16] Notas da Biblia Reina-Valera (Biblia Hispanica) (1995) – Mc 14 (extraído de e-sword version 11.0.6 – 2016)

[17] David Guzik's Enduring Word Commentary – Mc 15.42-47 - Copyright © 2014 by David Guzik and Enduring Word Media (extraído de e-sword version 11.0.6 - 2016)

[18] Evangelho de Marcos - Prof. Anísio Renato de Andrade (SEBEMGE - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais)

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