02 Êxodo

Êxodo


 

Introdução[1]

1.Significa “saída”, “partida” (Hb 11.22). O título original hebraico é “we'elleh shemôth” = “e estes são os nomes de” (1.1). Este livro descreve a escravidão de Israel no Egito e a maravilhosa libertação (ou “saída”) que Deus deu a essa nação. O livro todo está repleto de ilustrações de nossa salvação através de Cristo. Assim como Israel foi liberto do Egito, o crente foi liberto do pecado por meio da Cruz e liberto da escravidão do mundo.

 

2.Moisés presenciou tudo o que relata nesse livro. Cristo afirmou a autoria mosaica do livro (Jo 7.19,

5.46-47). Alguns usam o mesmo argumento de Nm 12.3 para tentar provar que Moisés não podia ter sido o escritor, pois se fosse, mostra sua arrogância e autoconceito (veja Êx 6.3). Porém, outros tentam explicar que essas palavras seriam adições editoriais, o que é possível, pois com o tempo os originais sofrem adições e mudanças. Porém, cremos que Deus preservou os textos de perigos maiores. A data em que foi escrito foi aproximadamente 1450-1410 a.C. O livro cobre um período de 80 anos, desde o nascimento de Moisés.

 

3.Gênesis é o livro dos começos; Êxodo é o livro da redenção. O objetivo é registrar a libertação de Israel do Egito e apresentar a base histórica sobre as origens da nação hebraica e suas cerimônias religiosas. A narrativa é um quadro de Cristo e da Redenção na Cruz. Há muitos tipos e símbolos de Cristo e o crente em Êxodo, especialmente no Tabernáculo. Este livro também registra o recebimento da Lei. Seria impossível entender bem o NT sem o conhecimento dos eventos e símbolos registrados em Êxodo.

 

4.Há vários tipos em Êxodo. Alguns desses são:

1.Egito é um tipo do sistema mundial, que opõe-se ao povo de Deus e tenta mantê-lo em escravidão.

 

2.Faraó é um tipo de Satanás, “o deus deste mundo”, que exige adoração, desafia a Deus e tenta escravizar o Seu povo.

 

3.Israel liberto é um tipo da Igreja; liberta da escravidão do mundo, conduzida como peregrina e protegida por Deus.

 

4.Moisés é um tipo de Cristo, o Redentor.

 

5.Travessia do mar Vermelho é um quadro da Ressurreição, a qual liberta o crente do presente mundo mau.

 

6.O maná descreve Cristo, o Pão da Vida (Jo 6).

 

7.A rocha ferida é um tipo de Cristo ferido, o qual pela morte, o Espírito Santo foi dado.

 

8.Amaleque representa a carne, que opõe-se ao crente em sua jornada.

 

9.A Páscoa é o tipo mais importante em Êxodo, pois retrata a morte de Cristo, a aplicação de Seu sangue para nossa segurança e a apropriação de Sua vida (alimentação do cordeiro) para nossa força diária.

 

5.Moisés como um tipo de Cristo oferece muitas comparações:

1) Em seu ofício, Moisés era profeta (At 3.22); sacerdote (Sl 99.6, Hb 7.24); servo (Sl 105.26, Mt 12.18); pastor (Êx 3.1, Jo 10.11-14); mediador (Êx 33.8-9, 1 Tm 2.5); libertador (At 7.35, 1 Ts 1.10).

 

2) Em seu caráter, Moisés era manso (Nm 12.3, Mt 11.29); fiel (Hb 3.2); obediente e poderoso em palavras e obras (At 7.22, Mc 6.2).

 

3) Em sua história, Moisés foi um filho no Egito, onde estava em perigo de ser morto (Mt 2.15ss); Moisés foi providencialmente cuidado por Deus; preferiu sofrer com os judeus a reinar no Egito (Hb 11.24-26); foi rejeitado pelos seus irmãos na primeira vez, mas recebido na segunda vez; enquanto rejeitado ganhou uma esposa gentílica (Cristo e a Igreja); Moisés condenou o Egito; Cristo condenou o mundo; Moisés livrou o povo de Deus através do sangue, como Cristo fez na Cruz (Lc 9.31); Moisés guiou o povo, alimentou-o e carregou suas cargas.

 

4) O contraste é que Moisés NÃO levou Israel à terra da Promessa; Josué quem fez isso. “A Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17).

 

5) Moody esboçou a vida de Moisés assim: “Durante 40 anos pensou ser alguém; durante 40 anos aprendeu que não era ninguém e durante 40 anos descobriu o que Deus pode fazer com um ‘ninguém’”.

 

6.Embora a Bíblia não mencione os nomes dos magos, os judeus tinham por tradição (inclusive Paulo) que os nomes deles eram Janes e Jambres. Os magos puderam imitar as três primeiras pragas, mas não as seguintes. As duas primeiras pragas mostram a superioridade de Jeová ao deus do Nilo e a terceira praga mostra que Jeová é superior ao deus Sebe, o deus da terra. Os magos, além de desistirem, por reconhecerem que era o “dedo de Deus”, advertiram Faraó (8.19, 7.5, 10.7).

 

7.A Lei foi dada por três motivos:

   1) Para estabelecer um padrão de retidão - Dt 4.8, Sl 14.7-9, Sl 119.142, 105.7-8

   2) Para expor e identificar o pecado - Rm 3.20, 7.7, Gl 3.19

   3) Para revelar a Santidade Divina - Êx 20

8.Deus mataria Moisés? Sim, isto está em 4.24, quando Moisés estava indo com sua família para o Egito. Os versículos 25-26 explicam o contexto. Moisés estava indo para obedecer o Senhor, libertando o povo de Israel, porém, estava esquecendo da aliança fundamental de Israel com Deus, a circuncisão (Gn 17.14), ver também, Js 5.2-9. Portanto, a circuncisão não começou com a Lei de Moisés, mas com Abraão, 430 anos antes (Gl 3.17).

 

9.Esboço simples:

 

  I.Libertação do Egito (1-17)

 II.Preparação da nação e a revelação da Lei (18-24)

 III.O Tabernáculo (25-40)


Capítulo 1: Sofrimento e Perigo

1.A família de Jacó estava protegida da fome e tinha uma terra para residir no Egito. Aquela terra era temporária para a família, pois Deus os queria na terra de Canaã. Porém, Canaã era um lugar perigoso, no momento. O plano de Deus ainda não era compreensível, mas muita coisa aconteceria, até que se instalassem, novamente, na terra prometida. Deus abençoou e multiplicou a família de Jacó. Com a ausência de José e com a morte do Faraó, levantaram-se outros soberanos no Egito. A desconfiança e o medo do novo Faraó fizeram com que ele e seus oficiais impusessem sobre os israelitas muito trabalho. Na mente de Faraó, ocupados com o trabalho, ficariam fracos. Porém, mesmo em meio ao sofrimento, o povo cresceu em número. O sofrimento prolongado pode amargar a vida e foi isso que aconteceu com o povo. A nação de Israel vivia para muito serviço pesado e maus tratos (v.1-14).

 

2.A nação correu o perigo de extinção com a nova decisão de Faraó. Ele ordenou às parteiras dos hebreus que não deixassem os meninos viverem, apenas as meninas. Isso contribuiria para dois propósitos. Primeiro, os hebreus não teriam guerreiros e, além disso, as mulheres seriam tomadas por esposas e fortaleceriam os egípcios, uma vez que as mulheres hebreias eram fortes e fecundas. As parteiras não traíram o Seu Deus e nem o seu povo. É curioso que muitos, hoje, veriam a crueldade de Faraó, mas não conseguem enxergar que o aborto não é diferente disso e talvez seja até pior, pois é a própria mãe assassinando seu próprio filho. A nossa sociedade também coloca os bebês em perigo. Alguém disse que atualmente o lugar mais perigoso de se viver é no ventre de uma mãe. É claro que essa frase é um exagero, mas é uma tentativa de denunciar o perigo do aborto cada vez mais crescente e aceito pela sociedade como uma escolha normal. O perigo era grande, mas Deus protegeu os bebês e a nação se tornava forte. Faraó apelou para o povo com algum discurso inflamado de auto preservação. Ele mandou que o povo jogasse no rio todos os meninos bebês hebreus. Anos mais tarde, Herodes faria o mesmo, mandando matar os meninos abaixo de dois anos com o objetivo de matar Jesus, o rei dos judeus (v.15-22).

 

“O Bispo do Córdoba [Espanha], Dom Demetrio Fernández, afirmou que com a difusão do aborto e dos milhares de assassinatos de crianças por nascer, o ventre materno ‘se converteu no lugar mais perigoso da sobrevivência’”.[2]

 

 

 

 

Capítulo 2: Proteção e Precipitação

1.No perigo de extinção da nação, Israel segue gerando filhos. Deus está não apenas protegendo uma família levita, mas iniciando uma grande libertação da nação. A família se uniu para proteger o bebê. Esta é apenas uma história, dentre tantas outras, que deve ter ocorrido naquele momento delicado. Não apenas protegeram o bebê e o colocaram no rio, mas acompanharam o cestinho. Não sabemos se foi uma estratégia da família para que o cesto desembocasse no fundo do palácio de Faraó ou de alguma outra família que se compadecesse do bebezinho. O texto diz que a menina acompanhava de longe para saber o que aconteceria. O que é totalmente certo é que Deus estava protegendo esse bebê. A filha de Faraó foi movida de compaixão. Dificilmente alguém não se compadece de um bebê abandonado. Certamente ela agiria contrário à ordem de Faraó, não matando o bebê, sendo que era um menino. A irmã do bebê se ofereceu para a filha de Faraó para esconder o bebê com uma hebreia. A “ama” que cuidaria do bebê era a própria mãe do menino. Ela cuidaria dele com o salário da filha de Faraó. No final, o homem que manda matar os meninos, torna-se, sem saber, o grande benfeitor da família. É possível que o menino deixa a mãe com dois ou três anos para residir no palácio de Faraó. O nome “Mo-ni” significa “tirado das águas” e para nossa língua fica Moisés. Assim foi a história da proteção de Deus para a família levita e o menino Moisés que se tornaria o libertador da nação de Israel. A carta aos Hebreus fala da escolha de Moisés pelo seu povo, abrindo mão dos prazeres que ele poderia ter ficando no palácio (v.1-10).

 

2.Moisés foi protegido por Deus para uma missão nacional. Ele seria usado por Deus para proteger e libertar a nação. Porém, até lá ele tinha muito o que aprender. Ele começa com esforço próprio, precipitação e fuga. Não era assim que Deus planejava libertar o Seu povo. Moisés tinha tudo o que alguém poderia desejar, em termos materiais, mas ele era muito consciente de sua missão neste mundo, libertar o Seu povo. Ele preferiu defender os seus irmãos hebreus a viver no luxo do inimigo. Certamente, Moisés já presenciara, outras vezes, cena semelhante, mas agora resolve revidar em favor de seu povo. Como muitos já observaram, Moisés olhou para os lados, mas não olhou para cima. Se olhasse, saberia que Deus não aprovava o Moisés justiceiro. Ele ocultou muito mal aquele cadáver, na areia. Ele estava determinado a ser o justiceiro do lugar, não apenas contra os inimigos, mas do próprio povo, tornando-se juiz por conta própria. A notícia de que ele matara um egípcio se espalhou rapidamente em apenas um dia, e até Faraó ficou sabendo e resolveu matar Moisés, por isso, Moisés achou melhor fugir para Midiã. A precipitação de Moisés custou um atraso em sua missão? Não sabemos dizer, mas sabemos que Deus o prepararia para realizar a obra da maneira Dele. O preparo economiza muito tempo, energia e impede erros (v.11-15).

 

3.Moisés foi acolhido pelo sacerdote de Midiã. Não sabemos se era sacerdote pagão ou do Deus verdadeiro. Os midianitas eram parentes do povo de Israel, mas isso não garante que não eram idólatras. Moisés se mostrou um homem gentil no meio de homens rudes com as mulheres. Reuel e Jetro são a mesma pessoa. As filhas dele foram protegidas por Moisés dos pastores rudes. Moisés se indignava com as injustiças dos fortes contra os fracos. Essa característica pode se ver tanto nos crentes quanto nos incrédulos, porém, indignação bem direcionada é muito raro ver em qualquer pessoa. As filhas de Reuel pensavam que Moisés fosse um egípcio, pois ele estava vestido como um egípcio. Moisés frequentou a casa de Reuel e se casou com uma de suas filhas, Zípora. O primeiro filho de Moisés se chamou Gérson para lembrar a peregrinação de Moisés ao fugir do Egito. Enquanto isso, Faraó morreu, mas o sofrimento do povo continuava. Deus não se esqueceu do povo. Ele tinha promessas a cumprir aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó (v.16-25).

 

“Apesar de algumas pessoas se confundirem com a etnia de Moisés (v.19), ele sabia que era hebreu, não egípcio, e não podia evitar identificar-se com o sofrimento de seu povo. Certo dia, tomou a corajosa decisão de ajudá-los, mesmo que isso significasse perder sua posição de nobre como filho adotivo da princesa (Hb 11.24-26). Os prazeres e tesouros do Egito desvaneceram quando ele se viu ajudando a libertar o povo escolhido de Deus.”[3]

 

Capítulo 3: Chamado e Promessa

1.Deus preparava Moisés, sem ele próprio saber, através do humilde trabalho de pastor de rebanho. O Anjo do Senhor, já bem conhecido em Gênesis, o próprio Jesus pré-encarnado, apareceu a Moisés. O arbusto queimava e não se apagava e dali o Senhor falou com Moisés. Foi um chamado para uma tarefa. Hoje, somos chamados para libertar pessoas através da pregação do evangelho. Se o nosso chamado não foi igual ao de Moisés, não tem problema, pois não é o método do chamado, mas o conteúdo dele que deve ficar em nossa mente. O chamado é santo, pois vem do próprio Deus. O chamado é de total interesse de Deus, pois foi a promessa que Ele fez aos patriarcas. O chamado é por causa do sofrimento do povo. Deus vê a aflição dos escravizados. O chamado é para conduzir o povo a um lugar de descanso. O chamado é para Moisés enfrentar o soberano do Egito, Faraó. O chamado é muito grande para o servo de Deus. O chamado é sustentado e fortalecido pelo próprio Deus (v.1-12).

 

O chamado de Deus para o livramento de Israel (Êx 3.1-12)

1.O chamado é santo, pois vem do próprio Deus (v.1-5)

2. O chamado é de total interesse de Deus, pois foi a promessa que Ele fez aos patriarcas (v.6)

3.O chamado é por causa do sofrimento do povo (v.7)

4.O chamado é para conduzir o povo a um lugar de descanso (v.8-9)

5.O chamado é para Moisés enfrentar o soberano do Egito, Faraó (v.10)

6.O chamado é muito grande para o servo de Deus (v.11)

7.O chamado é sustentado e fortalecido pelo próprio Deus (v.12)

 

2.O chamado de Deus para Moisés é inegociável, mas para incentivar Moisés nessa tarefa, Deus concede autoridade a ele oferecendo o próprio nome impronunciável, o EU SOU. A promessa de Deus para o seu povo está baseada em Seu nome. Moisés deveria procurar os líderes do povo e informar-lhes a respeito da promessa de livramento. Os líderes deveriam ir com Moisés até Faraó para exigirem alforria e permissão para adorarem ao Senhor no deserto para nunca mais voltarem para o Egito. O chamado de Deus é baseado em Sua promessa de livramento do povo, porém, isso não aconteceria sem resistência de Faraó. Sendo assim, a promessa seria acompanhada de sinais maravilhosos, os quais dariam ânimo ao povo de Israel. A promessa de livramento também incluía o despojo. Israel sairia rico com todos os salários retidos durante o tempo da escravidão (v.13-22).

 

“Atributos ou condições de Deus implícitos nesse nome: auto existência; eternidade; imutabilidade; constância; fidelidade... O trecho de João 8.58, alude ao presente texto, e isso refere-se à eternidade do Logos e à Sua união com Deus Pai. ‘Eu sou... e além de mim não há Deus’ (Is 44.6). Temos aí uma declaração contrária ao politeísmo, o que provavelmente também está entendido no Eu Sou do presente texto. Seja como for, o Novo Nome de Deus indicava uma nova revelação. O projeto de Deus estava por trás dessa nova revelação.”[4]

 

Promessa (Êx 3.13-22)

1.Necessidade de promessa (v.13)

2.Promessa de um Nome poderoso (v.14)

3.Promessa de eternidade (v.15)

4.Promessa de cuidado (v.16)

5.Promessa de descanso (v.17)

6.Promessa de sucesso (v.18)

7.Promessa de resistência (v.19-20)

8.Promessa de despojo (v.21-22)

 

Capítulo 4: Credencial e Obediência

1.Moisés queria todas as garantias de que seria bem-sucedido. Ele já viera do Egito decepcionado por causa de sua impetuosidade e não queria falhar novamente. Como Moisés provaria que Deus é quem estava enviando-o para livrar o povo? O Senhor daria a credencial a Moisés e esta seria baseada em sinais miraculosos a começar do instrumento de trabalho dele, um cajado. Aquele cajado faria Moisés se lembrar de onde ele veio quando foi chamado. Ele não veio do palácio do Egito, mas dos campos, onde apascentava o rebanho do sogro. O surgimento da serpente e a mão leprosa foram sinais suficientes para Moisés, mas seriam para o povo? Deus acrescentou mais credenciais através da água transformada em sangue. Moisés estava bem credenciado, mas ainda tinha medo de falar. Deus providenciaria Arão, o irmão de Moisés para ser o seu porta-voz. Agora não havia mais desculpas para Moisés atender ao chamado de Deus para livrar o Seu povo (v.1-17).

 

Crédito de Deus somente (Êx 4)

1.Crédito sobre os animais (v.1-3)

2.Crédito sobre a saúde (v.4-8)

3.Crédito sobre as águas (v.9)

4.Crédito sobre a boca (v.10-17)

 

2.Moisés teve um sogro compreensível e sensível aos planos de Deus para ele e a filha, Zípora. Os que queriam matar Moisés já tinham morrido. Semelhante a Jesus que estava no Egito e retornou a Israel depois que Herodes morreu. Moisés retornou ao Egito levando a família. Isto mostra que ele não apenas livraria o povo, mas seguiria viagem à terra da promessa. Era uma obediência sem volta. Deus exigia a obediência de Moisés, mas avisou previamente que não seria fácil dobrar Faraó. A profecia da morte do primogênito de Faraó foi entregue a Moisés. Faltava ainda a Moisés uma prova da obediência, a circuncisão do filho. Como poderia o libertador de Israel negar a circuncisão? Quando pregamos uma verdade devemos praticá-la em nossa própria vida. A circuncisão era o selo da obediência do povo de Deus. Zípora foi sensível à ordem de Deus e acabou livrando Moisés da morte. Ela assumiu uma responsabilidade que era dele. O marido crente precisa obedecer a Deus e trazer segurança espiritual à família. Enquanto Deus levava Moisés e a família ao Egito, Arão também foi chamado por Deus para fazer parte do grande livramento. A obra de Deus é composta de servos obedientes. Eles levaram a liderança do povo junto com eles para falar com o povo. Todos viram que Moisés estava credenciado para libertar o povo. É muito importante que um líder tenha a aceitação das pessoas (v.18-31).

 

 

 

 

“… Por que Moisés não circuncidou o seu filho? A narrativa não diz diretamente, mas nos dá uma importante pista. Zípora mesmo fez a circuncisão no menino, mas não estava feliz sobre isso, declarando a Moisés ‘... esposo sanguinário.’ Ela não era hebreia, mas midianita e, evidentemente, pensava na circuncisão como uma prática bárbara. Esta seria a primeira pista no texto porque Moisés não circuncidou seu filho. Ele ouviu à voz de sua esposa em vez da voz de Deus. O que Zípora pensava dele era mais importante do que Deus pensava dele. Agradando à esposa... era mais importante do que agradar a Deus...”[5]

 

Obediência a Deus (Êx 4)

1.Obedecendo a Deus sem impedimento (v.18-19)

2.Obedecendo a Deus com toda a família (v.20)

3.Obedecendo a Deus com os recursos Dele (v.21)

4.Obedecendo a Deus com coragem (v.22-23)

5.Obedecendo a Deus de modo incompleto (v.24-26)

6.Obedecendo a Deus em comunhão com os irmãos (v.27-31)

 

Capítulo 5: Confrontação, Crueldade e Acusação

1.O primeiro confronto com Faraó se deu com a mensagem original instruída por Deus. O povo celebraria uma festa perpétua de adoração a Deus. O Faraó não é o mesmo de quando Moisés saiu do Egito. O avô adotivo de Moisés havia morrido (veja 4.19). Isso não melhora a situação. A mentalidade de Satanás conduzia as dinastias de todas as épocas como até hoje. Assim como profetizado, Faraó não deixaria o povo sair facilmente. Moisés entendia que não apenas Faraó deveria deixar o povo sair como o povo deveria obedecer, senão Deus viria com espada ou pestes. Faraó via Moisés e Arão como grevistas que interrompem o trabalho de empresas. O empreendimento de Faraó era grande. Duas cidades estavam sendo edificadas com a mão de obra hebraica e assim deveria continuar. “O povo da terra já é muito” foram as palavras de Faraó. Isso significa que as pessoas já aderiram à greve e tinha muitos hebreus ociosos só de ouvirem que seriam libertados do Egito e de seu trabalho forçado (v.1-5).

 

2.Faraó tentou conter a greve dos trabalhadores hebreus fazendo-os mais ocupados do que nunca. Eles tinham que providenciar a matéria-prima para a produção dos tijolos. Olhando do lado positivo da vida, é um bom método de combate à ociosidade. Pessoas que não produzem também não desenvolvem caráter. No entanto, o caso aqui era outro. Deus queria dar um recesso do trabalho para o povo tão sofredor e levá-los ao deserto, longe do barulho e da servidão do mundo, para conhecerem a Deus intimamente. A vida ociosa é curada com trabalho, mas a vida agitada de preocupações profissionais também deve ser curada por períodos de recesso e convívio familiar, sempre com tempos devocionais para conhecermos melhor ao nosso Deus. Voltando para o povo no Egito, os capatazes maltratavam os hebreus física e emocionalmente, causando-lhes pressão insuportável (v.6-14).

 

3.Entre os hebreus haviam capatazes, os quais queriam amenizar o sofrimento dos irmãos. Faraó não queria ser razoável e mandou agravar os sofrimentos do povo. Os capatazes hebreus fizeram o que podiam, mas não obtiveram sucesso, por isso, pressionados também, descarregaram sua frustração sobre Moisés e Arão. A situação de Moisés ficou suspeita entre seus compatriotas, pois quanto mais ele apertava Faraó mais Faraó oprimia o povo. Moisés clamou ao Senhor por estar numa situação tão delicada assim (v.15-23).

 

“Como parecia incompreensível para Moisés que Deus, o qual o enviou para ser o libertador de Israel, levou-o a ser a causa de um sofrimento maior.”[6]

 

Capítulo 6: Promessa de libertação

1.Moisés estava desanimado com tantas acusações, mas Deus o encoraja prometendo libertação. Moisés precisou ouvir novamente as bases do juramento de Deus a Abraão, Isaque e Jacó para avançar em sua missão como libertador. Às vezes, precisamos que o Senhor nos fale novamente através da Sua Palavra. O fato de Deus não libertar no mesmo momento do clamor não significa que Ele tenha desistido da libertação. Várias atitudes brotam em nosso coração quando a resposta às orações não vem logo. A murmuração, a ingratidão, a acusação, o desânimo e a incredulidade são algumas dessas atitudes que depõem contra nós em tempos de espera. O povo não tinha um coração entregue à vontade de Deus, por isso, Ele precisava mostrar primeiro quem Ele é para que colocassem sua confiança Nele e se sentissem povo Dele. O espírito inquieto e o sofrimento faziam o povo tirar o olhar das promessas de libertação. Os planos de Deus continuam o mesmo. Ele tinha avisado a Moisés que Faraó não cederia facilmente. Moisés levanta os velhos empecilhos para servir a Deus, tais como não saber falar. O Senhor não estava querendo discutir isso novamente com Moisés, pois tudo já estava conversado. Nosso problema é que trazemos de volta a velha incredulidade para um Deus que já providenciou tudo para nossa vitória. O capítulo termina com um registro genealógico dessas personagens históricas, Moisés e Arão (v.1-30).

 

“O relacionamento de Arão à linhagem levítica é mencionado para enfatizar a importância de seu papel como sumo sacerdote (v.20,23)”[7]

 

O livramento de Deus na vida do homem (Êx 6)

1.É para o homem reconhecer a mão poderosa de Deus (v.1)

2.É para o homem conhecer a Deus (v.2-3)

3.É para o homem voltar ao plano original de Deus (v.4)

4.É para o homem ser consolado das aflições (v.5-6)

5.É para o homem conhecer um novo relacionamento com Deus (v.7)

6.É para o homem reconhecer a Deus como Senhor absoluto (v.8-9)

7.É para o homem deixar de confiar em si próprio (v.10-13)

 

Capítulos 7-10: Obstinação e Pragas

Moisés representava Deus diante de Faraó e Arão era o profeta. Nós não somos Deus, porém, a agência de Deus na terra são os crentes. Deus quer alcançar os pecadores na terra através dos crentes. O Senhor avisou a Moisés, novamente, que Faraó não cederia fácil às ameaças de Moisés para a saída do povo de Israel. A resistência de Faraó faria com que o povo de Israel e os egípcios presenciassem as maravilhas de Deus. Era necessário que o povo confiasse em Deus e, para isso, deveriam testemunhar os sinais que Ele operaria sobre os egípcios. Moisés quis ser o libertador de Israel, mas só agora estava preparado. Ele tinha 80 anos. Moisés teve uma preparação e o bordão ou cajado se tornaram sua ferramenta de trabalho. Faraó exigiria credenciais de Moisés e Arão. É curioso que foi Arão quem lançou a vara, não Moisés, para o primeiro sinal. Faraó confiava em seus magos, os quais também podiam fazer surgir serpentes. Devemos entender que Deus não endurece o coração de um crente obediente, mas endurece o coração de quem já está obstinado contra Ele. A partir da rebeldia de Faraó, Deus o visita com pragas, as quais se tornam sinais do poder de Deus contra o Egito (7.1-16).

 

“As pragas não apenas provocavam grande aflição física; mas eram um julgamento contra os deuses do Egito. O rio Nilo era um dos principais objetos de adoração; a rã era sagrada como símbolo da fertilidade; dentre o gado, o carneiro, o bode e o boi eram sagrados; o deus-sol, Rá, foi eclipsado e provado como impotente mediante a praga das trevas.”[8]

 

Um quadro panorâmico das pragas (Êxodo 7-14)

 

Praga

Aviso de Moisés

Ameaça

Participação de Arão

Prejuízo e sofrimento do povo

Reação dos feiticeiros

Reação de Faraó

1.Água em sangue 7.14-25

Deixa meu povo ir 7.16

Ferir as águas 7.17

Com o bordão 7.19

1) Peixes mortos

2) Mal cheiro

3) Falta de água potável 7.24

4) Sangue por todo o Egito 7.21

Imitaram e fizeram mais estrago 7.22

1) Foi para a casa

2) Não considerou a importância 7.23

2.Rãs 8.1-14

Deixa ir o meu povo para que me sirva 8.1

Castigar com rãs todos os territórios 8.2

Com o bordão 8.5

1) Rãs cobriram a terra do Egito 8.6

2) Depois de mortas cheiravam mal 8.14

Imitaram e fizeram mais rãs 8.7

1) Pediu que Moisés orasse ao Senhor

2) Prometeu deixar o povo ir

3) Não cumpriu 8.15

3.Piolhos 8.16-19

Sem aviso

Pó da terra em piolhos 8.16

Com o bordão 8.17

Piolhos nos homens e no gado 8.17-18

1) Tentaram fazer piolhos, mas não conseguiram

2) Reconhece-

ram ser o dedo de Deus 8.18

O coração se endureceu 8.19

4.Moscas 8.20-32

Deixa ir meu povo 8.20

Enxames de moscas em todas as casas 8.21

Não teve. O próprio Deus trouxe os enxames 8.24

Moscas arruinaram a terra 8.24

Não houve reação. Desistiram?

1) Propôs a Moisés que o povo adorasse a Deus no Egito 8.25

2) Moisés não aceitou 8.26-27

3) Disse que deixaria, se não fossem muito longe e pediu oração 8.28

4) Endureceu o coração 8.32

5.Peste nos animais 9.1-7

Deixa ir meu povo 9.1

Pestilência gravíssima 9.3

Não teve. O próprio Deus trouxe 9.6

O rebanho dos egípcios morreu 9.6

Não houve.

1) Foi confirmar o rebanho dos israelitas

2) Endureceu o coração 9.7

6.Úlceras 9.8-12

Sem aviso

Feridas nos homens e animais 9.8-9

Desta vez Arão e Moisés pegaram cinza, mas foi Moisés quem atirou ao ar 9.10

Feridas nos homens e animais 9.10

Não houve. Eles também tiveram tumores e não ficaram diante de Moisés 9.11

1) Endureceu o coração

2) Não ouviu 9.12

7.Chuva de pedras 9.13-35

Deixa ir o meu povo para que me sirva 9.13

1) Pragas sobre todos os egípcios

2) Já poderia ter destruído totalmente

3) Chuva de pedras 9.13-22

Bordão de Moisés somente 9.23

Feriu campo, plantas, árvores, animais e homens 9.23-26, 31-32

Não houve. Eles saíram de cena depois que tiveram tumores.

1) Alguns oficiais protegeram os animais 9.20-21

2) Faraó mostrou aparente arrependimento, mas Moisés não acreditou 9.27-30

3) Endureceu o coração 9.33-35

8.Gafanhotos 10.1-20

Deixa ir o meu povo para que me sirva 10.1-3

Gafanhotos 10.4-7

Somente Moisés 10.12-13

Destruição de todo o verde 10.14-15

Não houve. Eles saíram de cena depois que tiveram tumores.

1) Depois da advertência decidiu deixar os homens saírem 10.8-11

2) Pediu perdão 10.16-19

2) Endureceu o coração 10.20

9.Trevas 10.21-29

Sem aviso

Trevas 10.21

Somente Moisés10.22

Trevas palpáveis 10.22-23

Não houve. Eles saíram de cena depois que tiveram tumores.

1) Propôs a saída, deixando só os animais 10.24-26

2) Endureceu o coração 10.27

3) Ameaçou matar Moisés 20.28-29

10.Morte dos primogênitos 11.1-12.36

e 14.5-9

Sem aviso. Não se encontraram mais.

Morte dos primogênitos 11.1-10

Arão e Moisés instruíram o povo sobre a Páscoa 12.1-28

Morte dos primogênitos egípcios, inclusive o de Faraó 12.29

Não houve. Eles saíram de cena depois que tiveram tumores.

1) Deixou o povo sair 12.30-36

2) Mudou de ideia e perseguiu o povo 14.5-9

 

 

 

 

Capítulo 11: O anúncio da morte dos primogênitos

A última praga é tão importante e decisiva que merece uma consideração maior em nosso estudo. Faraó não apenas deixaria o povo ir como o expulsaria de sua terra já falida e destruída. Sendo que Israel não ficaria mais ali, a promessa de despojar o Egito já começara. Os egípcios deram joias aos israelitas. O Senhor fez com que o povo ainda ganhasse simpatia diante dos egípcios. Apesar de todas as pragas, e talvez por causa delas, Moisés alcançou boa reputação e autoridade diante dos egípcios. A última praga era abrangente e com prejuízo emocional incalculável, pois tratava-se da morte de todos os primeiros nascidos de todas as famílias egípcias, inclusive de seus animais. E, claro, os israelitas não seriam atingidos. Nem assim, Faraó atenderia ao pedido de Moisés (11.1-10).

 

É certo que vos expulsará totalmente. Os egípcios estariam tão ansiosos pela partida dos israelitas que, longe de impedi-los, insistiriam a que partissem.”[9]

 

As reações que o povo de Deus provoca nos incrédulos (Êx 11)

1.Respeito e autoridade (v.1-3)

2.Clamor e emoções (v.4-7)

3.Rejeição e afastamento (v.8-10)

 

Capítulo 12: Páscoa, morte dos primogênitos e saída do Egito

1.A partir daqui, Israel teria um calendário e este se iniciaria com sacrifício de cordeiro sem defeito. Uma nova vida de qualidade marcaria o início do ano. Isto nos ensina sobre nosso Cordeiro perfeito, Jesus Cristo. O sangue do animal morto deveria ser colocado nos umbrais das portas das casas. À noite, as famílias comeriam juntas, celebrando a salvação do Senhor. Acompanharia a refeição, pão sem fermento. Ele seria feito assim para não esperarem crescer, pois estavam de partida do Egito e tinham pressa. As ervas amargas, seriam para relembrar como o tempo no Egito foi amargoso. A refeição era abundante e se sobrasse deveria ser queimada. Isto nos lembra do sacrifício completo de Jesus Cristo. Nada ficou para ser realizado. Toda a obra de Cristo foi realizada na cruz. Essa celebração ganhou um nome dado pelo próprio Deus. Era a Páscoa do Senhor (Pessah). A palavra significa “passar sobre, passar por cima”. O anjo da morte passaria por cima das casas sobre as quais o sangue nos umbrais estava à mostra. Da mesma forma, o sangue de Cristo que significa a morte Dele protege da morte eterna a todos os que Nele colocaram Sua confiança. Por distração, muitos interpretam que foi uma noite de morte das crianças. É verdade que muitas crianças morreram, mas foi a morte de todos os primogênitos. Não importava se fosse um recém-nascido ou alguém de 100 anos. Com essa praga, o Egito expulsou os israelitas do país. Assim foi realizada a primeira Páscoa (v.1-28).

 

“‘É a Páscoa do Senhor.’”... Essas palavras nos remetem de volta à última noite da escravidão de Israel na terra do Egito. Os cativos sofreram por muito tempo. A fornalha de ferro foi aquecida sem compaixão pelo ódio e por mãos cruéis. Mas Deus, em Seu alto desígnio, decretou que o lamento por livramento terminaria. A hora designada chegou. Nenhum poder poderia deter. A louca oposição se tornara fraca. O povo escolhido deveria sair livre. Crente, coloque sua alma na rocha das promessas. Elas não se movem quando Ele as profere. No momento certo você marchará triunfante para sua Canaã.”[10]

 

O Cordeiro da Páscoa e Jesus Cristo (Êx 12)

1.É o cordeiro que dá início a uma nova vida (v.1-2)

2.É o cordeiro que salva toda a família (v.3)

3.É o cordeiro que une as pessoas (v.4)

4.É o cordeiro sem defeito (v.5)

5.É o cordeiro que morreu no final do dia (v.6)

6.É o cordeiro que protege os que estão dentro (v.7-8, 21-23)

7.É o cordeiro que deve ser comido completamente (v.9-10, veja João 6.53)

8.É o cordeiro que dá salvação hoje e precisa ser comido urgentemente (v.11, ver Hb 3.7,13, 4.7, “hoje”)

9.É o cordeiro que protege os de dentro (v.12-13)

10.É o cordeiro que deve ser lembrado para sempre (v.14, 17,24-28, ver Ap 5.9,12-14)

11.É o cordeiro que purifica e não aceita contaminação (v.15, 18-20)

12.É o cordeiro que tem prioridade na vida (v.16)

 

2.A libertação do povo de Israel do Egito foi marcada por alegria, tristeza e despojo. Foi uma tristeza geral para os egípcios. Todos os primogênitos morreram. Em todas as casas e prisões havia mortos. Faraó deixou o povo ir a fim de adorar ao Deus único e verdadeiro. Daí a alegria aguardada por quatrocentos e trinta anos. O próprio povo queria que a nação fosse embora do Egito porque sofreu todas as pragas e, agora, a praga fatal e irreparável a todos os lares, a morte dos primogênitos. Foi uma noite de muita pressa, por isso, os pães foram feitos sem fermento. Os despojos não foram roubados. Era o salário justo pelos quatrocentos e trinta anos trabalhando de graça. Assim como o povo de Israel saiu do Egito, um dia sairemos, definitivamente, deste mundo. Enquanto isso, devemos usar deste mundo como aqueles que não ficarão nele. Devemos nos desvencilhar dia a dia deste mundo e nos tornarmos mais semelhantes a Cristo (v.29-36).

 

A saída do Egito e a saída do mundo (Êx 12)

1.Um dia, o Senhor virá em juízo contra o mundo (v.29)

2.Haverá grande lamento quando o mundo for julgado (v.30)

3.O crente sairá, definitivamente, do mundo (v.31)

4.O mundo não quer o crente (v.32-33)

5.O crente tem pressa em sair do mundo (v.34)

6.O maior despojo que o crente pode levar do mundo são almas salvas (v.35-36)

 

3.A saída do Egito foi de uma multidão. Eram seiscentos mil homens. Calcula-se que a população total era de dois milhões e meio de pessoas. O chamado populacho também foi com o povo de Israel. Eram egípcios que se simpatizaram com a nação e, certamente, queriam desfrutar da proteção e bênçãos. Não levaram estoque de comida, somente o pão sem fermento. Nenhuma pessoa do povo de Israel ficou para trás. Foi um dia de muita comemoração. Não combinava a tristeza com aquela fuga. A alegria dessa noite deveria ser relembrada por todas as gerações. Novas instruções sobre a Páscoa foram dadas, além das que tinham sido entregues a fim de que as futuras gerações soubessem o que significava aquela festa exclusiva do povo de Israel. A profecia de que os ossos de Jesus não foram quebrados está neste texto (v.46). O estrangeiro e escravo poderiam celebrar a festa, desde que os homens se circuncidassem. A importância era que todos os que participassem da festa fossem comprometidos com a verdade de Deus (v.37-51).

 

A festa da Páscoa e a vida cristã (Êx 12)

1.É a libertação e separação do Egito, tipo do mundo (v.37-38)

2.É para hoje, é urgente (v.39)

3.É para todos os crentes, nenhum fica para trás (v.40-41)

4.É para ser celebrada para sempre (v.42)

5.É somente para o povo de Deus (v.43-45)

6.É para celebrar em união (v.46-51)

 

Capítulo 13: Consagração dos primogênitos

Deus garantiu a sobrevivência dos primogênitos dos israelitas e instituiu o resgate pelos primogênitos, a partir desse acontecimento. Os animais eram sacrificados e os bebês humanos eram comprados por resgate. A oferta era depositada na casa do Senhor. Isto seria um testemunho para as gerações seguintes da grande libertação do Senhor em favor do povo de Israel. Na saída do Egito para Canaã, Deus conduziu o povo por outro caminho, mais longo. Se fossem pela terra dos filisteus, ficariam desanimados com as guerras. Deus queria prepará-los para os combates que viriam. O povo de Israel ganharia experiência em várias áreas antes de entrar em Canaã. Os ossos de José foram levados por Moisés. A história de Israel está ligada a Canaã. É mencionada, pela primeira vez, a coluna de fumaça de dia, e a coluna de fogo à noite, guiando o povo (13.1-22).

 

“‘Como compensação por haver poupado os filhos primogênitos de Israel, no tempo do êxodo, o Senhor declarou que todos os filhos dos homens e dos animais lhe pertenciam. Isso não envolvia a morte deles, mas apenas o seu serviço, por toda a vida. Outro desenvolvimento desse serviço foi o arranjo por meio do qual à tribo de Levi coube servir ao Senhor, como uma substituição por todos os primogênitos das outras tribos´ (Eugene H. Merill, comentando sobre Núm. 3.40”[11]

 

O primogênito e a vida do crente (Êx 13)

1.Somos do Senhor, seus primogênitos (v.1-2)

2.Fomos resgatados da morte (v.3-10)

3.Devemos lembrar da redenção por toda a vida (v.11-16)

4.Somos conduzidos pelo Senhor por toda a vida (v.17-22)

 

Capítulo 14: O Mar Vermelho

1.O povo finalmente saiu do Egito, mas Faraó e os oficiais mudaram de ideia e foram atrás do povo que estava acampado em frente ao Mar Vermelho. O mar ganhou este nome devido à coloração que as algas produziam nas águas. O que o povo passou é muito semelhante à nossa vida cristã. Quando estamos em dificuldades sem saber se paramos, se vamos para frente ou se recuamos, a tendência é nos amedrontarmos. O povo de Israel esteve nesta situação após ver a mão poderosa do Senhor libertando-os do Egito. Se conseguíssemos ver além das dificuldades, veríamos o plano maravilhoso de Deus sendo executado. É como ver as nuvens de cima para baixo, elas podem ser densas, mas o céu por cima é sempre azul e brilhante. O povo reclamava para Moisés, esquecendo de todo o livramento anterior. Deus tem nos livrado de tantas situações que seria rebeldia reclamar diante das dificuldades. Há momento de clamar e há momento de marchar. Deus queria que o povo marchasse, agora. Sempre devemos orar, mas quando obtivermos a resposta devemos marchar para o alvo que Deus traçou para nós (v.1-15).

 

2.Deus sempre usará alguém para nos ajudar a seguir o caminho que Ele quer para nós. Jamais devemos dar um passo sem a direção de Deus e Ele usa os conselheiros para isso. Bem perto de nós pode ter um bom conselho, por isso, o crente deve ser pronto para ouvir. Dizem que vitória sem luta não tem graça. Se é o mesmo princípio que Deus está usando, não sabemos, mas o fato Dele endurecer o coração dos egípcios só dá mais glória a Ele. Como diz o antigo hino: “Se é dura a peleja, Deus dá maior graça...”. O povo estava vendo a glória de Deus e, agora, veria mais uma vez, dentre tantas (dez pelo menos, as pragas). O crente não deve temer diante das dificuldades, pois Deus quer glorificar o Seu próprio nome. A glória de Deus alcança vários objetivos. Um deles são os próprios crentes que estão no meio das dificuldades. Os crentes sairão mais fortalecidos das dificuldades. Outro objetivo são os incrédulos. Eles verão que Deus é o único. Quando pensamos que Deus está tirando a direção de nós, Ele está, na verdade, reforçando a nossa retaguarda. Às vezes, nos sentimos como alguém que foi deixado para trás com a porta trancada e a luz apagada. Este sentimento é uma artimanha de Satanás para procurarmos outro recurso que não seja o Senhor. O temor diante das dificuldades é por falta de fé. Às vezes, queremos resolver toda a situação e contar com o Senhor apenas como uma ajuda adicional. Temos de ver todas as dificuldades como a glorificação de Deus em nossa vida (v.16-20).

 

3.Jó disse: “Ainda que Ele me mate, Nele esperarei.” O final de uma dificuldade pode ser a morte, mas jamais deveria ser o abandono do Senhor. Moisés foi o instrumento de Deus e a vara foi o instrumento de Moisés para o escape do povo. Deus usa meios para nos trazer alívio e libertação. No momento certo Ele nos socorre. A lição que temos de aprender é que, enquanto tiver uma vara e um Moisés, Deus estará nos dando escape. Os instrumentos de Deus estão à nossa disposição. A solução de Deus é perfeita e até incompreensível. Vale a pena esperar o momento de passar a seco pelo meio do mar. Sair nadando como um desesperado é morte certa. Embarcação não há e se tivesse, afundaria. A precipitação não é um escape, mas um suicídio. Para a sua própria ruína, os egípcios foram atrás do povo de Deus. Aqueles que querem o nosso mal serão envergonhados, pois Deus glorifica o seu próprio nome dando escape a nós e confundindo os nossos perseguidores. Deus arrancou as rodas dos carros dos egípcios para que ficassem desgovernados. O povo foi muito incrédulo e agora tinha de se envergonhar do cuidado de Deus por eles. O resultado apareceu como incontestável, os corpos surgiram na praia, prova do escape de Deus para o Seu povo. Esta é mais uma razão porque o crente não deve temer as dificuldades, Deus providenciará o escape. Os que devem temer as dificuldades são os que não confiam no Senhor. As situações podem parecer sem solução, mas no tempo certo Deus dá o escape para a Sua própria glória (v.21-31).

 

“Nada no relato exige que pensemos que o rei encontrou o mesmo destino do seu exército, tampouco existem evidências históricas para fundamentar essa suposição. Levando em conta as frequentes menções do faraó nas narrativas das pragas, a ausência de referências específicas a ele nos caps. 14 e 15 necessariamente aponta na mesma direção.”[12]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O adeus ao Egito (Êx 14)

1.O adeus ao Egito para seguir o Deus verdadeiro (v.1-4)

2.O adeus ao Egito provoca Faraó (v.5-9)

3.O adeus ao Egito nem sempre é definitivo (v.10-12)

4.O adeus ao Egito é um ato de fé (v.13-14)

5.O adeus ao Egito é só da parte daquele que sai (v.15-18, o Egito não quer nos dar adeus)

6.O adeus ao Egito é vontade de Deus (v.19-20)

7.O adeus ao Egito, um dia, será definitivo (v.21-31)

 

Capítulo 15: Louvor a Deus pelo livramento

1.Cantar ainda é um método muito eficiente de extravasar alegria, tristeza e protesto. Não importa a afinação ou falta dela. As pessoas são musicais. Até quem não canta, gosta de ouvir. Preferências musicais têm causado acirradas discussões e ataques. Não temos a partitura deste cântico, portanto, não temos como reproduzir o que cantaram, mas temos a letra para nos edificar. O assunto, sem dúvida, é o livramento maravilhoso que Deus providenciou para a nação de Israel. Nós, os crentes da Igreja, temos o mesmo louvor em nosso coração, pois fomos libertos da perdição eterna por Jesus Cristo. O homem de guerra não foi Moisés, mas o próprio Deus. Não temos informação específica se o próprio Faraó afundou com o exército, mas temos a certeza de que o povo ficou livre das investidas de Faraó para sempre. O inimigo tinha muita certeza de que destruiria o povo de Deus, mas o triunfo foi todo do Poderoso, livrando de modo espetacular. Todos os adoradores dos falsos deuses teriam que suportar a terrível notícia de que só o Deus de Israel faz maravilhas. O cântico não fala apenas da força de Deus, mas também de Sua bondade para com o povo. Profeticamente, Moisés menciona em seu cântico, o temor que os povos teriam de Israel por causa do Deus todo poderoso. A Filístia, Edom, Moabe e os vários povos de Canaã. As mulheres tiveram participação nessa celebração, cantando, tocando e dançando (v.1-21).

 

Os motivos de louvor a Deus por Seu grande livramento (Êx 15)

1.Triunfo (v.1)

2.Força (v.2)

3.Homem de guerra (v.3-5)

4.Poder (v.6)

5.Grandeza e Excelência (v.7-10)

6.Santidade (v.11-12)

7.Beneficência (v.13)

8.Temor (v.14-16)

9.Herança (v.17)

10.Reino (v.18-21)

 

2.Depois da libertação do Egito através do Mar Vermelho e toda a celebração com cânticos, instrumentos e danças, o povo passa a enfrentar a jornada que daria maturidade para alguns e revelaria o pior de outros. Assim é a vida cristã. O dia a dia revelará nosso coração, louvor e murmuração. As dificuldades surgirão. A primeira dificuldade do povo foi a falta de água. Logo no terceiro dia já faltaria água, pois ali estavam animais e mais de dois milhões de pessoas. A alegria de achar água logo se transformou em frustração, pois as águas eram amargas. Moisés enfrentaria o pesado fardo de ser um líder. As pessoas cobram, duvidam, confiam, reclamam, agradecem, acusam e têm todo o tipo de reação diante de um líder. Porém, o líder tem o Senhor a quem recorrer. Deus mostrou a Moisés uma árvore, a qual cortada e lançada na água mudou a propriedade de amarga para portável. Tudo fazia parte das provas de Deus para estabelecer ao povo os estatutos Dele. A confiança resultaria em sucesso em todas as áreas. Logo após a prova veio a bênção mostrando a bondade do Senhor. No deserto, setenta palmeiras e doze fontes! (v.22-27).

 

“O versículo 22 inicia o relato da jornada desde o mar Vermelho até o monte Sinai. A narrativa apresenta lições espirituais para cristãos de todas as idades através das eras. As águas de Mara (que significa ‘amarga’), por exemplo, falam sobre as experiências tristes da vida; a árvore sugere a cruz do Calvário que transforma em doçura a amargura da vida. Em Mara, o Senhor se revelou como o Senhor, que te sara (YHWH Ropheka). Deus prometeu libertar Israel das enfermidades que afligiram os egípcios. Elim, lugar ande havia doze fontes de água e setenta palmeiras, aponta para o descanso e refrigério concedidos aos cristãos após chegarem ao pé da cruz.”[13]

 

Capítulo 16: O Maná

1.A fome apertou para um povo tão grande, e é compreensível que fome traga irritação, mas há maneiras de se lidar com um corpo debilitado e faminto. No caso, poderiam orar, pedir com súplica e dependência, àquele que os libertou do Egito. Porém, preferiram murmurar e mostrar ingratidão exagerando seus sentimentos e até mentindo, pois é evidente que no Egito não estava melhor, eram escravos e não tratavam bem os escravos (v.1-3).

 

2.Deus é paciente e promete enviar o pão diário do céu e carne. A reclamação era contra Deus, pois Moisés era apenas servo Dele. Muitas reclamações e indignações nossas contra instituições, situações e pessoas, são em última análise, reclamações contra Deus. A glória de Deus estava dirigindo todo aquele assunto através da nuvem (v.4-12).

 

3.O povo não tinha ideia do que era aquilo que caía do céu. Por isso, perguntavam: “Que é isto?” Essa pergunta em hebraico é “maná”. Então, assim ficou conhecido aquele pão, maná. Havia algumas instruções sobre o colhimento do pão. Cada família deveria pegar um jarro ou o quanto lhe bastasse. Ninguém deveria ficar com fome, mas comer à vontade. No entanto, não poderia ter desperdício. As famílias não precisam se preocupar com o dia seguinte, pois Deus daria outra medida. Não deveriam guardar para o outro dia ou fazer estoque de maná. Alguns fizeram isso, agindo por falta de fé. O resultado foi desastroso. O alimento apodreceu e cheirou mal. Moisés ficou furioso com a ganância e desobediência deles. Jesus disse: “Basta a cada dia o seu mal”. No sexto dia colhiam dois jarros, pois no sábado não cairia o maná. A incredulidade também aconteceu no sétimo dia, pois alguns foram buscar mais maná, porém, nada encontraram. Moisés, novamente, reprendeu o povo. Um jarro foi colhido como amostra para as futuras gerações como testemunho do suprimento de Deus. Evidentemente, não apodreceria. Nunca faltou alimento para o povo durante os 40 anos. Cada porção era de mais ou menos dois litros (v.13-36).

 

“Jesus comparou a Si mesmo com o maná (Jo 6.33, 47-51, 53-58). É um tipo (uma ilustração divina) de Cristo. Nosso Senhor deu-se sem reservas, mas cada crente não possui mais Dele, experimentalmente, do que se apropriar pela fé. O Maná também representa Cristo em Sua humilhação dando Sua carne para que pudéssemos ter vida (Jo 6.49-51). Meditar Nele é alimentar-se do verdadeiro maná (Jo 6.38-40).”[14]

Jesus, o Pão da Vida e a fome do pecador (Êx 16)

1.O pecador tem fome e pensa que tem a solução (v.1-3)

2.Deus tem a solução para o pecador, mas este precisa obedecer (v.4-12)

3.O Pão da Vida vem do céu (v.13-15)

4.Cada pecador precisa experimentar o Pão da Vida, individualmente (v.16-18)

5.O Pão da Vida é o alimento espiritual diário, recebido pela fé (v.19-31)

6.O Pão da Vida deve ser apresentado a todos, em todas as épocas (v.32-36)

 

Capítulo 17: Águas de Meribá

1.Novamente o povo se depara com a falta de água. Porém, o mesmo Deus que transformou águas amargas em potáveis e fez pão cair do céu e cordonizes se entregarem à caça, pode perfeitamente fazer surgir água de onde Ele quiser. No entanto, o povo, mais uma vez, reclamou em vez de confiar. Moisés orou ao Senhor e até esperava que o povo o apedrejasse. Deus mandou Moisés escolher alguns líderes e levar o cajado para onde Ele mandasse. Deus indicou uma rocha sobre a qual Moisés devia ferir com o cajado. Os líderes presenciaram a abundância de água saindo da rocha. O apóstolo Paulo diz em 1 Coríntios 10 que essa Rocha era Cristo. A Rocha que representava Cristo era também o lugar em que colocaram o Senhor à prova. Massá significa “tentação” e Meribá, “contenda” (v.1-7).

 

2.As notícias de que a família de Abraão, agora nação de Israel, estava retornando para Canaã, certamente agitou os moradores das redondezas. Os amalequitas trataram de impedir o povo, mas teriam que enfrentar o Deus de Israel. Josué foi o líder da batalha. Moisés ficaria no alto de um monte com a vara de Deus. Arão e Hur foram com ele e serviram de suporte para os braços cansados de Moisés. Dessa forma, enquanto os braços estavam erguidos, o povo vencia a batalha. Parece que muitos acontecimentos como esse foram registrados numa espécie de “diário de bordo”. O lugar foi chamado “O Senhor é minha bandeira – Jeová Nissi”. De fato, os braços de Moisés se tornaram a bandeira da vitória. Os amalequitas, depois do Egito, tornaram-se o primeiro povo a confrontar o poder de Deus sobre o povo de Israel (v.8-16).

 

“O que essas pedras, com seu nome significativo [O Senhor é minha bandeira], nos ensina, como ensinaram aos antigos israelitas? Deixe-me lançar essas lições em três breves exortações: I.Primeiro, reconheça por causa de quem você luta... II.A segunda exortação vem do altar e seu nome. Lembre-se dos mandamentos que você segue… III.Finalmente, a terceira lição que essas pedras nos ensinam é: Reconheça por qual poder você conquista.”[15]

 

Jesus, nossa Rocha e nossa Bandeira (Êx 17)

1.A Rocha ferida (v.1-7)

2.A bandeira da vitória (v.8-16)

 

Capítulo 18: O conselho do sogro de Moisés

1.Moisés, em algum momento, enviou Zípora e filhos de volta para Midiã. Provavelmente, no incidente no qual o Senhor encontrou Moisés e ameaçou matá-lo por não ter obedecido e circuncidado o filho (ver capítulo 4). Jetro, o sogro de Moisés, ouviu a respeito do grande livramento operado por Moisés e levou Zípora, Gérson e Eliézer para junto de Moisés. Jetro reconheceu que Deus é maior do que os outros deuses. Isso sugere que ele não era um adorador do Deus verdadeiro e que era um sacerdote pagão. Ele chega mesmo a adorar a Deus com sacrifícios (v.1-12).

2.Moisés tinha muito trabalho, pois tinha que julgar questões entre o povo. A carga horária dele era cansativa, mas fazia isso com resignação e alegria, pois servia ao Senhor. O sogro dele não achou bom o que viu. O genro estava se esgotando, segundo o parecer de Jetro. Alguns veem o conselho de Jetro como vindo de Deus e acham que a forma de conduzir a obra de Deus é muito semelhante a qualquer organização bem estruturada. Outros veem no conselho de Jetro uma maneira humana de realizar as tarefas na obra de Deus. Segundo esses, Deus dá forças para seus servos e a obra de Deus precisa ser realizada com os recursos de Deus e não com os dos homens. Realmente, a Bíblia não diz que Deus aprovou o conselho de Jetro, como vindo do próprio Deus, embora Moisés tenha aceitado e praticado o que Jetro sugeriu. Jetro não continuou com Moisés, mas voltou para Midiã. Abaixo, duas opiniões diferentes sobre o conselho de Jetro (v.13-27).

 

“Deve ser notado (Nm 11.14-17) que Deus ignorou o conselho de Jetro e sua organização humana… Não somos chamados para o serviço com base em nossa própria capacidade, mas na capacidade de Cristo (Fp 4.13).” [16]

 

“O conselho de Jetro foi sábio e prático e ele apresentou este submisso à vontade de Deus (Êx 18.23). Moisés pode não ter reconhecido seriamente o problema que ele enfrentava. Parece que era um administrador que não teria, conscientemente, deixado o bem-estar social de Israel se deteriorar. Entretanto, a eficiência do seu sogro mostrou como ele poderia melhor administrar o seu tempo.”[17]

 

Conselhos de sogro (Êx 18)

1.Cuidar da família (v.1-6)

2.Nutrir amizade (v.7-8)

3.Adorar a Deus (v.9-12)

4.Delegar autoridade (v.13-26)

5.Separar-se para prosseguir (v.27)

 

Capítulo 19: O Monte Sinai

1.Os três meses de experiência se passaram. Deus provou Sua fidelidade e amor cuidando do povo, dando-lhe sustento, proteção e direção. O Sinai seria o marco dessa jornada, onde o povo viu nitidamente a separação entre o Deus Santo e o povo pecador. O povo veria também a Lei de Deus e a rejeitaria causando muita morte e tristeza. A vida social do povo seria estabelecida sob as bases da Palavra de Deus. Moisés se encontraria com Deus no monte Sinai. Apesar das murmurações e desobediência do povo, Deus estava prometendo que trataria o povo com exclusividade no meio das nações. Ele só estava exigindo obediência. Deus estabeleceria sacerdotes no meio do povo. Moisés chamou os líderes e passou o recado de Deus para eles (v.1-7).

 

2.O povo não achou ruim a exigência de Deus. Era fácil obedecer a um Deus bondoso e perdoador. Deus falaria com Moisés no meio de uma nuvem espessa. Isso daria autoridade às palavras de Moisés. Deus exigiu que o povo lavasse suas roupas. Podemos calcular que seriam necessários, pelo menos, cinquenta milhões de litros de água para lavar as roupas de dois milhões e meio de pessoas. Portanto, a água jorrava de alguma rocha como um rio. Nosso Senhor Jesus é o nosso salvador. Ele nos purifica com vestes de justiça. Ele é a água purificadora (v.8-11).

 

3.Deus queria que houvesse separação entre o povo e o monte Sinai, o qual passaria a ser o monte santo, pois Deus falaria com Moisés dali. Os limites seriam marcados. Nem mesmo animais seriam poupados, caso ultrapassassem os limites. O povo poderia subir ao monte quando a trombeta tocasse. O momento era de preparação. Até mesmo o relacionamento lícito entre casais não poderia existir naqueles três dias de preparação. Era Deus exigindo toda a atenção para Si (v.12-14).

 

4.O dia chegou e Deus mostrou ao povo Seu poder através de raios e trovões. O povo tremeu de medo. Como precisamos ver esse texto e reverenciar ao Senhor! Por causa de Cristo, o nosso Salvador, não morreremos diante de Sua presença. A trombeta que soava não era tocada por ninguém do acampamento. O som era ensurdecedor e vinha do próprio Deus. Mesmo que Moisés já tivesse avisado ao povo, Deus exigiu que Moisés advertisse novamente o povo sobre o perigo de morte ao ultrapassar os limites. Até mesmo os sacerdotes seriam exterminados se não se consagrassem ao Senhor para o serviço quando Deus mandasse. No momento, somente Moisés e Arão poderiam subir ao monte (v.15-25).

 

“Liberdade trazia consigo novas responsabilidades. Como eles viveriam? Quem os governaria? Quais leis eles estabeleceriam? Como eles adorariam a Deus que os livrara? Essas questões foram respondidas em pouco mais de onze meses que Israel ficou acampado no Monte Sinai (Êx 19.1, Nm10.11).”[18]

 

O Monte Sinai e Jesus (Êx 19)

1.Deus falou através de Moisés, agora fala através de Jesus (v.1-7, ver Hb 1.1-2)

2.O povo lavou as vestes com água, agora somos lavados pelo sangue de Jesus (v.8-11, ver Hb 9.14 e Ap 7.11)

3.O povo não tinha acesso a Deus, agora temos livre acesso por meio de Jesus (v.12-15, ver Hb 4.16, Rm 5.2,Ef 2.18, 3.12)

4.O povo teve medo de Deus, agora temos confiança em Deus por meio de Jesus (v.16-25, ver Rm 5.2, Ef 3.12, Hb 4.16, 1 Jo 3.21, 5.14)

 

Capítulo 20: Os Dez Mandamentos

1.Se alguém perguntar para mim: “A sua igreja aceita a Lei?”, eu digo: “Sim”. Se perguntarem: “Vocês guardam a Lei?”, eu respondo: “Não”. Espantados, os interlocutores perguntariam: “Por que não?”. Eu responderia: “Porque não conseguimos!”. É isso mesmo meus amigos, não conseguimos obedecer aos Mandamentos justos do Deus justo. Insistentes, diriam: “Quem não guarda os Mandamentos de Deus está perdido”, eu concordaria: “Sim, merecemos o inferno”. Como bons “evangelistas mosaicos” perguntariam: “Isso não preocupa a vocês?” Confiantemente, eu exultaria: “Não mais”. Sim, não tememos a morte eterna, pois mesmo incapazes de obedecer a Lei, errando o alvo santo de Deus, Jesus Cristo morreu a morte que merecíamos e, por isso, a Lei não tem mais poder de nos condenar. Para que serve a Lei, então? O apóstolo Paulo diz que há uma maneira de usar a Lei de modo legítimo (1 Tm 1.8). A Lei deve ser enfatizada, não para incentivar o incrédulo ou mesmo o crente a obedecerem, mas para mostrar ao pecador que ele não tem condições alguma de se aproximar de Deus por obediência e méritos próprios. Somente por Aquele que cumpriu a Lei, e morreu porque não a cumprimos, é que podemos ser salvos da maldição da Lei. Os Dez Mandamentos são tão autoexplicativos e absolutos que é desnecessário maiores explicações. É interessante notar que não existe o mandamento: “Não mentirás”. O fato de negar que somos pecadores e presumirmos que podemos obedecer aos Mandamentos já faz de todos nós mentirosos. Seja como for, dizer falso testemunho contra o próximo já é mentira. Adorar outro deus ou reverenciar imagens também são práticas mentirosas em si mesmas. O mandamento mais discutido entre todos, em nossa sociedade sabatista, é a guarda do sábado. É o único mandamento que não se repete no Novo Testamento, exceto para condenar a prática de quem exalta o sábado acima dos demais dias da semana. O sábado significa descanso e era cheio de significado para o povo de Israel e um teste para a nação. Não apenas como dia da semana, mas como descanso da terra a cada seis anos. O ano sabático foi roubado pelos israelitas durante quatrocentos e noventa anos, por isso, tiveram que amargar o cativeiro por setenta anos, deixando a terra experimentar o seu sábado (descanso) (v.1-17).

 

Os mandamentos de Deus e seu significado hoje (Êx 20)

 

Mandamento

Significado para nós já crentes

1º) Não terás outros deuses diante de mim

Qualquer pessoa, objeto ou valor colocado antes de Deus em nossas vidas caracterizam “outros deuses”.

2º) Não farás para ti imagem de escultura

Nossos deuses materializados em objetos de desejo, tornam-se nossas imagens de escultura divina.

3º) Não tomará o nome do Senhor teu Deus em vão

O praguejar usando o nome de Deus ou até associando Deus a desejos cobiçosos e pecaminosos, fazem-nos culpados de tomar o nome de Deus em vão.

4º) Lembra-te do dia de sábado para o santificar

Jesus Cristo é o nosso sábado. Para Ele somos separados, não apenas em um dia, mas todos os dias da semana e de nossa vida.

5º) Honra a teu pai e tua mãe

A palavra “honorário” vem da palavra honra. Chegará um momento em que precisaremos “honrar” os pais, cuidando e sustentando.

6º) Não matarás

Todos somos assassinos em potencial quando odiamos as pessoas. O apóstolo João disse que quem odeia a seu irmão já é assassino.

7º) Não adulterarás

Jesus disse que só imaginar ter uma relação extraconjugal já é adultério.

8º) Não furtarás

Somos ladrões desde criança. Sempre tentando levar vantagem sobre outras pessoas.

9º) Não dirás falso testemunho contra o teu próximo

Quando para nos safar de situações embaraçosas, culpamos outros, já somos culpados de perjúrio.

10º) Não cobiçarás

O escritor Tiago diz que as guerras que fazemos são por causa da nossa cobiça. Paulo disse que não conheceria o pecado, não fosse pela Lei que dizia: não cobiçarás. Gostamos e queremos aquilo que é dos outros. Se não pudermos, ridicularizamos o que os outros têm a fim de valorizar o que é nosso e disfarçar nossa frustração.

2.O povo ouviu a Lei de Deus e as demonstrações trovejantes e relampejantes do poder de Deus. Eles preferiam ouvir Moisés a ouvir Deus, pois tiveram grande medo. Deus foi bem claro e repetitivo sobre adoração a outros deuses. O Senhor não queria nada feito pelo homem, tal como um altar de pedras trabalhadas. Ele preferia as pedras brutas, sem auxílio de mãos humanas. Nada do que fizermos para Deus tem valor. Somente aquilo que Ele faz através de nós produz louvor a Ele. Até mesmo o altar com degraus, por ser obra trabalhada do homem, não servia. Apenas mostraria a nudez do homem. Nós somos revestidos com as vestes da justiça de Cristo e isso agrada a Deus (v.18-26).

 

“Eles concordaram em ouvir Moisés, mas pediram que Deus mesmo não falasse com eles por medo de morrerem. É verdade que se Deus fala em lei absoluta, ninguém pode viver. Entretanto, Moisés era um mediador, portanto, tipo de Cristo como o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5).”[19]

 

Capítulos 21-23: Diversas leis do dia a dia

1.Os próximos capítulos legislam várias situações do cotidiano. Qualquer sociedade seria justa com a teocracia (Deus no governo). No entanto, não significa que todos obedeceriam, pois os homens são pecadores. O governo justo de Deus será estabelecido com o Messias, Jesus Cristo. O povo de Israel terá um coração transformado e poderá cumprir os mandamentos de Deus. Essas leis em Êxodo só provam ao homem que é impossível andar nos caminhos de Deus o tempo todo. A seguir, trinta e quatro leis divididas por títulos. Porém, devem ter mais leis subdivididas. O objetivo de apresentá-las aqui é para conhecimento. Jamais alcançaremos a justiça de Deus através da tentativa de obedecer essas leis, pois não conseguimos cumpri-las integralmente e em todo o tempo. Nossa justiça foi alcançada em Cristo Jesus somente. Algumas dessas leis são aceitas até mesmo por incrédulos, pois fazem bom senso em qualquer sociedade e convívio interpessoal:

 

 

Diversas leis do Antigo Testamento

(Êx 21-23)

 

Lei

Referência

Escravo homem

21.1-2

Escravo voluntário da orelha furada

21.3-5

Escrava mulher

21.7-11

Agressão física

21.12-15

Sequestro

21.16

Filhos que amaldiçoam os pais

21.17

Ferimento físico por briga

21.18-21

Indenização por ferimento

21.22-27

Ferimento por boi

21.28-32

Ferimento por descuido

21.33-36

Roubo

22.1-4

Estrago de lavoura

22.5-6

Perda ou estrago de objetos de outros

22.7-13

Perda ou estrago de objetos emprestados

22.14-15

Fornicação com uma virgem

22.16-17

Feitiçaria

22.18

Bestialidade (relação sexual com animal)

22.19

Idolatria

22.20

Estrangeiros, viúvas e órfãos

22.21-24

Usura (agiotagem)

22.25

Penhor

22.26-27

Cidadão que amaldiçoa a Deus e às autoridades

22.28

Primeiros frutos (plantação, animais e filhos)

22.29-30

Presa ou caça despedaçada

22.31

Calúnia, perjúrio e parcialidade

23.1-3

Caridade para com o inimigo

23.4-5

Justiça no tribunal

23.6-7

Suborno

23.8

Opressão contra o estrangeiro

23.9

Ano do descanso para os pobres

23.10-11

Sábado para renovação de forças

23.12

Idolatria (novamente)

23.13

Três festas

23.14-17

Sangue e gordura do sacrifício

23.18-19

 

2.Após essas legislações, Deus promete que um anjo iria adiante do povo, orientando e protegendo. O Senhor reforça o mandamento de não adorarem outros deuses. Canaã era cheia de idolatria. A promessa de prosperidade é bem própria do Velho Testamento para o povo de Israel. Até mesmo as promessas de fertilidade, sucesso em todos os partos e longevidade são garantidas pela obediência. A vitória sobre os inimigos seria certa, porém, progressiva para que o povo de Israel não ficasse numa terra cheia de feras da terra. O território de Israel seria alargado e o povo cresceria muito. Seria muito importante que o povo de Israel não fizesse aliança com os moradores de Canaã, pois isso seria uma armadilha devido aos deuses deles (23.20-33).

 

“Embora não seja universalmente aceito que ‘a melhor regra de vida é a honestidade’, pode-se demonstrar que em qualquer sociedade estável a honestidade traz consigo sua própria recompensa, ainda nesta vida. A lei divina, se obedecida, garantia a justa distribuição de comida em Israel. Considerada como um código de higiene, a lei divina garantia a Israel um padrão de saúde muito superior ao das terras vizinhas, como Filístia e Egito, onde pragas tinham caráter endêmico (15:26). O respeito pela velhice, em particular pelos pais, garantia que os velhos tivessem lugar seguro e honrado na sociedade. Um psicólogo diria que, na estabilidade da vida conjugal israelita, as tensões e conflitos psicológicos eram virtualmente ausentes.”[20]

 

Capítulo 24: A gloriosa presença de Deus

Deus sempre quis fazer-se presente ao homem, porém, a barreira do pecado faz a separação. No entanto, Deus escolhe Moisés e os líderes da nação para testemunharem da misericórdia de Deus. As autoridades religiosas e políticas da nação chegariam mais perto de Deus do que o povo, mas apenas Moisés tinha a autoridade como mediador de se apresentar a Deus. O povo estava disposto a obedecer a Deus, mas isto não significa que conseguiria. Todas as doze tribos de Israel estavam representadas em doze colunas. Os jovens tiveram participação na adoração a Deus, sendo responsáveis por sacrifícios de comunhão. A base dos mandamentos era sempre os mandamentos de Deus e não mandamentos de homens, nem mesmo de Moisés. A base também era o sangue. A presença de Deus é gloriosa e linda como safira. Deus não os destruiu, ainda que viram a sua presença. Por causa do mediador, Jesus, não há o perigo de sermos exterminados pelo Deus Santo. A Lei de Deus, os Dez Mandamentos, foi escrita pelo próprio Deus. É verdade que Moisés escreveu outros mandamentos, os quais Deus expandiu, a partir dos Dez Mandamentos. É verdade também que Moisés escreveu, na segunda vez, pois as tábuas foram quebradas. Josué era o auxiliar de Moisés e subiu também. Isso é digno de nota, pois esperávamos que Arão subisse. Arão ficou para tomar conta do povo e, como veremos, falhou nessa tarefa. A nuvem representava a presença e glória de Deus. A presença de Deus pode ser gloriosa para o crente, mas apavorante para o pecador. O povo via a glória de Deus como um fogo consumidor. Um dia, víamos Deus como ameaça, hoje vemos o nosso Deus como aquele que é nossa segurança. Somente Moisés se encontrou com Deus no meio da nuvem de glória (v.1-18).

 

“A maioria dos homens não está espiritualmente preparada para aproximar-se da presença de Deus. Há gradações de acesso, tal qual há gradações de espiritualidade... Em Cristo, temos um acesso completado, ao passo que em Moisés havia apenas um acesso preliminar... É possível que os israelitas, pensando que Moisés tinha sido consumido em meio ao espetáculo divino, tenham caído em desespero, voltando-se assim para a idolatria.”[21]

 

A presença gloriosa de Deus (Êx 24)

1.Deve ser experimentada pela liderança (v.1-2)

2.Deve provocar compromisso de obediência (v.3)

3.Deve levar o pecador à adoração (v.4)

4.Deve motivar jovens e não apenas os velhos (v.5)

5.Deve ser baseada no sangue do Cordeiro (v.6,8)

6.Deve ser baseada na Palavra de Deus (v.7,12)

7.Deve se mostrar bela (v.9-10)

8.Deve mostrar misericórdia (v.11)

9.Deve ser compartilhada com irmãos em discipulado (v.13)

10.Deve ser acompanhada de responsabilidade e cuidado (v.14)

11.Deve ser visível em sua glória (v.15-16)

12.Deve provocar temor e reverência (v.17)

13.Deve ser, ao mesmo tempo, particular (cada um estaria ali na pessoa do mediador) (v.18)

 

Capítulos 25-31 e 35-40: O Tabernáculo

1.Deus mandou construir uma enorme tenda. Ele queria que os homens soubessem que Ele estaria com eles e que eles podiam chegar até Ele através do sangue. Cada mobília daquele Tabernáculo mostrava algo a respeito do Libertador que viria. Deus queria ilustrar a libertação do pecador (Êxodo capítulo 35 até o capítulo 40). Desde o capítulo 25 de Êxodo lemos sobre o Tabernáculo e há bastante repetição. A explicação é simples. Primeiro, Deus mandou Moisés fazer o Tabernáculo e deu as instruções e desenhos das mobílias. Depois, Moisés executou a obra com o auxílio de pessoas habilitadas.

 

2.As peças do tabernáculo eram: 1) O altar de Bronze, 2) A Bacia de Bronze, 3) O Candelabro, 4) A Mesa dos Pães da Proposição, 5) O Altar de Incenso, 6) A Arca da Aliança e 7) O Propiciatório

 

3.O Tabernáculo era a sombra de Jesus Cristo que perdoou os pecados dos Israelitas e de todos quantos que creem nele. Nosso Senhor era o verdadeiro possuidor do Tabernáculo. E Ele era o Salvador que lançou fora os pecados de todo mundo de uma vez por todas, e ao mesmo tempo, a própria oferta de sacrifício para toda a humanidade.

 

4.A seguir, 31 referências bíblicas que tratam do Tabernáculo. Se desejar um estudo detalhado do Tabernáculo com figuras e comentários, por favor, adquira gratuitamente escrevendo para o email: perciocoutinho@gmail.com

 

Referências ao Tabernáculo e as peças que o compõem (Êx 25-40)

1ª) Êxodo 24.12-18: Moisés receberia as instruções para a construção do Tabernáculo no monte Sinai, o mesmo onde recebera as Tábuas da Lei

2ª) Êxodo 25.1-9 e 35.4-9: Ofertas para o Tabernáculo

3ª) Êxodo 25.10-16 e 37.1-5: A arca

4ª) Êxodo 25.17-22 e 37.6-9: O propiciatório

5ª) Êxodo 25.23-30 e 37.10-16: A mesa

6ª) Êxodo 25.31-40 e 37.17-24: O candelabro

7ª) Êxodo 26.1-14 e 36.8-20: As cortinas do Tabernáculo

8ª) Êxodo 26.15-30 e 36.21-34: As tábuas do Tabernáculo

9ª) Êxodo 26.31-37 e 36.35-38: O véu, o reposteiro e as colunas

10ª) Êxodo 27.1-8 e 38.1-7: O altar do holocausto

11ª) Êxodo 27.9-19 e 38.9-20: O átrio

12ª) Êxodo 27.20-21 e Levítico 24.1-4: O azeite para o candelabro

13ª) Êxodo 28.1-43 e 39.1-31: As vestes dos sacerdotes

14ª) Êxodo 29.1-46, Levítico 8.1-36 e Números 28.1-8: O sacrifício e as cerimônias de consagração dos sacerdotes

15ª) Êxodo 30.1-10 e 37.25-28: O altar do incenso

16ª) Êxodo 30.11-16: O pagamento do resgate

17ª) Êxodo 30.17-21 e 38.8: A bacia de bronze

18ª) Êxodo 30.22-33 e 37.29: O óleo da santa unção

19ª) Êxodo 30.34-38: O incenso sagrado

20ª) Êxodo 31.1-11 e 36.1: Os artífices da obra do tabernáculo

21ª) Êxodo 31.12-18: O sábado santo e as duas tábuas do Testemunho

22ª) Êxodo 38.21-31: A enumeração das coisas do tabernáculo

23ª) Êxodo 40.1-33: Deus manda Moisés levantar o tabernáculo

24ª) Êxodo 40.34-38 e Números 9.15-23: A nuvem cobre o tabernáculo

25ª) Números 2.1-34: A ordem das tribos no acampamento

26ª) Números 7.1-89: As ofertas dos príncipes na dedicação do altar

27ª) Números 8.1-4: As sete lâmpadas do santuário

28ª) Números 8.5-26: A consagração dos levitas

29ª) Números 10.1-28: As duas trombetas de prata e a mudança do tabernáculo

30ª) Números 33.1-49: Os 41 acampamentos desde o Egito

31ª) Hebreus 9.4: Os três objetos dentro da arca da Aliança

 

Algumas menções do Tabernáculo na Bíblia

1.As pontas do altar, antes do tabernáculo, e neste caso, da casa do Senhor, davam uma falsa segurança ao traidor (1 Reis 1.50-53, 1 Reis 2.28-29, veja porque “falsa segurança” em Êx 21.14).

2.Os levitas não mais teriam que carregar o tabernáculo e seus utensílios (1 Cr 23.25-26).

“Este Tabernáculo terreno, então, é um rascunho daquele maravilhoso quadro de Cristo, o qual o Espírito Santo plantou nesta terra.”[22]

 

Capítulo 32: O bezerro de ouro

1.Israel é o povo rebelde. O Deus Verdadeiro (Jeová) é misericordioso. Nós nos parecemos muito com a nação de Israel. Houve várias advertências ao entrar em Canaã. Do Egito até este momento houve muita murmura­ção. Moisés recebe a notícia do próprio Deus a respeito da rebeldia do povo. Deus é justo. Não seria cruel em destruir o povo. Não quebraria a aliança com Abraão. Há crentes num precipício espiri­tual (1 Co 10.1-22 e 11.30). Moisés viu o que ouvira de Deus. O monte fervia em fogo; Moisés fervia em indignação. O líder deve ser misericordioso, mas não complacente. Moisés quebrou as tábuas da Lei (v.19 e Dt 9.17). A lei já havia sido quebrada nos corações. A Bíblia e a oração só têm valor quando obedecemos. Moisés intercedeu pelo povo. Deus fez uma proposta para ele, a de começar outro povo em Moisés. Ele preferia a morte própria a morte do povo. Moisés conhecia a mão pesada do Senhor. O Senhor ouviu Moisés. Não destruiu o povo. Não destruiu Arão. Moisés destruiu aquilo que estava fazendo separação entre o povo e Deus. É uma ilustração sobre o que deve­mos fazer com os nossos “deuses”. O perdão é absoluto (Mq 7.18-19). Nós não merecemos o Senhor. Devemos honrar nossos líderes. Os líderes devem ser firmes, justos e miseri­cordiosos. A misericórdia do Senhor dura para sempre, mas Ele tem o Seu próprio relógio para o fim da longanimidade (v.1-35).

 

“Sua graça é abundante e profunda; mas não de modo fácil. Esses capítulos apresentam a tensão necessária no Deus que é tanto amor quanto justo, tanto gracioso quanto santo. Não se explica como a graça e a santidade de Iavé se beijam, mas a pregação do texto é da graça de tal forma que tememos a ira de Deus e, ainda, nos regozijamos – com tremor – sob sua inexplicável graça.”[23]

 

Quando não esperamos pelos melhores planos de Deus (Êx 32.1-10)

1.Fazemos deuses para nos guiar com o auxílio de líderes fracos (v.1)

2.Transformamos as bênçãos de Deus nesses deuses (v.2-3)

3.Confeccionamos esses deuses com as habilidades que Deus nos deu exclusivamente para a glória Dele (v.4)

4.Fingimos adoração a Deus edificando altares a esses deuses (v.5)

5.Divertimo-nos com a adoração desses deuses (v.6)

6.Trazemos sobre nós a disciplina do Senhor por causa dos deuses (v.7-10)

 

Intercedendo por alguém ou por uma situação (Êx 32.11-35)

1.Interceder é se arriscar a orar de modo errado por alguém que não quer mudar (v.11-12)

2.Interceder é apoiar-se nas promessas da Palavra de Deus (v.13)

3.Interceder é ver o impossível acontecer (v.14)

4.Interceder não é fechar os olhos para os problemas e pecados (v.15-24)

5.Intercessão é acompanhada de reformas (v.25-29)

6.Interceder é colocar o coração e a vida pelo objeto de intercessão (v.30-35)

 

 

 

Capítulo 33: A glória de Deus

1.Deus não desistiu do povo apesar da rebelião. A intercessão de Moisés em favor do povo resultou na misericórdia de Deus. O plano do Senhor é levantar acampamento e seguir adiante até chegarem à Terra Prometida. Porém, Deus diz que não irá com o povo devido à obstinação deles em pecar. O anjo iria adiante, mas não Deus. É possível Deus não estar em algum lugar? É claro que não é possível. No entanto, o Senhor pode deixar de ser íntimo dos rebeldes. Não há sucesso algum em conseguir chegar ao destino traçado sem a companhia do Deus maravilhoso. Estar em alguns lugares maravilhosos sem a companhia perfeita não é nem um pouco agradável. Os enfeites não melhorariam a atitude do povo diante de Deus. As nossas obras de justiça não sensibilizam a Deus, pois nada temos a oferecer a Ele. Devemos nos apresentar a ele sem enfeites, pois a aparência impressiona aos homens, mas jamais a Deus que tudo vê, até mesmo o nosso íntimo. Moisés armou uma barraca fora do acampamento para receber as pessoas em suas dúvidas. Temos que lembrar que o Tabernáculo foi apresentado a Moisés, mas ainda não fora construído. Talvez naqueles dias a fila cresceu bastante, pois todos queriam respostas sobre o futuro. Deus falava com Moisés como se fala com um amigo. Josué presenciava o verdadeiro líder e seu relacionamento com Deus (v.1-11).

 

2.A intercessão de Moisés pelo povo é ousada. Ele não quer sair do acampamento para qualquer lugar sem a íntima companhia do Senhor com todo o povo. A intercessão de Moisés produziu grande efeito. Deus concordou em acompanhar o povo e oferecer descanso a todos. Moisés não abre mão da intimidade com Deus. Se Israel não tiver a companhia do Senhor será como qualquer outro povo sem Deus. Moisés quer ver a glória de Deus. Nenhum homem viu a Deus, nem mesmo Moisés. Porém, Deus mostrou um reflexo de sua glória. Moisés foi colocado sobre a rocha e depois na fenda da rocha. Deus mostrou sua glória, porém, não sabemos do que se trata. A mão e as costas de Deus são apenas linguagem para que o homem tenha uma ideia, porém, Deus não tem mão ou costas, pois não precisa de um corpo. Somos colocados sobre a Rocha que é Cristo e também fomos escondidos Nele. A glória de Deus só pode ser vista através de Cristo Jesus (v.12-23).

 

“Da parte de Deus, isto foi um ato condescendente de graça. Pois a glória de Deus é tão grande que é impossível para uma criatura até mesmo imaginar com o que Ele se parece. Como poderíamos nós compreender um Ser como este? Mas Moisés viu as costas de Deus que é apenas simbólico do povo do Velho Testamento, vendo a evidência de Deus ter estado lá. Nós também podemos ler o Velho Testamento e concluir que Deus tem passado por aquele caminho, mas sem termos visto Sua face.”[24]

 

A intimidade com Deus (Êx 33)

1.Ter intimidade com Deus é não substituir a viagem e o destino maravilhosos por Sua ausência. As bênçãos de Deus não podem ser mais desejáveis do que Sua presença (v.1-3)

2.Ter intimidade com Deus é despir-se da aparência enfeitada que são nossas obras de justiça (v.4-6)

3.Ter intimidade com Deus é falar-lhe como se fala com um amigo (v.7-11)

4.Ter intimidade com Deus é conhecer os propósitos Dele em nossa vida (v.12-13)

5.Ter intimidade com Deus é experimentar do Seu descanso (v.14)

6.Ter intimidade com Deus é não ter dúvidas de Sua companhia constante (v.15-18)

7.Ter intimidade com Deus é estar sobre a Rocha e dentro Dela. A Rocha é Cristo (v.19-23)

 

 

Capítulo 34: As novas tábuas da Lei

1.A prova de que Deus não abandonou o seu povo foi a nova confecção das tábuas da lei. Desta vez, Moisés talhou as tábuas. Quando quebramos a obediência a Deus, precisamos refazer através da confissão e um andar digno em Sua presença. Somente se Deus se apresentar ao pecador, poupando-o pela Sua grande misericórdia, é que o homem conhecerá os planos do Senhor. Isso Ele faz através de Sua Palavra. Ninguém poderia se achegar a Deus sem conhecê-Lo e o modo como Deus resolveu se mostrar ao homem foi através da Sua Palavra. Moisés jamais abriu mão da companhia do Senhor. Apenas uma viagem segura e um destino certo não satisfazem ao homem que anseia pela intimidade com Deus. As bênçãos de Deus não devem ser mais importantes do que a Sua presença. Os que buscam apenas os benefícios que Deus pode conceder vivem somente para o seu bem-estar e não para conhecer a Deus pessoalmente (v.1-9).

 

2.Deus renova o seu cuidado para com o povo, mas exige a obediência. A intimidade com os povos de Canaã seria uma armadilha, por isso, deveriam se aproximar de Deus e não dos homens. Muitas vezes, as pessoas querem que Deus as ajude a se relacionarem melhor com os seus semelhantes. Para o crente, isso pode se tornar uma armadilha. Precisamos dar preferência a Deus, obedecendo-o, e não buscar aceitação dos homens. A prostituição da terra pode atingir ao povo de Deus se estiverem muito preocupados em serem aceitos pelo mundo. Os filhos sofrerão as consequências de pais ambiciosos pelas coisas deste mundo. As festas proclamadas por Deus deveriam ser obedecidas por Israel (v.10-27).

 

3.O jejum de Moisés foi suportado somente pela intervenção divina para um fim específico. Nenhum homem deveria tentar imitar esse jejum feito por Moisés. O rosto de Moisés brilhou devido à presença de Deus consigo, porém, ele mesmo não se deu conta desse resplendor. As pessoas que o receberam ficaram assustadas. Podemos nos lembrar de Estevão que também teve o seu rosto resplandecente, antes de ser morto pelos fariseus. Quando Moisés percebeu que o seu rosto resplandecia ao estar com o Senhor, ele cobria o rosto para se encontrar com o povo. O apóstolo Paulo diz que Moisés fazia isto para que o povo não visse o resplendor sumir aos poucos. A glória de Jesus nunca se apaga, porém, o homem desvanece com o tempo (v.28-35).

 

“Então, Deus renovou sua aliança, prometendo realizar maravilhas a favor do povo de Israel quando lançasse fora os habitantes de Canaã. Entretanto, o Senhor advertiu o povo a não se misturar com aqueles povos pagãos, nem adotar suas práticas idólatras. Os postes-ídolos (Asera) se referem às imagens obscenas ou ídolos fálicos que serviam de símbolos da fertilidade. Uma vez que Deus havia feito uma aliança com seu povo, os israelitas não deveriam fazer aliança com os moradores da terra. É impossível manter comunhão com Deus e com ídolos ao mesmo tempo (1 Co 10.21).”[25]

 

A segunda chance para obedecer a Deus (Êx 34)

1.A obediência quebrada precisa ser reconstruída (v.1-4)

2.Os pecados são perdoados, mas precisam ser tratados (v.5-9)

3.Alguns cuidados precisam ser tomados com mais zelo (v.10-27)

4.A glória da presença de Deus continuará a se desvanecer do homem quanto mais tempo ficar longe Dele (v.28-35)


Pércio Coutinho Pereira, 2020, 1ª ed. 2015

 

Notas

 

1.     Introdução

1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

3.Manual Bíblico - H.H.Halley

4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

7.O livro dos livros - H.I.Hester

8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wierse

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

 

2.     Agência Católica de Informações (http://www.acidigital.com/noticias/ventre-materno-e-o-lugar-mais-perigoso-para-a-sobrevivencia-adverte-bispo-espanhol-23503/) Pesquisado no dia 07 de fevereiro de 2015

3.     Comentário Bíblico Expositivo do AT - Êxodo, pg 236-7 – Warren W. Wiersbe (ed. Geográfica – Sto. André – SP - 1ª ed. – 2006)

4.     O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 315 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

5.     A Study Series in Exodus, pg. 6 – Scott Grant (http://www.pbc.org/dp/grant/exodus/exo004b.html 1999)

6.     Wycliffe Bible Commentary (http://www.davidcox.com.mx/library/H/Harrison-Pfeiffer%20-%20Wycliffe%20Bible%20Commentary%20on%20Exodus%20%28b%29.pdf 28/02/2015)

7.     Outlines by Dr. David Hocking,  The book of Exodus, Message No. 6 & 7, pg. 5 (Sem publicadora e sem data de publicação)

8.     Novo Comentário da Bíblia, pg.20 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

9.     Comentário Bíblico Moody – Êxodo pg. 25 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

10.  The Gospel in Exodus, pg. 1 – The Passover – Henry Law (1885, http://www.gracegems.org/LAW/e03.htm (1 of 5) [05/05/2006 01:38:12 p.m.])

11.  O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg.355 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

12.  Comentário Bíblico NVI – Êxodo, pg. 229 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

13.  Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 63 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

14.  Notes on Exodus Dr. Thomas L. Constable, pg. 93 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

15.  Expositions of Holy Scripture (Exodus), pg. 220-22 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

16.  Complete Summary of the Bible (Exodus 18.1-27) - Keith L. Brooks (1919 extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

17.  The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes). Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (Extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

18.  Knowing God through Exodus – David Egner (RBC Ministries – Grand Rapids, MI – EUA – 1989)

19.  Comments on the book of Exodus – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

20.  Êxodo – Introdução e Comentário, pg. 176 – R. Alan Cole (Série Cultura Bíblica – Edições Vida Nova e Editora Mundo Cristão – SP - 2ª ed. 1981)

21.  O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg.412 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

22.  The Gospel in Exodus - The Tabernacle – Henry Law – 1855

(http://www.gracegems.org/LAW/e18.htm (2 of 5) [05/05/2006 01:42:38 p.m.])

23.  Rebellion, Presence, and Covenant: A Study in Exodus 32–34 - Dale Ralph Davis (Reformed Theological Seminary Jackson, Mississippi – Primavera - 1982)

24.  Comments on the book of Exodus – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

25.  Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 81-82 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

 

 

 

 



[1] 1.Explore the book - J.Sidlow Baxter

 2.Merece confiança o AT? - Gleason L.Archer, Jr

 3.Manual Bíblico - H.H.Halley

 4.Estudo Panorâmico da Bíblia - Henrietta C.Mears

 5.Christian Workers' Commentary on The Old e New Testaments - James M.Gray

 6.Análise Bíblica Elementar - James M.Gray

 7.O livro dos livros - H.I.Hester

 8.Conheça sua Bíblia - Júlio Andrade Ferreira 

 9.A História de Israel - Samuel J.Schultz

10.Através da Bíblia - Myer Pearlman

11.Introdução ao Velho Testamento -  H.E.Alexander

12.De Adão a Malaquias - P.E.Burroughs

13.O Novo Dicionário da Bíblia

14.Bíblia anotada pelo Dr. Scofield

15.Expository outlines on Old Testament - Warren W.Wiersbe

16.A Short introduction to the Pentateuch - G.Ch. Aalders

17.Comentários da Bíblia Vida Nova

[3] Comentário Bíblico Expositivo do AT - Êxodo, pg 236-7 – Warren W. Wiersbe (ed. Geográfica – Sto. André – SP - 1ª ed. – 2006)

[4] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg. 315 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[5] A Study Series in Exodus, pg. 6 – Scott Grant (http://www.pbc.org/dp/grant/exodus/exo004b.html 1999)

[7] Outlines by Dr. David Hocking,  The book of Exodus, Message No. 6 & 7, pg. 5 (Sem publicadora e sem data de publicação)

[8] Novo Comentário da Bíblia, pg.20 (Editado pelo Prof. F. Davidson, MA,DD. Editado em Português pelo Rev. D. Russell P.Shedd, MA, BD, PhD – Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 2000)

[9] Comentário Bíblico Moody – Êxodo pg. 25 (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[10] The Gospel in Exodus, pg. 1 – The Passover – Henry Law (1885, http://www.gracegems.org/LAW/e03.htm (1 of 5) [05/05/2006 01:38:12 p.m.])

[11] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg.355 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[12] Comentário Bíblico NVI – Êxodo, pg. 229 – F.F. Bruce (Editora Vida, São Paulo – 2009)

[13] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 63 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[14] Notes on Exodus Dr. Thomas L. Constable, pg. 93 (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[15] Expositions of Holy Scripture (Exodus), pg. 220-22 – Alexander Maclaren (1826-1910) (Grand Rapids, MI: Christian Classics Ethereal Library)

[16] Complete Summary of the Bible (Exodus 18.1-27) - Keith L. Brooks (1919 extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

[17] The Expository Notes of Dr. Constable (Dr. Constable's Bible Study Notes). Copyright 2012 by Dr. Thomas L. Constable (Extraído de comentários de e-sword versão 10.3.0 - 2014)

 

[18] Knowing God through Exodus – David Egner (RBC Ministries – Grand Rapids, MI – EUA – 1989)

[19] Comments on the book of Exodus – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

[20] Êxodo – Introdução e Comentário, pg. 176 – R. Alan Cole (Série Cultura Bíblica – Edições Vida Nova e Editora Mundo Cristão – SP - 2ª ed. 1981)

[21] O Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo vol. 1, pg.412 – Russell Norman Champlin (Editora Hagnos – São Paulo – SP – 2ª ed. 2001)

[22] The Gospel in Exodus - The Tabernacle – Henry Law - 1855 (http://www.gracegems.org/LAW/e18.htm (2 of 5) [05/05/2006 01:42:38 p.m.])

[23] Rebellion, Presence, and Covenant: A Study in Exodus 32–34 - Dale Ralph Davis (Reformed Theological Seminary Jackson, Mississippi – Primavera - 1982)

[24] Comments on the book of Exodus – Leslie M. Grant (biblecentre.org)

[25] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg. 81-82 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

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