47 Romanos

 Romanos

 Martelo, Leilão, Direito, Símbolo, Juiz

Introdução[1]

1.O apóstolo Paulo foi o escritor desse escrito que foi o mais sistematizado dele e também a maior das cartas de Paulo. Foi escrito cerca do ano 56 a.D. quando Paulo estava em Corinto (15.26, 16.1-2), em sua 3ª Viagem Missionária.

2.Paulo escreve para os crentes em Roma. Paulo nunca visitou esta igreja antes de escrever esta carta (1.10,11,15). Paulo só viu aqueles crentes na chamada 4ª Viagem Missionária quando foi levado preso para

Roma (Atos 28.15). Não se sabe como surgiu esta igreja. É possível que tenha sido através dos judeus que participaram da festa do Pentecoste (Atos 2) quando se deu o início da Igreja ou por meio de crentes gentílicos que, comissionados ou não, chegaram naquele local.

 

3.Esta carta trata do assunto da justificação pela fé. Mostra, principalmente, nos três primeiros capítulos, que todos os homens são pecadores, inclusive os judeus. A carta mostra que se alguém é salvo, justificado de suas más obras, só pode ser por meio da Graça de Deus e esta é demonstrada por meio do sacrifício do Justo Jesus Cristo, o Filho de Deus.

 

4.A carta aborda também a justificação de Abraão e a rejeição dos judeus, bem como o plano de Deus para a nação de Israel e, termina com várias exortações de como deve funcionar o Corpo de Cristo, a Igreja. Embora toda a Bíblia seja inspirada por Deus, de fato, a carta aos Romanos é o tratado mais completo do Novo Testamento justamente por tratar de forma expositiva as verdades centrais do Cristianismo, enquanto as outras cartas dão a base mais completa de como deve funcionar uma igreja.

 

5.Embora não tenha sido a primeira carta que Paulo escrevera aos gentios, no arranjo do Novo Testamento a carta aos Romanos foi colocada em primeiro lugar por se tratar da principal carta escrita pelo apóstolo.

 

6.Descobrimos através dessa carta que salvação é muito mais do que mudar de endereço: do inferno para o céu ou ter os pecados perdoados, mas vai além disso sob o tema da Santificação, da Mortificação da carne e da Transformação do crente segundo à imagem de Cristo. O alvo perdido da humanidade, ou seja, o alvo que todos erramos em Adão, foi glorificar a Deus participando de sua natureza. Embora seja muito fácil exagerar este ensino e distorcê-lo a ponto de alguns confundirem com a divinização do homem. A verdade, porém, é que nunca o homem será Deus, e nem mesmo um deus pequeno. Portanto, entendemos que, mesmo no céu, cresceremos de glória em glória.

 

7.Se teve um lugar que Paulo semeou em terreno alheio foi em Roma, pois ele edificou crentes que não surgiram de seu ministério direto, contudo isso não o desmerece de forma alguma, pois o conteúdo dessa carta é tão abrangente que serve para qualquer igreja em qualquer época. E, além disso, Roma seria apenas uma passagem de Paulo e não o lugar do seu ministério, pois Paulo sempre foi um obreiro itinerante.

 

“A seguinte declaração de propósito é sugerida para Romanos: Em uma carta de exortação confrontando os relacionamentos judeus/gentios, Paulo desafia as igrejas de Roma a participarem integralmente na colheita atual de Deus de todos os povos mostrando que o etnocentrismo [da igreja de Roma] opõe-se ao plano eterno de Deus de justificar as pessoas pela fé, dando-lhes nova vida no Espírito e, de modo misericordioso, colocando-as em Seu plano redentor.”[2]

 

8.Ao que tudo indica, Paulo queria, começando em Roma, na Itália alcançar o Ocidente, partindo depois para a Espanha. Podemos, por assim dizer, que somente uma vida de 60 anos era muito pouco para o incansável apóstolo Paulo. Tomando por base que ele se convertera com mais de 20 anos, sobraram uns 40 anos de ministério.

 

9. Doutrinas em Romanos[3]

1) Bibliologia (Rm 1:2, 4:3, 9.6,17, 10.11, 11.2, 15.4, 16.26)

 

2) Angelologia (Satanologia e Demonologia) (Rm 8.38, 16.20)

 

3) Antropologia e Hamartiologia (Rm 1.18,20,23,27, 2.1, 3.4,9, 4.7,8, 5.8,12,19, 6.1,2,6,7,11-13, 7.7, 9.20, 10.5, 11.27, 14.23)

 

4) Teologia (Deus Pai) (Rm 1.7, 6.4, 8.15, 15.6)

 

5) Cristologia (Rm 2.16, 3.24, 5.1,6,8,11, 6.3,4,9,23, 8.1,34, 10.4,17, 12.5, 13.14, 15.3,7)

 

6) Soteriologia (Rm 1.16, 3.24, 10.10, 5.9,10, 10.9,10,13)

 

7) Missiologia (Rm 1.15,16, 10.15,16,17,18, 15.15,16,19,20,21,28)

 

8) Pneumatologia (Rm 5.5, 8.5,6,9,11,13,14,16,26,27, 14.17, 15.13,19,30)

 

9) Eclesiologia (Rm 12.4,5, 16.1,3,4,5)

 

10) Escatologia (Rm 2.2,3,5, 8.19-25, 11.26, 14.10-12)


Capítulo 1: A culpabilidade do homem isolado da luz do evangelho

1.O apóstolo Paulo foi chamado por Deus e pregou o evangelho prometido pelos profetas o qual teve por base a divindade e ressurreição de Jesus Cristo bem como a descendência por parte do rei Davi. O ministério de Paulo sempre foi coroado de conversões dos gentios, mas uma proclamação a todos os judeus em primeiro lugar. No caso dos romanos, Paulo não iniciou o ministério entre eles, mas respeita muito, pois faz parte da obra do Senhor. Ele ora pelos romanos e deseja visita-los. Alguns poderiam argumentar que Paulo deveria visitar aquela igreja, pois fica na capital dos gentios e Paulo era o pregador aos gentios. Ele desejava apenas compartilhar das coisas de Deus para um grupo que também tinha o que oferecer a ele em termos de maturidade cristã. No entanto, Paulo ainda não tivera oportunidade de ir a Roma, até aquele momento. O evangelho era a vida de Paulo aqui na terra, por isso, ele exalta a natureza do evangelho baseado na fé em e na justiça de Deus (v.1-17).

 

2.O primeiro grande tema na carta de Paulo aos romanos é a culpabilidade do homem. Deus julgará o homem que está distante de qualquer possibilidade de contato com evangelho pregado baseado na revelação natural e na consciência do homem. O fato de nunca ter ouvido de Jesus Cristo não o isenta da condenação eterna, pois a culpabilidade está em praticar o pecado. O homem isolado do contato com o evangelho é indesculpável. Ele não tinha o direito de reduzir o criador, ainda que ele não o conhecesse pela revelação escrita, a uma mera criatura. No entanto, assim o fez e recebeu a liberdade que sempre quis, ou seja, pecar. No assunto liberdade para pecar, o homem inventou formas repugnantes, tais como o homossexualismo e uma lista que se segue no texto. Em nenhum momento do texto, há menção que é indesculpável por rejeitar a Cristo, sendo que ele nem teve contato com a mensagem salvadora. É suficiente a prática dos pecados para condenar o homem. Entende-se que essa prática virá assim que ele tiver consciência e isso pode variar na idade das crianças. O pecador, mesmo sem a revelação escrita, sabe que merece a morte, mas para não ficar sozinho em sua obstinação, ele incentiva outros a pecarem também (v.18-32).

 

“Aqueles que rejeitam a Deus e Sua verdade se colocam em um deslizante tobogã – degeneração a auto adoração narcisista, idolatria tola, grosseira sensualidade, perversão brutal, toda forma concebível de comportamento antissocial e um desejo irracional em práticas destrutivas.”[4]

 

Capítulo 2: A culpabilidade do homem sem a revelação escrita e a culpabilidade do judeu

 

“Sabemos que existia outro lado do mundo pagão do primeiro século além do que Paulo retratou nos parágrafos anteriores. Que dizer de homens como o ilustre contemporâneo de Paulo — Sêneca — o moralista estóico, o tutor de Nero? Seneca podia ter ouvido a acusação feita por Paulo e ter dito: ‘Sim, isso é perfeitamente verdadeiro quanto às grandes massas da humanidade, e dou meu apoio ao juízo que você emitiu sobre elas — mas naturalmente há outros que, como eu, deploram estas ten­dências tanto como você as deplora.’”[5]

 

1.Não apenas o homem isolado é um pecador, mas também aquele que está mais próximo à revelação superior, ou seja, a revelação escrita ou vivendo perto de pregadores do evangelho. Aquele que tem revelação do evangelho, mas não aceita está acumulando juízo por causa de suas obras más, pois o julgamento é baseado nas obras. A culpabilidade se prova pela prática do pecado, mas a salvação somente pela fé em Cristo Jesus. O fazer o bem para a vida eterna foi explicado por Jesus em João 6.29 como sendo a obra que devemos praticar a qual é crer Nele. O judeu tem mais responsabilidade por ter mais conhecimento, na época em que Paulo escreveu. Quem peca sem o conhecimento da Lei de Moisés também está condenado, pois há uma lei, chamada lei da consciência, que o condena. A punição ou culpabilidade está toda baseada na prática do pecado e não propriamente na rejeição do evangelho, pois se fosse assim, os que nunca ouviram o evangelho estariam isentos de culpa, pois não teriam o que rejeitar, sendo que nada lhes foi apresentado. O juiz é Cristo e faz parte do evangelho condenar o pecador, mesmo que esse jamais tenha ouvido. A culpabilidade está baseada nas obras pecaminosas. O pecador tem consciência disso, por isso, Paulo diz que é indesculpável (v.1-16).

 

2.Paulo aprofunda o tema da culpabilidade apontando para aquele que teve muita luz da Palavra, ou seja, o judeu. As mesmas práticas de qualquer pecador são encontradas no judeu que se mostra um pecador por ter a revelação escrita, mas não a obedece. Novamente, a base da culpabilidade está na prática do pecado. O símbolo físico do judeu, a circuncisão dos machos da família, não o livra da culpa do pecado. A circuncisão era o símbolo que carregava a verdade de que o judeu pertence a Deus. Porém, se ele não obedece a Deus, o símbolo é enfraquecido, pois a prática não aponta para o privilégio de pertencer a Deus (v.17-29).

 

A aparência exterior (Rm 2.17-29)

1.Exteriormente você pode parecer religioso (v.17-18)

2.Exteriormente você pode parecer mestre-evangelista (v.19-20)

3.Exteriormente você pode parecer honesto (v.21)

4.Exteriormente você pode parecer puro (v.22)

5.Exteriormente você pode parecer reto e justo (v.23-24)

6.Exteriormente você pode parecer praticante da Palavra (v.25-27)

7.Exteriormente você pode parecer justo somente aos homens (v.28-29)

 

Capítulo 3: O privilégio e a responsabilidade de ser judeu

1.Paulo usa o recurso de perguntas as quais ele mesmo responde para formar argumentos. O judeu tem muitos privilégios e o apóstolo não nega isso, mas confirma. Se Deus estivesse em julgamento, Ele seria absolvido ao condenar o judeu incrédulo, pois mesmo sendo o povo eleito, isso não elimina a necessidade de crer para a salvação. A eleição garante um propósito para a nação de Israel e dá o grande privilégio de ser a guardiã das bênçãos de Deus, tais como, o testemunho às nações a respeito do cuidado de Deus, a preservação da Palavra de Deus através dos seus escribas-copistas e a descendência do Messias, Salvador dos povos. Porém, o judeu estava se apoiando apenas em sua posição privilegiada, sem se preocupar com suas responsabilidades. O judeu até argumentou que o pecado dele realçava a graça de Deus e, por isso, deveria ser absolvido de culpa, pois estava exaltando os atributos de Deus. O próprio Paulo, por pregar a graça salvadora ao pecador, foi acusado de ser um libertino quanto aos assuntos espirituais (v.1-8).

 

“A doutrina do inferno não é popular hoje, mas é bíblica. Algumas pessoas chamam a si mesmas de crentes, mas não acreditam no inferno literal, ainda que a Bíblia ensine isto e que nós não devemos negar ou fingir que não está ali. Essa doutrina alega que os homens existem para sempre e devem, por causa do inevitável julgamento divino pelo pecado (de todas as formas), ser separado de Deus para sempre em um estado consciente de tormento. Se a lei tem autoridade, ela deve punir e aplicar a punição. O homem quebrou a lei de Deus por causa do pecado e o pecado deve ser punido ou a lei de Deus não tem autoridade. Jesus Cristo falou mais sobre a punição eterna do que qualquer outro.”[6]

 

2.O judeu, assim como os demais pecadores, se afastou de Deus de tal forma, devido suas práticas pecaminosas, que está totalmente contaminado. Não há área da vida de um pecador que não tenha sido contaminada pelo pecado. Sendo assim, a lei para o judeu é um grande privilégio, mas se tornou uma enorme responsabilidade a qual ele falhou em cumprir. Dessa forma, o pecador, afastado de Deus, só tem uma maneira de ser salvo. Somente se o Senhor quiser salvá-Lo através de um favorecimento bondoso. O pecador não tem justiça própria. Neste caso, Jesus assume o pecado do pecador e em troca lhe concede a justiça necessária para ser aceito por Deus. Como a lei exige a morte do pecador, Jesus assumiu essa morte que era do pecador. Quem pecou antes da morte de Cristo, porém, praticou os sacrifícios exigidos por Deus, foi salvo com base na obra futura de Cristo que ainda viria. Por isso, que o texto diz que Deus usou de tolerância. A justificação em Cristo faz com que os pecados anteriores não sejam considerados, ou seja, são anulados por causa do pagamento de Cristo. É como se jamais o crente tivesse cometido algum pecado. No entanto, somente os que praticaram os sacrifícios exigidos por Deus. Deus condenou os que não estavam debaixo dessa obediência. Então, não há mérito algum do pecador. Tudo foi realidade por Deus e por Seu Filho. O pecador que crê é salvo, mas não é o autor de sua própria salvação. Ele é agraciado com o favor de Deus (v.9-31).

 

Capítulo 4: As duas ilustrações da justificação pela fé, Abraão e Davi

Paulo cita dois exemplos da justificação pela fé. As duas personagens já eram salvas, por terem crido nas promessas de Deus. No entanto, Paulo usa o exemplo de situações nas quais eles não tinham o que oferecer, mas o Senhor providenciou a eles um escape ou solução para o seu problema. Abraão e Davi ofereceram a Deus somente o que era necessário, a fé. Eles confiaram em Deus e isso foi o suficiente para Deus agir na vida deles de modo gracioso. Abraão creu que o Senhor o conduziria para onde Ele quisesse e que daria a ele o necessário para ser o pai de uma grande nação, inclusive o filho da promessa, Isaque. Davi praticou aquele pecado que prejudicou Urias, Joabe e toda a nação de Israel. Deus o perdoou. Davi creu no perdão de Deus e foi justificado. Paulo argumenta que a justificação nem dependeu da circuncisão, pois Abraão foi justificado antes de ser circuncidado (v.1-25).

 

“Os próprios pecados perdoados continuam exercendo efeitos sobre a vida, cumprindo a lei da colheita segundo a semeadura, embora não possam condenar a alma ao estado de perdição. O exemplo clássico disso é a pessoa de Davi, cujos pecados lhe arruinaram a vida. Paulo, o grande perseguidor, foi perseguido intensamente, embora, seu pecado não lhe pudesse condenar a alma.”[7]

 

Capítulo 5: O pecado universal da humanidade em Adão e a salvação em Jesus Cristo

1.A justificação nos coloca imediatamente como amigos de Deus, uma vez que estávamos separados Dele. A esperança é o resultado obtido por causa da justificação. A vida na terra não fica sem lutas, porém, a perspectiva de vida muda devido ao Espírito Santo que é derramado sobre aquele que crê. Quando Cristo morreu por nós, éramos pecadores distantes. Agora, como amigos de Deus, Ele teria mais motivos de nos amar. O fato é que não há nada que façamos que poderia aumentar o amor Dele por nós e também nada que façamos que poderia diminuir o amor Dele por nós. Paulo quer fundamentar a verdade da justificação que não dependeu de nós e continua dependendo do Senhor somente (v.1-11).

 

2.Paulo também estabelece o ensino da corrupção universal da humanidade por causa do pecado de Adão. A morte é o princípio ativo do pecado. Antes que houvesse lei havia morte, isso significa que sem a Lei de Moisés já havia o pecado. Da mesma forma que o pecado do primeiro Adão fez com que toda a humanidade ficasse debaixo do pecado, a obediência do último Adão, Jesus Cristo, tem o poder de deixar debaixo da salvação todo aquele que Nele crê. A Lei não criou o pecado, mas simplesmente mostrou e o colocou em relevo, em destaque (v.12-21).

 

“Paulo não concebia o pecado simplesmente como uma ação ou atitude contra a vontade de Deus. Um estudo do vocabulário associado ao conceito mostra claramente que ele o personificava. O pecado é um rei (5.21; 6.12), um proprietário de escravos (6.6), está morto ou vivo (7.8,9). O pecado é um poder exterior estranho e contrário à verdadeira natureza humana que Deus tinha em mente. É um inimigo que invadiu o homem, ocupou a sua ‘carne’ e o mantém cativo (7.23).”[8]

 

 

 

Capítulo 6: A crucificação do crente com Cristo

1.Os capítulos 6-8 formam uma importante descoberta para vivermos em vitória. É um fato, embora não físico, mas espiritual. Quando Cristo morreu, foi sepultado, ressuscitou e subiu ao céu, os crentes, de todas as épocas, estavam com Ele. Cristo em nós e nós em Cristo. Assim temos segurança da salvação e somos amados pelo Pai. Se o Filho fosse desprezado pelo Pai, então, os crentes também seriam, pois eles estão em Cristo. A vitória sobre o pecado está na morte com Cristo e sua ressurreição. A realidade do pecado não pode ser ignorada, no entanto, não podemos ignorar também que o pecado não tem mais poder sobre nós que estamos em Cristo. O crente não precisa morrer todo o dia, pois Cristo não morre todos os dias. Ele morreu uma única vez e nós morremos uma única vez com Ele. A prática repetida é o considerar-se morto. Ele vive em nós e, por isso, podemos agradar a Deus. Todas as vezes que pecamos é porque Cristo não estava nos controlando naquele momento. Isso acontecerá muitas vezes, mas não por falta de Cristo em nós, mas por causa de nossa desobediência. Até que Ele redima nosso corpo, seremos desobedientes várias vezes (v.1-13).

 

“O pecado deseja ser nosso senhor. Encontra um ponto de apoio em nossa velha natureza e, por meio desta, procura controlar os membros de nosso corpo. Mass em Jesus Cristo, morremos para o pecado, e a velha natureza foi crucificada, de modo que nossa antiga vida foi desativada. Paulo não descreve uma experiência; declara um fato. A experiência prática vem depois.”[9]

 

2.A graça de Cristo em nós nos capacita a agradar a Deus. Sempre que tentarmos com nossos esforços agradar a Deus pecaremos. Ninguém peca quando é controlado por Cristo e o Espírito Santo. Isto significa que nem sempre andamos debaixo da graça, mas algumas vezes andamos com nossas próprias capacidades. Se assim não fosse, não faz sentido a ordem de andar no Espírito e não satisfazer os desejos carnais. Antes pecávamos porque éramos impelidos somente por nossa velha natureza. Agora, no entanto, pecamos por não andar dependentes da graça de Cristo. Tendo esse recurso em nós, ou seja, o próprio Cristo, então, é possível apresentarmos nossos corpos para Ele usar. Nem sempre acontecerá, mas não por falta de Cristo em nós e sim por nossa desobediência. Ele sabe disso e não nos ama menos pelas nossas derrotas. Nós é que nos enganamos quando pensamos que se fizermos força deixaremos de pecar. O salário do pecado sempre será a morte. Todas as vezes que o crente peca é porque ele se afastou do andar na graça e no Espírito Santo. A confissão o coloca imediatamente no trilho do Espírito ou no andar no Espírito. A luta é constante, conforme veremos no próximo capítulo (v.14-23).

 

Capítulo 7: A luta constante do crente contra o pecado

1.A Lei de Moisés, incluindo os Dez Mandamentos e os 613 mandamentos prendem o homem como um casamento. Ele só ficaria livre desse casamento com a morte. O crente morreu para a lei e o pecado e ressuscitou casando-se com um novo esposo, Cristo. A Lei não morreu, o crente morreu para a lei. Ele só poderia contrair nossas núpcias se estivesse vivo. Assim, a ressurreição com Cristo o colocou em um novo relacionamento. A Lei não produzia pecados em nós, mas realçava o poder destes. A cobiça sempre existiu no pecador, mas ele só se apercebeu disso quando a Lei deu um nome, características e condenação a este pecado. Os micro-organismos sempre existiram, mas só tomamos conhecimento deles através dos microscópios. O mérito da Lei está em denunciar o pecador. Ele é motivado a buscar salvação quando entende a Lei. O fim ou a finalidade da Lei é levar o pecador a Cristo, não através da obediência, pois o homem não pode obedecer a Lei, mas através da acusação. Quando o pecador chega até a Cruz, ele decide se enfrentará a Lei e morrerá ou se submeterá a Cristo e será salvo (v.1-13).

2.A grande dúvida para alguns é se Paulo estava falando dele antes de ser um salvo ou está relatando a luta dele como um crente que peca de modo recorrente. O pecado habita somente o incrédulo ou o crente também? Se o querer fazer o bem está nele, então, Paulo está relatando sua luta como crente, pois somente o crente tem o desejo de praticar os mandamentos do Senhor. Paulo cita a expressão “homem interior do coração”. É um termo somente para os crentes e fala da nova criatura em Cristo (Ef 3.16, 4.24, 2 Co 4.16, 1 Pe 3.4). É uma luta constante do crente, algumas vezes andando no Espírito e tendo vitória e outras vezes andando em seus próprios esforços e experimentando derrotas. O crente se engana até quando fica triste por pecar. Nem sempre o motivo da tristeza é porque desagradou a Deus, mas porque não conseguiu cumprir seu propósito de não pecar. É o orgulho de não querer simplesmente confessar e experimentar o perdão. A tristeza após a confissão demonstra que confiamos em nossa capacidade de não pecar. Daí começaram a surgir expressões tais como “não consigo me perdoar” ou “você precisa se perdoar”. Nunca vamos perdoar ninguém e nem a nós mesmos, pois só Deus perdoa. Quando pecamos, e certamente isso acontecerá, temos que confessar e louvar a Deus por experimentar a justiça Dele em nós (v.14-25).

 

“Nada é tão bom, que uma natureza corrupta e viciosa não perverta. O mesmo calor que abranda a cera endurece o barro. O alimento ou o remédio, quando mal ingeridos podem causar a morte, ainda que as suas propriedades sejam de nutrir e curar. A lei pode causar a morte por meio da perversão do homem, mas o pecado é o veneno que produz a morte. Não a lei, mas o pecado descoberto pela lei, tornou-se morte para o apóstolo. A natureza destruidora do pecado, e a pecaminosidade do coração humano são claramente demonstradas aqui.”[10]

 

Capítulo 8: A vitória completa do crente no Espírito Santo

1.A carne, ou seja, nossa velha natureza não tem poder de santificação. A carne não se aperfeiçoa. A carne nunca será amiga de Deus. A maneira de lidar com esse assunto não é reeducando nosso velho homem, mas sim considerando com Cristo na Cruz. Quanto ao nosso novo andar é somente por causa da ressurreição de Jesus. Nós ressuscitamos com Ele. O pecado foi condenado na cruz. Agora é possível agradar a Deus obedecendo-O. A Lei de Deus dentro de um pecador está enferma, mas dentro do crente habitado pelo Espírito Santo é eficiente, fazendo que o crente se incline para as coisas de Deus. Neste capítulo, os que se inclinam para a carne não é o crente carnal, como ensinado em 1 Coríntios 3. O que se inclina para a carne é o incrédulo e o crente, mesmo o mais fraco, inclina-se para o Espírito (v.1-17).

 

“O falso ego está morto ou inútil por causa do pecado. Este ego não pode produzir algo para Deus. Mas o espírito – o verdadeiro ego – está vivo por causa da justiça que Deus concede. É claro que não existem dois egos separados. Quando o ego se toma falso, age de acordo com a carne. Quando o ego é verdadeiro, age de acordo com o Espírito.”[11]

 

2.A resolução completa da presença do pecado se dará somente quando estivermos com o Senhor, na glória. O nosso corpo será glorificado quando da ressurreição e ficaremos livres da presença do pecado em nosso corpo. Disso, da redenção dos corpos dos crentes, depende toda a restauração da criação. Paulo alista três gemidos. A natureza geme aguardando a redenção do corpo do crente. O próprio crente geme por querer agradar a Deus, mas sem sucesso completo por causa da presença do pecado e da velha natureza ainda residindo nele numa luta interna do Espírito contra a carne. O próprio Espírito geme dentro de nós. Deus não é limitado. A essência de Deus é autossuficiência. Porém, Ele se limitou colocando o Espírito Santo dentro do crente, pois este ainda carrega a limitação em agradar a Deus devido à velha natureza. Esse gemido do Espírito acaba sendo a tradução de nossas orações, pois até para orar não temos capacidade. Temos o Espírito que ora por nós, assim como o Senhor Jesus, sendo nosso advogado e o nosso intercessor (1 Jo 2.1-2, Hb 7.25) (v.18-27).

 

3.A vitória completa do crente está em Cristo. Tudo coopera para a transformação do crente conforme à imagem de Cristo. O Senhor já predestinou todos os crentes para esse alvo, o de se parecer cada vez mais com Cristo. Este é um propósito de Deus para a vida de cada crente. Não se trata apenas de salvação da condenação eterna, mas de um relacionamento perdido o qual foi restaurado em Cristo. Sendo assim, não há inimigos ou impedimentos que nos afastará do amor Dele por nós (v.28-39).

 

Capítulo 9: A eleição de Israel

1.Assim como os três últimos capítulos, temos agora mais uma tríade de ensino. A doutrina da substituição, ou seja, a Igreja tomou o lugar de Israel, não pode ter base conforme esses três capítulos. Paulo está falando à igreja para lembrar-se dos planos eternos que Deus tem para a nação de Israel. A nação é eleita, ou seja, escolhida para o propósito de Deus em revelar Seu nome aos povos, ilustrando a Sua bondade protegendo e abençoando um povo e revelando o Salvador do mundo, o Messias de Israel, Jesus Cristo. Paulo tem um grande amor pela nação e quer ver os seus patrícios salvos em Cristo Jesus. Israel teve o privilégio de carregar os títulos sagrados, os cultos, as promessas, a lei e a eleição. Mesmo sendo um povo eleito, os indivíduos da nação ainda não são salvos em sua maioria. Os judeus não andam segundo o seu pai, Abraão, na fé. Se andassem na fé teriam crido no Salvador Jesus. Paulo quer falar da eleição da nação e não da escolha de indivíduos para o céu ou para o inferno. Ele relembra que Jacó foi escolhido para ser o antecessor da nação de Israel. Esaú não foi escolhido para ser o pai da nação. Isso não significa que Esaú foi predestinado para o inferno e Jacó para o céu. A escolha ou eleição se refere ao privilégio de ser o pai da nação. Deus usou Faraó para motivar o povo a confiar em Deus. O coração de Faraó estava determinantemente contra Deus, mas por causa de sua própria escolha. Deus endureceu o coração de quem já estava obstinado contra Ele. O Senhor apenas apressou as decisões de Faraó. Esse princípio já foi estudado em Rm 1.26-28. Os vasos da ira, mencionados aqui, estavam preparados, prontos para a perdição. Não diz que foram preparados por Deus para a perdição. O texto diz que Deus suportou esses vasos que estavam preparados para a perdição e não que os preparou para a perdição. Quanto aos salvos, sim, ele os prepara para a Sua glória. Deus está preparando os crentes, como Paulo disse, como noiva virgem e pura para o Senhor (v.1-24).

 

“Amei a Jacó, porém me aborreci de Esaú (13) deve ser isto interpretado no sentido das duas nações, não dos indivíduos, segundo se deduz da referência original nas duas citações do Velho Testamento (Gn 25.23; Ml 1.2-3). Além disso, “amor” e “aborrecimento” não são fundamentos de eleição, como nós entendemos estes sentimentos subjetivos. Deus não é arbitrário em Sua escolha e não pode ser acusado de favoritismo irracional. Os termos sentimentais indicam antes uma função e um destino nacionais. Judá, e não Edom, foi eleito para revelação progressiva na história.”[12]

 

2.A bênção é que o Senhor elegeu um povo que ainda não era povo. O próprio pai dos judeus não era judeu (Abraão). Antes da nação ser constituída, Deus já havia feito 5 pactos comprometendo-se a levar o seu propósito quanto a nação até o fim. Mesmo que a nação se rebelou, Deus não deixou de abençoá-la. O Senhor abre um intervalo, dando a impressão que se esqueceu de Israel, mas isso nunca foi verdade. Deus está salvando gentios, um povo que não era povo, não porque não existia, mas por não ter sido escolhido para os propósitos de Deus como foi Israel. Os gentios são salvos da mesma maneira que os judeus deveriam ser salvos, seguindo o pai da fé, Abraão. Portanto, todos os que creem nas promessas de Deus, cumpridas em Jesus, são considerados filhos de Abraão. Os judeus desprezaram a justiça de Deus, a graça de Deus e tentaram estabelecer sua própria justiça (v.25-33).

 

Capítulo 10: A rejeição de Israel

A nação de Israel é zelosa, mas apontado para o alvo errado. A Lei não tem como objetivo a justiça própria, mas mostrar ao pecador que é impossível chegar até Deus por meio da obediência, visto que ninguém é obediente. A Lei não é mentirosa ao prometer vida aos que obedecem, porém, não há nenhum exemplar humano que tenha conseguido vida, pois ninguém obedeceu, exceto Jesus, que assim mesmo foi morto pela Lei, pois tomou as nossas culpas sobre si. Essa justiça pela fé não está tão alta ou tão profunda que não possamos alcança-la, mas está perto. Quem ouvir a Palavra pode decidir se quer aceitar a salvação ou não. Todos podem exercer fé se receberem a apresentação, pela Palavra, do objeto da fé, Jesus. Israel decidiu não ouvir a Palavra. No entanto, os gentios ouviram e creram e isso serve para colocar ciúmes em Israel para voltar-se a Deus. Israel se endureceu à voz de Deus (v.1-21).

 

“Israel está incrédulo. Eles ouviram e não creram. A lei e os profetas testemunharam o fato de que os gentios creriam (Dt 32.21, Is 65.1). E em infinita paciência e longanimidade o Senhor estendeu Suas mãos a Israel como um povo desobediente e contradizente. Eles foram incrédulos e colocados de lado. A sua futura restauração é tema do próximo capítulo.”[13]

 

Capítulo 11: A restauração de Israel

1.O apóstolo Paulo é um exemplo de que Deus não abandonou Israel, pois os judeus podem ingressar para o Corpo de Cristo, a Igreja. No entanto, é importante lembrar que a Igreja não substitui Israel nos planos eternos que Ele apresentou para Abraão, Isaque e Jacó. Os remanescentes, hoje, são os crentes, também chamados judeus messiânicos, os quais creram no Salvador Jesus Cristo. A rejeição dos judeus resultou em maior oportunidade para os gentios os quais estão crendo e acrescentando o número à Igreja. Com isso, os judeus ficam emulados, ou seja, com inveja. A queda de Israel beneficiou o mundo gentílico. A restauração de Israel será bênção para muito mais pessoas no mundo, pois os planos do reino messiânico serão cumpridos e toda a terra verá a glória do Senhor (v.1-12).

 

2.Facilmente, os gentios salvos, podem se orgulhar achando que foram a primeira escolha. Deus amou o mundo. O mundo seria aproximado de Deus, porém, através dos judeus, pois deles vem a salvação, pois o Messias vem de Israel. A nação de Israel faz parte de uma raiz santa. Sendo assim, todos os ramos são santificados por Deus. Alguns ramos foram quebrados, mas a árvore continuou. Deus não escolheu outra árvore. A Igreja é a continuação acertada de Israel, mas não é Israel. Nós, os não judeus, fomos enxertados. Éramos de uma oliveira infrutífera. Nós não sustentamos a raiz, mas somos sustentados por ela. Deus pode nos cortar. Não se trata de perda da salvação, mas de disciplina. Deus pode fazer o impossível, enxertar novamente os ramos caídos para a árvore de origem. Israel será salvo. Isto se refere à nação no período da Tribulação. Os que estiverem vivos até o final daquele período serão salvos quando Jesus voltar à terra no Armagedom. A nação, embora composta de não salvos, ainda é e sempre será a nação eleita por Deus. Isto não significa que os que não crerem em Jesus serão de algum modo salvos. Não, somente os crentes, judeus e gentios, serão salvos. O plano de Deus para a nação será completado. Os representantes salvos de Israel da tribulação e mais os judeus salvos do Velho Testamento formarão a nação de Israel para o Milênio. Após esse ensino, da eleição, rejeição e restauração de Israel, o apóstolo Paulo reescreve o hino que tem por base Isaías 40.13-14. Ele exalta as riquezas, a sabedoria e os juízos de Deus (v.13-36).

 

 

Romanos 11 ensina perda da salvação?[14]

 

É um texto surpreendente e, não fossem outros textos, que ensinam segurança da salvação, pareceria mesmo que o crente perde a salvação. Vamos lá.

 

Paulo está ensinando que a queda de Israel favoreceu aos gentios que, pelo andar da carruagem, jamais seriam alcançados pelos orgulhosos e exclusivistas judeus. Paulo aproveita para dizer que os gentios salvos, Igreja, portanto, não podem repetir o erro dos judeus, sendo orgulhosos. Veja bem, ninguém disse que os judeus perderam a salvação. Nós que precipitadamente concluímos isso. Os judeus crentes continuaram salvos (Daniel, Neemias, Esdras, Ester, Zorobabel e tantos outros debaixo da disciplina do cativeiro). Os judeus incrédulos, evidentemente, não tinham salvação para perder.

 

Sendo assim, da mesma forma, se nós, hoje, como crentes, mostrarmos favoritismo e orgulho, estamos sujeitos à disciplina divina e até sermos arrancados através do sofrimento, disciplina e até morte física.

 

“‘E assim todo o Israel será salvo’. Mas como isto acontecerá? Por instrumentalidade da Igreja gentílica pregando o evangelho aos judeus? Não, de modo algum. Não será pela fé em um Cristo ausente, mas Naquele a quem eles devem ver pessoalmente, vindo de Sião, convertendo a impiedade de Jacó. Quando virem crerão.”[15]

 

Capítulo 12: Os dons espirituais e a pacificação

 

“No capítulo 12, São Paulo ensina a verdadeira liturgia e faz a todos os cristãos sacerdotes, de maneira que eles possam oferecer, não dinheiro ou gado, como os sacerdotes fazem na Lei, mas os seus próprios corpos, mortificando seus desejos. Adiante, ele descreve a conduta externa de Cristãos cujas vidas são governadas pelo Espírito; ele fala como eles ensinam, pregam, ordenam, servem, dão, sofrem, amam, vivem e atuam para os amigos, inimigos e todos. Estas são as obras que um Cristão faz, pelo que, como eu tenho dito, fé não é negligência.”[16]

 

1.A vida cristã frutífera é o resultado da prática do sacrifício diário ou a entrega voluntária de si mesmo a Deus. É também assumir uma perspectiva moderada de si mesmo. Como diz em Provérbios 27.2: “Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estranho, e não os teus lábios”. O apóstolo Paulo introduz o assunto dos dons espirituais os quais são úteis para a edificação do Corpo de Cristo. Assunto semelhante é abordado em 1 Coríntios 12-14, porém, ali os dons são transitórios e aqui são os dons permanentes encontrados na Igreja após a Palavra de Deus estar completamente escrita e inspirada. São mencionados 7 dons. A profecia como vidência não é necessária hoje, pois temos a revelação completa da Bíblia. No entanto, profecia como proclamação da verdade do evangelho é indispensável. Para cada dom, parece-nos que Paulo oferece instruções específicas. Para a profecia as recomendações estão no v.9. O ministério é a capacidade destacada de servir (instruções no v.10). O ensino se destaca em instruir com base naquilo que já está escrito, mas que nem todos conseguem discernir tão bem como aquele que possui o dom (instruções no v.11). O dom da exortação envolve repreensão, mas também aconselhamento e ânimo (instruções no v.12). O dom da contribuição não isenta todos de cooperarem com seus bens e dinheiro para a obra, mas quem tem o dom da liberalidade ou contribuição tem um desejo e até preocupação maior em contribuir (instruções no v.13). O dom do governo ou presidência capacita a pessoa a liderar sem oprimir (instruções no v.14). O dom do socorro ou misericórdia é visto em pessoas que se comovem e se compadecem com os sentimentos de quem está sofrendo. Necessariamente não é alguém que tem palavras (exortação) ou serviço, mas principalmente empatia (instruções no v.15). O resumo dos dons está no v.16 onde há um apelo à unanimidade e humildade (v.1-16).

 

2.A vingança é uma deficiência do caráter. A pacificação, quase sempre, depende daquele que sofre os maus-tratos. Deus é o juiz das situações. Quando o crente busca o caminho da justiça, ele está numa estrada que não é dele, mas de Deus. Não há garantias de justiça nesta vida, porém, no tempo de Deus, e isso pode ser na eternidade, a justiça prevalecerá. Enquanto isso, é possível sensibilizar o ofensor através da pacificação sincera. É perigoso querer fazer o bem a quem nos ofende como forma de ironia e ataque. Deus sabe quando nossas motivações são sinceras ou provocativas. As brasas vivas são ilustração de uma consciência constrangida pelo bem recebido em troca do mal realizado (v.17-21).

 

Capítulo 13: A submissão às autoridades e o revestimento de Cristo

1.As autoridades não precisam ser justas para sermos obedientes a elas. O governo sob o qual os crentes de Roma e de todo o mundo estavam era opressor, idólatra, imoral e corrupto. No entanto, o crente não estava isento de submeter-se a ele. De modo geral, os governos oferecem o mínimo de justiça, proteção, assistência na saúde e outras áreas requerido para o cidadão poder viver razoavelmente bem. Por isso, não devia ser tão difícil para o crente orar e se submeter às autoridades. Mesmo que a situação seja abaixo da linha decente, ainda assim o crente deve se submeter às autoridades. É claro que numa democracia, os cidadãos possuem recursos para protestar e até contribuir pacificamente para que a situação melhore. No entanto, a motivação principal do crente é o Senhor. Para aqueles que vivem em governos ditatoriais, o medo não devia ser a principal motivação para a submissão, mas, novamente, o Senhor. Os impostos injustos também precisam ser pagos. Notamos que o apóstolo Paulo não trabalhou firmemente contra a opressão e a escravatura, por isso, ele não conta com a simpatia de muitos, até mesmo estudantes da Bíblia. Paulo não trabalhou para ser simpático, mas para ensinar o que Deus mandou (v.1-8).

 

"Esta não é uma proibição contra o uso apropriado de crédito; é um destaque da obrigação de um cristão para expressar amor divino em todos os relacionamentos interpessoais.”[17]

 

2.O amor de Deus em nossa vida deveria nos conduzir em nossos atos. É tão simples que qualquer pessoa sem muito conhecimento da Bíblia pode compreender, ou seja, o amor não faz mal ao próximo. Aquilo que é ruim para mim, deve ser ruim para o outro também e, por isso, é fácil decidir como agir nos relacionamentos. Isto não significa que não devemos exortar as pessoas que estejam andando de modo desordenado, pois mesmo que seja ruim para elas, como seria para nós, no final acaba sendo bom para o viver digno diante do Senhor. Sendo assim, o apóstolo Paulo exorta os crentes a se revestirem de Cristo e não fazerem provisões do pecado para a carne pecaminosa, ou seja, não alimentar a velha natureza daquilo que ela gosta, pecados (v.9-14).

 

Capítulo 14: Os escrúpulos relacionados à familiaridade com a idolatria

1.É um capítulo que para ser compreendido corretamente é necessário o conhecimento da situação única pela qual aqueles crentes passavam na época. Os crentes que não conseguem comer por causa da consciência são chamados por Paulo de “fracos” (débeis, mas não estão em pecado por causa disto). Os crentes que comem sem nenhum problema de consciência são chamados aqui de “fortes”.

 

Para entender melhor sobre esta carne:

Um dono de açougue tem uma fazenda, lá ele pega um boi. Este boi era levado ao Templo pagão, onde realizava-se um culto em adoração a algum dos deuses (demônios). Uma parte do boi era oferecida em sacrifício, outra parte ficava com o dono do açougue para vender. Neste contexto fica a pergunta: o crente pode comer desta carne sabendo que outra parte do mesmo animal foi oferecida aos demônios? Para todos os efeitos, o animal todo foi oferecido. Portanto, a carne que o crente estaria levando para casa, poderia ser uma parte de um daqueles animais, visto que o dono do açougue não sacrificava todos os seus animais para a adoração.

 

2.É necessário distinguir os dois casos. Em Corinto o pecado era ir à festa pagã e comer a comida sacrificada a ídolos. Note, a comida continua sendo do Senhor, mas a festa é do Diabo, por isso, não convinha comer, não por causa da comida, mas por causa da festa. Em Roma, Paulo deixa claro que não é pecado comer em casa, mesmo que a outra parte do animal tenha sido sacrifica. Mesmo assim, em Roma só não era pecado para quem não tinha problema com a consciência. Em Corinto era pecado para qualquer crente, pois não se tratava de ser forte ou fraco, mas de não tentar ao Senhor indo às festas pagãs.

 

3.Os crentes que comem carne sem problema de consciência não devem ficar discutindo suas opiniões e nem rejeitar os outros, mas recebê-los sem tentar ganhá-los para a sua opinião. Para os fortes a questão do alimento não é problema (1 Tm 4.3-5). Até mesmo o fraco deve saber que outros não têm problemas de consciência e que não são libertinos por isto. Um deve acolher o outro, pois Deus acolheu ambos. Nem o forte, nem o fraco deve julgar um ao outro, pois cada um serve ao seu Senhor (Jesus Cristo) de coração. Quem vê se estão em pé ou caindo é o Senhor, e Paulo já se adianta a dizer que ambos estão em pé pelo poder do Senhor. Paulo não dá a sua opinião a respeito dessas divergências (comida, dias, festas, etc.), mas coloca o peso para cada crente, que consultando a sua própria consciência com o Espírito Santo forme a sua própria convicção (Cl 2:16-17, Gl 4:10-11) (v.1-10).

 

4.Para firmar ainda mais o ensino de amor e unidade, Paulo apela para o ensino do Tribunal de Cristo, onde cada crente dará conta de si mesmo a Deus e é de se esperar que Deus julgará cada uma das nossas motivações e julgamentos que fizemos contra os irmãos nesta terra. Não é lógico, nem sensato pensar que Paulo esteja dizendo que não existam práticas que sejam más em si mesmas. Mas tomando o mesmo rumo que o contexto nos leva, entendemos que Paulo se refere aos alimentos em si, ou seja, a carne como substância alimentícia não é impura, nem mesmo por causa de alguma cerimônia idólatra. A festa, sim, é impura, mas não o alimento, o qual Deus fez e o santificou para o nosso uso. Mas mesmo assim, para alguns algumas comidas são imundas e esta pessoa deve fazer conforme sente em sua consciência (v.11-16).

 

5.Existe algo superior às questões de comida, que é a justiça, a paz e a alegria no Espírito Santo. As discussões por questões pequenas de opinião (como até agora tem sido mencionadas), tiram toda a alegria da comunhão com os irmãos no Espírito Santo, mas os que servem a Cristo como prioridade agradam a Deus e se tornam agradáveis aos homens, sem colocar-lhes tropeço. O sentido da palavra “fé” aqui, embora seja a mesma palavra que sempre é usada (pistin), não se trata de salvação, mas pode ser entendida pelo contexto como se tratando de liberdade. O que fazer se alguém quer mudar sua opinião, mas a consciência ainda incomoda? Resposta: Deve dar tempo para pensar sobre o assunto, até que em havendo compreensão e uma transformação não-dramática de sua mente e de sua consciência, possa praticar tal ato com liberdade (v.17-23).

 

“[A fé que tens, guarda-a contigo] não é necessário desfilá-la diante dos homens. Este é um elogio sobre a posição do irmão forte: guarde sua fé porque é bem fundamentada, mas guarde-a para si mesmo, quando esta pode ofender o irmão fraco.”[18]

 

Capítulo 15: Os muitos compromissos de Paulo e o desejo de visitar a igreja em Roma

1.O assunto continua, mas enfatizando que o discípulo de Cristo não deveria achar tão difícil respeitar o próximo, pois foi isso o que Jesus fez. Ele pensou em nós, quando ainda éramos fracos, para nos salvar. Os crentes são unidos no mesmo sentimento que houve em Cristo, o de sentir compaixão pelo outro. Dessa forma, podemos glorificar ao Senhor juntos. Assim como Cristo nos recebeu, devemos receber aos irmãos. Se o Senhor deixasse os gentios, assim como os judeus os deixaram, não seriam alcançados. O plano de Deus era alcançar os gentios através dos judeus, porém, faltou acolhimento por parte dos judeus. É possível os crentes e igrejas repetirem o erro dos judeus e não alcançarmos os incrédulos muito diferentes de nossa cultura (v.1-12).

2.Os romanos são agraciados com a esperança que o Espírito Santo dá a todos os crentes. O apóstolo Paulo considera os crentes romanos capacitados para admoestarem uns aos outros, porém, repetirá os princípios da vida cristã necessários a todos nós. Os gentios alcançados por Paulo são uma oferta que ele faz ao Senhor. Ao alcançarmos os incrédulos para o Senhor é a nossa oferta agradável a Ele. Essa oferta é santificada pelo Espírito, pois é só Ele que pode transformar a vida do incrédulo. A glória de Paulo está em obedecer ao Senhor trabalhando para levar os gentios ao conhecimento de Deus e de Seu Filho, Jesus Cristo. No caso de Paulo, por ser apóstolo, Deus o capacitou com recursos extraordinários numa época em que o Novo Testamento estava ainda em formação. Paulo pregava em lugares onde o evangelho ainda não chegara. Isso não significa que todos os crentes trabalharão com essa estratégia. Ele mesmo contou com Timóteo, Tito, Tíquico e outros para edificarem sobre o fundamento que ele lançou nos lugares por onde passou (v.13-21).

 

 

 

 

 

 

“Consequentemente, nós o encontramos selecionando como centros de seu trabalho as principais cidades do mundo pagão. Mas ele era cuidadoso em evitar lugares, onde quer que fossem, nos quais igrejas já tinham sido fundadas. Esta era a função de um apóstolo para estender o evangelho fundando novas igrejas em vez de invadir as províncias dos outros. Aquelas fundadas por ele, e assim debaixo de sua jurisdição imediata, como por exemplo, a Igreja de Corinto, ele visitava à medida que se levantasse a necessidade, e endereçava-lhes cartas de autoridade, ordenando e exortando.”[19]

3.Devido ao excesso de atividades nos trabalhos e viagens de Paulo, ele deixou Roma para ser visitada quando seu ministério estivesse completado. Havia muito a ser feito ainda, porém, seria continuado pelos seus cooperadores. Sabemos que Paulo foi para Roma, dirigido por Deus, quando foi preso em Cesareia, ainda no território de Israel. Ele queria usar Roma como uma base para alcançar a Espanha com o evangelho. Antes, ajudaria os crentes em Jerusalém. Foi nessa ocasião em que foi preso. Quando Paulo escreveu esta carta, provavelmente, estivesse em Corinto. Para todos os planos de Paulo, ele pede que os irmãos orem, pois todos serão favorecidos. Ele por cumprir seu ministério e os crentes de Roma por receberem o apóstolo dos gentios. A oração de Paulo foi respondida, mas de um modo diferente do pedido. Ele não ficou livre dos rebeldes, mas exatamente por causa deles, Paulo teve a oportunidade de ir para Roma como prisioneiro. Isso não significa que ele não chegou até os romanos com alegria. Não importa a situação, a alegria sempre esteve presente no ministério de Paulo (v.22-33).

 

Capítulo 16: Saudações e instruções finais

1.O apóstolo envia quinze saudações para pessoas conhecidas dele, mas que foram para Roma e vivem entre os crentes de lá. Por isso, ele tinha tanto conhecimento de Roma, mesmo não trabalhando ali. Paulo menciona pelo menos 26 pessoas por nome. Ele começa recomendando Febe, uma irmã da igreja de corinto. O costume das cartas de recomendação ainda é importante, pois há muitos enganadores no meio dos crentes e pessoas que deixam suas igrejas sem tratar problemas. A igreja que recebe as pessoas precisa buscar informações, no caso de pessoas que se dizem crentes, pois há pessoas que já passaram por igrejas, contudo, não são salvas (v.1-2).

 

2.Áquila e Priscila são os primeiros nomes da saudação de Paulo. Eles foram expulsos de Roma na época do Imperador Cláudio e foram para Corinto onde conheceram Paulo. Agora estão em Roma, ou porque retornaram definitivamente, ou porque estão em visita. A igreja que funciona na casa deles pode ser de parentes que ficaram com a casa ou a casa onde estão morando após o retorno a Roma. Talvez muitos judeus convertidos expulsos de Roma por Cláudio tenham retornado.  Alguns até sugerem que o capítulo 16, devido à quantidade de pessoas que Paulo conhece, seria uma pequena carta de saudações para a Ásia Menor, mas anexada nesta carta maior para não se perder. Isto não é possível determinar. Vemos que Paulo tem vários parentes convertidos e muitos cooperadores amados. Algumas pessoas são muito íntimas dele por terem-no hospedado. A mãe de Rufo, por exemplo, é considerada uma mãe para Paulo também. Andrônico e Júnias, parentes de Paulo os quais também foram presos com ele não apóstolos, mas são respeitados pelos apóstolos. Eles se converteram antes de Paulo. Há muitas mulheres que trabalharam na obra na época de Paulo, inclusive, auxiliando em seu ministério. Portanto, é herege a ideia de que Paulo não respeitava as mulheres como cooperadoras na igreja. O costume da época era saudar com beijo, por isso, Paulo incentiva que continuem com essa demonstração de carinho (v.3-16).

 

3.O diálogo com pessoas deliberadas contra o evangelho é inexistente. Qualquer tipo de aliança com pessoas com intenções declaradas contra a Palavra de Deus é desprezível. A esperança pela conversão deles pode ficar em nosso coração e orações, mas não às custas de um ecumenismo ou cumplicidade nas doutrinas falsas. O apóstolo Paulo não quer que os crentes em Roma estraguem o bom testemunho e obediência enlaçados com falsos mestres. O Deus que é de paz também é esmagador. Ele nos usará para triunfar sobre Satanás. Em Gênesis 3.15, lemos a sentença de Satanás, na Cruz a aplicação da sentença e aqui a eficiência da condenação eterna de Satanás (v.17-20).

 

4.Paulo está rodeado de cooperadores na obra de Deus. Tércio foi o amanuense (secretário) de Paulo. É provável que o apóstolo tivesse problemas de visão. Somente assinava ou escrevia, com grandes letras, uma breve saudação. Ele termina com belas palavras, também chamadas Doxologia. É o Senhor quem confirma nossa fé, mas sempre baseado na Palavra Dele. A carta de Paulo aos romanos é um escrito bem sistematizado daquilo que os demais apóstolos não tinham conhecimento, pois Paulo recebeu diretamente de Cristo. Todos que ouvirem a Palavra de Deus precisam conhecer essas palavras para obedecerem ao Senhor com fé e entendimento (v.21-27).

 

“Cortesia e Cristianismo andam juntos. O reconhecimento de favores e saudações de amor são retornos que deveríamos dar aos nossos cooperadores no Evangelho para a alegria e encorajamento deles.”[20]

 


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª edição em 1996

 

Notas

 

1.   Sugestão para notas de introdução com informações técnicas, tais como data, local e autoria, o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

2.   An Alternative Suggestion for the Purpose of Romans - Walter B. Russell III (Bibliotheca Sacra / April-June 1988, pg. 180 - Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

3.   Pércio Coutinho Pereira, 2018

4.   Knowing God through Romans - David Egner and Herb Vander Lugt (1989,1995 RBC Ministries - Grand Rapids, MI USA)

5.   Romanos – Introdução e Comentário, pg. 45 – F.F. Bruce (Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 1ª ed. 1979 – Reimpressão 2002)

6.   Commentary on Romans -  Dr. Jack L. Arnold - How Shall God Judge the World?  (3º Milênio Magazine Online)

7.   O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo, vol. 3, pg. 634 – Russell Norman Champlin (Editora Candeia – São Paulo – SP – 10ª reimpressão 1998)

8.   Comentário Bíblico NVI, pg. 1839 – F.F. Bruce (Editora Vida – São Paulo – SP – 2009)

9.   Comentário Bíblico Expositivo do NT vol 1, pg. 693 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

10. Comentário Bíblico de Mathew Henry – Romanos, pg. 19 (CPAD – 3ª edição – 2003)

11. Comentário Bíblico Moody – Romanos, pg. 66 – Editado por Everett F. Harrison (IBR – São Paulo – SP – 4ª impressão 2001)

12. Novo Comentário da Bíblia - Romanos, pg. 52-53 – Editado por D. Russell P. Shedd (Edições Vida Nova – São Paulo – SP – Reimpressão 2000)

13. The Annotated Bible - The Epistle to the Romans – Arno Clement Gaebelein (Bible Centre.org/commentaries/acg_49_romans.htm 25/10/2014)

14. Pércio em resposta à pergunta de alguém pela Internet em 2017

15. Commentary on the book of Romans – L.M. Grant (Bible Centre.org/commentaries/acg_49_romans.htm 25/10/2014)

16. Prefácio à Carta de São Paulo aos Romanos – Martinho Lutero – 1483-1546 dC (Extraído de SolaScriptura  TT / Diversos solascriptura-tt.org/Diversos/Romanos-PrefacioPorLutero.htm 26/10/2014)

17. Notes on Romans, pg. 160 – Dr. Thomas L. Constable (Publicado por Sonic Light soniclight.com – 2014 – 26/10/2014)

18. A Popular Commentary on the New Testament - Editado por Prof. Philip Schaff (Publicado em 1879-1890; domínio público – extraído de e-sword versão 10.3.0 2014)

19. The Pulpit Commentary – Editado pelo Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., e pelo Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Publicado em 1880-1897; domínio público – extraído de e-sword versão 10.3.0 2014)

20. Summarized Bible - Complete Summary of the Bible por KEITH L. BROOKS (Copyright 1919 – extraído de e-sword versão 10.3.0 2014)



[1] Sugestão para notas de introdução com informações técnicas, tais como data, local e autoria, o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

[2] An Alternative Suggestion for the Purpose of Romans - Walter B. Russell III (Bibliotheca Sacra / April-June 1988, pg. 180 - Copyright 1997 by Dallas Theological Seminary and Galaxie Software)

[3] Doutrinas em Romanos - Pércio Coutinho Pereira, 2018

[4] Knowing God through Romans - David Egner and Herb Vander Lugt (1989,1995 RBC Ministries - Grand Rapids, MI USA)

[5] Romanos – Introdução e Comentário, pg. 45 – F.F. Bruce (Edições Vida Nova – São Paulo – SP – 1ª ed. 1979 – Reimpressão 2002)

[6] Commentary on Romans -  Dr. Jack L. Arnold - How Shall God Judge the World?  (3º Milênio Magazine Online)

[7] O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo, vol. 3, pg. 634 – Russell Norman Champlin (Editora Candeia – São Paulo – SP – 10ª reimpressão 1998)

[8] Comentário Bíblico NVI, pg. 1839 – F.F. Bruce (Editora Vida – São Paulo – SP – 2009)

[9] Comentário Bíblico Expositivo do NT vol 1, pg. 693 - Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

[10] Comentário Bíblico de Mathew Henry – Romanos, pg. 19 (CPAD – 3ª edição – 2003)

[11] Comentário Bíblico Moody – Romanos, pg. 66 – Editado por Everett F. Harrison (IBR – São Paulo – SP – 4ª impressão 2001)

[12] Novo Comentário da Bíblia - Romanos, pg. 52-53 – Editado por D. Russell P. Shedd (Edições Vida Nova – São Paulo – SP – Reimpressão 2000)

[13] The Annotated Bible - The Epistle to the Romans – Arno Clement Gaebelein

(Bible Centre.org/commentaries/acg_49_romans.htm 25/10/2014)

[14] Romanos 11 ensina perda da salvação? - Pércio Coutinho Pereira - resposta à pergunta de alguém pela Internet, 2017

[15] Commentary on the book of Romans – L.M. Grant

(Bible Centre.org/commentaries/acg_49_romans.htm 25/10/2014)

[16] Prefácio à Carta de São Paulo aos Romanos – Martinho Lutero – 1483-1546 dC (Extraído de SolaScriptura  TT / Diversos solascriptura-tt.org/Diversos/Romanos-PrefacioPorLutero.htm 26/10/2014)

[17] Notes on Romans, pg. 160 – Dr. Thomas L. Constable (Publicado por Sonic Light soniclight.com – 2014 – 26/10/2014)

[18] A Popular Commentary on the New Testament - Editado por Prof. Philip Schaff (Publicado em 1879-1890; domínio público – extraído de e-sword versão 10.3.0 2014)

 

 

[19] The Pulpit Commentary – Editado pelo Very Rev. H. D. M. Spence, D.D., e pelo Rev. Joseph S. Exell, M.A. (Publicado em 1880-1897; domínio público – extraído de e-sword versão 10.3.0 2014)

 

[20] Summarized Bible - Complete Summary of the Bible por KEITH L. BROOKS (Copyright 1919 – extraído de e-sword versão 10.3.0 2014)

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