53 Colossenses

 Colossenses

Dívida Paga Na Cruz - Colossenses 2 - YouTube

 Introdução[1]

1.Autor da carta

Paulo, o apóstolo. Desde o 2º século é aceita a autoria de Paulo sobre a carta aos Colossenses. Os que não aceitam a autoria de Paulo, afirmam que os conceitos para combater as heresias gnósticas são muito adiantados para a época de Paulo e se encaixariam melhor com uma linguagem do 2º século. Quanto a isso, os Rolos do Mar-Morto e os escritos de Filo, um século antes e um depois de Cristo, já apresentavam termos usados antes do 2º século. Paulo estava lutando contra um sistema que se

tornaria o gnosticismo desenvolvido.

 

2.Data e local da carta

Ano 59-60 a.D. É uma carta de prisão, provavelmente, quando Paulo estava preso em Roma. Foi escrita antes da carta aos Filipenses.

 

3.Cidade

Colossos ou Chonae ou Kona, atual Honaz, era uma cidade antiga da Frígia. Estava situada cerca de 20 km ao norte de Laodiceia, próximo à grande estrada que ligava Éfeso ao Eufrates. Em 396 a.C., durante as Guerras Persas, o sátrapa Tissaphernes foi atraído a Colossos e morto por um agente do grupo de Ciro, o Jovem. Durante o período helenista, a cidade adquiriu certa importância mercantil, embora tenha diminuído consideravelmente em importância e tamanho por volta do século I. Não parece que o apóstolo Paulo tenha visitado esta cidade quando ele escreveu sua Epístola aos Colossenses, já que ele diz a Filemom de sua esperança de poder visitar a cidade quando tivesse sido liberto da prisão (Fm 1.22). Parece que Epafras foi o fundador da Igreja em Colossos. Esta cidade entrou em declínio, possivelmente devido a um terremoto.

 

4.Objetivo da carta

Paulo estava preso em Roma e foi visitado por Epafras e Onésimo da igreja de Colossos. Ao receber as notícias ruins, ou seja, que havia ensino estranho na igreja, Paulo tratou de escrever essa carta e mandar através de Tíquico. Ele enviou também uma carta para Onésimo a respeito do fugitivo Filemom (1.4,6, 2.5, 4.7-9, Fm 1.10).

 

5.Versículos-chave da carta

Sendo que negavam a divindade de Cristo, os versículos mais diretos contra essas heresias se encontram em Colossenses 1.15-19.

 

1) Cristo não era invisível, mas a imagem do Deus invisível. Jesus teve um corpo na terra e ainda continua com ele (Cl 1.15).

 

2) Cristo esteve na criação como o primeiro, não criado, mas criador (Cl 1.15).

 

3) Cristo tem a primazia, pois Ele é o autor da criação e tudo foi feito para Ele (Cl 1.16).

 

4) Cristo é pré-existente. Nada existe sem Ele (Cl 1.17).

 

5) Cristo é o cabeça da igreja e o primeiro a ressuscitar eternamente. Portanto, abriu o caminho para todos os crentes. Sem Ele não há igreja e não haverá ressurreição dos salvos (Cl 1.18).

 

6.Tema e palavras-chaves

O tema é “A supremacia de Cristo”. As palavras chaves são: conhecimento, invisível, primogênito e plenitude.

 

7.Dificuldades encontradas na carta

1) Plenitude de Deus. Jamais saberemos o que é Plenitude em toda a sua plenitude. Deus é totalmente Deus, não há mistura Nele. Não existem divindades, mas existe somente um Deus. Jesus tem a Plenitude de Deus em Si mesmo. Ele é Deus e não recebeu uma parte de Deus (1.19, 2.9).

 

2) Vida escondida em Cristo. É outra forma de dizer que estamos “Nele” ou “Em Cristo”. É o princípio de Romanos 6.11. Nós fomos crucificados com Cristo e estamos protegidos Nele e fortalecidos Nele. O pecado não tem mais poder em nós. Quando pecamos é porque desobedecemos e não porque há falha em nossa união com Cristo (3.3).

 

3) A carta de Laodiceia. Não temos essa carta. Alguns pensam que seria a carta aos Efésios por causa da semelhança que há entre as cartas aos Efésios e aos Colossenses. É um assunto de muita discussão, mas fiquemos com as cartas aos efésios, apenas, e entendamos que a carta de Laodiceia, assim como muitas outras cartas, não foram aceitas no cânon (4.16).

 

8.Curiosidades encontradas na carta

1) É uma carta muito semelhante com a carta aos efésios. A diferença dada pelos teólogos é que aos Colossenses trata da igreja local, enquanto a carta aos Efésios trata da Igreja Universal e Invisível.

 

2) O mistério oculto dos séculos. Não se trata de nenhum ocultismo, mas de um plano eterno de Deus não revelado no Velho Testamento, ou seja, a inclusão de gentios e judeus num só Corpo, a Igreja (1.25-27).

 

3) O escrito de dívida. É uma linda figura do perdão dos nossos pecados. A crucificação foi criada para intimidar qualquer tipo de rebelião de escravos. Além de sofrimento cruel, a cruz era um símbolo vergonhoso, pois as acusações do crucificado eram colocadas acima de sua cabeça, pregadas na cruz. Todos os que passavam viam o criminoso e já ficavam sabendo dos seus crimes. Na cruz, Cristo pregou todos os nossos pecados. Ao morrermos com Cristo, morreram também nossas dívidas para com Deus (2.14).

 

4) O vínculo da perfeição. Jesus resumiu toda a Lei no amor a Deus e ao próximo. A virtude que liga ou vincula toda a nossa teologia com a prática é o amor. Nada tem valor, seja estudo, trabalho, ministério, relacionamentos e projetos se não for amarrado ou vinculado ao amor. Por isso, o amor é o vínculo da perfeição (3.14).

 

5) Palavra temperada com sal. Essa ilustração não poderia ser melhor. Todos apreciamos uma comida bem temperada. O sal demais incomoda o paladar e traz sede insaciável. A falta de sal é frustrante, pois a comida pode ser de qualidade, mas perde o sabor. As nossas palavras também quando são muitas incomodam os outros e quando são insuficientes e inexistentes não atingem as necessidades das pessoas e, consequentemente, nos fazem inúteis nos relacionamentos (4.6).

Capítulo 1: As evidências das bênçãos espirituais em Cristo

1.Quando pensamos em evidências, logo nos vem à mente uma palavra jurídica. Para se provar que algo é verdade é necessário provas. Muitos assuntos não solucionados ficam abertos à espera de provas ou evidências. Por se tratar de um assunto da fé é muito mais difícil provarmos ou mostrarmos as evidências daquilo que somos em Cristo Jesus. É fácil concluir que alguém esteve na cena de algum acontecimento por causa das evidências das digitais, mas como podemos evidenciar a nossa fé? Fala-se muito de bênçãos, hoje em dia, e quando vamos analisar as evidências vemos um carro novo, a cura de uma doença, o sucesso nos negócios, a reconciliação de um casamento e muitas outras “evidências” das bênçãos. As pessoas têm certeza que foram abençoadas por Deus porque têm provas palpáveis, ou seja, evidências. Todos podem ver e testificar, as provas se tornaram incontestáveis, pelo menos para aqueles que acreditam que bênçãos são estas coisas.

 

2.A epístola aos Colossenses fala de evidências das bênçãos espirituais em Cristo. Porém, essas evidências são para os crentes treinados nos assuntos espirituais. Assim como há especialistas em casos com pouca ou nenhuma evidência, os crentes deveriam examinar bem os assuntos espirituais, pois para os olhos da fé há evidências incontestáveis da nossa esperança, do nosso conhecimento e força e da nossa participação com Cristo.

 

3.A saudação de Paulo é igual a outras epístolas. Ele é apóstolo pela vontade de Deus. Paulo está com Timóteo que foi visitá-lo nas prisões. Os crentes são os de Colossos. Toda a saudação é da parte de Deus e Jesus Cristo (v.1-2).

 

4.Paulo orava a Deus pelos crentes de Colossos e, claro, por todos os outros que conheceu. Todos os crentes devem orar uns pelos outros, porém, um líder tem obrigação de colocar diante de Deus o seu rebanho, pois tem de prestar contas a Deus por seu ministério (v.3).

 

5.Paulo agradece a Deus pela fé que os colossenses tiveram em Cristo em Cristo. Esta é a maior alegria para um pregador da Palavra Deus, quando pessoas depositam sua fé no Salvador. Além da salvação, os crentes de Colossos estão desenvolvendo o amor uns para com os outros. Todos os que estudam a Palavra de Deus sabem que o amor entre os irmãos deve ser praticado durante toda a vida, porém, vemos que sempre estamos em falta neste assunto. As pessoas da nossa sociedade urbana estão muito preocupadas com os muitos afazeres, os quais normalmente estão relacionados aos negócios e dinheiro. As preocupações com dívidas, produção, trabalho e até lazer, roubam de nós os momentos agradáveis com os irmãos. Só é possível desenvolver o amor fraternal quando os irmãos se encontram. O amor se esfria devido a várias situações, mas a agenda lotada pode nos fazer mais ritualistas do que adoradores, mais sócios do que irmãos e isto pode nos esfriar, mesmo em atividades religiosas (v.4).

 

6.Qual é a evidência incontestável que estamos vivendo as bênçãos espirituais em Cristo? Certamente o amor entre os irmãos é a digital que se encontra onde existem as bênçãos de Cristo. Outra evidência é a nossa esperança eterna. Essa evidência não é para os que olham rápido, mas somente para os maduros na fé. Viver pensando nas coisas do alto é um sinal de maturidade espiritual. O crente tem bênçãos reservadas em Cristo Jesus no céu. Os colossenses se agarraram nesta esperança quando se converteram. O evangelho promete e o crente aguarda e para isto é necessário fé. Afinal, o que esperamos? O que está reservado? Aguardamos a redenção do nosso corpo. Não pecaremos nunca mais. Esperamos ver a Jesus, o nosso querido Salvador. Esperamos ver todos os redimidos, os nossos irmãos. Ansiamos pelo enxugamento de todas as nossas lágrimas. Ambicionamos os nossos prêmios reservados no Tribunal de Cristo e muito mais (v.5).

 

7.Paulo estava preso, porém, radiante com o avanço do evangelho. O evangelho chegou em Colossos e em toda a Ásia Menor, em Israel e Roma. O desejo de Paulo é que chegasse na Europa toda a começar pela Espanha. Em todo o lugar onde o evangelho chegou naquela altura já estava frutificando. Isto acontece até hoje por onde o evangelho chegar. Ainda faltam muitos povos para conhecer este evangelho maravilhoso. Todos os continentes possuem o evangelho, porém, em cada continente há inúmeros povos sem acesso às cidades. Há tribos nômades nos desertos. Há nativos que vivem nas selvas, escondidos nas matas entre rios e montanhas. Existem povos que vivem nas regiões gélidas como a Groelândia e o Alaska. A África devastada por guerras sociais, étnicas e AIDS e assim por diante. A Igreja tem uma enorme tarefa. Quanto mais nos atrasarmos mais trabalho ficará para as próximas gerações. Todos precisam conhecer a graça que salva (v.6).

 

8.Paulo só estava descansado com o trabalho em Colossos porque havia um servo de Deus fiel. O pastor Epafras ensina como um servo e os crentes crescem, como Paulo soube através do próprio Epafras. Um servo que seguiu os caminhos de Paulo acabou recebendo as mesmas cadeias (v.7-8 ver Fm 23).

 

9.Essas são evidências espirituais que somente os espirituais podem enxergá-las. A fé, o amor, a esperança, a necessidade do mundo pelo evangelho e o ministério fiel são evidências das bênçãos em Cristo Jesus. Os que conseguem ver essas bênçãos, também, verão as bênçãos reservadas para o porvir. O crente precisa esperar praticando o bem aqui e ajuntando tesouros no céu.

 

10.O conhecimento e a força são outras evidências das bênçãos em Cristo. Um bom professor, um cientista, um advogado ou um mecânico são reconhecidos como bons por causa de seus conhecimentos. Alguém pode fingir ser alguma coisa, mas as evidências do conhecimento mostrarão se realmente esta pessoa está preparada.

 

11.Paulo quer que os colossenses sejam verdadeiros em conhecimento e, por isso, ora para que Deus os revista de conhecimento verdadeiro. O conhecimento da vontade de Deus é um bem precioso para todo crente que quer servi-Lo. Essa inteligência espiritual sobrepuja a todos os demais conhecimentos. Quem souber responder com toda a certeza a questão: “O que Deus quer de mim?”, pode se considerar agraciado. As nossas atitudes são guiadas pela vontade. Se conhecemos a vontade de Deus, então, somos guiados pelos caminhos de Deus, mas não conhecendo a vontade de Deus, andamos pelos nossos próprios caminhos e o resultado, como já sabemos, será decepção (v.9-10).

 

“As orações de Paulo, além de revelarem a fé do apóstolo, oferecem também valiosas lições de tudo o que se refere ao significado da oração cristã. Quando comparadas com o ‘Pai Nosso’, elas oferecem um índice quanto ao modo como a instrução de Cristo, ‘vós orareis assim’ (Mt. 6:9), foi aplicada na igreja primitiva. Depois da ação de graças introdutória, Paulo começa uma oração que se funde em outra ação de graças, conforme a oração toma a forma de uma peã de louvor ao Cristo exaltado.”[2]

 

12.O crente precisa confirmação para tudo o que faz. Ele necessita de força e esta se encontra em Cristo Jesus. A força da glória Dele nos fortalece. Essa força é outra evidência das bênçãos de Cristo. A força aqui não é arrogância e independência, mas a força do Senhor.  (v.11).

 

13.O crente deve ser forte. Ele passa por aflições, mas recebe a força do Senhor. É claro que se este ensino for exagerado e desviado erraremos também. Os nossos problemas de saúde, financeiros e familiares nos deixam fracos e incapazes, mas é nesta situação que seremos fortes porque dependeremos do Senhor. Uma oração forte sai da boca de crentes sofredores. Essa força nos dará paciência e alegria, outras evidências das bênçãos em Cristo Jesus (v.11).

14.Novamente, são evidência de bênçãos que só os espirituais se interessam e enxergam. O conhecimento da vontade de Deus e a força da glória de Cristo são bênçãos que precisamos para agradar a Deus neste mundo.

 

15.Outra evidência das bênçãos espirituais em Cristo é a nossa participação com Ele. Até o final do capítulo, Cristo é exaltado como a Pessoa acima de tudo e de todos. Os que creram em Jesus Cristo foram feitos filhos de Deus. Agora, são capazes de receber a herança dos filhos da luz. Há bênçãos reservadas para os crentes. Até que alguém resolva crer no evangelho, ele não tem participação das bênçãos espirituais. Isto não significa que os não salvos não possam ser abençoados. Eles podem, só precisam crer no Salvador (v.12).

 

16.A nova posição do crente foi somente por causa de Jesus Cristo, mas teve que crer no Salvador. Não tínhamos como sair das trevas e irmos para a luz sem Cristo. Só há salvação Nele (v.13-14).

 

17.Mas quem é Jesus? Ele é o próprio Deus. Ele reflete a imagem do Deus invisível. A humanidade vê Deus em Cristo Jesus. Ele é o originador de toda a criação. Todos os governos estão debaixo de Seus pés e, efetivamente, Ele terá um reino para governar as nações. O objetivo de Sua autoridade é para que tudo volte para Ele (v.15-16).

 

18.Antes de tudo existir, Cristo já existia. O capítulo 8 de Provérbios nos ensina esta verdade. Ali a sabedoria é personalizada em Cristo Jesus. Ele é a própria sabedoria. Nada existe fora de Cristo (v.17).

 

19.Nós participamos da Igreja, mas não existe Igreja sem Cristo e, também, não se considera Igreja quando Cristo não é o cabeça. Ele ressuscitou e, por isso, todos os que esperam Nele ressuscitarão. Ele tem a primazia, isto é, está em primeiro lugar. As próprias bênçãos não são independentes Dele. O alvo do crente não são as bênçãos propriamente ditas, mas o alvo do crente sempre deve ser a Pessoa de Cristo (v.18).

 

“Em sua primeira vinda ao mundo, Ele tomou o lugar de ‘Primogênito de toda a criação’. Depois de Sua morte de valor redentor infinito, Ele é o Primogênito dentre os mortos e reconhecido como tal pelo Seu corpo, a Igreja. Nela também, como em todas as coisas, Ele tem a preeminência, a absoluta prioridade.”[3]

 

20.Deus quis assim, que tudo residisse em Cristo. As pessoas querem trazer aos seus pés todos os presentes ou bênçãos de Deus, mas sem Cristo o doador das bênçãos. João reclinou no peito de Jesus, mas todos podiam fazer isto. Talvez queiramos saber o que Ele pode nos dar, mas não estamos dispostos a nos aprofundar em Sua Pessoa. Toda a plenitude está em Cristo. Tudo o que é completo está Nele. Até as bênçãos são incompletas quando não O reconhecemos como nosso amigo íntimo (v.19).

 

21.Um pecador pode se achegar a Deus somente por causa de Cristo. O ofendido era Deus, por isso, Ele que devia decidir se nos aceitava ou não e de que maneira. Ele resolveu nos aceitar, mas somente no sangue de Cristo, isto é, não há nenhuma outra provisão se não for em Cristo. Os pagãos, distantes do evangelho, só poderão ser salvos se tiverem conhecimento de Cristo e O aceitarem. O mundo todo será reconciliado com Deus, pois o mundo todo sofre as consequências do pecado. Em Romanos 8, Paulo diz que a natureza geme aguardando a redenção dos crentes para ser restaurada. No céu, não há nada para ser reconciliado, exceto que a ordem voltará nas regiões celestiais, onde Satanás e os demônios habitam. Eles não têm salvação (v.20).

 

22.A natureza restaurada será uma bênção, porém, Deus se importa muito mais com os seres humanos. Ele deseja que o pecador seja salvo e restaurado. O pecador estava separado, morto em seus pecados. Aqueles que faziam parte da religião judaica se aproximavam de Deus através dos sacrifícios, mas os gentios estavam “sem Deus no mundo”. Cristo Jesus rompeu a barreira que havia. Com o surgimento da Igreja, todos os gentios foram aproximados, mas para isto precisam conhecer a mensagem de Salvação e aceitá-la (v.21).

 

23.Cristo teve que vir até o pecador com um corpo semelhante ao homem para carregar sobre Si os nossos pecados. Ele que não teve pecado precisou sofrer os nossos pecados para subir ao calvário. Deus se afastou do Filho porque Este estava cheio de pecado, não o Dele próprio, mas o nosso pecado. Através disto e, somente assim, podemos nos apresentar a Deus sem culpa, pois toda ela foi transferida para o corpo enfermo de Jesus na cruz (v.22).

 

24.A palavra grega “ei” causa muita confusão na tradução, pois pode ser traduzida como “se” ou “sendo”, “uma vez que”, “de fato”, “como”, “se é assim”, “na medida em que”, etc. Quando traduzida como “se” se torna uma partícula condicional sugerindo dúvida, enquanto que as outras traduções indicam certeza, ou seja, o sentido muda completamente. Se entendermos o v.24 como “se”, acabaremos ensinando salvação por obras. Longe de nós tal heresia! O correto é usar as outras opções da tradução da palavra, as quais indicam certeza. Sendo que estamos firmes na verdade do evangelho, exclusivamente por causa da obra de Jesus Cristo na cruz, temos a plena segurança Nele e na vida eterna (v.23).

 

25.Paulo, sabendo que não está sofrendo em vão, se alegra por participar dos sofrimentos de Cristo. Ele foi coroado em seu ministério com os sofrimentos que está passando. Ele se sente confirmado por sofrer pelo Corpo de Cristo, a Igreja. Se um servo de Deus tem que sofrer que seja a favor da obra Dele e não por causa do mau testemunho (v.24).

 

26.O apóstolo Paulo foi único e não pode ser comparado com os outros apóstolos em alguns aspectos. Principalmente, porque ele não faz parte do colegiado dos apóstolos seguidores de Jesus durante o ministério terreno Dele. Em outras palavras, o 12º apóstolo não é Paulo e sim Matias. Por outro lado, isto não significa menos honra. O Senhor o escolheu para revelar os mistérios da nova dispensação, a Igreja. Somente Paulo ganhou a compreensão de que a parede da separação entre judeus e gentios foi demolida. Ele entregou a mensagem que Jesus pregou para a mulher samaritana em João 4, que um dia os adoradores não se prenderiam mais a lugares e ritos, mas adorariam em espírito e em verdade. Nem Pedro, indo mais longe que os demais apóstolos, entendeu a nova dispensação. Os gentios, na mente dos apóstolos, estavam sendo acrescentados à fé judaica, quando na verdade gentios e judeus estavam sendo separados para o corpo de Cristo, a Igreja, uma nova fundação da fé, a qual é a continuação do plano de redenção de Deus. Neste ministério, Paulo se afadigou e apresentou judeus e gentios para se tornarem perfeitos em Cristo. Esta é outra bênção espiritual em Cristo, a nossa participação Nele. É claro que há muitas bênçãos em Cristo Jesus, mas neste capítulo há algumas que podemos destacar, as quais são: A nossa esperança reservada nos céus, o conhecimento de Deus e a força da Sua glória e a nossa participação com Cristo (v. 25-29).

 

Capítulo 2: Progresso espiritual. Falsos ensinos. A divindade de Cristo. O ritualismo

1.A luta de Paulo era grande. Ele estava preso por causa do evangelho, mas mesmo assim sua maior preocupação não era consigo mesmo, mas com os de Laodiceia, os de Colossos e os demais crentes de outras cidades os quais não teve oportunidade de vê-los face a face. Ele precisava de conforto, porém, está preocupado que os colossenses sejam confortados e que tenham forte convicção de sua fé. Para se conhecer a Cristo é necessário convicção de entendimento. O ensino é que levará as pessoas a conhecerem as riquezas de Cristo. Esses tesouros são ocultos para que as pessoas que realmente desejarem o busquem. Quando alguém reconhece seus tesouros fará de tudo para adquiri-los. Paulo se preocupa também que os crentes sejam enganados com os pensamentos errados dos falsos mestres. Até o momento, Paulo se alegra porque os colossenses estão firmes em seu progresso espiritual. O progresso espiritual dos crentes é medido pelo andar Nele, no enraizamento, edificação e confirmação da fé e também com a atitude de gratidão (v.1-7).

 

2.Os falsos mestres arrastam os crentes descuidados ensinando tradição de homens baseada na mentalidade deste mundo. Um dos desvios é a distorção da imagem de Cristo. As testemunhas de Jeová não negam que Jesus é Deus, porém, o rebaixam a um deus. Os adventistas não creem que a obra Dele foi suficiente, por isso acrescentam a Lei de Moisés e afirmam que Ele está purificando o santuário no céu. Os mórmons dizem que Ele é o irmão de Satanás. Os espíritas, com a falsa pretensão de exaltar a Jesus, o colocam como o espírito mais iluminado que já existiu. E, assim por diante, vemos falsos ensinos em todo o mundo, negando o corpo físico e ressuscitado de Jesus bem como a Sua divindade com o Pai e o Espírito Santo sendo um só Deus. O Senhor Jesus é o cabeça sobre toda a autoridade, inclusive de Satanás e seus demônios (v.8-10).

 

“Colossenses 2.9 inclui a declaração mais concisa nas Escrituras sobre a união hipostática de Deus-homem... Foi sugerido que ‘plenitude’ se refere a todo poder redentor em Cristo. Aqui, ‘plenitude’ afirma claramente Sua deidade. Possuindo ‘deidade’ completa... o Filho tem completa igualdade de essência com o Pai e o Espírito Santo...”[4]

 

3.Paulo tem a resposta certa contra os falsos mestres judaizantes. Ele insistem na circuncisão como forma de aceitação a Deus. Paulo não nega a circuncisão, mas hoje esta é feita por Cristo quando ele extirpa a carne com as velhas paixões pecaminosas. A co-crucificação é ensinada aqui como a nova vida do crente que nada mais deve ao mundo, ao pecado e à lei, pois o escrito de dívida encravado na cruz nos livra de toda a condenação. Na cruz, Satanás e os seus demônios são expostos à ridicularização por parte de Cristo. A cruz não é derrota, mas o triunfo de Cristo e do crente que foi morto com Ele, mas também ressuscitado para uma nova vida junto com Cristo (v.11-15).

 

4.A questão do ritualismo é muito importante, pois alguns querendo agradar a Deus com méritos próprios ou tentando alcançar a salvação por ações humanas, inventam ou aceitam regras de homens. Os dias santos, privação de alimentos, festas e rituais que um dia serviram para ilustrar e apontar o libertador, são perpetuados como exigência de grupos religiosos para os seus adeptos. Isto apenas escraviza. As pessoas enganadas aceitam ser julgadas e dirigidas por práticas absurdas que até têm aparência de humildade, mas são carnais. Notamos que pessoas adoram anjos, imagens, ídolos e pessoas que já morreram e estão no céu com a desculpa de que Deus é inacessível e muito santo, por isso, temos que nos valer de seres intermediários. Para isto, tentam provar com suas visões que são neuróticas e demoníacas. Os líderes desses movimentos falsos são arrogantes e carnais. Não consideram a cabeça que é Cristo e, por isso, o crescimento deles é desconjuntado e atrofiado. Os ligamentos e juntas não se desenvolvem com o poder de Deus. Paulo em 1 Timóteo 4 diz que são ensinos de demônios. Atualmente, os veganos, um grupo ultra vegetariano ensina que os animais não servem de alimento, por isso, nem tomam leite, pois vem de animal. Usam sapatos feitos de borracha de pneu de caminhão para não usar o couro de animal. O pretexto é saúde, mas na verdade são ensinos demoníacos para que as pessoas fiquem distraídas quanto aos seus pecados. Se estão seguindo a dieta alimentar “saudável” não precisam de Cristo como único e suficiente salvador e nem precisam reconhecer seus pecados. Paulo nos lembra que morremos com Cristo e estamos livres de qualquer dieta, regras e rituais sagrados que não trazem benefício espiritual algum contra o pecado. Se alguém deixar de tomar café para beber cevada isto não faz diferença alguma para a vida espiritual. Os líderes falsos não vencem a sensualidade e, por isso, continuarão a cair na terrível tríade: dinheiro, poder e sexo (v.16-23).

 

“Muitos elementos desenvolvidos no Gnosticismo do segundo século com as visões religiosas-filosóficas mais elaboradas são encontrados em Colossenses. O que se pode dizer do erro em Colossenses é que era um sincretismo judaico, gentílico com aspectos cristãos que diminuíam a autossuficiência da salvação de Cristo e Sua preeminente pessoa.”[5]

 

Capítulo 3: Mortos com Cristo. Despojamento e revestimento.

1.O fato de estarmos em Cristo significa que morremos com Ele, fomos sepultados com Ele, ressuscitamos com Ele e estamos, posicionalmente, assentados com Ele à direita de Deus Pai. Se vamos produzir algo para Deus, os frutos não arrastarão no chão, mas serão produzidos no poder do alto. Nesta nova posição, o crente começa a não se sentir muito bem neste mundo, mas almeja as coisas do alto onde está, na realidade espiritual. O seu interesse está na presença de Deus. Para este mundo estamos mortos. Só aguardamos a nossa transformação (v.1-4).

 

2.Se já morremos com Cristo não temos de morrer outras vezes, mas apenas considerarmos que estamos mortos para a nossa carne pecaminosa (Romanos 6.11). Isto já é mortificar os desejos desenfreados. A prostituição é um desejo desenfreado do mundo, mas o crente já morreu para isto e agora não vende e nem dá o seu corpo e os seus olhos para o pecado sexual. A nossa sociedade busca o sexo sem controle e nunca se satisfaz. A prostituição é impureza. O crente controla o seu apetite pelas coisas e pela comida. Quantas pessoas estão em apuros por causa da comida. A obesidade mórbida não é resultado apenas de um mau funcionamento das glândulas, mas de um pecado da sociedade. A ingestão de alimentos descontrolada é uma marca dos desejos desenfreados. A avareza é o desejo de se obter mais, cada vez mais. É uma forma de idolatria, pois toma o lugar de Deus em nossas mentes. O crente tem uma nova tendência, que é buscar a Deus. Os que buscam estas tendências, buscam também a ira de Deus. O crente não pode estar debaixo da ira de Deus, pois foi salvo dela. Não cabe ao crente ter a tendência para aquilo que irrita a Deus. É possível que muitos de nós tivemos essas tendências, mas agora ressuscitamos para uma nova vida. A mortificação dos desejos desenfreados é uma nova tendência do crente (v.5-7).

 

3.Uma armadura pesa. É um alívio para alguém que vem de uma batalha ou de uma caminhada deixar cair de si todo o peso. Isto é despojar-se. O crente tem a nova tendência de não andar mais com pesos desnecessários. Ele deposita tudo aos pés do Senhor. A ira e a cólera são pesos enormes. O crente não carrega a raiva e a indignação até o pôr do sol (Ef 4.26). A malícia é uma bagagem que inclina o nosso corpo para trás. É preciso ir para frente. Deixemos desse peso. Conversemos coisas santas. A maledicência só satisfaz os de boca torpe (estragada). Um peso é o velho homem com sua mentira. Já deixamos esta capa também. Agora o crente tem a tendência de falar a verdade. A nossa roupa agora é mais leve e é limpa. É feita de um material precioso: o conhecimento da imagem daquele que nos criou. A nossa tendência é ter comunhão com todos os outros crentes. Não há separação de gentio, judeu, nativo, cita (atualmente Rússia), escravo ou livre. Cristo é tudo em todos. Isto não é ecumenismo, pois somente os salvos em Cristo é que gozam dessa comunhão. O despojo das práticas pecaminosas é a nova tendência do crente (v.8-11).

 

“É nosso dever mortificarmos os nossos membros que inclinam-se às coisas deste mundo. Devemos mortificá-los, matá-los, suprimi-los, como males ou vermes que espalham-se e destroem tudo aquilo que está ao seu redor. Devemos nos opor continuamente a todas as obras corruptas sem fazermos qualquer provisão para os prazeres carnais. Devemos evitar as ocasiões de pecar: a concupiscência da carne, e o amor ao mundo; e a cobiça, que é idolatria; o amor ao bem-estar atual ou aos prazeres exteriores.”[6]

 

4.A moda de roupas sempre apresenta novas tendências para o verão e para o inverno, para os esportes e para as festas. O crente tem uma nova tendência para a sua vida. Ele se veste do próprio Deus. Parece blasfêmia, mas não é. Deus quer vestir-nos Dele mesmo. Como você está vestido hoje? O crente é o escolhido de Deus, o eleito de Deus. A sua roupa é de santidade e de amor, de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão e longanimidade. A nova tendência do crente é suportar as ofensas. Ele perdoa os que o ofendem. Como Cristo perdoou. Sempre que alguém se arrependeu Cristo perdoou. O crente perdoa aquele que se arrepende e está sempre pronto a perdoar aquele que se arrependerá. O que liga o crente a esta nova tendência nos relacionamentos é o amor. O amor nos faz perfeitos e aperfeiçoados. A nova tendência só traz paz para o crente. Fomos chamados para experimentar esta paz. Uma nova tendência do crente é ser agradecido. Somos gratos a Deus pelo que Ele faz por nós e através de nós. Somos gratos pelo o que Ele nos dá e por aquilo que Ele nos priva de possuir. A Palavra de Deus passou a ser a nova tendência do crente. O crente ensina o que aprende ao outro. Através da música o crente exalta a Deus e mostra sua gratidão. A gratidão passou a ser a tendência do crente. Todas as coisas são parte da graça de Deus em nossas vidas. Esta é a nossa vestimenta do crente. É a roupa de Deus em sua vida. É o próprio Deus embelezando a vida do crente para a glória do próprio Deus (v.12-17).

 

“A ‘palavra de Cristo’ usada somente aqui [v.16] no Novo Testamento, são os ensinos de Cristo, não apenas durante Seu ministério terreno, mas também em toda a Escritura. Sua Palavra deve permear todo nosso ser para que façamos decisões e planos nessa luz.”[7]

 

5.Com o despojamento das obras do pecado, temos uma nova visão de família. A esposa não se vê ameaçada em se submeter ao marido, pois ela faz isto para o Senhor. O marido não causa amargura na esposa, mas a ama porque Cristo amou a Igreja. O filho obedece aos pais e descobre que é uma maneira de ser grato a Deus por cuidar dele através dos pais. Os pais erguem os filhos com incentivos. Quando os disciplinam não é para irritá-los e nem desanimá-los. Os servos trabalham sem pressão, quando trabalham bem, enquanto o patrão não está perto, pois faz para o Senhor. Na simplicidade e rotina do seu trabalho pode fazer o melhor em gratidão a Deus que proporcionou um emprego para se sustentar neste mundo. As coisas do dia a dia passam a ser um culto a Deus quando fazemos para o Senhor. As injustiças serão julgadas por Deus contra o patrão ruim, mas também contra o empregado ruim, seja crente ou não, seja patrão ou empregado. O empregado serve a Deus e o patrão presta contas a Deus (v.18-25 e 4.1).

 

Capítulo 4: Oração, comportamento, consolo e saudações.

1.Não é difícil orar, mas é um trabalho de muita disciplina continuar orando e sempre com o ingrediente gratidão. Paulo não se dava ao luxo de dispensar oração pelo seu ministério. As portas abertas poderiam não continuar assim. Mesmo preso, Paulo sentia a responsabilidade de pregar e isto ele faz aos guardas e também por cartas como esta. O comportamento de Paulo deve servir de exemplo aos crentes. Nós precisamos cuidar muito com o nosso testemunho diante dos não salvos, aproveitando sempre as oportunidades as quais não são tão fáceis de surgirem dependendo do lugar. Porém, lugares difíceis para pregar o evangelho são lugares nos quais as pessoas estão bem sedentas da verdade que liberta. A igreja precisa orar por aqueles que estão nesses lugares. O trabalho transcultural apresenta muitas dificuldades, tais como língua, cultura, clima, doenças, acesso geográfico, etc. Assim como o sal é apreciado com moderação na comida, a nossa conversação deveria agradar aos ouvintes. O tempero da nossa mensagem é composto de justiça e amor. Deus ama o pecador e quer salvá-Lo, mas com o reconhecimento da justiça divina (v.1-6).

 

“Paulo não se cansa de exortar o povo de Deus a ser diligente na vida de oração. Uma das coisas que sem dúvida iremos lastimar quando chegarmos ao céu será o fato de havermos passado tão pouco tempo em oração, especialmente por sabermos quantas vezes nossas orações obtiveram resposta. Existe um grande mistério relativo a esse tema, pois muitas perguntas não têm resposta. A melhor atitude para o cristão é não procurar analisar, dissecar ou compreender os mistérios mais profundos da oração. O melhor a fazer é continuar orando com fé singela, deixando de lado as especulações intelectuais.”[8]

 

2.Os colossenses e laodicenses queriam notícias do estado de Paulo. Tíquico daria essas informações. Ele era da Ásia, mas acompanhou Paulo (ver Atos 20.4). Ele era um servo fiel e este deve também ser nosso alvo. Paulo sabia que os crentes se preocupavam com ele, por isso, as notícias os consolariam. Onésimo, agora convertido, voltaria a Colossos, de onde fugiu porque roubou seu senhor, Filemom. Ele seria companheiro de viagem de Tíquico. Deus pode transformar ladrões e fugitivos em servos úteis em Sua obra (v.7-9).

 

3.As saudações são repletas de belos ensinos. Aristarco teve a dedicação de servir ao Senhor sofrendo também a prisão (Atos 19.29). Marcos era o João Marcos, primo de Barnabé, a respeito do qual Paulo teve um desentendimento com Barnabé (Atos 15.37). João Marcos foi salvo com a pregação de Pedro e escreveu o evangelho com o seu nome (1 Pedro 5.13). Isto mostra que os crentes têm problemas de relacionamentos, mas podem em Cristo resolvê-los. Havia poucos judeus cooperadores no ministério de Paulo. Um deles era Jesus que talvez pelo nome ser igual Àquele que deve ser adorado, resolveram apelidá-lo de Justo. Eles são judeus convertidos que trabalham com Paulo e trazem conforto ao coração dele. Parece que todos mencionados acima (João Marcos, Barnabé e Aristarco) são judeus (v.10-11).

 

4.Epafras era o pastor daquele rebanho em Colossos, mas no momento estava com Paulo. Epafras com coração de pastor orava por suas ovelhas para que conhecessem e tivessem convicção da vontade de Deus. Epafras se preocupa pelo desenvolvimento espiritual dos crentes das três cidades mencionadas as quais eram perto umas das outras (Colossos, Laodiceia e Hierápolis). Ele está preso com Paulo (ver Filemom v.23). Outro que está com Paulo, talvez como escravo e médico particular é Lucas. Este embarcou com ele no navio de prisioneiros para Roma. Somente a tripulação, os prisioneiros e escravos dos prisioneiros poderiam embarcar. Demas (2 Timóteo 4.10) desistiu de seguir a Jesus e voltou para o mundo. Alguns entendem que aqui é o retorno dele para o Senhor. Seria muito bom que assim fosse, mas não temos condições de saber se ele se desviou antes ou depois dessas palavras de Paulo. O contato de Paulo com os irmãos de Laodiceia fica claro nessas saudações. Ninfas é um nome grego masculino. Na casa dele funcionava uma igreja. Paulo quer que essa carta seja lida também em Laodiceia e que a carta enviada a Laodiceia fosse lida em Colossos. Não sabemos a que carta Paulo se refere. Se ele escreveu alguma carta a Laodiceia não temos no cânon. Alguns sugerem que se tratava da carta aos efésios, mas não temos como saber disso também. A advertência a Arquipo serve para todos nós os quais também prestaremos contas diante de Deus a respeito do ministério que Ele nos confiou. Arquipo talvez fosse o co-pastor da igreja de Colossos ou o pastor de Laodiceia. Paulo finaliza a carta dizendo que ele escreveu a saudação. Sabemos que devido a algum problema na visão, Paulo contava com o auxílio de amanuenses para escreverem suas cartas, porém, fazia questão de escrever com letras grandes (garranchos). Paulo também pede que os crentes se lembrem que ele está preso, portanto, necessitando de oração. O fato de se lembrarem que Paulo está preso também seria um incentivo a ficarem firmes na fé apesar dos sofrimentos (v.12-18).

 

“Paulo não se dedicava apenas a ganhar almas para Cristo, mas também a fazer amigos. Se meus cálculos estão corretos, encontramos mais de 100 cristãos (alguns citados por nome, outros não) relacionados a Paulo no Livro de Atos e em suas epístolas. Só em Romanos 16, ele fala de 26 amigos! Era costume do apóstolo encerrar suas cartas com saudações pessoais. Naquele tempo, os amigos não se encontravam com frequência, e o sistema postal era lento e limitado. É evidente que as saudações de Paulo não eram apenas sociais; transmitiam preocupação espiritual verdadeira por seus amigos.”[9]

 

As lutas encontradas em Colossenses (Cl 1-4)

1.Permanecer na esperança do evangelho (1.23)

2.Permanecer na convicção do entendimento (2.1-2)

3.Permanecer nas coisas do alto (3.1-4)

4.Permanecer na oração (4.2)

 

 

 

 

 

Os resíduos para desprezarmos em Colossenses (Cl 1-4)

1.O velho homem (1.28)

2.Os pensamentos vãos (2.4,8)

3.A natureza terrena (3.5-11)

4.O desperdício do tempo (4.5)

 

As perseguições em Colossenses (Cl 1-4)

1.Nós éramos os inimigos (1.21-22)

2.Os legalistas (2.16-23)

3.Os injustos (3.13,25)

4.Os inquiridores (4.6)


Pércio Coutinho Pereira, 2020 – 1ª ed. 2010

 

 

Notas

 

1.     1.Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

2.A elaboração das “dificuldades e curiosidades” foi desenvolvida por Pércio Coutinho Pereira

 

2.     Comentário Bíblico Moody – Cl 1.9-10 – (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

3.     Comments on Colossians – Cl 1.18 – Leslie M. Grant (biblecentre.org

http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=221 20/09/2019)

4.     The Doctrine of Christ in Colossians, pg. 187 – Cl 2.9 - H. Wayne House (Bibliotheca Sacra / April–June 1992)

5.     Heresies in the Colossian Church, pg. 59 - H. Wayne House (Bibliotheca Sacra / January–March 1992)

6.     Comentário Bíblico de Matthew Henry – Cl 3.5-11 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

7.     Notes on Colossians, pg. 51 – Cl 3.16 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

8.     Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg 706 – Cl 4.2 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

9.     Comentário Bíblico Expositivo do NT, pg. 195 – Cl 4.10-18 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

 



[1] 1.Informações técnicas, tais como data, local e autoria tiveram como fonte o livro “Introdução ao Estudo do NT” de  Broadus David Hale, JUERP, 1983, RJ

2.A elaboração das “dificuldades e curiosidades” foi desenvolvida por Pércio Coutinho Pereira

 

[2] Comentário Bíblico Moody – Cl 1.9-10 – (Editado por Charles F. Pfeiffer – Imprensa Batista Regular 4ª impressão 2001)

[3] Comments on Colossians – Cl 1.18 – Leslie M. Grant (biblecentre.org

 http://biblecentre.org/content.php?mode=7&item=221 20/09/2019)

[4] The Doctrine of Christ in Colossians, pg. 187 – Cl 2.9 - H. Wayne House (Bibliotheca Sacra / April–June 1992)

[5] Heresies in the Colossian Church, pg. 59 - H. Wayne House (Bibliotheca Sacra / January–March 1992)

[6] Comentário Bíblico de Matthew Henry – Cl 3.5-11 (Casa Publicadora das Assembleias de Deus - 3ª Edição - 2003)

[7] Notes on Colossians, pg. 51 – Cl 3.16 - Dr. Thomas L. Constable (Published by Sonic Light - 2014 Edition)

[8] Comentário Bíblico Popular Antigo Testamento, pg 706 – Cl 4.2 – William MacDonald (Editora Mundo Cristão – SP – 2ª ed. junho de 2011 – impresso na China)

[9] Comentário Bíblico Expositivo do NT, pg. 195 – Cl 4.10-18 – Warren W. Wiersbe (Editora Geográfica – 1ª edição 2006)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Powered By Blogger